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COPEM/ CEMUP

EIXO DE GESTÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Guia de Orientações para a Jornada Pedagógica 2024


Governador
Elmano de Freitas da Costa

Secretária de Educação
Eliana Nunes Estrela

Secretária Executiva de Cooperação com os Municípios - COPEM


Emanuelle Grace Kelly Santos de Oliveira

Coordenadora de Cooperação com os Municípios para Desenvolvimento da


Aprendizagem na Idade Certa - COPEM
Cristiane Cunha Nóbrega

Articuladora de Cooperação com os Municípios para Desenvolvimento da


Aprendizagem na Idade Certa - COPEM
Arinda Cibelle Galvão Lobo

Célula de Fortalecimento da Gestão Municipal e Planejamento de Rede - CEMUP


Orientadora
Ana Michele da Silva Cavalcanti de Menezes

Eixo de Formação do Ensino Fundamental


Gerente
Alexandra Carneiro Rodrigues

Técnica
Antônia Varele da Silva Gama

Equipe CEMUP
Cláudio Roberto Fernandes da Silva
Fernando Hélio dos Santos Costa
Joana D’arc Maia Feitosa Correia
Leide Ana Rabelo Magalhães
Maria Angélica Sales da Silva
Maria de Fátima Xavier de Magalhães
Paulo Felipe Saraiva Barbosa

Consultores
Antonio Carlos Nogueira Sobrinho
Luciana Firmino da Costa

Consultoria Técnica
Dra. Luci Ferraz de Mello (Instituto Gesto & Vetor Brasil)
Letícia Brandão (Instituto Gesto & Vetor Brasil)
SUMÁRIO
SUMÁRIO

Apresentação
................................................................................................................ 5

Dia 01
............................................................................................................................... 6

Manhã

Acolhida da equipe escolar ........................................................................................ 6


Apresentação dos novos integrantes da escola .......................................................7
Apresentação da missão, das regras e dos
pressupostos ................................................................................................................. 7
Escuta ativa sobre os desafios para o novo ano letivo .............................................. 8

Tarde

Diagnóstico das necessidades da escola e redesenho


das metas a serem pactuadas ..................................................................................... 8
Apresentação das matrizes de referência do
SAEB/SPAECE ................................................................................................................ 10

Dia 02
.............................................................................................................................. 11

Manhã

Avaliações externas: dados de aprovação e de


reprovação .................................................................................................................... 11
Momento por Área de Conhecimento sobre os
indicadores da escola .................................................................................................. 12

Tarde

Revisitação do PPP e do Regimento Escolar ..............................................................13


Dia 03
........................................................................................................................... 17

Manhã

Organização do Tempo Integral ............................................................................... 17

Tarde

Competências socioemocionais no espaço escolar ................................................ 19

Dia 04 ........................................................................................................................... 21

Manhã

Planejamento do ano letivo: projetos internos e


externos da escola ....................................................................................................... 21

Tarde

Planejamento por Área de Conhecimento .............................................................. 22


Planejamento da oferta de eletivas a partir dos
Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) .......................................................... 23

Dia 05 ........................................................................................................................... 26

Manhã

Planejamento do professor ....................................................................................... 2

Tarde

Calendário escolar ........................................................................................................ 26


Horário escolar ............................................................................................................ 26

Considerações Finais
..................................................................................................... 28

Referências ................................................................................................................. 29

Apêndices .................................................................................................................. 31
APRESENTAÇÃO

A Coordenadoria de Cooperação com os Municípios para o Desenvolvimento da


Aprendizagem na Idade Certa – COPEM, por meio da Célula de Fortalecimento da
Gestão Municipal e Planejamento de Rede – CEMUP, do Programa Aprendizagem na
Idade Certa - PAIC Integral, elaborou este Guia de Orientações para a Jornada
Pedagógica 2024. O objetivo do Guia é auxiliar o núcleo gestor na condução da
jornada pedagógica, que visa traçar as diretrizes norteadoras das ações pedagógicas
do ano letivo de 2024.

A Jornada Pedagógica é o momento de planejar coletivamente o ano letivo,


discutindo alguns temas de extrema relevância para a condução das ações que
serão desenvolvidas durante o ano que se inicia. O Guia de Orientação para a
Jornada Pedagógica 2024 consiste em rotinas para cinco dias, contemplando os
turnos manhã e tarde com os principais pontos a serem abordados na jornada das
escolas da rede municipal do Estado do Ceará.

No primeiro dia acontece o acolhimento e a apresentação de toda a equipe escolar.


Nesse dia, sugerimos avaliação do ano anterior e os desafios que se colocam no ano
corrente, além da apresentação das matrizes de referências das avaliações externas.
O segundo dia dá continuidade às avaliações externas, explorando os dados de
aprovação/ reprovação e os indicadores da escola. Ainda no segundo dia, serão
revisitados os documentos que norteiam a instituição escolar, o Projeto Político
Pedagógico (PPP) e o Regimento Escolar( RE). O terceiro dia está dedicado ao tempo
integral. O planejamento coletivo é o foco do quarto dia da semana pedagógica. E,
por fim, o quinto dia traz o planejamento individual do/a professor/a, o calendário e
o horário escolar. O Apêndice traz sugestão de instrumentais para os gestores
utilizarem ao longo do ano letivo.

É importante salientar que, em virtude da realidade de cada escola, este Guia poderá
ser reorganizado e adaptado de forma a atender a cada município em particular.

A CEMUP deseja uma Jornada Pedagógica de 2024 de muito sucesso para que o
planejamento anual da escola produza resultados exitosos, a fim de fortalecer o
trabalho dos/das professores/as e, consequentemente, o apredizado dos/das
estudantes, ocasionando um ano de estudos e de produção de conhecimento
coletivo.

Equipe CEMUP

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Dia 01

ACOLHIDA DA EQUIPE ESCOLAR

A semana pedagógica marca o retorno às atividades


escolares, sendo ela norteadora para os caminhos e
metas projetadas por toda comunidade escolar no
início de cada ano letivo. Acolher o grupo docente é
fundamental na construção de um espaço
harmônico e cooperativo.

Que tal aquele café da manhã reforçado para iniciar a semana?

