Você está na página 1de 9

See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.

net/publication/271701135

Salto

Chapter · January 2003


DOI: 10.13140/2.1.3056.1606

CITATIONS READS
0 1,230

1 author:

Cristiano Frota de Souza Laurino


INSPORT
52 PUBLICATIONS 660 CITATIONS

SEE PROFILE

All content following this page was uploaded by Cristiano Frota de Souza Laurino on 02 February 2015.

The user has requested enhancement of the downloaded file.


SALTO
Cristiano Frota de Souza Laurino
INTRODUÇÃO
O salto representa uma das habilidades humanas de grande importância no âmbito esportivo e tem sido amplamente
1-6
investigado na literatura.

Os esportes de saltos podem ser genericamente definidos como as atividades que contêm uma fase aérea, resultando na
6
necessidade subseqüente de uma aterrissagem

Saltos são executados em numerosas atividades esportivas, seja como elemento fundamental da modalidade praticada
7,8
(salto em distância, triplo, altura), ou como um gesto esportivo (vôlei, basquete, futebol). Até mesmo a corrida consiste
6
de uma seqüência de saltos e aterrissagens numa freqüência média de 930 saltos/km percorrido.

2
Os saltos são iniciados com o indivíduo adotando as mais diversas posturas e parece não haver uma estratégia única na
fase preparatória de um salto, ficando a cargo das características biomecânicas próprias de cada um ou mesmo da
4,9,10
modalidade esportiva praticada, a execução dos movimentos.

A adoção de posturas impróprias ou não treinadas pelo indivíduo podem resultar desempenhos ineficientes, embora
2
resultados semelhantes possam ser atingidos através da utilização de técnicas diferentes. Fatores como o treinamento
inespecífico, a incoordenação de movimentos, as lesões pregressas e os desequilíbrios posturais ou musculares podem
2
interferir sobremaneira no desempenho de um salto.

TIPOS DE SALTO
As fases do salto podem ser assim definidas:

Fase 1: Impulso ou propulsão.

Fase 2: Aérea.

Fase 3: Aterrissagem.

O impulso ou propulsão representa o momento inicial de um salto e pode ser definido como a fase em que o centro de
gravidade corporal é desacelerado e acelerado em seguida (salto contramovimento), ou simplesmente acelerado (salto
1
agachado), enquanto o pé permanece tocando o solo.

O salto chamado de “agachado” ou squat jump é todo aquele que se inicia a partir de uma posição corporal estática nos
1
diversos graus de flexão dos quadris e joelhos, até a flexão completa.

Durante a realização do “salto agachado”, os estudos experimentais de Zajac sugerem que os músculos extensores
uniarticulares dos joelhos e quadris são os responsáveis pela maior parte da energia mecânica gerada, portanto, são
4
considerados os motores primários do movimento. Os músculos biarticulares executam a importante função de
4
coordenação fina do movimento, enquanto que os músculos flexores uniarticulares são virtualmente não participativos.

Simulações recentes de variados tipos de saltos sugerem que as funções dos músculos isquiotibiais sejam também as de
4
geração primária de energia, além da função de coordenação dos movimentos.

11
Os músculos biarticulares são responsáveis pelo fenômeno de transferência de potência de uma articulação a outra.
Os músculos gastrocnêmios, por exemplo, desempenham a função de transferência de potência do joelho para o tornozelo,
1
durante um salto.

O salto chamado de “contramovimento” é todo salto vertical, horizontal ou combinado que se realiza com um
movimento descendente do centro de gravidade, até atingir uma posição “agachada”, a partir da qual se iniciará o
1,4
movimento de propulsão ascendente, com extensão de tronco, quadris, joelhos e flexão plantar dos tornozelos.

Na tentativa de realizar um salto vertical de grande magnitude, o indivíduo necessita desenvolver uma expressiva
4
velocidade vertical de impulso para que esse objetivo seja alcançado.

A otimização da velocidade vertical de impulso pode advir tanto do aumento da duração da propulsão ascendente
(tempo em que o centro de gravidade acelera ascendentemente), quanto do módulo da aceleração vertical do corpo durante a
4
propulsão ascendente (força de reação vertical do solo).

