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Portfólio Manuel Carvalho

Tenta a sorte
Exposição
Sobre tentar a sorte.

Manuel Carvalho é um artista cuja pintura é caracterizada por conexões simultâneas e facilmente
observáveis. Seus trabalhos tecem encontros entre diversos elementos, que abrangem inúmeras relações de
imagens e ícones que vão desde a cultura de massa, do cinema, do barroco, de imagens de arquivos históricos
e outros. O artista tece construções visuais únicas, onde se entrelaçam composições e experimentações em
linguagem pictórica. Os trabalhos aqui expostos apresentam interconexões entre várias das suas pesquisas
desenvolvidas nos últimos anos, demonstrando não apenas a habilidade em unir essas influências diversas,
mas também configurando um imenso diagrama possibilitado pela força e pelo apurado uso das imagens.
Esta exposição tem como seu leitmotiv central a temática do jogo, que se manifesta desde o próprio
título, "Tenta a sorte". Esse título serve como um convite provocativo, no qual o artista, por meio de oito
pinturas, nos convida a participar de uma série de jogos de dualidades e sobreposições. Com a aplicação da
técnica de moiré, esses elementos se entrelaçam em relações ambíguas e ambivalentes. As imagens,
inicialmente reconhecíveis à primeira vista, divergem, se sobrepõem e coexistem em um espaço que
transcende o que é meramente visto, abrindo caminho para o imaginado, onde o sagrado e o ordinário se
encontram em harmonia.
Os panfletos "santinhos", a loteria instantânea, conhecida como "raspadinha", e os títulos que aludem
a gírias e dialetos, são alguns dos signos presentes como base nas pinturas desta exposição. Elementos
corriqueiros, cotidianos que podem ser encontrados, vistos e ouvidos em quaisquer esquinas dos baixos
centros urbanos brasileiros, ou perdidos em nossos bolsos e carteiras. Aqui, por meio da pintura, são
ressignificados metodologicamente, compostos em jogos de azar e sorte, a serviço de quem joga. Jogar é um
ato de fé e, nesse sentido, tentar a sorte no jogo é adentrar em um espaço onde se mostram alguns dos
prazeres e dissabores mais íntimos da alma humana: ganhar e perder. Nas obras de Carvalho, a vitória não nos
é concedida; cabe a nós, por meio de nosso exercício imaginativo e subjetivo, explorar e raspar cada quadro e
tentar a sorte.

Texto crítico
Froiid
Tenta a sorte
Óleo e esmalte sobre tela
50 x 60 cm
2023
Deus no comando
Óleo e esmalte sobre tela
50 x 60 cm
2023
Vai na fé
Óleo e esmalte sobre tela
50 x 60 cm
2023
Raspadinha, alguém queimando uma vela para você
Óleo e esmalte sobre tela
100 x 80 cm
2023
Raspadinha, uma poesia
Óleo e esmalte sobre tela
120 x 150 cm
2023
RODRIGORATTON
Galeria

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Raspadinha, uma Costela de Adão


Óleo e esmalte sobre tela
100 x 80 cm
2023
Raspadinha, tente outra vez
Óleo e esmalte sobre tela
100 x 80 cm
2023
Raspadinha, do entardecer ao anoitecer
Óleo e esmalte sobre tela
13 x 20 cm (cada)
2023
Raspadinha, uma paisagem
Óleo e esmalte sobre tela
150 x 120 cm
2023
Raspadinha, o sono da razão provocam
monstros
Foto abaixo detalhe
Óleo e esmalte sobre tela
150 x 200 cm
2023
Raspadinha, do entardecer ao anoitecer
Óleo e esmalte sobre tela
13 x 20 cm (cada)
2023
Raspadinha, o Monstro
Óleo e esmalte sobre tela
120 x 150 cm
2023
Raspadinha, antes do queijo as contas
Óleo e esmalte sobre tela
21 x 26,5 cm (cada)
2023
Há memória em tudo

Catarina Duncan

A exposição “Memória não é história” apresenta uma seleção de pinturas do artista Manuel Carvalho produzidas nos últimos dez anos. As obras variam entre o
figurativo e o abstrato, em uma pesquisa que parte da paisagem e nos leva a questões de construções identitárias. Carvalho tem um processo de experimentação
que conduziu o percurso expositivo, começando com a obra “Na falta de espaço”, de 2013, na qual o artista experimenta pela primeira vez a técnica de sobreposição
de pontos e degradê que se desdobram nas obras de Manuel pela técnica de moiré até hoje. Vemos distorções causadas por padrões de linhas ou a sensação de estar
vendo algo que se move. A pintura, aqui, é retirada da sua zona de conforto, estática e contemplativa, e se torna um objeto em movimento, ilusório e complexo.

