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Justificativa: João agiu sob erro sobre elemento constitutivo do crime (erro de tipo
incriminador), dessa forma, sendo inevitável, invencível ou escusável, afasta o dolo e a
culpa, tornando atípica a conduta. O artigo 20 do CP permite a punição a título de culpa
ao afastar o dolo, entretanto, não há estupro de vunerável culposo, dessa forma, João não
poderá ser condenado. Com relação a tentativa de Maria em acalmar João, ao informar
que já possuía vida sexual ativa, não terá efeito algum, pois o SS 5° do art. 217-A é
taxativo no que diz a aplicação da pena independente do consentimento da vítima ou do
fato de ela já ter mantido relações sexuais anteriormente.
4-) (F) Mévio, de 20 anos de idade, com o dolo de satisfazer a própria lascívia,
passa a mão superficialmente nas nádegas de Tícia, de 12 anos. Ao final do
processo em primeiro grau, Mévio é condenado pela prática do crime de
estupro de vulnerável, a uma pena de 12 anos de reclusão. Contudo, durante o
trâmite do recurso, entra em vigor a lei que tipifica a conduta de
importunação sexual. Com isso, deve ser a conduta de Mévio desclassificada
para a do artigo 215-A, do Código Penal, pois melhor se amolda à
reprovabilidade da conduta praticada.
Justificativa: A mãe irá responder pelo crime de estupro de vunerável majorado, pois, ao
garantidor legal, o CP, em seu artigo 13, SS 2°, alínea A, pune aquele omitente que devia e
podia agir para evitar o resultado. Ademais, será majorado a pena já que o agente em
questão do delito é padrasto, configurando o crime previsto no artigo 217-A c/c artigo
226, inciso II.
Justificativa: Irá responder por ato obsceno em público (Art. 233) + estupro de
vunerável (Art. 217-A). Precisa rever a questão, pois é possível a consunção.
(F) Diana, mãe da jovem Efigênia, de 18 anos de idade, ganha da filha, como
presente de aniversário, um automóvel zero km, com pleno conhecimento de
que o dinheiro utilizado na compra do veículo foi obtido pela filha com seu
trabalho como prostituta. Diante do caso narrado, Diana praticou o crime de
rufianismo (artigo 230, do Código Penal).
Justificativa: Não há nexo causal entre o conhecimento da mãe e o presente dado pela
filha. Esta sendo maior de idade, pode praticar a prostituição sem configurar crime.
Rufianismo é a conduta de obter vantagem econômica da prostituta, ou seja, tirar dos
lucros dela a sua sustentação: recebendo comida, abrigo ou roupa.