O “contramovimento” parece contribuir de maneira eficiente para que esses dois fatores sejam atingidos durante a
4
execução de um salto vertical. Os mecanismos pelos quais o “salto contramovimento” leva a atingir deslocamentos
verticais significativos são: 1) pré-estiramento das fibras musculares ativas, aumentando a relação força/velocidade durante
o movimento ascendente do corpo; 2) melhora da cinemática e do estado muscular alcançados com o pré-tensionamento, a
partir do qual se iniciará a propulsão ascendente; 3) energia elástica armazenada nas estruturas musculotendíneas estiradas
4
durante o contramovimento, parcialmente utilizada durante o movimento corporal ascendente.

FONTES DE ENERGIA
A energia final necessária para a realização de um salto origina-se de das fontes:

1. Energia potencial e/ou cinética da estrutura


musculoesquelética.

2. Elementos contráteis, os quais convertem energia química em


energia mecânica.

As características biomecânicas e eletroneuromiográficas dos saltos verticais foram amplamente estudadas nos diversos
1,5
tipos de saltos existentes, como o “salto contramovimento” e o “salto agachado”. Anderson observou que 65% do total
1
da energia produzida pelas estruturas musculotendíneas eram provenientes da ação dos elementos contráteis, enquanto que
1
35% desta energia resultavam das estruturas tendíneas e elásticas, independentemente do tipo de salto realizado. No estudo
de Anderson, os músculos vastos e o músculo glúteo máximo foram os maiores geradores de energia nos membros
inferiores, seguidos pelos músculos isquiotibiais, contribuindo com 75% do total da energia durante os saltos. Em
1
contrapartida, os músculos flexores plantares do tornozelo contribuíram com 25% da energia produzida. O músculo
retofemoral, mesmo fazendo parte do aparelho extensor, realizou trabalho de pequena magnitude, quando comparado ao
1
restante do músculo quadríceps, durante a fase de propulsão para o salto.

Anderson considerou em seu estudo que 70% do total da energia produzida pelos músculos flexores plantares do
1
tornozelo durante o salto foi resultante dos elementos elásticos, em função dos tendões serem mais longos e complacentes.
Para os músculos proximais (glúteo máximo, isquiotibiais), em contrapartida, os quais apresentam tendões relativamente
1
curtos e rígidos, o total de energia produzida foi dominada pelos elementos contráteis.

A magnitude da energia elástica gerada na estrutura miotendínea durante um salto apresenta uma variação percentual
7
significativa observada na literatura. Fukashiro observou uma contribuição da energia elástica do tendão calcâneo para o
5
salto da ordem de 34%, embora estudos pregressos tenham observado contribuições maiores (40% a 66%).

O aumento da complacência dos tendões no estudo de Anderson levou a um significativo aumento na proporção de
energia gerada pelos tecidos elásticos, embora não tenha significado um aumento do trabalho total gerado pelo esqueleto,
1
nem tampouco um aumento na altura final atingida no ápice da fase aérea.

Anderson observou que os músculos vastos e os isquiotibiais foram capazes de gerar maior força durante os “saltos
contramovimento”, 1000 N e 500 N respectivamente em comparação aos “saltos agachados”, devido ao fato de estes
músculos serem pré-ativados, enquanto realizavam a contração excêntrica durante o movimento descendente que antecedia
1
à fase de propulsão. Este fenômeno ocorre porque a energia proveniente do estiramento muscular, como ocorre na
musculatura extensora do joelho durante o contra movimento do salto vertical, é armazenada nos tecidos elásticos e faz
aumentar a energia aplicada ao esqueleto durante a fase de propulsão do salto.

Os músculos flexores plantares do tornozelo, em contrapartida, não apresentaram diferença estatística na geração de
força entre os dois tipos de saltos estudados em decorrência de serem maximamente ativados somente após terem iniciado o
1
movimento de contração concêntrica na propulsão do salto.

No modelo de Anderson, um montante significativo de energia armazenada nos tecidos elásticos durante o “salto
contramovimento” era proveniente da energia gravitacional potencial do esqueleto, quando os músculos vastos, isquiotibiais
1
e gluteomáximo eram estirados durante a fase descendente excêntrica, que antecedia à fase de propulsão. Apenas os
1
músculos vastos, gluteomáximo e isquiotibiais se beneficiam do movimento descendente durante o salto contramovimento.

Durante os “saltos agachados”, por outro lado, a energia de estiramento armazenada nos tecidos elásticos é proveniente
primeiramente da ação dos elementos contráteis musculares, os quais promovem um estiramento dos elementos elásticos
1
dos tendões e músculos. Por esta razão, o trabalho realizado pelos elementos contráteis durante os “saltos agachados” é
maior do que no “salto contramovimento”.

