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OS DIFERENTES TIPOS DE ATIVIDADES ECONÔMICAS

Empresário

Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada, assumindo os riscos
inerentes à execução da respectiva atividade econômico-empresarial, que tem por fim a produção, a circulação
ou a troca de bens ou de serviços (Art. 966 do novo Código Civil (Lei n.º 10.406/02).

O empresário é a pessoa física, individualmente considerada. Exemplos: costureira; eletricista; encanador;


comerciante ambulante.
É obrigatória a inscrição do empresário na Junta Comercial, antes do início de sua atividade.

Quem não é considerado empresário?


Aquele que exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo se contar com
auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa (art. 966 –
parágrafo único). A pessoa física que atua individualmente, não considerada empresário, se refere à figura do
autônomo. Exemplos: engenheiro, arquiteto, contador, professor.

Autônomo

Conforme descrito no site do Ministério da Previdência e Assistência Social, os segurados anteriormente


denominados "empresário", "trabalhador autônomo" e "equiparado a trabalhador autônomo", com a
promulgação da Lei nº 9.876, de 26 de novembro de 1999, foram considerados uma única categoria e
passaram a ser chamados de "contribuinte individual".

O contribuinte individual ao exercer atividade remunerada é considerado segurado obrigatório perante o


Regime Geral de Previdência Social, devendo nele inscrever-se. A inscrição é o ato pelo qual o cidadão é
cadastrado no Regime Geral de Previdência Social, para a sua identificação pessoal, atribuindo-lhe o Número de
Inscrição do Trabalhador-NIT.

Consideram-se, contribuintes individuais (segurado obrigatório), entre outros:

• aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas
sem relação de emprego; (atividade em caráter eventual é atividade prestada de forma não contínua
e esporádica, sem subordinação e horário.)
• a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins
lucrativos ou não;
• o profissional liberal;
• pintores, eletricistas, bombeiros hidráulicos, encanadores e outros que prestam serviços em âmbito
residencial, de forma não contínua, sem vínculo empregatício;
• cabeleireiro, manicure, esteticista e profissionais congêneres, quando exercerem suas atividades em
salão de beleza, por conta própria;
• o comerciante ambulante;
• o trabalhador diarista que presta serviços de natureza não contínua na residência de pessoa ou
família, sem fins lucrativos;

Outra opção de filiação ao Regime Geral de Previdência Social é como segurado facultativo, que é a pessoa
maior de dezesseis anos de idade que não exerça atividade remunerada que a enquadre como segurado
obrigatório da previdência social.

Consideram-se segurados facultativos entre outros:

• a dona-de-casa;
• o estudante;

Conforme a Instrução Normativa INSS nº 60, 30 de outubro de 2001, art. 3º, são considerados segurados
especiais, e portanto devem ter seu registro como contribuinte no INSS, o produtor, o parceiro, o meeiro, o
comodatário e o arrendatário rurais, o pescador artesanal ou o a ele assemelhado que exerçam suas atividades
individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com auxilio eventual de terceiros, bem como
seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de dezesseis anos ou a eles equiparados, desde
que trabalhem comprovadamente com o grupo familiar.
Todo profissional autônomo que possua empregados, necessita de matrícula no CEI - Cadastro Específico no
INSS, sendo obrigatório para o recolhimento do INSS e FGTS. Este cadastramento poderá ser realizado no site
ou em qualquer agência da Previdência Social.

O contribuinte individual localizado precisa requerer o Alvará de Licença para Estabelecimento concedido pela
prefeitura, além de estar obrigado a inscrever-se na Secretaria Municipal de Fazenda e ao pagamento do ISS.

Sociedades adotadas pelo novo código civil

Sociedades Empresárias
As sociedades que exploram atividades comerciais, industriais ou prestação de serviços não intelectuais, com
um mínimo de organização, equivalente a um estabelecimento (capital), trabalho de empregados e/ou
colaboradores, serão enquadradas como sociedades empresárias. Se além das atividades descritas, cumular o
desenvolvimento de atividades de natureza intelectual, ainda assim será enquadrada como sociedade
empresária. Aquele que exercer essas atividades de forma individual (sem sócios) será enquadrado na condição
de empresário. Ambos serão registrados nas Juntas Comerciais.

Sociedades Simples
As sociedades que exploram exclusivamente atividades de natureza intelectual serão consideradas sociedades
simples, tendo seu registro no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Constituem-se na reunião de
duas ou mais pessoas, que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços, para o exercício de
atividade econômica e partilha entre si dos resultados, não tendo por objeto o exercício de atividade própria de
empresário.
Aquele que exercer atividades dessa natureza de forma individual (sem sócios) será enquadrado na condição de
autônomo.

Sociedade Limitada
A sociedade por cotas de responsabilidade limitada é, atualmente, uma das mais adotadas espécies de
sociedade mercantis, isto porque não exige tanta complexidade como a sociedade por ações, na sua
constituição e funcionamento. A sociedade por cotas pode ter natureza civil, comercial ou econômica, e um
mínimo de dois sócios, não havendo limite máximo quanto ao número destes. A firma ou denominação social
deve ser sempre seguida da expressão Limitada, ou, abreviadamente, Ltda., em caso contrário os sócios-
gerentes e os que fizerem uso da firma serão considerados, solidária e ilimitadamente, responsáveis.

