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GLÚTEOS

PROF. DR. JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA


@prof_ze_du
Movimentos ISOLADOS que vislumbram o trabalho do - Glúteo
Máximo – sempre foram muito utilizados no universo Fitness,
sobretudo nas Ginásticas de Solo, como a Localizada e etc., e tão
valorizados nos trabalhos com a estética corporal feminina
QUAL O MELHOR?

Fazer os isolados ou não?

Já na musculação tradicional, verifica-se uma constante afirmação, já


cultural nas academias de ginásticas, que assevera acerca da “não
necessidade” da realização desses exercícios e suas variações, para
quem já realiza movimentos como o agachamento, o terra, o avanço e
outros.
Os Glúteos, são formados por um complexo muscular, cada um com sua
função motora, sendo eles o GLÚTEO MÁXIMO, o GLÚTEO MÉDIO e o
GLÚTEO MÍNIMO
Em bases gerais, o Glúteo Médio e o Glúteo Mínimo tem suas funções
motoras ligadas a abdução dos quadris!
Já o Glúteo Máximo é um músculo da
região posterior dos quadris, e que têm
seu nome derivado do Latim “Musculus
Gluteus Maximus”

Sua principal função motora consiste


na EXTENSÃO e HIPERESTENÇÃO
dos quadris
ANATOMICAMENTE

O Glúteo Máximo origina-se


no ílio, posteriormente a linha
glútea posterior, no sacro e no
ligamento sacro-tuberal

E inseri-se na tuberosidade glútea


e no tracto iliotibial.
O Glúteo Máximo
ainda é
vascularizado pelas
artérias glúteas
inferior e glútea
superior
O Glúteo Máximo e
inervado pelo nervo
glúteo inferior,
ramificado a partir
da região da L5 e da
S2, da coluna
vertebral.
CINESIOLOGICAMENTE

OS MOVIMENTOS SE DIVIDEM EM 2 GRANDES TIPOS:


A figura acima retrata um movimento biarticular de quadris, que
estendem/hiperestendem/flexionam-se, e de joelhos que também
estendem/flexionam-se, tendo como músculo motor primário o
Quadríceps e como secundário o Glúteo Máximo e como auxiliar o
Ísquio-tibial.
O Principal Músculo Antagonista é o grupo Psoas-ilíaco
No que tange a figura acima, trata-se de uma variação realizada de
forma mono articular, tendo como músculo motor primário o glúteo
máximo, trabalhando isoladamente através da
extensão/hiperextensão/flexão dos quadris e como músculo secundário,
os Ísquio tibiais
BIOECANICAMENTE

Trata-se de uma alavanca de terceira classe ou interpotente (Eixo -


Braço de Força - Braço de Resistência)
POSIÇÃO INICIAL – quando joelhos e quadris encontram-se fletidos

POSIÇÃO FINAL – quando joelhos encontram-se estendidos e quadris extendido e


hiperestendidos
PLANOS E EIXOS DE MOVIMENTO
BIOECANICAMENTE

A cadeia cinética de movimento a do tipo aberta, no caso do uso de


caneleiras, e como no exemplo da figura, e fechada ou mista, no caso
de uso de outros implementos.
REVERSE HYPER
QUAL O MELHOR?

Fazer os isolados ou não?


É óbvio que os exercícios como os agachamentos exigem,
exponencialmente, o trabalho do Glúteo Máximo durante a realização dos
respectivos movimentos, inclusive com evidências eletromiográficas
claras, pois os mesmos são excelentes ferramentas de treinamento desta
musculatura, perfazendo deles os mais efetivos, mas, apenas quando se
considera a óptica - quantitativa - do processo de recrutamento das
unidades motoras da referida musculatura
Sendo assim, ressalta-se que o recrutamento do Glúteo Máximo ocorre
por vários fatores positivos durante o agachamento, mas, o mesmo
movimento também apresenta limitações no que tange ao
acionamento - qualitativo - de suas unidades motoras, como as que se
pontuam a seguir (WEISS et al., 2010)
a) nos agachamentos, a
grande desvantagem
mecânica que o
movimento apresenta
ao se agachar com altas
cargas, provoca o
acionamento motor do
glúteo máximo, por
exigir que os grupos
musculares auxiliares
sejam acionados para
além do processo de
suporte ao movimento,
estendendo os quadris.

