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2023
Reta Final
Direito Empresarial
Prof. Frederico Fleischer
É correto afirmar, em relação ao empresário e sociedade empresária:
A) a sociedade limitada pode aditar firma ou denominação, integradas pela palavra final
“limitada” ou a sua abreviatura; a omissão da palavra “limitada” determina a
responsabilidade subsidiária e limitada ao capital social dos administradores que
empregarem a firma ou a denominação da sociedade.
B) o preposto do estabelecimento pode negociar livremente por conta própria ou de terceiro,
bem como participar de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, salvo vedação
expressa a respeito.
C) o adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à
transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo
solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, contado da publicação quanto aos créditos
vencidos, e da data do vencimento em relação aos demais.
D) o juiz poderá, livremente e sem ressalvas, determinar diligências para verificar se o
empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, as formalidades prescritas em lei
em seus livros e fichas contábeis.
E) a sociedade simples e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de
Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e o empresário vincula-se ao Registro
Civil das Pessoas Jurídicas, vedado à sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade
empresária.
Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de
Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil
das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a
sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária.
Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra
final "limitada" ou a sua abreviatura.
§ 1 o A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas,
de modo indicativo da relação social.
§ 2 o A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o
nome de um ou mais sócios.
§ 3 o A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos
administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade.
Art. 1.170. O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou
de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que
lhe foi cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo
preponente os lucros da operação.
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob
qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a
sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas
em lei.
Realizado o trespasse do estabelecimento, é correto afirmar:
A) O nome empresarial do titular do estabelecimento pode ser incluído
na alienação do estabelecimento.
B) Não havendo autorização expressa, o alienante não pode fazer
concorrência ao adquirente, nos 5 anos subsequentes à transferência.
C) O adquirente não responde pelo pagamento dos débitos anteriores à
transferência que estejam regularmente contabilizados.
D) A eficácia quanto a terceiros independe de averbação no Registro
Público de Empresas Mercantis e de publicação na imprensa oficial.
E) O adquirente que continua a exploração do estabelecimento
adquirido, não responde pelos tributos relativos ao estabelecimento
adquirido, devidos até a data do ato.
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento
do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à
margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro
Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos
anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o
devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto
aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não
pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à
transferência.
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a
proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.
Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação.
Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o
contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a
qualificação de sucessor.
CTN Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão
social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos
até à data do ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da
alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I – em processo de falência;
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.
§ 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação
judicial;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação
judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão
tributária.
§ 3o Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá
em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente
podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.
Acerca dos livros e fichas dos empresários e sociedades, é correto
afirmar:
A) não fazem prova senão depois de homologados pela Junta
Comercial.
B) fazem prova contra as pessoas a que pertencem, mas não em seu
favor.
C) a prova deles resultantes é bastante mesmo nos casos em que a lei
exige escritura pública, já que se equiparam a documentos públicos.
D) quando escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, fazem prova
a favor das pessoas a que pertencem, mas desde que confirmados por
outros subsídios.
E) a prova deles resultantes pode ser ilidida pela comprovação da
falsidade dos lançamentos, mas não da sua inexatidão.
Art. 226. Os livros e fichas dos empresários e sociedades provam
contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando,
escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, forem
confirmados por outros subsídios.
Parágrafo único. A prova resultante dos livros e fichas não é
bastante nos casos em que a lei exige escritura pública, ou escrito
particular revestido de requisitos especiais, e pode ser ilidida pela
comprovação da falsidade ou inexatidão dos lançamentos.
Acerca do nome empresarial, é correto afirmar:
A) O nome de sócio que vier a falecer pode ser conservado na
firma social.
B) É vedada a alienação do nome empresarial.
C) A inscrição do nome empresarial somente será cancelada a
requerimento do seu titular, mesmo quando cessado o exercício
da atividade para que foi adotado.
D) Independentemente de previsão contratual, o adquirente de
estabelecimento, por ato entre vivos, pode usar o nome
empresarial do alienante, precedido do seu próprio, com a
qualificação de sucessor.
E) A sociedade em conta de participação pode ter firma ou
denominação.
1.162. A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou
denominação.
