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AULAS ESPECIAIS
AS OBRAS DA FUVEST
DOIS IRMÃOS
1. BIOGRAFIA DO AUTOR
Milton Assi Hatoum, nascido em Manaus (19 de
agosto de 1952), é um dos maiores escritores brasileiros da
atualidade, além de trabalhar, também, como tradutor e
professor.
Filho de pai libanês e mãe amazonense, Hatoum, aos
quinze anos, mudou-se para Brasília, onde foi detido por
participar de uma passeata de cunho político. Em 1970,
estabeleceu-se em São Paulo, onde ingressou, em 1972,
na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade
de São Paulo, sendo também perseguido por participar de
movimentos estudantis.
Lecionou História da Arquitetura, na Universidade de
Taubaté, e, em 1980, conquistou uma bolsa de estudos
na Espanha, e lá viveu entre Madri e Barcelona, até se
mudar para a França, onde cursou pós-graduação em
estudos literários na Universidade de Paris III.
Em 1999, veio para São Paulo, onde iniciou o doutorado
em Teoria Literária na USP. Foi colunista do Terra
Magazine, da revista Entrelivros, dos jornais O Globo e O
Estado de São Paulo e escreveu romances contemplados
com os Prêmios Portugal Telecom de Literatura, Roger
Caillois, Grande Prêmio da Crítica/APCA, Juca
Pato/Intelectual do Ano e diversos Jabuti. As obras de
Milton Hatoum foram publicadas em cerca de vinte países
e, logicamente, traduzidas para inúmeros idiomas. Em
2023, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da
Universidade Federal do Amazonas.
Dentre suas obras mais importantes, estão os romances
Relato de um Certo Oriente, Dois Irmãos, Órfãos do
Eldorado, a trilogia O lugar mais sombrio. Os livros de
contos A cidade ilhada e Um solitário à espreita também
merecem destaque.
2. RESUMO DO ROMANCE DOIS IRMÃOS
O romance inicia-se pelo prólogo extraído do poema
“Liquidação” de Carlos Drummond de Andrade, em que já se
PORTUGUÊS
fazem notar alguns temas que serão desenvolvidos em Dois
Irmãos.
No capítulo inicial, o narrador apresenta elementos
que estarão presentes no desfecho da história: a morte de
Zana e a continuidade do ódio entre os irmãos gêmeos
Yaqub e Omar. A técnica do flashback permeia toda a
narrativa, principalmente porque se vincula às memórias
de Nael, o narrador, Halim, Zana, Domingas e Rânia.
A família libanesa era composta por Halim, sua
esposa Zana e três filhos: os gêmeos idênticos, Yaqub e
Omar, e Rânia. Por uma desavença entre os meninos aos
13 anos, Yaqub, o irmão mais velho, é enviado ao Líbano
por cinco anos, de onde regressa ao Amazonas,
desterritorializado e sem se identificar integralmente com
suas raízes brasileiras.
Halim e Zana se conheceram no restaurante Biblos,
de propriedade do viúvo Galib, pai de Zana, e se casaram
diante de uma intensa paixão. Halim, extremamente
apaixonado pela esposa, constitui a família de três filhos
que tanto queria Zana. Após a morte de Galib, o casal
dedica-se ao comércio na rua dos Abarés, em Manaus,
localizado entre o porto e a igreja, onde convivem com
uma indígena órfã chamada Domingas, empregada e
agregada da família, a qual vive num dos quartos dos
fundos da casa.
Enlutada pela perda do pai, Zana decide, à revelia de
Halim, ter três filhos. Dois anos depois do casamento,
nascem Yaqub e Omar. No entanto, o nascimento dos
gêmeos causa o entristecimento de Halim, pois Zana passa
a dedicar atenção quase exclusiva ao Caçula, por ele ter
adoentado logo nos primeiros meses de vida.
Os cuidados de Zana eram intensamente obsessivos
em relação a Omar, o que desencadeava os ciúmes do
marido e de Yaqub, que recebia os cuidados de Domingas.
Mesmo assim, os irmãos brincavam juntos, divergindo
nos comportamentos, pois Omar era ousado e aventureiro,
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enquanto Yaqub, tímido e discreto.
