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CIÊNCIA DOS MATERIAIS

PARTE II

PROF. HUGO M. VEIT


RAMAL: 9432
SALA: 107
Microestrutura / Diagrama de
09/11
Fases

16/11 Diagrama de Fases

Propriedades/Degradação dos
23/11
Materiais

30/11 Prova

07/12 Recuperação/Exame
BIBLIOGRAFIA

[1] CALLISTER JR.,W. D. – “Ciência e Engenharia de


Materiais: Uma introdução”, 5ª Ed. LTC Editora, Rio de
Janeiro, 2002.
[2] Vicente Gentil, Corrosão, LTC Editora, 4ª edição.
[3] Van Vlack, L. H. - Princípios de ciência dos materiais.
1984.
- AULAS
- CRONOGRAMA
- BIBLIOGRAFIA
- etc.
www.ead.ufrgs.br

Moodle
Microestrutura (Fases)
4.MICROESTRUTURA

4-1 INTRODUÇÃO

4-2 CRITÉRIOS DE ANÁLISE DA MICROESTRUTURA

4-3 PROPRIEDADES ADITIVAS E INTERATIVAS

4-4 SOLUBILIDADE

4-5 FORMAÇÃO DE FASE EM SÓLIDOS

4-6 DIAGRAMA DE FASES


4-1 INTRODUÇÃO
ESTRUTURA PROPRIEDADES
CIÊNCIA DOS MATERIAIS

ESTRUTURA ATÔMICA
ESTRUTURA CRISTALINA
MICROESTRUTURA

A MICROESTRUTURA compreende o estudo das fases presentes em um material.


Essas são avaliadas quanto a sua natureza, composição, quantidade, tamanho,
forma, distribuição e orientação. A conjugação destes fatores complementa a
definição de propriedades iniciadas pela ESTRUTURA ATÔMICA e ESTRUTURA
CRISTALINA do material.
4-1 INTRODUÇÃO

– DIVISÃO DA ESTRUTURA NOS MATERIAIS


4-1 INTRODUÇÃO
• Microestrutura pode ser alterada para se fazer uso de propriedades
mais adequadas em determinadas aplicações

• Como:
– deformação plástica;
– recristalização;
– adição de novas fases;
– manipular as fases (quantidades, proporções, tamanho e
distribuição).
4-1 INTRODUÇÃO
Diversas microestruturas:
4-1 INTRODUÇÃO
Algumas microestruturas:

Microestrutura de uma única fase Microestrutura de duas fases da


de um molibdênio puro, com perlita (aço com 0,8% de C),
muitos grãos de composição apresenta camadas alternadas de
uniforme (200x). ferrita e cementita (500x).
4-1 INTRODUÇÃO
FASE É A PORÇÃO HOMOGÊNEA DE UM SISTEMA QUE TEM
IGUAL COMPOSIÇÃO QUÍMICA, ESTRUTURA CRISTALINA E
INTERFACES COM O MEIO

Diferentes fases são


apresentadas:
- cristalina ou não (fase
vítrea),
- orientada ou não,
- fase vítrea
Nas microestruturas (a) e (b), pode-se verificar: -etc.
- fases, proporção, tamanho
- forma, distribuição análise da microestrutura
- orientação
CRITÉRIOS DE ANÁLISE DA MICROESTRUTURA
4-2 CRITÉRIOS DE ANÁLISE DA
MICROESTRUTURA
Os CRITÉRIOS DE ANÁLISE da microestrutura são:
-Em um projeto de engenharia,
1. FASES PRESENTES
procura-se manter a
2. COMPOSIÇÃO DAS FASES microestrutura de um material
sob controle, sendo estes
3. PROPORÇÃO DAS FASES
critérios os parâmetros de
4. TAMANHO (DISTRIBUIÇÃO DE análise da microestrutura.
TAMANHO) DAS FASES -As propriedades de um material
vão variar de acordo com a
5. DISTRIBUIÇÃO DAS FASES
variação de qualquer um destes
6. FORMA DAS FASES critérios no material.
7. ORIENTAÇÃO DAS FASES -A variação pode ser significativa
ou não significativa, depende da
propriedade e do projeto.
4-3 PROPRIEDADES ADITIVAS E
INTERATIVAS
- Duas fases nunca apresentam todas as propriedades idênticas.

