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1. RESOLUÇÕES
Art. 2º - As injeções realizadas nas farmácias ou drogarias, só poderão ser ministradas pelo
farmacêutico ou por profissional habilitado com autorização expr essa do farmacêutico
responsável técnico pela farmácia ou drogaria, preenchidas as exigências legais;
Art. 22 – Só poderão ser aplicados medicamentos injetáveis, quando não houver qualquer
dúvida em relação a sua qualidade.
Parágrafo Único - Caso o medicamento apresente características diferenciadas em sua cor
ou odor, ou contenha corpo estranho em seu interior, o mesmo não deverá ser administrado,
devendo o fato ser notificado aos serviços de Vigilância Sanitária.
Subseção III
Da Administração de Medicamentos
Art. 74. Fica permitida a administração de medicamentos nas farmácias e drogarias no
contexto do acompanhamento farmacoterapêutico.
Parágrafo único. É vedada a administração de medicamentos de uso exclusivo hospitalar.
Art. 75. Os medicamentos para os quais é exigida a prescrição médica devem ser
administrados mediante apresentação de receita e após sua avaliação pelo farmacêutico.
§1º O farmacêutico deve entrar em contato com o profissional prescritor para esclarecer
eventuais problemas ou dúvidas que tenha detectado no momento da avaliação da receita.
§2º A data de validade do medicamento deve ser verificada antes da ad ministração.
Art. 77. Para a administração de medicamentos deverão ser utilizados materiais, aparelhos
e acessórios que possuam registro, notificação, cadastro ou que sejam legalmente
dispensados de tais requisitos junto à Anvisa.
Parágrafo único. Devem ser mantidos registros das manutenções e calibrações periódicas
dos aparelhos, segundo regulamentação específica do órgão competente e instruções do
fabricante do equipamento.
Seção III
Da Declaração de Serviço Farmacêutico
Art. 81. Após a prestação do serviço farmacêutico deve ser entregue ao usuário a
Declaração de Serviço Farmacêutico.
§1º A Declaração de Serviço Farmacêutico deve ser elaborada em papel com identificação
do estabelecimento, contendo nome, endereço, telefone e CNPJ, assim como a
identificação do usuário ou de seu responsável legal, quando for o caso.
§2º A Declaração de Serviço Farmacêutico deve conter, conforme o serviço farmacêutico
prestado, no mínimo, as seguintes informações:
I - atenção farmacêutica:
a) medicamento prescrito e dados do prescritor (nome e inscrição no conselho profissional),
quando houver;
b) indicação de medicamento isento de prescrição e a respectiva posologia, quando houver;
c) valores dos parâmetros fisiológicos e bioquímico, quando houver, seguidos dos
respectivos valores considerados normais;
d) frase de alerta, quando houver medição de parâmetros fisiológicos e bioquímico: “ESTE
PROCEDIMENTO NÃO TEM FINALIDADE DE DIAGNÓSTICO E NÃO SUBSTITUI A
CONSULTA MÉDICA OU A REALIZAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS”;
e) dados do medicamento administrado, quando houver:
1. nome comercial, exceto para genéricos;
2. denominação comum brasileira;
3. concentração e forma farmacêutica;
4. via de administração;
5. número do lote; e
6. número de registro na Anvisa.
f) orientação farmacêutica;
g) plano de intervenção, quando houver; e
h) data, assinatura e carimbo com inscrição no Conselho Regional de Farmácia (CRF) do
farmacêutico responsável pelo serviço.
Art. 84. A execução de qualquer serviço farmacêutico deve ser precedida da anti-sepsia das
mãos do profissional, independente do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
Lei n° 13.021, de 08 de agosto de 2014:
Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas.
b) Imunização
As imunizações reduzem o risco de infecção e, por conseguinte, protegem, não
apenas a saúde dos componentes da equipe, mas também a de seus clientes e familiares.
Para os profissionais da área da saúde, as seguintes vacinas deverão estar em dia: hepatite
A e B, difteria, tétano, coqueluche, varicela, influenza, meningocócica C e tríplice viral
(sarampo, caxumba e rubéola).
Avaliação do Acidente
Deve ocorrer imediatamente após o fato e, inicialmente, basear-se em uma
adequada anamnese, caracterização do paciente fonte, análise do risco, notificação do
acidente e orientação de manejo e medidas de cuidado com o local exposto. A exposição
ocupacional a material biológico deve ser avaliada quanto ao potencial de transmissão de
HIV, HBV e HCV com base nos seguintes critérios:
Tipo de exposição.
