O uno não existe, mas, existe também, quando algo se faz a
todo ele não é particular em nada. Logo, não se tem como se
"aproxima" particularmente do uno, tão pouco se afastar. A natureza dele sendo tudo acaba que ele não se tem um "ser" conhecido, ele é a própria potência de existência, logo, a ele tudo vem e a ele tudo volta, pois, ele é o todo, ele é e não é consciente, é o tudo e é o nada, ele é algo inalcançável e alcançável a todo momento.
o "ser" do uno existe apenas a priori, e não a posteriori, nada tem
influência do uno, o mal e bem são apenas desordem e ordem dentro da sua existência, no final, tudo se ordena pelo caos e tudo se adentra ao caos por conta da ordem, afinal, o caos não pertence ao "não ser", e logo, não existe sem o "ser" de algo, ambos são essenciais, pois, se tudo é ordem, nada é ordem, na realidade, eu diria que nem ordem existe, o que existe é a "harmonia" maior e menor, afinal, o caos maior não existe, pois, a realidade não existira, logo, há apenas a substancia, e não, o "reverso" dela, ou seja, o Caminho da mão esquerda não é oposta a mão direita, na real, é o real meio termo, o termo oposto seria a não existência total, e isso não existe, logo, o Caminho da mão esquerda é apenas uma parte que se casa entre Ordem e Caos, pois, não haveria ideia da Caminho da mão esquerda, tão pouco ritos, dogmas, estudos, conjuntura, união mínima, sem ordem, mesmo no mais extremo caos ainda há ordem, se não, não existiria, apenas comprovando minha tese que a base há de ser ordem/verdade/bem, para assim se sustentar.
Sendo assim, o UNO também seria ilógico, todavia, como havia
falado, chamamos de perfeito por ignorância aquilo que se há de mais elevado, e isso implica que, ele é mais elevado do que tudo que existe, e não, o mais elevado em todos os sentidos possível, mas, em tudo que é possível dele ser elevado, ele será. Numa analogia, de 1 a 10, sendo o 10 o número final, e mais perfeito (na analogia, para se entender), e sendo em outra ideia, o 11 possível acima de 10, mas, contraditório, o 10 apesar de não ser 100% perfeito, pois, seria ilógico e impossível (o 11 no caso), o 10 seria o mais próximo de perfeição total, pois, a perfeição total em si seria impossível e ilógica. Logo, em questão pragmática e em fenômeno para com a realidade enquanto interação de si, um 10 não total perfeito, mas, mais perfeito que tudo, e um 10 totais perfeito em tudo possível, teria o mesmo impacto e relevância para com a realidade.
Ou seja, algo existe, uma base de verdade há em tudo, não há a
mentira total, não há o "não ser" em natureza de nada, tudo se inicia em Uno e termina dele, não há tangivelmente ou abstratamente o bem e mal, apenas vontade e caminhos diferentes que resultam no mesmo ponto, não importa por onde você vá.
O caminho do meio não existe pois ele já em questão
"dicotômica", o Caminho da mão esquerda, e logo, há apenas 2 caminhos, o "meio termo" possível que é à esquerda, o direta total, e a tentativa de casar o "meio termo" do meio termo e do extremo divino (mão direita), nisso, quebrou qualquer paradigma de "opostos", o posto se dá por vontade, mas, o caminho final é o mesmo, logo, ambos apenas percorrem diferente.
O Caminho da mão esquerda tenta desviar do percurso da mão
direita, mas, acaba que por ir na mesma direção, mas por caminho posto, no final, resulta no mesmo. Claro, com isso não equivale as duas em atos ou moral (construto social), digo apenas que, ambas em sua natureza de divino e seu percurso final não se altera, o que muda é o caminho apenas, o caminho, claro, vai haver mais convenientes e até melhores em certos pontos.
A verdade é aquilo que sobra, quando não se há mais nada
possível de retirar e duvidar. Aquilo que, case se retirar, a potência de "Ser" para algo a posteriori é eliminada. Essa substancia irredutível, está em tudo ao redor, sendo o início e o fim os mesmos, voltar para o essencial de dentro, o irredutível do ser, é o mesmo que encontra a verdade, afinal, o que se encontra no ponto de partida se encontrará igual no ponto de chegada.
Chamo esse princípio imutável e presente em tudo de maneira
irredutível, de éter, no sentido meu claro, chamo isso de "camada do real", o que origina tudo, e tudo já está nele, ele é algo à parte, algo em conjunto, algo separado, ele não é um "elemento", e sim, a substancia a qual todos os elementos tem, sendo ela mesma um elemento e não ao mesmo tempo, ela mesma já contém tudo que é possível tudo que pode a "ser" algo, ela é o princípio base da realidade e do ser, sendo assim, sem ela, possivelmente nada como conhecemos seria um "ser" a qual entendemos como ser, outra coisa séria, possivelmente não igual.
O éter para nós seria igual agua para os peixes, seria a
composição base de tudo para com eles, mas, os mesmos não o viriam ou sentiriam pois tudo e até eles já são isso, essa é a base que compõem toda a realidade dele, assim como para nós, todavia. Só saberíamos o que seria o éter caso saíssemos da realidade composta por ele, mas, a realidade como conhecemos, o "real" é composto disso, logo, o fora disso não existiria como real, e logo, não existe, há apenas éter.
Sendo tudo já composto nele, a natureza dele seria algo superior
e/ou diferente dos outros elementos da realidade, sendo assim, a "desordem" seria apenas uma separação de uma natureza do éter, agindo por conta própria.