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A Linguagem da
Encenação Teatral
Tradução e Apresentação de
Yan Michalski
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20 A linguagem da encenação teatral
"
4. Cabe especificar que as coreografias de Loíe Fuller baseavam-se num código gestual
ampliado, "poetizado" pela utilização de imensos panos de gaze presos a bastões de madeira,
que a dançarina manipulava com habilidade.
5. Na década de 1970, Gérard Gélas e o seu grupo Chêne Noir procuraram pôr em prática,
com bastante talento, uma teoria da iluminação diretarnente herdada de Artaud, O fato de esse
trabalho ter causado sensação confirma, mais uma vez, a lentidão com que as experiências
inovadoras costumam impor-se no teatro.
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8. Antoine redigiu cinco livretos que destinava ao seu público. É no terceiro, datado de maio
de 1890 e intitulado Le théâtre libre, que ele reúne o essencial das suas idéias sobre a encenação
e a representação.
9. Não se deve considerar aqui este último termo no sentido muito especial - a ser
comentado mais adiante - em que Craig e, mais tarde, Vilar o empregaram; e sim no seu
significado habitualmente aceito: "aquele que organiza materialmente o espetáculo" (Dicioná-
rio Roberã.
10. Toda a recente história da encenação contém, através de grande diversificação de
experiências, a mesma rejeição, mais ou menos radical, da figuração mimética preconizada
pelos naturalistas e seus discípulos.
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13. "É preciso que o lugar do pano de boca seja uma quarta parede transparente para o público,
opaca para o ator", escreveu Jean Jullien em Le théâtre vivant, p.II. Esta e a formulação mais
concisa que se possa dar a essa teoria.
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14. Já em 1893 Maeterlinck, para a criação de Peléias e Melisanda, pedia ao encenador Lugné-Poe
que os figurinos se inspirassem nos quadros de Memling. E, de modo geral, no contare com
os espetáculos simbolistas o público teve a sensação de estar assistindo ao surgimento de uma
arte cênica completamente renovada através da simbiose com a pintura.
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15. Em "De la décoration au théâtre", publicado em LaPlumede lºde fevereiro de 1892 (citado
por Denis Bablet em Le décor detheâtre de 1870 à 1914, p. 150-151).
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18. Três personagens estão em cena quando o pano abre: Günther, o rei dos Gibichungs, sua
irmã Gutrune, e Hagen, meio-irmão dos dois.
19. Claude Lust, op. cit., p.III.
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20. De l'inutilité du théâtre au théâtre (Oe:; LI. Paris, Gallimard, "Pléiade", p.407.
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Tal prática, cuja origem poderia ser procurada num campo próximo
de certas formas de espetáculo que fazem alarde do seu caráter lúdico
- commedia dell'arte, pantomima, brincadeiras dos palhaços - vai
difundir-se dentro de encenações as mais diversificadas quanto à ideo-
logia e à estética. Claudel não se cansará de preconizá-la. A propósito
da sua encenação de Cristóvão Colombo, Jean-Louis Barrault escreve:
21. "Jarry ou la nouveauté absolue", na revista Théâtre Populaire de 1Jl de setembro de 1956, p.
88-94.
22. Em L'Excelsiorde 4 de novembro de 1921.
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26. La jeuneBelgique, p.331, citado por Jacques Robichez, em Lesymbolisme au théâtre, p.83.
27. Reunidos num livro intitulado Crayonné au théâtre (O. C, Paris, Gallimard, "Pléiade", p.
293ss.).
28. O teatro eseu duplo, capítulo intitulado "Acabar com as obras-primas".