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VI
ÇOSA|NOVEMBRO DE2017 PANORAMA
Primeira coletânea publicada pelo coletivo Panorama1, sob
organização de Katrícia Costa Silva Soares de Souza Aguiar e Lucca
de Resende Nogueira Tartaglia, com apoio do Programa de Pós-
Graduação em Letras da Universidade Federal de Viçosa, o Caderno
de estudos literários reúne oito capítulos voltados para a aprecia-
ção crítica de obras e autores de língua portuguesa e dois dedicados
ao estudo de escritores que desenvolveram seu trabalho a partir de
outros idiomas.
No âmbito da literatura brasileira, o livro conta com as
colaborações de Camila Galvão de Souza, Estela da Silva Leonardo
e Katrícia Costa Silva Soares de Souza Aguiar, trazendo textos de
estudo e análise sobre três grandes nomes da literatura nacional,
Luiz Ruffato, Graciliano Ramos e João Ubaldo Ribeiro. Para a
literatura angolana, conta com a contribuição de Roberta
Guimarães Franco, Lucca de Resende Nogueira Tartaglia e Diana
Gonzaga Pereira, que se debruçaram sobre a produção de
escritores pertencentes a três gerações – Luandino Vieira, José
Eduardo Agualusa e o jovem – porém, já renomado – Ondjaki. No
que diz respeito à produção moçambicana, Regina Costa Nunes
Andrade discute acerca dos espaços lacunares, tendo em vista a
memória familiar em Um rio chamado tempo, uma casa chamada
terra, um dos muitos livros do mais emblemático e conhecido autor
de Moçambique, Mia Couto; e, finalmente, no que concerne ao
contexto português, Angelo Adriano Faria de Assis nos oferece
valorosas considerações sobre os judeus, cristãos-novos e a
1 Austin Gill, no primeiro volume de The early Mallarmé (1979, p. 90), assinala
essa gênese do conto e Bertrand Marchal cita o comentário de Gill em Oc1, p.
1345. Vale a pena ler a balada de Schiller, cujos links para três traduções em
francês (além da de Nerval e de Marmier, há a de Adolphe Regnier, 1868, esta
porém já posterior à recriação mallarmeana) estão disponíveis nas Referências
do presente ensaio. A balada de Schiller foi musicada por Franz Schubert (1797-
1828).
2 Cf. Gill, 1979, p. 78 e 86, com a citação completada por Marchal em Mallarmé,
1998, p. 1345: DSM III (Documents Stéphane Mallarmé III), par Carl Barbier,
1971, p. 19-20.
3 Isso explicaria as poucas referências críticas a ele mesmo no abrangente livro
de Jean Pierre Richard, L’univers immaginaire de Mallarmé. Adile Ayda, uma das
pesquisadoras que mais estudaram a obra juvenil de Mallarmé, ao escrever seu
Le drame interieur de Mallarmé ou l´Origine des symboles mallarméens, de 1955,
também teria tido apenas acesso ao resumo do conto, junto com a reprodução de
uma passagem, feitos por Mondor naquelas duas publicações de 1944 (cf. Gill,
1979, p. 78).
4 Oc1, p. 449-450.
5 Tradução nossa de La coupe d’or, Oc1, p. 449-50. Às voltas com “cálice” ou
“taça”, hesitamos muito em deixar “copa” no título. Evocando o campeonato de
futebol “copa do mundo”, a “copa” não é tão eufônica e ágil quanto “coupe” (que
remete a “coup” e também ao sentido de “corte”, “talhe”), nem sugere
visualmente a “coupe” no “u” central, sua abertura ao alto.
7 Em francês, “ton fils n’est plus”. A forma “n’être plus” aplica-se ao anúncio da
morte de personagens ilustres.
