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O positivismo:
a divinização da ciência
AUGUSTO COMTE 02
JOHN STUART MILL 05
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 07
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 07
SEÇÃO ENEM 08
O positivismo:
a divinização da ciência
O positivismo foi um movimento filosófico do século XIX A riqueza aumentou juntamente com a produção em
que teve como principal característica a romantização larga escala, criando-se assim um ciclo virtuoso entre
da Ciência, ou seja, a crença de que ela deveria servir oferta e procura, pois, à medida que a produção
como guia exclusiva da vida individual e social do homem: aumentava, crescia também o número de trabalhadores
deveria ser, assim, o único conhecimento, a única moral, assalariados, o que, consequentemente, gerava mais
a única religião possível. Exercendo grande influência em produção. Naquele momento, ocorreram importantes
todo o pensamento europeu, o positivismo tinha em sua avanços científicos, como na Medicina, por exemplo, que
essência as ideias empiristas, o que o fez ser considerado encontrou solução para algumas das doenças
por alguns estudiosos como um desenvolvimento do infecciosas que afligiam a humanidade.
empirismo. Tendo como principal representante Augusto Foi nesse período também que a Revolução Industrial
Comte (1789-1857), o movimento positivista espalhou-se atingiu o auge de seu desenvolvimento, o que mudou
por todo o mundo ocidental e manifestou-se nas mais radicalmente a vida dos homens. O entusiasmo com
diversas áreas do conhecimento. o progresso da humanidade, visto como algo certo
e irrefreável, e com a construção de uma vida melhor
Derivado do latim positum, o termo positivismo e mais feliz, a qual seria proporcionada pelos avanços
refere-se àquilo que está posto, situado, que existe científicos, pode ser notado em diversos aspectos da
na realidade, referindo-se, portanto, a tudo o que vida humana, tendo-se em vista a crença de que todos
pode ser observado e experimentado. Esse termo os problemas seriam resolvidos pelo conhecimento
foi utilizado pela primeira vez por Saint- Simon científico aplicado na indústria e na educação.
(1760-1825), um dos fundadores do socialismo utópico, De 1830 a 1890, os avanços dos conhecimentos nos
para designar o método exato das Ciências e sua extensão vários campos do saber se fizeram notáveis. Na Física, os
para a Filosofia, acreditando que o avanço da Ciência estudos de Hertz sobre o Eletromagnetismo e os de Joule e
determinaria as mudanças políticas, sociais, morais Thomson sobre a Termodinâmica foram os grandes
e religiosas pelas quais a sociedade deveria passar. destaques. No campo da Biologia, Pasteur desenvolveu a
Tendo em vista a definição do termo, fica clara a crítica microbiologia. Bernard desenvolveu a Fisiologia e a
do positivismo a qualquer filosofia metafísica, a qual medicina experimental e Darwin, sua Teoria
buscava algo que ultrapassasse a simples aparência Evolucionista. Nesse momento da História, como sinal
dos seres, ou seja, a filosofia que buscava uma essência do crescente conhecimento da Engenharia e de suas
imaterial das coisas por meio da razão. Para a filosofia tecnologias, foram construídos a Torre Eiffel, em Paris, e o
canal de Suez, ligando a Europa à Ásia, o Mar
positivista, só é conhecimento aquele que diz respeito ao
Mediterrâneo ao Mar Vermelho.
mundo material (empírico), sendo que tudo aquilo que
não se possa experimentar não existe ou não pode ser O positivismo encontrou, assim, seus principais pontos
conhecido. de apoio na estabilidade política da Europa, no notável
crescimento das indústrias, no desenvolvimento latente
O positivismo desenvolveu-se plenamente em uma das ciências e no aparecimento de novas tecnologias.
Europa que vivia um quadro político de paz substancial, Visto como o romantismo da Ciência, o positivismo
a qual se deu logo após os movimentos revolucionários acompanhou e estimulou o surgimento e a afirmação da
de 1848, conhecidos também como A primavera dos organização técnico-industrial da sociedade moderna, o
povos, e, também, em um contexto de expansão colonial que se expressa no otimismo que acompanhou a
europeia na África e na Ásia. Nesse contexto social e origem do movimento de industrialização.
político, a Europa vivenciava a concretização de seu Essa corrente de pensamento pode ser dividida em duas
desenvolvimento industrial, o que trouxe uma mudança formas históricas essenciais:
radical no modo de ser e de viver dos homens, graças aos
1. Positivismo social: Essa forma de positivismo,
avanços proporcionados pelo desenvolvimento das ciências
representada por Saint-Simon, Augusto Comte e
e pela produção de novas tecnologias. Tais tecnologias
John Stuart Mill, surgiu da necessidade de constituir a
modificaram todo o modo de produção dentro das
Ciência como o fundamento de uma nova
indústrias, trazendo como inevitável consequência o ordenação social e religiosa da sociedade.
crescimento vertiginoso das cidades, que se tornaram
2. Positivismo evolucionista: Essa segunda forma,
centros urbanos cada vez mais procurados por
representada por Spencer, ampliou o conceito
trabalhadores em busca de novas oportunidades de
de progresso do positivismo e lutou por sua
emprego e renda, rompendo com o antigo equilíbrio entre
imposição em todos os campos da Ciência.
cidade e campo.