ADITIVAS quando podem ser


determinadas pela média
das propriedades de cada
fase individual
- As propriedades
podem ser: INTERATIVAS quando o
comportamento de
cada fase depende
da adjacente
4-3 PROPRIEDADES ADITIVAS E
INTERATIVAS
PROPRIEDADES ADITIVAS
- geralmente são PROPRIEDADES FÍSICAS
- em função das frações volumétricas obtém-se a propriedade final

Ex.: DENSIDADE calculada a partir da  de cada fase e


Ex: Microestrutura AB da fração volumétrica (f) correspondente

m = f11 + f2 2 +...+ fi i
Fase A

Fase B
AB = fAA + fB B
4-3 PROPRIEDADES ADITIVAS E
INTERATIVAS
PROPRIEDADES ADITIVAS
- Outros exemplos típicos: calor específico, condutividade elétrica,
condutividade térmica.
CONDUTIVIDADE TÉRMICA: pode ser dada conforme a disposição das
fases
(b) km= fa/ka + fb/kb

c
a b b d
a
(a) km= faka + fbkb
(c) km= 1+2fd (1-kc/kd)/1+2kc/kd
1-fd (1-kc/kd)/1+2kc/kd
4-3 PROPRIEDADES ADITIVAS E
INTERATIVAS
PROPRIEDADES INTERATIVAS

• Não podem ser interpoladas entre as fases, pois o comportamento de


cada fase depende da adjacente

• São exemplos típicos as PROPRIEDADES MECÂNICAS dos materiais,


como dureza, resistência mecânica

•Exemplo típico: - mudança de comportamento de uma matriz dúctil


com uma segunda fase dispersa de partículas finas
e duras, que inibe o escorregamento e evita o
cisalhamento da matriz dúctil.
4-3 PROPRIEDADES ADITIVAS E
INTERATIVAS
PROPRIEDADES INTERATIVAS
EXEMPLO: EFEITO DA GRANULOMETRIA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS

Diferentes tamanhos de grãos em um material


diferentes propriedades mecânicas.

 Materiais com diversas fases de diferentes granulometrias


diferentes propriedades mecânicas.
Exemplo: adição de areia muito fina ao asfalto
adição de brita ao asfalto
A 1ª mistura é muito mais viscosa, tende a gerar um asfalto
com maior resistência mecânica.
 Aço com uma estrutura mais fina terá maior resistência
mecânica que outro com o mesmo teor de C e estrutura mais grosseira
4-3 PROPRIEDADES ADITIVAS E
INTERATIVAS
PROPRIEDADES INTERATIVAS
EFEITO DA FORMA E DA DISTRIBUIÇÃO DAS FASES NAS PROP. MECÂNICAS:

Exemplo típico aços

aço perlítico estrutura lamelar RM elevada

deixa-se um aço perlítico logo abaixo da temperatura


eutetóide, por muito tempo: partículas coalescem
diminui a RM do material
Afeta também a tenacidade do material:
fase mais coalescida maior a tenacidade
(as fissuras no carbeto Fe3C terão maior
ferrita dificuldade de se propagar antes de atingir a ferrita)
Fe3C
4-4 SOLUBILIDADE
Um material pode ser resultado da combinação de diferentes
componentes:

- por formação de soluções


(tipo de solubilização, dependendo do tamanho dos raios:
substitucional ou intersticial)

- por formação de misturas heterogêneas

- totalmente miscíveis
Quanto a solubilidade pode-se
- totalmente imiscíveis
classificar as soluções em:
- miscibilidade parcial
4-4 SOLUBILIDADE
4.4.1 Total Miscibilidade
Total miscibilidade: mistura água + álcool
um componente dissolve o
outro em quantidade ilimitada
Ex.: CuNi

