Você está na página 1de 80

PONTES INTEGRAIS E SEMI-NTEGRAIS

Tendências Atuais UFPE

Maurício Fernando Pinho


1. INTRODUÇÃO
1 INTRODUÇÃO

UFPE As pontes em concreto e aço geralmente utilizam aparelhos de apoio


e juntas para acomodar as movimentações da superestrutura em
relação à infraestrutura.

VIGA SIMPLES JUNTA DE DILATAÇÃO


ENTRE VIGAS

ARTICULAÇÃO GERBER

APOIO MÓVEL APOIO FIXO OU MÓVEL APOIO MÓVEL

3
1 INTRODUÇÃO

UFPE
As juntas no pavimento são responsáveis por grande parte dos
problemas de manutenção nas pontes:

• deterioração dos aparelhos de apoio


• corrosão de armações
• desconforto ao tráfego
• aumento dos esforços dinâmicos

Diversos países passaram a evitar juntas nas pontes

Pontes integrais:

• não possuem juntas entre os vãos


• a superestrutura é conectada diretamente aos encontros

4
2. PONTES INTEGRAIS
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE
Pontes integrais:

Pontes construídas sem juntas na superestrutura e entre esta e


os encontros.

Não existem juntas na pista de rolamento (jointless bridges)

Admitem-se articulações entre a superestrutura e os pilares


(apenas os encontros são integrais)

Pontes semi-integrais:

Pontes sem juntas, mas com articulações nos encontros

6
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE

Ponte em arco de alvenaria


Rio Tejo
Alcântara - Espanha
(106 D.C.)

Ponte em arco de alvenaria


Rio Lima - Portugal
(séculos I e XIV)

7
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE
pontes integrais em vigas

8
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE
encontros integrais

PLACA DE TRANSIÇÃO LAJE


PLACA DE TRANSIÇÃO LAJE

ENCONTRO
VIGA
VIGA
ENCONTRO

ESTACA

fundação em estacas fundação direta


9
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE encontros semi-integrais

PLACA DE TRANSIÇÃO LAJE


PLACA DE TRANSIÇÃO LAJE

ENCONTRO

VIGA VIGA
ENCONTRO
APARELHO
DE APOIO

ESTACA

fundação em estacas fundação direta

10
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE Histórico

EUA
• Início nas décadas de 20/30 (segundo os norte-americanos)
• maior utilização a partir das décadas de 60 e 70 (intensificação do
uso de pontes pré-moldadas protendidas)
• critérios de projeto empíricos (baseados na experiência acumulada)
• trabalhos de pesquisa a partir de 2000
• 13.000 pontes integrais em serviço em 2004

Reino Unido
• visita técnica de engenheiros ingleses aos EUA em 1990
• Conferência “Towards joint-free bridges” - IABSE-UK (1993)
11 • primeira norma de pontes integrais (1996)
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE Estados norte-americanos com pontes integrais

12
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE
Evolução da construção de pontes integrais no Reino Unido

13
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE
Vantagens das pontes integrais

• menor custo de manutenção

• maior redundância estrutural

• superestrutura mais econômica (continuidade das vigas)

• encontros e fundações mais econômicos (estrutura integral)

• mais conforto para o tráfego

• melhor estética (região dos apoios)

14
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE

15 Viaduto Cinco Pontas - Recife


2 PONTES INTEGRAIS

UFPE

Ponte sobre o Rio Pirapama


Ligação BR 101 – PE-60

16
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE

Ponte JK – Brasília - DF Ponte sobre o Rio Paraíba


Itabaiana - PB

17
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE

Recuperação de juntas
18 Viaduto João de Barros - Recife
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE

Ponte Motocolombó - Recife


(aparelho de apoio de aço)

Viaduto Cinco Pontas


Recife
(aparelho de apoio de
neoprene)
19
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE Limitações para utilização

Comprimento do tabuleiro

• cada órgão rodoviário adota um critério próprio


• nos EUA os comprimentos máximos variam entre 46 m (Maine) e
305 m (Louisiana)
• na maioria dos estados: 90 a 150 m (pontes de concreto)

