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ESTRUTURAS DE CONCRETO
ARMADO
FUNDAMENTOS DO
CONCRETO ARMADO
Autor: Me. Guilherme Perosso Alves
Revisor: Bruno Pereira dos Santos

INICIAR

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introdução
Introdução
Algumas vantagens do concreto na construção, como a sua capacidade de
adaptar-se a diversas formas, o colocam em posição de destaque. Isso
também leva a uma preocupação cada vez maior na engenharia: a qualidade
e durabilidade das estruturas. Dependendo das condições à qual o concreto é
exposto, os agentes deletérios podem prejudicar o seu desempenho. Nesse
sentido, o dimensionamento das peças deve englobar todos os
conhecimentos, que se iniciam pelos constituintes, no projeto, analisando as
várias solicitações a serem suportadas, e finalizam-se na execução. Deve-se
aperfeiçoar cada uma dessas etapas, melhorando os critérios de projeto, a
seleção dos materiais e a qualidade da execução. Nesta unidade, você
estudará as ações que contribuem para a resistência das estruturas, cuja
finalidade é garantir obras duráveis e econômicas.

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Constituição do
Concreto Simples

Os elementos construtivos que formam a composição estrutural de uma


edificação devem apresentar boas características em termos de resistência às
solicitações que lhe são impostas, bem como a durabilidade frente aos
mecanismos e deterioração do meio ambiente em que são edificados. A partir
desse pensamento, é possível dizer que os materiais constituintes das
estruturas de concreto armado devem possuir essas mesmas características.
Nesse sentido, algumas definições básicas da constituição do concreto
enquanto material devem ser esclarecidas, a começar pelos materiais que,
combinados, dão origem ao concreto simples.

O concreto simples pode ser definido um material compósito essencialmente


formado por aglomerantes e agregados. Os aglomerantes, como o cimento
Portland, são capazes de envolver e aglutinar os agregados (areia e brita).
Essa mistura em proporção controlada, chamada de traço, adquire coesão e
resistência, permitindo-o servir como material de construção (MEHTA;
MONTEIRO, 2014).

Segundo Mehta e Monteiro (2014), o cimento Portland pode ser entendido


como um aglomerante hidráulico, isto é, um material de elevada finura com

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propriedades ligantes quando em contato com a água e que depois de


endurecido não se decompõe. O principal elemento do cimento Portland é o
clínquer, um material obtido da mistura de rocha calcária britada e moída e
de argila, com eventuais corretivos. Essa mistura é submetida à temperatura
de 1.450 ºC e posterior resfriamento, e, em seguida, cerca de 3% a 5% de
sulfato de cálcio são incorporados ao clínquer moído com a finalidade de
regular o seu enrijecimento (tempo de pega), originando o cimento Portland
comum. Quando outros minerais (adições) são adicionados ao clínquer no
processo de moagem, algumas das suas propriedades são modificadas,
dando origem aos chamados cimentos Portland compostos (CINCOTTO, 2011;
BATTAGIN, 2011). As adições minerais mais utilizadas são filer calcário, a
escória de alto-forno, os materiais pozolânicos e carbonáticos, e o tipo de
incorporação norteará a nomenclatura do cimento comercial (ABCP, 2019, on-
line). Dentre os diferentes tipos de cimento e suas composições, podemos
visualizar clicando no botão a seguir.

Os cimentos Portland compostos são os mais empregados em edificações


habitacionais no Brasil, e o tipo de adição varia dependendo da região do
Brasil e disponibilidade. Para estruturas de concreto armado, o CPV-ARI acaba
se destacando por permitir maior velocidade entre operações executivas
(forma e desforma), especialmente no segmento de estruturas pré-moldadas.

No que se refere aos agregados, esses ocupam cerca de 70% do volume do


concreto e são os materiais de menor custo da mistura. Dependendo das
suas dimensões características (φ), os agregados podem ser classificados, de
acordo com a NBR 7211 (ABNT, 2005) em:

agregados miúdos: 0,075mm < φ < 4,75mm;


agregados graúdos: φ ≥ 4,75mm;

Comercialmente, é comum encontrar as britas com a seguinte numeração e


dimensão máxima:

brita 0 – 9,5 mm (pedrisco);


brita 1 – 19 mm;
brita 2 – 38 mm;

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Os agregados também podem ser classificados quanto à sua origem em


naturais (areias de rios e pedregulhos) e artificiais (cascalho ou seixo rolado).
Os agregados artificiais são aqueles resultantes de algum processo de
britagem e trituração. Alguns exemplos desses agregados podem ser
visualizados na Figura 1.1.

Figura 1.1 – Agregados graúdos comercialmente encontrados no Brasil


Fonte: Bastos (2019, p. 15).

Deve-se perceber que, como o papel dos agregados é basicamente ocupar


vazios, diminuindo o consumo dos materiais cimentíceos e devendo
obrigatoriamente serem potencialmente inertes, a sua caracterização para a
engenharia se dá mais em termos físicos do que químicos.

Vantagens e Desvantagens do
Concreto Armado

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O concreto simples, segundo Bastos (2019), é dotado de elevada resistência


mecânica aos esforços de compressão, tornando-o um material adequado
para a fabricação de elementos estruturais submetidos à compressão, como
os pilares. Contudo, a sua fragilidade e reduzida resistência à tração, quando
comparada à compressão, prejudica o seu uso isolado em elementos
submetidos totalmente ou parcialmente solicitados à tração é limitado.
Segundo o mesmo autor, para contornar essas limitações, o aço é empregado
em conjunto com o concreto e convenientemente posicionado na peça de
modo a resistir às tensões de tração. O aço também trabalha bem quando
solicitado à compressão. A composição de barras de aço intencionalmente
posicionadas é denominada de armadura, que envolvida pelo concreto
simples dá origem ao concreto armado. Na Figura 1.2, a concretagem de uma
peça de concreto armado pode ser visualizada.

