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(Anatomia e Fisiologia)

★ Quando falamos sobre sistema urinário, estamos a referir-nos a:


o Rins
o Vias excretoras do Rim
o Ureter
o Bexiga
o Uretra

★ Encontram-se localizados ao nível do retroperitoneal, num plano transversal entre T11 e L3;
★ Os rins (esquerdo e direito) encontram-se numa posição diferente, em que o rim esquerdo se encontra num plano
relativamente superior em relação ao rim direito e isto tem a ver com o facto de o fígado ser um órgão maciço
e que está presente no lado do hipocôndrio direito, o que faz com que haja no fundo uma descida do rim direito
em relação ao rim esquerdo.
★ Relações:
o o rim direito relaciona-se anteriormente com:
▪ o cólon transverso;
▪ o ângulo hepático;
▪ a flexura hepática;
▪ cólon ascendente;
▪ as ansas de intestino delgado, relaciona-se com os vasos da arcada de riolan e com a 1ª e 2ª
porção do duodeno que se encontra anteriormente em relação a ele,
o medialmente ele vai se relacionar ainda com:
▪ o duodeno;
▪ a tríade portal, com a veia cava inferior de onde sai a sua veia principal – veia renal (neste caso
direita);
▪ o seu íleo, onde vai ter a artéria e a veia renal, mas também vai ter as vias excretoras urinárias
do rim.

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o Além disso vamos ter uma relação no polo superior na glândula renal, de forma piramidal triangular, em
que se encontra, tanto no polo do rim direito, como no polo do rim esquerdo e o seu vaso de drenagem
principal à direita, vai drenar para a veia cava inferior e à esquerda vai drenar para a veia renal.
▪ Esta glândula suprarrenal é um órgão endócrino, que vai ser produtor de múltiplas hormonas, uma
delas é a adrenalina e o cortisol.
o Posteriormente o rim vai-se relacionar com:
▪ o músculo ílio psoas;
▪ o músculo quadrado dos lombos;
▪ nervo ílio inguinal e o nervo ílio hipogastro (nervos
colaterais) que vão inervar a região inguinal
★ O rim e a glândula suprarrenal, acabam por se encontrar num espaço retroperitoneal, ou seja, encontram-se
posteriormente em relação ao peritoneu parietal posterior, mas mais importante do que isso é que eles se
encontram revestidos pela fáscia de gerota, onde se encontram rodeados por gordura e esta gordura é o corpo
adiposo pararrenal de gerota. Isto é importante de forma a proteger o
rim de traumatismos e a isolar eventuais
infeções – forma uma loca, a loca renal, que
é definida por esta fáscia de gerota;

★ De seguida temos as vias excretoras do rim (pelves renais) e de seguida os ureteres que acabam por ter um
trajeto descendente até chegarem à bexiga;
★ Vamos ter a uretra que vai ser diferente no homem e na mulher, porque na mulher vai ser muito mais linear e
no homem, devido ao pénis, vamos ter uma uretra diferente.

★ É extremamente importante para:


o o equilíbrio hidro-eltrolítico;
o a remoção de produtos e substâncias químicas (o rim acaba por eliminar na urina), vai ser muito importante
para a neo-glicogénese, ou seja, para o metabolismo dos glícidos.
o sistema hormonal, para a hematopoiese, ou seja, para através da formação da eritropoitina, que nos vai
levar à formação de glóbulos vermelhos e de eritrócitos de novo. Vai ser importante para a renina, no
controlo da tensão arterial para o sistema renina-angiotensina aldosterona e para o metalismo do cálcio
através da vitamina D (1,25-didroxivitamina) ativada que também é ativada ao nível do rim

