Você está na página 1de 142

MINICURSO VIA WHATSAPP

COMO FAZER UM TCC, DO PROJETO


À ELABORAÇÃO

PARTE 3
MINICURSO VIA WHATSAPP
COMO FAZER UM TCC, DO PROJETO À ELABORAÇÃO
Elaborado pelo Projeto de extensão Agenda Acadêmica, o minicurso
tem como objetivo oferecer um minicurso via whatsapp sobre a
normalização de um trabalho monográfico (TCC) para estudantes
brasileiros e/ou estrangeiros de graduação.
A grande vantagem do uso de um aplicativo de mensagens
instantâneas, como é o caso do whatsapp, é o fato de superar
distâncias e chegar em regiões onde não são ofertados minicursos
sobre/de metodologia científica. Porém, nossa intenção não é
substituir a Universidade e, sim colaborar com a formação do
acadêmico brasileiro.
Estamos aqui!
INICIAÇÃO À PESQUISA ACADÊMICA

Questões de base Ciência Pesquisa científica

Conhecimento Tipos de pesquisa

Ações na Universidade Início das atividades Orientações e dicas para a


discentes ação discente

Produção na Universidade
Projeto de pesquisa Artigo científico
PROCESSO DE PESQUISA CIENTÍFICA
PLANEJAMENTO EXECUÇÃO DIVULGAÇÃO

Projeto de Relatório de Exposição


pesquisa pesquisa oral

Pontos de referência
Plano de
pesquisa
INFORMAÇÃO versus CONHECIMENTO
"Onde está o conhecimento, que perdemos com a informação?" (Collected Poems, Faber and
Faber, 1963, p. 161).

INFORMAÇÃO CONHECIMENTO
objetiva-subjetiva subjetivo
“é uma abstração informal (isto “é uma abstração interior,
é, não pode ser formalizada pessoal, de alguma coisa que foi
através de uma teoria lógica ou experimentada por alguém”.
matemática), que representa “uma mistura de experiência ...
algo significativo para alguém fornece um parâmetro para
através de textos, imagens, avaliar e incorporar novas
sons ou animação”. Competência é uma experiências em informação”.
capacidade de executar
uma tarefa no "mundo
real".
TIPOS DE CONHECIMENTO

Conhecimento Popular Conhecimento Científico


Superficial Real (factual)
Sensitivo Acumulativo
Subjetivo Sistemático
Assistemático Verificável
Acrítico Aproximadamente exato

Conhecimento Conhecimento
Filosófico Religioso
Valorativo Valorativo
Racional Inspiracional
Sistemático Sistemático
Não verificável Não verificável
Infalível Infalível
MAS, O QUE É CIÊNCIA?

Etimologia: Ciência vem da palavra latina scientia, que significa


conhecimento.

A Ciência é o conhecimento, ou um sistema de conhecimento,


que abarca verdades gerais ou a operação de leis gerais
especialmente obtidas e testadas por meio do método
científico.
TRUJILLO FERRARI, 1974, p. 8 NASCIMENTO; SOUSA, 2015, p. 126

A ciência é todo um conjunto de


atitudes e atividades racionais Conhecimentos racionais, obtidos
dirigidas ao sistemático por meio de métodos, verificáveis
conhecimento com objetivo e sistematizados referentes a
limitado, capaz de ser submetido à objetos de igual natureza.
verificação.

CIÊNCIA
CIÊNCIA
DEMO, 2012, p. 30-31

A ciência, de origem religiosa em sua visão modernista eurocêntrica, mantém a mesma perspectiva [a das
religiões], a começar pelo monopólio da racionalidade, da capacidade de pesquisar e analisar, bem como de
definir as validades. O método científico, inventado para dar conta da realidade de modo objetivo e neutro,
analítico e sistemático, tanto para descobrir quanto para manipular a realidade, por mais que se proponha
afastar-se de subjetivismos humanos através de procedimentos de formalização procedimental, acaba
sendo nada mais que o ‘ponto de vista humano’. A pretensão de inventar um método sem metodólogo ou
uma ciência sem cientista, absolutamente objetiva e válida sem imisção humana (subjetividade, vista aí
como atrapalho), nunca passou de caricatura e hipocrisia, porque é inegável que a ciência é produto
humano. Ciência é o que os cientistas produzem, representando sua intersubjetividade, que é, em geral, seu
critério maior de cientificidade, ou seja, vale o que eles definem o que vale. Para não tornar essa posição
excessivamente subjetiv(ist)a, ou seja, para colocar a busca da realidade como critério de pesquisa, não o
ponto de vista humano sobre a realidade, inventam-se método, técnica de pesquisa, estatística e empiria,
procedimentos de formalização de validade pretensamente universal, na expectativa de neutralizar vieses
humanos.
OBJETIVOS FUNÇÕES

Melhoria da qualidade de vida


intelectual
Novas descobertas
Melhoria da qualidade de vida
Novos produtos
material
Melhoria da qualidade de vida
Não é o objetivo da ciência
responder todas as questões

CIÊNCIA
Objetivo ou finalidade Função

Preocupação em distinguir a característica Aperfeiçoamento, através do crescente


comum ou as leis gerais que regem acervo de conhecimento, da relação do
determinados eventos. homem com o seu mundo

O QUE AS
CIÊNCIAS
POSSUEM?
MARCONI; LAKATOS,
2017, p. 75
O enfoque especial, em face das
O que se pretende estudar, interpretar ou
diversas ciências que possuem o
verificar, de modo geral.
mesmo objeto material.

Objeto Material Formal


LOCAIS DA
Indústrias, como a
Universidades e outras
instituições de educação
CIÊNCIA Indústria Química,
superior e de pesquisa Farmacêutica
(acadêmicas/científicas)
como NASA, USP, UFV,
UFES, Embrapa
TAXINOMIA DAS CIÊNCIAS
Lógica
Formais

Estudam as
ideias Matemática
CIÊNCIAS

Naturais Física Química


Biologia Agronomia

Tratam de
Factuais

objetos, Sociais Sociologia Direito


coisas e Economia Política
processos Psicologia social
Antropologia cultural
CONHECIMENTO CIENTÍFICO

É um produto resultante da investigação científica;

Surge da necessidade de
encontrar soluções para problemas de ordem prática da vida diária (senso
comum).
Do desejo de fornecer explicações sistemáticas que possam ser testadas e
criticadas através de provas empíricas e da discussão intersubjetiva.
MÉTODO CIENTÍFICO

“O Método Científico é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais


que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo –
conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido,
detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.”(MARCONI;
LAKATOS, 2006, p. 45)
MÉTODO CIENTÍFICO

Maneira de se fazer uma pesquisa científica:


Forma de pensar para se chegar à natureza de um determinado problema,
quer seja para estudá-lo ou explicá-lo
Ferramenta utilizada na ciência para aquisição e construção do
conhecimento
MÉTODO CIENTÍFICO

É de fundamental importância pois:


Permite reproduzir a pesquisa científica
Possibilita a validação através da observação (essência da Ciência)
MÉTODOS CIENTÍFICOS CLÁSSICOS

Método Indutivo Método Dedutivo


(GALLILEU; BACON, séc. XVII) (DESCARTES, séc. XVII)

Descoberta de princípios gerais Aplicação de princípios gerais


a partir de conhecimentos a casos específicos
específicos (particulares). (particulares).
Micro  Macro (conceito) Macro  Micro (conceito)

Método Hipotético-dedutivo

A partir de hipóteses
formuladas, deduz-se a
solução do problema.
MÉTODOS CIENTÍFICOS CLÁSSICOS