Figura 1.2 - Preenchimento de fôrma com concreto


Fonte: Roman023 / 123RF.

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O concreto armado combina as qualidades do concreto (durabilidade e boa


resistência à compressão) com as do aço (ductilidade e resistência à tração e à
compressão elevadas), o que permite a execução de peças com maior
diversidade em termos de formas e volumes, com relativa rapidez e
facilidade.

As vantagens do concreto armado foram discutidas por Pinheiro, Muzardo e


Santos (2003), das quais podem ser elencadas:

Moldabilidade, permitindo maior diversidade de formas e de


concepções arquitetônicas.
Boa resistência mecânica a diversos tipos de solicitação, desde que a
peça tenha sido corretamente dimensionada.
Monolitismo, isto é, todo o conjunto trabalha quando a peça é
solicitada.
Baixo custo de mão de obra, visto que não exige elevado nível de
qualificação.
Etapas executivas conhecidas em quase todo o país.
Rapidez de execução, principalmente no caso de peças pré-
moldadas.
O concreto forma uma camada protetora da barra, prevenindo a
oxidação.
O mesmo autor elenca algumas restrições do concreto armado,
conforme a seguir:
Baixa resistência à tração.
Possibilidade de ruptura frágil, isto é, de forma brusca e sem aviso,
dependendo do esforço incidente.
Inabilidade de restringir fissurações.
Peso próprio elevado.
Custo de fôrmas para os processos de moldagem.
Possibilidade de corrosão das armaduras em caso de exposição das
barras ou ineficiência de cobrimento da camada de concreto.

Propriedades do Concreto

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Como o concreto é uma mistura em proporção adequada de diferentes


materiais, as suas características e propriedades finais resultam da sinergia
entre os seus constituintes, assim como diferem substancialmente daquelas
apresentadas por cada uma das fases isoladamente. As principais
propriedades do concreto são: “resistência à compressão, resistência à tração
e módulo de elasticidade” (HELENE, ANDRADE, 2007, p. 21), e essas são
aferidas a partir de ensaios bastante específicos que podem ser destrutivos
ou não.

Resistência à Compressão
Em canteiros de obra, a resistência característica à compressão é especificada
para os 28 dias (fck), sendo esse valor o parâmetro básico no
dimensionamento dos elementos como vigas, lajes, pilares etc. O fck deve ser
especificado pelo projetista, quando da etapa de planejamento (HELENE;
ANDRADE, 2007). No Brasil, a resistência à compressão é aferida por ensaios
de compressão realizados por prensa hidráulica (Figura 1.3) em corpos de
prova cilíndricos de dimensões 10x20 cm ou 15x30 cm, segundo as NBR 5738
(ABNT, 2015) e NBR 5739 (ABNT, 2018).

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Figura 1.3 – Ensaio de compressão axial


Fonte: Elaborada pelo autor.

Segundo a NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 23), “[...] quando não for indicada a
idade, as resistências referem-se à idade de 28 d. A estimativa da resistência à
compressão média, fcmj, correspondente a uma resistência fckj especificada,
deve ser feita conforme indicado na ABNT NBR 12655”.

Após ensaiada uma amostra relativamente significante em termos estatísticos


e de controle à compressão axial, obtém-se um gráfico com os valores de fc
que deve ser correlacionado ao número total das amostras ensaiadas. Essa
curva recebe o nome de curva estatística de Gauss (Figura 1.4).

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Na curva de Gauss, dois valores importantes podem ser extraídos: a


resistência média do concreto à compressão (fcm) e resistência característica
do concreto à compressão fck. De acordo com a NBR 12655 (ABNT, 2015), o
fcm é a média aritmética de fc para o conjunto de amostras ensaiadas e é
utilizado na determinação do fck:

fck = fcm − 1, 65.Sd

Analisando a curva de Gauss, percebe-se que desvio-padrão (Sd) na verdade


corresponde ao afastamento entre a coordenada horizontal de fcm e o
arqueamento da curva. O valor 1,65 equivale ao quantil de 5%, ou seja, do
total de amostras ensaiadas, somente 5% dessas possuem fc < fck.

Resistência à Tração
Os conceitos relativos à resistência do concreto à tração direta (fct) são
análogos aos de resistência à compressão. Assim, a resistência média do

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concreto à tração (fctm) é obtida da média aritmética dos resultados e a


resistência característica à tração (fctk ou ftk) corresponde à probabilidade de
5% dos valores não serem alcançados pelos resultados de um mesmo lote de
concreto ensaiado. “Três normalizados são utilizados no Brasil para a aferição
dessa propriedade: tração direta, compressão diametral e tração na flexão”
(PINHEIRO; MUZARDO; SANTOS, 2003, p. 3). O resumo dos aspectos desses
ensaios pode ser verificado no Quadro 1.1.

Quadro 1.1 – Ensaios para verificação da resistência à tração do concreto


Fonte:obtidos
Como os resultados Pinheiro,nos
Muzardo e Santos
dois últimos (2004,diferem
ensaios p. 26). do ensaio de
referência (tração direta), coeficientes de conversão podem ser empregados.
Considera-se a resistência à tração direta fct=0,9.fct,_sp ou fct=0,7.fct,f,
respectivamente. Na falta de ensaios, os valores de resistência à tração direta
podem ser obtidos, com valores em MPa, por meio do fck.

fctk,inf = 0,7 fctm e fctk,sup= 1,3 fctm

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sendo:

fctm = 0,3 fck2/3 para fck de 20 MPa a 50 MPa.

fctm = 2,12 ln (1+0,11.fck) para fck de 55 MPa a 90 MPa.

Os valores de Eci e fck são dados em MPa.

reflita
Reflita
A resistência à tração indireta
geralmente não é empregada para o
controle tecnológico do concreto; já os
resultados de ensaios de resistência à
tração na flexão são mais empregados
para esse fim. Na realidade, nenhum
dos ensaios é capaz de aferir a
resistência real do concreto por não
representarem a realidade de um
elemento estrutural solicitado em
obra, no entanto eles servem como
parâmetros para estimar tal
comportamento. Uma revisão crítica
dos conceitos relacionados a esses
ensaios permite enxergar as suas
limitações.