MÃO NA MASSA

ACOLHIDA

Criação de um "Mapa das Metas"

Cada professor desenha um mapa representando sua


jornada pessoal e profissional, destacando marcos
importantes e objetivos a serem alcançados. Eles podem
usar símbolos, cores e legendas para representar metas a
curto, médio e longo prazo.

Posteriormente, em uma escuta ativa, os professores


compartilharão seus mapas, discutir estratégias para
superar obstáculos e oferecer suporte mútuo para
alcançar suas metas.

MÚSICAS

Lagum - Deixa (Letra) ft. Ana Gabriela


https://www.youtube.com/watch?v=cdQROwNBX4Q
Clipe Felicidade - Marcelo Jeneci
https://www.youtube.com/watch?v=s2IAZHAsoLI
Melim - Meu Abrigo
https://www.youtube.com/watch?v=gUpGTRR4Tt4

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APRESENTAÇÃO DOS NOVOS INTEGRANTES DA ESCOLA

Entre as principais ideias de boas-vindas para


professores e funcionários novos, não podemos deixar
de fora a clássica apresentação, cujo objetivo é
apresentar os novos integrantes para os antigos e vice-
versa. Também é interessante levar os novatos a um
passeio pelas dependências da escola.

Receber e acolher os novos integrantes do grupo docente é essencial para o bem-


estar do espaço escolar, porque promove não só um ambiente mais produtivo como
também um ambiente saudável, principalmente quando nos referimos ao bom
desempenho das inteligências socioemocionais.

APRESENTAÇÃO DA MISSÃO, DAS REGRAS


E DOS PRESSUPOSTOS DA INSTITUIÇÃO

Entendida como marco referencial no Projeto Político Pedagógico, a missão define a


identidade da escola e proporciona a gestão participativa, trazendo para dentro da
instituição os questionamentos sobre melhorias da qualidade de ensino.

Dessa forma, a escola precisa deixar evidente em sua proposta pedagógica e, por
sua vez, na semana pedagógica a sua missão, redefinir suas regras e pressupostos
coletivamente, afim de garantir um bom funcionamento da instituição.

MÃO NA MASSA

De forma coletiva, avaliar e propor mudanças na missão, nas regras e nos


pressupostos da escola.

OBSERVAÇÃO

Anotar o que será pontuado pelos professores para que na tarde


do segundo dia da semana pedagógica, destinada à revisitação do
PPP e do Regimento Escolar, seja dado a continuidade a esse
momento de discussão.

7
ESCUTA ATIVA SOBRE OS DESAFIOS PARA O NOVO ANO LETIVO

Desenvolver uma escuta ativa na escola está diretamente ligada à aplicabilidade de


uma gestão democrática. Utilizar a escuta sensível, no ambiente escolar, significa
compreender por empatia e estabelecer uma relação de confiança com o grupo
docente. Paulo Freire (1985), adentrando nessa questão, identificou a palavra como
unidade nuclear do diálogo e considerou duas dimensões interligadas na unidade da
palavra: ação e reflexão. Ambas devem ser a principal ferramenta utilizada na
construção de estratégias de um plano de ação para o ano letivo de 2024.

Benefícios da escuta ativa na escola

Melhora a comunicação e a compreensão de


todos osda
Você conhece o Regimento Interno agentes da comunidade escolar.
nossa escola?

Contribui
Você contribui ou contribui para
para sua a construção
construção de relacionamentos
e efetivação dentro da
escola? mais saudáveis no espaço escolar.

Ajuda
Sugira ações que podem ser na resolução
realizadas deter
para se conflitos.
uma maior participação
de toda comunidade escolar.
Estimula a empatia.
Que pontos podemos melhorar em nosso Regimento Escolar?
Proporciona um ambiente de trabalho acolhedor.
Você gostaria de discutir os direitos , deveres e as ações pedagógicas
contidas em nosso Regimento?
DIAGNÓSTICO DAS NECESSIDADES DA ESCOLA E
REDESENHO DAS METAS A SEREM PACTUADAS

A escola deve fazer um diagnóstico prévio de 2023, enfatizando


os avanços alcançados, as metas atingidas, as demandas que
surgiram e de que modo a comunidade escolar se envolveu
para atender as necessidades pertinentes.

A partir desse diagnóstico prévio e coletivo, a equipe deve


estabelecer as estratégias para a construção de um plano
de ação para o ano de 2024, que deve caracterizar a escola,
suas necessidades, seus recursos didático - pedagógicos e
seus desafios. Esse plano deve apresentar metas e
estratégias para alcance delas, com prazos reais e factíveis,
que devem ser pactuados por todos os membros da
comunidade escolar.

8
MÃO NA MASSA

Ao trazer a apropriação de resultados do ano anterior para o âmbito da escola, é


importante que esse diagnóstico seja compreendido a partir de alguns
questionamentos:

1. As metas pactuadas no ano anterior foram alcançadas e/ou


reprogramadas?

2. As metas e os desafios da escola foram pactuadas por todos a partir


da corresponsabilização?

3. Quais os maiores desafios da escola no ano anterior que precisam


ser repensados para 2024?

5. Qual a missão e os objetivos da escola?

6. Que ações coletivas podem ser consideradas para cada


etapa/bimestre escolar?

7. Que ações coletivas podem ser pensadas por componente


curricular?

8. É possível e necessário o desenvolvimento de um trabalho conjunto


entre professores de uma mesma área? De que modo?

9. Quais os projetos da escola e quais os projetos dos professores?

Os professores podem ser divididos em grupos de 4 ou 5, de preferência


de séries e/ou áreas de conhecimento distintas, para que possam pensar
nessas perguntas e responder por meio de cartazes, banners ou planners.

Essas perguntas são norteadoras para a construção do plano de


ação da escola, elencando suas prioridades e as demandas
externas e internas, tudo alinhado com a missão e os objetivos
da escola, que devem perpassar pela aprendizagem dos alunos e
a formação para a cidadania.

9
APRESENTAÇÃO DAS MATRIZES DE REFERÊNCIA DO SAEB/SPAECE

As matrizes de referência são compostas por um conjunto


de descritores que explicitam dois pontos básicos do que
se pretende avaliar: conteúdo programático a ser avaliado
em cada período de escolarização; nível de operação
mental necessário para a realização de determinadas
tarefas. Os descritores são selecionados para compor a
matriz, considerando-se aquilo que pode ser avaliado por
meio de um teste de múltipla escolha.

