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CADEIA DE ABASTECIMENTO - INTRODUÇÃO

UFCD 8142
ÍNDICE

1. Enquadramento histórico
2. Intervenientes principais e seu posicionamento na cadeia de abastecimento
3. Tendências futuras
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

1.1. Na antiguidade
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ Nem a Gestão de Operações nem a Logística são temáticas novas. Desde o início da civilização
que ambas são praticadas, embora com maior ou menor grau de consciência e sistematização.
O que é relativamente recente é o estudo das boas práticas e a sua difusão e aplicação
sistemática na vida das empresas.

❑ No passado, quer no contexto civil quer empresarial, qualquer organização tinha sempre um
carácter fundamentalmente empírico, na medida em que as exigências se colocavam também a
um âmbito geográfico mais restrito (mercados locais e comunidades rurais quase
autossuficientes até à revolução industrial).
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ No que diz respeito à Logística, apesar de


ter sido de grande importância no campo
militar, em termos comerciais, a
organização das rotas comerciais na
sequência dos Descobrimentos Marítimos,
com o estabelecimento de Feitorias
(entrepostos) em diversos pontos do
percurso entre a origem (Índia, Brasil,
etc.) e os grandes mercados de consumo
dos produtos (Europa do Norte e Central)
foi um importante passo no
desenvolvimento logístico.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ Na verdade, estamos aqui perante um primeiro fenómeno de globalização, que já nessa altura
terá exigido muito por parte da Logística.

❑ Quanto à Gestão de Operações, a Revolução Industrial foi o motor do seu desenvolvimento,


embora os processos pré-industriais já fossem sujeitos a otimizações e esse saber se
desenvolvesse e sistematizasse em torno das corporações de artesãos.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ Durante esta fase, a sistematização era


inexistente, e cada artesão trabalhava "à sua
maneira", mesmo nas pequenas manufaturas
que surgiram durante o século XVIII, e cada
unidade produzida era única e irrepetível.

❑ Já no campo da Logística, as atividades logísticas


eram de suporte à atividade central e, como tal,
estavam pouco sistematizadas e dispersas.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ Esta situação manteve-se durante muito tempo, mesmo quando a Gestão de Operações já tinha
um órgão próprio e em empresas de maior dimensão (pós-Revolução Industrial).

❑ A coordenação destas atividades era inexistente, pois eram desempenhadas de forma


fragmentada pelos diferentes órgãos, o que resultava em duplicação de esforços e consequente
desperdício, e em perdas ou distorções da informação.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

1.2. 2ª Guerra Mundial/industrialização


1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ As atividades componentes do sistema logístico encontravam-se divididas pelas diferentes áreas


da empresa.

❑ O transporte era gerido pela Produção e os Stocks muitas vezes apareciam sob a
responsabilidade do Marketing, existindo situações em que a Produção ou mesmo as Finanças
controlavam os Stocks. o processamento de encomendas era controlado pelas Finanças ou pelas
Vendas.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ As atividades logísticas desenvolvidas na 2.ª Guerra


Mundial foram o início de muitos dos conceitos hoje em
dia utilizados na logística empresarial. Após a 2.ª
Guerra, foram as indústrias alimentares as primeiras a
colocar, sob o mesmo comando, as atividades de
transporte e armazenagem de produtos acabados.

❑ Obviamente, em todas as empresas se encontravam


atividades do foro da logística, mas não eram tratadas
com a importância devida, encontrando-se dispersas
pelas diferentes áreas de gestão.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ O ambiente económico e os conhecimentos teóricos nesta área não eram propícios a uma
mudança de atitude em relação às atividades logísticas. A área do Marketing crescia em termos
de importância nas empresas da altura, diminuindo o peso da Produção nas decisões de gestão
global.

❑ Esta situação é característica de um período de capacidade de produção estabilizada e


adequada a um mercado crescente e muito competitivo. As margens de lucro eram altas e
absorviam as improdutividades do sistema.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ Estávamos numa época de expansão económica após a


2.ª Guerra Mundial. Nas universidades, muitos
investigadores e professores de Marketing alertaram
para a importância da distribuição física dos produtos.
Peter Drucker apresentava as atividades de distribuição,
após a obtenção do produto acabado, como “as áreas
de negócio infelizmente mais desprezadas e mais
promissoras na América”.