Liga de total
miscibilidade
4-4 SOLUBILIDADE
4.4.1 Total Imiscibilidade
Total Imiscibilidade: mistura água + óleo

mesmo com agitação e


temperatura não se obtém
uma única fase
Ex.: Pb e Cu
4-4 SOLUBILIDADE
4.4.3 Miscibilidade Limitada
Miscibilidade Limitada: mistura água + açúcar
água + sal

um componente dissolve o outro


em quantidade limitada

Ex.: Sn e Pb
4-4 SOLUBILIDADE
4.4.4 Regra de Hume Rothery

COMO DEFINIR A SOLUBILIDADE DE UM ELEMENTO EM OUTRO?


Regra de HUME-ROTHERY
São condições necessárias, mas não suficientes para que
dois metais apresentem solubilidade total:
1. Tamanho: diferença entre raios < 15%
2. Estrutura cristalina: deve ser a mesma
3. Eletronegatividade: deve ser semelhante
4. Valências: devem ser iguais
4-4 SOLUBILIDADE
4.4.4 Regra de Hume Rothery
Exemplo 1: Com os dados necessários fazer análise da solubilidade das
ligas AgAu, AlSi e AgCu.

AgAu: AlSi: AgCu:


1. Tamanho: rAg - 0,145 nm 1. Tamanho: rAl - 0,143 nm 1. Tamanho: rAg - 0,145 nm
rAu - 0,144 nm rSi - 0,118 nm rCu - 0,128 nm
2. Estrutura cristalina: Ag e Au - CFC 2. Estrutura cristalina: Al-CFC 2. Estrutura cristalina: Ag - Cu -CFC
e Si-Cúbica do diamante
3. Eletronegatividade: Ag (1,9eV) 3. Eletronegatividade: Ag (1,9eV)
3. Eletronegatividade: Al (1,5eV) Cu(1,9eV)
Au(2,4eV) Si(1,8eV)
4. Valências: Ag+1 Au+1 4. Valências: Al+3 Si+4 4. Valências: Ag+1 Cu+1, +2
4-4 SOLUBILIDADE
4.4.4 Regra de Hume Rothery

Exemplo 1: Com os dados necessários fazer análise da solubilidade das


ligas AgAu, AlSi e AgCu.

AgAu: AlSi: AgCu:


1. Tamanho: rAg - 0,145 nm 1. Tamanho: rAl - 0,143 nm 1. Tamanho: rAg - 0,145 nm
rAu - 0,144 nm rSi - 0,118 nm rCu - 0,128 nm
2. Estrutura cristalina: Ag e Au - CFC 2. Estrutura cristalina: Al-CFC 2. Estrutura cristalina: Ag - Cu -CFC
e Si-Cúbica do diamante
3. Eletronegatividade: Ag (1,9eV)  3. Eletronegatividade: Ag (1,9eV) 
Au(2,4eV) 3. Eletronegatividade: Al (1,5eV) 
Si(1,8eV) Cu(1,9eV)
4. Valências: Ag+1 Au+1 4. Valências: Ag+1 Cu+1, +2
4. Valências: Al+3 Si+4
Ag e Au satisfazem e são totalmente Ag e Cu satisfazem parcialmente
Al e Si imiscíveis
miscíveis = miscibilidade total mas não são totalmente miscíveis
(solução sólida ilimitada) (solução sólida limitada)
Com os dados necessários fazer análise da solubilidade da liga PbCu.