Tipo e quantidade de fluido e tecido.
Situação sorológica da fonte.
Situação sorológica do acidentado.
Susceptibilidade do profissional exposto.
O paciente-fonte deverá ser avaliado quanto à infecção pelo HIV, Hepatite B e C, no
momento da ocorrência do acidente. Caso a fonte seja conhecida, mas sem informação de
seu status sorológico, é necessário a realização de exames diagnósticos. Caso haja recu sa
ou impossibilidade de realizar os testes, considerar o diagnóstico médico, sintomas e
história de situação de risco para aquisição de HIV, HBC e HCV. Já quando a fonte é
desconhecida, deve-se levar em consideração a probabilidade clínica e epidemiológica de
infecção pelo HIV, HCV, HBV – prevalência de infecção naquela população, local onde o
material perfurante foi encontrado (emergência, bloco cirúrgico, diálise), procedimento ao
qual ele esteve associado, presença ou não de sangue, etc.
A exposição ocupacional ao vírus HIV deve ser tratada como emergência médica,
uma vez que a quimioprofilaxia deve ser iniciada o mais precocemente possível, quando
indicada, idealmente até duas horas após o acidente e, no máximo, até 72 horas.
GRUPO E
Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de
sua geração, imediatamente após o uso ou necessidade de descarte, em recipientes rígidos,
resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com tampa, identificados com símbolo
internacional de risco biológico, acrescido da inscrição de “PERFUROCORTANTE”, sendo
expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu reaproveitamento.
As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas. Os
recipientes devem ser descartados quando o preenchimento ating ir 2/3 de sua capacidade
ou o nível de preenchimento ficar a 5 cm de distância da abertura do recipiente.
Capítulo II
Do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
Art. 6º No PGRSS, o gerador de RSS deve:
I - estimar a quantidade dos RSS gerados por grupos, conforme a classificação do Anexo I
desta resolução;
II - descrever os procedimentos relacionados ao gerenciamento dos RSS quanto à geração,
à segregação, ao acondicionamento, à identificação, à coleta, ao armazenamento, ao
transporte, ao tratamento e à disposição final ambientalmente adequada;
III - estar em conformidade com as ações de proteção à saúde pública, do trabalhador e do
meio ambiente;
IV - estar em conformidade com a regulamentação sanitária e ambiental, bem como com as
normas de coleta e transporte dos serviços locais de limpeza urbana;
V - quando aplicável, contemplar os procedimentos locais definidos pelo processo de
logística reversa para os diversos RSS;
VI - estar em conformidade com as rotinas e processos de higienização e limpeza vigentes
no serviço gerador de RSS;
VII - descrever as ações a serem adotadas em situações de emergência e acidentes
decorrentes do gerenciamento dos RSS;
VIII - descrever as medidas preventivas e corretivas de controle integrado de vetores e
pragas urbanas, incluindo a tecnologia utilizada e a periodicidade de sua implantação; IX -
descrever os programas de capacitação desenvolvidos e implantados pelo serviço gerador
abrangendo todas as unidades geradoras de RSS e o setor de limpeza e conservação;
X - apresentar documento comprobatório da capacitação e treinamento dos funcionários
envolvidos na prestação de serviço de limpeza e conservação que atuem no serviço,
próprios ou terceiros de todas as unidades geradoras;
XI - apresentar cópia do contrato de prestação de serviços e da licença ambiental das
empresas prestadoras de serviços para a destinação dos RSS; e
XII - apresentar documento comprobatório de operação de venda ou de doação dos RSS
destinados à recuperação, à reciclagem, à compostagem e à logística reversa. Parágrafo
único. Os documentos referidos nos incisos X e XII devem ser mantidos arquivados, em
meio físico ou eletrônico, por no mínimo cinco anos, para fins de inspeção sanitária, a
critério da autoridade sanitária competente.
Capítulo IV
Do Gerenciamento dos Grupos de Resíduos de Serviços de Saúde
Seção IX
Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo E
Art. 86 Os materiais perfurocortantes devem ser descartados em recipientes identificados,
rígidos, providos com tampa, resistentes à punctura, ruptura e vazamento.