❑ A capacidade de produção aumentava e os produtos no


mercado eram cada vez em maior quantidade.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ De acordo com alguns autores, existiram quatro condições fundamentais para o


desenvolvimento da logística:

o Alterações nos padrões de procura e nas atitudes dos consumidores.


o Pressão para a redução de custos na indústria.
o Avanços nas tecnologias de informação.
o Influências da logística militar.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ Vejamos em maior detalhe:


1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ 1. Alterações nos padrões de procura e nas atitudes dos consumidores

❑ Iniciou-se uma migração das zonas rurais para os grandes centros urbanos, alargando os subúrbios
desses centros urbanos. Era necessário servir áreas metropolitanas de maior dimensão, o que
aumentou os níveis de stocks na distribuição, penalizando os custos de distribuição.

❑ Os consumidores tornaram-se mais exigentes, pretendendo produtos mais personalizados. Nos


supermercados, a variedade de produtos passou de poucos milhares para cima de uma dezena de milhares.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ Os automóveis começaram a ser fornecidos em diferentes


cores, motorizações e dimensões. Esta variedade gerou um
aumento nos stocks globais, incrementando os custos de
manutenção de stock.

❑ Por outro lado, o pequeno retalhista começou a passar o seu


stock para o fornecedor ou para centrais de distribuição
especializadas, solicitando entregas mais frequentes.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ 2. Pressão para a redução de custos na indústria

❑ Nos anos 50 houve um crescimento económico na sequência do culminar da 2.ª Guerra


Mundial, seguido de uma recessão. Os períodos de recessão são alturas normalmente
aproveitadas pelas administrações para reduzir custos e aumentar a produtividade.

❑ A área da produção já há muito tinha sido estudada pelos engenheiros de produção e pouco
havia a fazer. As atividades de distribuição surgiam como a única possibilidade de reduzir
custos.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ Por outro lado, começou-se a reconhecer a importância dos custos logísticos. Os primeiros
estudos apresentaram valores surpreendentes. Se considerarmos a economia no seu todo, os
custos logísticos representavam cerca de 15% do Produto Nacional Bruto. Destes custos, o
transporte representava cerca de 2/3 e a manutenção de stocks 1/3.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ 3. Avanços nas tecnologias de informação

❑ Todas as alterações verificadas nestes anos aumentaram a complexidade do sistema logístico.


Este nível de complexidade só consegue ser gerido com o auxílio de computadores.

❑ Foi nos anos 50 que o computador se estreou no mundo dos negócios. Simultaneamente,
tornava-se mais comum a utilização de modelos matemáticos para apoio à decisão nas
empresas. Técnicas matemáticas como a programação linear e simulação são ferramentas
fundamentais para os profissionais desta área.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ Estas ferramentas permitem lidar com problemas de


localização de armazéns, afetação de clientes e armazéns,
controlo de stocks e programação de rotas. Com o auxílio
dos computadores torna-se possível utilizar estas técnicas,
permitindo a obtenção de economias significativas no
sistema logístico.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ 4. Influências da logística militar

❑ Os militares reconheceram a importância da logística muito tempo antes dos gestores.

❑ A logística militar inclui as atividades de aquisição, manutenção de stock e transporte. A


experiência das estruturas militares nesta área é significativa.

❑ No final dos anos sessenta, algumas universidades americanas começaram a lecionar cursos na
área de logística, surgiram livros sobre o tema, algumas empresas reorganizaram-se tendo em
conta o conceito de logística e surgiram as primeiras associações profissionais.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

1.3. Globalização
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ Até ao início da década de 60 a logística não existia enquanto unidade funcional ou processual,
ainda que, como é obvio, as atividades e procedimentos conducentes a conferir disponibilidade
aos produtos/serviços fossem operadas.

❑ A manutenção de baixo custos de produção era prioridade, pelo que o nível de stocks era
usualmente elevado sem que isso implicasse necessariamente bons níveis de serviço.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ As variáveis da envolvente empresarial (a intensidade concorrencial, a pressão dos elementos a


montante e dos elementos a jusante, entre outras), também não apelavam, como apelam nos
nossos dias, para a necessidade de integrar a gestão das atividades logísticas, atribuindo à
logística um papel mais relevante nas estruturas empresariais.

❑ A logística chega aos anos 70 num estado de semimaturidade. O conceito estava a ser
disseminado e algumas empresas tinham aderido à sua implementação.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ O processo estava a correr de uma forma lenta, pois as


empresas estavam mais preocupadas com a expansão dos
mercados e a geração de lucros do que com o controlo dos
custos. Porém, em 1973, com a subida do preço do
petróleo, a taxa de crescimento do mercado começou a
diminuir e a inflação a aumentar.