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Os principais representantes do positivismo foram:
6. O positivismo foi visto como o auge dos ideais
na França, Augusto Comte (1798-1857); na Inglaterra,
iluministas que, rompendo com uma concepção
Stuart Mill (1806-1873) e Herbert Spencer (1820-1903);
idealista de conhecimento, valorizavam os fatos
na Alemanha, Jakob Moleschott (1822-1919) e Ernest
Haeckel (1834-1919); na Itália, Roberto Ardigò (1828- empíricos como os únicos capazes de levar ao
1920). Em cada um desses países, o positivismo mostrou conhecimento verdadeiro, além de valorizarem a fé
traços próprios e desenvolvimentos específicos. Porém, na racionalidade, o poder da Ciência para resolver os
alguns princípios são comuns a todas essas problemas humanos e sociais e a cultura como
ramificações, garantindo ao positivismo seu caráter de criação exclusivamente humana sem a interferência
movimento filosófico. da divindade.
Teses fundamentais do positivismo:
7. De uma forma geral, o positivismo pecou pela
1. A Ciência é o único conhecimento possível e seu método confiança acrítica na Ciência, vista como aquela
é o único válido para a obtenção do conhecimento que produziria um novo mundo pelo progresso.
verdadeiro. Logo, a busca por causas ou princípios A inevitabilidade defendida pelo positivismo
que não sejam acessíveis ao método científico não era considerada inquestionável, o que fugia
leva, absolutamente, ao conhecimento. A ao espírito da própria Filosofia.
investigação metafísica, ou seja, a busca por
verdades que ultrapassam a matéria, não tem 8. O pensamento positivista levou à formulação
nenhum valor. de críticas a todo o conhecimento que não fosse
real e empiricamente comprovado. Assim, ainda
2. O método da Ciência busca descrever os fatos e mostrar
que o positivismo tenha caído, mais tarde, em uma
as relações constantes entre eles, expressando-os
em leis que permitem ao homem realizar a previsão concepção metafísica de igual proporção, a
dos fatos futuros, tese defendida por Comte. No metafísica e qualquer concepção idealista de mundo
campo da evolução, Spencer afirma que as eram combatidas como formas inferiores e
experiências permitem prever a gênese evolutiva antiquadas de pensamento.
dos fatos mais complexos a partir dos mais
9. Alguns marxistas criticaram o positivismo ao
simples, uma vez que a lei advinda da observação e
vislumbrar, nessa concepção de progresso
da experiência da natureza é a tradução da
regularidade observada na natureza. Assim, o inevitável, a concretização dos ideais burgueses e
positivismo baseia-se na identificação das leis dominadores.
causais e no domínio sobre os fatos. O método
10. No positivismo, a Teologia e a Metafísica foram
descritivo pode ser aplicado tanto no estudo da
substituídas pelo culto à Ciência, considerada a
natureza quanto no estudo da sociedade. Os fatos
única capaz de compreender o mundo. O mundo
naturais, além de constituírem as relações de causa
e efeito no mundo natural, também o fazem no espiritual foi, assim, substituído pelo mundo humano,
mundo social, nas relações entre os homens, e as ideias de espírito ou essência foram substituídas
o que deixa clara a importância da Sociologia para pela ideia de matéria.
o positivismo.
A ideia-chave do positivismo comtiano é a Lei dos Três É no estado positivo que o espírito humano, reconhecendo
Estados, a qual ele chamava, inclusive, de “minha grande a impossibilidade de obter conhecimentos absolutos,
lei”. De acordo com a teoria comtiana, a humanidade renuncia a perguntar qual é sua origem, qual o destino do
vivenciou três estágios de concepções sobre o mundo, universo e quais as causas íntimas dos fenômenos para
sendo que em cada estágio haveria a ideia de futuro procurar somente descobrir, com o uso bem combinado do
enquanto progresso e, portanto, o estágio posterior raciocínio e da observação, suas leis efetivas, isto é, suas
seria sempre melhor e mais perfeito do que o anterior. relações invariáveis de sucessão e semelhança.
