Aventuras em Hereva

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 Antes de começarmos…
Talvez, você tenha caído de paraquedas aqui nestas páginas, e
não saiba bem o que é e sobre o que trata exatamente este livro
que está lendo agora. Aqui, explicaremos tudo certinho, para que
você possa aproveitar ao máximo esta experiência junto com todos
que quiserem participar dela!
E o que é este livro?
Este livro é um RPG. É um jogo de contar histórias. Nele, cada
participante controla um personagem dentro da história. É como
um teatro de improviso, jogado como se fosse uma conversa entre
todos os participantes.
Um dos jogadores, chamado de narrador, descreve o que está aconte-
cendo na história. Os outros jogadores dizem o que seus personagens
irão fazer e jogam dados, cujos resultados vão dizer se eles consegui-
ram o que queriam, ou não. O narrador descreve o que aconteceu,
dependendo da falha ou do sucesso dos personagens nas rolagens
de dados e o processo reinicia. Assim, a cada ação dos personagens a
história pode tomar diversos rumos, criando uma narrativa original e
exclusiva compartilhada por todos participantes do jogo.
Como todos os jogos, o RPG possui regras, e estas definem como a his-
tória vai desenrolando, de acordo com as ações e decisões dos joga-
dores, que rolarão dados para descobrir se o personagem conseguiu
fazer o que queria. Essa mecânica serve como elemento de incerteza
sobre os resultados das ações dos personagens, e torna o jogo mais
imprevisível para os jogadores. Isso muda como a história vai desen-
rolando, por isso cada história pode ter um começo definido, mas pode
ter vários finais. Assim, só saberemos ao certo o desfecho da aventura
quando a jogarmos para valer!
Diferente de um jogo de videogame, jogo de tabuleiro, onde a história
se passa em uma tela ou em um tabuleiro com peças e cartas, tudo no
RPG ocorre na imaginação dos participantes. Assim, não há limites
para o que pode acontecer, exceto os estabelecidos pelos próprios
participantes através das regras, que servem de garantia para que
cada partida seja segura, inclusiva e divertida para todos.
E o que é preciso para jogar?
Pelo menos três participantes;
Lápis e borracha para todos;
No mínimo 10 dados, mas quanto mais, melhor;
Fichas de personagens (uma para cada jogador) e uma ficha do Nar-
rador, que podem ser encontradas no apêndice deste livro ou no site
da Macaco Dumal;
E por que esse jogo foi criado?
Em primeiro lugar, porque sabemos da importância de participar de
atividades divertidas com nossos filhos, sobrinhos, netos e amigos,
criando e estreitando laços com todos os que participam dessas ativi-
dades. Porém, muitos de nós não sabemos como criar momentos unir
as diferentes gerações, fazendo todos interagirem em algo divertido e
estimulante para qualquer idade.
Outro motivo para criarmos este jogo é porque, existem poucos jogos
de RPG introdutórios para o público infantojuvenil no Brasil. A
maioria dos jogos é criada para jogadores mais velhos e experientes,
possuindo regras complicadas demais, temas inapropriados ou
pesados demais. Tudo isso acaba afastando o público adolescente
de jogar. A maioria vai preferir ficar conectada a seus celulares e
redes sociais, consumindo conteúdos pouco significativos para seu
desenvolvimento, seja em habilidades ou conhecimentos.
Assim, Pepper e Carrot RPG foi criado para suprir essas demandas.
Um jogo de RPG é uma atividade de socialização, que tem como
objetivos, além de divertir, ser inclusivo e acolhedor. Ele também
estimula o desenvolvimento de diferentes capacidades como: leitura,
lógica, pensamento analítico, criatividade, cooperação, resolução de
problemas e habilidades sociais dos jogadores..
O cenário de Pepper & Carrot - Aventuras em Hereva, baseado na
webcomic homônima e gratuita de David Revoy, é bonito, leve e
alegre, possuindo situações engraçadas, personagens cativantes e
aventuras divertidas, que possibilitam contar uma história delicada e
gostosa para todas as idades. As regras foram criadas para que sejam
fáceis de entender e de ensinar, mas ao mesmo tempo são elegantes,
de modo que somam e caminham junto com a proposta do cenário.
Tudo nosso esforço é para tentar entregar uma experiência completa
e única para os participantes.
Assim, tudo que está neste livro foi pensado com a intenção de
que crianças e jovens adolescentes possam jogar Pepper & Carrot
- Aventuras em Hereva com seus parentes e amigos, desfrutando
uma experiência agradável e lúdica, que além de estimular várias
habilidades, estreita laços de amizade e companheirismo.
Então, respire fundo, relaxe e vire a página para expandir sua
imaginação, criar suas próprias histórias e se aventurar em um
novo mundo!
 Capítulo 1
Janelas, Biscoitos
de Manteiga e Aventuras
O brilho intenso dos últimos raios-de-sol já de-
sapareciam, à medida que a estrela encerrava
mais um ciclo, lentamente dando espaço à bela
