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FACULDADE - SERRINHA

CURSO - DIREITO

DISCIPLINA: DIREITO CIVIL - FAMÍLIA

ENGRACIA MARIA BRITO DE OLIVEIRA

DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL E DO VÍNCULO MATRIMONIAL

SERRINHA - BA
2024
DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL E DO VÍNCULO MATRIMONIAL

Por força da Emenda Constitucional 66/2010, que alterou o § 6º, art. 226,
da Constituição Federal, foram abolidos os requisitos temporais da prévia separação judicial
por mais um ano ou separação de fato por dois anos.. O legislador adotou o entendimento de
que o término do casamento pode ocorrer pelo simples fato de que acabou o afeto entre as
partes, excluindo-se com isso, inclusive, o debate quanto à culpa pela dissolução do vínculo.
Desta forma, qualquer das partes pode tomar a iniciativa, mesmo aquela que tenha
infringido algum dos deveres previstos pelo Código Civil como inerentes ao casamento seja a
fidelidade recíproca, vida em comum, mútua assistência, sustento, guarda e educação dos filhos
e respeito e consideração mútuos.
Tanto o divórcio quanto a dissolução da união estável seguem trâmites semelhantes e
podem ocorrer no âmbito administrativo (ou seja, sem a necessidade de ingressar em Juízo) ou
na esfera judicial.
Na modalidade Extrajudicial, o divórcio ou a dissolução de união estável são realizados
em cartório na presença do casal. Esse tipo de dissolução só é possível quando não haja filhos
menores e o casal, de forma consensual, sem divergências, concorde com o término do vínculo,
a partilha de bens e eventual pagamento de pensão alimentícia. A formalização do divórcio ou
da dissolução nesta modalidade, é realizada por meio de escritura pública que, após expedida,
deve ser levada ao Cartório de Registro Civil onde foi realizado o casamento ou registro da
união estável para averbação.
Na modalidade Judicial, ocorre sempre que houver filhos menores e quando existem
divergências entre o casal quanto a qualquer das questões relacionados à dissolução do vínculo,
como, por exemplo, a partilha de bens, a guarda de filhos ou a pensão alimentícia. O divórcio
ou a dissolução da união estável pela via judicial podem realizar-se de forma consensual ou
litigiosa.
Em ambos os casos, porém, é necessário ingressar em Juízo por meio de advogado
particular ou, se não houver condições econômicas para a contratação, por meio da Defensoria
Pública ou de advogado nomeado pelo Juízo, de forma dativa, com uma ação de divórcio ou
dissolução de união estável. Ao final do processo o juiz, após ouvir o Ministério Público,
profere a sentença decretando o divórcio ou dissolução da união estável, que será averbada
perante o registro civil competente.
O divórcio ou a dissolução de união estável judicial acontecem de modo consensual quando
não há divergências entre o casal. Ou seja, as partes estão de acordo com o fim do casamento e
concordam quanto aos demais termos, como partilha de bens, guarda dos filhos e pagamento
de pensão alimentícia.
Ocorre nas situações em que há alguma divergência entre as partes, que pode ser em relação à
partilha dos bens ou guarda dos filhos, por exemplo, ou mesmo quando uma das partes não
concorda com a dissolução da união. Neste caso, cada um terá seu próprio advogado e, ao final
do processo, ouvido o Ministério Público, o juiz proferirá sentença decidindo sobre todas as
questões.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://www.jusbrasil.com.br/artigos/formas-de-dissolucao-do-casamento-divorcio-x-
separacao-judicial/259086283 - Acesso em 27/03/2024
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc66.htm - Acesso em
27/03/2024
https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/29983/4/Evolu%C3%A7%C3%A3oHist%C3
%B3ricoLegislativa.pdf - Acesso em 27/03/2024

https://vlvadvogados.com/uniao-estavel-direitos/ - Acesso em 31/03/2024

https://mppr.mp.br/Pagina/Direito-de-Familia-Divorcio-e-dissolucao-de-uniao-estavel -
Acesso em 01/04/2024

https://www.youtube.com/watch?v=G1WWKMJ4p6w – Acesso em 01/04/2024

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