DEDUTIVO
INDUTIVO
Todo mamífero tem um
Todos os cães que foram
coração.
observados tinham um
Ora, todos os cães são
coração.
mamíferos.
Logo, todos os cães têm
Logo, todos os cães têm
coração.
coração.
PESQUISA

Pesquisa é o conjunto de investigações,


operações e trabalhos intelectuais ou
práticos que tenham como objetivo a
descoberta de novos conhecimentos, a
invenção de novas técnicas e a exploração
ou a criação de novas realidades
(KOURGANOFF, 1990)
A PESQUISA É UTILIZADA PARA

• Gerar e adquirir novos


conhecimentos sobre si mesmo ou
sobre o mundo em que vive
• Obter e/ou sistematizar a realidade
empírica (conhecimento empírico)
• Responder a
questionamentos(explicar e/ou
descrever)
• Resolver problemas
• Atender à necessidades de mercado
PESQUISA CIENTÍFICA

Pesquisa básica ou Pesquisa aplicada ou


fundamental tecnológica

Gera Gera Gera


Gera conhecimento
produtos processos conhecimento

Os conhecimentos são
aplicados em pesquisas aplicadas Possui finalidade imediata
ou tecnológicas

Melhoria da qualidade de vida


TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA
CRITÉRIOS

LOCAL DE
FINALIDADE OBJETIVOS PROCEDIMENTOS NATUREZA
REALIZAÇÃO

Básica Exploratória Bibliográfica Qualitativa Campo


Aplicada Descritiva Documental Quantitativa Laboratório
Explicativa Experimental Mista
Outros
TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA
Procedimentos de
Objetivo Fontes de dados
coletas de dados

Pesquisa experimental
Exploratória Campo

Ex-post-facto
Descritiva Laboratório

Levantamento
Explicativa Pesquisa bibliográfica

Estudos de caso

Pesquisa-ação

Pesquisa bibliográfica

Pesquisa documental
TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA (OBJETIVO)
Exploratória
Primeira aproximação com o tema;
Visa conhecer os fatos e fenômenos relacionados ao tema;
Recuperar as informações disponíveis;
Descobrir os pesquisadores.

É feita através de:


Levantamentos bibliográficos;
Entrevistas com profissionais da área ;
Visitas à instituições, empresas, etc.;
Web sites, etc.
TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA (OBJETIVO)

Descritiva
Levantamento das características conhecidas, componentes do
fato/fenômeno/processo;
É feita na forma de levantamentos ou observações sistemáticas do
fato/fenômeno/processo escolhido.

Explicativa
Visa explicar e criar uma teoria a respeito de um fato/fenômeno/processo;
Propicia aprofundar o conhecimento da realidade;
Se ocupa com o porquê do fato/fenômeno/processo (identificação dos
fatores que determinam a ocorrência) ou a forma que ocorre.
TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA (LOCAL)

Campo
Onde acontece o fato/fenômeno/processo;
Coleta de dados e observação do fato/fenômenos/ processo in natura.

Formas:
Observação direta;
Levantamento;
Estudo de caso.
TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA (LOCAL)
Laboratório
Caracterizada por:
Interferir artificialmente na produção do fato/ fenômeno/processo
OU
Artificializar o ambiente ou os mecanismos de percepção para que o
fato/fenômeno/processo seja produzido/percebido adequadamente
“Estímulos” “Cenários”

Permite:
Estabelecer padrão desejável de observação;
Captar dados para descrição e análise;
Controlar o fato/fenômeno/processo.
TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA (LOCAL)

Pesquisa Bibliográfica
“A Pesquisa bibliográfica é fundamentada nos conhecimentos de
biblioteconomia, documentação e bibliografia; sua finalidade é colocar o
pesquisador em contato com o que já se produziu a respeito do seu tema de
pesquisa.”(PÁDUA, 2004, p. 34)

Requer conhecimento de termos técnicos e sinônimos;


Imprescindível para qualquer pesquisa científica;
Registrar e organizar os dados bibliográficos referentes aos documentos
obtidos e empregados na pesquisa científica;
Objetivos: desvendar, recolher e analisar as principais contribuições sobre
um determinado fato, assunto ou ideia.
TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA (LOCAL)

Pesquisa Bibliográfica (cont.)


Bibliografia
“É o conjunto de obras derivadas sobre determinado assunto, escritas por
vários autores, em épocas diversas, utilizando todas ou parte das
fontes.”(SALOMON, 1974)

Referência bibliográfica
Descrição precisa da fonte de informação, utilizando-se de normas
específicas, a exemplo de:
Associação Brasileira de Normas Técnicas –ABNT
International Standard Organization – ISO
TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA
(PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS)

Pesquisa Experimental
Consiste em experimentar, fazer experiência;
Fato/fenômeno/processo da realidade é reproduzido de forma controlada,
com objetivo de descobrir os fatores que o produzem ou que por ele
sejam produzidos;
Experimentos são geralmente feitos por amostragem, que é o conjunto
significativo que compõem a amostra;
Os resultados válidos para uma amostra, por indução, são válidos também
para o universo.
TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA
(PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS)
Ex-post-facto (a partir de depois do fato)

Investigação sistemática e empírica;


O pesquisador não tem controle direto sobre as variáveis independentes,
porque:
Já ocorreram suas manifestações;
são intrinsecamente não manipuláveis.
São feitas inferências sobre as relações entre variáveis em observação
direta, a partir da variação concomitante entre as variáveis independentes
e dependentes.
TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA
(PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS)
Levantamento
Caracteriza-se pela interrogação direta das pessoas, cuja opinião se quer
conhecer
Procedimento útil para pesquisas exploratórias e descritivas
Etapas:
Seleção da amostra
Aplicação de questionários, formulários ou entrevista
Tabulação dos dados
Análise com auxílio de ferramentas estatísticas

Vantagens: conhecimento direto da realidade; quantificação; economia e rapidez

Limitações: ênfase nos aspectos perspectivos; pouca profundidade; limitada


apreensão do processo de mudança
TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA
(PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS)
Estudo de caso
Estudo aprofundado e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira
a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado.

É adequado para:
Explorar situações da vida real;
Descrever a situação do contexto em que está sendo feita determinada
investigação;
Explicar as variáveis causais de determinado fenômeno em situações
muito complexas.
TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA
(PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS)
Pesquisa-ação
“Pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é
concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a
resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os
participantes representativos da situação ou problema estão
envolvidos de modo cooperativo ou participativo.”(THIOLLENT, 1986,
p.14)

Indicada quando há interesse coletivo na resolução de um


problema ou suprimento de uma necessidade;
Envolvimento participativo ou cooperativo dos pesquisadores e
demais participantes no trabalho de pesquisa;
Utiliza-se de outros procedimentos já descritos, tais como pesquisa
bibliográfica, experimentos, etc.
TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA
(PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS)

Pesquisa Documental

Documento “Qualquer suporte que contenha informação registrada,


formando uma unidade, que possa servir para consulta, estudo ou prova.
Inclui impressos, manuscritos, registros audiovisuais e sonoros, imagens, sem
modificações, independentemente do período decorrido desde a primeira
publicação.(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023,
2000)
TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA
(PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS)
Pesquisa Documental (Cont.)

Ênfase para fontes de informações ainda não publicadas, que não


receberam tratamento analítico ou não foram organizadas:
Relatórios de empresas;
Correspondência pessoal ou comercial;
Registros em igrejas, hospitais, etc.
Fotografias;
Obras originais de qualquer natureza.
Mas, afinal de contas, o
que seria um
PROJETO DE PESQUISA?