e prateada figura da lua cheia, que já começava a surgir, em
meio ao céu, para aqueles que o observavam. Este certamente
não era o caso de Linien, sendo que a jovem garota estava
literalmente jogada na cama em uma posição longe de parecer
confortável, ou mesmo apropriada para alguém que tivesse a
mínima intenção de dormir, mais parecendo uma grande bo-
neca de pano deixada completamente de canto pela sua dona,
sem qualquer tipo de cuidado.
A fraca luminosidade, ainda assim, era o suficiente para re-
velar pequenos detalhes de um quarto simples, que sequer
parecia possuir muitos móveis. Era um quarto bastante seme-
lhante a dezenas de outros presentes ao longo do corredor,
onde outros jovens da mesma idade dormiam despreocupada-
mente. O orfanato tinha pelo menos duas dúzias de crianças
que não tinham grande expectativa, a não ser aguardar serem
adotadas por alguma família. Infelizmente, à medida que os
anos passavam, isso ia se tornando uma possibilidade cada
vez mais remota. Apesar do futuro, de muitos ali já parecer
prédeterminado, dizem que tudo que é necessário para rees-
crever o seu próprio destino pode ser feito em um único dia,
ou em uma única noite.
Logo os sons da noite acompanhariam a escuridão que rapida-
mente tomava conta do cenário do lado de fora do quarto, e os
mesmos iam lentamente aumentando e aumentando, de forma
que de imediato começaram a adentrar o quarto pela janela.
Mesmo que fosse muito baixo, o barulho dos grilos foi mais que
o suficiente para a garota reagir como se aquilo, na verdade,
fosse um despertador. Abrindo rapidamente apenas um olho,
brilhante como esmeralda, a menina ficou contemplando, de
cabeça para baixo, a gigantesca lua em formato de chaleira,
do lado de fora de sua janela. A surpresa ao constatar a chega-
da da noite fez com que ela caísse da cama, em sobressalto. O
tombo emitiu apenas um som baixo e abafado, em contraste com
a expressão dolorida no rosto da garota, que, todavia, não se
deixou deter enquanto se levantava, apressadamente.
- Droga! Eu não acredito que já anoiteceu, não posso perder
tempo! - falava baixo, como que aplicando uma bronca em si
mesma, enquanto o par de olhos brilhantes percorriam todos
os cantos do pequeno quarto, na tentativa de localizar alguma
coisa. Até que, finalmente, ela observa atrás de si mesma e
localiza sua mochila, que descansava confortavelmente so-
bre sua cama, durante todo esse tempo. Linien revirou os
olhos mediante a própria falta de atenção e, então, colocou
a mochila em um dos ombros. Estava pesada, o que fez com
que ela a abrisse sobre a cama e conferisse seus pertences,
pela décima vez naquele dia. Havia apenas livros de magia, os
quais ela conferia um a um com a ponta dos dedos, verifican-
do seus títulos antes de novamente guardá-los novamente na
mochila, para, finalmente, erguer-se, sentido sua determina-
ção renovada.
Ela não tinha nenhum objeto que tivesse grande apreço que
não tivesse colocado dentro da mochila. Olhou para a estante e
lamentou, novamente, não poder levar todos, mas era preciso
tomar algumas decisões difíceis, no final das contas. Tratava-
-se apenas de livros, e eles podiam ser substituídos. Entretan-
to, não era como se fosse deixá-los completamente para trás,
uma vez que o conhecimento existente em suas páginas ainda
estava presente em sua memória e sempre lembraria das horas
que passou naquele local, apenas na companhia deles. Agora,
contudo, era o momento de dar mais um passo, rumo a mudar o
seu próprio destino.
Linien aproximou-se do espelho e recolheu algumas anotações,
escritas em pequenos pedaços de papel, que estavam presas na
moldura, e guardou-as em alguns bolsos menores de sua mochila.
Parou, por alguns segundos, para observar o próprio reflexo.
Ela não costumava fazer aquilo, pois não gostava exatamente do
que via: queria um cabelo mais longo, mais vermelho; além dis-
so, uma série defeitos, frutos das inseguranças da adolescência,
ainda a perturbavam. Apesar de ser mais jovem do que realmente
aparentava, o que mais lhe incomodava, acima de tudo, era sua
altura. De que adiantava parecer madura e não ser alta? Quando
olhava para si, diante do grande espelho, a única coisa da qual ela
realmente gostava - mas não admitiria para ninguém - eram seus
olhos: expressivos, grandes, verdes e brilhantes.
Os olhos deixavam de ir ao encontro do reflexo de seu rosto e
observavam aquilo que estava vestindo: suas melhores roupas,
uma vez que, na verdade, eram suas ÚNICAS roupas. Quan-
do você está em um orfanato, existem poucas coisas que você
pode realmente chamar de “suas”. Então, tirando uniformes
usados para auxiliar nas tarefas de limpeza e durante as lições
com as outras crianças, Linien tinha um cuidado e uma afeição
especial pela sua boina e as botas que sempre pareciam confor-
táveis e rresistentes, além do longo casaco, repleto de bolsos,