Certa ocasião, numa sessão de cinema na casa dos
vizinhos Estelita e Abelardo Reinoso, Omar vê Yaqub
recebendo um beijo de Lívia, uma garota que ambos
cortejavam, e tem um ataque de fúria, desferindo uma
garrafada no rosto do irmão. Os estilhaços ferem a face
de Yaqub, formando uma cicatriz que ele carregará por
toda a vida.
Com medo de que a violência tomasse proporções
maiores, Yaqub é mandado ao Líbano de onde retorna já
homem feito. Mas, a viagem, a qual tinha o propósito de
acalmar a fúria entre os gêmeos, contudo, não o surtiu
efeito esperado, uma vez que a rivalidade entre eles não só
se manteve como foi acentuada.
Yaqub dedica-se aos estudos, enquanto Omar é o
arruaceiro da escola e a situação na casa libanesa vai
piorando, com o silenciamento de Yaqub e o desequilíbrio
das atitudes do Caçula. Yaqub, seguindo o conselho de um
professor, decide vir para São Paulo, a fim de estudar e
prosperar, enquanto Omar opta pela vida noturna e
desregrada.
Em São Paulo, o gêmeo mais velho destaca-se nos
estudos e na carreira, o que orgulha os pais que continuam
a vida, no mesmo ritmo de sempre, acompanhados pelas
estrepolias de Omar e com o auxílio de Domingas, a órfã
indígena, que mora num quarto dos fundos da casa, e de
seu filho Nael, o narrador do romance Dois Irmãos.
Rânia, a irmã mais nova dos gêmeos, é uma menina
bela, que não tinha vida social e recusava qualquer
pretendente que lhe fosse apresentado, em decorrência de
Zana a ter proibido de se casar com um rapaz pobre pelo
qual se apaixonara. Ela vivia reclusa em seu quarto
durante as noites e o que lá fazia mantém-se em segredo
por toda a narrativa. Mas, o que é revelado claramente é
que Rânia tinha predileção pelos dois únicos homens que
a tocaram: Yaqub e Omar.
O Caçula envolve-se mais seriamente com a Mulher
Prateada, Dália, a qual é afastada dele por ação de Zana.
Os pais, então, decidem enviar o Omar para São Paulo,
onde ele fica instalado em uma pensão e frequenta uma
escola, sem quase nenhum contato com o irmão. Mas,
certo dia, ao chegar, clandestinamente, à residência de
Yaqub, Omar descobre que a esposa, que ele escondia da
família, era Lívia, destruindo com raiva as fotografias do
2–
casamento do irmão com desenhos obscenos e, por fim,
rouba-lhe o passaporte e dinheiro que usa para viajar aos
Estados Unidos.
Yaqub vai a Manaus e conta ao pai as novas aventuras
de Omar, afirmando que o irmão é um desorientado e
marginal. Nessa ocasião, Yaqub e Nael se aproximam e,
então, o narrador sente algum afeto pelo gêmeo mais
velho, chegando a ter a expectativa de que ele fosse seu
pai.
Omar regressa dos Estados Unidos e arruma um
emprego num banco estrangeiro, uma falácia porque, na
verdade, ele trabalhava com o contrabandista Wickman.
Nessa ocasião, o Caçula conhece a Pau-Mulato, mulher
sedutora e atraente, que o faz deixar sua casa e ir morar
com ela.
A família empreende uma verdadeira busca para
resgatar o filho desaparecido e trazê-lo de volta ao lar.
Enquanto Halim percorria todos os cantos de Manaus à
procura de Omar, Zana contrata o peixeiro Adamor, o
Perna-de-Sapo, para encontrar seu filho.
Ao ser localizado pelo peixeiro, Omar é levado à força
de volta para a casa dos pais, retomando sua rotina de
privilégios e mimos maternos. Já a vida de Halim começa
uma decadência sem recuperação.
Os anos de 1960 se iniciam e o regime militar se
estende pelo Brasil, alcançando Manaus, onde, Antenor
Laval, professor considerado comunista, amigo de Omar
e de Nael, no início de 1964, é morto em praça pública
pelos soldados.