Fonte: Balbo (2013, on-line).

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Módulo de Elasticidade
O módulo de elasticidade é a propriedade relacionada à deformação que o
concreto experimenta quando da ação de tensões (geralmente de
compressão). Os concretos mais resistentes geralmente deformam menos
que os concretos de baixa resistência, logo, possuem maiores valores de
módulos de elasticidade. O módulo de elasticidade depende das
características e dos materiais componentes dos concretos, como o tipo de
agregado, teor de pasta de cimento, entre outros aspectos (PINHEIRO;
MUZARDO; SANTOS, 2003).

Sabe-se que, pela Lei de Hooke, a relação entre tensão e deformação, para
determinados intervalos, pode ser considerada linear (σ = E.ε), sendo “σ” a
tensão, “ε” a deformação específica e “E” o módulo de elasticidade. Para o
concreto, contudo, a expressão “E” é aplicada apenas para a parte retilínea da
curva tensão-deformação ou, quando não houver uma parte retilínea, a
expressão é aplicada tangente à curva na origem. Nesse caso, tem-se o
módulo de elasticidade tangente inicial (Eci), segundo a NBR 6118 (ABNT,
2014), conforme a Figura 1.5, e que pode ser obtido pelo ensaio normatizado
pela NBR 8522 (2017).

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De acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 24), quando não existirem dados
mais precisos sobre o módulo de deformação do concreto aos 28 dias de
idade, essa propriedade pode ser estimada por meio da seguinte expressão:

Eci = αE.5600.fck1/2 para fck de 20 MPa a 50 MPa.

Eci = 21,5.103.αE. para fck de 55 MPa a 90 MPa.

Os valores de Eci e fck são dados em MPa e considerando os valores de αE:

αE = 1,2 para basalto e diabásio;


αE = 1,0 para granito e gnaisse;
αE = 0,9 para calcário;
αE = 0,7 para arenito.

O módulo de elasticidade secante (Ecs) deverá ser calculado pela expressão:

Ecs = αi.Eci

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sendo:

αi = 0,8+0,22.≤1,0

O módulo de elasticidade secante (Ecs) é utilizado nas análises elásticas dos


projetos estruturais, especialmente para determinação de esforços
solicitantes e verificação de limites de serviço, como o de deformação
excessiva, conforme a NBR 6118 (ABNT, 2014).

Conhecer os mecanismos de deformação do concreto é importante do ponto


de vista estrutural, principalmente nos cálculos de flechas em lajes e vigas, na
avaliação da estabilidade global da edificação etc.

Curva de Tensão x Deformação do Concreto à


Compressão
A NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 26), em seu item 8.2.10.1, esclarece que, no caso
em que as “[...] tensões de compressão forem menores que 0,5.fc, pode-se
admitir uma relação linear entre tensões e deformações, adotando-se para
módulo de elasticidade o valor secante dado pela expressão constante em
8.2.8”.

No mesmo item, a norma NBR 6118 (ABNT, 2014) especifica que, “[...] para
análises no estado-limite último, pode ser empregado o diagrama tensão-
deformação idealizado”, como mostrado na Figura 1.6, a seguir.

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Figura 1.6 – Diagrama tensão-deformação idealizado


Fonte: ABNT – NBR 6118 (2014, p. 26).

“Os valores dos parâmetros de deformação específica de encurtamento do


concreto no início do patamar plástico (εc2) e da deformação específica de
encurtamento do concreto na ruptura (εcu) deverão ser”, segundo a NBR 6118
(ABNT, 2014, p. 26):

Para concretos de classes até C50:

εc2 = 2,0‰ (2 mm/m)

εcu = 3,5‰ (3,5 mm/m)

Para concretos de classes C55 até C90:

εc2 = 2‰ + 0,085‰ ⋅(fck – 50)0,53

εcu = 2,6‰ + 35‰ ⋅ [(90 – fck)/100]4

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Apesar da deformação do concreto convencional ser de 2 ‰ , adotam-se


valores de deformação máxima até 3,5 ‰ (para concretos até o C50) que
podem variar até 5 ‰ para seções triangulares. A então chamada deformação
última de 3,5‰ é um indicativo que nas regiões mais comprimidas o concreto
pode sofrer até 3,5 mm de deformação para cada metro de extensão da peça.

Propriedades do aço Estrutural


As barras e fios de aço produzidos para compor as estruturas de concreto
armado são caracterizadas segundo as recomendações da NBR 7480 (ABNT,
2007). Os aços com diâmetro nominal igual ou superior a 5 mm (Φ ≥ 5 mm)
são obtidos exclusivamente por laminação a quente, enquanto que os fios de
aço possuem Φ ≤ 10 mm obtidos por trefilação ou processo equivalente.

O aço é constituído por minério de ferro (Fe2O3) com a adição em até 2% de


carbono, podendo conter outros materiais. Os aços estruturais são fabricados
com teores de carbono entre 0,4 e 0,6% e, de acordo com o valor
característico da resistência de início de escoamento (fyk), podem ser
classificados como CA-25, CA-50 e CA-60. As letras “CA” indicam a aplicação
(concreto armado) e o número indica o valor de fyk, em kgf/mm2 ou kN/cm2.
Por indicação da NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 28), item 8.3, os seguintes valores
gerais das propriedades dos aços podem ser considerados:

“massa específica = 7.850 kg/m3;


coeficiente de dilatação térmica = 10-5/ºC entre – 20ºC e 150 ºC;
módulo de elasticidade Es = 210 GPa (210.000 MPa)”.