que usava sobre seu vestido simples. Aquela era uma situação
especial, então estava vestida de maneira apropriada!
Aproximou-se da janela, deu um assovio baixo e aguardou em
silêncio. Em meio àqueles pequenos e incessantes sons no-
turnos, não parecia ter encontrado a resposta que procurava.
Tentou novamente o assovio por duas, três vezes... até que,
aparentemente, resolveu desistir. Respirando fundo e enter-
rando a cabeça entre os braços cruzados no parapeito da jane-
la. Sua atenção acabou roubada pela lua, em toda sua beleza,
dominando o céu de forma absoluta. Linien pensava em todos
os diferentes locais que contemplavam aquela mesma visão,
todos os lugares que ela, em breve, poderia conhecer. locais
distantes sobre os quais apenas ouvia falar e conhecia somente
através dos livros. Costumes diferentes, povos e cidades que
e que ela estava disposta a conhecer, tão logo fosse capaz de…
*TAC!* O som alto de uma pequena, porém, sólida pedra atin-
gindo o vidro a fez cambalear o vidro e fez ela cambalear para
trás, quase caindo em surpresa. Estava aguardando a resposta
ao seu sinal, mas havia se distraído em meio aos seus pensamen-
tos. Era isso que os adultos sempre pareciam reclamar a seu res-
peito, no final das contas: sua falta de foco. Abriu a janela e, apesar de
não conseguir ver com clareza, sabia quem estava lá embaixo e acenou
de maneira animada. Afastou-se dois passos da janela e observou as
grades trancadas, impedindo sua saída. Linien respirou fundo, como
se estivesse buscando concentrar-se e fechou os olhos por alguns
instantes. Era hora de mostrar que ela tinha foco, que todos os adul-
tos estavam errados. Mais importante de tudo, era hora de finalmente
deixar aquele orfanato.
Dentro de sua cabeça, Linien tinha uma clara imagem da grade da janela
que estava diante dela, separando-a do mundo exterior. Lembrou-se
das instruções que havia praticado à exaustão, ao longo de semanas,
e repetia cada passo com calma: “esvaziar a mente, focar no objetivo,
concentrar-se, repetir as palavras mágicas”. Ela sussurrava em um vo-
lume que tornava incompreensível de ouvir o encanto. Buscava manter
a calma e os olhos fechados, lutando contra a curiosidade infantil de
abri-los e ver se havia alcançado o resultado desejado. Era o último
obstáculo separando-a daquela que seria a maior jornada de sua vida.
Ciente da importância daquilo, que para para muitos usuários experien-
tes de magia era um simples truque, ela finalmente ouviu o sonoro “cli-
ck” da tranca das grades. Não resistindo mais, Linien abriu os olhos e
comprovou: a magia havia funcionado, estava livre!
A garota estava com vontade de gritar, mas conteve a felicidade,
sendo que praticamente pulava no lugar, antes de aproximar-se da
janela e admirar o seu resultado: a grade estava finalmente aberta,
pode sentir o vento em seu rosto. Era o mesmo que passava pela
janela quando ela se encontrava fechada - mas de alguma forma,
que não sabia explicar, a sensação era diferente. Sem muita demora,
empurrou a cadeira para perto da janela e olhou lá para baixo. Talvez
fosse seguro simplesmente escalar a parede, mas já havia decidido
há dias e não havia razões para riscos desnecessários. Assim, jogou
os lençóis amarrados em forma de corda pela janela, antes de dar
uma última olhada pelo seu quarto. Não sentia nostalgia ou qualquer
outro sentimento que fizesse com que ela desejasse ficar ali. Muito
pelo contrário: O desejo de explorar o mundo ardia como uma in-
tensa chama queimando dentro dela. Desse modo, não demorou para
começar a sua descida, deixando não apenas o quarto, mas todo o
resto para trás.
O plano já estava traçado há algum tempo: Linien basicamente
viveu toda sua vida naquele orfanato. O que também significava
conhecer bem sua rotina. Tão logo a decisão de fugir estava cer-
ta em seus pensamentos, apenas precisou utilizar de tudo aquilo
que presenciou, ao longo dos anos para cuidadosamente elaborar
a sua fuga. Jamais conseguiria ter praticado magia ali, mas não
vigiavam suas leituras na biblioteca, sendo que aquele foi o local
onde treinou, ao longo de semanas, a magia capaz de abrir a jane-
la. A rotina de vigia do orfanato não era muito complicada, uma
vez que, tão logo o horário das crianças dormirem tivesse passado,
os adultos acreditavam não existir razões para não fazer o mesmo.
Conseguir lençóis extras para improvisar uma corda era a parte que
aparentemente dava mais trabalho, mas estar envolvida nas tarefas
de limpeza, o que incluía cuidar das roupas de cama, era uma opor-
tunidade perfeita, que foi muito bem aproveitada.
A “corda” acabou ficando um pouco mais curta do que o planejado,
por isso, Linien precisou de um pequeno salto, quase um metro
para chegar ao chão. Tocando a neve com as botas que protegiam
seus pés, afundando na neve até quase os joelhos. Abaixou-se e
retirou com as mãos a camada congelante que envolvia seus calça-