A conversão da energia gravitacional potencial em energia elástica durante o “salto contramovimento” leva a uma
1
maior perda de energia sob a forma de calor, quando comparada aos “saltos agachados”.

Anderson afirma que, quando a propulsão é precedida por um movimento preparatório descendente, o armazenamento e
a utilização da energia elástica levam a um salto mais eficiente do que significativamente mais alto, embora os elementos
1
contráteis gerem aproximadamente a mesma quantidade de energia para o esqueleto em ambos os tipos de saltos.

Consideramos dois pontos primordiais para que um indivíduo aprimore a execução de um salto: 1. aumentar a
3
capacidade dos músculos em gerar energia; 2. coordenar eficientemente a ação dos diferentes músculos. Saltadores
experientes, de certa forma, se beneficiam do fato de terem incorporado o estímulo neuromuscular e a coordenação
3
específicas do salto, propriedades ainda não desenvolvidas por saltadores iniciantes.

Saltos pliométricos
12
Os saltos pliométricos representam a união entre a força e a velocidade atuando juntas no mesmo movimento.
Basei
am-se em contrações musculares caracterizadas por movimentos cíclicos e dinâmicos do binômio estiramento/
12
alongamento muscular. Esta modalidade de saltos, amplamente empregada no meio esportivo, tem como objetivo
aumentar a potência muscular (força × velocidade), incrementando assim o desempenho dos saltos e simulando situações
12-16
semelhantes aos movimentos executados pelo atleta.

3
Os saltos em profundidade são considerados os saltos pliométricos mais popularmente conhecidos e se baseiam na
realização de um salto descendente, partindo de uma plataforma elevada em relação ao solo, seguido de uma aterrissagem e
3
de um novo impulso vertical.

3,12,14-17
Estudos referentes à importância dos saltos pliométricos nos programas de treinamentos esportivos se
inspiraram inicialmente nos trabalhos de Verhoshanski (1966,1967), o qual afirma que “...um treinamento de força
específica deve ser escolhido dentre aqueles que apresentem o máximo de conformidade com os exercícios básicos do
esporte em relação à magnitude da força, o tempo e a velocidade de execução, o regime de trabalho dos músculos, e
3
finalmente à amplitude de movimentos.”

14,15,18
O aumento da força resultante do trabalho pliométrico tem sido investigado na literatura. As forças envolvidas
na fase de aterrissagem dos saltos e as lesões musculoesqueléticas (aproximadamente 60% do total de lesões nos estudos de
6,15
Dufek e Bates) apresentam relações de causa e efeito significativas (Fig. 19-2). Os picos de força de aterrissagem são
influenciados pela técnica empregada, momentos angulares no nível das articulações, altura da queda e sobretudo, do
15,18,19
treinamento realizado pelo atleta.

Hewett observou diminuição dos picos de força de 22% durante a aterrissagem dos saltos após a realização de um
15
programa de treinamento específico de saltos pliométricos. A diminuição significativa dos momentos adutores e
abdutores do joelho considerou-se ser o fator preponderante nos resultados obtidos, embora não se tenham observado
15
alterações nos ângulos de flexão dos joelhos e quadris, ou mesmo nos ângulos de extensão dos tornozelos.

Apesar das vantagens da introdução da pliometria no treinamento esportivo, um número crescente de lesões
músculoesqueléticas tem surgido em decorrência das cargas de impacto repetitivo ou das forças de impacto excêntrico
15,20-22
excessivamente elevadas.

Biomecânica da aterrissagem
O sistema neuromuscular possui um período de latência limitado em resposta às forças aplicadas ao corpo, e varia entre 50
12,13
ms e 75 ms. O intervalo de tempo existente entre a aplicação de força e a resposta neuromuscular tem como
12
significado a incapacidade da musculatura em absorver o choque da aterrissagem de um salto.

As forças de impacto inicial geradas a partir da aterrissagem podem ser divididas em dois tipos: forças de impacto passivo e
12
de impacto ativo. Estas forças são influenciadas por uma série de parâmetros mecânicos, tais como: altura do salto, carga
12,20-22
aplicada ao corpo, velocidade de impacto e técnica de aterrissagem.