Os professores precisam ter amplo acesso às matrizes de referência de ambos os


testes, SAEB e SPAECE, todavia não devem ser reféns dessas matrizes para a
organização de seus planos de ensino. Devem ser disponibilizadas as matrizes de
Língua Portuguesa e Matemática para todos os professores da escola. Nesse
momento os professores das áreas de Ciências da Natureza e Ciências Humanas
devem analisar as matrizes e discutir de que modos os descritores podem ser
trabalhados em seus respectivos componentes curriculares, visando ao
desenvolvimento das habilidades pelos estudantes.

MÃO NA MASSA

Dividir os professores por série, nos Anos Iniciais, e por área de conhecimento, nos
Anos Finais. Em seguida, apresentar as matrizes de conhecimento com suas
respectivas atualizações, solicitando que eles se apropriem desse instrumento na
organização de seus planos de ensino, enfatizando que a organização curricular não
se finaliza apenas no ensino de conteúdos contemplados pelas matrizes.

Uma possibilidade é trabalhar com os descritores nas avaliações, nos projetos,


atividades em grupo, seminários temáticos, atividades lúdicas, sempre
discriminando os descritores para cada ação proposta.

10
Dia 02

AVALIAÇÕES EXTERNAS: DADOS DE APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO

As avaliações externas fazem parte da rotina escolar, sendo as políticas públicas de


educação orientadas pelos resultados das escolas com base na aprendizagem dos
alunos. Deste modo, todos os professores devem sentir-se responsáveis pelo
processo de construção da aprendizagem que culmina com sua verificação pelos
testes de larga escala aplicados na escola, a saber: Sistema de Avaliação da Educação
Básica (Saeb) e Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará
(Spaece).

Esses testes objetivam verificar a aprendizagem de uma dada etapa escolar do


aluno, que tem seu ciclo encerrado na quinta série do ensino fundamental (anos
iniciais), nona série do ensino fundamental (anos finais), além da avaliação da
alfabetização realizada em turmas da segunda série. Assim, todos os professores
dos anos anteriores são corresponsáveis pelo processo de ensino e aprendizagem
dos alunos, não devendo toda a carga ser depositada nos professores das séries
avaliadas.

Os boletins pedagógicos disponibilizados para a escola, devem ser apresentados


para todo o corpo docente, que precisa se apropriar desses resultados, fazer
diagnóstico da situação da escola, traçar estratégias para as defasagens e/ou
distorções observadas nos dados e desenvolver um plano de ação, que deve ser
encarado como um plano da escola e não da turma.

Destarte os resultados das avaliações externas, o corpo docente tem que conhecer
os dados de aprovação, reprovação e evasão da escola, para reprogramar as rotas
do planejamento pedagógico, com a implementação de estratégias e
acompanhamento de cada estudante na perspectiva de garantir sua permanência e
aprendizagem, promovendo maior equidade.

MÃO NA MASSA

Dividir os professores por série, nos anos iniciais, e por


área de conhecimento, nos anos finais, e apresentar os
boletins pedagógicos com os resultados da escola do ano
anterior, solicitando que busquem os dados de
participação, as médias de proficiência nos componentes
curriculares avaliados e os padrões de desempenho.

A partir dos resultados sumarizados no Boletim da Escola – SAEB/SPAECE, analise


os itens a seguir:
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1. Inse (Índice Socioeconômico) da escola.

2. Taxa de participação por cada série avaliada. Houve discrepância entre número de
matriculados e participantes?

3. Proficiência em Língua Portuguesa no 2º ano Ensino Fundamental (SPAECE Alfa).

3.1 Percentual de estudantes por padrão de desempenho.

Não Alfabetização
Etapa Intermediário Suficiente Desejável
alfabetizado incompleta

2º ano
EF

3.2 Padrão de desempenho médio dos estudantes.


3.3 Houve melhora nos indicadores entre as edições anteriores das avaliações?
3.4 Estratégias administrativas e/ou pedagógicas para melhoria dos indicadores obtidos.




Manhã
4. Proficiência em Língua Portuguesa e Matemática no Ensino Fundamental.
4.1 Desempenho médio dos estudantes do 5º ano e nível de proficiência em Língua
Portuguesa e Matemática.
4.2 Desempenho médio dos estudantes do 9º ano e nível de proficiência em Língua
Portuguesa e Matemática.
4.3 Houve melhora nos indicadores entre as edições anteriores das avaliações?
4.4 Estratégias administrativas e/ou pedagógicas para melhoria dos indicadores obtidos.



MOMENTO POR ÁREA DE CONHECIMENTO SOBRE OS


INDICADORES DA ESCOLA

MÃO NA MASSA

A partir do diagnóstico realizado com base nos indicadores das avaliações externas,
discutir em pares as estratégias para otimizar esses dados e auxiliar os alunos com
defasagem na aprendizagem. Nesse ponto podem ser listadas ações para recompor
as aprendizagens, alinhado ao currículo escolar.
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Após a leitura, discussão e proposição de estratégias pedagógicas para o ano letivo,
a escola pode solicitar que os professores apresentem suas ideias em uma
culminância, do qual se consolida as alterações para os documentos normativos da
escola.

REVISITAÇÃO E DO REGIMENTO ESCOLAR E DO PPP

Os instrumentos legais da escola, a saber: Regimento Legal e Projeto Político


Pedagógico (PPP), devem ser revisitados durante as Jornadas Pedagógicas para
apreciação de todos e atualização, quando necessário. Estes documentos não
devem ficar guardados em arquivos da escola, pois guardam as normas e
informações sobre a escola, fundamentais para apreciação de todos e
discussões durante a jornada.

