A expansão europeia e a construção imperial é um processo complexo, porque existe uma
articulação entre os variados impérios existentes. Os impérios nas diversas costas entram em conflitos uns com os outros, mas ao mesmo tempo colaboram e comercializam uns com os outros. Até que ponto é que as guerras entre impérios se tornam globais? Desde logo se inicia a discussão se se pode falar do termo globalização. Olhando para os impérios extraeuropeus, observam-se diversas dinâmicas, que revelam que em nada estes impérios são iguais entre si, podendo influenciar diferentes espaços, como por exemplo: uma oscilação na bolsa de Hong Kong pode (ou não) influenciar outras bolsas asiáticas, mas também noutros continentes. As guerras entre diferentes impérios não se podem caracterizar como globais porque em grande parte das vezes, os povos nativos dos outros continentes não tinham conhecimento ou não sofriam diretamente as consequências do conflito. A Guerra dos 7 Anos não foi uma guerra global porque não teve consequências que afetassem ou mobilizassem outras formações políticas, mas sim uma guerra pluricontinental, mas entre nações europeias. Ao existir uma guerra, existe a necessidade de mobilizar as tropas, que são levadas para a Europa, algo semelhante ao que sucedeu com filhos de habitantes das colónias queriam que alguns filhos fossem educados na metrópole.
O texto do capítulo 13 da obra da A Era dos Impérios do pensador inglês Eric Hobsbawn é uma análise sobre o contexto que antecede e sucede as duas grandes guerras vividas pelas potências europeias e a participação de outra.docx