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EDUCAÇÃO NA PRÉ-HISTÓRIA E NA ANTIGUIDADE

ORIENTAL
Rosimar Serena Siqueira Esquinsani
https://ww
w.stoodi.co
m.br/resum
os/historia/
linha-do-
tempo/
A Pré-História é o período anterior ao
aparecimento da escrita, por volta de 4000
a.C. Seu estudo depende da análise de
documentos não-escritos, como restos de armas,
utensílios, pinturas, desenhos (ARRUDA;
PILETTI, 1995, p. 11).
Capturado do site:
https://g1.globo.com/cie
ncia-e-
saude/noticia/2020/11/
05/mulheres-cacadoras-
eram-comuns-e-podem-
ter-dividido-funcao-com-
homens-na-pre-historia-
das-americas-aponta-
pesquisa.ghtml
Capturado do site:
https://mundoeduca
cao.uol.com.br/histor
iageral/prehistoria.ht
m
https://www.tediad
o.com.br/08/11-
animacoes-que-
escondem-muitas-
surpresas/
Divisão da Pré-História:

●Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada (500.000 a 18.000 a.


C.)
●Mesolítico ou Idade da Pedra Intermediária (20.000 a

10.000 a. C.)
●Neolítico ou Idade da Pedra Polida (10.000 a 6.000 a. C.)

●Idade dos Metais (5000 a 4000 a. C.)


Na Pré-história, todos os fenômenos da natureza eram atribuídos
aos deuses, logo, a verdade era sobrenatural, revelada por
inspiração divina. O acesso à verdade era desencadeado por
meio de ritos ordenados por alguns poucos iniciados. A
população e eles mesmos acreditavam que tinham o poder de
contato com os deuses. Este período caracteriza-se [pelas
lendas e narrativas fantásticas], o que acaba se refletindo na
proposição do conhecimento (BREREMS; OLIARI, 2007)
O aperfeiçoamento das ferramentas, a adoção da caça
organizada e as práticas de reunião, o início da verdadeira
organização familiar, a descoberta do fogo e, o mais
importante, embora seja ainda muito difícil identificá-la em
detalhe, o apoio cada vez maior sobre os sistemas de
símbolos significantes (linguagem, arte, mito, ritual) para a
orientação, a comunicação e o autocontrole, tudo isso criou
para o homem um novo ambiente ao qual ele foi obrigado a
adaptar-se (GEERTZ, 2008, p. 34-35).
A EDUCAÇÃO
NA PRÉ-
HISTÓRIA
“Educação é tudo
aquilo que nos
molda, nos orienta,
nos organiza em
nossa trajetória, o
que inclui [mas
EDUCAÇÃO não se restringe]
ESCOLARIZAÇÃO
também a escola”
(CORTELLA,
2015, p.17).
A educação nas civilizações primitivas é dividida em dois gêneros:
educação para a sobrevivência: conhecimentos reais úteis à garantia da
sobrevivência humana: preparo do alimento, técnicas de caça, confecção do
vestuário, construção de abrigo e armas. Educação para o mistério (magia):
fenômenos naturais de origem desconhecida - como não tinha respostas
para os fenômenos da natureza que ocorriam ao seu redor, o homem se
lança às atividades de FÉ. Desenvolveu uma coleção de teorias mágicas e
religiosas para explicar tais “mistérios” (KRAUS, 2010).
Desde que a linguagem surgiu, a educação ajuda o homem a
garantir a sobrevivência. Ela permite que as habilidades e os
conhecimentos adquiridos com a experiência sejam
repassados para as gerações seguintes. Mas, por muitos
séculos, não existiam professores, e todos os adultos
transmitiam informações aos jovens. Isso acontecia de forma
oral e espontânea. (LOMBARDO, 2008).
A educação na pré-história é uma educação informal,
difusa, natural e espontânea:
Uma educação natural, espontânea, inconsciente,
adquirida na convivência de pais e filhos adultos e
menores. Sob a influência ou direção dos maiores, o ser
juvenil aprendia as técnicas elementares necessárias à
vida: caça, pesca, pastoreio, agricultura e fainas
domésticas. (Luzuriaga, 2001)
[...] as crianças acompanhavam os adultos em todos os seus trabalhos, ajudavam-nos na
medida das suas forças e, como recompensa, recebiam a sua porção de alimentos como
qualquer outro membro da comunidade. A sua educação não estava confiada a ninguém em
especial, e sim à vigilância difusa do ambiente. Mercê de uma insensível e espontânea
assimilação do seu meio ambiente, a criança ia pouco a pouco se amoldando aos padrões
reverenciados pelo grupo. A convivência diária que mantinha com os adultos a introduzia nas
crenças e nas práticas que o seu grupo social tinha por melhores. Presa às costas da sua mãe,
metida dentro de um saco, a criança percebia a vida da sociedade que a cercava e
compartilhava dela, ajustando-se ao seu ritmo e às suas normas [...], a criança adquiria a sua
primeira educação sem que ninguém a dirigisse expressamente. [..] nas comunidades
primitivas, o ensino era para a vida e por meio da vida; para manejar o arco, a criança caçava;
para aprender a guiar um barco, navegava. As crianças se educavam tomando parte nas
funções da coletividade. (PONCE, 1989, p.19)
Antiguidade Oriental
Educação tradicionalista