É a descrição da estrutura de uma pesquisa científica que serve de guia para


o desdobramento desta investigação com o intuito de ter como produto
final um trabalho conclusivo em nível de Graduação (TCC), Especialização
(trabalho monográfico), Mestrado (Dissertação) e Doutorado (Tese). Em
outras palavras, trata-se de um documento que descreve todo o
planejamento da sua pesquisa.
PROJETO DE PESQUISA
Objetivo: Traçar um caminho eficaz que o conduza a atingir os objetivos a
que se propõe.
No Projeto define-se:
O que fazer – definição do tema ou problema
Por que fazer – justificativa da escolha do tema ou problema
Para quê fazer – objetivos
Onde fazer – local/campo da pesquisa
Como fazer – metodologia
Com que fazer – recursos necessários
Quando fazer – cronograma de execução
Com quanto fazer – orçamento
Como pagar – verba
Quem vai fazer – equipe
Produzir um
novo
PROJETO DE PESQUISA

conhecimento?

Melhorar um Desenvolver
produto ou um novo
processo? método?

Pesquisar
o quê?
Desenvolver Desenvolver
um novo uma nova
processo? tecnologia?

Desenvolver
um novo
produto?
E QUANDO NÃO SE TEM IDEIA... O QUE EU FAÇO?

Escolha uma área do


curso que você mais
gostou...

Pergunte para
algum especialista
Solicite sugestões
ou docente o que
aos seus
poderia ser
professores.
melhorado nesta
área?
A IMPORTÂNCIA DE PESQUISAR

É importante
para o meio
acadêmico?

É um Vai gerar um
diferencial novo
competitivo? conhecimento?

Pesquisar
Por quê?
Vai agregar
É uma
algo novo ao
inovação?
que já existe?

É importante
para o meio
empresarial?
COMO REALIZAR ESSA PESQUISA

Pretendo obter
os resultados...

Analisar os
Pretendo obter
dados e obter
os dados e
uma síntese dos
informações...
resultados...

Pesquisar
Como?
Utilizar um
Serão os
método já
procedimentos:
aplicado sem
etapa por
pesquisa
etapa...
semelhante ...

Encontrar e
determinar o
método de
pesquisa...
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA
1 Escolha do tema

O que vou pesquisar?


Um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar
ou desenvolver;
Assunto interessante para o pesquisador;
Originalidade não é pré-requisito;
Fontes de assuntos: vivência diária, questões polêmicas, reflexão, leituras,
conversações, debates, discussões.
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA
1 Escolha do tema (continuação)

Defina o tema de acordo com os assuntos que tenhas interesse ou certo


domínio ou que tenhas conhecimento ou materiais já pesquisa. Ou, então,
faça parte do seu trabalho (como é o caso de alunos de iniciação
científica).

Não basta fazer a pesquisa porque deves fazer a pesquisa. É necessário se


identificar com o tema e gostar do que se pretender fazer. Desse modo, a
construção da pesquisa dar-se-á de forma menos tensa.
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA
1 Escolha do tema (continuação)

De modo geral,
Escolhas um tema que tenhas afinidade;
Delimites o tema escolhido;
Analises se existem fontes de pesquisa (consistentes) sobre o assunto;
Definas a questão-problema.
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA

2 Revisão de literatura

Quem já pesquisou algo semelhante?


Busca de trabalhos semelhantes ou idênticos;
Pesquisas e publicações na área.
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA

2 Revisão de literatura (continuação)

A revisão da literatura diz respeito à fundamentação teórica considerando


o que se tem tratado acerca do tema escolhido em um dado período.
Por meio da análise da literatura publicada obtém-se um panorama teórico
e a estruturação conceitual que sustentará p desenvolvimento da
pesquisa.
A revisão da literatura é o resultado do processo de levantamento e
análise de materiais já publicados sobre o tema e a questão-problema
escolhidos.
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA
3 Justificativa

Por que estudar esse tema?


Vantagens e benefícios que a pesquisa irá proporcionar;
Importância pessoal ou cultural;
Deve ser convincente.
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA
3 Justificativa (continuação)

A justificativa consiste em uma exposição sucinta, porém completa, das


razões de ordem teórica e dos motivos de ordem prática que tornam
importante a realização da pesquisa.

Deve-se mostrar claramente o porquê o projeto é importante.

Em alguns casos, a justificativa é redigida na introdução do projeto de


pesquisa em outros é um item específico.
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA
4 Formulação do problema

Que respostas estou disposto a responder?


Definir claramente o problema;
Delimitá-lo em termos de tempo e espaço.
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA
4 Formulação do problema (continuação)

Representa os questionamentos do pesquisador. Questões essas que


motivam a busca organizada de informações que constituiu a pesquisa
científica.
O problema de pesquisa, geralmente, é uma pergunta, uma curiosidade
que pode ser explicada em um âmbito científico. Em alguns casos, é
chamada “questão-problema”.
A pergunta não necessita ter uma resposta imediata. Em outras palavras,
os problemas de pesquisa são respondidos ao decorrer da investigação
científica.
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA
4.1 Quanto à escolha do problema

A questão-problema indica o foco que dar-se-á a investigação.


Relevância do problema: o problema será relevante em termo científicos
quando propiciar conhecimentos novos ao campo de estudo e, de modo
prático, a relevância refere-se aos benefícios que o resultado da pesquisa
trará para a sociedade.

Oportunidade formativa/profissional: algumas pesquisas – dependendo


da área de formação – podem trazer prestigio, investimentos e
oportunidades de sucesso ao profissional.
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA
5 Determinação de objetivos

O que pretendo alcançar com a pesquisa?


Objetivo geral – qual o propósito da pesquisa?
Objetivos específicos – abertura do objetivo geral em outros menores
(possíveis capítulos).
O objetivo geral deve estar diretamente relacionado com o problema de
pesquisa.
QUESTÃO-PROBLEMA OBJETIVO GERAL

O problema de O objetivo geral é


pesquisa é redigido como
formulado sob afirmação (verbo no
forma de pergunta. infinitivo).

RELAÇÃO ENTRE
OBJETIVO GERAL E
QUESTÃO-PROBLEMA
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA
5.1 Determinação do objetivo geral e dos objetivos específicos
É importante sintetizar o que se pretende alcançar com a pesquisa. Os
objetivos devem ser coerentes com a justificativa e com o problema
proposto.
Objetivo geral: síntese do que se pretende alcançar.
Objetivos específicos: em torno de 3 ou mais, eles devem explicitar os
detalhes e serão desdobramentos do objetivo geral.
Vale lembrar que os objetivos informarão o porquê da proposta de
investigação, isto é, quais os resultados que pretendem alcançar e/ou qual
a contribuição que sua pesquisa irá proporcionar de fato.
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA
6 Sobre hipóteses
Não é comum fazer uso de hipóteses em projetos de pesquisa. No
entanto, tratamos aqui de algumas orientações.

O que é hipótese: pode ser entendida como uma provável resposta ao


problema formulado, indagações a serem verificadas na investigação,
afirmações provisórias a respeito de um determinado problema.

Elas devem mostrar aquilo que o pesquisador visualiza como resposta mais
adequada ao problema em estudo, antes de realizar a pesquisa.
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA

7 Metodologia

Como se procederá a pesquisa?


Caminhos para se chegar aos objetivos propostos.