Tipo de fundação

• fundações com rigidez elevada são contra-indicadas


20
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE
Limitações para utilização

Geometria do tabuleiro

esconsidade
(máximo: 30º)

curvatura

21
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE Experiência em outros países


EUA

22 Happy Hollow Creek Bridge, Tennessee, EUA, 1996


Extensão: 358 m
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE
Whitehorn Creek Bridge
Tennessee, EUA
Extensão: 250 m

23
Pond Creek Bridge – Tennessee, EUA – Extensão: 176 m
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE CANADÁ

• início na década de 60
• primeiras recomendações para projeto em 1993 (Ontario)
•1993 e 1996 construídas e monitoradas cerca de 100 pontes

Viaduto sobre a Rodovia 417


Ontario, Canadá

24
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE
REINO UNIDO

• início na década de 90
• normas técnicas (Highways Agency):
BA 42/1996 – Integral Bridges
BD 57/2001 – Design for Durability
• são adotadas preferencialmente pontes sem juntas
• pontes com até 60 m devem ser obrigatoriamente integrais
• manuais de projeto: SCI, PCA e CIRIA
25
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE
Tipologias de encontros integrais – Norma BA-42/96 (Reino Unido)

(a) (b) (c)

(d) (e) (f)


26
2 PONTES INTEGRAIS

SUÉCIA
UFPE

• o país adota preferencialmente pontes em pórtico


• 8.000 das 14.000 pontes construídas em 70 anos são em pórtico
• a Universidade de Luleå vem desenvolvendo diversas pesquisas
sobre pontes integrais

instrumentação da
Ponte Haavistonjoki
27 (2003)
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE
ESPANHA

• início na década de 90
• Guía para la Concepción de Puentes Integrales en Carrreteras
(Ministerio de Fomento – 1997)

28 Ponte Rio Urumea, 1998 – 49 m


2 PONTES INTEGRAIS

UFPE

AUSTRÁLIA

(Gillies Street Bridge, 2003 – 60 m)

ALEMANHA
29
(Harlaching, 2010)
2 PONTES INTEGRAIS

UFPE

JAPÃO

( Koitogawa Bridge - Tateyama Expressway -120 m)

CORÉIA DO SUL
30
(DooDong Bridge, 2001)
3. EFEITOS DE TEMPERATURA NAS PONTES
INTEGRAIS
3 EFEITOS DE TEMPERATURA NAS PONTES INTEGRAIS

UFPE Efeitos da variação de temperatura

variação de temperatura
ponte convencional em viga contínua

∆ ∆

∆ Tu

L L

variação uniforme

T1

T1>T2
T2

L L

32
variação diferencial
3 EFEITOS DE TEMPERATURA NAS PONTES INTEGRAIS

UFPE Efeitos da variação de temperatura

L L

variação de temperatura – ponte integral


(uniforme + diferencial)

Efeitos nos encontros:

• movimentação cíclica dos encontros sobre os aterros


33 • aumento das pressão exercida pelo solo sobre a estrutura
4. RETRAÇÃO E FLUÊNCIA NAS PONTES
INTEGRAIS
5 RETRAÇÃO E FLUÊNCIA

UFPE Efeitos da retração e fluência

• as deformações diferidas levam ao surgimento de momentos nas


estruturas hiperestáticas em função das restrições

• nas vigas compostas ocorre a retração diferencial entre o concreto da


laje e as vigas (de concreto ou de aço)

• o efeito da fluência é significativo nas vigas protendidas (tensões de


compressão elevadas)

• na consideração dos efeitos das deformações diferidas deve ser


levado em conta o processo construtivo da ponte

35
5 RETRAÇÃO E FLUÊNCIA

UFPE Efeitos da retração nas pontes integrais (vigas compostas)

36
5 RETRAÇÃO E FLUÊNCIA

UFPE Efeitos da fluência nas pontes integrais (vigas protendidas)

37
5 RETRAÇÃO E FLUÊNCIA

-4000
UFPE 3 DIAS 60 DIAS 61 DIAS
-3000 x x 63 DIAS 180 DIAS 181 DIAS

MOMENTO FLETOR (kN . m)