dos. Mesmo protegidos pelas luvas, seus dedos ficavam cada vez
mais frios, uma vez que a luz do sol havia desaparecido. De onde
estava, observou seu quarto, por alguns segundos, antes de ouvir
passos apressados vindo em sua direção. Clarisse tentava correr,
mas a neve, assim como a mala que carregava na mão esquerda,
atrapalhavam o movimento enquanto se aproximava da amiga:
- Funcionou? Eu não… Eu acreditei quando você disse que iria fun-
cionar, mas é diferente de… Enfim, você está aqui fora Linn! Real-
mente conseguiu!
O tempo se fez mais devagar por um instante, enquanto Linien
observava a aproximação de Clarisse. Seria uma mentira dizer
que tinha plena certeza que sua amiga estava realmente disposta
a acompanhá-la naquela aventura. Não poderia julgá-la, caso não
tivesse aparecido, mas mesmo assim, lá estava ela. Ao contrário de
Linien, Clarisse não vivia em um orfanato, mas tinha sua guarda
deixada aos cuidados de um parente, sobre o qual pouco falava -
Linien respeitava o silêncio da amiga. Nem sempre estar certa a
respeito de todos os acontecimentos é a melhor coisa, sendo que
aquele era um destes momentos: Linien estava feliz em estar errada
em não estar sozinha.
- Não, NÓS conseguimos Clary! você também está aqui! - Sorriu de
volta para a amiga, colocando as mãos em seus ombros e a olhando
por alguns instantes. A expressão preocupada de Clarisse se desfez
em um sorriso, um tanto sem jeito, por trás dos grandes óculos que
ocupavam boa parte de seu rosto. A menina tinha cabelos curtos
e encaracolados como os de uma boneca, e ela era quase um pal-
mo mais alta do que Linien - algo que, milagrosamente, não tinha
importância para ela, naquele momento. Teve vontade de abraçar
a amiga, mas estava com pressa, de forma que se afastou alguns
passos. Olhou o caminho composto por blocos de pedra, cobertos
com uma boa camada de neve e que levava para fora da cidade, mais
adiante se tornando uma trilha de terra, que as levaria aonde quer
que desejassem.
Clarisse ajoelhou-se, sem importar-se com a neve gelada em seus
joelhos e abriu a mala, dando uma nova oportunidade para que Li-
nien contemplasse o céu estrelado sobre elas. Havia incontáveis
pontos luminosos espalhados pelo cenário noturno, em um céu
completamente limpo. Cada um deles era único, com seu devido
nome e características, e que muitas vezes passam despercebi-
dos individualmente - como uma pessoa em uma multidão. Era isso
que ela, no fundo do seu coração coração, temia: tornar-se apenas
mais uma em meio a tantos outros, esquecida, apagada frente a
brilhos mais intensos e estrelas mais conhecidas. Percebendo que a
amiga já se levantava, balançou a cabeça negativamente, deixando
de lado aquela linha de pensamento:
- Ah, eu não esqueci! Aqui, pegue! É só agitar um pouquinho, e
pronto! Eu fiquei fervendo por bastante tempo, então deve durar
até de manhã.
Clarisse pegou um pequeno frasco de vidro com um líquido esverde-
ado de dentro de sua mala e o entregou para Linien, que o observou
por alguns segundos antes de agitá-lo energicamente, conforme ha-
via sido instruída. Não demorou muito para uma luminosidade cres-
cente se intensificar, obrigando-a a parar de olhar diretamente para
o frasco. Por que usariam lanternas e tochas, se podiam fazer poções
luminosas como aquelas? Brilhante! Linien riu consigo mesma do tro-
cadilho e aguardou sua amiga, enquanto caminhavam por alguns me-
tros, com seus passos firmes ecoando pelo chão de pedra, deixando o
orfanato para trás. Até que Linien ouviu novamente a voz de Clarisse:
- Eu trouxe biscoitos, Você quer?
Linien parou ao ver a mão estendida da amiga, segurando um reci-
piente que só podia ter saído de dentro daquela mala, com biscoi-
tos em formatos de pequenos animais, cuidadosamente decorados
com confeitos coloridos. Clarisse gostava de cozinhar e, mais ainda,
de comer - razão para ser alvo de comentários maldosos das outras
crianças. Isso fez com que Linien se aproximasse dela anos atrás,
quando a defendeu de umas garotas más. O gesto bondoso se torna-
ria uma amizade que permaneceu até os dias de hoje. Linien balançou
a cabeça negativamente e respondeu à amiga de forma enérgica:
- Não consigo pensar em comida Clary, estamos diante da jornada de
nossas vidas! Agora nosso destino é completamente NOSSO, podemos
ir aonde quisermos, fazer tudo aquilo que quisermos! Você vai apren-
der poções que jamais foram descobertas! Eu vou aprender magias
com poderosas bruxas e utilizar meu potencial para mudar as vidas
de todos ao meu redor! Nós vamos mostrar a eles, nós podemos ser
apenas duas garotas agora, mas um dia os nomes de Clary e Linn vão
aparecer nos livros de História, junto com outras poderosas bruxas!
É o primeiro passo para alcançarmos nossos sonhos! - Linien falava
com força e determinação, colocando as mãos na cintura e fechando
os olhos, um tanto cheia de si, capturada pelo momento.
- Mas, Linn… Para onde vamos, mesmo?

