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A inclusão social pode ser entendida como ações e medidas que buscam

pela participação ativa de todos nos mais diversos âmbitos da sociedade.


Dessa forma, o sentimento de pertencimento é desenvolvido e há a integração de todos
dentro de uma comunidade.

Isso significa que o ato de incluir socialmente tem o objetivo de possibilitar que as
pessoas marginalizadas e excluídas, como as pessoas com deficiência, tenham acesso à
vida social, econômica e política e desfrutem dos seus direitos.
Segundo o pesquisador Romeu Sassaki, a inclusão social:

“constitui, então, um processo bilateral (que tem dois lados), no qual as pessoas,
ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas,
decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos”.
Nesse sentido, após a promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos
(1948), a inclusão social ganhou força como um meio para se alcançar a igualdade e o
bem-estar de todos. Como consequência, medidas que buscavam pela proteção das
pessoas com deficiência começaram a ser intensificadas no mundo.
Isso ocorreu principalmente após a década de 1970, que, como vimos em nosso texto
sobre a história dos direitos das pessoas com deficiência, é quando o entendimento
social da deficiência surge e começa a ganhar relevância no cenário internacional.
Assim, novas legislações internacionais são formuladas, com base na compreensão de
que a deficiência deve ser tratada como um problema social, e não individual, em que a
sociedade deve se adequar e construir mecanismos de inclusão total dessas pessoas.

A preocupação com as pessoas com deficiência é pauta da Organização das Nações


Unidas (ONU) desde a década de 50.
Um exemplo foi a aprovação pela Organização Internacional do Trabalho da Convenção
nº 111, em 1958, dispondo sobre a eliminação de qualquer discriminação em matéria de
emprego para todo e qualquer ser humano.
Assim, na década de 70 houve o reconhecimento efetivo dos direitos das pessoas com
deficiência, com a publicação da Declaração dos Direitos das Pessoas com Deficiência
Mental, em 1971, e da Declaração dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência,
em 1975.
Mas, são os documentos internacionais elaborados a partir da década de 1990 que
incorporam a noção contemporânea de inclusão, comentada anteriormente. Uma das
primeiras normas nesse sentido foi a Convenção nº 159 da Organização Internacional do
Trabalho (OIT).
Ela foi elaborada em 1991 na Conferência Geral da OIT, tendo como objetivo
estabelecer regulamentos para a inclusão das pessoas com deficiência no ambiente de
trabalho no mundo.

importância da inclusão social está justamente no combate à segregação social e na


busca por proporcionar o livre e democrático acesso aos espaços e serviços de uma
sociedade para toda e qualquer pessoa.

Mais uma vez, é importante ressaltar que a implementação da inclusão social das
pessoas com deficiência implica em modificar os ambientes sociais para atender às
necessidades dessas pessoas.
Isso porque a sua exclusão leva a processo de degradação individual e social, no qual os
progressos e desenvolvimentos ficam impossibilitados, não só das PcD, mas da
sociedade como um todo.

Os documentos internacionais existentes hoje surgiram justamente com a intenção de


garantir que essa segregação não ocorra, exigindo dos países que trabalhem para a
integração socioeconômica e política das pessoas com deficiência.

Nesse sentido, os direitos das pessoas com deficiência devem ser garantidos
internamente nas nações a partir de legislações nacionais e políticas públicas que visem
a proteção dessas pessoas.

No caso do Brasil, esses direitos são previstos em uma série de dispositivos legais e é
sobre isso que vamos falar no nosso próximo texto, em que vamos abordar sobre quais
os direitos das pessoas com deficiência no Brasil. Então, continue acompanhando o
projeto!

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