Você está na página 1de 9

ESTÁCIO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA

OS EFEITOS DA OZONIOTERAPIA NO PROCESSO DE EMAGRECIMENTO

Alzenir Gomes de Oliveira – 202008596981 – 9013

Dayana Aparecida Theodoro Mota – 202008558352 – 9013

Denize Melo Da Silva – 202003264423 – 9013

Monique Hellen Marcondes De Almeida – 202008404584 – 9013

Orientador: Elaine Souza

Porto Velho - RO
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................3

2. OBJETIVOS GERAIS.............................................................................................................................6

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................................................6

3. METODOLOGIA.....................................................................................................................................7

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................................8

2
1. INTRODUÇÃO

A obesidade é uma patologia caracterizada pelo armazenamento excessivo de


gordura corporal em níveis que comprometem a saúde do sujeito, causando
consequências como alterações metabólicas, problemas respiratórios e deterioração
do aparelho locomotor. Além de servir como elemento de perigo para doenças como
dislipidemia, patologias cardiovasculares, diabetes tipo II e diversos tipos de câncer
(Wanderley, 2010). Pode-se observar que a prevalência da obesidade cresceu
desmedidamente e representa um dos mais importantes desafios de saúde pública, a
ser combatidos, deste século.

“O diagnóstico da obesidade é realizado a partir do parâmetro estipulado pela


Organização Mundial de Saúde, através do índice de massa corporal (IMC), obtido a
partir da relação entre peso corpóreo e estatura dos indivíduos”. Sendo assim, os
indivíduos cujo o IMC se encontra em um nível igual ou superior a 30 kg/m, são
considerados obesos (Wanderley, 2010).

Em estudos recentes o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),


apresentou dados alarmantes sobre a obesidade entre adultos. “A proporção de obesos
na população com 20 anos ou mais de idade mais que dobrou no país entre 2003 e
2019, passando de 12,2% para 26,8%. Nesse período, a obesidade feminina subiu de
14,5% para 30,2%, enquanto a obesidade masculina passou de 9,6% para 22,8%”
(Campos, 2020). Segundo apontado, seguindo a linha apresentada, a tendência para
os próximos anos é apenas de se agravar o quadro vigente.

A incessante busca por maneiras eficazes e seguras de perder gordura corporal


emergiu como uma das pautas mais urgentes em meio a sociedade contemporânea.
Apesar da utilização de dietas, práticas esportivas, musculação e atividades físicas
continuarem sendo a base para o tratamento da obesidade, tais abordagens são por
diversas vezes insuficientes quando pensadas em alcançar resultados significativos a
longo prazo (Fontes, 2013). Mesmo com esforços contínuos para combater este
problema de saúde global a obtenção e a manutenção de uma perda de peso saudável
ainda representam um desafio significativo para muitas pessoas. Isso levanta a
necessidade de explorar alternativas terapêuticas que possam complementar ou
melhorar os métodos convencionais (Pires, 2023).

Entre os tratamentos que têm despertado interesse nos últimos anos, a


ozonioterapia surgiu como uma alternativa viável, levantando questões e perspectivas
interessantes quanto ao seu potencial impacto no processo de perda de peso,
oferecendo uma nova perspectiva no tratamento da obesidade e do excesso de peso.
Que além de apresentar benefícios com relação a ajuda no processo de
emagrecimento, tem se mostrado positivo no que diz respeito aos tipos de reações que
a utilização do mesmo pode desencadear no indivíduo (Antunes, 2021).

A ozonioterapia é um tratamento terapêutico que utiliza o ozônio medicinal, um


gás incolor com odor característico. Sua meia vida varia com a temperatura, sendo de
40 minutos a 20 °C e cerca de 140 minutos a 0 °C, tornando o armazenamento
3
impraticável e aconselhando o uso imediato. O ozônio age de forma semelhante a uma
molécula complexa, ativando cascatas bioquímicas e interagindo com várias
substâncias, como lipoproteínas, fosfolipídios, envelopes celulares bacterianos e
capsídeos virais (Gambôa, 2023).

O ozônio (O3) originalmente era produzido por um dispositivo que liberava


átomos de oxigênio, gerando altas frequências. Durante a primeira guerra mundial,
por volta de 1914, o O 3 passou a ser empregado para fins terapêuticos, embora
somente em 1975 tenha começado a ser utilizado com essa finalidade no Brasil. A
descoberta do potencial terapêutico do ozônio medicinal desencadeou uma série de
estudos e experimentos que confirmaram suas propriedades oxidantes e
desinfetantes. Consequentemente, o ozônio se tornou reconhecido como um agente
bactericida, fungicida e virucida, além de possuir atributos anti-inflamatórios,
analgésicos e antissépticos, tornando-o uma escolha valiosa para tratamentos. Ele
demonstrou eficácia no tratamento de condições como cicatrização complicada de
feridas, furúnculos, rachaduras, diabetes, infecções virais/bacterianas e úlceras
diabéticas (Baeza et al., 2015).