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Tipo de Superfície Aderente


A superfície das barras e fios de aço contribui em um dos aspectos mais
importantes que balizam o dimensionamento das estruturas de concreto
armado: a aderência do aço no concreto. Essas superfícies podem ser lisas,
entalhadas ou conter saliências (mossas). A configuração e a geometria das
saliências ou mossas devem satisfazer as especificações da NBR 6118 (2014),

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e a mesma especifica os valores da capacidade aderente entre o aço e o


concreto (η1), verificados na Tabela 1.1.

Tabela 1.1 – Valores do coeficiente de aderência η1


Fonte: ABNT – NBR 6118 (2014, p. 29).

Os aços estruturais são comercializados em barras com 12 m de


comprimento, com tolerância de até 9%, podendo em alguns casos ter
comprimento não inferior a 6 m. Também podem ser fornecidos em rolos. As
barras nervuradas devem possuir marcas de laminação em relevo com a
identificação do produtor, a categoria do aço e o diâmetro nominal. Os
diâmetros nominais são padronizados pela NBR 7480 (ABNT, 2007).

Gráfico de cálculo do aço estrutural


A NBR 6118 (ABNT, 2014), em seu item 8.3.6, permite a utilização o diagrama
tensão-deformação simplificado (Figura 1.7) para cálculo nos Estados-Limites
de Serviço e Último, tanto para aços com patamar de escoamento quanto
aqueles sem patamar.

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As deformações últimas (eu) são limitadas a 10 ‰ para a tração e 3,5 ‰ para a


compressão devido aos valores máximos de deformação do concreto. “O
módulo de elasticidade do aço (Es) é dado pela tangente do ângulo a =
210.000 MPa”, segundo a NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 29). Considerando a Lei de
Hooke no trecho elástico, a deformação inicial de escoamento
correspondente à tensão inicial é dada por:
fyd
εyd =
Es

Deve-se perceber que o dimensionamento de um elemento estrutural deve


considerar não apenas os carregamentos que a ele são impostos, mas
também como a energia desses carregamentos é absorvida pelo corpo
estrutural da peça e nos reflexos dessa absorção energética em termos de
possíveis deformações que possam ser originadas. A relação tensão x
deformação sempre será um dos principais balizadores da análise estrutural.

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praticar
Vamos Praticar
O concreto simples pode ser definido como um material compósito composto por
aglomerante, agregados miúdos e graúdos e água, e a mistura resulta em um
material resistente à compressão. Diante dessa definição do concreto e sabendo
que, no que se refere à tração, o concreto tem um comportamento tipicamente
frágil ou não dúctil, qual dos ensaios a seguir é utilizado para qualificar a resistência
à tração do concreto?

MEHTA, P. K; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: microestrutura, propriedades e


materiais. 2. ed. São Paulo: IBRACON, 2014.

a) Ensaio de compressão com carregamento nos terços.


b) Ensaio de tração diametral.
c) Ensaio de compressão axial por prensa hidráulica.
d) Ensaio de tração na compressão diametral.
e) Ensaio de tração simples do aço.

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Ações, Combinação
das Ações e
Qualidade das
Estruturas de
Concreto Armado

Os elementos estruturais das edificações devem ser projetados para que


todas as ações verticais e horizontais que possam provocar efeitos
significativos sejam resistidas. Entre as ações verticais, podem ser elencadas:
as ações provenientes do peso próprio de lajes, vigas e pilares; o peso dos
revestimentos e das paredes; ações decorrentes da utilização, cujos valores
são variáveis e dependem da finalidade da construção; e outras ações
específicas, por exemplo, o peso de mobília e equipamentos. Quanto às ações
horizontais, destacam-se a ação do vento e do empuxo em subsolos. O
caminho das ações verticais se inicia nas lajes, que suportam, além de seus
pesos próprios, outras ações permanentes e variáveis de uso. As lajes
transmitem essas ações para as vigas sobre as quais se apoiam, e as vigas
direcionam essas ações para outras vigas e pilares. Os pilares recebem as

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reações das vigas e as transferem para os andares inferiores e, finalmente,


para os elementos de fundação e o solo. O mesmo mecanismo pode ser
aplicado às ações horizontais que devem ser absorvidas por toda a estrutura
até o solo.

De acordo com a NBR 8681 (ABNT, 2004, p. 1), as ações são “[...] causas que
provocam o aparecimento de esforços ou deformações nas estruturas. Do
ponto de vista prático, as forças e as deformações impostas pelas ações são
consideradas como se fossem as próprias ações” e podem ser classificadas
como permanentes, variáveis, excepcionais e acidentais.

As ações permanentes “[...] ocorrem com valores constantes ou de


pequena variação em torno de sua média, durante praticamente
toda a vida da construção. A variabilidade das ações permanentes é
medida num conjunto de construções análogas”.
As ações variáveis “[...] apresentam variações significativas em torno
de sua média, durante a vida da construção”.
As ações excepcionais “[...] têm duração extremamente curta e muito
baixa probabilidade de ocorrência durante a vida da construção, mas
que devem ser consideradas nos projetos de determinadas
estruturas”.
As cargas acidentais “[...] são as ações variáveis que atuam nas
construções em função de seu uso (pessoas, mobiliário, veículos,
materiais diversos etc.)”. (ABNT – NBR 8681, 2004, p. 18).

Além da própria NBR 8681, devem também ser consultadas as normas NBR
6120 (ABNT, 2019). Alguns valores mínimos a serem adotados para as cargas
acidentais verticais em diferentes edificações são listados no Quadro 1.2.

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Carga
Local
(Kgf/m²)

Dormitórios, salas, copa, cozinha e


1,5
Edifícios banheiro
residenciais
Despensa, área de serviço e lavanderia 2,0

Cozinha não A ser determinada em cada caso,


3,0
residencial porém no mínimo

Com acesso ao público 3,0


Escadas
Sem acesso ao público 2,5

Escritório Salas de uso geral e banheiro 2,0

Forros Sem acesso a pessoas 0,5

Galeria de A ser determinada em cada caso,


3,0
arte porém no mínimo

Galeria de A ser determinada em cada caso,


3,0
lojas porém no mínimo
Quadro 1.2 – Valores mínimos das cargas verticais
Fonte: Adaptado de ABNT – NBR 6120 (2019, p. 3).

