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Componente: Introdução à Pesquisa Científica

Professor: Samuel Martim de Conto

1. Paradigmas das ciências e


metodologias científicas
CONHECIMENTO
- Conhecer, cognição (percepção).

- “[...] conhecer é criar imagens abstratas de um objeto, entendido esse


como qualquer entidade, fato, coisa, realidade ou propriedade. Abstração é
a ação de isolar aspectos selecionados de um ser.” (VIEGAS,1999. p. 20)

Tipos de abstração:
1. ciências físicas e ciências da natureza: separam as
qualidades individuais do objeto, retendo somente aquelas
que são de seu interesse;
2. matemática: tratam o objeto sob a ótica da quantidade;
3. filosofia: estudam os objetos tão somente como seres, ou
seja, abstração metafísica. A metafísica transcende a
natureza física ou a materialidade das coisas.

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CONHECIMENTO

Todo conhecimento comporta erro e ilusão;


Conhecer é uma relação que se estabelece
entre o quê o sujeito conhece e o objeto
conhecido;
Através do conhecimento que o homem
penetra nas diversas áreas da realidade para
dela tomar posse.

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TIPOS DE CONHECIMENTOS
• SENSO COMUM ou popular

• RELIGIOSO

• ARTÍSTICO

• IDEOLÓGICO

• FILOSÓFICO

• CIENTÍFICO
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Conhecimento Popular e Científico
Conhecimento Popular: transmitido de geração a geração,
por meio de educação informal e baseado em imitação e
experiência pessoal;
Conhecimento Científico: transmitido via treinamento
adequado, obtido de modo racional e conduzido por meio de
procedimentos científicos. Visa explicitar “por que” e “como”
os fenômenos ocorrem;
O que os diferencia é a forma, o modo ou o método e os
instrumentos do “conhecer”.

Conhecimento Popular – subjetivo


Conhecimento Científico - objetivo e impessoal

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Conhecimento Popular e Científico
Um mesmo objeto ou fenômeno pode ser matéria de
observação tanto para o cientista quanto para o homem
comum. O que leva um ao conhecimento científico e outro
ao vulgar é a forma de observação;
A ciência não é o único caminho de acesso ao
conhecimento e à verdade;
Saber que uma planta necessita de “X” de água, e que,
se não a receber de forma “natural”, deve ser irrigada
pode ser um conhecimento verdadeiro e comprovável,
mas, nem por isso, científico. Para que isso ocorra é
necessário conhecer a natureza dos vegetais, sua
composição, seu ciclo de desenvolvimento e as
particularidades que distinguem uma espécie da outra.
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Conhecimento Filosófico e Teológico
• Conhecimento Filosófico: desenvolvimento da capacidade de
reflexão ou da capacidade de raciocínio. Questionar o real e o
ideal. Considera que a base
do conhecimento é a razão.

• Conhecimento Teológico: recai sobre a fé. Provém do mistério


oculto, do sobrenatural que interpreta mensagens divinas.
Apresenta respostas para questões que o ser humano não é
capaz de responder. Envolve aceitação ou não. O ser humano é
essencialmente fé.

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Diferentes formas de conhecimento
POPULAR CIENTÍFICO FILOSÓFICO RELIGIOSO

Valorativo Real (factual) Valorativo Valorativo


Reflexivo Contingente Racional Inspiracional
Assistemático Sistemático Sistemático Sistemático
Verificável Verificável Não Não
verificável verificável

Falível Falível Infalível Infalível

Inexato Aproximada- Exato Exato


mente exato

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VANTAGEM COMPETITIVA DO CONHECIMENTO

É necessário entender que:


Não há vantagem competitiva
sustentável senão através do que se
SABE, como se consegue UTILIZAR
o que se sabe e a rapidez com que
se APRENDE algo novo.
O conhecimento progride para nos ensinar
a ignorância.

