A Lei da Boa Razão foi um diploma legislativo promulgado em 1769 no âmbito
das Reformas Pombalinas em Portugal. Ela teve um impacto significativo na prática
do Direito no país. Vamos explorar os principais pontos dessa lei: 1. Preceito Racional de Validação das Leis: A Lei da Boa Razão estabelecia que apenas seriam aceitáveis os diplomas (passados, futuros ou adotados de outras nações) que não colidissem com os princípios da razão humana. Em outras palavras, as leis deveriam ser compatíveis com a boa razão. 2. Preponderância do Direito Nacional: A lei dava preponderância ao Direito nacional sobre o romano e o canônico. Esses últimos ficavam confinados aos casos omissos no Direito nacional. 3. Costume como Fonte Subsidiária: O costume também era considerado uma fonte subsidiária do Direito, desde que não entrasse em contradição com os princípios da boa razão e do Direito nacional. Essa lei refletia o espírito iluminista da época e teve um impacto profundo no sistema jurídico português. Ela sujeitava a validade das leis a critérios racionais e fundamentais, buscando harmonizar o Direito com os princípios essenciais do direito natural e das gentes.