Linien abriu os olhos como se estivesse despertando para a reali-
dade. Avistou, alguns metros adiante, uma placa no centro de uma
encruzilhada, sinalizando diferentes destinos. A visão não podia ser
um retrato melhor daquilo que passava em sua cabeça, naquele mo-
mento: para onde deveriam ir primeiro? Poderiam ir procurar um
povo mágico, mas qual deles? As Fadas da Lua? Outros Elfos? Talvez
devessem apenas ir até outra parte do continente e procurar uma
escola de magia entre os humanos… Mas, como fariam para entrar
nela? Precisam trabalhar para ter dinheiro… Como conseguiriam um
emprego? As perguntas surgiam uma após a outra, gerando mais e
mais dúvidas, em uma espiral fora de controle!
Por mais que não gostasse de admitir para si mesma, sabia que ape-
sar de toda a preparação e de todos os planos necessários para
escapar de suas antigas vidas, aquilo tudo estava longe de repre-
sentar o maior obstáculo que teriam ao longo daquela jornada. Pas-
sariam por dificuldades e, ao mesmo tempo que novas descobertas
se revelassem diante de seus curiosos olhos, elas sempre viriam
acompanhadas de incertezas e escolhas que determinariam comple-
tamente o rumo que tomariam com suas vidas. Ao tomar aquela bra-
va atitude, as duas estavam literalmente lutando contra o mundo e
contra tudo aquilo que ele tinha prédeterminado para elas.
Sem ter uma resposta clara, olhou de volta para Clarisse, que no-
vamente estendeu os biscoitos, sorrindo. Linien percebia o outro
lado de ser completamente responsável pelo seu destino, e preci-
sava tomar uma decisão.
Aceitou os biscoitos.
O
lá aprendizes! Sejam muito bem-vindos ao mundo de Here-
va - um lugar encantador, onde a magia existe e guia a vida
cotidiana de maneira divertida, poderosa e, é claro, maravi-
lhosa! Aqui animais e seres mágicos convivem em relativa harmonia com
plantas mágicas e inteligentes, rochas falantes, peixes poetas e até mesmo
aranhas administradoras que, literalmente, mantêm uma rede de comu-
nicação entre as cidades desse mundo divertido. No mundo mágico de
Hereva, elfos, naanitas e muitos outros seres dos mundos de fantasia estão
presentes. A cada aventura, você vai descobrir novidades surpreenden-
tes e divertidas! Assim, você se poderá se tornar um aprendiz da magia de
Ah. Em uma das varias escolas do reino. Uma pessoa nascida com o dom
de acessar e utilizar os vários estilos de magia existentes, aprendendo e
construindo o seu próprio caminho. Com o objetivo de entender a arte da
magia para ajudar as pessoas, desde em coisas cotidianas, como: preparar
uma poção para tratar alergias, voar em vassouras mágicas, evitar plantas
encrenqueiras, sapos voadores ou um Atrazdetu metido a malandro. Até
utilizar seu poder para realizar grandes feitos mágicos, ou usar suas pró-
prias mãos e coragem para proteger vilas e cidades contra forças do mal,
monstros e outros inimigos.
Pepper & Carrot - Aventuras em Hereva é um jogo de RPG projetado
para jogadores iniciantes e veteranos, que proporciona a criação de
múltiplas histórias ricas em magia, exploração e aventura. Ambientado
em um mundo cheio de desafios, alta magia, professores mal-humora-
dos, (ainda que preocupados com seu aprendizado), morangos apimen-
tados, mascotes teimosos e muitas aventuras, este jogo garante muita
diversão para você compartilhar com toda sua família e também com
seus colegas de escola e amigos. Você também pode jogá-lo em uma
convenção ou evento de RPG e fazer novas amizades a partir dele. O
importante, no fim das contas, é que você experimente esse hobby e,
principalmente, divirta-se jogando, tanto quanto nós nos divertimos
escrevendo e construindo este livro!
Um pouquinho de História,
nas palavras do autor...
Pepper & Carrot é uma série de webcomics gratuita e de código aberto,
de autoria do artista francês David Revoy. A séria conta, em pequenos
episódios, as aventuras da bruxa adolescente Pepper e seu gato Carrot.
Traduzida atualmente para mais de 58 idiomas e com histórias leves e
divertidas, a série traz tem como principal proposta ser acessível a
todas as pessoas. Essa filosofia nos inspirou a projetar, desenvolver,
publicar e distribuir um jogo pensado para introduzir novos partici-
pantes ao universo do RPG e a esse divertido mundo de aventuras.
David Revoy explica a origem do Pepper & Carrot e o mundo
de Hereva em 2014:
“E enquanto me recuperava [do filme aberto do Blender GooseBerry
Project ], eu tive apenas uma sorte: em um domingo à tarde eu co-
mecei uma arte conceitual aleatória sobre uma pequena bruxa fofa e
seu gato. Isso estava longe de ser o projeto Astral-0, mas era apenas
para relaxar. Eu dupliquei a arte-conceito e modifiquei um pouco,
adicionei um balão de fala e depois repeti até ter uma história em
quadrinhos. Coloquei online e se tornou viral no grande site Reddit /
Imgur / DeviantArt diariamente, etc ... Muita sorte!”
e- mail de David Revoy (2020.02.12)
Isso dá a você o contexto da química de 2014 ...
Hereva e Pepper & Carrot foram criados episódio após episódio. Eu
ainda uso esse processo. Eu ainda uso esse processo. [...] Com esse
método de adição/remoção incremental de cenário ao longo da produ-
ção, posso orientar Pepper & Carrot a evoluir com o que me interessa
[...]. É muito orgânico. O mundo de Hereva foi moldado dessa forma,
e agora eu começo a vê-lo mesclar coisas que eu gostava da minha
infância: fantasia colorida de Secret of Mana , filmes Ghibli , o hu-
mor tipo o de Dr. Slump. E é claro uma paródia em geral de Fantasia,
como no DiscWorld - Os livros de Terry Pratchett.
- e - mail de David Revoy (2020.02.12)
Por onde começar este jogo?
Antes de tudo, é necessário deixar sua imaginação sair da caixinha!
Pense em uma boa história a ser contada! Você pode se inspirar em
contos, músicas, filmes, livros ou gibis da Cultura Pop que você ache
interessantes, por exemplo, para criar sua própria aventura, que terá
seus amigos atuando como os personagens principais.
Vocês também precisarão de um lugar confortável e seguro para jogar.
Recomendamos lojas e luderias especializadas, ou uma das diversas li-
vrarias e bibliotecas que cedem espaço para jogos analógicos, além de
eventos e convenções especializadas em RPG. Sem esquecer, é claro,
do conforto e da segurança que a garagem da sua casa ou a mesa da