-2000

-1000

1000

2000

3000
0 5 10 15 20 25 30 35

VÃO (m)

Evolução dos momentos fletores em viga pré-moldada


protendida de ponte integral (Arockiasamy; Sivakumar, 2005)

• protensão: 3 dias
38 • concretagem da laje: 61 dias
• continuidade estrutural: 63 dias
• carga móvel: 181 dias
5. CONTINUIDADE ESTRUTURAL NAS PONTES
CONSTRUÍDAS COM VIGAS PRÉ-MOLDADAS
5 CONTINUIDADE ESTRUTURAL NAS SUPERESTRUTURAS
DE PONTES CONSTRUÍDAS COM VIGAS PRÉ-MOLDADAS
Pontes em vigas pré-moldadas
UFPE
• cerca de 80% das pontes existentes têm até 50 m de comprimento

• atualmente a maioria das pontes de pequenos e médios vãos são


construídas com vigas pré-moldadas

• sistemas mais utilizados: vigas de concreto protendido e vigas de


aço (a laje de concreto é moldada no local)

• para aplicação do conceito de ponte integral deve haver


continuidade entre os vãos

40
5 CONTINUIDADE ESTRUTURAL NAS SUPERESTRUTURAS
DE PONTES CONSTRUÍDAS COM VIGAS PRÉ-MOLDADAS

UFPE Vigas pré-moldadas em concreto protendido


JUNTA LAJE MOLDADA NO LOCAL

TRANSVERSINA Vigas pré-moldadas


com vãos isolados

APARELHOS DE APOIO VIGA PRÉ-MOLDADA

MATERIAL COMPRESSÍVEL LAJE MOLDADA NO LOCAL

Vigas pré-moldadas
TRANSVERSINA
com vãos isolados e
laje de continuidade

41
APARELHOS DE APOIO VIGA PRÉ-MOLDADA
5 CONTINUIDADE ESTRUTURAL NAS SUPERESTRUTURAS
DE PONTES CONSTRUÍDAS COM VIGAS PRÉ-MOLDADAS
Continuidade com armaduras passivas
UFPE
PRÉ-LAJE LAJE ARMADURA SUPERIOR

ESTRIBO

VIGA PRÉ-MOLDADA ARMADURA INFERIOR


APARELHO DE
APOIO
TRANSVERSINA

42
5 CONTINUIDADE ESTRUTURAL NAS SUPERESTRUTURAS
DE PONTES CONSTRUÍDAS COM VIGAS PRÉ-MOLDADAS
Continuidade com armaduras passivas
UFPE

momentos de restrição em
função da idade em se
estabelece a continuidade
43
5 CONTINUIDADE ESTRUTURAL NAS SUPERESTRUTURAS
DE PONTES CONSTRUÍDAS COM VIGAS PRÉ-MOLDADAS

UFPE Continuidade com pós-tensão ao longo da extensão da ponte

0.17m

1.31m
1.69m

0.21m

0.96m 1.04m 0.55m 0.55m 1.04m 0.96m

0.20m
1.92m

1.31m

0.10m

44 30.95m
0.48m

1.20m 30.95m
5 CONTINUIDADE ESTRUTURAL NAS SUPERESTRUTURAS
DE PONTES CONSTRUÍDAS COM VIGAS PRÉ-MOLDADAS

UFPE
Continuidade com pós-tensão na região dos apoios
(sistema Dywidag)

LAJE MOLDADA NO LOCAL LAJE MOLDADA NO LOCAL ARMAÇÃO DE PROTENSÃO


(2ª ETAPA) (1ª ETAPA)

VIGA PRÉ-MOLDADA TRANSVERSINA


APARELHO DE
APOIO

APOIOS PROVISÓRIOS

45
5 CONTINUIDADE ESTRUTURAL NAS SUPERESTRUTURAS
DE PONTES CONSTRUÍDAS COM VIGAS PRÉ-MOLDADAS

UFPE

Kingsport Bridge, Tennessee, EUA (1981)

Extensão: 820 m (29 vãos)

