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Recebido em: 26.04.2018 Aceito em: 26.07.2018 2ª versão aceita em: 07.08.2018
RESUMO
A Teoria da Estruturação (TE), proposta por Giddens (1984) para análise da interação social entre
agentes e estruturas sociais, tem sido utilizada nos estudos organizacionais. Este artigo teve por
objetivo analisar os estudos organizacionais quanto à observação dos pressupostos-base da TE.
Baseado no artigo de Rossoni, Guarido Filho e Coraiola (2013) que detalha os pressupostos de
Giddens aplicados aos estudos organizacionais, esta pesquisa selecionou artigos empíricos para
análise. Essa seleção foi informada pelo ProKnow-C, em 8 bases de dados, nas quais se encontraram
2.463 referências de artigos, filtradas por leitura dos títulos, reconhecimento científico, leitura dos
resumos e integral do trabalho, resultando em 30 trabalhos que usaram a TE em estudos
organizacionais. A análise desses artigos deu-se em função do tipo de trabalho, no qual o mais
utilizado foi estudo de caso (80%). A maioria usou mais de uma fonte de dados (67%), sendo
utilizadas entrevistas (70%), análise documental (57%) e observações (33%). Identificou-se que a
maioria (90%) não leva em consideração todos os pressupostos associados à TE. Ao não fazer isso,
os pesquisadores põem em risco a validade e confiabilidade dos resultados que podem causar
problemas de interpretação.
ABSTRACT
The Structuration Theory (ST), proposed by Giddens (1984) for the analysis of social interaction
between agents and social structures, has been used in organizational studies. This article aimed to
analyse the organizational studies regarding the observation of the basic assumptions of ST. Based on
the article by Rossoni, Guarido Filho and Coraiola (2013) that details Giddens' assumptions applied to
organizational studies, this research selected empirical articles for analysis. This selection was
informed by ProKnow-C in 8 databases, in which 2,463 references of articles were found, filtered by
reading the titles, scientific recognition, reading of the abstracts and integral of the work, resulting in 30
papers that used ST in organizational studies. The analysis of these articles was based on the type of
work, in which the most used was a case study (80%). Most used more than one data source (67%),
using interviews (70%), documentary analysis (57%) and observations (33%). It was identified that the
majority (90%) does not take into account all the assumptions associated with ET. By failing to do so,
researchers put at risk the validity and reliability of results that can cause interpretation problems.
David Émile Durkheim (1895) defendia que a agente, a qual é entendida por Durkheim
Sociologia deveria examinar os fatos sociais, apenas pelo predomínio da estrutura.
os aspectos da vida social que modelam as
ações humanas como indivíduo, tais como Karl Heinrich Marx (1904) entendia que o
economia e religião (GIDDENS, 2005). O estudo sobre a realidade social deveria centrar-
estudo dos fatos sociais possibilita a se na análise de como a sociedade se produz e
compreensão da sociedade e das relações se reproduz ao longo da história. Para ele, há
nela existentes, pois são os meios de agir, uma relação circular entre o geral (sociedade) e
pensar ou sentir que são externos aos o particular (indivíduos) de perceber a realidade
indivíduos e têm sua própria realidade fora da (FERREIRA, 2010). Da interação permanente,
vida e da percepção das pessoas que, seguem entre as formas produtivas, os meios e as
padrões que são gerais em sua sociedade. Os relações de produção, resulta a estrutura da
fatos sociais podem forçar a ação humana de sociedade (FERREIRA, 2010). Assim, as
diversas maneiras, indo da punição absoluta à estruturas existiam externa ou
rejeição social ou à simples incompreensão independentemente do indivíduo (GIDDENS,
(GIDDENS, 2005; FERREIRA, 2010). A 2005) e deveriam ser estudadas. Deve-se
sociedade predomina sobre o indivíduo, considerar que não há homem nem sociedade
impondo-lhe um conjunto de normas sociais ideal isolados na natureza, mas ambos
(GIDDENS, 2005; FERREIRA, 2010). A conjugados concretamente a um momento
estrutura social restringe as atividades de histórico definido (Ferreira, 2010). Na produção
forma paralela, estabelecendo limites ao que o social da própria vida, os homens contraem
homem pode fazer como indivíduo. As ideias relações determinadas, necessárias e
defendidas por Durkheim contribuíram com o independentes da sua vontade, relações de
entendimento da Cognoscibilidade dos Atores, produção estas que correspondem à
com as normas e sanções componentes das determinada etapa de desenvolvimento de suas
dimensões da legitimação. No entanto, forças produtivas e materiais (Ferreira, 2010).