Os valores mínimos de carregamento são norteadores dos possíveis valores a


serem considerados em termos de cargas verticais para diferentes espaços e
materiais, mas nem sempre correspondem à realidade. Em obras de grande
porte, recomenda-se uma investigação mais apurada.

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Valores Representativos
Pela NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 64), as ações são quantificadas por seus
valores representativos, que podem ser:

a) Os valores característicos conforme definido em 11.6.1;


b) valores convencionais excepcionais, que são os valores
arbitrados para as ações excepcionais;
c) valores reduzidos, em função da combinação de ações, como:
Verificações de estados-limites últimos, quando a ação considerada
combina com a ação principal. Os valores reduzidos são
determinados a partir dos valores característicos pela expressão
ψ0Fk, que considera muito baixa a probabilidade de ocorrência
simultânea dos valores característicos de duas ou mais ações
variáveis de naturezas diferentes (ver 11.7); – verificações de
estados-limites de serviço. Estes valores reduzidos são
determinados a partir dos valores característicos pelas expressões
ψ1Fk e ψ2Fk, que estimam valores frequentes e quase permanentes,
respectivamente, de uma ação que acompanha a ação principal.

Os valores representativos se configuram em ferramentas da mais alta


importância ao engenheiro projetista, visto que, por meio desses valores, é
possível prever diferentes cenários de solicitações em uma edificação,
devendo o engenheiro atentar-se sempre à pior hipótese.

Combinação de Ações
As ações combinadas incidentes em uma edificação podem ser classificadas
em: combinações últimas e de serviço, como verificado no quadro a seguir.

Um carregamento é definido pela combinação das ações que têm


probabilidades não desprezíveis de atuarem simultaneamente
sobre a estrutura, durante um período preestabelecido. A
combinação das ações deve ser feita de forma que possam ser
determinados os efeitos mais desfavoráveis para a estrutura; a

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verificação da segurança em relação aos estados-limites últimos e


aos estados-limites de serviço deve ser realizada em função de
combinações últimas e de combinações de serviço,
respectivamente (ABNT – NBR 6118, 2014, p. 66).

O cálculo das combinações das ações, últimas e de serviço, deve considerar as


equações presentes nos itens 11.8.2.4 (Combinações últimas usuais) (ABNT –
NBR 6118, 2014), conforme a Figura 1.8.

Figura 1.8 – Combinações últimas


Fonte: ABNT – NBR 6118 (2014, p. 67).
Além disso, deve-se atentar-se também aos valores para combinações usuais,
de serviço, que estão presentes no item 11.8.3.2 da NBR 6118 (ABNT, 2014),
conforme a Figura 1.9.

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De acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 64), “[...] os valores de cálculo Fd
das ações são obtidos a partir dos valores representativos, multiplicando-os
pelos respectivos coeficientes de ponderação γf. As ações devem ser
majoradas pelo coeficiente γf, cujos valores encontram-se mostrados nas
Tabelas 11.1 e 11.2” da NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 64).

praticar
Vamos Praticar

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Ao considerar o projeto de uma laje maciça, o projetista deve atentar-se que o peso
próprio desse tipo de elemento é resultante de uma composição dos pesos do
concreto simples e do aço estrutural. De acordo com NBR 6118 (ABNT, 2014), esse
peso próprio pode ser considerado de 25 kN/m³ para concretos armados
convencionais. Tomando esse valor como verdadeiro, o peso próprio para 1m² de
uma laje em balanço e com espessura constante será de:

a) 2,5 kN/m²
b) 25kN/m3
c) 2,5 kN/m3
d) 0,25kN/m3
e) 25kN/m².

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Concepção
Estrutural e Pré-
Dimensionamento

A concepção estrutural consiste em escolher os elementos estruturais a


serem utilizados e definir suas posições, a fim de formar um sistema
estrutural que seja capaz de absorver e redirecionar os esforços resultantes
das ações atuantes, transmitindo-as para o solo por meio dos elementos de
fundação (BASTOS, 2019). A solução final adotada deve atender aos requisitos
especificados nas normas técnicas.

Posicionamento dos Pilares


A locação dos pilares geralmente é iniciada pelos cantos do edifício e, em
seguida, pelas áreas comuns a todos os pavimentos, como escadas e
elevadores, por fim, posicionam-se os últimos pilares nas extremidades e os
internos, buscando posicioná-los no interior das paredes divisórias e evitando
a sua localização nos espaços internos dos ambientes.

A melhor composição dos pilares é aquela em que eles possuem o melhor


alinhamento possível, formando pórticos com as vigas de respaldo que os

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unem. Essa composição contribui substancialmente na estabilidade global do


edifício. Usualmente, os pilares são posicionados para resultarem em
distâncias entre eixos compreendidas entre 4 m e 6 m. Distâncias elevadas
entre pilares podem resultar em vigas muito robustas, com dimensões
incompatíveis e aumentam custos da construção. Por outro lado, pilares
muito próximos podem interferir nos elementos de fundação, prejudicando
toda a concepção estrutural.

Deve-se adotar 19cm para a menor dimensão da seção transversal do pilar e


escolher a direção da maior dimensão, de modo a garantir maior travamento
da estrutura, nas duas direções. Deve-se também verificar a interferência dos
pilares posicionados nos demais pavimentos que compõem toda a edificação
como no caso de garagem ou se o arranjo não afeta o interior das áreas
sociais, como recepção, sala salão de festas etc.

Posicionamento das Vigas e Lajes


Uma vez que o posicionamento preliminar dos pilares seja finalizado, segue-
se para o planejamento da disposição das vigas. Além daquelas que ligam os
pilares, outras vigas podem vir a ser necessárias, seja para delimitar os
painéis de laje, seja para suportar o peso de uma parede divisória (PINHEIRO;
MUZARDO; SANTOS, 2003).