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★ O rim, em termos macroscópicos vai ser dividido em 2 grandes porções semelhantes, onde vamos ter: um córtex
e um espaço medular e por fim vamos terminar ao nível das vias excretoras do rim.
★ Na medula renal, ou seja, a porção interior do rim, o que nós vamos ter vão ser as pirâmides renais que vão dar
às papilas renais, que vai derivar para o seio renal, ou seja, vamos ter umas partes claras e umas partes escuras:
o as bandas escuras ou vasculares são os vasos retos que vascularizam a região do nefrónio;
o as bandas claras vão ser no fundo os tubos coletores.
★ No córtex temos os corpúsculos renais e os raios medulares, tudo isto são
suturas que vão corresponder no fundo aos glomérulos;
★ Depois vamos ter as vias excretoras em que temos as pelves/cálices
menores que vão ser 10 a 12 e que terminamos nas pelves/cálices maiores
que são 3 a 4 até que terminamos na pelve do rim (pelve renal) que é a
principal via de drenagem onde depois vai desembocar no ureter para
acabar por eliminar a urina ao nível do rim;
★ Em termos de estrutura propriamente dita do rim, o que nós temos são os nefrónios, em que no nefrónio o que
nós temos são os corpúsculos renais de Malpighi, em que vamos ter o glomérulo e a cápsula glomerular de Bowman;
o Glomérulo - é uma rede vascular que vai ter uma arteríola aferente e uma arteríola eferente:
▪ Arteríola eferente - vai acompanhar os túbulos em toda a sua ascensão de forma a poder haver
as trocas da parte arterial para a parte urinária, para os túbulos renais;
o Cápsula Glomerular de Bowman - corresponde à cápsula onde envolve esta rede micro vascular de vasos
vai ter 2 lâminas:
▪ uma lâmina interior ou interna - vai ser fenestrada à semelhança dos hepatócitos ao nível do
fígado e ao ser fenestrada vai permitir passagem de moléculas com um determinado diâmetro,
ou seja, num determinado diâmetro que passa livremente dos vasos da arteríola da rede vascular,
ou seja, do glomérulo para a cápsula de bowman;
▪ depois do espaço capsular temos a 2ª lâmina, a lâmina externa - lâmina exterior que define a
cápsula de bowman, que se encontra aberta no meio para dar início aos túbulos, neste caso ao
túbulo contornado proximal;
o no fundo o corpúsculo renal de Malpighi, é o conjunto do glomérulo que é a rede vascular que tem entrada
pela arteríola aferente, ou seja, de entrada e aferente de saída da arteríola eferente (polo vascular) e

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pelas duas lâminas da cápsula glomerular de bowman que depois se continuam pelo túbulo contornado
proximal.

★ Nos túbulos temos:


o Tubo contornado proximal (no córtex) que será o 1º túbulo do nefrónio;
o Ansa de Henle (na medula renal) que vai continuar e prolongar-se até à medula do rim. Esta ansa tem um
ramo descendente espesso e um ramo descendente fino. Tem um ramo ascendente, que no fundo
prolonga-se pelo túbulo contornado distal até chegar ao ducto coletor que no fundo vai reunir a urina ao
nível dos cálices menores, depois dos cálices maiores e depois para a pelve renal. Além disso, junto ao
túbulo contornado distal quando chega ao nível do glomérulo e do corpúsculo renal, vamos ter uma região
denominada de mácula densa, ela é importante porque vai estar em relação com a arteríola aferente e
vai estar em relação com o túbulo contornado distal. Vai ser extremamente importante para a formação
da renina que será um dos controladores através do sistema renina angiotensina aldosterona da nossa
tensão arterial, vai acabar por ser produzida através da mácula densa de forma a nós conseguirmos
controlar este fator! Imaginemos que temos uma baixa de tensão, há uma síntese aumentada de renina pela
mácula densa porque a pressão da arteríola aferente vai ser menor. A mácula densa
deteta e faz uma síntese de renina, o que vai fazer com que o sistema renina angiotensina
aldosterona aumente e ao aumentar este sistema, a angiotensina II vai fazer
vasoconstrição sistémica e vai fazer com que haja uma maior absorção de sódio de forma
a aumentar a pressão arterial!