“Pensar o passado […] não é exercício de saudosismo, curiosidade ou


erudição: o passado não está morto porque nele se fundem as raízes
do presente” (ARANHA, 2006)

Baseado em: ARANHA, Maria Lúcia A. História da Educação e da Pedagogia – Geral


e do Brasil. 3.ed. São Paulo: Moderna, 2006. 384p
Capturado do site: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-
noticias/2018/09/24/brasil-nao-e-pais-ocidental.htm
https://historiagam.wordpr
ess.com/2013/06/03/antigu
idade-oriental/
Capturado
do site:
https://incri
velhistoria.c
om.br/civiliz
acoes-
antiguidade-
oriental/
https://www.uol.com.br/nossa/noticias/afp/2022/11/02/de-uganda-ao-
egito-o-majestoso-nilo-corre-para-seu-declinio.htm
CARACTERÍSTICAS COMUNS:

● Governos despóticos de caráter teocrático - o poder absoluto


do monarca (rei, imperador, faraó...) se sustenta na crença
em sua origem divina;
● A invenção da escrita associada ao estado, pois a máquina

estatal necessita de uma classe especial de funcionários


capacitados para exerce as funções administrativas e legais
cujo registro é essencial.
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com/photo/2014/0
8/28/14/55/hierogl
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g

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CARACTERÍSTICAS COMUNS:
• SOCIEDADES HIDRÁULICAS - REGADIO (precisavam de rios para seus
desenvolvimentos/ recursos hidráulicos para agricultura que era sua SUBSISTÊNCIA).
• PROPRIEDADE ESTATAL DA TERRA (não coletiva).
• SOCIEDADE ESTAMENTAL - SEM MOBILIDADE SOCIAL Critério de nascimento =
HEREDITARIEDADE

Religião:
• POLITEÍSMO (vários deuses).
• ANTROPOZOOMORFISMO (Deuses que apresentavam formas
• antropozoomórficas).
• CRENÇA NA VIDA APÓS A MORTE

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Não existem propostas propriamente pedagógicas. As preocupações
com a educação transpassam os livros sagrados que oferecem
regras ideais de conduta e orientação para o enquadramento das
pessoas nos rígidos sistemas religiosos e morais.

Objetivo: transmitir os costumes de forma duradoura e evitar a


transgressão das normas.
Livros Sagrados:
•Torá, a Escrita Sagrada do Judaísmo. ...
•A Bíblia, o Grande Livro do Cristianismo. ...
•Alcorão, o Livro Sagrado do Islamismo. ...
•Mahabharata, o Grande Épico do Hinduísmo. ...
•Dhammapada, os Provérbios de Siddharta Gautama
“Do ponto de vista da educação - por serem sociedades de
forte teor religioso -, o que há de comum em todas elas é o
seu caráter estático ou de muito lenta mutação. Devido à
complexidade delas, a educação exigiu a criação de escolas,
apesar de restrita a poucos e muito tradicionalistas” (ARANHA,
2006, p 41-42).
"(...) As sociedades tradicionalistas, por serem conservadoras,
pretendem perpetuar os costumes e evitar a transgressão das normas
(...)". (ARANHA, 2006, p. 33).

"Enquanto nas sociedades tribais o saber é


difuso, acessível a qualquer membro, nas civilizações orientais, ao se
criarem segmentos privilegiados, a população, composta por lavradores,
comerciantes e artesãos, não tem direitos políticos nem acesso ao
saber da classe dominante". (ARANHA, 2006, p.33)
Nas civilizações orientais o conhecimento deixa de ser
difuso...

Segmentos privilegiados...

Exclui-se a população formada por lavradores,


comerciantes e artesãos do acesso ao saber das
classes dominantes.
REFERÊNCIAS:

ARRUDA, J.J.; PILETTI, N. Toda a história: história geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 1995.
BEHRENS; Marilda Aparecida; OLIARI, Anadir Luiza Thomé. A evolução dos paradigmas na educação: do
pensamento científico tradicional a complexidade. Diálogo Educacional, Curitiba, v. 7, n. 22, p. 53-66, set./dez. 2007
BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História das cavernas ao terceiro milênio. 2. ed. São Paulo:
Moderna, 2010.
CORTELLA, MÁRIO SERGIO. Pensar nos faz bem!: 1. Filosofia, religião, ciência e educação. 5ª Ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2015.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
LOMBARDO, Lívia. Como fazíamos sem educação. 2008. Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.
KRAUSS, Heleneida. Um pouco de mim: educação na Pré-História. Rio de Janeiro: 2010. Disponível em:
<http://kraussofia.blogspot.com/2010/02/educacao-na-pre-historia.html>. Acesso em: 26 fev. 2021.

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