ANEXO I
Classificação dos Resíduos de Serviços de Saúde
GRUPO E
Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas,
escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de
bisturi, lancetas; tubos capilares; ponteiras de micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas;
e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea
e placas de Petri) e outros similares.
ANEXO II
Identificação dos Grupos dos Resíduos de Serviços de Saúde
O grupo E é identificado pelo símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo branco,
desenho e contorno preto, acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE OU
PERFUROCORTANTE.
Seringas
As seringas são equipamentos utilizados rotineiramente por profissionais da saúde
para injetar ou aspirar substâncias pelas vias intramuscular, intradérmica, subcutânea,
intracardíaca, intratecal e intravenosa. As agulhas deverão ser selecionadas le vando-se em
consideração a via de administração e a idade ou biótipo do paciente, além do medicamento
a ser administrado.
Seringa de 1 ml
Ela é dividida em 100 partes iguais, que chamamos de unidades internacionais (UI).
Indicada para administrar medicamentos pela via intradérmica e subcutânea.
Seringa de 3 ml
É dividida em mm³, ou seja, de 0,5 em 0,5 ml e cada 0,5 ml é dividido em 0,1 ml.
Indicada para administrar medicamentos por via intramuscular e endovenosa.
Seringa de 5 ml
É dividida em mm³, ou seja, de 1 em 1 ml e cada 1 ml é dividido em 0,2 ml. Indicada
para administrar medicamentos por via intramuscular e endovenosa.
Seringa de 10 ml
É dividida em mm³, ou seja, de 1 em 1 ml e cada 1 ml é dividido em 0,2 ml. Indicada
para administrar medicamentos por via endovenosa.
Seringa de 20 ml
É dividida em mm³, sendo que é graduada de 1 em 1 ml do início ao fim. Indicada
para administrar medicamentos por via endovenosa e na alimentação enteral.
Seringa de 60 ml
Indicada para administração de grandes volumes, aspiração e dieta enteral. A sua
escala de graduação é de 1 em 1ml.
Seringa com bico Luer Slip
Tem um design reto que permite o encaixe facilitado da agulha e promove, durante a
manipulação, encaixe em cateteres, aplicações de vacina, coleta de sangue por agulha
ou cateteres periféricos, além de infusão de medicações líquidas e menos viscosas
assegurando uma conexão e desconexão mais fácil.
Agulhas
A seleção da agulha a utilizar para preparação ou administração de um medicamento
deve considerar o seu comprimento, calibre e tipo de bisel. A escolha do comprimento da
agulha depende da via e local de administração, e ainda da condição física ou das
particularidades do indivíduo a quem vai fazer-se a administração. Por exemplo, a
administração intramuscular exige uma agulha mais longa que a administração subcutânea.
A definição da agulha deve levar em consideração que o tecido muscular será atingido e, ao
mesmo tempo, prevenir a lesão de estruturas vasculares, ósseas ou nervosas mais
profundas. Portanto, uma criança ou um adulto muito magr o requerem uma agulha mais
curta. Já a escolha do calibre da agulha depende das características do medicamento, em
particular da sua viscosidade. Soluções oleosas e suspensões aquosas ou oleosas exigem
agulhas de maior diâmetro (menor calibre), soluções aquosas requerem agulhas de menor
diâmetro (maior calibre).
Os componentes básicos de uma agulha são:
Canhão: É a parte mais larga da agulha que encaixa na seringa.
Haste: É a parte maior e mais fina.
Bisel: É a ponta da agulha, aonde possui uma pequena abertura.
Agulha 40x12
Ela é utilizada na aspiração e no preparo das medicações, principalmente oleosas.
Agulha 30x7
Utilizada para aplicação de medicação intravenosa em paciente adulto. É importante
avaliar a massa muscular antes da escolha do material.
Agulha 13x4,5
Ela é utilizada na administração de medicamentos nas vias intradérmica e
subcutânea.
Agulha 25x7
Muito utilizada para aplicar medicações intramuscular em paciente adulto, podendo
ser substituída por calibres menores em casos de idosos ou crianças.
4. MEDICAMENTOS INJETÁVEIS
Preparações injetáveis são soluções, emulsões ou suspensões estéreis, preparadas
por dissolução, emulsificação ou dispersão das substâncias ativas e dos adjuvantes, que
eventualmente sejam necessários, em água para preparações injetáveis, num líquido não
aquoso apropriado ou numa mistura destes dois líquidos. (Centro Tecnológico do
Medicamento, 2005).