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Filtração Glomerular
★ É uma relação de pressões oncóticas e de pressões hidrostáticas, ou seja, temos o glomérulo, arteríola aferente,
arteríola eferente e a cápsula de bowman com a lâmina interior e a exterior a passar para o ducto contornado
proximal – temos 4 pressões – 2 pressões oncóticas e 2 pressões hidrostáticas.
★ Uma pressão hidrostática capilar, é a força que chega o sangue ao nível das bases do glomérulo e a força contra
a parede do vaso para entrada das substâncias ao nível da cápsula de bowman, ou seja, para promover a filtração
destas substâncias;
★ Uma pressão hidrostática da cápsula de bowman ao contrário, ou seja, os liquídos que se encontram entre esta
lâmina exterior e a lâmina interior que faz o movimento contrário, sendo que esta pressão hidrostática contém
um “tubo de escape” que é o túbulo contornado proximal;
★ Depois temos a pressão oncótica, ou seja, as proteínas que se encontram ao nível dos vasos, que vão fazer com
que haja um “puxar” - se está hipertónico do lado do vaso vai puxar os fluídos do lado da cápsula de Bowman para
o vaso e não é suposto nós termos proteínas ao nível da cápsula de bowman, não é suposto serem filtradas,
portanto se não há proteínas do lado da cápsula de bowman não temos pressão oncótica no espaço de bowman.
★ Portanto, no fundo a filtração glomerular vai ser o resultado da subtração da pressão hidrostática capilar, ou seja,
a força do sangue quando chega ao vaso para levar os líquidos à cápsula de bowman, menos as 2 pressões
opostas, ou seja, a pressão oncótica das proteínas que se encontram ao nível do espaço vascular e a pressão
hidrostática que está ao contrário por líquidos que estão na cápsula de bowman para o vaso.
Quantidade excretada = Quantidade filtrada + Quantidade secretada – Quantidade reabsorvida

★ Tabela: quando há uma pressão arterial média de cerca de 60 mmHg, o


que acontece é que nós vamos ter filtração glomerular, porque se
subtrairmos esta pressão hidrostática capilar que é responsável pela
PAM, vamos subtrair aos 60 a pressão hidrostática dos fluídos da
cápsula de bowman que será cerca de 15 e vamos subtrair a pressão
oncótica o que nos dá uma possibilidade de termos filtração glomerular
de 16. O que isto quer dizer é que se nós baixarmos abaixo dos 6o mmHg
da PAM, o que pode acontecer é nós deixarmos de ter filtração
glomerular, ou seja, o rim deixar de funcionar e deixar de produzir urina;

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★ Este filtrado glomerular não tem proteínas ou células, porque a maior parte das proteínas tem uma dimensão
superior em relação às lâminas fenestradas da cápsula de bowman. Além disso as proteínas têm uma carga
negativa e a carga eletrostática da cápsula de bowman também é uma carga negativa, portanto eles repelam-se
um ao outro;
★ Se houver um defeito desta cápsula de bowman o que acontece é que há passagem das proteínas e se houver
esta passagem vai aumentar a pressão oncótica e a pressão hidrostática a contrariar a concentração, portanto
vai haver uma filtração glomerular, tendo que haver um aumento das pressões arteriais, ou então se acontecer
o contrário, temos tal forma uma destruição desta barreira porque temos tantas proteínas deste lado que as
próprias proteínas aumentam a passagem de fluídos. (por norma não queremos passagem do espaço vascular
para o espaço do filtrado glomerular).
★ Além disso, todas as moléculas estão agarradas a proteínas, sejam iões ou outras substâncias, também não serão
filtradas por causa disto, porque se a proteína não passa essas moléculas também não vão passar;
★ A taxa de filtração glomerular quanto mais glomérulos tivermos, mais área de membrana vamos ter, tendo mais
possibilidade de ter filtrado glomerular.
★ Este filtrado glomerular corresponde a 20% do plasma que é filtrado todos os dias e vai ser filtrado, reabsorvido
ou excretado, ou seja, a quantidade de urina formada (quantidade excretada) depende da quantidade de filtrado +
a quantidade secretada, ou seja, substâncias que vão ser colocadas dos vasos que acompanham os túbulos e que
vão eliminar/secretar para dentro dos túbulos certas substâncias menos a quantidade de substâncias
reabsorvidas através dos túbulos para os vasos que acompanham, que saem do fundo da arteríola aferente, que
vais dar os vasos que rodeiam todos os túbulos;
★ Taxa de filtração glomerular:
o volume por unidade de tempo;
o diretamente proporcional à permeabilidade e área de membrana;
o Controlada.
★ Existem mecanismos de controlo local da pressão hidrostática ao nível dos corpúsculos renais, porque se nós
diminuirmos o tamanho da arteríola aferente, ou seja, aquela que trás sangue para o glomérulo, nós vamos diminuir
a pressão hidrostática capilar dos vasos do glomérulo e vamos diminuir por conseguinte a taxa de filtração
glomerular, se nós fizermos o contrário, ou seja, se fizermos o mesmo mas na arteríola eferente, ou seja, na
arteríola que sai, o que vai acontecer é que ao diminuirmos o tamanho do lúmen da arteríola eferente nós vamos
aumentar a pressão hidrostática a montante o que vai fazer com que aumente a pressão hidrostática capilar do
glomérulo e desta forma vamos fazer um aumento da taxa de filtração glomerular, por outro lado se fizermos
uma vasodilatação da arteríola eferente o que vai acontecer é que vamos aumentar o tamanho do lúmen da