Enquanto Rânia passa a administrar o comércio do
pai, este caminha desnorteado pela cidade, recuperando, a
partir da memória, toda a sua história, a qual é relatada a
Nael, que descobre, numa conversa com a mãe Domingas,
que ela fora estuprada por Omar, possibilitando, assim, ao
Caçula a paternidade do narrador.
Na madrugada da noite de Natal de 1968, Halim,
depois de ter desaparecido em suas caminhadas por
Manaus, é encontrado morto na sala de sua casa. Omar,
ao ver o pai no sofá, grita-lhe muitos desaforos e é contido
de bater no falecido pelo vizinho Talib.
Zana revolta-se com Omar e manda-o tomar rumo na
vida, quando surge Rochiram, um empresário indiano,
com quem Zana, na tentativa de unir Yaqub e Omar,
espera que os irmãos trabalhem na construção de um hotel
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em Manaus.
O gêmeo mais velho trapaceia Omar nas negociações
com o indiano. Omar fica endividado, pois gastara o
dinheiro recebido pela venda do terreno a Rochiram. Com
o negócio desfeito, Omar passa a ser perseguido por causa
das dívidas que fez.
Yaqub volta a Manaus desencadeando mais um ataque
de fúria de Omar contra o irmão, que é hospitalizado.
Rochiram exige receber de volta o dinheiro que tinha
pagado pela execução do projeto de construção do hotel e
consegue a casa libanesa como forma de quitação das
dívidas.
Domingas falece, Omar foge e Rânia muda-se para
um bangalô que havia comprado, levando, à revelia, Zana
para morar com ela. Omar é perseguido e preso pela
polícia. A casa libanesa se transforma em um comércio do
indiano Rochiram.
Num dia chuvoso, Nael, que continuará morando no
quartinho dos fundos da casa, a pedido de Yaqub ao
indiano, vê Omar no jardim, trocam olhares e o Caçula
parte em silêncio.
3. BREVE ANÁLISE
O romance Dois Irmãos de Hatoum apresenta como
pontos principais a busca de Nael pela sua origem familiar
e a rivalidade entre irmãos, pautada na preferência
materna por um dos gêmeos.
A partir do resgate da memória, o narrador Nael,
embora não tenha presenciado muitos dos fatos relatados
por ele, materializa em seu livro a trajetória da família de
Halim e do Amazonas, tornando-se o responsável por
manter vivas as vozes das personagens envolvidas em
uma série de acontecimentos.
Filho de Domingas, Nael vive nos fundos da casa da
família, em companhia da mãe, buscando saber quem era
seu pai: Yaqub ou Omar. Em meio à procura, o narrador
cria laços afetuosos com o avô Halim, o qual é o maior
colaborador na reunião dos fatos de que Nael se nutrirá
para compor a narrativa.
O período histórico do romance parte dos anos finais
do ciclo da extração da borracha, toda a Segunda Guerra
Mundial, a criação da Zona Franca de Manaus1 e o Golpe
1 A Zona Franca de Manaus é uma área industrial, criada pelo governo
brasileiro na região amazônica com o objetivo de promover uma maior
Militar de 1964. Milton Hatoum descreve Manaus em sua
topografia, variedade linguística, desenvolvimento
econômico, miséria, multiplicidade cultural,
segregacionismo, preconceitos, descaracterização
arquitetônica e injustiças sociais.
Enquanto Manaus caminhava a passos de tartaruga,
São Paulo é caracterizada no romance como o ambiente da
modernidade, do progresso e enriquecimento, elementos
que podem ser identificados na trajetória da personagem
Yaqub. Por sua vez, Omar declina vertiginosamente como
Manaus.
A população manauara é composta por indígenas,
seringueiros, caboclos, migrantes e imigrantes desde o
ciclo da borracha, que modificou significativamente a
história econômica, social e cultural do Brasil.
Muito desse retrato amazônico é registrado,
principalmente, a partir da memória de Halim e Nael,
símbolo da miscigenação brasileira. Mas, o real propósito
do narrador é elucidar sua origem paterna, para descobrir
a si próprio, ou aceitar-se como é: o homem mestiço,
bastardo, professor pobre e morador de um quartinho de
fundos, legitimando sua identidade.
Nael vive na fronteira da cultura libanesa com a
indígena: filho de Domingas, a agregada, serviçal
submissa, explorada e desejosa de liberdade de uma
espécie de escravização legalizada, o narrador não escreve
muito a respeito de si próprio, talvez porque,
indiretamente, se considere num espaço periférico da
sociedade.