46
5 CONTINUIDADE ESTRUTURAL NAS SUPERESTRUTURAS
DE PONTES CONSTRUÍDAS COM VIGAS PRÉ-MOLDADAS

UFPE Vigas de aço com laje de concreto (vigas mistas)


(tipologia adotada na Europa)

ARMAÇÃO DA LAJE CONECTORES DE CISALHAMENTO

PLACA DE EXTREMIDADE
VIGA
PLACA DE DISTRIBUIÇÃO
DE TENSÕES

APARELHO DE APOIO

47
5 CONTINUIDADE ESTRUTURAL NAS SUPERESTRUTURAS
DE PONTES CONSTRUÍDAS COM VIGAS PRÉ-MOLDADAS

UFPE

48
5 CONTINUIDADE ESTRUTURAL NAS SUPERESTRUTURAS
DE PONTES CONSTRUÍDAS COM VIGAS PRÉ-MOLDADAS
S TU D LA JE D E C O N C RE TO

UFPE Vigas mistas


(tipologia adotada nos EUA)
FOLGA ENTRE O
TOPO DAS VIGAS

TR AN S VE R SIN A D E
C O N C R ETO
FUROS PARA
ARMAÇÃO DA
TRANSVERSINA

BLOCO DE COMPRESSÃO

DETALHE 1

49
6. CARACTERÍSTICAS DOS ENCONTROS
INTEGRAIS E SEMI-INTEGRAIS
6 CARACTERÍSTICAS DOS ENCONTROS INTEGRAIS
E SEMI-INTEGRAIS

UFPE Encontros
VAZIOS DESENVOLVIDOS
DEVIDO À EROSÃO PELO ELEVAÇÃO DO PAVIMENTO
FLUXO DA ÁGUA E DEVIDO AOS EFEITOS DE
MOVIMENTAÇÃO TÉRMICA COMPACTAÇÃO PELO TEMPERATURA
DAS PONTES EM GERAL E TRÁFEGO
DAS PONTES INTEGRAIS
EM PARTICULAR PRESSÃO HORIZONTAL
DEVIDO AO ATERRO

PEQUENOS RECALQUES PROJETO INCORRETO DA


PREVISTOS EM PROJETO LAJE DE TRANSIÇÃO

PERDA DE MATERIAL BERÇO DA PLACA


DO ATERRO SOLO EXPANSIVO DE TRANSIÇÃO

COMPRESSÃO DO ATERRO
MOVIMENTO DO SOLO DEVIDO À COMPACTAÇÃO
DO TALUDE DO ATERRO INSUFICIENTE E INCORRETA
ESPECIFICAÇÃO DOS
MATERIAIS

SOLO COLAPSÍVEL

COMPRESSÃO DO SOLO
51 ESCORREGAMENTO LATERAL
DEVIDO ÀS PRESSÕES LATERAIS
NATURAL DEVIDO ÀS
CARGAS DO CORPO DO
PELA COLOCAÇÃO DO ATERRO ATERRO
6 CARACTERÍSTICAS DOS ENCONTROS INTEGRAIS
E SEMI-INTEGRAIS

UFPE

Encontro convencional Encontro integral

JU N T A D E
EXPAN SÃO

A P A R E LH O
D E A P O IO

52
6 CARACTERÍSTICAS DOS ENCONTROS INTEGRAIS
E SEMI-INTEGRAIS

UFPE Fundações
EUA e CANADÁ

Encontros integrais:
• AASHTO não permite encontros integrais com fundações diretas
apoiadas em rocha
• cada estado possui seus critérios e detalhes padronizados
• apenas um linha de estacas
• maioria dos estados (70%) adotas apenas estacas de aço
• alguns estados adotam estacas de c. protendido para pontes < 50 m
• 70% dos encontros construídos com estacas de aço (perfis H)

Encontros semi-integrais:

53 • fundações diretas ou profundas


• blocos com duas linhas de estacas
6 CARACTERÍSTICAS DOS ENCONTROS INTEGRAIS
E SEMI-INTEGRAIS

UFPE Fundações

EUROPA

• fundações diretas ou profundas


• Reino Unido: sapatas com 50% da tensão vertical adotada nos
encontros convencionais (BA 42/96)
• estacas de aço e concreto armado e protendido