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arteríola eferente, fazendo com que haja uma diminuição da pressão a montante no glomérulo, logo diminui a taxa
de filtração glomerular;
★ O contrário, ou seja a dilatação da arteríola aferente, a arteríola que trás, vai fazer com que nos aumente a
pressão hidrostática capilar ao nível do glomérulo e nos aumente a taxa de filtração glomerular, ou seja, se
tivermos um sistema de mangueiras é lembrar que arteríola aferente é a que entra no glomérulo e a eferente é
sempre a que sai do glomérulo, se nós apertamos, se estivermos atrás o que vai acontecer é que vai chegar
menos sangue, se chega menos sangue temos menos pressão hidrostática, se apertamos a que está à frente
vai fazer com que haja mais pressão atrás do vaso, logo aumentamos a taxa de filtração glomerular;
★ A dilatação é o contrário disto, ou seja, se nós dilatamos a arteríola aferente vai sair mais depressa, vai diminuir
a pressão hidrostática no glomérulo e vai diminuir a taxa de filtração glomerular e se tivermos uma dilatação atrás
vai chegar mais sangue, logo vamos aumentar a pressão hidrostática e vamos aumentar a taxa de filtração
glomerular.

★ Tem 4 posições
o Porção lombar, a seguir à pelve renal que se inicia o ureter passando posteriormente em relação à veia
e à artéria renal (a artéria renal direita vai passar posteriormente à veia cava inferior – esta mal em
cima) e a veia renal esquerda vai passar superiormente em relação à artéria aorta abdominal.
o Posteriormente em relação a estas estruturas vamos ter a pelve renal e a porção inical do ureter que é
a porção lombar que se vai relacionar:
▪ medialmente com os vasos gonadais,
▪ lateralmente com o rim tanto à direita como à esquerda que passando posteriormente em relação
ao ligamento uretero renal que vai fazer a ligação entre o colo inferior do rim e o ureter.

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▪ Depois dirige-se inferiormente e vai continuar a sua porção lombar até chegar à sua porção ilíaca
e à sua porção pélvica de seguida.
o A sua porção ilíaca acaba-se por relacionar com o nervo génito femoral e vai passar:
▪ anteriormente em relação ao psoas maior relacionando-se também com o psoas menor dos
músculos da bacia;
▪ posteriormente em relação aos vasos gonadais tanto à direita como à esquerda, tornando-se
medial em relação a eles para depois passar anteriormente aos vasos ilíacos comuns,
relacionando-se então com os vasos ilíacos internos.
★ Entrando na sua porção pélvica onde se vai colocar posteriormente em relação à bexiga e vai relacionar-se de
forma diferente no homem e na mulher.
o Na mulher vai passar superiormente em relação aos ligamentos largos de sustentação do útero, passando
anteriormente em relação ao colo do útero para ir terminar ao nível do trígono vesical com a sua porção
intravesical que é a 4ª porção do ureter.
o Em relação ao homem vai passar posteriormente em relação ao ducto deferente para terminar na
mesma ao nível do trígono vesical da bexiga, dando também uma porção intravesical.
★ Na porção posterior da bexiga apresenta um triângulo de base superior e vértice inferior (trígono vesical), o
vértice inferior corresponde ao orifício da uretra e a base do triângulo vai ter os 2 óstios uretrais, em que o
ureter na sua porção intravesical acaba por ter um trajeto oblíquo em relação à parede, o que faz com que a
bexiga quando enche acaba por “obstruir” o ureter de forma a fazer o mecanismo de válvula, que é
complementado através de uma prega mucosa que existe ao nível vesical, que funciona como se fosse uma válvula.
Quando está cheio empurra esta prega mucosa e fecha o óstio do ureter, portanto a porção final do ureter é
uma porção intravesical que termina ao nível do trígono;