A sinuosidade, a linha serpentina e as camadas de tinta sobrepostas interferindo na construção da cor, os vários elementos que, combinados, resultam em trama
complexa explícita na superfície de suas telas. As camadas de tinta são sobrepostas por marcas suntuosas, compondo atmosferas cromáticas que remetem a movi-
mentos imagéticos abstratos, ao mesmo tempo que aludem a retratos históricos figurativos.

Em seguida somos apresentados às paisagens, uma comunhão de referências sobrepostas, compondo o mundo vegetal com o humano, situações históricas e cor-
riqueiras. “Paisagem” é uma série que se expande de 2013 a 2016, em que o artista trabalha a partir da sobreposição de elementos da natureza para compor suas
telas. Construindo um universo particular de formas híbridas, fortemente marcadas pelo gesto e pela fisicalidade, deslizando atmosfericamente entre a figuração
e a abstração.

Chegamos então à série “Anacolutos”. Anacoluto é uma figura de linguagem que consiste numa irregularidade gramatical na estrutura de uma frase, como se o
locutor começasse uma frase e houvesse uma mudança de rumo no pensamento. Anacoluto é uma figura de linguagem que acompanha o artista desde os seus
tempos de aluno na Escola Guignard, frequentando o curso de artes plásticas. Ao apresentar um trabalho na matéria de Teoria da Forma, a professora disse que
Manuel falava “utilizando muito de anacolutos”, que seus pensamentos não eram finalizados antes de começarem outros, que tinha o “pensamento desviante”. Ao
ver o sentido, passou a relacioná-lo com as camadas, das pinturas nesta série, a composição acontece por camadas ocupando o plano como um todo. Dezenas de
esboços de testes de cores são feitas antes de começar toda a pintura. Existem três camadas variáveis nesse caso, e infinitas possibilidades de combinações, e o sen-
tido dessas imagens vai mudando com a repetição delas nas outras pinturas.

A série ocupa grande parte da exposição e foi desenvolvida com materiais de arquivo do museu mineiro. Ao longo das pinturas dessa série, vemos imagens que
se repetem, de figuras sacras e humanas, como referência a uma pintura barroca de Manuel Ataíde. O uso das imagens encontradas nesse acervo expõe fraturas
estruturais sobre como a memória nacional é arquivada e muitas vezes não lembrada. Questões políticas que nos
atravessam cotidianamente estão aqui evidenciadas pela falta de memória e de representação. A mostra vai revelar as situações nas quais esses documentos são
interpretados, reconstruídos e ficcionalizados, juntamente ao exercício da pintura. Compreendemos, então, o título da exposição, lembrando que nem sempre o
que nos é contado é o que aconteceu de fato. “Anacoluto” veio em oposição a outra série chamada “Empate”, onde existe uma relação maior com os processos e
as operações utilizadas no barroco. Ambas as séries começam com a ideia de harmonizar figuração e abstração. Em “Empate” são mais óbvias a orquestração e a
maneira de articular as formas no espaço, e a composição acontece de maneira “construtiva” no sentido de colocar uma forma e equilibrar com outra no plano. Eaí
começa todo um jogo em que, no final, tudo parece suspenso e sem hierarquização.
O que significa fazer parte da história? Como inventamos a nossa própria história? Muitas imagens, rostos e figuras presentes no arquivo são replicados aqui, sem
muitas informações. Gradualmente os rostos se misturam com a bandeira nacional e desaparecem. De quantos corpos não identificados a nossa bandeira é feita?
A obra “Lobby Brasil” ocupa dimensões imensas e ressignifica essa bandeira como ruína e construção, ao mesmo tempo.