Giddens percebe relação dual entre estrutura e Essa construção do mundo, alheia à sua
Karl Emil Maximilian Weber (1905) defende Na mesma linha, Pitirim A. Sorokin (1928)
que a Sociologia deveria centrar-se na ação defendia que a interação é a unidade em que os
social, e não nas estruturas que foram criadas fenômenos sociais deveriam ser analisados
por meio da ação social dos indivíduos (LAKATOS; MARCONI, 2006). Assim, não há
(GIDDENS, 2005; FERREIRA, 2010). Definiu como pensar o estudo da Sociologia sem
ação social como a conduta humana, pública ou analisar o indivíduo e a estrutura social na qual
não, a que o agente atribui significado subjetivo, ele está inserido. Também contribuiu para a
baseando-se em critérios internos dos indivíduos Teoria da Estruturação quanto à percepção de
participantes que são conscientes de suas ações unidade entre indivíduos e estrutura.
(FERREIRA, 2010). A ação social é feita pelo
indivíduo, e não pela sociedade, à qual se George Herbert Mead (1930) aponta a
reserva o papel de julgar e aceitar ou não a ação característica da reflexibilidade dos atores
individual de acordo com seus próprios valores e (GIDDENS, 1978), fundamentada na
princípios (LAKATOS; MARCONI, 2006). Seu reciprocidade das relações sociais na interação
objetivo é compreender a conduta individual e entre o homem e o meio em que está inserido
explicar as causas e consequências de sua (GIDDENS, 1978). A noção de ação está
origem, resultados e seus significados integralmente vinculada à capacidade de
(LAKATOS; MARCONI, 2006). Weber focou na autorreflexão dos atores humanos no sentido de
habilidade de os indivíduos agirem criativamente monitoramento de suas próprias condutas
sobre o mundo exterior e moldarem o futuro (GIDDENS, 1997). Foi o primeiro a ver a
(GIDDENS, 2005). As estruturas na sociedade possibilidade de incorporar a reflexibilidade na
são formadas por complexa interação de ações, Teoria da Ação (GIDDENS, 1997). Argumentava
assim como as ideias e valores culturais ajudam que o ser humano depende de símbolos e
a modelar a sociedade e modelam as ações conhecimentos compartilhados em suas
individuais (GIDDENS, 2005), privilegiando a interações uns com os outros. Sustentava que a
parte sobre o todo. A ação do indivíduo sobre a linguagem permite que o homem se torne
sociedade é que determina a relação autoconsciente da individualidade e capaz de ver
(FERREIRA, 2010). A contribuição de Weber é a a partir da perspectiva externa como os outros o
compreensão dos problemas que envolvem a veem (GIDDENS, 2005). O autor desenvolveu a
dominação e o poder (GIDDENS, 1978; noção do sujeito (self) simultaneamente ativo e
FERREIRA, 2010). Da teoria de Weber objeto de si mesmo e da sociedade (eu e mim).
depreende-se a cognoscibilidade dos agentes, a O “eu” respondia pelo aspecto ativo do sujeito,
significação, a dominação e o poder. Ao contrário que se move no impulso de intervir no mundo. O
de Giddens, Weber entendia que a ação humana “mim” vinha depois, já condicionado socialmente
moldava a relação com a estrutura. pela visão que outros têm do sujeito e de como
respondem à sua atuação (DOMINGUES, 2008).
