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15/03/2024, 17:59 :: 10056506445 - eproc - ::

Poder Judiciário
Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul
2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar do Foro Central da Comarca de
Porto Alegre
Rua Márcio Veras Vidor, 10 - Bairro: Praia de Belas - CEP: 90110160 - Fone: (51) 3210-6500 - Email:
frpoacent2jzvdfamm@tjrs.jus.br

MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA (LEI MARIA DA PENHA) CRIMINAL Nº


5058748-38.2024.8.21.0001/RS
Tipo de Ação: Ameaça (art. 147)
Local: Porto Alegre Data: 15/03/2024

DESPACHO/DECISÃO

Mandado Nº: 10056506445

MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA


Lei Maria da Penha - art. 22, inc. III, alíneas "a" e "b"
PROIBIÇÃO DE APROXIMAÇÃO E CONTATO

REQUERIDO: ROGÉRIO BARBOSA PINHEIRO

REGISTRO DE OCORRÊNCIA Nº.: 3337/2024/100330

DELITO: AMEAÇA

VALIDADE: 06 (seis) meses

Vistos.

Em complemento à decisão, evento 4, DESPADEC1, que deferiu medidas


protetivas em favor de VIVIANE GARCIA FUCHS e ante os elementos de convicção
disponíveis e de modo a preservar a integridade física e psicológica dela, determino que o
OFENSOR fique proibido de se aproximar da vítima, da sua residência e do seu local de
trabalho, também não podendo manter nenhum tipo de contato com ela, inclusive por
telefone e internet (e-mail, redes sociais, etc.), mantendo uma distância mínima de 300
metros dela, sob pena de ser decretada sua prisão preventiva, nos termos do art. 313, III, do
CPP.

Para a garantia da efetividade da presente decisão, determino que a VÍTIMA


também não poderá se aproximar do ofensor, da sua residência e do seu local de trabalho,
ficando vedado qualquer tipo de contato com ele, inclusive por telefone e meios eletrônicos,
sob pena de perda da medida de proteção.

Registre-se que o ofensor possui 19 passagens por Varas de Violência


Doméstica, 03 passagens por Varas Criminais e 01 por JECrim.

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Porto Alegre
A medida protetiva tem natureza sabidamente cautelar e caráter provisório,
emprestando-se às declarações da vítima, num primeiro momento e enquanto melhor
investigados os fatos, um valor diferenciado, de modo a viabilizar as políticas de afirmação
insculpidas na Lei 11.340/06 e a efetividade dos meios de proteção nela elencados, sem que
isso implique antecipação de juízo de mérito quanto à culpabilidade do agente, havendo
indícios suficientes, por ora, à concessão da ordem judicial.

A presente medida alcançou exclusivamente a vítima, que não solicitou a


suspensão do direito de visitas. Logo, se ausente suspensão ordenada pela Vara de Família,
permite-se a visitação do genitor aos filhos desde que não se aproxime da vítima ou entre em
contato com ela no curso da medida protetiva, cabendo às partes se valerem da intermediação
de familiares ou de pessoas de sua confiança de modo a não manterem contato na vigência da
medida de proteção e ajustarem, havendo acordo, os dias e a forma de visitação. Na falta de
consenso ou surgindo situação de risco séria envolvendo a prole, a vítima deverá encaminhar
o quanto antes possível pedido de regulação/suspensão de visitas na Vara de Família,
valendo-se, para tanto e se necessário, dos serviços da Defensoria Pública do Estado.

Se for necessário, as partes poderão procurar a Defensoria Pública para


regulamentar as visitas/alimentos e ajuizar ação de divórcio/dissolução de união estável.

Atendimento da Defensoria Pública:

Vítima: sala A215, 2º andar, Foro Central, Porto Alegre, com atendimento de
segunda à quinta-feira, das 12:30h às 18:30h, com agendamento pelo telefone 21360048 (Alô
Defensoria) ou violenciadomestica@defensoria.rs.def.br.

Ofensor : Rua Múcio Teixeira, 110, Menino Deus, Porto Alegre, atendimento de
segunda a sexta-feira, das 12h às 19h, preferencialmente pelos telefones n.ºs 32252142 e
32270819.

A medida de proteção tem validade de 6 (seis) meses, a contar de 15/03/2024,


podendo perder a validade se a vítima não pedir a sua prorrogação, preferencialmente por
telefone, através dos prefixos 32106650 ou 32106651, 32106649 (FIXO), 51 999878760
(WHATSAPP), e EMAIL frpoacent2jzvdfamm@tjrs.jus.br, DE SEGUNDA A SEXTA,
DAS 12H ÀS 19H., em até 05 (cinco) dias corridos depois de escoado o prazo, o que
ensejará o arquivamento com baixa deste expediente, ressalvada, evidentemente, a
possibilidade de outro registro policial, se fatos novos ocorrerem, tudo devendo constar,
expressamente, no mandado de intimação.

Havendo interesse na prorrogação dessa medida de proteção, caberá à vítima


requerê-la ao final do prazo inicialmente concedido, instruindo seu pedido com
informações mínimas quanto à existência de risco à sua pessoa e/ou de violência de gênero
atribuível ao suspeito, pois de medida temporária se trata, não se podendo perpetuá-la
indefinidamente no tempo, devendo viger por prazo razoável e enquanto houver justa causa à
sua permanência. Por isso é de fundamental importância que a vítima mantenha o seu
número de telefone e endereço atualizados e que informe o quanto antes possível, havendo
interesse na prorrogação, acerca de eventual situação de risco atual ou iminente que justifique
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a prorrogação da medida protetiva, contatando este juizado através do WhatsApp nº 51
999878760 ou do e-mail frpoacent1jz2vdfam@tjrs.jus.br, sob pena de arquivamento dos
autos com baixa.