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O ESPÍRITO CIENTÍFICO

• É a busca do pesquisador por soluções sérias para os


problemas que enfrenta.
• Na prática é a expressão de uma mente crítica, objetiva e
racional.
• Criticar é julgar, distinguir, discernir, analisar para melhor
poder avaliar os elementos da questão.
• É o rompimento com o vulgar.
• O eu acho, o eu creio ser assim não satisfazem a objetividade
do saber.

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Ciência
É um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas
ao sistemático conhecimento com objeto limitado, capaz
de ser submetido à verificação;
As ciências possuem:
Objetivo ou finalidade: preocupação em distinguir a
característica comum ou as leis gerais que regem
determinados eventos;
Função: aperfeiçoamento, através do crescente acervo
de conhecimento, da relação do homem com o seu
mundo;
Objeto: aquilo que se pretende estudar e analisar.

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A ciência cumpre com dois papéis:
1. Explicar (do latim desdobrar): a realidade se apresenta
ao ser humano de forma dobrada (misturada e
confusa);
2. Prever: a partir da relação causal e surgindo as
condições necessárias e suficientes, ocorre o efeito.

Portanto, a ciência se distingue da simples constatação, que


apenas percebe os fenômenos não se preocupando em
relacioná-las com as causas.

Fonte: Viegas, 1999

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Características da ciência:
• repetibilidade: o mesmo fenômeno é testado,
sendo confirmado ou descartado;

• economia: abstração das informações da forma


mais simples e esteticamente agradável (elegância).
Máximo de informação com um mínimo de esforço;

• mensuração: o que puder ser medido com escalas


universais, as generalizações se tornarão
inequívocas;

• heurística: estimula mais descobertas em novas


direções, a partir de novos testes.

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Classificação da Ciência

Lógica
Formais
Matemática
Física
Ciências Química
Naturais Biologia
Nutrição
Factuais

Direito
Economia
Administração
Sociais
Contabilidade
Sociologia
Psicologia
Antropologia

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O seu curso é considerado Ciência?

Sistematiza e acumula conhecimento?


Tem objeto de estudo determinado?
Tem um fim determinado?
Tem metodologia própria?

SIM!!!
Beuren (2003, p. 26)
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Relação entre conhecimento, ciência, pesquisa
científica e método científico
A CIÊNCIA é formada pelo acúmulo de CONHECIMENTO
CIENTÍFICO em determinada área;
Para gerar CONHECIMENTO CIENTÍFICO é necessário realizar
PESQUISA CIENTÍFICA;
A PESQUISA CIENTÍFICA deve ser conduzida de acordo com os
procedimentos estabelecidos pelo MÉTODO CIENTÍFICO;

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História da ciência

Ciência grega: Século VIII antes de Cristo (A.C.) até o


final do Século XVI;
Ciência moderna: Século XVII até o início do Século
XX;
Ciência contemporânea: início do Século XX até os dias
de hoje.

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Ciência grega (VIII A.C. – XVI D.C.)
A preocupação era a busca do saber, a compreensão da
natureza das coisas e do homem;
Concepção anterior – mitológica: fenômenos
aconteciam no mundo de forma caótica de acordo com
a vontade imprevisível dos deuses;
Os gregos inserem a ideia da existência de uma ordem
natural no universo (de acordo com leis e princípios da
natureza), despida da influência da vontade arbitrária
dos deuses;
O que são, de que são feitas, como são feitas e de onde
vêm as coisas que são percebidas?