REGIMENTO

O regimento escolar vai determinar qual é o papel a ser desempenhado pela


instituição de ensino, suas normas, regras e esferas de poder, influenciando a
convivência e o clima estabelecido em seu ambiente. Já o Projeto Político
Pedagógico é um documento que reúne os objetivos, metas e diretrizes de uma
escola. Ele deve ser elaborado obrigatoriamente por toda instituição de ensino, em
conformidade com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

PPP

Alguns documentos legais, leis, decretos, resoluções, notas técnicas, devem fazer
parte do regimento e do PPP da escola, a saber:

- Constituição Federal 1988;


- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96);
- Plano Nacional de Educação (Lei nº 13.005/2014);
- Lei nº Lei nº11.645/2008, que orienta os currículos a agregarem o ensino da
História e Cultura Afro Brasileira e Indígena ao ensino;
- Resolução do CNE/CEB nº 04/2009 que orienta o Atendimento Educacional
Especializado – AEE;
- Resolução do CEC nº 395/2005 que estabelece diretrizes para a elaboração
de instrumentos de gestão;
- Resolução do CEC nº 363/2000 sobre a Educação de Jovens e Adultos – EJA;

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- Resolução do CEC nº 502/2002 que dispõe sobre o exercício do cargo de
direção de instituições de ensino da educação básica;
- Resolução do CEC nº 451/2014 sobre o credenciamento e
recredenciamento escolares;
- Resolução do CEC nº 456/2016 que fixa normas para a Educação Especial
e para o Atendimento Educacional Especializado (AEE);
- Resolução do CEC nº 463/2017 que orienta sobre o nome social do
aluno;
- Resolução do CEC nº 472/2018 que dispõe sobre a progressão parcial e a
progressão continuada;
- Resolução do CEC nº 474/2018 que dispõe sobre a BNCC da educação
infantil e ensino fundamental;
- Resolução do CEC nº 479/2019 sobre autorização e reconhecimento dos
cursos;
- Resolução do CEC nº 501/2022 que regulariza a vida escolar do aluno;
- Pareceres do CEC nº 299/2020 e o de nº 386/2021 sobre o encerramento
do ano letivo na pandemia;
- Lei Complementar Estadual nº 297/2022 que dispõe sobre a ampliação
do Programa PAIC Integral;
- Decreto Estadual nº 35.430/2023 que dispõe sobre a ampliação do
Programa PAIC Integral.
Manhã

MÃO NA MASSA

Momento 1: Questionamentos para discussão

1. Você conhece o Regimento Interno da nossa escola?


2. Você contribui ou contribuiu para sua construção e efetivação
dentro da escola?
3. Sugira ações que podem ser realizadas para se ter uma maior
participação de toda comunidade escolar.
4. Que pontos podemos melhorar em nosso Regimento Escolar?
5. Você gostaria de discutir os direitos , deveres e as ações
pedagógicas contidas em nosso Regimento?

No último questionamento, os gestores podem propor uma releitura do Regimento


Interno da escola, juntamente com seu corpo docente. Propor uma leitura e
participação cooperativa, em que todos possam elencar e colaborar com as
possíveis alterações de metas, regras e objetivos necessários que atendem os
anseios da realidade da escola.
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Momento 2: Texto para discussão com os docentes sobre a importância do PPP no
cenário da implementação da Educação em Tempo Integral.

Por uma escola para além do tempo integral

O Ministério da Educação (MEC) anunciou recentemente o seu programa de expansão das


escolas de tempo integral no Brasil que, por meio de um programa de política pública, reúne
um conjunto de estratégias que, desde assistência técnica, pedagógica e financeira aos
Estados e Municípios, tem como objetivo melhorar nossos indicadores educacionais. O cerne
da proposta governamental é ampliar o turno escolar para, no mínimo, 7 horas diárias ou 35
horas semanais.

O nobre objetivo do Programa do MEC “tem como finalidade a perspectiva do


desenvolvimento e formação integral de bebês, crianças e adolescentes a partir de um
currículo intencional e integrado, que amplia e articula diferentes experiências educativas,
sociais, culturais e esportivas em espaços dentro e fora da escola com a participação da
comunidade escolar”. São exatamente nesses termos que o programa ministerial é
divulgado na sua página institucional eletrônica.
Sabemos bem que o atual modelo educacional brasileiro guarda enormes desafios para a
implementação de um projeto dessa magnitude. A ampliação do horário do turno escolar
dos nossos sistemas de ensino exigirá mudanças profundas nos currículos, nas jornadas de
trabalhos dos profissionais da educação e nos próprios espaços escolares. Esse último
ponto, a que se refere a noção da infraestrutura escolar, talvez seja o gargalo que exigiria
maior investimento inicial do programaManhã ministerial. Afinal, como poderíamos garantir a
ampliação proposta pela escola do tempo integral sem os espaços físicos mínimos e
adequados para manter as crianças e os jovens nesse modelo?

Mas o principal desafio da nossa educação atualmente é transpor o modelo proposto pelo
MEC, avançando ainda mais na proposta ministerial. Para garantir as interações com as
subjetividades dos principais atores de nossas escolas e práticas pedagógicas de um novo
modelo educacional que, de fato, concretize o direito à educação que tanto almejamos, é
necessário avançar para a concepção de uma escola de formação integral.

A ampliação do tempo e dos turnos escolares, na proposta do MEC, é fator muito importante
para qualificarmos a nossa educação, já prevista na Meta 6 do atual PNE, que acabará já no
ano que vem e que passou muito longe de ser cumprida. A proposta era que, até o ano que
vem, tivéssemos no Brasil uma jornada diária de 7 horas em, pelo menos, 50% de nossas
escolas públicas da educação básica. Em 2021, chegamos a 22.4%% das escolas abarcadas
por esse modelo. O outro objetivo da meta era que, aqueles 50% das escolas brasileiras
aptas a oferecer uma jornada diária de 7 horas, pudessem abarcar 25% das matrículas da
Educação Básica. Em 2021, só tínhamos quase 15,1% dos estudantes brasileiros nessa
educação em tempo integral.

Mas a ampliação da jornada diária da escola brasileira deve vir acompanhada de uma
formação integral. Por isso, mais importante do que falarmos em escola de tempo integral, é
a gente se apropriar do que vem representar uma escola de formação integral.

815
Uma escola de formação integral preza, sobretudo, por uma educação inclusiva, para todos
e todas. As dimensões formativas dos estudantes perpassam várias dimensões do
conhecimento, para além do meramente curricular, ou de um currículo que não trate as
dimensões físicas, intelectuais, culturais e sociais como equiparados na sua importância. E
para uma escola de formação integral prosperar, temos que fomentar uma política
educacional que preze pela valorização profissional dos/as educadores/as, professores/as e
funcionários/as da educação. Precisamos de profissionais preparados para trabalhar as
questões pertinentes ao currículo e ao projeto político-pedagógico de nossas escolas. É uma
tarefa árdua que deve ser empreendida tanto pelos cursos de formação inicial e continuada
quanto pelos sistemas de ensino e pelas próprias escolas, levando-se em conta, também, a
democratização e eficiência da gestão.