No entendimento de Georg Simmel (1908), a A Teoria da Ação Social, à qual Mead se
sociedade refere-se aos indivíduos em suas vinculava, preocupa-se com a análise de como
Segundo Robert Karhart Merton (1963), a Louis Hjelmslev (1963) desenvolveu a Teoria da
Sociologia é orientada pela ação individual do Linguagem (fala humana) que é dotada de
cientista que seria julgado pelas expectativas e múltiplos valores, é inseparável do homem e se
pelos valores de sua sociedade (LAKATOS; faz presente em todos os seus atos; é o
MARCONI, 2006). A estrutura social é composta instrumento pelo qual o homem modela
de valores e normas: valores descrevem os pensamento, sentimentos, emoções, esforços,
objetivos vislumbrados como legítimos para a vontade e atos. Por meio da linguagem, o
ação pela sociedade; as normas são os homem influencia e é influenciado pela
caminhos pré-determinados e esperados por sociedade (GIDDENS, 1979). A influência da
esta para a consecução desses fins de forma linguagem é incorporada por Giddens como
legítima (DOMINGUES, 2008). Merton reivindica constituinte da comunicação e significação na
a mudança do foco de análise da sociedade para interação.
as unidades menores internas que a compõem.
A forma de organização dos grupos dentro da Jürgen Habermas (1967), autor da Teoria da
estrutura social e para os indivíduos poderia ter Ação Comunicativa, destacava a necessidade da
consequências inteiramente diversas. Precisa ser busca dos fundamentos linguísticos da
avaliado se se trata, antes, de consequências comunicação, sem a qual não existiria a ação
positivas (funções), negativas (disfunções) ou social (Ferreira, 2010), fazendo distinção entre
neutras (GIDDENS, 2009). Merton apresentou a competência linguística e comunicativa
estrutura como importante, e as ações dos (GIDDENS, 1978). A comunicação, segundo
indivíduos determinadas por pressões dessa Habermas, serviria para libertar os homens da
estrutura. Giddens aproveitou essa ideia dominação de outros homens e de forças que
acrescendo a perspectiva de dualidade de não entendem e nem controlam (GIDDENS,
pressão entre estrutura e agente. 1978; Domingues, 2008). Os indivíduos em
interação poderiam questionar mutuamente sua
Harold Garfinkel (1963) considerava que a ação, reivindicar validade e demandar
realidade socialmente construída está presente justificativa por suas ações, ou seja,
na vivência cotidiana de cada um e que, em questionando afirmações e ideias em termos de
todos os momentos, se pode compreender as verdade, veracidade e correção normativa
construções sociais que permeiam a conversa, (Domingues, 2008). O autor tentou mostrar a
os gestos, a comunicação, ou seja, a arte de importância de formas sistematicamente
falar no tempo e espaço (GIDDENS, 1978; distorcidas de comunicação (GIDDENS, 2009). A
DOMINGUES, 2008) quando da interação social comunicação libertadora é contemplada na
por meio dos esquemas interpretativos. Garfinkel Teoria da Estruturação nas dimensões de
interessava-se pela explicabilidade, pela significação e dominação.
destreza cognitiva da comunicação e dos
conjuntos comunicativos (GIDDENS, 1978; Martin Heidegger (1967) também focou a
GIDDENS, 2009) e contribuiu com a noção de reflexibilidade dos atores em seus trabalhos,
esquemas interpretativos que guiam a assim como Mead e Wittgenstein (Giddens,
comunicação entre agente e estrutura. 1978). As pessoas envolvidas usam suas
capacidades cognitivas para refletir sobre suas
Claude Lévi-Strauss (1963) utilizou o termo ações e o fazem por meio da linguagem. A
“duree da vida cotidiana” para identificar a linguagem é um sistema simbólico ou de sinais, e
constante reprodução social, recursividade que a estrutura de descrições potenciais é um meio
Pierre Bourdieu (1977) admitiu que existem, no Três anos depois, a Teoria da Estruturação
mundo social, estruturas objetivas que podem ganhou o primeiro esboço sistemático no livro