❑ A gestão passou então a orientar-se para o controlo dos


custos, a produtividade e a qualidade dos produtos fabricados.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ O preço do petróleo afetou de forma substancial as atividades logísticas: os custos de


transporte e do capital aumentavam. Com o aumento nos custos do capital, devido à inflação,
os custos de manutenção de stock subiram, passando a ter uma outra importância.

❑ Neste contexto, as técnicas da logística que tinham surgido há já alguns anos começaram a ser
utilizadas com sucesso em muitas empresas. A logística, que até aqui se resumia à distribuição
física, passa a integrar a gestão de materiais (aprovisionamentos e produção).
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ A distribuição física adquiriu uma independência funcional, passando a mesma a reportar


diretamente ao Diretor Geral. Este facto fazia com que as atividades logísticas, ou pelo menos
algumas delas, passassem a ser integradas numa função da empresa sendo integradas, pela
primeira vez, atividades tão distintas como a gestão de stocks de produtos acabados, a gestão
da frota (e de rotas), o processamento de encomendas, entre outras.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ Na década de 80, os mercados apresentam-se cada vez mais “turbulentos” – as previsões são
pouco fiáveis – e mais controlados pelos consumidores. As tecnologias de informação atingem
um elevado nível de utilização e as margens dos produtos são muito reduzidas.

❑ Neste cenário, o conceito de logística dá mais um passo no sentido da logística integrada.

❑ Surge a cadeia logística, que envolve, de uma forma integrada, os fornecedores, os


aprovisionamentos, a produção, a distribuição física e os clientes.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ O serviço ao cliente passa a ser um objetivo da maior parte


das empresas, que são levadas a dedicar especial atenção
ao tempo de ciclo das encomendas (intervalo de tempo
entre o pedido de um produto e a sua entrega ao
cliente/utilizador final).

❑ A logística assume uma relevância estratégica que até


então não lhe era atribuída pelos gestores das empresas.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ Este desenvolvimento, que redefiniu as fronteiras conceptuais da logística, fez com que fosse
possível integrar funcionalmente um conjunto de atividades que dizem respeito ao fluxo físico
intraorganizacional, permitindo que nesta terceira fase de integração funcional a logística
assumisse uma total independência funcional face a outras áreas da organização.

❑ O conjunto de atividades que suportam o fluxo físico, e que aglutinámos em três itens
(procurement, suporte à produção e distribuição física), passou a partir de então a ser gerido de
forma integrada, possibilitando sinergias e assim um gestão efetiva dos trade-offs.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ Para o desenvolvimento desta fase foi muito


importante o papel desempenhado pelas
tecnologias de informação, sem o qual esta
integração não teria sido possível.

❑ A subordinação do conjunto de atividades


logísticas a uma única linha de autoridade é o
grande contributo desta fase de desenvolvimento
organizacional da logística para uma gestão
integrada da mesma no contexto empresarial.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

1.4. Atualidade
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ Na atualidade, verifica-se que a estrutura burocrática vertical que prevaleceu durante longo
tempo está a dar lugar às abordagens horizontais que se focalizam nos processos-chave. As
empresas tendem a reorganizar-se e a redesenhar os seus processos de forma a que estes
sejam geridos e assegurados por equipas multidisciplinares.

❑ Contrariamente ao que se passava nas fases anteriores, em que cada função tomava as
decisões que minimizavam os seus custos, nesta fase, as decisões são tomadas de forma a
otimizar a totalidade da empresa e, na fase seguinte, esta otimização será conseguida ao longo
de toda uma cadeia de abastecimento, envolvendo as empresas nas várias posições.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ A nova realidade empresarial envolvente obrigava a uma nova realidade organizacional, as


estruturas funcionais não se adequavam às exigências da envolvente, e tornou-se urgente
orientar as empresas para novos processos de negócio.

❑ Assim, a logística, no contexto atual, tem um carácter processual emanado pelo objeto da sua
ação dentro da organização: os fluxos físicos e informacionais. Assim, a logística pode funcionar
como uma alavanca à redefinição dos processos de negócio e da estrutura organizacional da
empresa.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ Deste modo, nos dias de hoje, a logística deve ser entendida como um processo chave da
empresa com o objetivo de conferir disponibilidade total aos produtos/serviços, e que
acrescenta valor, quando os seus atributos, incorporados no produto nuclear, são percebidos e
valorizados pelo mercado (ou por determinado segmento do mesmo).