8 Em francês: “Mort pour sa mère”. Outras possibilidades de tradução seriam:
cegonhas; Oc1, p. 452-465,), como neste trecho: “ Enfin, quand Dieu le fils lui
succédera, il ne jettera pas sur l´enfant la terre qui devait recouvrir l´aïeul!” (“-
Enfim, quando Deus o filho o suceder, ele não jogará sobre a criança a terra que
deveria recobrir o avô!”; Oc1, p. 455); ou o poema À Dieu (A Deus; Oc1, p. 208).
11 « luta terrível com essa velha e maldosa plumagem, lançada por terra,
parece quiçá prematuro num menino de 12 anos. O texto teria sido mexido nos
anos vindouros por Mallarmé? Teríamos que ir ao manuscrito. De todo modo, as
crianças deviam ler na escola os romances de cavalaria, permeados de
referências alquímicas. Na literatura, a taça mágica se faz presente no romance
de Persival, ou a lenda do Graal, escrito ao redor de 1180 por Chrétien de Troyes.
Mas quanto as referências alquímicas deste e de outras novelas de cavalaria
même et que sa volupté d’elle retombe délicieusement en mon âme: mais j’avoue
que la Science que j’ai acquise, ou retrouvée au fond de l’homme que je fus, ne
me suffirait pas, et que ce ne serait pas sans un serrement de Coeur réel que
j’entrerais dans la Disparition suprême, si je n’avais pas fini mon oeuvre, qui est
l’Oeuvre, le Grand Oeuvre, comme disaient les alchimistes, nos ancêtres.” (Oc1, p.
715, carta de 1867 a Cazalis); “[…] j’ai toujours rêvé et tenté autre chose [le
Livre], avec une patience d’alchimiste, prêt à y sacrifier toute vanité et toute
satisfaction, comme un brûlait jadis son mobilier et les poutres de son toit, pour
alimenter le fourneau du Grand Oeuvre” (Oc1, p. 788, carta com autobiografia
para Verlaine, de 16/11/1885). Traduções provisórias : “Para mim a Poesia me
tem lugar do amor, porque se enlaça a ela mesma e porque sua voluptuosidade
dela recai deliciosamente em minha alma; mas confesso que a Ciência que
adquiri, ou reencontrada no fundo do homem que eu fui, não me seria suficiente,
e que não seria sem um aperto de Coração real que eu entraria na Desaparição
suprema, se não tivesse terminado minha obra, que é a Obra, a Grande Obra,
como diziam os alquimistas, nossos ancestrais”. E o segundo trecho : « […]
sempre sonhei e tentei outra coisa [o Livro, em todos os níveis, segundo o resto
do parágrafo], com uma paciência de alquimista, pronta a nela sacrificar toda
vaidade e toda satisfação, como um queimava antigamente seu mobiliário e as
vigas de seu teto, para alimentar o forno da Grande Obra».
14 Os textos de Mallarmé normalmente virão citados em francês, com a tradução
em português no rodapé, com exceção dos trechos do conto A Copa de Ouro, para
facilitar a leitura dos que desconhecem o francês, sendo que a versão original
nesta língua já surgiu no início do ensaio. No caso dos trechos traduzidos do
conto, não haverá referência bibliográfica.
poème, est dans un isolement mon plaisir et ma torture.” (Oc2, p. 657) “Creio que
a Literatura, retomada em sua fonte que é a Arte e a Ciência, nos fornecerá um
Teatro, cujas representações serão o verdadeiro culto moderno; um Livro,
explicação do homem, suficiente a nossos mais belos sonhos. Creio tudo isso
escrito [e escreve] na natureza de modo a não deixar fechar os olhos senão aos
interessados em nada ver. Essa obra existe, todo mundo a tentou sem o saber;
não existe um gênio ou um tolo tendo pronunciado uma palavra, que não tenha
dela reencontrado um traço sem o saber. Mostrar isso e erguer um canto do véu
do que pode ser semelhante poema, é num isolamento meu prazer e minha
tortura.” (tradução provisória nossa)
17 Ou em animais sagrados! Ou em arte. Cf. nossa análise do Jaguadarte (poema
21 Cf. por exemplo, Les fleurs (As flores; Oc1, p. 121, 10-11,). Em Les Fenêtres (As
Janelas; Oc1, p. 9, 75-76, 117), Deus será substituído pelo “Moi” (“Eu”).