Na segunda sala, trabalhamos com obras que retratam cenas de filmes e cantores brasileiros, outros arquivos que nos constituem e formam a nossa identidade, vista
sob o efeito do movimento. A amnésia cultural, que existe no Brasil diante de acontecimentos marcantes da nossa história, é imposta menos pela perda de memória
do que por uma estratégia política deliberada.

Filmes e músicas brasileiras são pontos de partida para um dos desdobramentos da série “Anacolutos”. Documentários históricos como “Cantos de Trabalho” de
Leon Hirszman ou filmes contemporâneos como “Baixo Centro“ de Ewerton Belico e Samuel Marotta, músicas pop e sambas tradicionais têm suas cenas marcadas
em telas. Esse material, como o arquivo do museu mineiro, também constrói o imaginário cultural brasileiro. Desdobrando-se em reflexões críticas sobre a situação
social, cultural e política na sociedade atual, bem como a relação que cada obra tem com o território em que se insere.

Assim nos cabe, aqui, identificar as estratégias que nos distanciam e nos aproximam de nós mesmos. Como construímos nossas memórias e identidades? Tudo
pode ser questionado, e as ondas que formam aquilo que vemos podem muitas vezes nos confundir. A história é desafiada e reconsiderada por obras que abordam
as memórias coletivas, as dinâmicas da lembrança e do esquecimento que constroem narrativas sociais no Brasil hoje. As obras de Manuel Carvalho, suas refe-
rências culturais e históricas e o seu processo artístico, enfatizam o fato de que a memória e a identidade são um movimento, em constante mutação. A trajetória
artística apresentada nesta exposição nos convida a refletir sobre como a identidade pode ser dinâmica e imprevisível, sobre como os indivíduos são sempre cons-
tituídos por tempos e temporalidades diferentes e mutáveis.

Catarina Duncan (Rio de Janeiro) atua como curadora


com foco em práticas culturais e identidades territoriais da
América Latina. É Formada em Culturas Visuais e História da
Arte pela Goldsmiths College, University of London (2010 -
2014). Atualmente é curadora-chefe do Solar dos Abacaxis,
instituição autônoma no Rio de Janeiro.
Manuel Carvalho
Memória não é historia
óleo sobre tela 215 x 315cm
2022
Memória não é História - Exposição individual no Centro Cultural Unimed Minas BH
Memória não é História - Exposição individual no Centro Cultural Unimed Minas BH
Manuel Carvalho
Anacoluto
óleo sobre tela 180 x 140cm
2018
Manuel Carvalho
Anacoluto
óleo sobre tela 70 x 60cm
2016
Manuel Carvalho
Anacoluto (Lobby Brasil)
óleo sobre tela
100 x 80cm,(cada) políptico
2018
Manuel Carvalho
Anacoluto
detalhe
2018
Manuel Carvalho, Anacoluto, óleo sobre tela, 100 x 80cm (cada), 2014
Manuel Carvalho, Anacoluto, óleo sobre tela, 100 x 80cm (cada), 2014
Memória não é História - Exposição individual no Centro Cultural Unimed Minas BH
Memória não é História - Exposição individual no Centro Cultural Unimed Minas BH
Manuel Carvalho
Sucessos
óleo sobre tela 50 x 60 cm Cada
2021
Memória não é História - Exposição individual no Centro Cultural Unimed Minas BH
Manuel Carvalho
O lugar da Pintura
óleo sobre tela 80 x 100 cm
2023
Manuel Carvalho
O lugar da Pintura
óleo sobre tela 80 x 100 cm
2023
Manuel Carvalho
O lugar da Pintura
óleo sobre tela 80 x 100 cm
2023
Manuel Carvalho
O lugar da Pintura
óleo sobre tela 120 x 150 cm
2023
Manuel Carvalho
Efeito Documento
óleo sobre tela 80 x 100cm
2021
Manuel Carvalho
Memória não é história
óleo sobre tela 60 x 100 cm
2022
Memória não é História - Exposição individual no Centro Cultural Unimed Minas BH
Cantos do trabalho
Óleo sobre tela
146 x 236 cm
2021
Paisagem para Candeia { Partido Alto)
Óleo sobre tela
200 x 150 cm
2021
Baixo Centro( rua
Dores do Indaiá)
Óleo sobre tela
120 x 150 cm
2022
Baixo Centro( Beco do Bar do
Tekinho)
Óleo sobre tela
60 x 100 cm
2022
Manuel Carvalho
Paisagem
óleo sobre tela 80 x 100cm
2019
Manuel Carvalho
Sua memória não é minha
história
óleo sobre tela 117 x 147cm
2022
Sua memória não
é história
Óleo sobre tela
120 x 150 cm
2022
SUSSURRA PARA QUE EU ESCUTE