A forma farmacêutica injetável difere das outras formas farmacêuticas por serem
introduzidas diretamente no organismo humano e por obedecer um rigoroso controle de
fabricação e qualidade, fazendo-se necessário também para a manipulação e administração
o cumprimento de higiene e assepsia com a finalidade de proteger o paciente de potenciais
contaminantes. As principais propriedades das preparações injetáveis são:
a) Esterilidade: São preparações livres de microrganismos. Essa propriedade é obtida
através dos processos de filtração, radiação ou calor.
b) Apirogenia: Corresponde á ausência de pirógenos, os quais são produtos de excreção ou
desagregação dos microrganismos que, quando injetados em elevada quantidade, dão
origem ao aparecimento de reações febris sendo os mais potentes as endotoxinas
bacterianas.
c) pH adequado e tonicidade compatível com o tecido no qual é administrado: Quanto mais
próximo do pH fisiológico (pH do sangue a 37°C é, aproximadamente, 7,35) estiver o pH da
solução injetável, menos dolorosa e nociva é a sua administração. Para as vias
intramuscular e subcutânea, considera-se aceitável um intervalo de pH compreendido entre
5,5 e 8.
d) Isenção de partículas visíveis
As preparações injetáveis são classificadas em função da sua natureza podendo
apresentar-se prontas para a administração ou para reconstituição:
a) Natureza Química: Analgésicos e antiinflamatórios.
b) Natureza Biológica: Vacinas.
EXEMPLOS DE PREPARAÇÕES INJET ÁVEIS
TIPO DE PREPARAÇÃO FORMA FARMACÊUTICA EXEMPLOS
Implanon®
Pellets ou Implantes NXT®
Zoladex®
Lovenox®
Pronta para administrar Solução Injetável Voltaren®
Neurobion®
Celesdepot®
Suspensão Injetável Depomedrol®
Insulinas
Jaba B12®
Pó e Solvente para Rocephin®
solução injetável Floxapen®
Para Reconstruir Gonal F®
Solu Medrol®
Pó e Solvente para Lentocilin S 1200®
suspensão injetável Risperdal® Consta
Tabela 1: Exemplos de preparações injetáveis disponíveis em farmácias comunitárias.
Definições:
a) Solução:
Preparação líquida de fase única, obtida por dissolução de uma ou mais substâncias
ativas e adjuvantes num solvente constituído por um líquido ou por uma mistura de líquidos.
Quando examinadas em condições apropriadas de visibilidade, as soluções injetáveis
devem ser límpidas, transparentes e isentas de resíduos e cristais incolores (a não ser que o
próprio medicamento provoque mudança de cor).
b) Suspensão:
Preparação líquida, constituída por duas fases, na qual a fase externa (ou contínua)
é líquida ou semi-sólida e a fase interna (ou dispersa) é constituída por partículas sólidas
insolúveis no meio utilizado. As suspensões podem apresentar um sedimento, o qual deve
ser facilmente dispersível por agitação. Após reconstituição, a preparação deve manter-se
homogênea durante um intervalo de tempo suficiente para permitir a administração de uma
dose correta.
c) Emulsão:
Preparação líquida de aspeto leitoso, constituída por duas fases, na qual existem
gotículas de um líquido intimamente disperso no seio de outro líquido com o qual é imiscível,
por ação de um agente tensoativo. São classificadas em emulsão O/A ou A/O consoante a
natureza da fase dispersa seja água ou óleo/substância lipossolúvel. A emulsão pode
apresentar separação de fases, mas deve facilmente reconstituir-se por agitação. Após
reconstituição, a preparação deve manter-se homogênea durante um intervalo de tempo
suficiente para permitir a administração de uma dose correta.
d) Pellets ou Implantes:
Preparações sólidas estéreis, de tamanho e forma apropriados à implantação no
tecido corporal, que asseguram a liberação da(s) sua(s) substância(s) ativa(s) num período
prolongado de tempo. Os implantes são acondicionados individualmente em recipientes
estéreis e administrados por meio de um injetor adequado ou por incisão cirúrgica.
Sala de
Paciente Farmacêutico
Injetáveis:
chega á confere a Realiza os
prescrição e
farmácia registros
dispensa o
obrigatórios.
injetável
Higiene do injetável.
Prepara a seringa.