❑ Na fase de desenvolvimento organizacional da logística apela-se à integração dos processos que


conduzem à consecução da missão logística, à satisfação total dos clientes, e não à integração
funcional das atividades que devem ser operacionalizadas para o alcançar da mesma.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ Esta evolução para a fase de Integração de Processos é potenciada pela


tecnologia de comunicação, que potencia a rápida e cuidada recolha de
informação que permite a todas as unidades da organização estarem
integradas, nomeadamente pela utilização de sistemas ERP (Enterprise
Resource Planning), no estádio 4, e da Internet no estádio 5.

❑ Os estádios 4 e 5 da Integração por Processos podem ser vistos como uma


viragem da função ao processo.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ No estádio 4 encontramos uma organização do século XXI, que deixa de ser funcional vertical e
hierárquica e passa a ser funcional horizontal orientada para os processos.

❑ O estádio 5, sendo uma abordagem por processo, vai para além da estrutura, ao encontro da
virtualidade e transparência organizacional, em que a direção e o controlo hierárquico e formal
da estrutura organizacional vertical tende a ser substituído pela rede eletrónica informal, muitas
vezes referida como organização virtual.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ Tendo em vista a produção de um serviço, equipas de trabalho-


chave podem estar eletronicamente ligadas para realizar
atividades críticas de um modo integrado. Estas equipas de
trabalho podem ser transparentes, ou não, em termos de uma
estrutura organizativa formal dos seus membros.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

❑ Por outras palavras, os organogramas formais podem não


deixar transparecer os fluxos de trabalho reais. De facto, a
organização do futuro pode ser caracterizada pela
desagregação funcional da organização numa tentativa de
focalização no fluxo de trabalho mais do que na estrutura.

❑ A chave para o aumento de performance neste tipo de


organização é a flexibilidade proporcionada pela rede eletrónica
que facilita a organização da Gestão de Operações e da Logística
em contraste com a estrutura organizacional formal.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Conceito de cadeia de abastecimento

❑ Designa-se por cadeia de abastecimento o


conjunto de atividades e processos que
asseguram a transmissão de produtos
desde a sua origem (produção) até ao seu
destino (comprador final). Estas atividades
são normalmente desempenhadas por
diversas entidades de forma sequencial.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Os vários operadores da cadeia de abastecimento contribuem de forma complementar para criar


valor para o consumidor final. Cada operador realiza um conjunto específico de atividades
naquilo que foi denominado por Porter como cadeia de valor interna de cada empresa, em que
o valor do output tem que ser superior aos custos dos inputs.

❑ Deste modo, a cadeia de abastecimento, em que vários intervenientes interagem


sequencialmente, pode ser vista como uma sequência de cadeias de valor ou, ainda melhor,
como uma grande cadeia de valor integrada, em que cada entidade participa e
contribui com uma fração do valor final criado.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Uma rede normalmente não irá focar o seu


fluxo numa só cadeia, tendo antes que lidar
com fluxos convergentes e divergentes dentro
de uma rede complexa, sendo esta o resultado
de muitas encomendas de diferentes
consumidores a serem tratadas em paralelo.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Com vista a diminuir a complexidade, algumas organizações optam por concentrar em apenas
uma porção da sua cadeia de abastecimento geral.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Exemplo de Cadeia de Abastecimento

❑ Num sentido mais limitado, o termo cadeia de abastecimento pode ser aplicado a uma grande
companhia com diferentes locais situados em diferentes países. Coordenar fluxos de
informação, material e financeiro para uma companhia multinacional de uma maneira eficiente
é uma tarefa considerável.

❑ O objetivo que governa todas as atividades de uma cadeia de abastecimento é visto como o
aumento da competitividade.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Isto é porque nenhuma única unidade organizacional é somente responsável pela


competitividade do seu produto e/ou serviço aos olhos do consumidor final mas antes toda a
cadeia de abastecimento o é. Ou seja, a competição passou das entidades individuais para as
cadeias de abastecimento.

❑ No entanto se se observar uma cadeia de abastecimento do fim para o início, passa-se a ter
uma cadeia de necessidades.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Antes de mais, convêm esclarecer que cadeia de


fornecimento não é a mesma coisa do que cadeia de
valor. A cadeia de fornecimento tem a ver com a gestão
do aprovisionamento, algo que é feito de forma mais
ou menos eficaz por todas as empresas e de uma
forma relativamente rotineira. Por sua vez, a noção de
cadeia de valor está mais próxima da preocupação de
acrescentar valor à empresa, como um todo.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Cadeia de fornecimento

❑ O que é:

❑ Uma rede de unidades de negócio, com um grau de autonomia variável,


que tem a responsabilidade das atividades de aquisição, fabricação e
distribuição de uma ou várias famílias ou gamas de produtos.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Missão:
❑ Assegurar que cada elemento ou segmento da cadeia recebe os materiais de que necessita a
tempo e em boas condições.