★ Como é que a urina passa do rim até à bexiga?


o 1ª coisa – o bacinete e o ureter não têm qualquer pressão hidrostática (0 mmHg), ou seja, o facto de
terem liquido lá dentro não aumenta a pressão hidrostática, portanto sem haver contração do músculo
intrínseco do ureter, não há qualquer movimento de urina até à bexiga, ou seja, a urina só vai do rim até
à bexiga, através das contrações peristálticas do ureter que aumentam a pressão hidrostática dentro do
ureter de forma a fazer um movimento de descida do rim para a bexiga, estas contrações podem gerar
pressões até 50 mmHg e por norma acontecem 2/3s e esta frequência é aumentada se tivermos o

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parassimpático em ação e é diminuída se tivermos o simpático em ação, ou seja, podemos ter uma
diminuição do fluxo urinário também por diminuição da pressão das contrações peristálticas do ureter.
Quando temos um doente em choque (temos o simpático muito aumentado) vai fazer com que diminua a
contração do ureter. Vai haver uma ausência de refluxo da bexiga dado à anatomia do trígono, ou seja, a
prega da mucosa que se encontra ao nível do óstio lateral, o facto de nós temos um trajeto intravesical
oblíquo em relação à parede do músculo que faz com que no fundo colapse este ureter terminal;

★ Em relação à loca vesical no homem e da mulher será diferente:


o Mulher - vamos ter a relação com a vagina e com útero que no homem não existe.
o De qualquer forma temos pontos constantes, o 1º ponto constante é o úraco, que se encontra na bexiga
fixado ao nível do umbigo;
o Vamos ter anteriormente um espaço pré vesicula (espaço retopúbico de Retzius) de gordura, que
lateralmente à bexiga vai ser o espaço de borgos que é um local de possível acumulação de sangue;
o vamos ter a porção superior que vai corresponder à região peritoneal que vai estar em relação com as
ansas delgado e com o cólon respetivo posterior que no caso do homem vai relacionar-se diretamente
com o reto e no caso da mulher vai se relacionar com o útero e a bexiga através do septo vesico vaginal;
o inferiormente vai haver uma relação diferente no homem e da mulher:
▪ no caso do homem devido a termos a próstata e o pénis a bexiga acaba por ter uma posição
mais superior em relação à mulher que é uma bexiga mais inferior que tem um útero e uma
vagina que faz uma pressão ao nível da bexiga, sendo que em ambos a uretra acaba-se por
relacionar com o diafragma pélvico na sua porção inferior, ou seja, a porção inicial da uretra vai
sempre relacionar-se com o diafragma pélvico;
o Lateralmente esta loca vesical vai ser definida pelo septo sacro-reto-génito-vesico-púbis na mulher e
sacro-reto-vesico-pubis no caso do homem.
★ No caso da uretra acabamos por ter a saída ao nível do trígono vesical que vai terminar e acabamos por ter este
trígono devido ao músculo da bexiga que quando se contrai, a parte triangular vai aumentar a pressão intra vesical
e vai derivar diretamente para a uretra.
★ De qualquer forma a uretra acaba por ter 2 esfíncteres, um esfíncter interno e um esfíncter externo;
o o esfíncter externo é um músculo esquelético, ou seja, nós conseguimos controlar;