1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação.
Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos,
pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do
seu próprio, com a qualificação de sucessor.
1.165. O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não
pode ser conservado na firma social.
1.168. A inscrição do nome empresarial será cancelada, a requerimento
de qualquer interessado, quando cessar o exercício da atividade para
que foi adotado, ou quando ultimar-se a liquidação da sociedade que o
inscreveu.
Como regra geral, o contrato de trespasse
A) sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, Paulo não poderá tomar
parte nas relações de João com terceiros, sob pena de responder subsidiariamente pelas
obrigações em que intervier.
B) na omissão do contrato social, João poderá admitir novo sócio sem o consentimento expresso
de Paulo.
C) a inscrição do contrato social no Registro do Comércio confere personalidade jurídica à
sociedade em conta de participação.
D) a falência de João acarreta a dissolução da sociedade e a liquidação da respectiva conta, cujo
saldo constituirá crédito quirografário, porém, falindo Paulo, o contrato social fica sujeito às
normas que regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido.
E) a contribuição de Paulo constitui, com a de João, patrimônio especial, objeto da conta de
participação relativa aos negócios sociais e a especialização patrimonial produz efeitos tanto em
relação aos sócios, quanto em relação a terceiros.
Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu
instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade.
Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o sócio
participante não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de
responder solidariamente com este pelas obrigações em que intervier.
Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, patrimônio
especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais.
§ 3º Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que regulam os efeitos
da falência nos contratos bilaterais do falido.
Art. 995. Salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir novo sócio sem o
consentimento expresso dos demais.
A sociedade empresária, no direito brasileiro,
Art. 1.071. Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na lei ou no
contrato:
I - a aprovação das contas da administração;
II - a designação dos administradores, quando feita em ato separado;
III - a destituição dos administradores;
IV - o modo de sua remuneração, quando não estabelecido no contrato;
V - a modificação do contrato social;
VI - a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do estado de liquidação;
VII - a nomeação e destituição dos liquidantes e o julgamento das suas contas;
VIII - o pedido de concordata.
Art. 1.076. Ressalvado o disposto no art. 1.061, as deliberações dos sócios serão tomadas
I - pelos votos correspondentes, no mínimo, a três quartos do capital social, nos casos previstos
nos incisos V e VI do art. 1.071;
II - pelos votos correspondentes a mais da metade do capital social, nos casos previstos nos
incisos II, III, IV, V, VI e VIII do caput do art. 1.071 deste Código;III - pela maioria de votos dos
presentes, nos demais casos previstos na lei ou no contrato, se este não exigir maioria mais
elevada.
III - pela maioria de votos dos presentes, nos demais casos previstos na lei ou no contrato, se
este não exigir maioria mais elevada.
Art. 1.061. A designação de administradores não sócios dependerá da aprovação de, no mínimo,
2/3 (dois terços) dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e da aprovação de
titulares de quotas correspondentes a mais da metade do capital social, após a integralização.
Em relação à sociedade limitada,
A) a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas
quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do
capital social.
B) sua administração se dá necessariamente pelo sócio com maior
número de quotas sociais.
C) é vedada a administração por meio de não sócios, dada sua
natureza pessoal.
D) o uso da firma ou denominação social é extensivo a todos os
sócios que a integram.
E) semestralmente, procede-se à elaboração do inventário, do
balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico.
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas
quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
§ 1º A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas.
§ 2º Se for unipessoal, aplicar-se-ão ao documento de constituição do sócio único, no que
couber, as disposições sobre o contrato social.
Art. 1.060. A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no
contrato social ou em ato separado.
Parágrafo único. A administração atribuída no contrato a todos os sócios não se estende de
pleno direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade.
Art. 1.064. O uso da firma ou denominação social é privativo dos administradores que tenham os
necessários poderes.
Art. 1.090. A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-se
pelas normas relativas à sociedade anônima, sem prejuízo das modificações constantes deste
Capítulo, e opera sob firma ou denominação.
Art. 1.095. Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios pode ser limitada ou
ilimitada.