54
6 CARACTERÍSTICAS DOS ENCONTROS INTEGRAIS
E SEMI-INTEGRAIS

UFPE
Fundações em estacas

estacas de aço em tubos


plásticos (Reino Unido)

estacas de concreto em
tubos de concreto
(Reino Unido)

55
6 CARACTERÍSTICAS DOS ENCONTROS INTEGRAIS
E SEMI-INTEGRAIS

UFPE Fundações em estacas

estacas de aço em tubos -


metálicos e contenções em solo
reforçado (EUA)

56 estacas
mistas (EUA)
6 CARACTERÍSTICAS DOS ENCONTROS INTEGRAIS
E SEMI-INTEGRAIS

UFPE
Ligação estaca-bloco

EUA
(engastamento de 30 a 75 cm)

EUROPA
57 (engastamento mínimo de
60 cm e conectores)
6 CARACTERÍSTICAS DOS ENCONTROS INTEGRAIS
E SEMI-INTEGRAIS

UFPE Fundações diretas

encontro integral

58 encontro semi-integral
6 CARACTERÍSTICAS DOS ENCONTROS INTEGRAIS
E SEMI-INTEGRAIS

UFPE Lajes de transição


• são regularmente adotadas nos EUA e outros países (3 a 6 m)
• no Reino Unido são pouco utilizadas
(adotam especificação rigorosa para o aterro dos encontros)

sem laje

ENCONTRO

com laje

LAJE DE TRANSIÇÃO

59
ENCONTRO
6 CARACTERÍSTICAS DOS ENCONTROS INTEGRAIS
E SEMI-INTEGRAIS

UFPE Laje de transição


TRINCAS NO
LOMBADA PAVIMENTO
ASFALTO ASFALTO

VAZIO
sem laje
ATERRO ATERRO

EXPANSÃO DA PONTE CONTRAÇÃO DA PONTE

LAJE DE LAJE DE
TRANSIÇÃO TRANSIÇÃO
ASFALTO ASFALTO

com laje
VAZIO

ATERRO ATERRO

60
EXPANSÃO DA PONTE CONTRAÇÃO DA PONTE
6 CARACTERÍSTICAS DOS ENCONTROS INTEGRAIS
E SEMI-INTEGRAIS

UFPE
Lajes de transição

EUA
(Illinois DOT)

EUA
(Pennsylvania DOT)

61
6 CARACTERÍSTICAS DOS ENCONTROS INTEGRAIS
E SEMI-INTEGRAIS

UFPE
Lajes de transição

Reino Unido
(CIRIA)

Espanha

62
6 CARACTERÍSTICAS DOS ENCONTROS INTEGRAIS
E SEMI-INTEGRAIS

UFPE Alas
• maioria dos órgãos adotam alas paralelas

paralelas (U) ortogonais inclinadas

alas curtas
(sem estacas)
63
6 CARACTERÍSTICAS DOS ENCONTROS INTEGRAIS
E SEMI-INTEGRAIS

UFPE Aterros
• executados com material granular (melhor drenagem e acomodação
dos movimentos horizontais)
• o grau de compactação não deve ser elevado
(o que implica no uso de placas de transição)
• experiências com EPS (EUA)

64
7. ANÁLISE ESTRUTURAL E INTERAÇÃO
SOLO-ESTRUTURA EM PONTES INTEGRAIS
7 ANÁLISE ESTRUTURAL E INTERAÇÃO
SOLO-ESTRUTURA EM PONTES INTEGRAIS

UFPE Análise estrutural

Ponte convencional:
Superestrutura e infraestrutura podem ser projetadas isoladamente

Ponte integral:
Superestrutura, infraestrutura e terreno devem se considerados
conjuntamente

66
7 ANÁLISE ESTRUTURAL E INTERAÇÃO
SOLO-ESTRUTURA EM PONTES INTEGRAIS

UFPE
Modelos utilizados para análise global

CONEXÃO RÍGIDA SUPERESTRUTURA

ENCONTRO
Pórtico plano com
haste equivalente
HASTE ENGASTADA
EQUIVALENTE
(EUA)