❑ Função objetiva:
❑ Procurar a melhor forma de transportar produtos da forma mais eficaz, mais rápida e mais
eficiente.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Preocupação:
❑ A movimentação eficaz de matérias e de produtos através da
cadeia e não as vendas ou os lucros.

❑ Objetivo:
❑ Limitar os stocks ao mínimo, conservando uma margem de
segurança e aproximar-se o mais possível do JIT - Just In Time.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Cadeia de valor

❑ O que é:
❑ Um modelo eficaz de gestão que permite à empresa receber
matérias-primas, acrescentar-lhe valor por variados processos e
vender produtos transformados aos clientes com uma margem.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Missão:

❑ Avaliar qual o valor que cada elemento ou


segmento da cadeia acrescenta ao produto que
vai evoluindo através dessa mesma cadeia.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Ideia:
❑ Mostrar como cada produto transporta consigo um peso de custos que é preciso recuperar.

❑ Objetivo:
❑ Fornecer uma avaliação adequada do verdadeiro custo e lucro unitário de cada produto.

❑ Utilidade:
❑ Descobrir eficiências e ineficiências na cadeia de fornecimentos e de transformação.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

PRODUÇÃO STOCK LOCALIZAÇÃO

TRANSPORTE TRANSPORTE INFORMAÇÃO


❑ Elementos da cadeia de abastecimento

❑ Para haver uma gestão de cadeias de abastecimento bem-sucedida, é necessário compreender


os diferentes elementos principais das cadeias de abastecimento.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

PRODUÇÃO

❑ A produção indica a capacidade que uma cadeia de abastecimento tem para de produzir e
armazenar produtos, tendo como espaços associados fábricas e armazéns.

❑ Quando se toma decisões de gestão relativamente à produção são muitas vezes questões de
balanceamento entre capacidade de resposta e eficácia.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Quanto maior o stock de uma fábrica ou armazém, maior será a sua flexibilidade e capacidade
de resposta, mas também maiores serão os custos e stock parado e em excesso não gera
receita, portanto quanto maior a sua capacidade de resposta, menor serão os seus níveis de
eficiência.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ As fábricas podem funcionar com ênfase:

o No Produto: desenvolvendo diferentes operações necessárias para uma determinada linha


de produção, desde fabricação de partes à junção dessas partes.
o Funcional: concentrando-se em executar apenas algumas operações, como apenas
juntando partes, tendo essa função para diferentes tipos de produto.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Os armazéns podem seguir três teorias diferentes:

o Unidade de armazenamento ou Stock Keeping Unit (SKU): a mais tradicional. Todo um


determinado tipo de produto é armazenado junto.
o Armazenamento por processo ou Job Lot Storage: todos os diferentes produtos
relacionados com as necessidades de um determinado tipo de consumidor ou de processo
são armazenados juntos. Requer mais espaço que a SKU.
o Crossdocking: o produto nunca é armazenado no local, sendo antes o local usado para
hospedar um processo onde camiões de fornecedores depositam largas quantidades de
diferentes produtos que são divididas em pequenas quantidades que são recombinadas
consoante as necessidades do dia e reencaminhadas rapidamente para o destino final.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

STOCK

❑ Para ter altos níveis de eficiência, deverá manter-se


o nível de stock baixo, uma vez que estes
acarretam custos.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Terão então que ser consideradas três decisões importantes relativamente a criar e
manter stock:

o Ciclo de stock: quantidade de stock necessário para satisfazer a procura de um produto nos
espaços temporais entre compras do mesmo.
o Stock de segurança: stock que se mantêm com vista a combater a incerteza.
o Stock sazonal: acumulação de stock antecipando aumentos na procura expectáveis
relacionados com determinadas épocas do calendário.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

LOCALIZAÇÃO
LOCALIZAÇÃO

❑ Localização refere a localização geográfica das instalações de uma cadeia de abastecimento e


às decisões tomadas sobre que atividades deverão ser efetuadas em cada espaço.