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Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por
fim”, que representa o desejo de uma sociedade justa,
fraterna e progressista. Tal frase conduz ao
pensamento de que a ordem das coisas, expressa no
Jonh Stuart Mill.
conhecimento científico a partir das relações de causa e
efeito, levaria ao progresso inevitável na vida material e James Mill queria que o filho se tornasse um gênio, e,
na sociedade, sendo esta a principal crença do para isso, esmerou-se em proporcionar a Stuart Mill uma
positivismo. educação apropriada, escolhendo inclusive suas amizades.
Adepto da teoria da tábula rasa de John Locke, James Mill
sabia que o filho deveria passar por experiências
construtivas para que pudesse desenvolver ideias
superiores. Por isso, a educação de Stuart Mill foi muito
rigorosa, pois ele deveria ser aquele a assegurar o
sucesso do utilitarismo no futuro. Devido aos planos de
seu pai, Stuart Mill foi educado exclusivamente em casa,
garantindo a James Mill total participação nas etapas da
educação intelectual de seu filho.
A crítica ao silogismo e o princípio da da moral e da legislação. São Paulo: Abril cultural, 1974.
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uniformidade da natureza A melhor ação seria, portanto, aquela que
Em sua obra Sistema de lógica dedutiva, Mill empenhou- proporcionaria maior prazer ou felicidade ao indivíduo ou
se em criticar o silogismo lógico, que tem sua conclusão à comunidade, definindo-se o critério de certo ou errado
ou dedução inferida necessariamente das premissas do de acordo com o maior grau de felicidade para um maior
próprio silogismo. Um bom e clássico exemplo de número de pessoas. De acordo com Bentham, são sete os
silogismo é: “Todo homem é mortal. Sócrates é homem. critérios utilizados para definir se uma ação irá trazer
Logo, Sócrates é mortal”. Concluir que Sócrates é mortal ou não a felicidade, os quais devem auxiliar na avaliação
é chegar a uma ideia que já estava contida nas premissas das dores e dos prazeres para a tomada de decisão:
do argumento. Partindo desse raciocínio, fica claro que a
intensidade, duração, certeza ou incerteza, proximidade
conclusão dedutiva não acrescenta nada às informações
ou longinquidade, fecundidade, pureza e extensão.
presentes nas premissas. Por isso, para Mill, o argumento
dedutivo ou silogístico é estéril. Essa posição filosófica de Bentham, porém, pode ser
Stuart Mill afirmava que a verdade da proposição facilmente confundida com o hedonismo (a busca do
“Todo homem é mortal” provinha das experiências, prazer sem se preocupar com as consequências
realizadas anteriormente, de observar vários homens posteriores), uma vez que o princípio da maior
mortos. Por isso, o filósofo defendia que toda inferência felicidade está ligado ao prazer, e nem tudo o que traz
é feita “do particular para o particular”, ou seja, em todos prazer para o homem é necessariamente bom. Há de
os casos, o conhecimento obtido por meio de um se distinguir os tipos de prazeres, como o faz Epicuro,
raciocínio lógico é proveniente de experiências anteriores mas de forma mais sistemática, de modo que se evite o
do mesmo caso. A proposição geral de um raciocínio erro do subjetivismo e do egoísmo, pois, aquilo que seria
dedutivo não passa, portanto, de um conjunto de prazer e felicidade para uns, poderia não o ser para
experiências particulares feitas anteriormente. Com isso, outros.
Mill buscou defender que todo conhecimento é de
natureza empírica. Buscando justificar a posição ética de seu mestre,
Stuart Mill reelabora sua tese, defendendo a necessidade
Diante dessa posição filosófica, surge, entretanto, uma
de unir ao hedonismo aspectos do estoicismo e do
questão: se todo o conhecimento vem de experiências
particulares, inclusive as proposições gerais de uma cristianismo. Faz-se necessária, assim, uma distinção
dedução têm sua origem em experiências realizadas clara entre os prazeres humanos e os prazeres animais.
anteriormente, como é possível ao homem generalizar Tal distinção se dá qualitativamente, sendo que os
uma dada informação? No exemplo anterior, ao se prazeres melhores e superiores, chamados por Mill de
afirmar que “Todo homem é mortal”, faz-se uma prazeres mentais, estão ligados ao pensamento, enquanto
generalização, uma vez que é impossível a alguém os prazeres inferiores, chamados de prazeres corporais,
observar todos os casos particulares do mundo para estão ligados ao corpo.
chegar a essa verdade.