sua cozinha podem proporcionar para você e seus convidados!
No caso específico de Pepper&Carrot - Aventuras em Hereva, recomen-
damos que vocês tenham em mãos uma cópia das regras a seguir, digital
ou física (você escolhe), algumas fichas de personagem que podem ser
encontradas no site da Macaco Dumal Hobbies, alguns lápis e borrachas
para anotações e, é claro, salgadinhos e refrigerantes, ou os quitutes
que o seu grupo preferirem, e, é claro, a vontade de se divertir!
Os termos do jogo (glossário)
Antes de começarmos a explicar as regras e mecânicas do jogo,
como funciona a magia e tudo mais, é necessário que você esteja
familiarizado com os termos que utilizaremos no decorrer do livro,
para explicarmos regras, mecânicas, e tudo mais que descrevere-
mos. Para isso, essa pequena seção trará todos os termos do jogo e
uma descrição curta de cada elemento. Pegue sua caneca, alguns
biscoitos e tenha uma boa leitura!
Narrador: É o participante responsável por contar a história e decidir
quando é necessário realizar um Teste sobre o sucesso de uma Ação.
Jogadores: São os outros participantes da aventura. Cada jogador
controla um personagem específico.
Personagens: São os protagonistas da história, que girará em torno
deles. São os personagens que definem qual rumo a história seguirá, de
acordo com suas ações.
Teste: São todas as rolagens de Dados relacionadas as Ações dos
personagens.
Dados: São os objetos utilizados para confirmar se um personagem
conseguiu ou não realizar uma Ação. Pepper&Carrot - Aventuras
em Hereva utiliza dados de 6 lados, os quais chamaremos de D6
durante todo o livro.
Ação: É tudo aquilo que os personagens, tanto dos jogadores quan-
to do narrador, declaram fazer dentro do jogo. Existem dois tipos
de ações utilizadas dentro do jogo: Ação Livre e Ação Confirmada.
Ação Livre: São as ações que não exigem um Teste.
Ação Confirmada: São todas as Ações que necessitam de um
Teste para confirmar seu sucesso.
Habilidade: é tudo aquilo que é sabido, treinado e/ou apreendido
pelos personagens.
Testes de Habilidade: são utilizados para confirmação de qual-
quer ação de treinamento, estudo, talento ou habilidade dos perso-
nagens durante o jogo.
Características: São os atributos básicos de todos os persona-
gens. Podem ser usadas sozinhas ou em conjunto com habilidades,
são elas: Força, Destreza, Saúde, Inteligência, Astúcia, Empatia.
Familiar: É um animal e companheiro mágico está sempre junto e
ajuda as Bruxinhas e os heróis de Hereva.
Pontos de Vida: é a capacidade que um personagem tem de resistir
a machucados antes de cair desmaiado.
Ataque: é a quantidade de dados que um personagem possui para
atingir um oponente.
Defesa: é quantidade de dados que um personagem possui para se
defender de um oponente.
Movimentação: é a quantidade de passos que um personagem
consegue dar durante a fase de movimentação.
Rodada: é o período de tempo necessário para que todos os Perso-
nagens possam realizar uma ação. É dividida em Fases.
Fase de Movimentação: A primeira fase de um conflito; é quando
os personagens envolvidos se movimentam.
Fase de Ação: É a segunda fase em um conflito; quando os per-
sonagens agem.
Fase de Resolução: É a terceira fase de um conflito; quando são
verificados efeitos e condições de vitória ou derrota.
Magia: É o conjunto de forças primordiais da realidade que as
pessoas de Hereva utilizam para criar efeitos variados e místicos.
Magia consome Rea para ser utilizada.
Escola de Magia: É uma divisão dos tipos de magia estudados pelas
bruxas. Cada pessoa em Hereva pode aprender magias de diferentes
escolas. São elas: Ah, Hippiah, Zombiah, Magmah, Aguah, Chaosah.
REA: É a energia primordial utilizada e estudada por bruxas e pra-
ticantes de magia. É a abreviatura de Realidade.
Estudo: É o conhecimento aprendido e treinado que uma bruxa
possui sobre determinada casa de magia.
Ferramentas, Itens e Poções: São equipamentos e objetos que os
personagens podem criar e utilizam para melhorar habilidades e ações.
Antes de tudo, RPG é um jogo!
Neste jogo, contamos histórias e visitamos mundos fantásticos, onde
podemos viver aventuras incríveis, deixando nossa imaginação via-
jar e descobrir infinitos mundos, vivendo aventuras de todos os ti-
pos, nos tornando cowboys, piratas, soldados, seres sobrenaturais,
aventureiros em busca de ouro e glória, ou simplesmente jovens bru-
xas descobrindo a si mesmas e ao mundo ao seu redor.
Os Jogadores
Cada jogador cria ou escolhe um personagem para interpretar. Eles são
os que direcionam o rumo que a história vai tomar, de acordo com as
suas ações. Os personagens são os protagonistas da história que o nar-
rador vai contar, e cada ação e decisão que os personagens tomarem
vai mudar a história de uma forma diferente. Enquanto o jogador é o
participante que está jogando, o seu personagem é seu alter ego dentro
da aventura. Ele não precisa ser parecido com o jogador, mas o jogador
vai decidir suas ações e conversar com os outros personagens interpre-
tando este personagem.
Função dos jogadores
Interpretam cada um seu personagem
Jogam a aventura
Não precisam saber todas as regras
Descrevem as ações de seus personagens
Falam como se fossem seus personagens
Rolam dados para ver se seus personagens conseguiram o que
queriaos personagens
tadores e até comédia. Assim, várias histórias diferentes poderão ser
contadas nesse mundo mágico de Hereva!
O Narrador
O narrador é quem conta a história, descrevendo cada cena onde os
personagens se encontram, como também os resultados das ações
dos personagens e:
Função dos jogadores
Conta a história
Traz vida ao mundo com suas narrações
Descreve o resultado das ações dos personagens
Joga como os aliados e inimigos dos personagens
Controla o progresso dos personagens na história
Descreve as cenas e tudo que não são os personagens
Sabe todas as regras
É o juiz quando alguma dúvida surge, tendo sempre a palavra final.
Por que ser um narrador?
Claro, ser um narrador requer um pouco mais de preparação do
que ser um jogador. Você precisa aprender as regras, criar a
aventura, pensar nas cenas e personagens que aparecerão nela
e interpretar todo o resto do mundo, seja um vilão, um aliado dos
personagens ou até um monstro. E deixe-me contar uma coisa:
ser o narrador é muito legal.