Administra o
injetável.
5- Está grávida?
Deve verificar-se a segurança do medicamento na gravidez.
Observação:
É consensual que o uso de luvas não é obrigatório na administração de
medicamentos injetáveis, exceto quando:
Existe o risco de entrar em contato com o sangue do cliente ou outro fluido biológico
potencialmente contaminante.
A pele do cliente não está íntegra, apresenta eczema, corte, queimadura ou
infecções da pele.
A pele do profissional de saúde não está íntegra, apresenta eczema ou corte.
7- PRINCIPAIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
INJETÁVEL ORAL CONSEQUÊNCIAS
Antibióticos: Reduz o efeito do
Ampicilina. contraceptivo.
Amoxilina. Gravidez ou irregularidade
Anticoncepcional: Tetraciclina. menstrual.
Corticosteróides: Aumenta o efeito dos
Mensais: Mesigyna, Diprospan corticosteróides.
Noregyna, Perlutan, Decadron Possibilidade de aumentar
Cyclofemina. Beta Trinta os efeitos adversos dos
corticosteróides.
Trimestral: Depoprovera. Anticonvulsivos: Reduz o efeito dos
Fenitoína contraceptivos.
Fenobarbital Aumenta o efeito dos
Primidona anticonvulsivantes.
Carbamazepina Gravidez ou irregularidade
menstrual.
Soluções contendo cálcio: Incompatibilidade química.
Cloreto de cálcio. Não usar junto,
Ceftriaxona: Aumenta a concentração
Triaxin plasmática de fenitoína
Rocefin Fenitoína livre.
Aumenta os efeitos
adversos da fenitoína.
Nimesulida Aumenta o risco de
Meloxicam hemorragias
Diclofenaco: gastrointestinais
Voltaren Fluoxetina Aumenta o risco de efeitos
adversos da fluoxetina.
Digoxina Aumenta a concentração
sérica da digoxina
Antiabéticos Orais Risco de hiperglicemia.
Reduz os efeitos dos
Heparina anticoagulantes e
Dexametasona: trombolíticos da heparina.
Decadron Reduz o efeito da
Hidroclorotiazida hidroclorotiazida e
aumenta o risco de
hipocalemia.
Amitriptilina Potencializa a depressão
Betametasona: mental.
Diprospan Medicamentos para Aumenta a pressão
Beta Trinta glaucoma intraocular por diminuir a
eficácia do antiglaucoma.
Metformina Aumenta o risco de
hiperglicemia.
Depressores do SNC: Potencialização dos
Álcool efeitos de ambos,
N-Butil Escopolamina Ansiolíticos resultando em sedação
Barbitúricos aditiva.
Podem elevar as
Anorexígenos, concentrações de glicose
estrogênios, hormônios sanguínea, aumentando a
Insulina tireoideanos, furosemida. possibilidade de
hiperglicemia.
AINES, captopril, Podem aumentar o efeito
tetraciclinas hipoglicêmico .
Tabela 3: Principais interações medicamentosas.
8. COMPLICAÇÕES
O desconforto, a dor ou a inflamação que por vezes ocorrem após a administração
de um injetável, ou nos momentos subsequentes ao mesmo, em geral não se devem à
picada, já que os tecidos atingidos (subcutâneo e muscular) são pouco inervados, mas sim
às características físico químicas do próprio fármaco ou da formulação. A administração na
forma injetável da ampicilina ou da vitamina B12 causa um incômodo doloroso no local
aplicado logo após a administração, e esse incômodo se deve ás propriedades do próprio
fármaco. Em algumas formulações, os efeitos indesejáveis são frequentemente atribuídos
às características dos veículos utilizados ou mesmo aos adjuvantes:
O afastamento da neutralidade do pH (para 8) ou da isotonicidade em soluções
aquosas é uma das causas de irritação, inflamação e dor.
As preparações com co-solventes, geralmente viscosas, em regra causam
desconforto, sendo tanto mais incômodas quanto menor porção de água estiver
presente na formulação.
A administração de suspensões, seja aquosas ou oleosas pode ser mais dolorosa
que a administração de soluções, pois as suspensões são mais espessas.