É comum, por questões estéticas, que a largura das vigas seja compatibilizada
com a largura das paredes de alvenarias, evitando ressaltos. As alturas das
vigas são restringidas pelos espaços disponíveis nas paredes devido à
abertura das portas e janelas. Como as vigas delimitam as lajes, as suas
disposições devem considerar os menores vãos para lajes, ou seja, entre 3,5
m e 5,0 m. O posicionamento e as dimensões das lajes ficam, portanto,
definido pela composição de vigas.

“A identificação dos elementos se dá por meio de numeração, sendo realizada


da esquerda para a direita e de cima para baixo. Assim, a numeração das lajes
(L1, L2, L3, etc.), das vigas (V1, V2, V3, etc) e dos pilares (P1, P2, P3, etc)” é
executada (PINHEIRO; MUZARDO; SANTOS, 2003, p. 28). Geralmente, cotas

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parciais e totais são inseridas em cada direção, posicionadas fora do contorno


do desenho, para facilitar a visualização.

Pré-Dimensionamento
O pré-dimensionamento dos elementos estruturais é uma etapa necessária
para que se possa estimar o peso próprio das estruturas, que é parcela
importante a ser considerada no cálculo das ações permanentes.

Laje
A espessura das lajes, segundo Pinheiro, Muzardo e Santos (2003, p. 13), pode
ser obtida com a expressão:
φ
h = d + + c
2

onde:

d = altura útil da laje

φ = diâmetro das barras

c = cobrimento nominal da armadura

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Cobrimento nominal da armadura (c) é o cobrimento mínimo (cmin) acrescido


de uma tolerância de execução (Δc):

c = cmin + Δc

“Nas obras correntes, Δc ≥ 10mm, além disso, o valor do cobrimento mínimo


deve considerar também a classe de agressividade do ambiente em que a
estrutura está inserida”, conforme a NBR 6118 (ABNT 2014, p. 18). Veja a
seguir:

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Figura 1.11 – Correspondência entre a classe de agressividade ambiental e o


cobrimento nominal para ∆c = 10 mm
Fonte: ABNT – NBR 6118 (2014, p. 20).

Para lajes com bordas apoiadas ou engastadas “a altura útil pode ser
estimada por meio da expressão” (BASTOS, 2019, p. 12):

dest = (2,5 – 0,1.n) . l*/100

onde:

lx
I = { }
0, 7ly

n = número de bordas engastadas

lx = menor vão

ly = maior vão

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A NBR 6118 (ABNT, 2014) recomenda que as seguintes espessuras mínimas


sejam respeitadas em lajes maciças:

7 cm para cobertura não em balanço;


8 cm para lajes de piso não em balanço;
10 cm para lajes em balanço;
10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual
a 30 kN;
12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30
kN;
15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas, com o mínimo de
l/42 para lajes de piso biapoiadas e l/50 para lajes de piso contínuas;
16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes-cogumelo, fora do capitel.

“Para o cálculo e o dimensionamento das lajes que estiverem em balanço, os


esforços solicitantes a serem considerados devem ser multiplicados por um
coeficiente adicional, cujos valores são retirados da Tabela 13.2 da NBR 6118”
(ABNT, 2014, p. 74). Uma vez finalizado o pré-dimensionamento da laje, parte-
se para o mesmo processo em vigas e pilares.

Viga
A estimativa para a altura das vigas pode ser dada pelas expressões:

tramos internos: hest = (lo/12)


tramos externos ou vigas biapoiadas: hest = (lo/10)
balanço: hest = (lo/5)

Recomenda-se a padronização das alturas das vigas do projeto (máximo de


duas alturas diferentes), a fim de otimizar os trabalhos de armação e
escoramento.

Pinheiro, Muzardo e Santos (2003), a relação entre a altura total e a altura útil
para uma viga com armadura longitudinal em uma única camada é dada pela
expressão:
φl
h = d + c + φt +
2

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onde:

c = cobrimento

φt = diâmetro dos estribos

φl = diâmetro das barras longitudinais

Observe na imagem a seguir:

Pilar
O pré-dimensionamento dos pilares é iniciado estimando a sua carga, e isso é
realizado por meio da determinação das áreas de influência em que as cargas
serão, devido ao posicionamento das peças, absorvidas por cada pilar em
particular. Basicamente, divide-se a área total do pavimento em diversas

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áreas de influência, relativas a cada pilar (BASTOS, 2019). A área de influência


por pilar pode ser obtida dividindo-se as distâncias entre os seus eixos entre
intervalos que variam de 0,45l a 0,55l, dependendo da sua posição, conforme
a seguir (Figura 1.13):

Figura 1.13 – Determinação das áreas de influência dos pilares


Fonte: Pinheiro, Muzardo e Santos (2003, p. 37).

Conforme Pinheiro, Muzardo e Santos (2003, p. 37):

0,45l: pilar de extremidade e de canto, na direção da sua menor


dimensão;
0,55l: complementos dos vãos do caso anterior;
0,50l: pilar de extremidade e de canto, na direção da sua maior
dimensão.

As áreas do balanço são consideradas acrescidas das respectivas áreas das


lajes adjacentes, tomando-se, na direção do balanço, largura igual a 0,50l,
sendo l o vão adjacente ao balanço.

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Segundo o mesmo autor, depois que a força nos pilares foi estimada pelo
processo das áreas de influência, o coeficiente de majoração da força normal
(α) deve ser determinado:

α = 1,3 para pilares internos ou de extremidade, na direção da maior


dimensão;
α = 1,5 para pilares de extremidade, na direção da menor dimensão;
α = 1,8 para pilares de canto.

Sendo possível determinar a área de seção transversal do pilar por meio da


expressão:
30.α.A.(n+0,7)
Ac =
fck+0,01.(69,2−fck)

onde, de acordo com Pinheiro, Muzardo e Santos (2003):

Ac = área da seção de concreto (cm2).