Juntando os heróis da aventura

Em uma aventura, é necessário que tenhamos protagonistas bravos e
divertidos para poder vivê-la! Pepper & Carrot RPG é um jogo para
todas as idades, então convidar seus familiares e amigos para jogar é
um ótimo jeito de começar. Não se surpreenda se um jogo diferente
como este deixar as pessoas um pouco tímidas de início. Isso é co-
mum! Mas, assim que os participantes tiverem domínio das regras,
eles vão se sentindo cada vez mais seguros de suas ações e mais a
vontade para jogar, sem medo. O resultado é diversão para todos! Não se sinta amedrontado. Existe um capítulo in-
Algumas dicas para convencer os participantes relutantes e que os teiro dedicado para ajudar o narrador a aprender a
deixarão interessados em jogar: narrar e criar uma aventura, além de várias dicas de
Eles participarão de aventuras incríveis e divertidas que podem du- como fazer isso da maneira mais simples, legal e
rar de uma até quatro horas; divertida para todos, incluindo você!
É um jogo onde eles se tornarão protagonistas com poderes interes-
santes e familiares mágicos; Nossas Boas-Vindas
Cada aventura terá um tom diferente, podendo cada história ter ex-
plorações, lutas contra monstros, bailes de máscaras, terrores assus-
 O que é RPG?

10
 Um jo go s o bre co n t a r h is t ó ria s ...

Sobr e f az e r ami go s .. .

12
 En fren t a r des a fios. ..

e e xp lo rar l u ga r e s d e s c o nh e cido s ...

E m av e n tur a s i ncr í v e i s . ..
 Dign as d e g r a nd e s h e r ó i s ...

C he i as d e m ag i a L u ga res a n ces t ra is

D es co bert a s
14
Co m te rrí v e i s v i l õ e s

N e m s e m p r e p e r i go s o s

o u n ã o ...