A viscosidade do óleo usado na solução oleosa é um fator a considerar. Quanto mais
fluida (menos viscosa) a preparação, melhor a tolerância local, logo menor a dor. A
absorção tecidual de preparações com solvente ou veículo oleoso é bastante lenta,
podendo mesmo, em certas circunstâncias, não ocorrer e conduzir à formação de
nódulos de corpo estranho, a que se dá o nome de oleomas, abcessos frios ou
abcessos assépticos.
Apesar de ser considerado um procedimento relativamente simples a aplicação de
injetáveis se for executada sem conhecimentos ou por profissional não capacitado poderá
causar algumas complicações no paciente, como:
Anafilaxia.
Formação de abscessos.
Eritema.
Infiltrações no tecido subcutâneo.
Embolia.
Lesões nervosas.
Dor com irradiação ou não, imediatamente ou logo após a aplicação do injetável.
Rubor.
Hematomas.
Nódulos.
Parestesias.
Paralisia.
Necrose.
Anafilaxia
A anafilaxia pode ser definida como uma reação de hipersensibilidade sistêmica
aguda, potencialmente fatal, com mecanismos, apresentação clínica e gravidade variáveis,
que resulta da liberação súbita de mediadores dos mastócitos e basófilos. Na maioria dos
casos essas reações são imunológicas mediadas pelos anticorpos Ig E contra o agente
desencadeante. Essas reações podem também ser induzidas por mecanismos não
imunológicos, através da ativação direta dos mastócitos, incluindo fatores físicos como o
calor ou o frio e fármacos como os opióides e a vancomicina que induzem u ma
desgranulação direta daquelas células. A anafilaxia pode ocorrer também de forma
idiopática, quando não é possível identificar o agente desencadeante após investigação,
incluindo a determinação dos níveis séricos de IgE para alergenos suspeitos e ocultos e,
quando necessário, testes cutâneos e provas imunológicas. Alguns fármacos podem induzir
reações anafilátias através de vários mecanismos, como exemplo tem-se os AINEs,
anticorpos monoclonais, anestésicos, penicilinas, cefalosporinas, quinolonas, vacina s,
analgésicos opióides, vancomicina. Os principais sintomas relacionados ao choque
anafilático são:
Edema na boca, olhos ou nariz.
Sensação de bola na garganta.
Aumento nos batimentos cardíacos.
Dificuldade em respirar – com chiado.
Dor abdominal, náuseas e vômitos.
Pele e mucosas Urticária, eritema, prurido.
(90% dos casos). Eritema conjuntival, lacrimejamento.
Edema dos lábios e da língua.
Rinite: congestão nasal, rinorreia aquosa,
Respiratório prurido nasal e espirros.
(70% dos casos) Rouquidão.
Tosse, aumento da frequência
respiratória, dispnéia.
Cardiovascular Hipotensão.
(45% dos casos) Taquicardia (pulso rápido e fraco).
Palpitações.
Dificuldade em deglutir.
Gosto metálico.
Gastrointestinal Náuseas, vômitos.
(45% dos casos) Diarreia.
Dor abdominal.
Agitação.
Sistema Nervoso central Alterações do comportamento.
(15% dos casos) Tonturas.
Cefaleia.
Sensação de morte iminente.
Tabela 4: Comparação das principais reações anafiláticas.
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527#:~:text=Os%20sinais%20s%C3%A3o%20f%C3%A1ceis%20de,v%C3%B4mitos%2C%20sudorese%20e%20dores%20abd
ominais.
Infecções: Ocorrem devido a assepsia de mãos e local da aplicação mal feita ou não
feita. Importante não pular etapas, lavar as mãos com água e sabão, passar álcool
70% após lavar e fazer a assepsia do local que será aplicado com álcool 70%.
Embolia: É comum acontecer quando não retira-se o ar que fica na seringa. Ao fazer
o injetável, o mesmo entra na corrente sanguínea com ar e provoca embolia.
Dor: A dor poderá ser referida como local ou irradiante. Alguns fármacos provocam a
dor no local aplicado que cede depois de um tempo, mas em casos de local errado
ou aplicação errada essa dor pode se tornar mais intensa.
Aplicação em região articular: Deve-se ter atenção redobrada para injeções feitas no
deltóide, pois uma injeção mal feita nesse local poderá gerar dor e inflamação de
estruturas presentes no ombro.
9. TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
As áreas recomendadas para a administração de medicamentos estão ilustradas na
figura abaixo:
Via Subcutânea:
A administração pela via subcutânea provoca um ligeiro traumatismo tecidual no
local de inserção da agulha, porém o risco de lesão por atingir vasos sanguíneos de grande
calibre ou nervos é baixo. As injeções repetidas no mesmo local aumentam a reatividade,
tanto pela invasão mecânica constante da agulha, como pelas características e volume do
medicamento depositado, o que pode causar alterações na estrutura do tecido adiposo,
comprometendo desse modo o padrão de absorção do medicamento. Assim, para reduzir ou
eliminar o risco de aparecimento de complicações como a lipodistrofia e a excessiva
formação de tecido cicatricial, comum na insulinoterapia, recomenda -se fazer a rotatividade
do local de aplicação.
As possíveis complicações da via subcutânea são:
Lesão local: dor, nódulos ou necrose de tecidos.
Infeções inespecíficas ou abcesso.
Lipodistrofia.
Excessiva formação de tecido cicatricial por injeções repetidas no mesmo local.
Via Intramuscular:
A administração pela via intramuscular garante a deposição do medicamento
diretamente no tecido muscular profundo, pois o músculo estriado é dotado de elevada
vascularização, o que permite uma maior velocidade de absorção do medicamento
comparativamente com o tecido subcutâneo, conduzindo a uma ação sistêmica mais rápida.
Essa é via preferencial para administração de vacinas e medicamentos irritantes e viscosos,
uma vez que o músculo é pouco inervado por fibras sensoriais e, consequentemente , menos
sensível. Nessa via podem ser administrados medicamentos que se apresentem em solução
ou suspensão aquosa, ou que contêm um veículo não aquoso (preparações oleosas). A
administração de um volume superior ao recomendado, além de comprometer a adequada
difusão do fármaco, pode comprimir a estrutura neurovascular local, situação que pode
gerar mal estar ou dor, aumento da temperatura local, hiperemia, ou mesmo lesão local
mais grave, podendo causar alteração da sensibilidade e/ou mobilidade do membro e, em
casos mais graves, necrose. Os músculos identificados como os mais adequados e seguros
para a administração de medicamentos injetáveis são:
Deltóide.
Glúteo.
Ântero-lateral da coxa (vasto lateral).
a) Músculo Deltóide:
Vantagem: Músculo de fácil acesso.
Desvantagens:
o Pequena massa muscular.
o Risco de dano neurovascular devido à proximidade dos nervos axial, radial e
braquial e da artéria braquial, que se encontram na parte superior do braço.
Volume a administrar: 0,5 ml a 2 ml.
Posição de administração: Sentado.
Evitar essa região para administrações sucessivas e para substância mais irritantes,
dada a possibilidade de abcesso e necrose local.
b) Região Dorsoglútea:
Músculo: Glúteo máximo.
Vantagem: Grande massa muscular.
Desvantagens:
o Camada de gordura subcutânea inconsistente (o que pode levar à deposição
errônea de medicamento fora do tecido muscular).
o Risco de dano do nervo ciático.
Volume a administrar: 1 ml a 5 ml.
Não indicado para crianças e pessoas com atrofia muscular local.
c) Região Ventroglútea:
Músculo: Glúteo médio e mínimo.
Vantagem: Grande massa muscular livre de estruturas anatômicas importantes,
como nervos e vasos de grande calibre.
Desvantagem: Possibilidade do paciente observar o procedimento de inserção da
agulha, o que gera ansiedade.
Volume a administrar: 1 ml a 5 ml.
Local preferencial e mais seguro em qualquer faixa etária, sobretudo em indivíduos
muito magros ou com edema.
Indicado para grandes volumes e para medicamentos mais viscosos e irritantes.
e) Bater suave e rapidamente com o dedo no gargalo até o líquido descer totalmente para o
corpo da ampola. Utilizar o volume total do líquido, garantindo a administração
exata da dose pretendida.
Identificar a zona de pressão para quebrar a ampola - ponto colorido e, com uma
compressa em torno da parte superior da ampola, fazer pressão rápida e firme em
direção oposta à do corpo.
Descartar o topo da ampola para o descartex.
Utilizando uma seringa e uma agulha estéreis, introduzir a agulha na ampola e
aspirar cuidadosamente o conteúdo total para a seringa, puxando suavemente o
êmbolo da seringa para fora. Deve ser utilizada uma agulha com comprimento
suficiente para chegar ao fundo da ampola; o bisel da agulha deve manter -se sempre
abaixo do nível do líquido. Se necessário inverter a ampola para trazer todo o líquido
para o alcance da agulha.