A metodologia deve ser claramente explicada no projeto, lembrando


que ela pode passar por modificações na execução da investigação.
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA
7 Metodologia (Continuação)
Qual o tipo de pesquisa?
Qual o universo da pesquisa?
Será utilizado a amostragem?
Quais os instrumentos de coleta de dados?
Como foram construídos os instrumentos de pesquisa?
Qual a forma que será usada para a tabulação de dados?
Como interpretará e analisará os dados e informações?
Explicitar a metodologia de pesquisas de campo ou de laboratório é bastante
importante.
Pesquisa bibliográfica – leitura como material primordial.
Indicar como pretende acessar suas fontes de consulta, fichá-las, lê-las e resumi-las,
construir seu texto, etc.
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA

8 Coleta de dados

Como será o processo de coleta de dados?


Através de que meios?
Por quem?
Quando?
Onde?
Paciência!
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA
8 Coleta de dados (continuação)

Definição das técnicas para pesquisa de campo:


a) Entrevistas;
b) Observações;
c) Formulários;
d) Questionários.

Definição das fontes bibliográficas: livros, artigos, anuários, censos


demográficos, dentre outras.
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA
8 Coleta de dados (continuação)

Definição das técnicas para pesquisa de campo:


a) Entrevistas;
b) Observações;
c) Formulários;
d) Questionários.

Definição das fontes bibliográficas: livros, artigos, anuários, censos


demográficos, dentre outras.
As diferentes formas de levantamentos de dados e informações

Entrevista

Fenômeno a Observação
Questionário
ser estudado

Formulário

NASCIMENTO, Luiz Paulo do. Elaboração de projetos de pesquisa. São Paulo: Cengage, 2017.
O CAMINHO DA PESQUISA

NASCIMENTO, Luiz Paulo do. Elaboração de projetos de pesquisa.


São Paulo: Cengage, 2017.
Criar/construir
Refletir
Pensar
Saber
Conhecer
Entender
Estudar
Ler
PAUSA PARA A ESCRITA
Verbos de análise Verbos de aplicação
analisar detectar
classificar descobrir
aplicar
categorizar discriminar
estruturar
combinar examinar
ilustrar
comprovar experimentar
interpretar
contrastar identificar
organizar
correlacionar investigar
relacionar
diferenciar provar
discutir selecionar
PAUSA PARA A ESCRITA
Verbos de avaliação Verbos de compreensão
avaliar relacionar concluir identificar
concluir selecionar descrever ilustrar
constatar validar distinguir inferir
criticar valorizar deduzir interpretar
interpretar demonstrar localizar
julgar discutir relatar
justificar explicar revisar
padronizar
PAUSA PARA A ESCRITA
Verbos de conhecimento Verbos de síntese
associar exemplificar combinar
calcular expressar compor
citar identificar criar
classificar indicar comprovar
definir medir deduzir
descrever mostrar desenvolver
distinguir nomear documentar
enumerar registrar explicar
especificar relacionar organizar
enunciar relatar planejar
estabelecer selecionar relacionar
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA

9 Cronograma

Ao construir a ideia de uma pesquisa científica, o pesquisador deve ter noção


do tempo a ser executado tal empreendimento. Desse modo, deve escolher
um tempo que possa ser trabalhado no tempo previsto no cronograma.
Este elemento deve conter todas as atividades previstas para a construção da
pesquisa até a sua apresentação final.
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA

11 Redação e apresentação do trabalho científico

Redigir o trabalho científico: monografia, dissertação, tese, artigo, etc.


Obedecer as normas pré-estabelecidas.
Tipos de pesquisa científica (síntese)
Níveis Conhecimento Objetivos Modalidades
Exploratória Como? Conhecer mais e melhor o Levantamentos
problema; bibliográficos;
Elaborar hipóteses; Entrevistas;
Aprimorar ideias. Estudos de caso.
Descritiva O quê? Descrever características de Estudos etnográficos;
população ou fenômeno; Levantamentos de
Estabelecer relações entre opiniões, de atitudes,
variáveis; crenças, etc.
Explicativa Por quê? Identificar variáveis que Experimental;
determinam a ocorrência do Quase-experimental.
fenômeno;
Explicar a razão do fenômeno,
investigar relações de causa e
efeito.
PESQUISA-AÇÃO
Texto-base

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2017.

*Todas as partes referentes à pesquisa-ação


foram retiradas do texto base.
PESQUISA-AÇÃO
Kurt Lewin – 1933
 “Quando falamos de pesquisa, estamos pensando em pesquisa-ação,
isto é, uma ação em nível realista, sempre acompanhada de uma reflexão
autocrítica objetiva e de uma avaliação dos resultados. Como o objetivo é
aprender, não devemos ter medo de enfrentar as próprias insuficiências.
Não queremos ação sem pesquisa, nem pesquisa sem ação (BARBIER,
1985, p. 38)”.
 Os estudos de pesquisa-ação se multiplicaram durante e depois a
segunda guerra mundial. (ibid., p. 329 apud RICHARDSON, 2017)
 A pesquisa ação adquiriu força nos anos 1970 com os trabalhos do
brasileiro Paulo Freire.
PESQUISA-AÇÃO
“Foi nessa prática de mais de dez anos que ele [Freire] aprendeu a ser
educador e desvelou um princípio básico de sua teoria e prática
educacional, ao qual permaneceu fiel – ‘pensar sempre na prática’”
(GRABAUSKA, BASTOS, 2003 apud RICHARDSON, 2017).

Para Elliot (1978 apud RICHARDSON, 2017) a pesquisa ação é um tipo de


atitude capaz de gerar novos conhecimentos a partir da compreensão
que os sujeitos têm de sua situação, refletindo sobre ela com a intenção
de modificá-la.
PESQUISA-AÇÃO
“Foi nessa prática de mais de dez anos que ele [Freire] aprendeu a ser
educador e desvelou um princípio básico de sua teoria e prática
educacional, ao qual permaneceu fiel – ‘pensar sempre na prática’”
(GRABAUSKA; BASTOS, 2003 apud RICHARDSON, 2017).

Para Elliot (1978 apud RICHARDSON, 2017) a pesquisa ação é um tipo de


atitude capaz de gerar novos conhecimentos a partir da compreensão
que os sujeitos têm de sua situação, refletindo sobre ela com a intenção
de modificá-la.
PESQUISA-AÇÃO: conceito

Alguns nomes: pesquisa participativa, investigação colaborativa,


pesquisa emancipatória, ensino-ação, pesquisa ação-contextual.
A pesquisa-ação visa produzir mudanças (ação) e compreensão
(pesquisa) sobre o(s) conhecimento(s). Como o próprio nome indica, a
pesquisa-ação é um trabalho científico que possui dois objetivos: a ação e
a pesquisa. (RICHARDSON, 2017, p. 331)
A pesquisa é o principal objeto. A ação é normalmente um produto
secundário (ibid., p. 332).
Pesquisa ação  esse tipo de pesquisa pressupõe uma pesquisa de
transformação, participativa e dialógica.
PESQUISA-AÇÃO: possibilidades de investigação

Cohen e Manion (1990 apud RICHARDSON, 2017) apresentam três


possibilidades de investigação:
O professor, individualmente, que procurar produzir certas mudanças ou
melhorias no processo de ensino-aprendizagem;
Um grupo de voluntários que trabalho com o apoio de um professor
externo;
Um ou dois professores ou uma equipe de pesquisa que mantem um
relacionamento permanente.
PESQUISA-AÇÃO: tendências ideológicas

 Como em qualquer metodologia da pesquisa, as tendências ideológicas


dos pesquisadores influenciarão:

A escolha do quadro teórico;


