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Professor: ARQUIDÂNIA LÁSARA FRANCO MACIEL Data 25/03 /2023

Disciplina: COMPORTAMENTO HUMANO E LIDERANÇA M1


CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E O COMPORTAMENTO HUMANO

Somos, acima de tudo, seres emocionais. Nossas emoções mais primitivas, nascem
conosco e vão se desenvolvendo ao longo da nossa existência. Desde a frustração do bebê
separado da mãe no parto, até a velhice, vivemos as mais diferentes emoções.
Certamente, as emoções refletem em todos os âmbitos da nossa vida. E no ambiente
de trabalho, não é diferente. Apesar do ambiente organizacional exigir foco e postura mais
profissional, é impossível dissociar cognição e emoção.
Assim, a inteligência emocional é uma habilidade que necessariamente precisa ser
observada e trabalhada nos colaboradores, pois traz excelentes resultados para as organizações.
Alguns gestores já entenderam que promover o autoconhecimento e o
amadurecimento emocional impacta positivamente nos resultados das organizações. E, que esse
amadurecimento tem seu processo inicial exatamente no autoconhecimento, que permitirá ao
colaborador desenvolver uma habilidade extremamente necessária à manutenção das relações
humanas no trabalho: a inteligência emocional.
A inteligência emocional nunca foi tão valorizada no ambiente corporativo como agora.
A capacidade de identificar as emoções e saber lidar com elas, faz com que os profissionais
consigam ter um relacionamento saudável e colaborativo com os colegas. Além de um
desempenho que supere as expectativas.
Desenvolver essa competência permite lidar melhor com situações de estresse. Ajuda
a passar por momentos de crise e a reagir bem em situações de pressão. Esses são só alguns
motivos de porque a inteligência emocional tem assumido um papel importante para os
negócios.
UM INSTRUMENTO MAIS HUMANO PARA ENTENDER O COMPORTAMENTO HUMANO

Organizações que têm um olhar diferenciado para a saúde mental do colaborador


colhem bons frutos. Cada vez mais, os gestores têm entendido que uma rotina exageradamente
atribulada, com afazeres ininterruptos e cobranças em excesso, prejudicam o trabalhador e,
consequentemente, os resultados.
Preencher cada minuto do horário de trabalho com tarefas e mais tarefas não dará o
tempo necessário para respirar e pensar sobre o que está sendo feito, o que pode ajudar a aflorar
qualquer sentimento negativo que esteja rondando esse funcionário.
Incluir um tempo para higiene mental e o atendimento de um profissional capacitado,
para que o colaborador possa dirimir dúvidas e dividir os receios e as conquistas, fará com que a
percepção que ele tem do mundo e de suas emoções aumente. Por isso, psicólogos, terapeutas
e facilitadores de relacionamento são peças fundamentais em uma organização.
Mas não basta disponibilizar o profissional ou criar processos menos burocráticos.
Mesmo nas empresas com grande investimento tecnológico e processos automatizados, as
pressões por resultado e alcance de metas podem parecer sufocantes.
Dessa forma, é preciso ajudar a equipe a criar um repertório de proteção as pressões
relacionadas ao trabalho. E isso pode e deve ser feito, a partir do desenvolvimento da inteligência
emocional.
Afinal, essa é uma habilidade que permite o manejo eficiente das condições de trabalho
e ainda permite que as relações humanas dentro da organização sejam bem trabalhadas.
Com isso, podemos afirmar que, uma equipe de colaboradores dotada de inteligência
emocional é capaz de promover relacionamentos mais humanizados. Por sua vez, líderes e
colaboradores são capazes de entregar resultados exponenciais, sem sacrificar a saúde mental
dos membros da equipe.
OS BENEFÍCIOS DO INVESTIMENTO EM INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Atuar de forma estratégica contando com uma equipe multidisciplinar não pode ser
visto como um luxo nas empresas. Investir em tecnologia e capital humano é fundamental, e
refletirá em todos os setores, assim como na vida pessoal, em todas as áreas.
Certamente, o relacionamento humano é o motor de toda e qualquer organização e
ele, precisa assumir esse protagonismo. Os investimentos em mão de obra qualificada e em um
profissional que ajude a desenvolver a inteligência emocional da equipe é irrisório frente às
vantagens dessa prática.
Afinal, um colaborador que lide bem com as emoções saberá separar as questões
pessoais e profissionais, tendo uma vida saudável dentro e fora da empresa.
Dessa forma, promover a felicidade do colaborador é tão eficiente para o engajamento
com a empresa e para a satisfação no trabalho quanto promover treinamentos e capacitações.
Em resumo, um funcionário que conhece seus pontos fortes e fracos, que sabe passar
por momentos difíceis sem se deixar abater, além de comemorar os bons momentos sem ser
levado pela euforia e perder o foco, entregará o que tem de melhor para a empresa.

O AUTOCONHECIMENTO, UMA FERRAMENTA DE DESENVOLVIMENTO

No entanto, para atingir esse patamar, o colaborador precisa se conhecer.