Observação: Evitar a aspiração de ar e o desperdício de medicamento, garantindo a
administração exata da dose pretendida.
Depois de todo o medicamento ter sido aspirado para a seringa, remover a agulha da
ampola e descartar o corpo da ampola no descartex.
Posicionar a seringa com a agulha para cima. Puxar o êmbolo um pouco mais, e
depois pressioná-lo para expelir o ar excedente.
Para eliminar eventuais bolhas de ar dentro da seringa:
o Segurar a seringa com a agulha para cima.
o Bater no corpo da seringa, para que as bolhas subam.
o Puxar o êmbolo para fora e, em seguida, empurrar para dentro, ejetando o ar
para o topo da seringa. Não ejetar líquido.
b) Glúteo máximo
Posição recomendada: Decúbito ventral, com rotação dos pés para dentro e com a
região glútea exposta.
Apalpar a integridade da zona de aplicação e observar a pele.
Dividir a região glútea em quatro quadrantes, traçando uma linha imaginária em cruz
(horizontal a partir da região do cóccix e vertical na zona central do glúteo máximo).
O local da administração corresponde ao quadrante superior externo (cerca de 5 cm
a 7 cm abaixo da crista ilíaca).
d) Vasto externo
Posição recomendada: Deitado ou sentado com a coxa exposta.
Apalpar a integridade da zona de aplicação e observar a pele.
Dividir a área entre o joelho e o grande trocânter colocando uma mão transversa
acima do joelho e outra abaixo do grande trocânter.
Identificar a linha média da face ântero-lateral da coxa.
O local da administração será no interior do retângulo formado por estes limites.
6- Definir o local de aplicação e fazer a assepsia do mesmo com álcool 70% e gaze em um
movimento único.
7- Segurar uma compressa de gaze seca entre os dedos da mão não dominante.
Ter uma gaze acessível facilita quando remove-se a agulha do tecido.
Não é recomendado o uso de algodão, devido ao risco de partículas entrarem no
tecido durante a punção.
8- Retirar a agulha da capa protetora e segurar a seringa entre o polegar e os outros dedos
da mão dominante, como se fosse um dardo.
Deve-se preparar a inserção, garantindo que o tecido pretendido seja atingido, sem
lesar as estruturas subjacentes.
9- Num movimento único, firme e rápido inserir a agulha no tecido muscular em um ângulo
de 90°.
Esse processo garante a penetração da agulha no músculo, com o mínimo de mal
estar.
12- Remover a agulha num movimento único e rápido, na mesma angulação com que foi
inserida, comprimindo de imediato o local da punção com a compressa seca que já está na
mão, sem massagear.
Esse processo promove conforto e previne a lesão tecidual além de evitar
hemorragias, sem alterar o padrão de absorção.
Técnica em Z
A administração intramuscular utilizando a técnica em Z é recomendada quando é
necessária a administração de medicamentos oleosos ou em idosos que apresentem pouca
massa muscular, pois essa técnica permite selar o medicamento no tecido muscular,
impedindo o seu refluxo para o tecido subcutâneo, de modo a minimizar irritação local ou o
aparecimento de nódulos por reação inflamatória.
Esticar a pele no local a ser administrado o injetável.
Num movimento único, rápido e firme inserir a agulha no tecido muscular no ângulo
de 90° em relação à superfície epidérmica. Manter a pele nessa posição durante
todo o procedimento.
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Becton Dickinson. Manual de Aplicações de Injetáveis. 3 ed. São Paulo 2007.
Bruton, L. L., Lazo, J. S., & Parker, K. L. (2006). Goodman & Gilman: As bases
farmacológicas da terapêutica (11.ª ed.). Rio de Janeiro: McGraw-Hill.
Prista, L. V. N., Morgado, R., Alves, A. (2003). Técnica farmacêutica e farmácia galênica (7.ª
ed.). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009: Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o
controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da
prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. Os
serviços clínicos farmacêuticos permitidos são: glicemia capilar, pressão arterial, perfuração
do lóbulo auricular, temperatura, pequenos curativos, aplicação de injetáveis.
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p14134%2F&ps ig=A OvVaw 11A19X2rc6QJFSAWDNt_DE&ust=1613994148156000&source=i mages&cd=vfe&ve
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