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Introdução

Os cromossomos desempenham um papel fundamental na estrutura e funcionamento das


células, sendo compostos por ácidos nucleicos e proteínas. Em organismos eucarióticos, eles
estão contidos no núcleo celular, enquanto em células procarióticas, como bactérias, são
encontrados no nucleoide. A interação entre proteínas histonas e o DNA forma estruturas
nucleossomais, permitindo a compactação da informação genética. Durante a divisão celular,
os cromossomos se condensam para facilitar a distribuição equitativa do material genético
entre as células filhas.

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O texto fornece uma descrição detalhada da composição e estrutura dos cromossomos, bem
como sua relação com a organização celular e os processos biológicos. Aqui está uma
tradução do texto para melhor compreensão:

Cromossomos: Composição e Estrutura

Os cromossomos são estruturas celulares compostas por ácidos nucleicos e proteínas,


formando a cromatina. Em organismos eucarióticos, os cromossomos estão armazenados no
núcleo celular, enquanto nas células procarióticas, como as bactérias, esses cromossomos
estão localizados na região chamada nucleoide, que difere do núcleo eucariótico por não ser
delimitado por uma membrana. As proteínas cromossômicas podem ser do tipo histonas e
não-histonas, sendo as proteínas histonas aquelas relacionadas à estrutura da cromatina. As
histonas são classificadas em cinco tipos: H1, H2a, H2b, H3 e H4, e, a partir de sua interação
com filamentos de DNA, formam estruturas denominadas nucleossomos, que representam a
subunidade cromossômica.

Essa interação histonas-DNA resulta na compactação da informação genética contida na


molécula de DNA, permitindo, por exemplo, que o genoma humano, com aproximadamente
1,8 metros de comprimento (considerando todos os filamentos de DNA), possa estar
confinado ao núcleo celular. Essa compactação cromossômica pode se apresentar organizada
em três níveis distintos, que dependerão das interações entre essas proteínas e o estado
metabólico da célula, determinando se os cromossomos estarão ativos ou inativos.

Cromossomos Metafásicos e Cariótipo

Os cromossomos apresentam-se em diversos estados de condensação, dependendo do estágio


do ciclo celular em que a célula se encontra e do nível transcricional dos genes que compõem,
podendo apresentar-se de forma estrutural mais relaxada quando há expressão gênica, ou mais
condensada quando a expressão dos genes está inativada. A condensação cromossômica
também é característica do estágio de metáfase do ciclo celular, uma vez que neste estágio
ocorre a migração dos cromossomos homólogos para os polos celulares opostos, evento que
antecede a citocinese. Essa condensação cromossômica facilita a correta distribuição
cromossômica entre as células filhas e, nesta fase, os cromossomos encontram-se no maior
nível de compactação, apresentando-se como estruturas cromossômicas bem individualizadas,
os cromossomos metafásicos. Por este motivo, devido ao grau máximo de condensação, os
cromossomos metafásicos são mais atrativos e indicados para estudos citogenéticos, através
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dos quais é possível estudar o conjunto cromossômico de um indivíduo, o cariótipo, bem
como as alterações cromossômicas que este cariótipo possa apresentar.

O cariótipo é a descrição do conjunto cromossômico de uma determinada espécie,


considerando características como número, tamanho e posição do centrômero nos
cromossomos. O número básico de cromossomos que forma o cariótipo de uma espécie é
denominado genoma haploide, e este conjunto haploide pode estar representado mais de uma
vez, dependendo da programação genética do indivíduo. Temos, por exemplo, na espécie
humana: as células gaméticas apresentam apenas um conjunto cromossômico (n) formado por
23 cromossomos, no entanto, a maioria das células apresenta 46 cromossomos e, portanto, são
diplóides (2n), pois apresentam duas cópias de cada cromossomo, ou seja, um conjunto
cromossômico duplicado. Um exemplo de variação cariotípica programada geneticamente
ocorre nas células hepáticas, pois estas células possuem 92 cromossomos, o que resulta em
células tetraploides (4n). Cada espécie possui um cariótipo específico e o número de
cromossomos de seus cariótipos não está relacionado nem à complexidade nem ao tamanho
deste organismo. Entretanto, técnicas citogenéticas podem revelar alterações neste conjunto
cromossômico.

Estrutura dos Cromossomos

O cromossomo apresenta a unidade estrutural filamentosa de DNA que se apresenta em forma


de espiral, sendo envolvida por uma substância proteica denominada matriz. Destacam-se as
seguintes partes:

Cromômeros: A cromatina não é um filamento uniforme, mas apresenta em toda sua extensão
engrossamentos bastante irregulares com aspectos de granulações (cromômeros). Seu
tamanho e localização são constantes para cada cromossomo.

Cromátides ou cromátides: É o resultado da divisão longitudinal do cromossomo durante a


divisão celular.

Centrômero: Contrição primária que divide o cromossomo em dois braços e influencia no


movimento durante a divisão celular. Comumente há um centrômero por cromossomo, mas
existem organismos dicêntricos ou policêntricos.

Satélite: Porção terminal de material cromossômico separada do cromossomo por uma


constrição secundária.
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Zona SAT: Região relacionada com a formação do nucléolo durante a telófase.

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CONCLUSão

Em resumo, os cromossomos são elementos essenciais para a hereditariedade e a manutenção


da estabilidade genômica. O estudo do cariótipo, que descreve o conjunto cromossômico de
uma espécie, é fundamental para compreender variações genéticas e doenças cromossômicas.
A estrutura dos cromossomos, incluindo suas partes distintas como os cromômeros e o
centrômero, revela insights importantes sobre sua organização e função. Assim, compreender
a composição e estrutura dos cromossomos é crucial para avançar nosso conhecimento sobre a
biologia celular e molecular.

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REFERENCIAS

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