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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências da Saúde


Curso de Licenciatura em Nutrição

Diferentes Tipos de Estudos Epidemiológicos

Ester Américo Mazive: 51230780

Beira, Março, 2024


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Faculdade de Ciências da Saúde
Curso de Licenciatura em Nutrição

Diferentes Tipos de Estudos Epidemiológicos

Trabalho de Campo de
disciplina de Epidemiologia a
ser submetido na Coordenação
do Curso de Licenciatura em
Nutrição da UnISCED.

Ester Américo Mazive: 51230780

Beira, Março, 2024


1. Introdução
O presente trabalho surge na disciplina de Epidemiologia no curso de licenciatura em nutrição
como um trabalho de campo. Este trabalho apresenta um estudo de coorte para examinar a
associação entre a suplementação nutricional e a melhoria no estado de desnutrição em
crianças dos 6 meses aos 59 meses atendidos e internadas no Hospital Central da Beira.
Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Compreender os diferentes tipos de estudos epidemiológicos.
1.1.2. Objectivos Específicos
 Definir a desnutrição e a sua classificação;
 Descrever os diferentes tipos de suplementação existente no Pais e sua aplicação;
 Descrever detalhadamente a metodologia de implementação no estudo de coorte.
2.1. Conceito de desnutrição e sua classificação
Segundo INS (2021), a desnutrição é o estado patológico resultante tanto da deficiente
ingestão e/ou absorção de nutrientes pelo organismo, como da ingestão e/ou absorção de
nutrientes em excesso.
Segundo MISAU (2018) as diferentes formas de desnutrição que podem aparecer isoladas ou
em combinação incluem:
 Desnutrição aguda: manifesta-se através de baixo peso para altura e/ou edema
bilateral;
 Desnutrição crónica: manifesta-se através de baixa altura para idade;
 Desnutrição de micronutrientes: as formas mais comuns de desnutrição de
micronutrientes estão relacionadas com as deficiências de ferro, vitamina A, iodo e
das vitaminas do complexo B.
A desnutrição ocorre quando o aporte de alimento é insuficiente para suprir as necessidades
nutricionais. A desnutrição aguda é causada pelo deficiente consumo alimentar e/ou
aparecimento de uma enfermidade, num passado recente, resultando na perda de peso num
período recente e/ou aparecimento de edema bilateral.
2.2. Tipos de suplementação existente no País e sua aplicação
Segundo Barbosa (1995), suplementos alimentares em sua maioria são: proteínas,
aminoácidos, carboidratos vitaminas e minerais que te auxiliam a suprir todas as necessidades
que o organismo necessita todos os dias. E para pessoas que praticam actividade física, o uso
de suplementos se torna inevitável, já que o organismo não consegue produzir tudo o que ele
precisa.
a) Carboidratos são necessários em pequenas quantidades, em torno de 100g/dia para prevenir
a ocorrência de cetose, pois se existir uma oferta proteica adequada de energia, não há
necessidades específicas de carboidratos. Os carboidratos são o principal combustível para a
contracção muscular, presentes no açúcar, massas, cereais, leguminosas, pão, doces, e em
menor quantidade nas frutas e verduras. Uma dieta rica em carboidratos aumenta a síntese de
novo de ácidos graxos e colesterol pelo fígado.
b) As proteínas são as formadoras dos músculos e reparadoras dos tecidos. Um mito entre os
fisioculturistas. As proteínas de alta qualidade são facilmente digeridas e absorvidas e são
encontradas no leite e ovos; já as proteínas de sementes (arroz, nozes, milho, grãos em geral)
são de qualidade inferior (Abreu, 1992).
c) Os lipídios são usados como fonte energética, como veículo de vitaminas lipossolúveis (A,
D, E e K), como fonte de ácidos graxos essenciais, e ainda melhoram a palatibilidade e o
sabor dos alimento.
O glicerol é a parte hidrofílica dos triglicerídeos, e retém água, promovendo hidratação. Seus
efeitos negativos são desconhecidos (Barbosa, 1995).
O colesterol é o principal componente das membranas celulares, não sendo essencial sua
obtenção pela dieta porque é sintetizado no organismo
d) Bebidas energéticas
É importante a ingestão de líquidos nos treinos; antes, durante e depois das competições.
Várias bebidas energéticas são fabricadas com alta quantidade de carboidratos, mas não mais
que 1200g/l, e relativamente alta quantidade de cafeína e quantidade extra de taurina e
glucoronolactona, sob a alegação de aumentar o desempenho (Abreu, 1992).
2.3. Metodologia do estudo
No hospital Central da Beira, seleccionamos aleatoriamente 150 crianças dos 6 aos 59 meses.
Foram realizadas avaliações antropométricas no momento de avaliação, sendo valores
apresentados e tratados por z-scores, como preconiza a Organização Mundial de Saúde
(OMS). O protocolo de avaliação incluiu ainda a recolha do peso da criança ao nascer, das
práticas de aleitamento materno, o estudo da diversificação alimentar e a idade de introdução
de determinados alimentos. Algumas informações relativas ao agregado familiar foram
recolhidas, como o estado de nutrição da mãe, a escolaridade e o número de filhos.
Do total de crianças avaliadas, e através do z-score de Índice de Massa Corporal, verificou-se
que 18,6% apresentava desnutrição aguda. Por sua vez, pela análise do z-score do índice
estatura para a Idade verificou-se uma taxa de desnutrição crónica de 48,3%. Em relação às
práticas de aleitamento materno verificou-se que 79,4% das crianças entre os 18 e os 24
meses ainda são amamentados. Do total de crianças verificou-se que 85,1% destas cumpriu o
tempo de aleitamento materno exclusivo preconizado pela OMS. Em relação à diversificação
alimentar verificou-se que a introdução do primeiro alimento se dá, em média, aos 6±1 meses,
e consiste em farinhas lácteas ou de cereais na maioria dos casos. O estado nutricional é o
resultado da relação entre o consumo de alimentos e as necessidades nutricionais. A avaliação
do estado nutricional serve para identificar indivíduos em risco, colaborar para a promoção ou
recuperação da saúde e monitorizar a sua evolução. Um parâmetro isolado não pode ser usado
como indicador fiável da condição nutricional de um indivíduo, sendo necessário associar
vários indicadores do estado nutricional para aumentar a precisão do diagnóstico.
3. Conclusão
Concluímos que as crianças dos 6 aos 59 meses, apresentam uma elevada taxa de desnutrição,
sendo que a desnutrição crónica atinge quase metade destas. Alguns hábitos alimentares da
criança estão desajustados às recomendações, sendo necessárias medidas político-
governamentais de prevenção e promoção de uma alimentação saudável e adequada.
Referencias
 ABREU, A. Nível de informação sobre atividade física relacionada à saúde de
indivíduos que se exercitam nas academias de Florianópolis. 1992. 46 p. Monografia.
Curso de Pós-Graduação em Educação Física. Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis.
 BARBOSA, S.R.C.S. Universidade, qualidade de vida e construção da cidadania em
Paulínia, SP. Cadernos de Desenvolvimento e Meio Ambiente, n.2, p. 145-152, 1995.
UFPR.
 BOOG, M.C.F. Educação nutricional em serviços públicos de saúde. Cad. Saúde
Públ., Rio de Janeiro, 15(Sup.2):139-147, 1999. ISSN 0102-311X.
 Ministério da Saúde (MISAU). 2018. 2ª ed. Manual de Tratamento e Reabilitação
Nutricional Volume: O aos 14 anos. Maputo, Moçambique.

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