22 Modelo encontrável em certos núcleos familiares, em pais que não têm um
contato bem estabelecido com um pai além deles, são de uma forma ou de outra
autoritários e competem com seus filhos, buscando rebaixá-los.
23 O termo (gnosticismo), usado de modo diverso em diferentes contextos,
restringe-se aqui ao movimento herético cristão iniciado por volta do século II,
emblematizado por nomes como Marcião e Valentim de Alexandria, e cujos ecos
são audíveis por toda a história adiante.
24 Sefirá: “em hebraico, numeração ou categoria. No Zohar, às vezes assume o
A COPA
p. 672) “Qual era meu ideal aos vinte anos? Nada improvável que eu o tenha
mesmo fracamente expresso, pois o ato, por mim escolhido, foi o de escrever:
agora, Se a idade madura o realizou? [...] suficientemente, fui-me fiel, para que
minha humilde vida guardasse um sentido. O meio, eu o publico, consistiu
cotidianamente em espanar, de minha nativa iluminação, o aporte casual
exterior, que recolhemos, antes, sob o nome de experiência. Feliz ou vã, minha
vontade dos vinte anos sobrevive intacta.” (Tradução provisória nossa)
41 Composta pelo filho Anatole (1871-1879), morto aos 9 anos, bem antes de
LAWLER, James. Edgar Poe et les poètes français, suivi d’une confer-
ence inedited de Paul Valery. Paris: Julliard, 1989.
02-11-62
- Este é o 4º. caso de loucura que dou conta desde
que cá estou (1º. Kinjo; 2º. Godfrey; 3º. D. Pedro
VIII). Entrou na sexta-feira – 26 – e ouvi o Caxias
perguntar-lhe o nome, etc. Trabalhava na Tex-
tang onde era operário. Dizem aqui que já vinha
maluco lá de fora mas só me lembro de começar
a falar alto, cantar e refilar com os guardas no sá-
bado de manhã, quando o foram buscar para o
banho e ele se negou, chamando a todos os guar-
das de “terroristas”, nome que durante todo o
tempo até à saída não deixou de lhes chamar,
muitas vezes com asneiras.
13-14-15-16/Agosto [1964]
O CAMPO:
Perplexidade! Parece um sonho vir cá parar. A
todo o momento creio que vai desaparecer o que
tenho na frente e encontrar-me outra vez em Lu-
anda. Mas não! O campo é o normal de c[ampo]
de conc[entração], fiadas duplas de arama far-
pado com outras transversais, guaritas c/ senti-
nelas armados, nas esquinas, cães, luzes e barra-
cas (ver adiante o esquema). (2015, p. 548)
25-1-63
Fiz um apontamento para escrever um conto. Tí-
tulo “a história da galinha e do ovo”, a ser con-
tada com introdução e “moral final” como as his-
tórias tradicionais. (ex. “A história de Job Hamu-
kuaja”). Vou ver se o escrevo (se escrever, é o
conto de Fev.) Mas como também me posso arre-
pender e destruir o apontamento o melhor é co-
piar o que já está feito:
“Vou pôr a história da galinha e do ovo. Esta his-
tória passou no musseque Terra Nova, nesta
nossa terra de Luanda. Se é bonita se é feia, vocês
é que me vão dizer. Eu só sei é preciso contar-
lhe...” Mais nada. (2015, p. 111)
REFERÊNCIAS:
11
A pequena cidade de Cataguases, situada na zona da mata mineira, em que
nasceu Luiz Ruffato, passou, na transição do século XIX para o XX, pelos
processos de urbanização, modernização e industrialização, que alteraram sua
fisionomia. Além do estabelecimento de um pólo industrial, a implantação de
obras de pintura, escultura, arquitetura e paisagismo nas praças, prédios,
monumentos públicos e residências particulares de diversos artistas como Oscar
Niemeyer, Francisco Bologna, Burle Marx, Anísio Medeiros, Ceschiatti, Marcier
etc. proporcionaram uma repercussão nacional e internacional para o município.