A interpretação dos resultados;
As conclusões do trabalho.
PESQUISA-AÇÃO: objetivos
De acordo com vários autores (KEMMINS; MCTAGGART, 1982; DICK 1997a,
1998; ARELLANO, [s.d.]; O’BRIEN, 1988 apud RICHARDSON, 2017) a
pesquisa-ação visa a mudança, mas uma mudança para melhor. Desse
modo, são seus objetivos de acordo com Richardson (2017, p. 332-333):
1. Melhorar
a prática dos participantes;
a sua compreensão dessa pratica; e
a situação onde se produz a prática.
2. Envolver:
Assegurar a participação dos integrantes do processo.
Assegurar a organização democrática da ação.
Propiciar compromisso dos participantes com a mudança.
ETAPAS OU PASSOS DA PESQUISA-AÇÃO
Diagnóstico:
O pesquisador identifica e define o problema, estabelecendo as
possibilidades de diversas ações para solucioná-lo. Nessa etapa, o
pesquisador determina os princípios epistemológicos que orientarão a
ação, devendo saber como se produz o conhecimento e a posição dos
sujeitos de pesquisa. Por isso, é importante perguntar, questionar,
analisar e escrever o fenômeno investigado. Não podemos esquecer que
os fatos sociais e as informações sobre esses fatos são influenciados por
diversos aspectos do cotidiano das pessoas e das instituições. (Adaptado
de Richardson, 2017, p. 334)

Planejamento da ação  interação do pesquisador com o grupo


pesquisado ou sujeitos.
ETAPAS OU PASSOS DA PESQUISA-AÇÃO

Ação:
A segunda etapa inclui a ação propriamente dita.
Organizada as informações obtidas na etapa anterior, inicia-se a ação
através do processo de sensibilização.
O pesquisador deve conscientizar a comunidade que a necessidade de
melhoria é compromisso de todos e necessita de um bom clima de
colaboração.
ETAPAS OU PASSOS DA PESQUISA-AÇÃO
Avaliação:
Avaliação do processo, dos resultados alcançados e da aprendizagem
teórica.
Existem três etapas no processo de avaliação:
Avaliação do processo: ajuda a compreender o processo, a relação entre
os elementos do modelo e a importância dos recursos e atividades
desenvolvidas.
Avaliação dos resultados: modo de revisar a avaliação do processo e
mostrar a eficiência do projeto.
Avaliação cíclica: colabora para que o projeto se transforme em um
sistema autodesenvolvido com um aperfeiçoamento contínuo.
COLETAS DE INFORMAÇÕES
Resumos de reuniões administrativas ou de aprendizagem.
Anotações feitas pelo pesquisador.
Entrevistas com pessoas que não participam do grupo.
Opiniões do grupo.
Registros (relatos) anteriores do grupo ou da comunidade-alvo do
projeto.
Documentos anteriores elaborados pelo grupo ou comunidade.
Relatórios de conferencia de busca.
Relatórios de oficinas.
(RICHARDSON, 2017, p. 338-339)
DIÁRIO DE PESQUISA

Principais motivos para a produção de um:


Gerar a história do projeto, o pensamento do pesquisador e o processo
de pesquisa.
Fornecer material para reflexão.
Proporcionar dados para a pesquisa.
Registrar o desenvolvimento dos conhecimentos de pesquisa adquiridos
pelo investigador.
PESQUISA-AÇÃO E PARTICIPATIVA

A pesquisa-ação precisa considerar a participação dos envolvidos


observando duas questões: quem pediu ajuda? Quais são as mudanças
esperadas? Desse modo, é importante não existir lacunas na
comunicação. Com isso:
Deve ser possível a participação de todos os envolvidos.
Todos devem ser ativos. Cada participante deve colocar a sua opinião e
ajudar os outros a colocar os deles.
A participação não pode estar apenas no papel.
Os graus de participação devem ser amplamente discutidos pelo grupo.
Ninguém está isento das responsabilidades estabelecidas.
DIMENSÕES DA PESQUISA-AÇÃO (I)

Dick (1997 apud RICHARDSON, 2017) distingue sete dimensões, além da


participação. Quatro fazem referência ao conteúdo da situação.

Fornecimento de dados: os participantes são informantes;


Interpretação de dados: os participantes são intérpretes;
Planejamento de mudanças: os participantes são planejadores ou tomam
decisões;
Implementação: os participantes são executores.
DIMENSÕES DA PESQUISA-AÇÃO (II)

Duas fazem referência ao processo de pesquisa:


Gerenciamento do processo de coleta de dados e interpretação: os
participantes são facilitadores;
Planejamento da pesquisa: os participantes são pesquisadores ou
copesquisadores.

A sétima dimensão pode se aplicar tanto ao conteúdo quanto ao processo,


ou a ambos:
Manter-se informado sobre o projeto e suas implicações: os
participantes são receptores.
DIMENSÕES DA PESQUISA-AÇÃO (III)

Em cada uma dessas dimensões existe uma escolha a ser feita:

Quem deve participar?


Até onde chega a sua participação?
DIMENSÕES DA PESQUISA-AÇÃO (III)

Em cada uma dessas dimensões existe uma escolha a ser feita:

Quem deve participar?


Até onde chega a sua participação?
O RELATÓRIO DA PESQUISA-AÇÃO (I)

Relatório da pesquisa tradicional (RICHARDSON, 2017, p. 342-243)

Introdução
Parte inicial do relatório. O autor responde, brevemente, o que fez em sua
pesquisa. Por que fez? Como fez? A que resultados chegou? Qual a
contribuição do trabalho?

Revisão da literatura
O autor deve analisar resultados de pesquisas anteriores e apresentar
argumentos para mostrar a relação entre esses resultados e o fenômeno
que está sendo estudado.
O RELATÓRIO DA PESQUISA-AÇÃO (II)

Considerações metodológicas
A partir da formulação dos objetivos, deve-se indicar ao leitor as variáveis
utilizadas, o universo e a amostra, os instrumentos de coleta de dados,
quando e como forem coletados esses dados e o tratamento estatístico
utilizado.
Recursos e discussão deles
Os resultados devem ser apresentados clara e objetivamente. A discussão
deve relacionar esses resultados com aqueles encontrados em trabalhos
anteriores (revisão da literatura).
O RELATÓRIO DA PESQUISA-AÇÃO (III)

 Conclusão
O autor concluiu os argumentos apresentados no trabalho, recapitulando
os resultados obtidos. Opina em relação à contribuição do trabalho para
resolver o problema formulado e avanço do conhecimento da área.
O RELATÓRIO DA PESQUISA-AÇÃO (I)
Sugerido por Hughes (2000 apud RICHARDSON, 2017)