Os benefícios terapêuticos do ozônio já foram comprovados há muito tempo em


todo o mundo, mas a sua utilização em tratamentos de beleza só começou em 2000.
Durante esse período, por meio de pesquisas e aplicações, descobriu-se que esse gás
melhorava a circulação sanguínea e também estimulava a mesma, além de oxigenar os
tecidos. Nos procedimentos estéticos, ajudava a combater celulites, estrias, acnes,
manchas na pele, flacidez e até mesmo a emagrecer. Foi constatado que O3 é um
agente anti-inflamatório que reduz o estresse oxidativo e a inflamação no corpo
humano. Ao eliminar toxinas, acelera o processo de emagrecimento, além de atuar
como destruidor das células de gordura (Bessa, 2019).

No processo de perca de gordura corporal, o ozônio atua no metabolismo,


estimulando a lipólise e convertendo gorduras insaturadas em compostos
hidrossolúveis. Além disso, desempenha um papel no metabolismo das proteínas
graças à sua afinidade pelos grupos sulfidrilas, reagindo com aminoácidos
fundamentais como a metionina, o triptofano e a cisteína, que contêm enxofre. Foi
constatado que a glicólise aumenta, elevando a disponibilidade de trifosfato de
adenosina (ATP) nas células e, portanto, nos tecidos, principalmente no sistema
nervoso. (Dias e Jurado, 2021, p. 2).

A ozonioterapia é uma prática acessível em termos de custo e considerada


segura. Suas vias de aplicação podem gerar efeitos locais, regionais e/ou sistêmicos.
As formas de administração incluem "via intramuscular (IM), subcutânea (SC),
intradiscal, intracavitária (espaços peritoneal e pleural), intravaginal, intrauretral, vesical
e auto-hemoterapia ozonizada", que tendem a produzir efeitos principalmente locais e
regionais, enquanto as administrações venosas e retais são predominantemente
sistêmicas (Matos, 2022).

Outro aspecto relevante da ozonioterapia é a sua segurança e baixa incidência


de efeitos colaterais. Ao contrário de muitos outros tratamentos para o excesso de
4
gordura corporal, não envolve o uso de medicamentos, evitando assim os riscos
associados a reações adversas e dependência. Além disso, o tratamento é
minimamente invasivo e indolor, tornando-o adequado para uma ampla gama de
pacientes, inclusive aqueles que não responderam bem a outros tratamentos
tradicionais (Pinheiro, 2023).

A relevância deste estudo se torna ainda mais evidente em um momento em que


pessoas em busca da perda de peso continuam a explorar dietas extremamente
restritivas, suplementos questionáveis e procedimentos cirúrgicos de alto risco. Diante
do comprovado êxito da terapia com ozônio em termos de eficácia e segurança, ela
pode representar uma alternativa mais acessível e menos invasiva para aqueles que
enfrentam desafios significativos no controle do peso (Comelli, 2022).

A obesidade não apenas afeta a saúde física, mas também tem implicações
profundas na qualidade de vida e na saúde mental dos indivíduos (Florido, 2019). A
mesma representa um dos desafios mais prementes da saúde pública na sociedade
contemporânea, como evidenciado pelo alarmante aumento nas taxas de obesidade ao
longo dos anos. Essa tendência é preocupante e requer uma investigação rigorosa e a
busca por soluções eficazes. Portanto, este artigo se propõe a explorar uma alternativa
terapêutica em ascensão, a ozonioterapia, e seu potencial impacto no processo de
perda de peso, oferecendo uma nova perspectiva no tratamento da obesidade e do
excesso de peso.

À medida que a obesidade continua a representar um desafio persistente, é


imperativo considerar abordagens inovadoras e seguras para auxiliar na perda de
gordura corporal. A ozonioterapia surgiu como uma opção intrigante, demonstrando
benefícios além de sua aplicação tradicional. Este estudo busca investigar a relevância
da ozonioterapia como uma terapia auxiliar para o tratamento da obesidade,
destacando sua acessibilidade, segurança e eficácia potencial, em contraste com as
abordagens convencionais que muitas vezes se mostram insuficientes a longo prazo.