CONEXÃO RÍGIDA SUPERESTRUTURA

ENCONTRO

MOLAS DO SOLO
Pórtico plano
e solo com molas
ESTACA

67
7 ANÁLISE ESTRUTURAL E INTERAÇÃO
SOLO-ESTRUTURA EM PONTES INTEGRAIS

UFPE

PAREDE COM
BARRA RÍGIDA
MODELO DE
MOLA SUPERESTRUTURA (SUPERESTRUTURA)

BARRA RÍGIDA
(FUNDAÇÃO DO ENCONTRO)

APARELHO DE APOIO

TRAVESSA

PILARES APOIO DO PILAR

ESTACA
APOIOS MÓVEIS

SOLO COM MODELO DE MOLA

Pórtico espacial com molas no solo

68
7 ANÁLISE ESTRUTURAL E INTERAÇÃO
SOLO-ESTRUTURA EM PONTES INTEGRAIS

UFPE Programas comerciais

Modelo gerado em programa


comercial (LUSAS)

69 Modelo gerado pelo programa


MULTIPIER
7 ANÁLISE ESTRUTURAL E INTERAÇÃO
SOLO-ESTRUTURA EM PONTES INTEGRAIS

UFPE Ações a serem consideradas

70 Ações consideradas no projetos de pontes integrais pelos estados


norte-americanos (2004)
7 ANÁLISE ESTRUTURAL E INTERAÇÃO
SOLO-ESTRUTURA EM PONTES INTEGRAIS

UFPE Estacas sujeitas a carregamentos laterais


N

H
TERRENO S

A - A A - A
A - A A - A
τr z

A A σr A A τr θ
σ r = CONSTANTE τrθ = 0
B - B
τr z τr z B - B

B B
τ z θ +τ z r τrθ
DIREÇÃO DO MOVIMENTO
Mσ z
σr

Reação do solo depende de diversos fatores:

• tipo de solo
• intensidade do carregamento (comportamento não linear)
71 • tipo de solicitação (estática ou cíclica)
• forma e dimensão da estaca
7 ANÁLISE ESTRUTURAL E INTERAÇÃO
SOLO-ESTRUTURA EM PONTES INTEGRAIS

UFPE
Modelos de interação solo-estaca:

(a) (b)

solo como meio elástico contínuo solo representado por molas


72 (Winkler)
7 ANÁLISE ESTRUTURAL E INTERAÇÃO
SOLO-ESTRUTURA EM PONTES INTEGRAIS

UFPE
Variação do coeficiente de reação horizontal do solo

Kh Kh

ADOTADO
k = CONSTANTE
REAL
PROVÁVEL

REAL
PROVÁVEL

X ADOTADO
X
k = nhx

Solos coesivos sobreadensados Solos coesivos normalmente


adensados ou solos granulares
73
7 ANÁLISE ESTRUTURAL E INTERAÇÃO
SOLO-ESTRUTURA EM PONTES INTEGRAIS

UFPE Curvas p-y


p,y

Z1 Z4

RESISTÊNCIA DO SOLO p
Z2

Z3

Z3 Z2

Z1
Z4

DESLOCAMENTO DA ESTACA y

• muito utilizadas na prática (programas específicos)


74 • boa aproximação d o comportamento não linear do solo
• curvas variam de acordo com a profundidade (terrenos estratificados)
• programas específicos: LPILE, MULTIPIER
7 ANÁLISE ESTRUTURAL E INTERAÇÃO
SOLO-ESTRUTURA EM PONTES INTEGRAIS
ESTÁTICO

UFPE pc= 0.5pc(


y
) 0.5
y 50 y - A sy 50 1.25
Eoffset = 0.055 pc( )
A s y 50

curvas p-y
RESISTÊNCIA DO SOLO p (kN/m) 0.5pc
argilas rijas submersas
0.0625 pc
Ees= -
y 50 (carregamento estático)

y 50= 50
xb

E si= ks Z

0
0 A s y 50 y 50 6A s y 50 18A s y 50
DESLOCAMENTO, y (mm)