Domingas, assim como Nael, não era membro da
família libanesa, mas uma pessoa excluída de qualquer
forma de privilégio, vítima de violência sexual e moral,
que vivia em silêncio e, assim, morre também. Tal silêncio
integração territorial, facilitando a instalação de fábricas na Região
Norte. Instituída legalmente em 1957, durante a política de “Cinquenta
anos em cinco” do governo de Juscelino Kubitschek, pela Lei n.º 3.173.
Mas é o Decreto de Lei n.º 288, de 28 de fevereiro de 1967, período do
regime militar no Brasil, que declara Manaus como “uma área de livre
comércio de importação e exportação e de incentivos fiscais especiais,
estabelecida com a finalidade de criar no interior da Amazônia um
centro industrial, comercial e agropecuário dotado de condições
econômicas que permitam seu desenvolvimento (…)”.
(Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/ decreto-
lei/del0288.htm#:~:text=Del0288&text=DECRETO%2DLEI%20N%
C2%BA%20288%2C%20DE%2028%20DE%20FEVEREIRO%20D
E%201967.&text=Altera%20as%20disposi%C3%A7%C3%B5es%20
da%20Lei,a%20Zona%20Franca%20de%20Manaus. Acesso em: 28
de jul. de 2023.)
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diferencia o filho Nael da mãe, uma vez que ele, por meio
da literatura, registra sua voz e a de outras personagens
(polifonia) silenciadas pelo tempo e, algumas, pela morte.
Outro eixo do romance Dois Irmãos, e o principal, é a
rivalidade entre os gêmeos Yaqub e Omar, que se acentua
paulatinamente ao longo do enredo. Ambos disputam o
amor da mãe Zana e da sobrinha dos Reinoso, Lívia. A
marca dessa rivalidade está estampada no rosto de Yaqub,
por meio da cicatriz oriunda do estilhaço da garrafa que
Omar lhe desferiu na face.
Destaque-se que a marca no rosto de Yaqub tem formato
de meia lua, que, de acordo com a tradição islâmica, é
símbolo de um início de peregrinação, o que ocorrerá com
Yaqub ao ser enviado ao Líbano.
Exercícios
1. No romance Dois Irmãos, Nael, o narrador,
desempenha o papel de
a) protagonista da história.
b) observador silencioso que tenta reconstruir os eventos
do passado.
c) antagonista que causa conflitos entre os irmãos
gêmeos.
d) personagem secundária sem importância para a trama.
e) narrador distanciado dos fatos que relata.
2. A cidade de Manaus é retratada no livro Dois Irmãos
como
a) lugar idílico e perfeito.
b) cidade sem importância para a história brasileira.
c) metáfora das ruínas e da passagem do tempo.
d) ambiente hostil e perigoso.
e) espaço natural e idealizado.
3. (Enem/2014-PPL) – Os gêmeos sempre exerceram
um fascínio para a maioria das pessoas, principalmente os
monozigóticos ou idênticos. Parte desse interesse está
relacionado ao fato de que esses indivíduos representam a
manifestação natural que mais se aproxima da clonagem
na espécie humana. O mecanismo que está associado com
a formação dos indivíduos citados é a
a) divisão do feto em gestação em dois indivíduos
separados.
4–
Rivais, Yaqub e Omar, são personagens intertextuais
com a Bíblia, o Antigo Testamento, livro do Gênesis, em
que temos Caim e Abel, Esaú e Jacó como mitos bíblicos
do ciúme e ódio fraternal.
A vingança torna-se, então, ideia fixa na mente de Yaqub,
o qual vai realizá-la definitivamente ao engendrar a
perseguição ao Caçula, que culminará em sua prisão. Omar,
por sua vez, também não se farta de atormentar o irmão na
busca vingativa de ter perdido para ele o amor de Lívia.
Cabe aqui o questionamento: qual dos gêmeos é o vilão da
história? Se partirmos da informação de que os gêmeos
eram idênticos na aparência física, talvez, psicologicamente
também o fossem na busca pela vingança.
b) divisão do embrião em dois grupos celulares
independentes.
c) fecundação de um óvulo por dois espermatozoides
diferentes.
d) ocorrência de duas fecundações simultâneas no útero
materno.
e) fertilização sucessiva de dois óvulos por apenas um
espermatozoide.