Quanto ao aspecto curricular, os profissionais necessitarão compatibilizar as atividades


pedagógicas de classe e extraclasse, ressignificando o aprendizado dos estudantes. O
contexto social da escola, com a cidade, com o bairro, com as famílias e universidades, por
exemplo,é importante porque integra a escola às realidades do mundo, mediante a
valorização do trabalho como princípio educativo. É fundamental que aprimoremos a
sintonia entre os/as profissionais da educação básica com os cursos de licenciatura das
universidades, de modo que se consolide um caldo mais positivo e favorável para que,

somente assim, o magistério e as atividades escolares em geral voltem a ser atrativos para a
nossa juventude cogitar as atividades inerentes às escolas como possíveis futuros
profissionais.

Manhã
Outro pilar de uma escola de formação integral é a necessidade imperativa de uma gestão
democrática. O Projeto Político Pedagógico (PPP) de nossas escolas deve voltar a ser, nesse
modelo de uma formação integral, tarefa de toda a comunidade escolar, e não só uma
obrigação formal e burocrática. A sua elaboração, bem como o seu desenvolvimento e a
avaliação do projeto, devem ser produto coletivo de todos os atores educacionais. O PPP
tem por princípio superar a recorrente divisão social do trabalho e as práticas autoritárias
existentes na escola, fomentando os conselhos escolares, grêmios estudantis, associações
de pais, de moradores, dentre outros grupos constituídos na comunidade escolar. Só assim,
poderemos avançar para um modelo educacional que não se preocupe somente com o
aumento da jornada diária, mas, sobretudo, com uma formação mais ampla e geral,
portanto mais integral, dos nossos estudantes brasileiros, já tão atacados com a essa
proposta de Novo Ensino Médio, a antítese de uma Escola de Formação Integral.

Por Heleno Araújo, professor, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em


Educação (CNTE) e atual coordenador do Fórum Nacional da Educação (FNE) - 24/07/2023
Fonte: https://www.cnte.org.br/index.php/menu/comunicacao/posts/cnte-na-midia/76527-
por-uma-escola-para-alem-do-tempo-integral

Momento 3: Leitura dos documentos legais (regimento escolar e PPP) e, em seguida,


elencar as necessidades da escola e quais pontos precisam ser atualizados e/ou
adicionados.

Atenção para a implementação do tempo integral, que deve está expresso nestes
documentos normativos da escola, devendo ser de ciência de todos.
11
16
Dia 03

ORGANIZAÇÃO DO TEMPO INTEGRAL

Um dos grandes desafios enfrentados pelas equipes das Secretarias Municipais de Educação
na implementação do PAIC Integral tem sido a organização de uma matriz de componentes
curriculares, os quais contribuam de maneira efetiva para a construção consistente dos
saberes previstos no DCRC, e que, também, promovam engajamento e motivação por parte
dos adolescentes.

Além disso, há uma dificuldade em se definir e oferecer propostas dos chamados


componentes curriculares eletivos, principalmente porque espera-se que estes foquem mais
no desenvolvimento de saberes práticos ligados à ocorrências de situações reais.

MÃO NA MASSA

Leitura do Documento Orientador para que os docentes conhecerem e compreenderem a


proposta dos três diferentes tipos de componentes curriculares passíveis de serem
adotados.
Manhã
Uma vez definida a estrutura de componentes curriculares a serem adotados pela SME, é
importante apresentá-la aos professores, de maneira que compreendam e se apropriem da
lógica que interliga os componentes curriculares, de maneira que suas ofertas sejam
complementares, considerando as premissas das dimensões de uma educação integral.

É importante que os professores compreendam como poderão atuar


nos novos componentes, a partir da sua Área de Conhecimento; e como
esses novos componentes devem ser pensados de maneira integrada
com as competências da Base Comum, com foco na aplicação prática
em contextos reais da vida dos/das estudantes.

Para apoiá-los na elaboração desse momento da Jornada, apresentamos aqui uma sugestão
de atividade, com um momento mais conceitual e outro, mais prático.

Perguntas norteadoras sobre a Organização do Tempo Integral:

Quais tipos de componentes curriculares podem (e devem) ser criados, os quais


complementem a formação integral dos estudantes?
Quantas horas semanais cada escola deve dedicar a cada componente curricular,
considerando as obrigatoriedades mínimas da legislação brasileira?
Qual a duração das ofertas de cada um dos componentes curriculares no modelo
do PAIC Integral (bimestral, semestral, anual)?
1217
Como distribuir os componentes curriculares na nova estrutura de matriz
curricular durante a semana?
Como promover o desenvolvimento de novas propostas de componentes
curriculares, considerando os/as professores/as e as particularidades da escola?

Organização do Tempo Integral - Momento 1

Passo 1: apresentar a estrutura com os novos componentes (preferência a um


esquema com apelos visuais que explicite melhor as propostas);
Passo 2: apresentar cada um dos componentes, de maneira resumida e objetiva,
com as sugestões da arquitetura e distribuição dos tempos de cada componente
curricular do Documento Orientador, considerando a carga horária semanal;
Passo 3: destacar os pontos de convergência entre as competências a serem
desenvolvidas entre os componentes (vide Capítulo 2, do Documento Orientador
que explicitam essas convergências);
Passo 4: destacar os perfis dos professores para cada um desses tipos de
componentes, de maneira que os professores de cada área de conhecimento
compreenda a convergência desses novos componentes com seus saberes;
Passo 5: apresentar quadro com possibilidade de composição da grade curricular,
para que os gestores e professores compreendam como esses componentes
poderão ser distribuídos no dia a dia das escolas.
Manhã

Organização do Tempo Integral - Momento 2

Passo 1: com base no que foi apresentado sobre a estrutura da matriz e os


diferentes componentes curriculares previstos para serem trabalhados, dividir os
participantes da Jornada Pedagógica em duplas, trios ou grupos e solicitar que
elaborem grades curriculares considerando a disponibilidade de professores em
suas unidades escolares;
Passo 2: solicitar que os/as docentes compartilhem seus esboços de planejamento
de estruturas;
Passo 3: promover uma reflexão sobre a viabilidade e ganhos e perdas de se
elaborar uma estrutura que viabilize uma maior integração entre os componentes
curriculares da Base Comum e os novos componentes.