Pb e Cu:
1. Tamanho: rPb - 0,175 nm
rCu - 0,128 nm
2. Estrutura cristalina: Pb-CFC e Cu -
CFC
3. Eletronegatividade: Pb (2,33eV)

Cu (1,90eV)
4. Valências: Cu+2; Pb+2
Pb e Cu são??
4-5 FORMAÇÃO DE FASES
4.5.1 Introdução
 Transformações microestruturais em sólidos (reações no estado sólido) envolvem rearranjo de
átomos. A classificação das reações pode ser:
→ Crescimento de grão: - átomos se movem através do contorno de grão;
- não há variação na composição;
- não há mudança no tipo de estrutura cristalina;
- não há novos grãos.
→ Recristalização: - grãos novos e mais perfeitos;
- rearranjos atômicos apenas locais;
- não há variação na composição;
- não há mudança no tipo de estrutura cristalina.
→Variações alotrópicas: - nova fase: nova coordenação atômica por rearranjos locais;
- não há variação na composição;
→ Solubilização: - desaparecimento de uma fase existente, por solução na fase matriz;
- prevalece difusão atômica;
→Precipitação: - separação de uma nova fase a partir de uma solução sólida supersaturada;
- prevalece a difusão atômica;
→Eutetóide: - decomposição de uma fase (no resfriamento) em duas novas fases;
- prevalece a difusão atômica;
→Transformação martensítica: - variação alotrópica decorrente do cisalhamento de um ou mais
planos cristalinos em relação a planos adjacentes;
- sem difusão;
4-5 FORMAÇÃO DE FASES
4.5.2 Difusão atômica em sólidos
Difusão: mecanismo pelo qual a matéria é transportada através da matéria
 Átomos em sólidos, líquidos e gases - movimento constante
- migram ao longo do tempo
Em Gases: - movimentos atômicos relativamente rápidos;
- ex.: movimento rápido de aromáticos ou fumaças.
4.5.2 Difusão atômica em sólidos

Em Líquidos: - movimentos atômicos mais lentos que nos gases;


- ex.: movimento da tinta em solventes.
4.5.2 Difusão atômica em sólidos

Sólidos: - movimentos atômicos dificultados devido a ligação dos


átomos em posições de equilíbrio;
- temperatura (vibrações térmicas) permitem o movimento
atômico;
- metais e ligas: a difusão é importante, pois as reações no
estado sólido envolvem movimentos atômicos;

- ex. reações no estado sólido: - precipitação de 2ª fase;


- nucleação e crescimento
de novos grãos na
cristalização de um metal
deformado a frio.
4-5 FORMAÇÃO DE FASES
4.5.2 Difusão atômica em sólidos
4.5.2.1 Mecanismos de difusão
Redes cristalinas dois tipos de mecanismos de difusão atômica:

- mecanismo substitucional ou por lacunas


- mecanismo intersticial
4-5 FORMAÇÃO DE FASES
4.5.2 Difusão atômica em sólidos
4.5.2.2 Difusão estacionária
Valores de D de alguns sistemas de difusão substitucional e intersticial
Soluto Solvente (estrutura Coeficiente de Difusão - D (m2/s)
da matriz) Valores de D dependem das variáveis:
500 °C 1000°C
C Fe CFC (5 x 10-15)* 3 x 10-11
C Fe CCC 10-12 (2 x 10-9) 1. Mecanismo de difusão
Fe Fe CFC (2 x 10-23) 2 x 10-16 2. Temperatura
Fe Fe CCC 10-20 (3 x 10-14)
3. Estrutura cristalina do solvente
Ni Fe CFC 10-23 2x 10-16
4. Defeitos cristalinos presentes
Mn Fe CFC (3 x 10-24) 10-16
Zn Cu 4 x 10-18 5 x 10-13 5. Concentração de soluto
Cu Al 4 x 10-14 10-10 (calc.)
Cu Cu 10-18 2 x 10-13
Ag Ag (cristal) 10-17 10-12 (calc.)
Ag Ag (limite de grão) 10-11
C Ti HC 3 x 10-16 (2 x 10-11)
* Parêntesis indicam fase é metaestável, calc.=calculado, mesmo que T > TF.
4-5 FORMAÇÃO DE FASES
4.5.2 Difusão atômica em sólidos
4.5.2.3 Difusão não-estacionária
 Ocorre na maioria dos materiais de uso em Engenharia: a concentração de átomos de soluto,
em qualquer ponto do material, varia com o tempo.
Ex: C difunde na superfície durante a cementação de aço, endurecendo sua
superfície. A concentração de C em qualquer ponto abaixo da superfície varia com o
tempo, conforme progride a difusão.
 Na DIFUSÃO NÃO ESTACIONÁRIA aplica-se a 2ª LEI DE FICK:

dCx d  dCx 
= D 
dt dx  dx 

Solução particular: caso da difusão de um gás em um


sólido
- Conforme aumenta tempodifusão aumenta Cátomos de
soluto para qualquer x
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.1 Diagramas

Diagrama de fases:

- Informa sobre a microestrutura conseqüência: pode predizer


propriedades mecânicas em
função da temperatura e
composição

- Permite visualizar a solidificação e fusão

- Prevê as transformações de fases

- Gera informações eminentemente termodinâmicas e não


apresentam qualquer consideração sobre a cinética das reações
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.1 Diagramas
 Solubilidade do sal na água em função da temperatura:
DIAGRAMA DE FASES
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.1 Diagramas
LIMITE DE SOLUBILIDADE: é a concentração máxima de átomos de
soluto que pode dissolver-se no solvente, a
uma dada temperatura, para formar uma
solução líquida, no caso salmoura

 Quando o limite de
solubilidade é
ultrapassado, forma-se uma
segunda fase com
composição distinta a
solução líquida, já saturada.
No caso, salmoura + sal.
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.1 Diagramas
O DIAGRAMA DE FASES FORNECE INFORMAÇÕES SOBRE OS
SEGUINTES CRITÉRIOS DE ANÁLISE DA MICROESTRUTURA:

1. FASES PRESENTES
2. COMPOSIÇÃO DAS FASES
3. PROPORÇÃO DAS FASES REGRA DA ALAVANCA
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.1 Diagramas
Miscibilidade Limitada: mistura água + açúcar
 Quantas fases estão
presentes em cada um
A dos sistemas A, B, C
indicados na figura?
B  Qual a composição
de cada fase em cada
sistema?
Qual a proporção de
cada fase nos sistemas
C
acima?

REGRA DA ALAVANCA
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.2 Regra da Alavanca
FASES PRESENTES, PROPORÇÃO E COMPOSIÇÃO

O
X Y

1 FASES
PRESENTES

Composição inicial da mistura


4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.2 Regra da Alavanca
2 PROPORÇÃO DAS FASES NO
XAROPE
FASES PRESENTES, PROPORÇÃO E COMPOSIÇÃO

YO x 100 =%xarope XO x 100 =% açúcar


XY XY

O
X Y

1 FASES
PRESENTES

Composição inicial da mistura


4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.2 Regra da Alavanca
2 PROPORÇÃO DAS FASES NO
XAROPE
FASES PRESENTES, PROPORÇÃO E COMPOSIÇÃO

YO x 100 =%xarope XO x 100 =% açúcar


XY XY

O
X Y

3 COMPOSIÇÃO DO XAROPE % açúcar no xarope 1 FASES


PRESENTES

Composição inicial da mistura


4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.2 Regra da Alavanca
Exemplo 2: Determine as fases presentes, proporção e composição para o
diagrama Água+Açúcar na T 15°C com composição inicial 25% de H2O e
75% de açúcar.
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.2 Regra da Alavanca
Exemplo 2: Água + Açúcar
Para T 15°C e 25% de H2O e 75% de açúcar
Fases Presentes: xarope (açúcar e água)
sólido (açúcar)
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.2 Regra da Alavanca
Exemplo 2: Água + Açúcar
Para T 15°C e 25% de H2O e 75% de açúcar
Fases Presentes: xarope (açúcar e água)
sólido (açúcar)