Ainda, em caso de prorrogação ou de descumprimento da medida a vítima


poderá recorrer à Defensoria Pública, através do telefone n.º 21360048, para pedir
providências, além de contatar diretamente a Brigada Militar, pelo telefone 190, em caso de
emergência, cabendo-lhe, ainda, providenciar o registro de eventual descumprimento na
Delegacia da Mulher (DEAM), anexa ao Palácio da Polícia, na Av. João Pessoa no. 2050, de
modo a situar o fato no tempo, descrevê-lo e indicar algum início de prova, seja material
(áudios, vídeos, mensagens, fotografias, etc), seja testemunhal.

Expeça-se, com urgência, mandado de intimação do ofensor do conteúdo


integral da presente decisão, cabendo ao Oficial de Justiça qualificá-lo satisfatoriamente de
modo a certificar-se da real identidade dele, para só então intimá-lo, tudo devendo ser
certificado nestes autos. Caso a intimação ocorra através do aplicativo WhatsApp, caberá ao
Oficial de Justiça apresentar comprovação do número de telefone para onde enviada a medida
de proteção, com a fotografia do perfil do intimado, se presente no aplicativo, ou com a
fotografia do próprio intimado, ao ser contatado, além de prova da remessa da medida
propriamente dita, mediante a juntada de print da tela do celular e de print da confirmação de
recebimento, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça (HABEAS CORPUS
Nº 641.877 - DF) e nos termos do art. 11 do Ato 30/2020-CGJ.

O ofensor poderá buscar a defesa dos seus direitos na Defensoria Pública,


localizada na Rua Múcio Teixeira, 110, Menino Deus, Porto Alegre, atendimento de segunda
a sexta-feira, das 12h às 19h, preferencialmente pelos telefones n.ºs 32252142 e 32270819.

Poderá a vítima procurar eventual apoio nas áreas de assistência social,


psicológica e jurídica, mediante prévio agendamento, junto ao Centro de Referência e
Atendimento à Mulher (CRAM), localizado na Av. João Pessoa, 1105, Farroupilha, nesta
capital, de segunda à sexta-feira, das 8h30min. às 12h e das 13h30min. às 18h., telefone
51.32895110.

A vítima, querendo, também poderá recorrer à Delegacia Especial de


Atendimento a Mulher (DEAM), localizada na Rua Prof. Freitas e Castro, n.ºs, 701 e 739,
telefones 32882176, 32882284 e 32882288, nesta capital, se tiver interesse em seu
abrigamento, extensivo à prole, se for o caso.

Essa medida abrangeu unicamente a vítima e não serve para proteger familiares
ou testemunhas sequer nominadas e qualificadas e que nem mesmo manifestaram interesse na
ordem de proteção.

Se a ofendida não tiver advogado(a) constituído(a), transcorrido o prazo das


medidas protetivas, dê-se vista à Defensoria Pública que assiste às vítimas para que se
manifeste acerca de eventual prorrogação da medida de proteção, contatando a ofendida, se
necessário.

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Porto Alegre
Solicite-se à Patrulha Maria da Penha, através do e-mail cpc-
mariadapenha@bm.rs.gov.br, o acompanhamento da situação e a juntada de relatório, no
prazo de 05 dias, diretamente no sistema Eproc, podendo a vítima, em caso de emergência,
no curso da medida protetiva, contatar diretamente com a Brigada Militar pelo n.º 190.

Remetam-se os autos à CAPM objetivando a realização de estudo social do


caso, com laudo em até 30 (trinta) dias. Com o laudo, dê-se vista ao Ministério Público para
manifestação, voltando conclusos.

Intimem-se as partes, com urgência, pelo plantão, inclusive noturno, ficando


autorizado o cumprimento fora do horário forense, aos finais de semana e feriados, se
necessário.

O acesso aos autos pode ser feito através do link www.tjrs.jus/site, consulta
processual, informando o número do processo 50587483820248210001 e a respectiva chave
de consulta 791621663124.

CUMPRA-SE, servindo a presente decisão como mandado.

Destinatário: ROGERIO BARBOSA PINHEIRO (904.866.330-04)


Endereço: Rua Vacaria - Loteamento Nova Ipanema Green, 139, casa, Ipanema - Porto
Alegre/RS 91787840 (Residencial)
Contatos: (51) 99545-3085 , (51) 99954-5308 e (51) 3085-5388

Endereço(s):
Rua Vacaria - Loteamento Nova Ipanema Green, 139, casa, Ipanema, Porto Alegre/RS - 91787840 (Residencial)
.
O acesso aos autos pode ser realizado no site https://eproc1g.tjrs.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=processo_consulta_publica, informando o
Nº Processo 5058748-38.2024.8.21.0001 e a Chave do processo 791621663124.

Documento assinado eletronicamente por LUIS ALBERTO BORTOLOTTI ROTTA, Juiz de Direito, em 15/3/2024,
às 17:6:46, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006. A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://eproc1g.tjrs.jus.br/eproc/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, informando o código
verificador 10056506445v2 e o código CRC 18c04221.

É um dever de todos, sem exceção, proteger crianças e adolescentes contra a violência infantil (Recomendação n°
111/2021 do Conselho Nacional de Justiça).
5058748-38.2024.8.21.0001 10056506445 .V2

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