dirigir ou coagir a ação e a representação dos Central problems in social theory. Em 1984, com
indivíduos (agentes). Suas pesquisas centram-se a publicação de The constitution of society,
na análise de como os agentes incorporam a Giddens desenvolveu nova tipologia dos
estrutura social, ao mesmo tempo em que a sistemas sociais como ajustes entre relações
produzem, a legitimam e a reproduzem. Assim, a tempo-espaço. Nesse livro, encontra-se a
consciência prática permite ao agente seguir exposição formal (e, até agora, definitiva) da
regras e mudá-las sem questionar seu Teoria da Estruturação (GIDDENS; PIERSON,
significado e características. As posições dos 2000). Também desenvolveu a Teoria da
atores, nos campos político, econômico, literário, Estruturação ao refletir criticamente sobre teorias
científico, jurídico, estabelecem-se sociais com foco predominantemente em
relacionalmente de acordo com o poder detido estruturas, tais como no marxismo e no
por eles. Esse poder confere legitimidade a funcionalismo estrutural (Merton e Parsons) e
ideias, posturas, comportamentos e valores de nas sociologias interpretativas, como a
cada grupo (DOMINGUES, 2008), pesando na etnometodologia (Garfinkel), o interacionismo
estrutura, mas admite que os atores são criativos simbólico (Mead) e a fenomenologia (Schutz)
e agem para modificar os sistemas sociais em (BERENDS et al., 2003). A Teoria pode ser
que estão envolvidos. Bordieu reforça a tese de considerada uma ontologia da realidade social
Giddens acerca da Dualidade da Estrutura, da que tenta superar os dualismos que se tornaram
legitimação, da significação e da dominação. profundamente enraizados na teoria social: o
subjetivismo contra objetivismo, o indivíduo e a
A maioria das escolas de pensamento sociedade (BERENDS et al., 2003). Essa Teoria
sociológico enfatiza o caráter ativo e reflexivo da tem como unidade de análise a Dualidade de
conduta humana. Atribui papel fundamental à Estrutura. Por ela, os polos (agência e estrutura)
linguagem e às faculdades cognitivas na podem ser articulados, sua unilateralidade e
interpretação e explicação da vida social, versão da Sociologia atenta, ao mesmo tempo, à
presentes nas atividades concretas, constituindo capacidade reflexiva dos atores e ao
a vida cotidiana (GIDDENS, 2009). A Teoria da condicionamento de estruturas prévias
Estruturação tenta suprir as deficiências do (DOMINGUES, 2008). Giddens debruça-se, por
consenso ortodoxo e incorpora os um lado, sobre a ação levada a cabo pelos
desenvolvimentos das demais escolas do atores individuais; por outro, sobre o impacto da
pensamento. estrutura sobre aqueles agentes.Os
pressupostos da Teoria são apresentados na
Em 1971, Giddens publicou Capital is mand seção 3.2 da Metodologia.
8 bases 4 termos 2.463 referências Mantidos 142 artigos 79 artigos 69 artigos 65 artigos 67 artigos
Web of Structuration Total encontrado: Critério para Consulta nº. de Leitura do Disponibilidade O mesmo
Science; theory; 2.463 referências; manter/descartar artigos: citações dos 142 resumo dos 79 gratuita do artigo procedimento foi
Scopus; structurational Não-duplicados e foram mantidos todos os artigos no Google artigos; completo: 4 não realizado nas
EBSCO Host; theory; theory of Somente Artigos trabalhos em que o título Scholar = 15.133; 69 artigos disponíveis; referências dos 65
ASSIA- structuration; de Periódicos: indicava utilizar a Teoria da Artigos: realizaram Leitura dos 65 artigos do PB.
Proquest; theory 1.365 artigos. Estruturação em estudos a) Reconhecimento pesquisas usando artigos: Todos Incorporação de 2
Science Direct; structurational. Data consulta: organizacionais. Científico a Teoria da foram considerados artigos.
JSTOR; 31/08/2016 Mantidos: 142 artigos comprovado: 41; Estruturação em alinhados - Artigos Artigos do Portfólio
Emerald e, Descartados: 1.223 artigos. Recentes: 23 estudos do Portfólio Bibliográfico (PB) =
SPELL Antigos: 78 de organizacionais. Bibliográfico (PB) 67
autores: 5.
Descartados 63
artigos.