Claudinei Roberto da Silva

Na descrição do seu processo de trabalho, Carvalho usa, com alguma frequência, a palavra "método", que o Dicionário
Larousse da Língua Portuguesa (2004) descreve assim: “Método: s.m. (gr. methodos). 1. Ordenação de tarefas, procedimentos ou
etapas para atingir uma meta, um fim. 2. Maneira de ensinar. Processo de ensino. 3. Maneira de agir. 4. Ordem, coordenação,
organização. 5. Programa, processo, técnica. 6. Obra que reúne de maneira lógica os elementos de uma ciência, de uma arte
etc".A invenção e o método aplicados a suas pinturas têm, também, a virtude de desfechar dispositivos que nos conectem a outras
histórias de arte, não imediata e superficialmente associadas a seu trabalho. Não é comum que referências aparentemente
díspares se harmonizem em projetos que, como este, têm potencial de cogitar sobre os desdobramentos de nossa história da arte
que, apesar de centenária, ainda se tem em questão.

As referências simultâneas e mais facilmente observadas na pintura de CarvaIho - como a Op Art, o Barroco e a pintura de
gênero (retrato), por exemplo - seduzem nossa crítica a um discurso excessivamente adjetivado, quem sabe, perigosamente
hermético, na sua loquacidade que, em certo sentido, contraria as intenções poéticas do artista que estão, implícita ou
explicitamente, sugeridas já no título de sua mostra em São Paulo: Sussurra para que eu escute, título que nos informa sobre uma das
condições da exigente relação estabelecida entre a obra e seu público, no silêncio íntimo e inestimável a quem procura
responder às questões que essas obras colocam e que estão mais ou menos evidenciadas ou mais ou menos veladas pelas
inúmeras camadas de tinta que, além de construir sedutores percursos visuais, nos advertem sobre a "espessura poética" dessas
proposições gradativamente adensadas, a partir dessas ações.