A PERSONAGEM NA NARRATIVA
BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
2RUFFATO, Luiz. “Entrevista exclusiva com Luiz Ruffato”. Blog da Beleza, 27 abr
2008. Entrevista concedida a Rinaldo de Fernandes. Disponível em
<https://goo.gl/Mnm0OA>. Acesso em 25 mar 2015.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1
BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. Trad. Antonio da Costa Leal e Lídia
do Vale Santos Leal. Disponível em: bibliotecadafilo.files.wordpress.com. Aces-
sado em 23 de ago. de 2017, p. 18.
2 BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. Trad. Antonio da Costa Leal e Lídia
3 ONDJAKI. “Palavras para o velho abacateiro” In: Os da minha rua. Caminho. Al-
fragide: Editorial Caminho, 2012. p. 131.
4 Ibidem, p.132.
5 Ibidem, p. 131.
6 Ibidem, p. 138-139.
7 ONDJAKI. “Palavras para o velho abacateiro” In: Os da minha rua. Caminho. Al-
fragide: Editorial Caminho, 2012. p. 136.
8Ibidem, p. 136.
9NORA, Pierre. Entre história e memória: a problemática dos lugares. Trad. Yara
Aun Khoury. São Paulo: PUC, 1993. p. 21-22.
10ONDJAKI. “Palavras para o velho abacateiro” In: Os da minha rua. Caminho. Al-
fragide: Editorial Caminho, 2012. p. 139.
11 Cf. BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. Trad. Antonio da Costa Leal e Lí-
dia do Vale Santos Leal. Disponível em: bibliotecadafilo.files.wordpress.com.
Acessado em 23 de ago. de 2017, p. 18.
12 ONDJAKI. “Palavras para o velho abacateiro” In: Os da minha rua. Caminho. Al-
13Ibidem, p. 140.
14ONDJAKI. “Palavras para o velho abacateiro” In: Os da minha rua. Caminho. Al-
fragide: Editorial Caminho, 2012. p. 140.
REFERÊNCIAS
1
Nos primórdios da fatografia, o processo desenvolvido por William Henry Fox
Talbot, concorrente do Daquerriotipo, em 1841, era chamado – pelo seu inventor
– de umbrografia, ficando conhecido, alguns anos depois, como Calotipia ou
Talbotipia. No entanto, ainda que tenhamos feito esse empréstimo de Talbot,
quando utilizamos “umbrografia” não nos referimos especificamente à invenção
do cientista inglês, mas a uma “escrita das sombras” que acompanharia toda e
qualquer “escrita da luz”, ou seja, toda fotografia. Dessa forma, a palavra se liga
ao vocábulo latino UMBRA, AE (f), que poderia ser traduzido, segundo o Dicolatin
(Dictionnaire Latin-Français), como “fantôme” (fantasma), “spectre” (espectro),
ombre (sombra).
2 O fantastópio foi inventado pelo físico belga Étienne-Gaspard Robert (1763-
II
III
IV
VI
VII
REFERÊNCIAS
Primárias:
Sun On The Pool Los Angeles (1982) | Composite polaroid, 34 3/4 x 36 1/4 in.
II
1
Pensando na organização do texto, a partir daqui, as citações retiradas do
romance analisado serão referenciadas apenas pelas páginas. Todas elas foram
extraídas da seguinte versão da obra: RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio de
Janeiro: Record, 1996.