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Ciência grega (VIII A.C. – XVI D.C.)
Filósofos gregos: Tales de Mileto, Pitágoras, Demócrito,
Platão, Aristóteles, etc.
Para os gregos o mundo possuía uma ordem e estrutura
natural. Caberia à filosofia e a ciência aprendê-la,
compreendê-la e demonstrá-la.
Conhecimento científico era o demonstrado como certo e
necessário através dos argumentos lógicos (ciência do
discurso). Não havia o tratamento do problema que
desencadeia a investigação.
Sob esse enfoque nasceram a física, a biologia, a aritmética, a
política, a lógica, a antropologia, a medicina, a metafísica,
etc.
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Ciência moderna (XVII – XX)
Transição: século XV: renascimento, introdução da
experimentação científica;
Francis Bacon (1561-1626): método indutivo.
Experimentação: realizar experimentos sobre o problema
investigado;
Formulação de hipóteses: tentar explicar a relação causal dos
fatos entre si;
Repetição do experimento para testar as hipóteses (outros
cientistas ou outros lugares);
Formulação das generalizações e leis para todos os fenômenos
da mesma espécie.
Bacon não conseguiu dar o salto do qualitativo para o
quantitativo como se propunha.
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Ciência moderna (XVII – XX)
Galileu Galilei (1564-1642): introduziu o método quantitativo-
experimental para encontrar a verdade científica.
Provas construídas e elaboradas de forma matemática com
evidências quantitativas dos fatos produzidas pela
experimentação (exemplo: movimento na física);
Descoberta dos satélites de Júpiter, descrição do princípio da
inércia;
Para Copérnico, Kepler, Galileu e Newton o universo é uma
máquina perfeita (criado por Deus) dotada de leis que comandam
seus movimentos, que podem ser descobertas utilizando-se
procedimentos experimentais e matemáticos.

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Ciência moderna (XVII – XX)
Isaac Newton (1642-1727): método científico indutivo confirmável.
Observação dos elementos que compõem o fenômeno;
Análise da relação quantitativa existente entre os elementos que
compõem o fenômeno;
Indução de hipóteses quantitativas;
Teste experimental das hipóteses para a verificação confirmabilista;
Generalização dos resultados em lei.
Crença de que a ciência era o caminho do conhecimento certo e
verdadeiro. Conhecer significava experimentar, medir e comprovar;
Lei da Gravidade, Leis do Movimento, Leis do cálculo infinitesimal e
diferencial.

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Ciência contemporânea (Séc. XX)
Albert Einstein, Max Planck, Pierre Duhem, etc.
Quebram o mito da objetividade pura, isenta das
influências das idéias pessoais dos pesquisadores;
Por maior que seja o número de provas acumuladas em
favor de uma teoria, ela jamais poderá ser aceita como
definitivamente confirmada;
Os esquemas explicativos mais sólidos podem ser
substituídos por outros melhores;
A ciência é um processo de investigação, consciente de
todas as suas limitações e do esforço crítico de submeter
à renovação constante seus métodos e suas teorias.

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Ciência contemporânea (Séc. XX)
A atitude científica atual é a atitude crítica;
O espaço não é reto, é curvado em direção a concentração de
massa existente;
Nem o movimento absoluto nem o repouso absoluto existem. São
sempre relativos;
Teoria da Relatividade Restrita (1905):
E=mc², onde;
E = Energia;
M = Massa;
C = Velocidade da Luz
Teoria da Relatividade Geral;

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PARADIGMA
A palavra paradigma “refere-se a conjunto de
compromissos de pesquisas de uma comunidade
científica (constelações de crenças, valores, técnicas
partilhadas pelos membros de uma comunidade
determinada, etc.)” (SILVA, 2017, p. 142).

Segundo Kuhn (apud BARTELMEBS, 2012, p. 353),


“paradigmas são realizações científicas universalmente
reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem
problemas e soluções modelares para uma
comunidade de praticantes de uma ciência”.

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Método Científico

Método científico é o conjunto das atividades


sistemáticas e racionais que, com maior
segurança e economia, permite alcançar o
objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros
–, traçando o caminho a ser seguido, detectando
erros e auxiliando as decisões do cientista.

Não há ciência sem o emprego de métodos


científicos.

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Método Científico
Pressupostos básicos:
Objetividade do pesquisador;
Natureza contínua e exaustiva da investigação;
Precisão da medida.

Foco

Redução da incerteza
Redução da Incerteza
“Nenhum método consegue eliminar completamente a
incerteza – no entanto – o método científico a reduz
como nenhum outro”.

