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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Departamento de Ciências de Saúde

Curso de Licenciatura em Nutrição

A educação pós-independência em Moçambique, vem sofrendo transformações desde o


surgimento da primeira lei do SNE até à actual.

Hortência Benjamim Endepuma – 96230072


Lichinga,, Março 2024
UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Saúde

Curso de Licenciatura em Nutação

A educação pós-independência em Moçambique, vem sofrendo transformações desde o


surgimento da primeira lei do SNE até à actual.

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura
em Nutrição da UnISCED.
Tutor:

Hortência Benjamim Endepuma – 96230072


Lichinga, Março 2024
Índice
1. Introdução................................................................................................................................. 3
1.1. Objetivo ................................................................................................................................ 3
1.1.1. Geral: ................................................................................................................................ 3
1.1.2. Específicos: ....................................................................................................................... 3
2. Referencial conceitual teórico .................................................................................................. 4
2.1. Conceito e sua classificação ................................................................................................. 4
2.2. Tipos de suplementação existente no País e sua aplicação .................................................. 4
2.3. Desenho detalhado do estudo, toda a metodologia de implementação ................................ 5
2.3.1. Fundamentação ................................................................................................................. 5
2.3.2. Desenvolvimento .............................................................................................................. 5
2.3.3. Avaliação .......................................................................................................................... 6
3. Conclusão ................................................................................................................................. 7
4. Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 8
1. Introdução
O presente trabalho da cadeira de epidemiologia, com o tema: Desenhe um estudo de coorte para
examinar a associação entre a suplementação nutricional e a melhoria no estado de
desnutrição em crianças dos 6 meses aos 59 meses atendidos e internadas no Hospital Central
da Beira, onde vamos falar de conceito de desnutrição c e sua classificação, assim sendo o trabalho
tem os sequentes Objetivos:

1.1.Objetivo

1.1.1. Geral:
✓ Descrever sobre o desenho dos diferentes tipos de estudos epidemiológicos

1.1.2. Específicos:
✓ Conhecimento sobre o desenho dos diferentes tipos de estudos epidemiológicos
✓ Sistematizar os conhecimentos adquiridos sobre estudos epidemiológicos.

1.1.3. Estrutura do trabalho

O presente trabalho goza de um método científico e na sua mancha gráfica fazem parte os seguintes
elementos: capa, folha de rosto, índice, introdução, desenvolvimento do trabalho, conclusão e
referências bibliográficas.

1.1.4. Metodologia de Trabalho:

Para a elaboração do presente trabalho, usou-se uma metodologia bibliográfica, na qual cingiu-se
na busca por obras literárias na internet, nos formatos word, pdf seguida da leitura interpretação
das mesmas.

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2. Referencial conceitual teórico
2.1.Conceito e sua classificação

Desnutrição é um estado patológico causado pela falta de ingestão ou absorção de nutrientes.


Dependendo da gravidade, a doença pode ser dividida em primeiro, segundo e terceiro grau.
Existem casos muito graves, cujas consequências podem chegar a ser irreversíveis, mesmo que a
pessoa continue com vida.

De salientar que a sua classificação está classificada em do primeiro, segundo e terceiro grau.

2.2. Tipos de suplementação existente no País e sua aplicação


Os tipos de suplementos nutricionais são

✓ Suplemento termogênico – Indicado para aqueles que estão em busca da perda de peso.
Esse suplemento é capaz de acelerar o metabolismo, composto por substâncias que
promovem essa ação, tais como cafeína e citrus;
✓ Suplemento hormonal – Tal como o nome já sugere, esse suplemento ajuda a estimular a
produção de hormônios. É comum, por exemplo, que as mulheres recebam esse tipo de
tratamento quando enfrentam algum tipo de alteração hormonal, com o suplemento com
estrogênio;
✓ Suplemento proteico – Essas são voltados para aqueles que fazem musculação, sendo
suplementos a base de proteínas que possuem o objetivo de promover a recuperação
muscular no pós-treino;
✓ Suplemento probiótico – Já esse se trata de um suplemento a base de microrganismos vivos
e que, geralmente, contribui para melhorar a função intestinal;
✓ Suplemento hipercalórico – Esse é repleto de calorias sendo rico em carboidratos,
vitaminas, gorduras, proteínas e também em minerais. Mas, devido a sua composição rica
em gorduras e muito calórica, esse tipo deve ser consumido com cautela, pois poderia
ocasionar o ganho de peso;
✓ Suplemento poli vitamínico e mineral – Fornece complemento para as vitaminas e para os
minerais, a exemplo disso se tem o magnésio e o cálcio;
✓ – Suplemento antioxidante – Por fim, esse suplemento tem a capacidade de eliminar os
radicais livres do organismo, o que ajuda a beneficiar a saúde como um todo.

