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A Democracia neste século tem dado o que falar - não à toa - é talvez a palavra, ou

melhor, o termo mais repetido dos jornais, e o preferido das mídias sociais e políticos
(mau sinal, diga-se de passagem) do nosso tempo. Este deus estrangeiro, de
nacionalidade grega, vem há milênios contrastando a liberdade de opinião e o preparo
efetivo, isto é: aqueles que querem dar a voz a um tema e os que realmente entendem do
assunto. Ora direis, mas não têm todos direitos a opinar, num país livre, sobre qualquer
assunto? Não. A própria Democracia, o direito da “participação popular” na atividade
política, hoje tem sido transformada em instrumento de demagogia e populismo (como
fora também no passado), e aos mais atentos, meio de controle de opinião.

Numa viagem pela história, pela ciência dos grandes acontecimentos, notamos algo não
tão particular: a participação civil. Muitas vezes vemos o coletivo, “a massa”, sendo
usada como objeto por um líder populista, ou por um impulso desvirtuado. A massa é,
por natureza, ignorante; dado que a consciência e a instrução são individuais, o saber é
individual e peculiar sempre a um indivíduo, ou punhado de indivíduos restrito, nunca
grupal. Notemos, no panorama histórico, a morte e persecução de grandes figuras que,
ao invés da maioria, estavam certos, enquanto aquela, errada: Sócrates, Platão,
Aristóteles e até mesmo o Deus feito carne, Jesus Cristo. A massa, base da Democracia,
é falha como regime político.

Hoje observamos a decadência desse regime em todas as nações desenvolvidas,


notamos o declínio da Democracia a partir do declínio moral, ético, da noção de justiça
e da perda de compromisso com a Verdade, lacto sensu. A crise da Democracia é
evidente, e as civilizações têm buscado meios de corrigir seus frutos ácidos. No Brasil, a
situação é ainda pior, sendo o país que é, onde o analfabetismo é abissal, dar a este
homem iletrado o “direito” de guiar-se, através dum representante, na geopolítica,
economia, nos conflitos de ordem nacional e internacional, é completamente insano.

Não se deve pensar que a Democracia é um grau evolutivo, ou progressivo, da dinâmica


política humana, ao invés disso, desde sua instituição, foi rechaçado com avidez por
seus contemporâneos (grandes de pensamento), desde a Grécia Antiga, sem falar nas
tantas cabeças que rolaram, e em todo o sangue derramado nas revoluções populares.
Mas que cabe a nós, membros deste poder coletivo (tão poderosos como somos juntos!)
fazer para mudar este destino escatológico, deixo-lhe, amigos integrantes ativos do
kratos político, esta pergunta.

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