Métodos para reduzir a incerteza:


 Tenacidade;
 Autoridade;
 Intuição;
 Científico.
Etapas gerais do Método Científico
I) Descobrimento de um problema;
II) Colocação precisa do problema à luz de
novos conhecimentos (empíricos,
teóricos, metodológicos);
III) Procura de conhecimentos ou
instrumentos relevantes ao problema;
IV) Tentativa de solução do problema com
auxílio dos meios identificados;
V) Invenção de novas idéias (hipóteses,
teorias ou técnicas) ou produção de novos
dados empíricos;
Etapas gerais do Método Científico
(continuação...)

VI) Obtenção de uma solução;


VII) Investigação das consequências
da solução obtida;
VIII) Prova (comprovação) da
solução;
IX) Correção das teorias, hipóteses,
procedimentos ou dados
empregados na obtenção da
solução incorreta.
Método que proporciona as bases lógicas (abstração)
É um conjunto de processos ou operações mentais que se deve
empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo
de pesquisa:
Apenas a razão leva ao
DEDUTIVO RACIONALISMO
conhecimento

Todo conhecimento
INDUTIVO EMPIRISMO provem da
experimentação

HIPOTÉTICO Lógica + Experimentação


DEDUTIVO NEOPOSITIVISMO
= Conhecimento

Os fenômenos têm
DIALÉTICO MATERIALISMO
aspectos contraditórios

Descrição de uma
FENOMENOLÓGICO FENOMENOLOGIA experiência isolando-a de
suas causas

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Método Dedutivo
• Método proposto pelos racionalistas, Descartes,
Spinoza, Leibniz, que pressupõe que só a razão
é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro.
• O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar
o conteúdo das premissas. Por intermédio de
uma cadeia de raciocínio em ordem
descendente, de análise do geral para o
particular chega a uma conclusão.
• Usa o silogismo, construção lógica, para a
partir de duas premissas, retirar uma terceira
logicamente decorrente das duas primeiras,
denominada de conclusão. As conclusões são
verdadeiras.
32
Exemplos do Método Dedutivo

• Exemplo 1:
Toda pessoa que nasce no Brasil é livre e igual
perante a lei;
Marcos e Mateus nasceram no Brasil;
Logo, Marcos e Mateus são livres e iguais...
• Exemplo 2:
A prática de racismo constitui crime inafiançável e
imprescritível, sujeito a pena de reclusão...
Pedro tratou com racismo seu vizinho de prédio;
Pedro cometeu crime inafiançável e imprescritível,
sujeito a pena de reclusão...

33
Cena do 1º episódio da 2ª temporada
da série "Sherlock".
• https://www.youtube.com/watch?v=
UE4p1DgCxpM

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Método indutivo

• Método proposto pelos empiristas, Bacon,


Hobbes, Locke, Hume. Considera que o
conhecimento é fundamentado na experiência,
não levando em conta princípios
preestabelecidos.
• No raciocínio indutivo a generalização deriva de
observações de casos da realidade concreta.
• As constatações particulares levam à elaboração
de generalizações. (Lakatos & Marconi,1993)
• As conclusões são apenas prováveis.

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Exemplos do método indutivo
Exemplo1:
O advogado X é honesto, eficaz e ágil;
O advogado Y é honesto, eficaz e ágil;
...
O advogado n é honesto, eficaz e ágil;
Logo, os advogados são honestos, eficazes e ágeis.

Exemplo 2:
Houve investimento social nos bairros X, Y e Z e verificou-se, que após tais
investimentos, o índice de ocorrências policiais ligadas a furtos diminuiu
abruptamente.
Conclui-se que: investimento social nos bairros com características
semelhantes aos bairros citados levará à diminuição das ocorrências
policiais e furtos...

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Inferência, um exemplo de método indutivo

xxxxxxxx

Grau Confiança: 95%


MÉTODO CIENTÍFICO
Erro relativo: 4% 37
Métodos Científicos
• INDUTIVO • DEDUTIVO
– Partindo-se de dados – Se todas as premissas
particulares infere-se são verdadeiras, a
uma verdade universal; conclusão é verdadeira.
– FASES: – Toda informação já
• Observação dos estava implícita na
fenômenos; premissa.
• Descoberta da relação
entre eles;
• Generalização da
relação.
– Amostras representativas.