Introdução
Apresentam-se os objetivos do projeto de pesquisa-ação; as questões da
pesquisa e objetivos; os participantes e tipos de participação; o contexto
e a importância do projeto, com indicação dos stakeholders e a relação
do projeto com seus interesses.
Definição ou clarificação dos conceitos-chave;
Pressupostos e escopo do projeto;
Breve resumo do projeto e dos resultados.
O RELATÓRIO DA PESQUISA-AÇÃO (II)
Sugerido por Hughes (2000 apud RICHARDSON, 2017)
Revisão da literatura
Inclusão dos trabalhos, teoria e pesquisas sobre o assunto para situar o
projeto no campo do conhecimento, e mostrar o que acrescentou à teoria,
conhecimento prático ou à nossa compreensão do fenômeno. Deve
apresentar uma linha clara de pensamento ao leitor de modo a fazer com
que entenda a teoria e suas possíveis lacunas.
Processo de pesquisa e metodologia
Justifica-se e descreve-se o processo de pesquisa-ação e coleta de
informações; explica-se o processo de participação do grupo ou
comunidade, explica-se como a ação foi utilizada para gerar
conhecimento; descreve-se o universo do trabalho, os instrumentos e a
técnicas de coleta de informações, a análise dos dados e as formas de
discussão dos resultados.
O RELATÓRIO DA PESQUISA-AÇÃO (III)
Sugerido por Hughes (2000 apud RICHARDSON, 2017)
Discussão dos resultados
Os resultados devem ser apresentados clara e objetivamente. Deve ser
apresentado de maneira que o leitor apreenda da sua experiência e possa
estabelecer o apoio, rejeição ou dúvidas que os resultados levantam em
relação a trabalhos anteriores, teoria ou prática no assunto da pesquisa. A
discussão deve incluir as implicações teóricas e práticas dos resultados.
Conclusão
Deve incluir o resumo do projeto, o problema ou questão objeto da
pesquisa-ação, os principais resultados, as possíveis mudanças nas ações
da organização ou da comunidade participante. Todos estes aspectos
devem estar relacionados à meta inicial da pesquisa.
CRITÉRIOS PARA AVALIAR UM RELATÓRIO DE PESQUISA-AÇÃO
(RICHARDSON, 2017, p. 344)
A utilidade do relatório para alunos ou interessados na realização de
pesquisa-ação.
A contribuição do relatório para melhoria dos programas, ações ou
condições sociais.
A contribuição do relatório para o aprofundamento do conhecimento.
A clareza do relatório. A ação e o problema de pesquisa estão
claramente determinados.
A revisão da literatura está adequada.
Existe um argumento lógico baseado em evidência empírica.
O relatório está bem apresentado, conforme as normas de apresentação
de trabalhos acadêmicos.
Material de base
RICHARDSON, Roberto Jarry.
Pesquisa social: métodos e técnicas.
4. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
PESQUISA ETNOGRÁFICA
Texto-base

CRESWELL, John W. Investigação qualitativa e projeto de pesquisa. 3. ed. Porto


Alegre: Penso, 2014.

*Todas as partes referentes à pesquisa etnográfica


foram retiradas do texto base.
PESQUISA ETNOGRÁFICA (CRESWELL, 2014, p. 82)
 Uma etnografia focaliza em todo um grupo que compartilha uma cultura.
A etnografia é um projeto qualitativo em que o pesquisador descreve e
interpreta os padrões compartilhados e apreendidos de valores,
comportamentos, crenças e linguagem de um grupo que compartilha uma
cultura (HARRIS, 1968).
Como processo e resultado de pesquisa (AGAR, 1980 apud CRESWELL,
2014), a etnografia é uma forma de estudar um grupo que compartilha
uma cultura, como também o produto escrito final dessa pesquisa.
Como processo, a etnografia envolve observações ampliadas do grupo,
mais frequentemente por meio da observação participante, em que o
pesquisador mergulha nas vidas diárias das pessoas e observa e entrevista
os participantes do grupo.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS DAS ETNOGRAFIAS (I)
Breve lista (CRESWELL, 2014, p. 82)

As etnografias focam no desenvolvimento de uma descrição complexa e


completa da cultura de um grupo.
A etnografia não é o estudo de uma cultura, mas um estudo dos
comportamentos sociais de um grupo identificável de pessoas.
O pesquisador busca padrões das atividades mentais do grupo, como as
suas ideias e crenças expressas por meio da linguagem. Em outras
palavras, o pesquisador procura por padrões de organização social e
sistemas ideacionais.
A teoria desempenha um papel importante ao focar a atenção do
pesquisador quando conduz uma etnografia.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS DAS ETNOGRAFIAS (II)

A utilização de uma teoria e a busca de padrões de um grupo que


compartilha uma cultura envolve a realização de um amplo trabalho de
campo, coletando dados principalmente por meio de entrevistas,
observações, símbolos, artefatos e fontes de diversas de dados.
Em uma análise desses dados, o pesquisador se baseia nas visões dos
participantes como uma perspectiva emic de quem está inserido e as
relata em citações literais. Depois, sintetiza os dados, filtrando-os com
base na perspectiva científica etic dos pesquisadores para desenvolver
uma interpretação cultural geral.
A análise resulta na compreensão de como funciona o grupo que
compartilha uma cultura, a essência de como ele funciona, o modo de
vida do grupo.
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS DAS ETNOGRAFIAS (III)

NOTA SOBRE EMIC E ETIC.


Os termos emic e etic são duas abordagens da etnografia. Emic visa o
culturalismo e etic visa o estruturalismo e o funcionalismo. Em outras
palavras, emic é a visão dos participantes e etic é a visão do pesquisador.
DUAS PERGUNTAS PRECISAM SER
RESPONDIDAS EM ETNOGRAFIA:

O que as pessoas neste contexto têm de saber e fazer para que o


sistema funcione?
Se a cultura, por vezes definida simplesmente como conhecimento
compartilhado, é, em sua maior parte, mais captada do que ensinada,
como aqueles que estão sendo integrados ao grupo encontram o
‘caminho de entrada’ de modo que seja alcançado um nível adequado de
compartilhamento?
TIPOS DE ETNOGRAFIA (I)

Existem diferentes tipos de etnografia: etnografia confessional, história de


vida, autoetnografia, etnografia feminina, etnografia visual etc.

Etnografia realista: é uma abordagem tradicional usada por antropólogos


culturais. Caracterizada por van Manen (1988 apud CRESWELL, 2014)), ela
reflete uma postura particular assumida pelo pesquisador em relação aos
indivíduos que estão sendo estudados. É um relato objetivo da situação,
escrita segundo o ponto de vista de uma terceira pessoa e relatando
objetivamente a informação obtida dos participantes em um determinado
local.
O etnógrafo permanece em segundo plano como um relator onisciente
dos ‘fatos’.
TIPOS DE ETNOGRAFIA (II)

Etnografia crítica: é um tipo de pesquisa etnográfica em que os autores


defendem a emancipação dos grupos marginalizados na sociedade. Os
pesquisadores críticos em geral são indivíduos com inclinações políticas
que procuram, por meio da sua pesquisa, se pronunciar contra a
desigualdade e a dominação.
PROCEDIMENTOS PARA A CONDUÇÃO
DE UMA ETNOGRAFIA (I)
Determinar se a etnografia é o projeto mais apropriado para ser usado
no estudo do problema de pesquisa.
A etnografia será apropriada se as necessidades forem descrever como
funciona um grupo cultural e explorar as crenças, a linguagem, os
comportamentos e as questões enfrentadas pelo grupo, como poder,
resistência e dominação.
Identificar e localizar para estudar um grupo que compartilhe uma
cultura.
Escolher temas, questões ou teorias culturais para estudar sobre o
grupo. Esses temas, questões ou teorias proporcionam uma estrutura
orientadora para o estudo do grupo que compartilha uma cultura.
PROCEDIMENTOS PARA A CONDUÇÃO
DE UMA ETNOGRAFIA (II)
Estudar conceitos culturais, determinar que tipo de etnografia usar.
Reunir informações do ambiente ou contexto em que o grupo trabalha
ou vive. Isto é chamado de campo de trabalho.
Reunir informações. A reunião de tipos de informação necessária em
uma etnografia envolve ir até o local da pesquisa, respeitando as rotinas
dos indivíduos no local e coletando uma ampla variedade de materiais.
A partir de muitas fontes coletadas, o etnógrafo analisa os dados para
uma descrição do grupo que compartilha a cultura, os temas que
emergem do grupo e uma interpretação global.
Apresentar um produto final que é um retrato cultural holístico do grupo
que incorpora as visões dos participantes (emic) além das visões do
pesquisador. (etic).
PROCEDIMENTOS PARA A CONDUÇÃO
DE UMA ETNOGRAFIA (III)
Estudar conceitos culturais, determinar que tipo de etnografia usar.
Reunir informações do ambiente ou contexto em que o grupo trabalha
ou vive. Isto é chamado de campo de trabalho.
Reunir informações. A reunião de tipos de informação necessária em
uma etnografia envolve ir até o local da pesquisa, respeitando as rotinas
dos indivíduos no local e coletando uma ampla variedade de materiais.
A partir de muitas fontes coletadas, o etnógrafo analisa os dados para
uma descrição do grupo que compartilha a cultura, os temas que
emergem do grupo e uma interpretação global.
Apresentar um produto final que é um retrato cultural holístico do grupo
que incorpora as visões dos participantes (emic) além das visões do
pesquisador. (etic).
DESAFIOS EM UMA ETNOGRAFIA (I)
O pesquisador precisa:

ter uma compreensão da antropologia cultural;


entender o significado de um sistema social-cultural;
Conhecer e explorar os conceitos tipicamente explorados por aqueles
que estudam as culturas.
DESAFIOS EM UMA ETNOGRAFIA (II)
Outros aspectos quanto aos desafios:

O tempo para a coleta de dados é extenso;


A escrita é produzida com forte característica literária (escrita criativa e
não escrita acadêmica);
Risco de envolvimento do pesquisador com o grupo estudado a ponto
de dificultar o desenvolvimento da investigação.
Possibilidade de sensibilização por parte do pesquisador diante de outras
demandas da população estudada.
Texto-base

CRESWELL, John W. Investigação


qualitativa e projeto de pesquisa. 3.
ed. Porto Alegre: Penso, 2014.
PROJETO DE PESQUISA – ESCREVENDO A INTRODUÇÃO

De olho na escrita:

Em um primeiro momento, contextualize a área de conhecimento e indique


a problematização da investigação. Em segundo passo, apresente a
relevância teórica, prática, científica e social do trabalho para
posteriormente tratar das motivações (justificativa) que levaram ao
desenvolvimento da pesquisa. Lembre-se que objetivos e justificativas
claras e interessante despertam no leitor a atenção para a leitura do
documento.
OBJETIVOS DE PESQUISA

É comum em um projeto de pesquisa a apresentação de um objetivo geral e


outros específicos. Não existe norma que, de fato, defina a quantidade de
objetivos. Aqui apresentamos algumas orientações para a definição deles.

OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Indica de modo geral o Devem indicar pequenas
resultado que se pretende metas que colaboram com o
alcançar. objetivo maior que é o
objetivo geral.
OBJETIVOS DE PESQUISA

Os objetivos de uma investigação científica, geralmente, iniciam com o


verbo no infinitivo. É importante o uso adequado dos verbos para que se
possa ter uma noção exata da proposta de pesquisa. Vejam a lista a seguir
para cada tipo de objetivo:
OBJETIVO GERAL
adquirir, analisar, aperfeiçoar, assimilar, caracterizar, conhecer, criar,
descobrir, descrever, desenvolver, explicar, identificar, levantar,
reconhecer, traçar
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Aplicar, apresentar, assinalar, avaliar, categorizar, classificar, classificar,
demonstrar, distinguir, enumerar, exemplificar, inferir, mostrar, propor,
indicar, selecionar, sintetizar, sumarizar, validar, verificar
*lista com efeito de sugestão.
PROJETO DE PESQUISA – ESCREVENDO A INTRODUÇÃO

Deve-se considerar que a INTRODUÇÃO pode ser redigida no final da


produção do projeto de pesquisa.
Busque seguir a apresentação da área de investigação tratando o assunto de
modo sucinto e consistente sem deixar possíveis dúvidas ao leitor;
Mostre as motivações (justificativa) que fazem a execução deste trabalho;
Apresente os objetivos gerais e específicos;
Mostre o roteiro do documento como um todo indicando sua exposição de
modo linear.

Vale destacar que a função da introdução do projeto de pesquisa é apresentar


a temática da investigação de modo claro e objetivo.
ELEMENTOS-CHAVE PARA ORGANIZAR
A INTRODUÇÃO DE UM PROJETO DE PESQUISA

TEMA

JUSTIFICATIVA

FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

HIPÓTESES

DELIMITAÇÃO DA INVESTIGAÇÃO

DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS

Recomenda-se que a introdução seja produzida no término do


processo de escrita considerando que é necessário ter construído
grande parte do documento para, por fim, concluir o projeto de
pesquisa com este elemento.
EQUÍVOCOS NA ESCRITA ACADÊMICA

EXPLICAR ASPECTOS QUE


POR SI SÓ JÁ SÃO
AUTOEXPLICATIVOS
CONSTRUIR SENTENÇAS
LONGAS E SEM SEQUÊNCIA
LÓGICA
NÃO TER O CUIDADO EM
EXPLICAR O MOTIVO DE
UM ARGUMENTO
NÃO INFORMAR O
SIGNIFICADO DE
ABREVIAÇÕES, SIGLAS E
SÍMBOLOS CONCLUIR NÃO
RESPEITANDO O FOCO
NO TEMA TRATADO

PEREIRA, Maurício Gomes. Artigos científicos: como redigir,


publicar e avaliar. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
O QUE DEVO REFERENCIAR NA MINHA
LISTA DE REFERÊNCIAS?

MATERIAIS CITADOS NO TEXTO

MATERIAL CONSULTADO

MATERIAIS DE PESQUISA
OPCIONAL

(TRANSCRIÇÃO DE ENTREVISTAS, ...)

DICIONÁRIOS GLOSSÁRIOS

ENCICLOPÉDIAS VADE MECUM


COMO DEVO ORDENAR MINHA
LISTA DE REFERÊNCIAS?

A ordenação da lista de
referências depende do sistema
de chamada a ser utilizado.

SISTEMA AUTOR-DATA

Ordenação alfabética: as referências devem ser reunida ao final


do trabalho, do artigo ou do capitulo em uma única ordem
alfabética.

SISTEMA NUMÉRICO

Ordenação numérica: se for utilizado o sistema numérico no


texto, a lista numérica deve seguir a mesma ordem numérica
crescente.
PESQUISAR: MAS, PARA QUÊ?
SERVIR À COMUNIDADE
“[...] não faz sentido buscar cientificidade por ela mesma, porque método é apenas um
instrumento. Faz sentido, isto sim, fazer ciência para conseguirmos condições objetivas
e subjetivas mais favoráveis de uma história sempre mais humana.” (DEMO, 1995, p.
250)
PROPORCIONAR MUDANÇAS
“[...] ela contribui para o progresso dos conhecimentos de que dispomos. [...] ela pode
contribuir para melhorar nossa qualidade de vida e nossa vida em sociedade.” (LAVILLE,
DIONE, 1999, p. 239)
COMUNICAR MELHORIAS DE MODO CLARO E OBJETIVO
“[...] queremos conhecer todos os fatores que levou em conta, que discutiu, que
objetivou para si mesmo, quando da concepção e realização da pesquisa; desejamos
conhecê-los todos, desejamo-los transparentes, para poder julgar a pesquisa e o valor
das conclusões.” (LAVILLE; DIONE, 1999, p. 239)

Adaptado da Lumière Consultoria Acadêmica


ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
NA ELABORAÇÃO DO TRABALHO

COESÃO TEXTUAL

CORREÇÃO GRAMATICAL

REVISÃO CUIDADOSA

REDAÇÃO CIENTÍFICA

IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO DA
PESQUISA À SOCIEDADE

Adaptado do Centro de Informações Nucleares


ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
NA ELABORAÇÃO DO TRABALHO
Regra de ouro na
escrita de
qualquer texto
Sua referência é
o leitor!