Proporção das Fases - Regra da Alavanca


% açúcar = xo = 75-67 *100= 24,2%
xy 100-67
% xarope = oy = 100-75 *100= 75,8%
xy 100-67
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.2 Regra da Alavanca
Exemplo 2: Água + Açúcar
Para T 15°C e 25% de H2O e 75% de açúcar
Fases Presentes: xarope (açúcar e água)
sólido (açúcar)

Proporção das Fases - Regra da Alavanca


% açúcar = xo = 75-67 *100= 24,2%
xy 100-67
% xarope = oy = 100-75 *100= 75,8%
xy 100-67
Composição das Fases:
Xarope: 67% açúcar e 33% de água
Sólido: 100%açúcar
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.3 Diagrama de Fases de Solução Sólida Ilimitada

•Todo diagrama de fases de solução sólida ilimitada possui a linha


LÍQUIDUS e SÓLIDUS

LINHA LÍQUIDUS: determina o lugar geométrico das


temperaturas acima das quais tem-se somente líquido

LINHA SÓLIDUS: determina o lugar geométrico das


temperaturas abaixo das quais tem-se somente sólido
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.3 Diagrama de Fases de Solução Sólida Ilimitada
Solução sólida ilimitada

Fases presentes:
L - líquido
SS - sólida
Componentes:
AeB
Linhas:
Líquidus
Sólidus

Diagrama de fase binário mostrando a total miscibilidade de A em B


4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.3 Diagrama de Fases de Solução Sólida Ilimitada

Microestruturas características de diferentes regiões em um diagrama de fases com


com solução ilimitada.
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.3 Diagrama de Fases de Solução Sólida Ilimitada
Exemplo de diagrama de solução sólida ilimitada: Cu Ni
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.3 Diagrama de Fases de Solução Sólida Ilimitada
Exemplo 3: Determine as fases presentes, proporção e composição para o
diagrama CuNi na T 1250°C com composição inicial de 40%Ni 60%Cu.
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.3 Diagrama de Fases de Solução Sólida Ilimitada
Exemplo 3: T 1250°C - 40%Ni 60%Cu.
Fases Presentes: L

4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.3 Diagrama de Fases de Solução Sólida Ilimitada
Exemplo 3: T 1250°C - 40%Ni 60%Cu.
Fases Presentes: L

Proporção das Fases:


% L = 43-40 *100 = 30%
43-33
%  = 40-33 *100= 70%
43-33
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.3 Diagrama de Fases de Solução Sólida Ilimitada
Exemplo 3: T 1250°C - 40%Ni 60%Cu.
Fases Presentes: L

Proporção das Fases:


% L = 43-40 *100 = 30%
43-33
%  = 40-33 *100= 70%
43-33

Composição das Fases:


L 33% Ni e 67% Cu
 43% Ni e 57% Cu
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.3 Diagrama de Fases de Solução Sólida Ilimitada
Exemplo 4: Determine a temperatura líquidus e sólidus e o intervalo
de solidificação de uma liga 40% Ni.
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.3 Diagrama de Fases de Solução Sólida Ilimitada
Exemplo 4: Determine a temperatura líquidus e sólidus e o intervalo de
solidificação de uma liga 40% Ni.
Remoção do calor
latente de fusão

1280ºC

1240ºC

Curva de resfriamento de uma liga isomorfa durante a solidificação. A inclinação da


curva de resfriamento indica as temperaturas de líquidus e sólidus, no caso de uma liga
Cu - 40%Ni.
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.3 Diagrama de Fases de Solução Sólida Ilimitada
Exemplo 5: Desenhe a microestrutura esperada para o diagrama Cu
Ni durante a solidificação de uma liga 40%Ni
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.3 Diagrama de Fases de Solução Sólida Ilimitada
Exemplo 5: Diagrama Cu Ni  solidificação da liga 40% Ni