5
2. OBJETIVO GERAL

Investigar a relevância da ozonioterapia como terapia auxiliar para o tratamento


da obesidade, avaliando sua eficácia, segurança e impacto no processo de perda de
gordura corporal.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Revisar a literatura sobre ozonioterapia e emagrecimento;


 Investigar os mecanismos de ação da ozonioterapia na perda de gordura;
 Analisar estudos clínicos relacionados à ozonioterapia e emagrecimento;
 Avaliar a segurança da ozonioterapia como tratamento complementar para o
emagrecimento;
 Comparar a ozonioterapia com métodos tradicionais de emagrecimento;
 Sintetizar conclusões e implicações da ozonioterapia no contexto do
emagrecimento.

6
3. METODOLOGIA

O estudo centra-se numa revisão de literatura desenvolvida a partir de uma


leitura de artigos científicos relevantes para o tema em discussão. Em termos de
procedimentos metodológicos do tipo pesquisa exploratória, utilizou-se a investigação
bibliográfica. As principais bases de dados são: Google Acadêmico e SciElo.

Sendo os critérios de inclusão usados e que estão dentro do desígnio deste


trabalho: artigos publicados no período de janeiro de 2010 até setembro de 2023; que
estejam pautados com o tema, descritos nos idiomas português e inglês cujos
desígnios permaneçam abrangidos com conteúdos relevantes para responder e
consentir o desenvolvimento da presente pesquisa. As palavras-chave são:
“Ozonioterapia”, “Obesidade”, “Ozônio” e “Emagrecimento”. Já os critérios de exclusão
optados foram: artigos com finalidades distintas e não pautados à ozonioterapia e
emagrecimento, artigos de acesso restritos e aqueles que não tinha qualquer das
palavras-chave mencionadas acima.

Com base na pesquisa realizada na base de dados, foram encontrados 20


artigos que abordavam direta ou indiretamente esse tema. Destes, foram utilizados
apenas 13 artigos que apresentavam os efeitos da ozonioterapia no processo de
emagrecimento, após aplicação de filtros que se enquadrassem nos critérios de
inclusão. Dessa forma, foram descartados 7 artigos que não forneceram subsídios e
atendiam ao escopo selecionado deste estudo.

7
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Kawane De Lima et al. Aplicação da ozonioterapia em adiposidade abdominal:


estudo de caso. 2021. Acesso em: 10 out. 2023.

BAEZA, J. et al. WFOTs review on evidence based ozone therapy. World Federation of Ozone
Therapy, v. 116, 2015. Acesso em: 5 set. 2023.

BESSA, Vicente Alberto Lima. A proficuidade da alta frequência nos tratamentos estéticos e
terapêuticos. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano, v. 4, p. 116-
139, 2019. Acesso em: 2 set. 2023.

CAMPOS, Ana Cristina. IBGE: obesidade mais do que dobra na população com mais de 20
anos . 2020. Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-10/ibge-
obesidade-mais-do-que-dobra-na-populacao-com-mais-de-20-anos> . Acesso em: 10 out. 2023.

COMELLI, Pollyanna. Adesão a dietas da moda por mulheres adultas. 2022.

DIAS, Isabelly Freitas; JURADO, Sonia Regina. Efeitos da ozonioterapia no tratamento de


adiposidades: uma revisão integrativa. Global Academic Nursing Journal, v. 2, n. 2, p. e144-
e144, 2021. Acesso em: 1 set. 2023.

FLORIDO, Lucas Moreira et al. Combate à obesidade: estratégias comportamentais e


alimentares. Cadernos da Medicina-UNIFESO, v. 2, n. 2, 2019.

FORTES, Milena de Oliveira. Efetividade de uma intervenção escolar para promoção de


atividade física e saúde. 2013. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pelotas.
Acesso em: 6 out. 2023.

GAMBÔA, Rafael Fernandes; DOS SANTOS, José Ailton. USO DA OZÔNIOTERAPIA NA


ESTÉTICA. RECIMA21-Revista Científica Multidisciplinar-ISSN 2675-6218, v. 4, n. 5, p.
e453277-e453277, 2023. Acesso em: 5 set. 2023.

MATOS, Daniel Colaciti. OZONIOTERAPIA EM SAÚDE: REVISÃO DE LITERATURA.


Centro Universitário Sagrado Coração. 2022. Acesso em: 2 set. 2023.

PINHEIRO, Bruna Maia et al. Ozonioterapia: alternativa para tratamento de dor e


emagrecimento. Revista Científica de Estética e Cosmetologia, v. 3, n. 1, p. E1182023-1-3,
2023. Acesso em: 10 set. 2023.

PIRES, Helena Maria Soares Teixeira. Pluralidade de itinerários terapêuticos na gestão da


obesidade. 2023. Acesso em: 6 out. 2023.

WANDERLEY, Emanuela Nogueira; FERREIRA, Vanessa Alves. Obesidade: uma perspectiva


plural. Ciência & saúde coletiva, v. 15, p. 185-194, 2010. Acesso em: 7 set. 2023.

8
9

Você também pode gostar