13
18
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS NO ESPAÇO ESCOLAR

O DCRC apresenta como orientação a necessidade da rede promover em suas escolas o


desenvolvimento de Competências Gerais, sendo que algumas delas são as competências
ligadas às relações interpessoais e sociais, bem como às emocionais. Esse documento prevê
que os saberes ligados a tais Competências devem focar, principalmente, na vivência dos
estudantes, para que os estes possam não apenas entender os seus significados, mas se
apropriarem de seus usos e ocorrências.

O Documento Orientador para Escolas de Tempo Integral sugere que as competências sejam
desenvolvidas por meio de atividades diversificadas adotadas ao longo da implementação
de componentes curriculares com estruturas diferenciadas, que considerem momentos
durante os quais os estudantes possam vivenciar a aplicação de tais competências em
situações reais ou simuladas de seu dia a dia. Isso demanda uma organização diferente das
atividades e do próprio percurso formativo a ser adotado, sendo que o DCRC sugere que as
escolas adotem sequências didáticas ligadas à aprendizagem por projetos.

Nesse sentido, o documento supracitado propõe o desenvolvimento de dois novos tipos de


componentes curriculares, ambos com foco maior no desenvolvimento de saberes ligados a
situações do dia a dia dos estudantes, que permitam não apenas que eles promovam
competências socioemocionais, mas que compreendam também como os saberes da Base
Comum se aplicam às suas rotinas.
Manhã
MÃO NA MASSA

Perguntas norteadoras sobre Competências Socioemocionais na Escola Integral:

Quais tipos e estruturas de componentes curriculares viabilizam o desenvolvimento de


competências socioemocionais?
Como se viabiliza o desenvolvimento de competências socioemocionais nas propostas
dos novos componentes curriculares da Escola Integral?
O que e quais são as três dimensões das competências?
Que tipo de atividades devemos prever nas nossas sequências didáticas para que
consigamos promover o desenvolvimento das três dimensões das competências (CHA)?
Como elaborar sequências didáticas que permitam o desenvolvimento das três
dimensões das competências?
Por que o Documento Orientador propõe novos componentes obrigatórios e eletivos?
Por que esses novos componentes são relevantes para a formação dos estudantes
enquanto seres humanos plenos?

14
19
Jornada Pedagógica sobre Organização do Tempo Integral - Momento 1

Passo 1: apresentar as dimensões que devem ser trabalhadas para o desenvolvimento de


uma competência;
Passo 2: apresentar as competências gerais, destacando as atividades que podem ser
utilizadas para cada o desenvolvimento e fortalecimento de cada uma delas ao longo de
uma sequência didática;
Passo 3: disponibilizar o exemplo da sequência didática de aprendizagem por competências
para resgatar com os participantes como se compõe uma sequência didática de duração
semestral;
Passo 4: resgatar a estrutura com os novos componentes;
Passo 5: apresentar cada um dos componentes, destacando as competências
socioemocionais que cada um deles promove;
Passo 6: apresentar as sugestões de estruturas de sequências didáticas e tipos de atividades
mais indicadas para viabilizar que os estudantes vivenciem cada uma delas que foram
disponibilizados no Documento Orientador.

Jornada Pedagógica sobre Organização do Tempo Integral - Momento 2

Passo 1: dividir os professores por áreas de conhecimento.


Passo 2: solicitar que cada dupla, trio ou Manhã
grupo elabore uma proposta de sequência didática
de uma proposta de eletiva ligada ao contexto dos jovens de suas comunidades de entorno,
considerando as premissas da elaboração de uma sequência didática que considere as
dimensões das competências com ênfase na aplicação prática em contextos reais.
Passo 3: solicitar que cada dupla, trio ou grupo compartilhe sua sugestão de sequência
didática para o novo componente curricular.

Observação: caso haja tempo, no momento dos compartilhamentos das


sequências didáticas, permitir que os demais participantes contribuam para
enriquecer cada proposta. Caso se sintam um pouco constrangidos no início, o
condutor da dinâmica deverá propor aprimoramentos para instigá-los a
começarem a construir conjuntamente.

14
20
Dia 04

PLANEJAMENTO DO ANO LETIVO: PROJETOS


INTERNOS E EXTERNOS DA ESCOLA

Neste momento, o foco da semana pedagógica será voltado para o planejamento


dos projetos que serão desenvolvidos durante o ano letivo da escola. É fundamental
ter a participação de todo o grupo docente.

MÃO NA MASSA

No primeiro momento, os/as professores/as devem ser divididos/as por Área de


conhecimento, a fim de que possam pensar em seus respectivos projetos internos e
externos a serem desenvolvidos durante o ano letivo.

No segundo momento, todas as áreas devem se reunir novamente para


compartilharem suas propostas e, assim, promoverem um debate para que todos
possam contribuir em cada projeto, elencando as estratégias, metas e metodologias
pedagógicas a serem alcançadas. Levando em consideração a realidade da escola e
seu Projeto Político Pedagógico.

Área de
Projeto Objetivo Metodologia Avaliação
conhecimento

21
PLANEJAMENTO POR ÁREA DE CONHECIMENTO

MÃO NA MASSA

Após a organização dos projetos internos da escola e dos projetos externos, que a
escola adere e participa, chegou a hora dos professores se organizarem por áreas de
conhecimento ou ciclo, a saber: Ciclo de Alfabetização e Anos Iniciais e Anos Finais
do Ensino Fundamental. Estes últimos organizados nas áreas de Linguagens,
Matemática, Ciências da Naturea, Ciências Humanas e Ensino Religioso.

Neste momento os professores devem organizar as ações pedagógicas por bimestre,


incluindo os conteúdos prioritários, as estratégias didático-pedagógicas e os critérios
avaliativos. Esse plano de ação/pedagógico deve ter seu desenho organizado ao final
da Jornada Pedagógica, com metas e prazos pré-estabelecidos, incluindo a
necessidade de ser revisitado ao final de cada bimestre ou semestre.