Manuel Carvalho nasceu em 1981, na cidade de Lavras, no interior do estado de Minas Gerais, e vive e trabalha na capital Belo
Horizonte. O estado não tem conexão com o litoral, e essa peculiaridade desafia a sensibilidade dos locais provocando, quem sabe,
certa introspecção, que não contraria o cosmopolitismo de artistas como Carvalho, mas que, de alguma forma, aprofunda, vertical e
não horizontalmente, uma sensibilidade confinada entre montanhas. Pintor de formação erudita (frequentou a Escola Guignard -
UEMG), Carvalho tem sua pesquisa cotidianamente desenvolvida pela prática organizada no recesso de seu ateliê, fato tornado
evidente pelo resultado observado na superfície de suas telas, superfície que se apresenta como um campo de
experimentações que autenticam e confirmam a permanência da pintura enquanto linguagem. É possível que dados biográficos
sejam, afinal, reveladores e mesmo inestimáveis à compreensão deste ou daquele determinado percurso artístico, sendo, por isso
mesmo razoável imaginar uma historiografia de arte que considere uma investigação a partir desse lugar "externo" à obra.
Teríamos, então, uma "sociologia da produção artística", predominante sobre considerações exclusivamente formais e "internas" ao
objeto de arte considerado; a biografia do artista na abordagem sociológica emprestaria sentido à obra. Mas, para além desse
argumento, em cenários como o nosso, tão marcados por processos colonizadores predatórios, sazonalmente afloram as
polêmicas em torno da questão do "nacional nas artes", sobre o que seriam as notas e características "autênticas" e originais de
uma produção circunscrita a uma cultura específica e geograficamente demarcada.
Talvez seja interessante assinalar que as pinturas apresentadas na mostra Sussurra para que eu escute repercutem e elaboram essas
questões, na medida em que tecem comentários sobre a “pintura de gênero" (o retrato, aqui reinventado) e o barroco brasileiro;
mestre Manuel Ataíde é evocado numa delas, mas, dada a engenhosidade dos padrões ali revelados, as obras transcendem
esse e outros debates. De fato, nas narrativas construídas por Carvalho, o signo visível, possível de ser interpretado e lido
como tal (retrato, imagem, sinal), está mesclado a outros, digamos, “não signos", numa trama expressa na pura materialidade da
tinta organizada em sobreposições de cores (em geral, brilhantes, que atuam umas sobre as outras) e composições, opção que,
em certo sentido, torna obsoleta - ou pelo menos complexifica - a dicotômica relação "figuração/abstração" e problematiza a
correlação de figura-fundo e ilusão de perspectiva. Novas significações são, então, prospectadas a partir daí, e, nesse processo, a
escala da pintura não vai, necessariamente, reportar-se ao seu tamanho ou à monumentalidade nela percebida, imanente ou
objetivamente; não está vinculada ao seu tamanho, mas à sensação dele, pois o espaço imersivo que ela sugere acontece na nossa
retina, através de um jogo ótico, quase cinético, que é próprio da tessitura gráfica que essa pintura oferece. A obra de Carvalho
merece a atenção dispensada a ela, se mais não fosse, pelo tanto que nos informa sobre a vitalidade, inclusive política, dessa
linguagem: a pintura.

Texto publicado no catalogo de


exposições da temporada de
Projetos do Paço das Artes
2019
Manuel Carvalho
Anacoluto
óleo sobre tela 100 x 80cm
2018
Manuel Carvalho
Anacoluto
óleo sobre tela 100 x 80cm
2018
Detalhe
Bala de Agulha, exposição individual Galeria Celma de Albuquerque. Fotos: Daniel Mansur
Manuel Carvalho
Anacoluto
óleo sobre tela 150 x 125cm
2016
Manuel Carvalho
Anacolutos
óleo sobre tela 60 x 50 cm (cada)
2016
Manuel Carvalho, Empate, óleo sobre tela 100 x 80cm (cada), 2014
Empate
Óleo e esmalte sobre tela
160 x 125 cm
2016
Empate
Óleo e esmalte sobre tela
150 x 200 cm
2016
Bala de Agulha, exposição individual Galeria Celma de Albuquerque. Fotos: Daniel Mansur
Manuel Carvalho
Anacoluto
óleo sobre tela 60 x 50cm
2016
Manuel Carvalho
Anacoluto
óleo sobre tela 173 x 158cm
2017
Manuel Carvalho
Anacoluto
óleo sobre tela 160 x 125cm
2016
Manuel Carvalho
Anacoluto
óleo sobre tela 160 x 125cm
2016
Manuel Carvalho
Anacoluto
óleo e esmalte sobre tela 60 x 50cm
2014
Manuel Carvalho
Anacoluto
óleo e esmalte sobre tela 60 x 50cm
2014
Manuel Carvalho, Anacoluto, óleo sobre tela 100 x 80 cm (cada) 2014
Manuel Carvalho, Anacoluto óleo sobre tela 20 x 13 cm(cada), 2014
Nóia Pinturas, Manuel Carvalho e Roberto Freitas, Expoisção MAMA/ CADELA 2021.
Sem Titulo
Óleo sobre tela
170 x 155 cm
2021
Fazenda em chamas
Óleo sobre tela
100 x 80 cm
2021
Cerrado
Óleo sobre tela
30 x 40 cm
2021
Caatinga
Óleo sobre tela
30 x 40 cm
2021
O céu descendo na Terra
Óleo sobre tela
100 x 80 cm
2021
O Dragão e a Deusa
Óleo sobre tela
20 x 26,5 cm (cada)
2021

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