Características:

• A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente
pela integralização do capital social;
• A sociedade limitada rege-se pelo novo Código Civil e, nas omissões, pelas normas da Sociedade
Simples, ou pelas da Sociedade Anônima se assim o contrato social estabelecer;
• O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio;
• É vedada contribuição que consista em prestação de serviços;
• Os sócios não poderão distribuir lucros ou realizar retiradas, se distribuídos com prejuízos do capital;
• O contrato pode instituir conselho fiscal composto de três ou mais membros e respectivos suplentes,
sócios ou não (opcional/facultativo);
• É assegurado aos sócios minoritários, que representarem pelo menos 1/5 do capital social, o direito
de eleger um dos membros do conselho fiscal e o respectivo suplente;
• Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os sócios,
até o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade.

Sociedade por Ações


É um tipo societário muito utilizado por grandes empreendimentos, por conferir maior segurança aos seus
acionistas, por meio de regras mais rígidas. Pode ser definida como, a pessoa jurídica de direito privado e de
natureza mercantil, que, tendo seu capital dividido em ações, limita a responsabilidade dos sócios ou acionistas
ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas, ou seja, a sociedade anônima "é aquela em que todos
os sócios, denominados acionistas ou acionários, respondem pelas obrigações sociais até o valor em que
entraram ou prometeram entrar para a formação do capital social".

Características:

• Capital social é dividido em ações;


• Cada sócio ou acionista responde somente pelo preço de emissão das ações que adquiriu;
• Rege-se pela Lei n° 6.404/76 e, nos casos omissos, pelas disposições do Novo Código Civil.

Nota: A Sociedade Anônima não sofreu alterações pelo novo Código Civil.
Sociedade Estrangeira
Considera-se Sociedade Estrangeira a empresa constituída e organizada em conformidade com a legislação do
país de origem, onde também mantém sua sede administrativa. Necessita de autorização do Poder Executivo
por meio de requerimento dirigido ao Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo, protocolado no
Departamento Nacional de Registro do Comércio - DNRC.

É facultado ao Poder Executivo, para conceder a autorização, estabelecer condições convenientes à defesa dos
interesses nacionais. Aceitas as condições, expedirá o Poder Executivo decreto de autorização, do qual constará
o montante de capital destinado às operações no País, cabendo à sociedade promover a publicação de seus
atos constitutivos no prazo de 30 dias, não podendo iniciar sua atividade antes de inscrita no registro próprio
do lugar em que se deva estabelecer, ficando sujeita às Leis e aos tribunais brasileiros, quanto aos atos ou
operações praticados no Brasil. Ainda, a sociedade estrangeira funcionará no território nacional com o nome
que tiver em seu país de origem, podendo acrescentar as palavras "do Brasil" ou "para o Brasil".

Observação: Sociedade estrangeira não deve ser confundida com sociedade brasileira constituída por sócios
estrangeiros. A participação de sócios estrangeiros em sociedade brasileira não sofreu mudanças em função do
Novo Código Civil.

Sociedades Cooperativas
Características de acordo com o previsto no artigo 1.094 do Novo Código Civil

• Variabilidade, ou dispensa do capital social.


• Concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a administração da sociedade, sem
limitação de número máximo.
• Limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio poderá tomar.
• Quotas do capital intransferíveis a terceiros estranhos à sociedade, ainda que por herança.
• Quórum, para a assembléia geral funcionar e deliberar, fundado no número de sócios presentes à
reunião, e não no capital social representado.
• Direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a sociedade, e qualquer que
seja o valor de sua participação.
• Distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações efetuadas pelo sócio com a
sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado.
• Indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de dissolução da sociedade.
• A responsabilidade dos sócios pode ser limitada ou ilimitada;
• A cooperativa será sempre considerada Sociedade Simples.

Associações
Associação é uma entidade de direito privado, dotada de personalidade jurídica e caracteriza-se pelo
agrupamento de pessoas para a realização e consecução de objetivos e ideais comuns, sem finalidade
econômica, isto é, sem interesse de lucros. As associações somente poderão ser constituídas com fins não
econômicos.

Características:

• Constituem a reunião de diversas pessoas para a obtenção de um fim ideal, podendo este ser alterado
pelos associados;
• Ausência de finalidade lucrativa;
• O patrimônio é constituído pelos associados ou membros;
• Reconhecimento de sua personalidade por parte da autoridade competente.

Fundações
Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação (doação) especial
de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrar.

Características:

• Patrimônio, ou seja, o conjunto de bens ou coisas com destinação específica;


• Servir a fins de utilidade pública, quais sejam: morais, religiosos, culturais, de assistência etc;
• Necessidade de patrimônio para a constituição da fundação;
• Ter um instituidor que faça doação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la;
• Fiscalização pelo Ministério Público.

Fundação é, então, sinônimo de patrimônio destinado a um fim em benefício da comunidade (ou parte dela),
em decorrência de um estatuto e sob a vigilância do Ministério Público.

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