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2.3. Desenho detalhado do estudo, toda a metodologia de implementação

2.3.1. Fundamentação
A prevalência de desnutrição crónica é elevada em Moçambique. Este é um problema mais
acentuado nas áreas rurais e nas províncias do norte, onde estão a ser implementadas actividades
da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) vinculadas às
iniciativas Feed the Future e Ending Preventable Child and Maternal Deaths. Paralelamente, pouco
se sabe sobre a relação entre a desnutrição crónica e a exposição à aflatoxina em crianças
Moçambicanas. Conforme observado por Turner (2013), “Quando se considera que, em todo o
mundo, 40% dos 11 milhões de mortes de crianças menores de cinco anos ocorrem na África
Subsariana, e que aproximadamente metade das mortes de crianças relacionadas com doenças
infecciosas na África Subsariana apontam a desnutrição e o atraso no crescimento como causas
subjacentes, a necessidade urgente de mais pesquisas sobre o efeito destes contaminantes
alimentares na saúde pública torna-se evidente (Turner, 2013).” Para melhor compreender a
extensão desta relação, foi realizado um estudo em 10 distritos da província de Sofala.

2.3.2. Desenvolvimento
Usando um desenho transversal, o presente estudo incluiu 1.800 crianças de 6 a 59 meses de idade.
Os dados do chefe do agregado familiar, da mãe ou cuidadora feminina e da criança foram
recolhidos por enumeradores e nutricionistas locais em medidas-chave de interesse, incluindo
estado de saúde infantil e materno, dieta, segurança alimentar, variáveis do agregado familiar,
estatuto socioeconómico, agricultura e práticas de processamento alimentar. Mais informações
sobre o tipo de dados recolhidos são fornecidas na secção de recolha de dados do protocolo. Tendo
em conta todas as considerações éticas, foram recolhidas amostras de sangue venoso de crianças
por flebotomistas do HCB. As amostras de sangue foram processadas por um técnico de laboratório
do HCB e armazenadas no HCB até serem enviadas para a UGA para análise.
Os dados sobre a exposição da criança às aflatoxinas foram associados ao seu estado de
crescimento e relatados ao nível de desagregação por sexo e por faixa etária. Foram desenvolvidos
vários biomarcadores moleculares que permitem a avaliação da exposição à aflatoxina através de
epidemiologia bioquímica e que vão além da determinação de níveis em alimentos e rações para
animais. Biomarcadores como a aflatoxina sérica são rotineiramente usados em estudos

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epidemiológicos em combinação com questionários para avaliar a exposição, uma vez que têm a
vantagem de serem directamente relevantes para o risco humano (Leong et al., 2012). Eles
preenchem a lacuna entre a caracterização do perigo e a avaliação da exposição, particularmente
nos casos em que outros componentes da matriz alimentar ou do ambiente (por exemplo, outros
fatores ambientais, doenças) podem afectar a biodisponibilidade e, portanto, a dose sistémica da
substância (neste caso, aflatoxina). Estes incluem metabolitos da AFB1 no soro, bem como
aflatoxina M1 (AFM1) e AFB1-N7-guanina que são medidos na urina (Leong et al., 2012; Wang
et al., 2001). Foi considerado o aduto de AFB1-albumina como medida para estimar a aflatoxina
em vez da AFM1 urinária; tem sido reportado que o aduto de AFB1-albumina sérico reflete melhor
a ingestão de longo prazo e a presença de AFB1 no soro devido a uma semi-vida mais longa da
albumina em humanos comparativamente aos metabolitos urinários (Groopman et al., 1994).
Adicionalmente, o doseamento sérico mostrou-se mais estável e com menos flutuações do que os
metabolitos urinários no mesmo período de tempo, conforme observado por Groopman et al. 1993
e Wild et al. 1992 (Groopman et al., 1994; Wild et al., 1992). Assim sendo, é uma medida mais
precisa da exposição à aflatoxina.

2.3.3. Avaliação
A exposição à aflatoxina pode afectar o estado nutricional de crianças pequenas, o que, por sua
vez, tem implicações a longo prazo relacionadas com o seu crescimento e desenvolvimento. Os
objectivos deste estudo foram avaliar a aflatoxina sérica em crianças de 6 a 59 meses de idade,
examinar as diferenças na exposição por faixa etária e enumerar a associação dos níveis de
aflatoxina nessas crianças e seu risco de desnutrição crónica. Como objectivos secundários,
também queríamos examinar os determinantes alimentares e agrícolas da exposição à aflatoxina,
fornecendo, assim, uma perspectiva dos caminhos a seguir para programas e políticas de
intervenção. Para atingir esses objectivos, conduzimos uma pesquisa transversal com uma amostra
de 1,001 agregados familiares utilizando uma estrutura e estratégia de amostragem de modo que
os resultados fossem representativos de crianças de 6 a 59 meses, crianças de 6 a 23 meses e
crianças de 24 a 59 meses de idade em 10 distritos da ZOI do Feed the Future da província de Sofal,
Moçambique.