CÍCLICO

y - 0.45 yp 0.25
p = A c pc(1-[ ] )
0.45 yp
A c pc
curvas p-y
RESISTÊNCIA DO SOLO p (kN/m)

Esc= -
0.085 pc argilas rijas submersas
y 50
(carregamento dinâmico)

75
y p = 4.1 A cy 50
Esi = k c Z
y 50= 50
.b
0
0 0.45 y p 0.6 y p 18 y p DESLOCAMENTO, y (mm)
7 ANÁLISE ESTRUTURAL E INTERAÇÃO
SOLO-ESTRUTURA EM PONTES INTEGRAIS

UFPE Método Racional (1988)

Lu Lu Lu Lu

Lc Lc
Le Le

Balanço Equivalente Balanço Equivalente


L L

Sistema Real Sistema Real

• substitui-se a estaca por uma haste engastada com comprimento fictício


(similar ao método de Davisson-Robinson)
76 • ainda é muito utilizado nos EUA (prático para análise estrutural)
• considera rótulas plásticas no caso de estacas de aço
7 ANÁLISE ESTRUTURAL E INTERAÇÃO
SOLO-ESTRUTURA EM PONTES INTEGRAIS

UFPE
Caracterização dos empuxos laterais de terra nos encontros

• os deslocamentos dos encontros não são suficientes para mobilizar


o empuxo passivo máximo do aterro

• o coeficiente de empuxo passivo deve ser determinado em função


dos deslocamentos dos encontros

• o uso do empuxo passivo máximo não é recomendado porque


superestima os esforços na estrutura

• o efeito cíclico provoca aumento do empuxo passivo e é de difícil


avaliação

• a variabilidade esperada para os empuxos deveria ser considerada


77 na análise da estrutura
7 ANÁLISE ESTRUTURAL E INTERAÇÃO
SOLO-ESTRUTURA EM PONTES INTEGRAIS

UFPE Coeficiente de empuxo passivo em função do deslocamento


(NCHRP)

6
MUITO COMPACTA Ø=45, Kp = 5.8

COEFICIENTE DE PRESSÃO DO SOLO K

H
AREIA MÉDIANAMENTE COMPACTA Ø = 37, Kp = 4.0

4

AREIA FOFA Ø = 30, Kp = 3.0


H

∆ ∆

MOVIMENTO ATIVO 2
H H

MOVIMENTO PASSIVO

78 -0.025 -0.015 -0.005


0
0.005 0.015 0.025 0.035 0.045

DESLOCAMENTO / ALTURA - ∆/ H
7 ANÁLISE ESTRUTURAL E INTERAÇÃO
SOLO-ESTRUTURA EM PONTES INTEGRAIS

UFPE
Empuxos laterais de acordo com BA-42/96 (UK)
K*

Pressão do solo

H/2
baseada em K*
H

Pressão do solo
baseada em K 0

K0 Distribuição da pressão
Coeiciente de do solo
pressão do solo (sem sobrecarga)

encontros em pórticos
K*
2H/3

Pressão do solo
baseada em K*
H

Pressão do solo
baseada em K 0

K0 Distribuição da pressão
79 Coeiciente de
pressão do solo
do solo
(sem sobrecarga)

encontros com paredes engastadas no solo


7 ANÁLISE ESTRUTURAL E INTERAÇÃO
SOLO-ESTRUTURA EM PONTES INTEGRAIS

UFPE Empuxo lateral de acordo com a norma sueca de pontes (2002)

TABULEIRO
δ

CORTINA INTEGRADA

LAJE DE TRANSIÇÃO
∆P QUANDO NECESSÁRIA
PAREDE

PRESSÃO DE
TERRA EM REPOUSO

Ha
∆p = C ⋅ γ s ⋅ ⋅ βr P = P0
2 se δ =0
βr = δ / Ha 200 < δ <
He
P = P0 + C1 ⋅ δ ⋅ ⋅ P1 se 0
He 200
C = 300 ou 600 depende He
80 da hipótese de carregamento P = P0 + C1 ⋅ P1 se δ>
200

Você também pode gostar