Causa estranheza que 90% dos trabalhos elemento que separa e diferencia as ciências
realizem uma pesquisa interpretativista, sociais das ciências da natureza, ou seja, o fato
utilizando uma Teoria Estruturacionista, e não de o objeto estudado alterar-se por obra do
evidenciem que os resultados estão envolvidos pesquisador que o estuda (GIDDENS, 2009).
na sua interpretação, nos conhecimentos Toda pesquisa social pressupõe um momento
agregados, podendo direcionar a explicação dos hermenêutico, demandando alinhamento prévio
fenômenos estudados. Bem como, que os do arranjo de significados do pesquisador em
agentes entrevistados também possuem seus relação às interpretações possíveis dos membros
próprios entendimentos da situação e que levam da comunidade investigada. Logo, o pesquisador
em conta isto no momento da interação com o tem função importante na condução da pesquisa
pesquisador. Há que se reconhecer que os e nos resultados encontrados, e isso deve ficar
atores racionalmente apresentam motivos para a claro nos artigos, visto que podem enviesar os
realização de suas ações. Assim, é preciso resultados apresentados.
compreender os efeitos produzidos sobre a ação
humana para transformar aquela realidade. O último pressuposto analisado, o
posicionamento Estrutural, é reconhecido por
Nesse pressuposto, está compreendido um 63% dos trabalhos analisados:
A Teoria da Estruturação tem sido bastante Esta pesquisa evidenciou que apenas 10%
empregada nesses estudos organizacionais. maioria dos trabalhos analisados leva em
Embora tenha sido concebida para análise consideração todos os pressupostos associados
sociológica. Esta pesquisa teve por objetivo à Teoria da Estruturação. Assim como Rossoni,
analisar os estudos organizacionais quanto à Guarido Filho e Coraiola (2013) acredita-se que
observação dos pressupostos-base da Teoria da os pressupostos analisados tenham implicações
Estruturação, a saber: realidade é construção nas formas de investigação sob a perspectiva da
intersubjetiva dos atores; dualidade de estrutura, Teoria da Estruturação. Espera-se que, outras
dupla hermenêutica e posicionamento estrutural. formas de interpretação dos resultados da
pesquisa por parte do pesquisador sejam
Ainda, lança luz à necessidade de seguir os desenvolvidas, buscando rever as formas de
pressupostos básicos da Teoria da Estruturação construção de inferências sobre a realidade
para que os achados sejam confiáveis. 50% dos social. Mudando-se os pressupostos, alteram-se
trabalhos reconhecem a construção as formas de o pesquisador ver a realidade e, ao
intersubjetiva do agente, ou seja, entendem que mesmo tempo, altera-se o conteúdo lido em um
a realidade é uma forma particular do agente segundo momento por autores leigos. Por isso,
Enf.: Ref. Cont. UEM - Paraná v. 39 n. 1 p. 175-192 janeiro / abril 2020
TEORIA DA ESTRUTURAÇÃO EM ESTUDOS ORGANIZACIONAIS: ANÁLISE DA OBSERVAÇÃO DOS PRESSUPOSTOS 189
eles devem estar claramente identificados no implantação das normas internacionais de
texto.Ao embasar sua pesquisa na Teoria da contabilidade na controladoria: um estudo à luz
Estruturação e não levar em conta os da teoria da estruturação em uma empresa têxtil.
pressupostos, os pesquisadores põem em risco a Revista de Administração, v. 47, n. 4, p. 653-
validade e confiabilidade dos resultados 670, 2012.[PB]
encontrados.
______. Impacto da Adoção das Normas
Por fim, cabe lembrar que a análise realizada Internacionais de Contabilidade na Área da
neste artigo, limitou-se a verificação da Controladoria. Revista de Administração
observação e evidenciação dos pressupostos da Contemporânea, v.19, n.3, p. 311-335,
Teoria da Estruturação nos artigos. Ao não 2015.[PB]
deixar evidente seus posicionamentos, pode ter
problemas com a interpretação dos resultados BOLAND JR, R.J. Accounting and the interpretive
encontrados. Sugere-se que futuros trabalhos, ao act. Accounting, Organizations and Society,
adotarem a Teoria da Estruturação, atendam os v.18, n.2-3, p. 125-146, 1993.[PB]
pressupostos de modo a se posicionar para
evitar pôr em risco a validade e confiabilidade de BUSCO, C. Giddens’ Structuration Theory and its
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