Objetos de Estratégias didático-


Etapa Avaliação
conhecimento pedagógicas

Manhã

Bimestre


Bimestre


Bimestre


Bimestre

1222
PLANEJAMENTO DA OFERTA DE ELETIVAS A PARTIR DOS
TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS

Os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) de forma integrada podem


instrumentalizar os estudantes para um maior entendimento da sociedade em que
vivem. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aponta seis macroáreas temáticas
(Cidadania e Civismo, Ciência e Tecnologia, Economia, Meio Ambiente,
Multiculturalismo e Saúde) englobando 15 Temas Contemporâneos, conforme
esquematizado a seguir:

MEIO AMBIENTE
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Educação Ambiental
Ciência e Tecnologia
Educação para o consumo

ECONOMIA
Trabalho Temas Contemporâneos SAÚDE
Educação Financeira Transversais (TCTs) na BNCC Saúde, Educação
edacação Fiscal Alimentar e Nutricional

Manhã

MULTICULTURALIMO CIDADANIA E CIVISMO


Diversidade Cultural Vida Familiar e Social
Educação para a valorização de Educação para o trânsito
multiculturalismo nas matrizes Educação em Direitos Humanos
históricas e culturais brasileiras Direitos da Criança e do Adolescente
Processo de envelhecimento, respeito e
valorização do idoso

MÃO NA MASSA

Dividir a equipe de professores em seis grupos, de preferência com professores de


áreas de conhecimento distintas. Os professores deverão pensar em um projeto no
âmbito escolar, Área de Conhecimento ou Componente Curricular, que deva dialogar
com os TCTs, bem como com o respeito às relações étnico-raciais e à inclusão da
pessoa com deficiência.

De modo a organizar melhor as ideias, a seguir há um instrumental norteador:

23
PROJETO

( ) Cidadania e Civismo
( ) Ciência e Tecnologia
( ) Economia
TCT ( ) Meio Ambiente
( ) Multiculturalismo
( ) Saúde

( ) Arte
( ) Ciências da natureza
( ) Educação Física
( ) Ensino Religioso
Componentes Curriculares ( ) Geografia
Obrigatórios de abrangência do ( ) História
projeto ( ) Língua estrangeira moderna
( ) Língua materna, para populações indígenas
( ) Língua Portuguesa
( ) Matemática

Competências específicas de área Manhã


(BNCC)

Competências específicas do
componente (BNCC)

Habilidades contempladas

Descrição geral

Objetivos

Justificativa e problemática

24
Aspectos metodológicos

Recursos necessários

Cronograma
(bimestral ou semestral)

Critérios de avaliação

Que estratégias pedagógicas podem ser pensadas para contemplar as


necessidades educacionais dos alunos com deficiência?

E quais práticas antirracistas podem ser implementadas a partir desse projeto?

Manhã
A partir desse instrumental, teremos um esboço de planejamento, em sua fase
inicial, relacionado com a organização curricular proposta para o Tempo Integral.
Dessa forma, nos planejamentos seguintes, sugere-se a refinação desse
instrumental, a fim de se torne uma oferta de componente curricular da parte
flexível (eletiva).

PARA SABER MAIS

De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência

(Estatuto da Pessoa com Deficiência), os estudantes que se enquadram como

Pessoa com Deficiência (PCD) são categorizados como: deficiência;

transtornos globais do desenvolvimento (TGD); altas

habilidades/superdotação. No hall das deficiências: deficiência intelectual,

deficiência sensorial, deficiência motora. Nos transtornos globais do

desenvolvimento: Transtorno do Espectro Autista (TEA). Além dessas

categorias, as escolas também apresentam alunos com laudos clínicos de

Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

1225
Dia 05

PLANEJAMENTO DO PROFESSOR

Após todas as vivências proporcionadas pela Jornada Pedagógica, chega o momento


de o professor fazer o planejamento individual de suas aulas, com foco na acolhida
dos alunos durante a primeira semana.

Este momento inicial é de conquista dos alunos, em que o professor deve apresentar
as regras da sala, realizar os acordos coletivos para o bom andamento das atividades
e promover avaliações diagnósticas internas, que servem de marco para o
planejamento das aulas. Essas estratégias devem estar alinhadas com o calendário
escolar e com as ações externas, oriundas das Secretarias Municipais de Educação
e/ou da Secretaria da Educação do Ceará.

CALENDÁRIO ESCOLAR

O planejamento do calendário e sua execução é de extrema importância para o


funcionamento da escola. Em vista disso, é indispensável que esteja planejada
dentro das atividades previstas para a Jornada Pedagógica. É importante lembrar
que cada modificação feita no decorrer do ano letivo, toda comunidade escolar
deve ser informada de forma transparente, colocando em ação o elo de confiança
e cooperação entre os pares.

Além disso, o calendário escolar é um documento oficial que a escola deve


submeter à Secretaria da Educação do Município (SME) e está em consonância
com documentos legais como a LDB, devendo fazer parte do regimento e do PPP
da escola e, portanto, precisa ser validado por toda a Comunidade Escolar.

HORÁRIO ESCOLAR

É fundamental que o Núcleo Gestor compreenda a importância da


elaboração efetiva do horário dos professores, pois a organização e o
funcionamento da escola dependem desta ação, visto que os
benefícios são inúmeros, como a diminuição de conflito entre
gestores e professores por inadequação da indisponibilidade de
horário do professor .
1226
PONTOS IMPORTANTES A SEREM CONSIDERADOS PELO NÚCLEO GESTOR

Atentar para distribuição das disciplinas curriculares, evitando a


concentração de uma mesma unidade curricular num curto espaço de
tempo para cada turma.

Verificar qual a disponibilidade de cada professor para ministrar as aulas é


fundamental na hora de elaborar o quadro de horários da escola. Um
planejamento prévio pode evitar conflitos entre gestores e professores por
não conseguirem se adequar a disponibilidades de tempo e horários.

Considerar a disponibilidade e a utilização de espaços coletivos da escola.


(biblioteca, quadra de esportes, laboratórios, auditórios e salas de
multimeios).