α = coeficiente que leva em conta as excentricidades da carga.

A = área de influência do pilar (m2).

n = número de pavimentos-tipo.

(n+0,7) = número que considera a cobertura, com carga estimada em 70% da


relativa ao pavimento-tipo.

fck = resistência característica do concreto (kN/cm2).

praticar
Vamos Praticar
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No pré-dimensionamento de uma laje, um dos primeiros passos é arbitrar um valor


para a altura útil deste elemento. Diante disso, qual o valor estimado da altura útil
(d) de uma laje maciça totalmente engastada em todos os lados?

Geometria da laje:

a) 4,2 mm.
b) 42 cm.
c) 2,1 cm.
d) 4,2 cm.
e) 21 mm.

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Lajes Maciças de
Concreto Armado

No presente tópico, serão abordadas questões fundamentais relacionadas ao


dimensionamento de lajes maciças.

De acordo com Pinheiro, Muzardo e Santos (2003), as lajes são classificadas


como elementos bidimensionais, ou seja, aqueles em que duas dimensões
(comprimento e largura) são consideravelmente superiores à terceira, isto é, à
espessura. Também é comum encontrar denominações como placas.
Destinam-se a receber a maior parte das ações aplicadas numa construção:
pessoas, móveis, pisos, paredes etc. As ações são comumente
perpendiculares à superfície da laje, podendo ser divididas em distribuídas na
área, distribuídas. “As ações das lajes geralmente são transmitidas para os
apoios das bordas, isto é, as vigas, mas eventualmente também podem ser
transmitidas diretamente aos pilares” (BASTOS, 2019, p. 1).

“A chamada laje maciça é a peça em que toda a espessura é composta por


concreto, contendo armaduras longitudinais e transversais, geralmente com
espessuras de 7 cm a 15 cm, sendo projetadas para os mais variados tipos de
construção” (BASTOS, 2019, p. 1).

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“As lajes podem ser classificadas com relação ao seu formato geométrico, aos
tipos de vínculos nos apoios, quanto à direção, etc. Uma classificação
bastante usual em lajes maciças é aquela referendada na direção (ou
direções) da sua armadura principal” (PINHEIRO; MUZARDO; SANTOS, 2003, p.
41). Para essa classificação existem dois casos: laje armada em uma direção
ou laje armada em duas direções.

Laje Armada em uma Direção


De acordo com Pinheiro, Muzardo e Santos (2003), as lajes armadas em uma
direção têm relação entre o lado maior e o lado menor superior a dois, ou
seja:
ℓy
λ = > 2
ℓx

onde:

lx = vão menor (Figura 1.14).

ly = vão maior.

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Os esforços solicitantes de maior magnitude ocorrem na direção do menor


vão, chamada direção principal. Na outra direção, os esforços solicitantes são
bem menores, sendo desprezados nos cálculos. “Os esforços solicitantes e as
flechas são calculados supondo-se a laje como uma viga com largura de 1 m,
segundo a direção principal da laje, como se verá adiante” (PINHEIRO;
MUZARDO; SANTOS, 2003, p. 42).

Laje Armada em Duas Direções


Para as lajes armadas em duas direções, os esforços solicitantes são
importantes segundo as duas direções da laje (BASTOS, 2019). A relação entre
os lados é menor que dois, tal que:
ℓy
λ = ≤ 2
ℓx

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Vãos Efetivos
“Os vãos efetivos das lajes nas suas principais direções devem seguir as
recomendações do item 14.6.2.4 da NBR 6118” (ABNT, 2014, p. 89), sendo
calculados pela expressão:

lef = lo+a1+a2

sendo: a1 igual ao menor valor entre (t1/2 e 0,3h) e a2 igual ao menor valor
entre (t2/2 e 0,3h), conforme figura a seguir:

Descobrir os vãos efetivos das vigas é tarefa da mais alta importância, visto
que, quanto maiores sejam os vãos, maior altura será demandada da seção
transversal das vigas, o que implica diretamente na distribuição dos esforços
e na sua vinculação com os demais elementos.

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Vinculação nas Bordas das Lajes


As lajes possuem três tipos de apoio: paredes divisórias, vigas ou pilares de
concreto armado. Desses, as vigas são as mais comuns. Para o cálculo dos
esforços solicitantes e das deformações nas lajes, portanto faz-se necessário
o estabelecimento dos vínculos da laje nos apoios, sejam eles pontuais, sejam
lineares (PINHEIRO, MUZARDO, SANTOS, 2003, p. 47).

Em função da complexidade deste problema, algumas simplificações são


aceitas: Os três tipos comuns de vínculo das lajes são o apoio simples, o
engaste perfeito e o engaste elástico. Como as tabelas usuais para cálculo das
lajes só admitem apoios simples, engaste perfeito e apoios pontuais, a
vinculação nas bordas deve se resumir apenas a esses três tipos (PINHEIRO;
MUZARDO; SANTOS, 2003, p. 47).

De acordo com a sua vinculação de bordas, as lajes podem ser, segundo


Pinheiro, Muzardo, Santos (2003):

Simplesmente apoiadas: o apoio simples surge nas bordas onde não


existe ou não se admite a continuidade da laje com outras lajes
vizinhas, podendo ser uma parede de alvenaria ou uma viga de
concreto.
Perfeitamente engastadas: no caso de lajes em balanço ou nas
bordas onde há continuidade entre duas lajes vizinhas. Além disso,
quando duas lajes contínuas de espessuras muito diferentes são
vizinhas, considera-se que a laje de menor espessura está engastada
na laje mais espessa e esta, por sua vez, é considerada simplesmente
apoiada na laje de menor espessura.
Elasticamente engastadas: no caso de apoios intermediários em lajes
contínuas, surgem momentos fletores negativos. A ponderação feita
entre os diferentes valores dos momentos nesses apoios conduz ao
engastamento elástico.