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Método hipotético-dedutivo
• Proposto por Popper consiste na adoção da seguinte linha de
raciocínio: “quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado
assunto são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o
problema”.
• Para tentar explicar a dificuldades expressas no problema, são
formuladas conjecturas ou hipóteses.
• Das hipóteses formuladas, deduzem-se consequências que deverão
ser testadas ou falseadas.
• Falsear significa tornar falsas as consequências deduzidas das
hipóteses.
• Enquanto no método dedutivo procura-se a todo custo confirmar a
hipótese, no método hipotético-dedutivo, ao contrário, procuram-se
evidências empíricas para derrubá-la” (Gil, 1999, p.30).
• Principais aspectos:
– O problema surge de conflitos;
– Solução proposta consiste numa conjectura (nova teoria);
– Testes de falseamento.

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Método hipotético – dedutivo
Dedução de Tentativa
Problema Conjecturas consequências de Corroboração
observadas falseamento

Etapas do método segundo Popper:


Momentos no processo investigatório:
• Problema: surge em geral de conflitos ante expectativas e teorias
existentes;
• Solução proposta consistindo numa conjectura (nova teoria); dedução
de consequências na forma de proposições passíveis de teste;
• Testes de falseamento: tentativas de refutação pela observação e
experimentação.
• Se a hipótese não supera os testes, estará falseada, refutada e exige
nova reformulação do problema e da hipótese; se superar os testes,
estará corroborada, confirmada provisoriamente.

40
Karl Popper

• https://www.youtube.com/watch?v=-X8Xfl0Jd
TQ

41
Método Dialético
• Dialética – arte do diálogo ou da discussão;
Desenvolvimento de processos gerados por oposições
que provisoriamente se resolvem em unidades.

• A história da lógica e da humanidade seguem uma


trajetória dialética, nas quais as contradições se
transcendem, mas dão origem a novas contradições
que requerem solução.

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Método Dialético
• Princípios:
a) Unidade e luta dos contrários – os aspectos
contraditórios formam uma indissolúvel unidade.
b) Transformação das mudanças quantitativas em
qualitativas – qualidade e quantidade fazem parte
do mesmo fenômeno – as mudanças quantitativas
geram as mudanças qualitativas.
c) Negação da negação – processo espiral, superação.

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Exemplos de método dialético

• Exemplos:
Análise sobre a eficácia de uma norma ou de
uma Instituição jurídica.

Um mesmo criminoso pode apresentar


comportamento nocivo e dócil. Uma
possibilidade não exclui a outra.

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Método Fenomenológico
– Preconizado por Husserl, o método fenomenológico
não é dedutivo nem indutivo.
– Preocupa-se com a descrição direta da experiência tal
como ela é.
– A realidade é construída socialmente e entendida
como o compreendido, o interpretado, o comunicado.
Então, a realidade não é única: existem tantas quantas
forem as suas interpretações e comunicações.
– O sujeito/ator é reconhecidamente importante no
processo de construção do conhecimento.
– Empregado em pesquisa qualitativa.

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O QUE É PESQUISA?

Pesquisa, no sentido mais amplo, é um conjunto


de atividades orientadas para a busca de um
determinado conhecimento.

A pesquisa científica se distingue de


outra modalidade qualquer de pesquisa
pelo método, pelas técnicas, por estar
voltada para a realidade empírica e
pela forma de comunicar o
conhecimento obtido.

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Conceitos de pesquisa

Minayo, vendo por um prisma mais


filosófico, considera a pesquisa como
“atividade básica das ciências na sua
indagação e descoberta da realidade.
Demo insere a pesquisa como atividade
cotidiana considerando-a como uma
atitude, um “questionamento
sistemático crítico e criativo, mais a
intervenção competente na realidade, ou o
diálogo crítico permanente com a
realidade em sentido teórico e prático”.
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