Desenvolvimento
da microestrutura
de uma liga 40% de
Ni durante o
resfriamento em
EQUILÍBRIO
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.3 Diagrama de Fases de Solução Sólida Ilimitada
Diagrama Cu Ni  solidificação da liga 40%Ni considerando
condições reais

Mudança na
estrutura de
uma liga com
40% de Cu,
durante a
solidificação em
NÃO
EQUILÍBRIO
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.3 Diagrama de Fases de Solução Sólida Ilimitada
Solidificação da liga considerando condições reais

• A microestrutura só segue o diagrama de equilíbrio para


velocidades de solidificação lentas
• Na prática, não há tempo para a difusão completa e as
microestruturas não são exatamente iguais às do equilíbrio
• O grau de afastamento do equilíbrio dependerá da taxa de
resfriamento
• Como conseqüência da solidificação fora do equilíbrio tem-se a
segregação (a distribuição dos 2 elementos no grão não é
uniforme, sendo o centro do grão mais rico do elemento com o
maior ponto de fusão)
Solidificação da liga considerando condições reais
A distribuição dos 2 elementos no grão não é uniforme, sendo o centro do grão mais rico
do elemento com o maior ponto de fusão
Condições reais (não equilíbrio)
Condições ideais
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.5 Diagrama de Fases sem Solução Sólida
Diagrama de fase de eutético binário sem solução sólida

 Componentes que formam o sistema :


A e B

 A + B não formam uma solução sólida

 L - fase líquida (mistura A+B)

 Linha líquidus

 Linha sólidus
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.5 Diagrama de Fases sem Solução Sólida
Diagrama de fase de eutético binário sem solução sólida
REAÇÃO EUTÉTICA:

L→ A + B
Fases: 1 líquida e 2 sólidas

 Temperatura eutética

 Composição eutética

 Linha líquidus

 Linha sólidus = Temperatura


eutética

 Ex: Al-Si; Pb-Sb; Cd-Bi


4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.5 Diagrama de Fases sem Solução Sólida
Diagrama de fase de eutético binário de solução sólida ilimitada

Microestruturas características de diferentes regiões em um diagrama de fases binário


de eutético sem solução sólida.
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.5 Diagrama de Fases sem Solução Sólida
Exemplo 7: Determine as fases presentes, proporção e composição para o
diagrama abaixo, no ponto indicado.

50

25 75
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.5 Diagrama de Fases sem Solução Sólida
Exemplo 7: Determine as fases presentes, proporção e composição para o
diagrama abaixo, no ponto indicado.

Fases Presentes: L
B

50

25 75
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.5 Diagrama de Fases sem Solução Sólida
Exemplo 7: Determine as fases presentes, proporção e composição para o
diagrama abaixo, no ponto indicado.

Fases Presentes: L
B

Proporção das Fases:


%L= 100-75 *100 = 41,67%
100-40
%B= 75-40 *100= 58,33%
C 100-40

50

25 75
4-6 DIAGRAMA DE FASES
4.6.5 Diagrama de Fases sem Solução Sólida
Exemplo 7: Determine as fases presentes, proporção e composição para o
diagrama abaixo, no ponto indicado.

Fases Presentes: L
B

Proporção das Fases:


%L= 100-75 *100 = 41,67%
100-40
%B= 75-40 *100= 58,33%
C 100-40

Composição das Fases:


L 40% B e 60% A
50
B 100% B

25 75
Exercícios

1 - O que são propriedades aditivas e interativas em um material polifásico?


2 - Defina fases em um material.
3 - O que é limite de solubilidade?
4 - Defina a linha liquidus e a solidus em um diagrama de fases.
5 - O que é e quais informações são possíveis pela leitura de um diagrama de
fases?
6 - Determine as fases presentes, a composição e a quantidade de cada fase em
porcentagem de peso para a liga Ni-50%Cu a 1150oC, 1300oC e 1400oC.
7 - Desenhe a microestrutura esperada nos círculos da Figura 1 (diagrama Ni-
Cu)
Figura 1

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