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3. Conclusão
O presente estudo verificou que as crianças da província de Nampula tiveram uma exposição
substancial à aflatoxina que, por sua vez, foi associada a resultados antropométricos preocupantes.
Além disso, os níveis de aflatoxina foram influenciados pela sua alimentação, com o consumo de
mandioca e amendoim representando problemas significativos. Também foi avaliada a dimensão
agrícola e verificou-se que as práticas melhoradas de secagem de milho e amendoim são factores
críticos relacionados com os níveis de aflatoxina em todas as crianças, independentemente da
idade. Os resultados deste estudo mostram a importância de abordar os factores nutricionais
específicos e sensíveis à nutrição que afectam a saúde e a nutrição no início da vida, particularmente
no contexto de Moçambique, dadas as altas taxas de desnutrição crónica, bem como as altas taxas
de contaminação de produtos agrícolas com aflatoxina.

A série Lancet de 2013 sobre nutrição materno-infantil destacou a importância de focar as


actividades de pesquisa e programação na prevenção da desnutrição crónica durante os primeiros
1,000 dias de vida de uma criança (Black et al., 2013). Embora a série tenha identificado 10
intervenções direccionadas baseadas em evidências, ou específicas de nutrição (Bhutta, 2013),
também destacou que acções complementares adicionais são necessárias no domínio das acções
'sensíveis à nutrição', para garantir que a desnutrição crónica possa ser reduzida em mais de 20%.
Isto redirecciona o foco dos investimentos necessários para outros sectores além da saúde,
incluindo a agricultura e as respectivas cadeias de valor associadas, não apenas para disponibilizar
mais alimentos aos consumidores, mas para torná-los mais seguros e de melhor qualidade. Um dos
principais focos da agenda de segurança/qualidade alimentar actual é a contaminação por
micotoxinas de alimentos consumidos por mulheres grávidas e crianças pequenas, e a seu potencial
relação com a desnutrição crónica.

Em conclusão, os resultados do presente estudo são importantes porque ajudam a identificar as


acções sensíveis à nutrição, como a mitigação da aflatoxina através de boas práticas agrícolas e de
armazenamento pós-colheita, que podem apoiar na redução dos níveis actuais de desnutrição
crónica em crianças Moçambicanas.

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4. Referências Bibliográficas
Equipe editorial de Conceito.de. (26 de Setembro de 2011). Atualizado em 17 de Agosto de 2022.
Desnutrição - O que é, conceito, causas e características. Conceito.de.
https://conceito.de/desnutricao

✓ Coates, Jennifer, Anne Swindale, and Paula Bilinsky. 2007. “Household Food Insecurity
Access Scale (HFIAS) for Measurement of Food Access: Indicator Guide: Version 3:
(576842013-001).” American Psychological Association.
https://doi.org/10.1037/e576842013-001.
✓ Denno, Donna M., Kelley VanBuskirk, Zakia C. Nelson, Christine A. Musser, Hay
Burgess, Deborah C, and Phillip I. Tarr. 2014. “Use of the Lactulose to Mannitol Ratio to
Evaluate Childhood Environmental Enteric Dysfunction: A Systematic Review.” Clinical
Infectious Diseases 59 (suppl_4): S213–19. https://doi.org/10.1093/cid/ciu541.
✓ Feedback. FtF. 2014. “Feed the Future Mozambique Zone of Influence Baseline Report.”
Gong, Y. Y., K. Cardwell, A. Hounsa, S. Egal, P. C. Turner, A. J. Hall, and C. P. Wild.
2002. “Dietary Aflatoxin Exposure and Impaired Growth in Young Children from Benin
and Togo: Cross Sectional Study.” BMJ 325 (7354): 20–21.
✓ Gong, Y. Y., S. Egal, A. Hounsa, P. C. Turner, A. J. Hall, K. F. Cardwell, and C. P. Wild.
2003. “Determinants of Aflatoxin Exposure in Young Children from Benin and Togo, West
Africa: The Critical Role of Weaning.” International Journal of Epidemiology 32 (4): 556–
62. https://doi.org/10.1093/ije/dyg109.
✓ Groopman, John D., Gerald N. Wogan, Bill D. Roebuck, and Thomas W. Kensler. 1994.
“Molecular Biomarkers for Aflatoxins and Their Application to Human Cancer
Prevention.” Cancer Research 54 (7 Supplement): 1907s–11. “

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