❑ Terão que se ter em conta diferentes fatores como o custo do local, da mão-de-obra,
experiência da mão-de-obra, distâncias entre instalações, condições das infraestruturas e
impostos, sendo estes fatores irão influenciar os gastos a longo prazo e o desempenho de uma
cadeia de abastecimento.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

TRANSPORTE

❑ Os transportes são os responsáveis por movimentar tudo o que se encontra a circular numa
cadeia de abastecimento, desde matérias-primas ao produto final.

❑ Tendo em conta que os custos relacionados com a transportação chegam a ser um terço do
custo operacional de uma cadeia de abastecimento, não será errado dizer que as decisões
relativamente a que modo de transporte usar figuram entre as mais importantes.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Existem seis modos básicos:

o Marítimo: o mais lento e algo limitado (dependente de portos) mas bastante económico.
o Ferroviário: pode ser algo lento e limitado às linhas férreas mas bastante económico também.
o Tubagem: muito eficaz para o transporte de líquidos e gases (como óleo ou gás natural)
mas limitado e com custos variáveis.
o Rodoviário: relativamente rápido e muito flexível, com custos variáveis.
o Aéreo: extremamente rápido mas muito caro e algo limitado (dependente de pistas aéreas).
o Eletrónico: o modo mais rápido de transporte e dos mais económicos. No entanto apenas
possível para alguns tipos de produtos.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Regra geral, quanto mais valioso é o


produto, mais a organização deverá se
preocupar com a capacidade de
resposta do modo de transporte e
quanto menos valioso, mais se deverá
preocupar com a eficiência.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ A base de todas as decisões, a informação é o elo que ligada todos os outros elementos,
atividades e operações de uma cadeia de abastecimento. Pode ser usada para dois propósitos
numa cadeia de abastecimento:

o Coordenação de Atividades Diárias.


o Planeamento e Previsão.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Informação exata e em abundância é meio caminho andado para uma


boa decisão, tendo que cada organização decidir quanta da sua
informação estará disposta a partilhar e quanta será privada, tendo
em conta que conta mais partilhar, mais eficaz serão as cadeias de
abastecimento mas maior será o risco de revelar informação que
poderá ser usada contra si por um rival.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Participantes da cadeia de abastecimento

PRODUTORES DISTRIBUIDORES RETALHISTAS

FORNECEDORES
CONSUMIDORES
DE SERVIÇOS
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Em qualquer cadeia de abastecimento existe uma


combinação de entidades que executam diferentes funções,
podendo ser organizações, como os distribuidores e
revendedores, ou até mesmo indivíduos, como o cliente
final de um produto. Nesta secção serão dados a conhecer
os protagonistas de uma cadeia de abastecimento.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Produtores

❑ Os produtores são organizações que fazem um produto, incluindo neste grupo os produtores de
matérias-primas e os de produtos finais, mas não têm que ser produtos tangíveis, ou seja,
podem ser produtores de música, software ou design e pode ser um serviço como limpeza,
ensino ou atividades médicas.

❑ Verifica-se no mundo atual que um grade número de produtores de artigos tangíveis encontram-se
nos países onde a mão-de-obra é mais barata ao invés dos produtos intangíveis que se encontram
em maior número nos países desenvolvidos da América do Norte, Europa e Ásia.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Distribuidores

❑ Os distribuidores são organizações que transportam stock


dos produtores e entregam-no aos consumidores, vendendo
normalmente os produtos em grande quantidade. Ajudam os
produtores a defender-se de flutuações de mercado
armazenando stock e procurando consumidores.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Retalhistas

❑ Os retalhistas armazenam e vendem o produto em


pequenas quantidades ao público em geral,
mantendo uma relação próxima com os seus clientes
e estando encarregada de promover o produto e
gerir os preços.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Consumidores

❑ Os consumidores são organizações ou indivíduos que compram ou usam


um produto, podendo depois vende-lo a outro cliente ou serem mesmo o
cliente final.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Fornecedores de serviços

❑ Os consumidores são organizações ou indivíduos que


compram ou usam um produto, podendo depois vende-
lo a outro cliente ou serem mesmo o cliente final
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO

❑ Estas organizações fornecem serviços aos produtores, distribuidores, retalhistas e


consumidores, estando especializadas numa determinada tarefa precisa para a cadeia de
abastecimento, sendo também conhecidas como operadores logísticos e executando tarefas que
vão desde transporte e armazenagem a empréstimos e análises de crédito, passando por
recolha de dados e serviços legais.

❑ Tendo estas entidades atingido elevados níveis de especialização ou sendo alternativas mais
económicas a desenvolver a tarefa in-house, muitas organizações acabam por optam pela
prática de outsourcing junto destas.
❑Tarefa 07/02/2024

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