Stuart Mill acreditava que o homem deveria buscar
Como solução para esse problema, Mill afirmou em sua vida os prazeres que lhe fariam alcançar a
que a garantia para que as inferências que levam felicidade, fazendo a distinção adequada desses prazeres,
às generalizações ocorram em todos os casos é a de que sendo que os prazeres superiores e mentais é que fariam
“o curso da natureza é uniforme”, ou seja, a natureza
o homem verdadeiramente feliz, embora os prazeres
age sempre da mesma maneira, seguindo uma mesma
inferiores e corporais não devessem ser deixados de lado,
causalidade, e é somente graças a esse princípio que se
precisando apenas ser buscados com moderação e
pode alcançar um conhecimento por meio da indução
comedimento.
lógica.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 02. O caráter fundamental da Filosofia é tomar todos
os fenômenos como sujeitos a leis naturais invariáveis
cuja descoberta precisa e cuja redução ao menor
01. Leia os trechos a seguir: número possível constituem o objetivo de todos os
Ciência, logo previsão; previsão, logo ação: tal é a nossos esforços, considerando como absolutamente
inacessível e vazia de sentido para nós a investigação
fórmula simplicíssima que expressa de modo exato a
das chamadas causas, sejam as primeiras sejam as
relação geral entre a ciência e a arte, tomando estes
finais.
dois termos em sua acepção total.
COMTE, Augusto. Curso de filosofia positiva. 2. ed. São
Auguste Comte
Paulo: Abril Cultural, 1983. p. 7. Coleção Os
A ciência, e apenas a ciência, pode tornar a humanidade Pensadores.
aquilo sem o que ela não pode viver, um símbolo e uma lei. De acordo com o texto e com outros conhecimentos
Ernest Renan sobre o assunto, EXPLIQUE o que Comte chama de
“causas primeiras” e “causas finais”.
A evolução pode terminar apenas com o
estabelecimento da maior perfeição e da mais completa 03. Estudando, assim, o desenvolvimento total da
felicidade. inteligência em suas diversas esferas de atividades,
Herbert Spencer desde seu primeiro vôo mais simples até os nossos
dias, creio ter descoberto uma grande lei fundamental,
REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. 2. ed. 7
a que se sujeita por uma necessidade invariável, e que
v. São Paulo: Loyola, 2001. Volume V. p.
me parece poder ser solidamente estabelecida, quer na
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base de provas racionais fornecidas pelo conhecimento
A partir das citações anteriores e de seus de nossa organização, quer na base de verificações
conhecimentos sobre o assunto, REDIJA um resultantes dum exame atento do passado. Essa lei em
texto explicando a importância da Ciência para o que cada uma de nossas concepções principais, cada
positivismo. ramo de nosso conhecimento, passa sucessivamente
por três estados históricos diferentes: estado teológico
ou fictício, estado metafísico ou abstrato, estado
02. A Ciência é o único conhecimento possível e seu
científico ou positivo.
método é o único válido para a obtenção do
conhecimento verdadeiro. Logo, a busca por causas COMTE, Auguste. Curso de filosofia positiva. 2. ed. São
ou princípios que não sejam acessíveis ao método Paulo: Abril cultural, 1983. p. 18. Coleção Os
científico não leva, absolutamente, ao conhecimento. A Pensadores.
investigação metafísica, ou seja, a busca por verdades IDENTIFIQUE e EXPLIQUE a tese defendida por
que ultrapassam a matéria, não tem nenhum valor. Comte na citação anterior.
De acordo com o texto e com outros conhecimentos
sobre o assunto, REDIJA um texto explicando a crítica 04. Nós reconhecemos que a verdadeira ciência [...]
do positivismo ao conhecimento metafísico. consiste essencialmente de leis e não mais de fatos,
embora estes sejam indispensáveis para o seu
03. [deve-se] pedir desculpas aos opositores do estabelecimento e sua sanção.
utilitarismo por confundi-los, mesmo que por um COMTE, Auguste. Curso de filosofia positiva. 2. ed. São
momento sequer, com os que são capazes de um Paulo: Abril cultural, 1983. p.35. Coleção Os
equívoco tão absurdo. O equívoco parece ainda mais pensadores.
extraordinário quando se considera que, entre as
A partir da citação anterior e de seus conhecimentos
acusações correntes contra o utilitarismo, figura a
sobre o assunto, REDIJA um texto estabelecendo uma
acusação contrária de remeter tudo ao prazer, e
relação entre leis e fatos e tendo como base o
mesmo ao prazer inferior.
positivismo de Comte.
MILL, John Stuart. A Liberdade /
Utilitarismo. São Paulo: Martins Fontes, 05. As idéias governam e subvertem o mundo, em outros
2000. p. 185.
termos, todo o mecanismo social repousa finalmente
A partir do texto e de outros conhecimentos sobre sobre opiniões [...] A grande crise política e moral
o utilitarismo de Stuart Mill, REDIJA um texto das sociedades atuais está ligada, em última analise,
explicando por que o utilitarismo de Mill não à anarquia intelectual.
prega a busca de qualquer forma de prazer. COMTE, Augusto. Curso de Filosofia Positiva. 2. ed. São
Paulo: Abril cultural, 1983. p. 17. Coleção Os
pensadores.