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o o esfíncter interno é um músculo que nós não conseguimos controlar, vai estar encerrado aquando uma
porção intra vesical elevada e também vai estar encerrado no momento da ejaculação do homem (quando
está a ejacular, se não estiver contraído o esfíncter no inicio e no final da bexiga, o que vai acontecer é
o que acontece em alguns homens em termos patológicos, o esperma em vez de ir para a uretra vai
para dentro da bexiga misturando-se com a urina).
★ A bexiga tem a capacidade de se distender até 2/3L (pode haver bexigomas – sacos de bexiga muitos cheios).
★ A bexiga encontra-se revestida pelo urotélio, que apresenta pregas que no fundo não é mais do que músculo liso,
exceto no trígono que é um músculo esquelético, que nós conseguimos controlar o aumento da pressão intra
vesical. A espessura do urotélio varia conforme a quantidade de urina, ou seja, as células do urotélio têm a
capacidade de se alongar e diminuir a espessura da bexiga ou quando a bexiga está muito cheia ou se sobrepor e
de aumentar a espessura da parede da bexiga quando esta está vazia, portanto no fundo a bexiga acaba por
funcionar como se fosse um elástico que consegue ter uma parede mais fina ou mais espessa e é dependente
desta variação da sobreposição das células musculares do uretélio que correspondem à bexiga (4 a 5 camadas se
vazia → 2 a 3 se cheia).
★ A pressão não aumenta proporcionalmente ao seu enchimento, ou seja, quando eu tenho uma bexiga no seu estado
basal vamos ter a entrada de urina e o que vai acontecer é que a urina vai aumentando muito ligeiramente a
pressão, mas quando começamos a ter a bexiga cheia ela ainda tem capacidade para encher mais devido a esta
capacidade de elasticidade das suas paredes, mas a pressão para poucas quantidades de urina e entrada nessa
fase a pressão aumenta muito rápido, daí o enchimento exponencial de urina e o que se sabe é que até 300ml
de urina na bexiga a pressão é muito baixa.

★ É ativado quando a parede da vesícula se encontra distendida.


★ A bexiga acaba por ter reflexos de estiramento ou por estímulos irritativos (infeção urinária – se tiver células
que não é suposto estarem na urina ao nível da bexiga o que vai ativar os recetores)
★ Estes recetores vão através do sistema nervoso parassimpático e depois vão ter um reflexo autonómico que vai
pela região sagrada de forma a haver umas fibras eferentes pelo parassimpático que vai fazer com que haja
uma contração do músculo liso vesical e um relaxamento do esfíncter externo, ou seja, o que acontece é que ao
termos uma contração do músculo da bexiga, vai-nos aumentar a pressão intra vesical e temos o relaxamento do
esfíncter da uretra externa temos a passagem então de urina diretamente da bexiga para a uretra de forma a
conseguirmos urinar).

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★ Esta integração consciente só surge a partir dos 2/3 anos de idade.
★ Este aumento de pressão na bexiga para a conseguirmos esvaziar vai ter a ver com a coadjuvância de aumento
PIAbdominal, ou seja, se nós fizermos uma contração dos músculos abdominais o que vai acontecer é que vamos
aumentar nesse momento a pressão intra abdominal, logo também aumenta a pressão exercida no liquido que se
encontra dentro da bexiga, de forma a haver o expulsar da urina para a uretra.

★ A uretra no homem é diferente da mulher:


o na mulher nós vamos ter um trajeto relativamente vertical, que vai sair ao nível do períneo anterior e vai
ter um trajeto vertical com uma direção ascendente postro superior, relativamente curta em que temos
um trajeto linear com 2 óstios (apertos), ao nível da transição da bexiga para o ureter devido aos 2
esfíncteres (externo e interno) e ao nível do orifício externo que será o 2º óstio;

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o no homem é uma uretra muito mais comprida, muito mais tortuosa em que temos 4 porções:
▪ a porção prostática,
▪ membranosa;
▪ esponjosa;
▪ óstio de saída.
• Vamos ter um óstio externo da uretra, uma parte esponjosa da uretra, uma parte
membranosa da uretra e uma parte prostática.
• Na posição anatómica descritiva (pénis ereto) só temos uma curvatura, que é a curvatura
posterior que vai corresponder à passagem da região prostática e passar inferiormente
em relação ao púbis, daí nós termos uma curvatura com concavidade anterior e superior
e por norma, quando não temos o pénis ereto, temos uma curva anterior de concavidade
posterior e inferior e esta curva de concavidade posterior e inferior é definida pelo
ligamento que vai desde o tubérculo do púbis até ao pénis que é o ligamento suspensor
do pénis.
• Temos na mesma os 2 óstios, o óstio interior e óstio externo da uretra, as duas partes
membranosas e temos a possibilidade de ter um aperto além destes 2 óstios ao nível da
próstata, ou seja, se tivermos próstatas de dimensões aumentadas o que vai acontecer
é que a próstata vai crescer para os lados, mas também vai comprimir a uretra em
termos de patologia, porque a uretra passa por dentro da próstata.

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