4. Yaqub e Omar são gêmeos idênticos no romance Dois
Irmãos. Estudos sobre gêmeos idênticos mostram que a
altura, as habilidades artísticas e, também, o quociente de
inteligência, podem, no entanto, serem diferentes entre
esses indivíduos porque
a) a hereditariedade e o ambiente não possuem
influência sobre a expressão dos fenótipos.
b) o ambiente e a epigenética interagem no
desenvolvimento e expressão das características
herdadas.
c) o genótipo dos gêmeos depende da interação da dieta
e do controle hormonal.
d) as características, tais como QI, altura e talentos
artísticos, dependem apenas do ambiente.
e) os alelos responsáveis por essas características
possuem efeito fenotípico múltiplo.
5. Qual é a principal diferença entre os irmãos gêmeos
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Exercícios
Yaqub e Omar?
a) Yaqub é bem mais velho que Omar e, por isso, mais
ajuizado.
b) Yaqub é mais estudioso e disciplinado, enquanto
Omar é mais impulsivo e indisciplinado.
c) Yaqub é mais alto que Omar, o que desencadeia a
inveja do Caçula.
d) Yaqub é mais rico que Omar, motivo que faz o Caçula
furtar a casa do irmão em São Paulo.
e) A cicatriz no rosto de Omar, provocada por Yaqub.
6. Relacione a personagem à simbologia no romance
Dois Irmãos:
I. Zana
II. Rânia
RESOLUÇÃO
AS OBRAS DA FUVEST
DOIS IRMÃOS
1) Nael, o narrador de Dois Irmãos, relata, a partir
de suas memórias e da de outras personagens, os
acontecimentos que envolvem a família libanesa,
tentando reconstruir o passado para encontrar sua
própria identidade.
Resposta: B
2) Manaus é, no livro, uma personagem que
movimenta e interfere na vida das demais, sendo
refletida em miniatura na casa de Halim, em seu
período de apogeu e declínio. As tradições
convertidas em sonhos de modernização por que
passa a cidade também ocorrem no lar libanês.
Resposta: C
3) O termo “clonagem”, no texto, faz menção a
gêmeos univitelinos, isto é, idênticos,
monozigóticos, que são formados a partir da
divisão da mórula em dois grupos celulares, sendo
que cada um deles evolui para um indivíduo. São
provenientes da fecundação de um óvulo por um
espermatozoide; portanto, possuem o mesmo
patrimônio genético.
Resposta: B
5–
III. Rochiram
IV. Domingas
( ) Escravização
( ) Mito de Édipo invertido
( ) Incesto
( ) Capitalismo
7. Dentre os acontecimentos narrados por Nael, um dos
principais eventos que desencadeia o conflito físico entre
os irmãos gêmeos no livro Dois Irmãos é:
a) A rivalidade originada por ambos amarem Lívia.
b) A necessidade de dominar os negócios da família.
c) A busca pelo dinheiro de Halim.
d) A disputa pelo controle da cidade de Manaus.
e) A necessidade de possuir Rânia sexualmente.
PORTUGUÊS
4) A altura, as habilidades artísticas e o quociente de
inteligência de gêmeos idênticos podem variar em
decorrência de outros fatores, tais como
epigenéticos e ambientais.
Resposta: B
5) Yaqub, depois que retorna do Líbano, dedica-se
aos estudos, enquanto Omar se ocupa com uma
vida cheia de aventuras, bebidas e mulheres.
Resposta: B
6) Zana é apaixonada pelo filho Omar, configurando
o mito de Édipo de maneira invertida; Rânia tem
um afeto incestuoso pelos gêmeos e chega a se
relacionar sexualmente com o sobrinho Nael;
Rochiram é o indiano capitalista selvagem;
Domingas é a indígena que trabalha na casa
libanesa numa situação análoga à da escravização.
Resposta: IV – I – II – III
7) O beijo que Yaqub recebe de Lívia desencadeia a
primeira atitude violenta em Omar, que também
estava interessado na moça.
Resposta: A
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