As forças de impacto passivo ocorrem dentro do intervalo de 0-50 ms a partir do momento da aterrissagem, enquanto as
forças de impacto ativo representam as forças que agem após 50-75 ms.

As forças de impacto passivo apresentam implicações musculoesqueléticas, tais como lesões nos membros inferiores
12,22
(lesões condrais, fraturas de estresse, síndrome do estresse tibial medial e lesões tendinosas).

Os fatores de influência das forças aplicadas aos membros inferiores urante as aterrissagens dos saltos são descritos no
Quadro 19-1.
Quadro 19-1. Fatores de influência das forças aplicadas aos membros inferiores durante a aterrissagem dos saltos
1. Trajetória do Movimento
Velocidade
Técnica empregada
2. Carga Aplicada
Altura do salto
Peso corporal
Intensidade
Freqüência
Área de aplicação
Forças de reação do solo
3. Indivíduo
Percepções sensoriais relacionadas às condições de aterrissagem
Configuração corporal no impacto
Padrão de contato dos pés
Ângulos de flexão articular dos membros inferiores
Contração muscular
Coordenação neuromuscular
Condicionamento muscular
Fadiga
Distúrbios do movimento
Lesões
4. Superfície de Impacto
Tipos de materiais
Propriedades dos materiais

Calçados

A fase aérea de um salto termina no momento em que se inicia o contato de qualquer segmento corporal com o solo até a
23
cessação do movimento descendente do centro de gravidade, caracterizando assim a fase de aterrissagem.

A aterrissagem de um salto à partir do toque dos pés no solo pode apresentar alguns padrões de contato inicial, como:
antepé, retropé ou pé total.

Considerando-se um salto vertical, o toque inicial dos pés no solo se dará primeiramente pelo contato do antepé,
culminando um movimento de extensão do tornozelo e progressão da superfície de apoio plantar no sentido anteroposterior
dos pés.

Os quadris e joelhos flexionam-se acompanhando o movimento dos tornozelos durante a aterrissagem, reduzindo as forças
de impacto agindo sobre o corpo e preparando-o para um movimento de impulso subseqüente.

FORÇAS DE REAÇÃO DO SOLO


Ao atingir o solo durante aterrissagem de um salto, o corpo aplica forças à superfície, assim como sofre a ação de forças
opostas de mesma magnitude, chamadas forças de reação do solo (FRS). As forças de reação do solo verticais (FRSV) são
de maior interesse, pois a intensidade e freqüência de aplicação têm sido relacionadas às reações de estresse ósseo e lesões.
23

As FRSV comportam-se segundo uma curva de distribuição da intensidade/tempo. A força F1 representa o registro máximo
de força durante a fase de impacto passivo, enquanto a força F2 de menor intensidade representa o registro máximo de força
durante a fase de impacto ativo.

Determinadas modalidades esportivas apresentam um padrão de distribuição de forças durante a aterrissagem, caracterizado
por apenas um registro de força máxima, como observamos durante a aterrissagem de uma bailarina na posição de ponta, ou
durante a fase de apoio do médio-pé de um corredor de velocidade, conforme podemos observar na Figura 19-3.

As diferenças encontradas nas técnicas de aterrissagem podem ser consideradas fatores predisponentes ao aparecimento de
24
lesões. A aterrissagem de um salto durante o rebote no basquete tocando primeiramente o solo com a região do antepé
desencadeia uma FRSV de intensidade inferior quando comparada às aterrissagens com a superfície plantar total. Valiant e
Cavanagh observaram que entre 10 atletas simulando movimentos de rebote no basquete, 8 apresentaram um padrão de
força de 1,3 e 4,1 vezes o peso corporal para as forças F1 e F2 respectivamente, diferentemente daqueles atletas que
optaram pelas aterrissagens com a superfície plantar total, onde o padrão unimodal de forças revelou uma intensidade de 6,0
25
vezes o peso corporal para a força F1.

Conclusões
As diferenças individuais englobando fatores intrínsecos (anatomia, técnica, treinamento, etc.) ou extrínsecos (calçados,
superfície, etc.) representam elementos fundamentais na determinação do rendimento de um salto. As relações existentes
entre as lesões e as forças geradas durante os momentos do impulso e aterrissagem deverão ainda ser explorados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.

Anderson FA, Pandy MG. Storage and utilization of elastic strain energy during jumping. J Biomechanics 1993;26(12):1413–27.

2.