Parágrafo único. A cessão terá eficácia quanto à sociedade e terceiros, inclusive para os fins do
parágrafo único do art. 1.003, a partir da averbação do respectivo instrumento, subscrito pelos
sócios anuentes.
Marcos, sócio integrante de determinada sociedade limitada, faltou com os seus deveres sociais,
mediante a reiteração de condutas desleais e graves que colocaram em risco a própria
continuidade da empresa. Por conta disso, todos os demais sócios desejam excluí-lo da
sociedade. Considerando-se que contrato social é omisso quanto à possibilidade de exclusão por
justa causa, Marcos
A) somente poderá ser excluído da sociedade judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos
demais sócios.
B) poderá ser excluído da sociedade extrajudicialmente, mediante alteração do contrato social,
desde que a exclusão seja aprovada por sócios titulares de pelo menos 2/3 (dois terços) do
capital social.
C) não poderá ser excluído da sociedade, nem mesmo judicialmente, pois a exclusão por justa
causa depende de previsão expressa do contrato social.
D) somente poderá ser excluído da sociedade judicialmente, mediante iniciativa de sócios
titulares de pelo menos 3/4 (três quartos) do capital social.
E) poderá ser excluído da sociedade extrajudicialmente, mediante alteração do contrato social,
desde que a exclusão seja aprovada por sócios titulares de mais da metade do capital social.
Art. 1.085. Ressalvado o disposto no art. 1.030, quando a maioria dos sócios, representativa de
mais da metade do capital social, entender que um ou mais sócios estão pondo em risco a
continuidade da empresa, em virtude de atos de inegável gravidade, poderá excluí-los da
sociedade, mediante alteração do contrato social, desde que prevista neste a exclusão por justa
causa.
Parágrafo único. Ressalvado o caso em que haja apenas dois sócios na sociedade, a exclusão de
um sócio somente poderá ser determinada em reunião ou assembleia especialmente convocada
para esse fim, ciente o acusado em tempo hábil para permitir seu comparecimento e o exercício
do direito de defesa.
Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, pode o sócio ser excluído
judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos demais sócios, por falta grave no cumprimento
de suas obrigações, ou, ainda, por incapacidade superveniente.
Parágrafo único. Será de pleno direito excluído da sociedade o sócio declarado falido, ou aquele
cuja quota tenha sido liquidada nos termos do parágrafo único do art. 1.026.
Adriana e Débora eram sócias numa sociedade limitada. Sem prévia audiência
dos demais sócios, Adriana alienou à Débora a totalidade das quotas de que era
titular. Nesse caso, considerando que o contrato social era omisso quanto à
cessão de quotas, a alienação realizada é
A) válida, mas só será eficaz depois de ratificada pela maioria dos demais
sócios.
B) nula, porque não autorizada expressamente pelo contrato social.
C) nula, porque não respeitado o direito de preferência dos demais sócios.
D) válida, não podendo ser impedida pelos demais sócios.
E) válida, mas pode ser vetada por sócios titulares de mais de um quarto do
capital social.
Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou
parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros,
ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do
capital social.
Transferência de
quotas para
terceiros Em caso de prejuízo poderá
haver ação de perdas e danos
Exclusão dos
sócios
Direito de Recesso
os acionistas
Conselho
fiscal
Ordinárias
Capital Aberto
Diferentes
Ações
Preferenciais
classes
Diferentes
Ordinárias
classes
Capital Fechado
Diferentes
Preferenciais
classes
Considere as afirmativas abaixo, relativas às sociedades anônimas:
I. As ações preferenciais são aquelas que conferem a seu titular determinados direitos especiais,
previstos em lei, embora não lhe confiram, como regra legal, o direito de voto.
II. O acionista que violar deveres estatutários poderá, por decisão da Assembléia Geral, ter o seu
direito de voto suspenso.
III. O estatuto poderá prever que determinadas classes de ações ordinárias e de ações
preferenciais tenham direito de voto restrito.
A) I.
B) II.
C) I e II.
D) I e III.
E) II e III.
Art. 110. A cada ação ordinária corresponde 1 (um) voto nas deliberações da assembléia-geral.
§ 1º O estatuto pode estabelecer limitação ao número de votos de cada acionista.