Com o crescimento do entendimento de si próprio, a compreensão do outro e o
exercício da empatia crescem junto. Quando a equipe é composta por pessoas que sabem se
colocar no lugar do outro e enxerguem no colega um companheiro e não um adversário,
diferentes personalidades convivem harmoniosamente e o clima organizacional é o melhor
possível.
Portanto, o primeiro passo para desenvolver inteligência emocional na equipe, é através
do autoconhecimento. E isso pode ser estimulado, através de avaliações de desempenho que
envolvam a auto avaliação, a avaliação dos pares, como a avaliação 360, por exemplo.
Além disso, é possível oferecer feedback como ferramenta de autoconhecimento,
cruzando os dados das avaliações e permitindo com isso que o colaborador tenha uma visão mais
transparente de si e do outro.
Certamente é esse autoconhecimento que permitirá que o colaborador identifique com
mais clareza suas emoções e lide com elas de forma mais madura. Com isso, ele terá melhores
condições de autocontrole e permitirá que situações de estresse e dificuldades com a rotina de
trabalho sejam oportunidades de aprendizado e crescimento.

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA TOMADA DE DECISÃO

Como se tudo isso não bastasse, um profissional com alta inteligência emocional tem
clareza nas decisões. Considerando o número infinito de decisões que são tomadas diariamente
no ambiente organizacional, as decisões mais assertivas são aquelas em que emoção e razão
estão em equilíbrio.
Sendo assim, profissionais dotados de inteligência emocional possuem uma tomada de
decisão mais eficaz, quando comparados àqueles que agem baseados apenas em suas emoções
momentâneas. E, certamente, estão mais preparados para formular estratégias e propor ações
para alcance de resultados.
Estratégias bem implementadas e claramente difundidas na organização são
ferramentas importantes de redução de custo, otimização de processos e pavimentam o
caminho para o sucesso.
Dessa forma, podemos afirmar que uma gestão de pessoas preocupada com a
inteligência emocional dos funcionários atrai novos colaboradores, diminui indicadores como
absenteísmo, turnover e reclamações trabalhistas, aumentando muito a produtividade, a
motivação e o engajamento da equipe.
Por isso, dar o devido valor à inteligência emocional é um item obrigatório nas empresas
que se destacam no mercado! Outra ferramenta imprescindível para as organizações é a matriz
de talentos. Com ela, você avalia e desenvolve sua equipe de forma eficiente, e garante os
melhores talentos!
CONCLUINDO…

Com certeza, diante de tudo isso, fica clara a importância de desenvolver inteligência
emocional no time de talentos da empresa.
Além disso, é preciso atentar para os processos de trabalho e oferecer aos seus
colaboradores condições de atuarem de forma eficiente e otimizada.
Comportamento humano e inteligência emocional são fatores essenciais para a
sobrevivência e crescimento de qualquer negócio.
Afinal, lidar com as pessoas e emoções têm tanta ou até maior importância, conforme
o caso, quanto os conhecimentos técnicos e demais habilidades necessárias para empreender
com sucesso.
Inteligência emocional: a chave para manter seu negócio relevante e competitivo, tanto
para os clientes quanto colaboradores
A inteligência emocional é algo vital no local de trabalho. Eu costumo dizer que em uma
organização, gestão de pessoas e inteligência emocional formam a chave para manter o negócio
relevante.
Ela ajuda, sobretudo, os funcionários a serem mais conscientes de suas emoções
pessoais. Isso traz uma visão mais clara e a capacidade de analisar e ajustar comportamentos,
evitando assim possíveis desgastes de relacionamento, tanto com o cliente quanto com o colega
de trabalho.
A seguir, destaco alguns pontos que estão atrelados à inteligência emocional no
trabalho, de acordo com a perspectiva daquele que é considerado o pai da IE, Daniel Goleman.
➢ Autoconsciência - A autoconsciência é a capacidade de reconhecer e compreender as
próprias emoções, motivações e habilidades. Ter autoconsciência também permite
entender o efeito que suas emoções têm sobre os outros. Ser autoconsciente ajuda os
funcionários a compreenderem como são vistos pelos colegas, clientes e gerentes.
Também permite que funcionários e líderes aceitem melhor o feedback, mesmo quando
ele não é positivo.
➢ Motivação - A motivação dá a uma pessoa interesse em aprender, bem como a força para
continuar, apesar dos desafios que enfrentam. Ela promove aos colaboradores, metas e
desejos a serem realizados, o que pode trazer à tona, diferentes sentimentos ao longo
do processo. Assim, ela ajuda a desenvolver a inteligência emocional do funcionário, por
exemplo.
➢ Empatia - A empatia é a capacidade de reconhecer e compreender as emoções e reações
de outras pessoas. Segundo Goleman, a empatia só pode ser alcançada quando a
autoconsciência é alcançada, pois ele acredita que as pessoas devem se entender antes
de entender os outros. No local de trabalho, um funcionário que tem empatia pode
entender os sentimentos de seus colegas e pode lidar com as situações difíceis no
trabalho de forma mais eficaz. Além disso, é mais provável que as pessoas se conectem
a um colega que demonstre empatia genuína.
➢ Habilidades sociais - As habilidades sociais são as habilidades necessárias para se
comunicar e interagir com outras pessoas. Essa habilidade permite que as pessoas
tenham conversas mais significativas com as demais, mantenham amizades e
relacionamentos, encontrem pontos em comum. Isso permite que os funcionários
ouçam, falem e resolvam conflitos de forma mais eficaz. Vale dizer que as habilidades
sociais ajudam os líderes a se conectarem e se comunicarem com seus membros em um
nível mais profundo.
Todos os pontos acima contribuem com melhoria do comportamento humano e devem
fazer parte do dia a dia no trabalho em equipe na empresa.

REFERÊNCIAS
GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional. Rio de Janeiro, 1996.
GOLEMAN, Daniel. Liderança. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015.

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