Selbie WS, Caldwell GE. A simulation study of vertical jumping from different starting postures. J Biomechanics 1996;29(9):
1137–46.

3.

Bobbert M. Drop jumping as a training method for jumping ability. Sports Medicine 1990;9(1):7–22.

4.

Zajac FE. Muscle coordination of movement: A perspective. J Biomechanics 1993;(26)1:109–24.

5.

Fowler NE, Trzaskoma Z, Wit A, Iskra L, Lees A. The effectiveness of a pendulum swing for the development of the leg strength
and counter-movement jump performance. Journal of Sports Sciences 1995;13:101–8.

6.

Yamazaki Y, Suzuki M, Mano T. Performance of noncountermovement jump with both knee and hip joints fully extended.
1989;1976–83.

7.

Fukashiro S, Komi P, Järvinen M, Miyashita M. In vivo achilles tendon loading during jumping in humans. Eur J Appl Physiol
1995;71:453–8.

8.

Dufek SJ, Bates B. Biomechanical factors associated with injury during landing in sports. Sports Medicine; 1991;12(5):326–37.

9.
Dufek JS, Zhang S. Landing models for volleyball players: A longitudinal evaluation. J Sports Med Phys Fitness 1996;36;35–42.

10.

Baca A. A comparison of the methods for analyzing drop jump performance. Medicine and Science in Sports and Exercise
1999;438–43.

11.

Jacobs R, Bobbert MF, Schenau GJVI. Mechanical output from individual muscles during explosive leg extensions: The role of
biarticular muscles. J Biomechanics 1996;29(4):513–23.

12.

Humphries BJ, Newton RU, Wilson GJ. The effect of a braking device in reducing the ground impact forces inherent in
plyometric training. Int J Sports Med 1995;16:129–33.

13.

Nigg BM, Denoth J, Neukomm PA. Quantifying the load on the human body: Problems and some possible solutions. Champain,
IL: Human Kinetics; 1981. p. 89–99.

14.

Cornu C, Silveira MIA, Goubel F. Influence of plyometric training on the mechanical impedance of the human ankle joint. Eur J
Appl Physiol 1997;76:282–88.

15.

Hewett TE, Stroupe AL, Nance TA, Noyes FR. Plyometric training in female athletes. Am J Sports Med 1996;24(6):765–73.

16.

Gollhofer A, Strojnik V, Schweizer L. Behaviour of triceps surae muscle-tendon complex in different jump conditions. Eur J Appl
Physiol 1992;64:283–91.

17.

Kramer JF, Morrow A, Leger A. Changes in rowing ergometer, weight lifting, vertical jump and isokinetic performance in
response to standard and standard plus plyometric training programs. Int J Sports Med 1993;14:449–54.

18.

Prilustsky BI, Zatsiorsky V. Tendon action of two-joint muscles: Transfer of mechanical energy between joints during jumping,
landing, and running. J Biomechanics 1994;27(1):25–34.

19.

Ricard MD, Veatch S. Comparison of impact forces in high and low impact aerobic dance movements. International Journal of
Sport Biomechanics 1990;6:67–77.

20.

Van Soest AJ, Schwab AL, Bobbert MF, Schenau GJVI. The influence of the biarticularity of the gastrocnemius muscle on vertical-
jumping achievement. J Biomechanics 1993;26(1):1–8.

21.

Wilson GJ, Newton RU, Murphy AJ, Humphries BJ. The optimal training load for the development of dynamic athletic
performance. Medicine and Science in Sports and Exercise 1993;1279–86.

22.

Young W, McLean B, Ardagna J. Relationship between strength qualities and sprinting performance. J Sports Med Phys Fitness
1995;35:13–1.

23.
Simpson KJ, Ciapponi T, Wang H. Biomechanics of landing In: Garrett Jr. WE, Kirkendall DT. Exercise and sport science.
Philadelphia: Lippincott/Williams & Wilikins; 2000.

24.

Radin EL, Yang KH, Riegger C, Kish VL, O’Connor JJ. Relationship between lower limb dynamics and knee joint pain. J Orthop
Res 1991;9:398–405.

25.

Valiant G, Cavanagh PR. Drop landing from a jump: Implications for the design of a basketball shoe. In: Winter DA, Norman
RW, Wells RP, Hayes KC, Patla AE, editors. Biomechanics IX-B. Champaign, IL: Human Kinetics; 1985. p. 117–22.

View publication stats

Você também pode gostar