§ 2º É vedado atribuir voto plural a qualquer classe de ações.
Art. 111. O estatuto poderá deixar de conferir às ações preferenciais algum ou alguns dos
direitos reconhecidos às ações ordinárias, inclusive o de voto, ou conferi-lo com restrições,
observado o disposto no artigo 109.
§ 1º As ações preferenciais sem direito de voto adquirirão o exercício desse direito se a
companhia, pelo prazo previsto no estatuto, não superior a 3 (três) exercícios consecutivos,
deixar de pagar os dividendos fixos ou mínimos a que fizerem jus, direito que conservarão até o
pagamento, se tais dividendos não forem cumulativos, ou até que sejam pagos os cumulativos
em atraso.
§ 2º Na mesma hipótese e sob a mesma condição do § 1º, as ações preferenciais com direito de
voto restrito terão suspensas as limitações ao exercício desse direito.
§ 3º O estatuto poderá estipular que o disposto nos §§ 1º e 2º vigorará a partir do término da
implantação do empreendimento inicial da companhia.
Art. 120. A assembléia-geral poderá suspender o exercício dos direitos do acionista que deixar de
cumprir obrigação imposta pela lei ou pelo estatuto, cessando a suspensão logo que cumprida a
obrigação.
A Companhia Laticínios Saudáveis é uma sociedade anônima fechada cujo
estatuto estabelece a divisão do capital social em duas classes de ações
ordinárias e outras duas classes de ações preferenciais, uma destas com
direito a voto e outra sem. Para a sociedade abrir o seu capital, de modo a se
tornar uma companhia aberta,
Art. 893. A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são
inerentes.
Art. 895. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser dado em
garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos ou
mercadorias que representa.
Art. 896. O título de crédito não pode ser reivindicado do portador que o adquiriu de
boa-fé e na conformidade das normas que disciplinam a sua circulação.
O título de crédito poderá ser emitido
§ 3º O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio
técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os
requisitos mínimos previstos neste artigo.
Ao dispor sobre títulos de crédito, o Código Civil estabeleceu que
A) a omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título
de crédito, não implica a invalidade do negócio que lhe deu origem.
B) todos eles devem ser nominativos ou à ordem e que todo endosso deve ser em preto.
C) o título não poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador, se o
emitente também não o fizer sobre papel.
D) ficam revogadas todas as leis especiais sobre títulos de crédito.
E) é permitida a emissão de títulos ao portador livremente.
Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a
sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do
negócio jurídico que lhe deu origem.
Principais mudanças – Lei 14.112/20
■ Suspensão das execuções ajuizadas contra o devedor, inclusive daquelas dos credores
particulares do sócio solidário, relativas a créditos ou obrigações sujeitos à recuperação judicial ou
à falência;
■ Proibição de qualquer forma de retenção, arresto, penhora, sequestro, busca e apreensão e
constrição judicial ou extrajudicial sobre os bens do devedor, oriunda de demandas judiciais ou
extrajudiciais cujos créditos ou obrigações sujeitem-se à recuperação judicial ou à falência.
■ É vedado ao devedor, até a aprovação do plano de recuperação judicial, distribuir lucros ou
dividendos a sócios e acionistas.
■ O quadro-geral de credores será formado com o julgamento das impugnações tempestivas e com
as habilitações e as impugnações retardatárias decididas até o momento da sua formação
– As habilitações e as impugnações retardatárias acarretarão a reserva do valor para a
satisfação do crédito discutido.
– A recuperação judicial poderá ser encerrada ainda que não tenha havido a consolidação
definitiva do quadro-geral de credores, hipótese em que as ações incidentais de habilitação
e de impugnação retardatárias serão redistribuídas ao juízo da recuperação judicial como
ações autônomas e observarão o rito comum.
– O credor deverá apresentar pedido de habilitação ou de reserva de crédito em, no máximo,
3 (três) anos, contados da data de publicação da sentença que decretar a falência, sob
pena de decadência.
Principais mudanças – Lei 14.112/20
■ Durante a recuperação judicial o juiz poderá, depois de ouvido o Comitê de
Credores, autorizar a celebração de contratos de financiamento com o devedor,
garantidos pela oneração ou pela alienação fiduciária de bens e direitos, seus
ou de terceiros, pertencentes ao ativo não circulante, para financiar as suas
atividades e as despesas de reestruturação ou de preservação do valor de
ativos.