III
CORRÊA, Ana Laura dos Reis. A duas faces das medalhas: dialética
aparência e essência em “Teoria do medalhão” e “O emplasto”. O
eixo e a roda, Belo Horizonte, v. 24, n. 2, p. 31-47, 2015.
COUTO, Mia. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra. São
Paulo: Companhia das Letras, 2003.
Referências Eletrônicas
http://www.portaldogoverno.gov.mz
http://pensador.uol.com.br/autor/mia_couto/biografia/
A ARIDEZ DE TANTOS
1
Esse título faz mençao ao penultimo capítulo do romance, denominado O mundo
coberto de penas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1
HOUAISS, Antonio; VILAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua
Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004, p. 2471.
3As opiniões políticas deste artigo são de responsabilidade única do seu autor, e
não representam, obrigatoriamente, as crenças dos organizadores e demais
colaboradores da obra.
Ou ainda:
6 RIBEIRO, Bernardim. Menina e Moça. Estarreja: Mel Editores, 2009, pp. 45-46.
E ainda:
11O tema da autoria deste texto, atualmente, é um dos focos de pesquisa em que
se debruça o historiador Yllan de Mattos, que tem apresentado trabalhos e
conferências, no Brasil e no exterior, sobre o assunto, e que em breve publicará
alguns resultados destas investigações.
12FREIRE, Pedro Lupina. Notícias Recô nditas do Modo de Proceder da Inquisiç ão
com os seus Presos. In: CIDADE, Hernani e SERGIO, Antonio (orgs.). Obras
Escolhidas: Padre Antonio Vieira. Coleç ao de Classicos Sa da Costa. vol. IV, obras
varias II. Lisboa: Livraria Sa da Costa, 1951-54, pp. 139-244 (as citações
correspondem às páginas 162 e 210, respectivamente). Apud SILVA, Maria
Carolina Scudeler. “O Tribunal do Santo Ofício e a busca pela uniformidade da fé”.
In: Anais do Simposio Internacional de Estudos Inquisitoriais. Salvador, agosto
de 2011, p. 11.
14CASTRO, António Serrão de. Os ratos da Inquisição. Lisboa: Frenesi, 2004, pp.
114-115.
16Padre António Vieira. “Proposta que se fez ao Sereníssimo rei Dom João IV a
favor da Gente da Nação, pelo Padre António Vieira, sobre a mudança dos estilos
do Santo Ofício e do fisco. 1646. In: FRANCO, José Eduardo & CALAFATE, Pedro
(dir). Padre António Vieira. Escritos sobre os judeus e a Inquisição. Lisboa: Temas
e Debates, 2015, pp. 56-57.
18QUENTAL, Antero de. Causas da decadência dos povos peninsulares nos últimos
três séculos. Discurso proferido no Casino Lisbonense, em 27 de Maio de 1871.
*****
Têm sido tempos difíceis... As violências dos acontecimentos
atuais – políticas, simbólicas, sociais – vez por outra nos
surpreendem com perdas, totalmente inesperadas – faz parte do
jogo, sabemos bem. Uma delas foi a de Ailton Pereira Rocha. Ailton
foi professor de inglês na Universidade Federal Fluminense. Mas o
conheci para além disso. Tive a alegria de demoradíssimas
conversas, em que se falava de tudo, regadas ao bom rock and roll,
que conhecia profundamente. Foi ele que me fez conhecer melhor
os Beatles – e isso, por si só, não é pouca coisa... Foi ele um dos que
despertou em mim certo interesse por pesquisa em História, e
acabou sendo um dos responsáveis por eu seguir os caminhos que
segui. Algumas vezes falou abertamente das minhas conquistas,
com orgulho. Gostava de comentar as minhas viagens pelo mundo.
Gostava de História, mas era também expert em textos literários.
Esse artigo tem um pouco de cada, a celebrar este nosso convívio, e
também tem muito da amizade que cultivamos por bem mais de
vinte anos. Nada mais justo que dedicar estas páginas a ele.
ROSIE MEHOUDAR
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