Devido à variedade de combinações possíveis em termos de vínculos nas


quatro bordas de uma laje retangular, as lajes recebem números que

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diferenciam as combinações de vínculos nas bordas, conforme visualizado na


figura a seguir.

“As tabelas utilizadas no dimensionamento das lajes consideram as bordas


livres, apoiadas ou engastadas, com o mesmo tipo de vínculo ao longo de
toda a extensão dessas bordas” (BASTOS, 2019, p. 33). Na prática da
construção, outras situações podem surgir; nesses casos, deve-se utilizar um
critério para cada caso específico, por exemplo: pode ser que a laje tenha
uma das suas bordas parcialmente engastada e parcialmente apoiada.

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Figura 1.17 – Caso específico de vinculação


Fonte: Pinheiro, Muzardo e Santos (2003, p. 45).

Um critério aproximado é indicado no quadro a seguir:

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ℓy Considera-se a borda totalmente


ℓy1 ≤
3 apoiada

Calculam-se os esforços para as duas


situações – borda totalmente
apoiada e borda totalmente
ℓy 2.ℓy
< ℓyl <
3 3

engastada – e se adotam os maiores


valores no dimensionamento

2.ℓy Considera-se a borda totalmente


ℓy1 ≥
3 engastada
Quadro 1.3 – Critério para simplificação de bordas parcialmente engastadas e
apoiadas
Fonte: Pinheiro, Muzardo e Santos (2003, p. 45).

Essa consideração nem sempre é a mais apurada para o cálculo e


dimensionamento das lajes. Em obras de maiores portes, recomenda-se um
estudo mais aprofundado.

praticar
Vamos Praticar
O cálculo dos esforços solicitantes incidentes em uma laje deve considerar o
estabelecimento dos vínculos desse elemento nos apoios, sejam eles pontuais,
sejam lineares. Das alternativas a seguir, pode-se dizer que é um tipo de apoio de
laje:

a) Apoio duplo.

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b) Engaste simples.
c) Engaste elástico.
d) Engaste plástico.
e) Engaste duplo.

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indicações
Material
Complementar

LIVRO

Concreto: ciência e tecnologia – Volumes I e


II
G.C. Isaia
Editora: Ibracon
ISBN: 978-85-98576-16-9
Comentário: O livro trata da tecnologia do concreto
enquanto material em diversas linhas de pensamento,
passando pela microestrutura (composição química,
hidratação dos grãos de cimento, morfologia de
estruturas cristalinas, etc), bem como do concreto em
escala macroestrutural (desenvolvimento das
propriedades mecânicas do concreto nos estados
fresco e endurecido). O livro ainda aborda as fases de

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execução das estruturas de concreto armado,


relacionando os principais problemas originados em
cada etapa do ciclo construtivo.

FILME

Megaconstruções: aeroporto internacional


de Hong Kong
Ano: 2003
Comentário: Megaconstruções é uma série do
Discovery Channel que mostra construções de grande
porte que já foram ou estão sendo construídas.
Para assistir ao filme, acesse o vídeo disponível em:

ACESSE

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conclusão
Conclusão
Nesta unidade, ficou clara a importância de uma boa concepção estrutural no
processo do dimensionamento de lajes, vigas e pilares, a disposição desses
elementos e a vinculação entre esses, bem como das suas dimensões
preliminares. Todo o procedimento de cálculo que seguirá é diretamente
afetado por essas decisões. Nesse sentido, é preciso pontuar a importância
de obedecer às recomendações normativas, a fim de que o processo de maior
confiabilidade seja dotado. A NBR 6118 (ABNT, 2014), além de ser um
documento direcionador dos serviços referentes ao projeto e execução de
estruturas de concreto armado, também se configura em uma ferramenta
salvaguardo do profissional.

referências
Referências
Bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Tipos de cimento.
Disponível em: https://abcp.org.br/cimento/tipos/. Acesso em: 10 dez. 2019.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738: Concreto –


Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. Rio de Janeiro,
2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: Concreto –


Ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos. Rio de Janeiro, 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 6118. Projeto de


estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: Cargas para o


cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro, 2019.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7211: Agregados para


concreto – Especificação. Rio de Janeiro, 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7480: Aço destinado a


armaduras para estruturas de concreto armado – Especificação. Rio de
Janeiro, 2007.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8522: Concreto –


Determinação dos módulos estáticos de elasticidade e de deformação à
compressão. Rio de Janeiro, 2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8681: Ações e


segurança nas estruturas – Procedimento. Rio de Janeiro, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12655. Concreto de


cimento Portland – Preparo, controle, recebimento e aceitação —
Procedimento. Rio de Janeiro, 2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16697: Cimento


Portland – Requisitos. Rio de Janeiro, 2018.

BALBO, J. T. Relations between indirect tensile and flexural strengths for dry
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Paulo, v. 6, n. 6 Dec. 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?

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pid=S1983-41952013000600003&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 14


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BASTOS, P. S. S. Fundamento do Concreto Armado: notas de aula. Bauru:


Universidade Estadual Paulista, abr. 2019, Disponível em:
http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/Fundamentos%20CA.pdf.
Acesso em: 10 dez. 2019

BATTAGIN, A. F. Cimento Portland. In: ISAIA, G.C. (Ed.). Concreto: Ciência e


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CINCOTTO, M. A. Reações de Hidratação e Pozolânicas. In: ISAIA, G. C. (Ed.).


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MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: microestrutura, propriedades e


materiais. 2. ed. São Paulo: IBRACON, 2014.

PINHEIRO, L. M.; MUZARDO, C. D.; SANTOS, S. P. Fundamentos do concreto e


projeto de edifícios: Pré-dimensionamento. Notas de Aula do departamento
de engenharia de estruturas da Escola de Engenharia de São Carlos na
Universidade de São Paulo. São Carlos, 2003.

https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6PnLVGnEH5ILebegKLnPHg%3d%3d&l=0yHcgu1QDotGRxwLt6tp8A%3d%3d&cd=x71Zd… 52/52

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