ISTO É POSITIVO AO
AGACHAMENTO
b) em todos os agachamentos, o quadril é
uma das articulações envolvidas no
movimento, mas, o Glúteo Máximo se
mostra atuante, apenas, ao estendê-los e
nunca ao - hiperestendê-los - que é um dos
movimentos e funções basilares dos glúteos,
mas, impossível de ser realizado, aviltando-
se, portanto, parte de sua função motora
básica, e, por consequência, o acionamento
qualitativo e por completo do músculo.

ISTO É NEGATIVO DO AGACHAMENTO


c) apesar do exponencial e
reconhecido acionamento do
Glúteo Máximo durante a
extensão dos quadris nos
agachamentos ser um fato, o
mesmo dá-se, sempre, ,
auxiliando o quadríceps, e nunca
enquanto motor primário no
movimento. Isto também é
negativo do agachamento;

ISSO É NEGATIVO AO
AGACHAMENTO!
d) como arranjo dos sarcômeros das
fibras de cada músculo varia de
acordo com o seu eixo longitudinal,
que é determinado através de uma
linha imaginária, traçada através da
origem até a inserção, isto
desempenha um papel importante
na capacidade global e geradora de
força e potência dos músculos.

Assim, o Glúteo Máximo se classifica


como PENIFORME UNIPENADO

E ainda tem seu eixo de alinhamento


sarcomeral OBLÍQUO em relação ao
eixo longitudinal do músculo
e) assim, este supramencionado
arranjo dos sarcômeros de forma
oblíqua ao eixo longitudinal do
músculo Glúteo Máximo, faz
como com que haja a
necessidade intrínseca, de que
para o “completo recrutamento
qualitativo” de todas as
unidades motoras, que se
trabalhe com uma rotação
externa de quadril (girando-se a
ponta do pé para fora), bem
como se trabalhe com um plano
e eixo de movimento, também
oblíquo, otimizando-se a
atividade muscular, bem como o
desenvolvimento do glúteo de
forma mais sistêmica. O que não
é possível nos agachamentos e
etc., tornando isto, também,
negativo do agachamento,
portanto (HALL, 2010).
O AGACHAMENTO é o melhor exercício para o trabalho do Glúteo Máximo!

Entretanto, ser o melhor, não significa SER COMPLETO!

O Agachamento recruta o maior número de unidades motoras,


quando comprado aos exercícios isolados!

Mas, sempre haverá fibras musculares que ficarão inativas, em


razão dos fatores que mencionamos - falta de hiperextensão dos
quadris + falta de rotação lateral dos quadris e etc...

PORTANTO, um trabalho COMLETO, consciente e atualizado de


prescrição para Glúteos, deve ter o Agachamento enquanto exercício
principal, mas, também os movimentos isoladores e complementares,
pois, nada é 100%

Principalmente os de cadeia cinética aberta


Bibliografia

AMADIO, A. C.; DUARTE, M. (1996). Fundamentos biomecânicos para a análise do


movimento humano. São Paulo: Laboratório de Biomecânica/EEFUSP.

ENOKA, R. M. (2001). Bases Neuromecânicas da cinesiologia. São Paulo: Manole.

HALL, S. (2000). Biomecânica básica. 3a ed. São Paulo: Guanabara-Koogan.

MENDES, R. G; OLIVEIRA, J. E. C. (2015). O tríceps corda. Lecturas: Educación Física y


Deportes. Revista Digital. Buenos Aires.

RASCHE e BURKE. (1987). Cinesiologia e Anatomia Aplicada. 5a ed. Rio de Janeiro.

OBRIGADO!

@prof_ze_du

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