PARA QUEM ESCREVO?

Com que finalidade?

O que desejo comunicar?

Adaptado do Centro de Informações Nucleares


CRITÉRIOS FUNDAMENTAIS PARA A PRODUÇÃO ACADÊMICA

impessoalidade Objetividades

Concisão (evitar redundâncias)

Clareza Coesão

Imparcialidade

Coerência

Adaptado do Centro de Informações Nucleares


PONTOS DE ATENÇÃO NA PRODUÇÃO ACADÊMICA

Ordem direta Voz ativa

Evitar frases excessivamente longas

Uso de maiúsculas e minúsculas

Atenção com as repetições

Personalização de seres inanimados

Adaptado do Centro de Informações Nucleares


ASPECTOS QUE DEVEM SER EVITADOS
NO TRABALHO ACADÊMICO

Gírias

Juízos de
Expressões valor/adjetivos
coloquiais desnecessários

Não use!!!

Adaptado do Centro de Informações Nucleares


DICAS PARA OTIMIZAR O USO DE
UMA FERRAMENTA DE BUSCA ON-LINE (I)

Fonte: GUIMARÃES, Thelma de Carvalho. Comunicação e linguagem.


São Paulo: Pearson, 2012, p. 172-173.
DICAS PARA OTIMIZAR O USO DE
UMA FERRAMENTA DE BUSCA ON-LINE (II)

Fonte: GUIMARÃES, Thelma de Carvalho. Comunicação e linguagem.


São Paulo: Pearson, 2012, p. 172-173.
DICAS PARA OTIMIZAR O USO DE
UMA FERRAMENTA DE BUSCA ON-LINE (II)

Fonte: GUIMARÃES, Thelma de Carvalho. Comunicação e linguagem.


São Paulo: Pearson, 2012, p. 172-173.
ELEMENTOS DO PROJETO DE PESQUISA
ELEMENTOS DO PROJETO DE PESQUISA

CAPA
Elemento opcional. Deve apresentar instituição, autoria, título e subtítulo (se
houver), local e data.

LOMBADA
Elemento opcional. Deve apresentar título e subtítulo (se houver), assim como a
autoria.

TÍTULO NO IDIOMA DO DOCUMENTO


Elemento obrigatório. Deve ser sucinto e claro.
ELEMENTOS DO PROJETO DE PESQUISA

AUTOR
Elemento obrigatório. Deve apresentar o nome completo da autoria sem
abreviação.

FOLHA DE ROSTO
Elemento obrigatório que contem elementos de identificação do trabalho
acadêmico: autoria, título e subtítulo (se houver), informações sobre a área de
formação, instituição e orientador(a), local e data. A contagem de páginas começa
neste elemento. No entanto, ele é não é paginado. Deve ser impresso no anverso
da página.
ELEMENTOS DO PROJETO DE PESQUISA

SUMÁRIO
Elemento obrigatório. Exposição concisa dos elementos textuais e pós-textuais do
trabalho de modo linear com a enumeração das seções tratadas no texto.

INTRODUÇÃO
Elemento obrigatório. Primeiro elemento do que chamamos de elementos textuais.
Nesta parte deve-se ambientalizar o leitor acerca da investigação, descrever a
organização do trabalho, apresentando também os objetivos, as justificativas e de
qual área trata o texto. Deve-se evitar citações diretas e este elemento é numerado
conforme a norma de numeração progressiva (ABNT NBR 6024:2012).
ELEMENTOS DO PROJETO DE PESQUISA

DESENVOLVIMENTO
Elemento obrigatório. Nesta parte do trabalho, pode ocorrer diversas seções, tais
como: fundamentação teórica ou revisão de literatura, metodologia ou método(s),
resultados e discussões. Geralmente, é a maior parte de uma monografia.

REFERÊNCIAS
Elemento obrigatório. Trata-se da lista de referências, do materiais usados
teoricamente e, alguns casos, materiais acessórios que serviram de base para a
investigação. A norma ABNT NBR 6023:2018 é a normativa usada como orientação
para a apresentação deste elemento.
DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO DE PESQUISA

REVISÃO DA LITERATURA ou FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

METODOLOGIA ou MÉTODO

IMPORTANTE: Esta apresentação tem efeito de sugestão e a ordem pode variar


de acordo com as orientações metodológicas da investigação e/ou da área do
conhecimento.
CRONOGRAMA UM PROJETO DE PESQUISA

Apesar da norma voltada para Projetos de pesquisa não focar neste


elemento, é válido observar sua presença e cobrança em muitos editais de
seleção de mestrado e doutorado.
O cronograma deve ser pensado, desenhado e planejado de modo
satisfatório, ou seja, dentro de sua realidade.
Sua presença é fundamental em um projeto de pesquisa, pois dará ao
pesquisador noção de tempo diante de ações. Deve-se considerar,
também, o uso permanente deste elemento nas atividades da
investigação.
Por fim, serve para mostrar quais são as ações necessárias para concluir a
pesquisa e a viabilidade da investigação.
MODELO DE CRONOGRAMA UM PROJETO DE PESQUISA

Parte indicativa das


atividades

Parte indicativa dos


períodos de ações
ÚLTIMAS PALAVRAS SOBRE O PROJETO DE PESQUISA

Trata-se de um documento ou plano de ação que visa a


construção de uma investigação científica. Desse modo, parte
do texto encontra-se no tempo impessoal futuro.

Vale lembrar que o projeto de pesquisa não possui o item


“considerações finais”
DICAS PARA PROJETO DE PESQUISA
PARA MESTRADO OU DOUTORADO

Defina uma temática específica e uma problematização

Escreva todos elementos indicados no edital

Alinhe o projeto com a proposta da linha de pesquisa

Apresente referências confiáveis

Faça um cronograma viável

Mostre conhecimento consistente no seu texto

Apresente hipóteses e possíveis lacunas

Escreva com objetividade e clareza


REFERÊNCIAS DE BASE
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15287. Informação e
documentação, Projeto de pesquisa, Apresentação. Rio de Janeiro, 2011.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação – referências –elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.
BATISTA, Marcos dos Reis; ABRÊL, Juci Meres Alves de. Experimento com aplicativo
whatsapp nas aulas de português brasileiro no ensino médio. Porto das Letras, Porto
Nacional (TO), v. 3, n. 1, 2018. p. 165-180.
BONOMO, Robson. Metodologia da pesquisa científica. Disponível em
<http://www.unifal.edu.br/Bibliotecas/MTPA.pdf>. Acesso em 10 jun. 2018.
CRESWELL, John W. Investigação qualitativa e projeto de pesquisa. 3. ed. Porto
Alegre: Penso, 2014.
DUARTE, Marcos. Uma visão sobre formas de pesquisa. Disponível em:
<http://lob.incubadora.fapesp.br/portal/t/metodologia/pesquisa.pdf>. Acesso em 20
mai. 2018.
REFERÊNCIAS DE BASE
FERRÃO, R. G. Metodologia científica para iniciantes em pesquisa. 2. ed. Vitória:
Incaper, 2005.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas,
2017.
MANSUR, Herman Sander. Iniciação à pesquisa. Disponível em
<http://www.biomaterial.com.br/projetopesquisamodulo.pdf>. Acesso em 10 jun.
2018.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia
científica. 8.ed. São Paulo: Atlas, 2017.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2017.
SANTOS, Antonio Raimundo dos. Metodologia científica: a construção do
conhecimento. 5. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez: Autores
Associados, 1986.

Você também pode gostar