27
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Guia de Orientações para a Jornada Pedagógica de 2024 é um material didático elaborado


pela Célula de Fortalecimento da Gestão Municipal e Planejamento de Rede - CEMUP, eixo
integrante da Coordenadoria de Cooperação com os Municípios para Desenvolvimento da
Aprendizagem - COPEM, com o objetivo de contribuir para o Planejamento Pedagógico das
ações que permearão todo o ano letivo de 2024.

Neste material, encontram-se diversas estratégias que possibilitam o desenvolvimento das


ações entre o núcleo gestor, o corpo docente, o alunado e da comunidade escolar de um
modo geral. Entretanto, vale ressaltar que, em virtude da realidade de cada escola, este Guia
pode ser reorganizado e adaptado, de forma a atender a cada município em particular, já
que representa uma sugestão da Secretaria da Educação do Estado do Ceará - SEDUC.

A Equipe CEMUP deseja que a Jornada Pedagógica de 2024 seja de muito sucesso para que o
planejamento anual da escola produza resultados exitosos, que fortaleçam o trabalho
dos/das professores/as e, consequentemente, o apredizado dos/das estudantes,
ocasionando um ano de estudos e de produção de conhecimento coletivo.

A todas/os um ano de grandes conquistas!

Manhã

28
REFERÊNCIAS

Avaliação externa e matriz de referência. Disponível em:


https://spaece.caedufjf.net/colecao/2018-2/. Acesso em 20 nov. 2023

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei


n. 9394/96. Brasília: 1996. Lei nº 9.394/1996 e suas alterações (Lei de Diretrizes e
Base da Educação Nacional)

BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas


Educacionais Anísio Teixeira. Sistema de avaliação da educação básica documentos
de referência: versão preliminar. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/publicacoes/institucionais/avaliacoes_e_exames_da_ed
ucacao_basica/saeb_documentos_referencia_versao_preliminar.pdf. Acesso em: 21
nov. 2023.

BRASIL. Secretária-geral. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência


(Estatuto da Pessoa com Deficiência). Lei 13.146/2015. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso
em: 12 jul. 2023.

Documento Curricular Referencial do Ceará: educação infantil e fundamental /


Secretaria da Educação do Estado do Ceará. - SEDUC, 2019.

Documento Orientador para Escolas de Tempo Integral das Redes Municipais do


Estado Ceará / Secretaria da Educação do Estado do Ceará. - Fortaleza: SEDUC, 2023.

FREIRE, Paulo; FAUNDEZ, Antônio. Por uma pedagogia da pergunta. 8. Ed. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 2017 [1985].

GRIBOSKI, Cláudia Maffini et al. Política nacional de educação especial na perspectiva


da educação inclusiva. 2008.

LÜCK, Heloísa. A gestão participativa na escola. Curitiba: Vozes, 2017, 97p.

LÜCK, Heloísa.. Gestão educacional: uma questão paradigmática. 12ª edição. São
Paulo: Vozes, 2015

29
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez,
2006. Instituto Aliança. Ideias para o desenvolvimento de competências emocionais.
Disponível em https://institutoayrtonsenna.org.br/app/uploads/2022/10/instituto-
ayrton senna-macrocompetencia-resilienciaemocional.pdf. Acesso em: 21 de
novembro de 2023

NOVA ESCOLA. Plataforma Nova Escola, 2023. Disponível em:


https://novaescola.org.br/. Acesso em: 14 set. 2023.

NÓVOA, Antônio. Professores Libertar o Futuro. São Paulo: Diálogos embalados,


2023, 140p.

NÓVOA, Antônio. Professores Libertar o Futuro. São Paulo: Diálogos embalados,


2023, 140p.

VASCONCELOS, C. S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto


político-pedagógico. 11ª edição. São Paulo: Libertad, 2012.

Vozes da educação, Fundação Lemann, Instituto Natura. Recomposição das


aprendizagens em contextos de crise. Disponível em:
https://www.institutonatura.org/wp-
content/uploads/2021/08/Levantamento_Internacional___Estrate%CC%81gias_de_Re
composic%CC%A7a%CC%83o_das_Aprendizagens_VF_1.pdf Acesso em: 21 nov. 2023.

30
APÊNDICES

31
ORGANIZAÇÃO DO ANO LETIVO

1º Bimestre

início témino

2ª Bimestre

Início témino

3ª Bimestre

Início témino

4ª Bimestre

Início témino

DIAS LETIVOS POR BIMESTRE

1º Bimestre:

2ª Bimestre:

3ª Bimestre:

4ª Bimestre:

SÁBADOS LETIVOS

FEV AGO

SET
MAR

OUT
ABR

MAI NOV

JUN DEZ
ROTINA SEMANAL - Coordenador Pedagógico

UNIDADE ESCOLAR:

COORDENADOR (A):

ATIVIDADES PERMANENTES DURANTE A SEMANA

SEGUNDA TERÇA QUARTA

QUINTA SEXTA

OUTRAS ATIVIDADES REALIZADAS


______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
COORDENADOR PEDAGÓGICO EM SALA DE AULA

DATA: ___________________________________________________________________________________

PROFESSOR (A): ________________________________________ SÉRIE/ ANO: ________________

FOCO DE OBSERVAÇÃO DA COORDENAÇÃO:


____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
1- Área do Conhecimento /Objetos de conhecimento trabalhados pelo
Professor (a) durante a visita:
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
2- Atividades Propostas pelo (a) Professor (a):
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

3-Estratégias Didáticas utilizadas pelo (a) Professor (a):


____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

4-Material utilizado pelo (a) Professor (a):


____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

5- Interesse e Participação dos estudantes:


____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
COORDENADOR PEDAGÓGICO EM SALA DE AULA

DEVOLUTIVA PARA O(A) PROFESSOR(A) / REDIMENSIONAMENTO DE AÇÕES


(caso seja necessário)

______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________

________________________________________,____/____/________.

____________________________

COORDENADOR(A)

____________________________

PROFESSOR (A)

____________________________

GESTOR(A) ESCOLAR
PLANO DE AÇÃO

DESAFIOS AÇÃO OBJETIVO METODOLOGIA RESPONSÁVEL PERÍODO AVALIAÇÃO

Devido à dificuldade Desenvoler o projeto Consolidar a... Visita à... Professor/a Mês/ semana Observação dos
encontrada na turma de... resultados...
do _____.....
COMPONENTE CURRICULAR CARGA HORÁRIA

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