■ É vedada a extensão da falência ou de seus efeitos, no todo ou em parte, aos
sócios de responsabilidade limitada, aos controladores e aos administradores
da sociedade falida, admitida, contudo, a desconsideração da personalidade
jurídica
■ Rejeitado o plano de recuperação judicial, o administrador judicial submeterá,
no ato, à votação da assembleia-geral de credores a concessão de prazo de 30
(trinta) dias para que seja apresentado plano de recuperação judicial pelos
credores (aprovada por credores que representem mais da metade dos créditos
presentes à assembleia-geral de credores).
Principais mudanças – Lei 14.112/20
■ Durante a recuperação judicial o juiz poderá, depois de ouvido o Comitê de
Credores, autorizar a celebração de contratos de financiamento com o devedor,
garantidos pela oneração ou pela alienação fiduciária de bens e direitos, seus
ou de terceiros, pertencentes ao ativo não circulante, para financiar as suas
atividades e as despesas de reestruturação ou de preservação do valor de
ativos.
■ É vedada a extensão da falência ou de seus efeitos, no todo ou em parte, aos
sócios de responsabilidade limitada, aos controladores e aos administradores
da sociedade falida, admitida, contudo, a desconsideração da personalidade
jurídica
■ Rejeitado o plano de recuperação judicial, o administrador judicial submeterá,
no ato, à votação da assembleia-geral de credores a concessão de prazo de 30
(trinta) dias para que seja apresentado plano de recuperação judicial pelos
credores (aprovada por credores que representem mais da metade dos créditos
presentes à assembleia-geral de credores).
Principais mudanças – Lei 14.112/20
Art. 75. A falência, ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a: (Redação
dada pela lei 14.112, de 2020) (Vigência)
I - preservar e a otimizar a utilização produtiva dos bens, dos ativos e dos recursos produtivos,
inclusive os intangíveis, da empresa; (Incluído pela lei 14.112, de 2020) (Vigência)
II - permitir a liquidação célere das empresas inviáveis, com vistas à realocação eficiente de
recursos na economia; e (Incluído pela lei 14.112, de 2020) (Vigência)
III - fomentar o empreendedorismo, inclusive por meio da viabilização do retorno célere do
empreendedor falido à atividade econômica. (Incluído pela lei 14.112, de 2020) (Vigência)
§ 1º O processo de falência atenderá aos princípios da celeridade e da economia processual,
sem prejuízo do contraditório, da ampla defesa e dos demais princípios previstos na lei 13.105,
de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). (Incluído pela lei 14.112, de 2020) (Vigência)
§ 2º A falência é mecanismo de preservação de benefícios econômicos e sociais decorrentes da
atividade empresarial, por meio da liquidação imediata do devedor e da rápida realocação útil de
ativos na economia. (Incluído pela lei 14.112, de 2020) (Vigência)
Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:
I - os créditos derivados da legislação trabalhista, limitados a 150 (cento e cinquenta) salários-mínimos por
credor, e aqueles decorrentes de acidentes de trabalho;
II - os créditos gravados com direito real de garantia até o limite do valor do bem gravado;
III - os créditos tributários, independentemente da sua natureza e do tempo de constituição, exceto os créditos
extraconcursais e as multas tributárias;
VI - os créditos quirografários, a saber:
a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo;
b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu
pagamento; e
c) os saldos dos créditos derivados da legislação trabalhista que excederem o limite estabelecido no
inciso I do caput deste artigo;
VII - as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, incluídas as
multas tributárias;
VIII - os créditos subordinados, a saber:
a) os previstos em lei ou em contrato; e
b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício cuja contratação não tenha
observado as condições estritamente comutativas e as práticas de mercado;
IX - os juros vencidos após a decretação da falência, conforme previsto no art. 124 desta Lei.
(...)
§ 6º Para os fins do disposto nesta Lei, os créditos que disponham de privilégio especial ou geral em outras
normas integrarão a classe dos créditos quirografários.