M as q ue n o s fa ze m
se n ti r f o rt e s e m o ç õ e s . ..
Tris te z a ... a s vezes , ra iva ...

M e d o ...

E , no f i m , a gr a nd e v e r d a d e s e revel a ...

n o s mo s t ra n do q u e...

16
O i mpo rt a n t e é es t a r
e nt re a migo s e divert ir-s e
e m I nf i ni to s Mu nd o s !
 Capítulo 2
Figueiras, Sapos Voadores e
Garotas em Apuros
S
alvi se esgueirou lentamente entre os ramos das
figueiras sonolentas; ela sabia que o silêncio e o
cuidado eram necessários naquele momento. Afi-
nal, se as figueiras acordassem, ela estaria com sérios pro-
blemas. Ao menos é o que suas professoras em Hippiah sem-
pre insistiram em dizer.
A aventura da jovem começou com as professoras apontan-
do que as notas de sua turma estavam horríveis e que toda
a classe deveria se dedicar muito se quisessem passar para
o próximo ano de estudo na escola de magia. Caso isso não
acontecesse, todas estariam reprovadas e seriam expulsas da
escola de Hippiah, o que era considerado no mínimo assus-
tador para alunas. Com isso, as garotas optaram em formar
grupos e trabalhar juntas em diversas poções especiais e de
alta raridade.
O grupo de Salvi decidiu criar uma magia de Crescimento
Pujante, um encantamento antigo e poderoso, postulado pe-
las bruxas de Hippiah ainda antes da guerra. Era uma fórmula
complexa que acelerava em anos o crescimento de plantas
e vegetais, possibilitando transformar uma áREA de campo
seco em uma floresta exuberante em poucas horas apenas
com alguns frascos de poção, uma magia simples de fazer
chover e alguns punhados de sementes.
Salvi ficou responsável por colher os ingredientes para a
magia de Fazer Chover, sendo que a maior parte dos in-
gredientes necessários podiam ser encontrados na margem
leste da floresta de Hippiah. Este local era conhecido por
ser morada de figueiras dorminhocas, que acordavam de
péssimo humor e tinham como amigos os sapos voadores
- criaturinhas maldosas, mesquinhas e com um senso de
moda horrível! Sem falar no péssimo hábito que possuíam
de cuspir sua saliva corrosiva naqueles que consideravam
mal vestidos, o que poderia se tornar um problemão para a
garota. Durante a caminhada na floresta, a jovem herbária
encontrou diversas plantas, ervas e cogumelos que pode-
riam ser úteis em um momento .ou outro. Por cuidado, co-
lheu uma quantidade pequena para usos futuros ou vender
no mercado, o que soava como uma ideia saborosa para a
aprendiz.
Depois de quase três horas de caminhada floresta dentro, a
jovem bruxa finalmente chega ao local que procurava: uma
encosta não muito íngreme onde cresciam variedades raras
de cogumelos e plantas medicinais. Pelo que Salvi descobriu,
o lugar era um afluente de REA, o que acabava adicionando
propriedades mágicas em tudo presente no lugar, o que podia
tornar a situação um tanto estranha - e às vezes, até mesmo
vezes até mesmo perigosa.
A poucos metros do lugar onde Salvi estava procurando, a
bruxa aprendiz escutou gritos aterrorizantes pedindo por
socorro. Ao que parecia, alguém estava com problemas – e
problemas sérios – pois naquela áREA existia o ninho de uma
família particularmente ameaçadora dos famigerados sapos
voadores e diversas outras coisas que podiam ser perigosas
para desavisados.
Chegando próximo ao lugar e olhando pela borda do barranco,
Salvi viu duas garotas que estavam literalmente enroladas e
balançando em pleno ar. Clary, por acidente, pisou nos ra-
mos de uma figueira dorminhoca que estava nitidamente de
péssimo humor. Como se não bastasse, toda a agitação irritou
a família de sapos, que voavam agora como um enxame raivo-
so, cuspindo sua saliva perigosamente corrosiva nas garotas
penduradas.
Em uma manobra atlética – digna de uma competidora das
olimpíadas mágicas e com um inquestionável estilo das bru-
xas de Hippiah – Salvi saltou por sobre uma velha árvore
tombada, girando o corpo e rodopiando em pleno ar, caindo
próxima às raízes da figueira, que tentou, como esperado de
qualquer figueira sensata porém irritada, agarrar a jovem e
jogá-la o mais longe possível. Para a surpresa da velha fi-
gueira, Salvi rolou para ainda mais próxima das raízes en-
quanto desviava das vinhas espinhosas jogadas contra ela, e
sacou algo de sua mochila. Um pequeno ramo seco, retorcido
e muito poderoso: uma varinha mágica das bruxas de Hippiah
feita com madeira da árvore de Komona há muito tempo e
entregue a ela por ninguém menos que a grande Druida de
Hippiah, Isolda, também chamada de Vovó Isa.
Em um conjunto de movimentos leves, ágeis e precisos, a ga-
rota gravou alguns símbolos mágicos no tronco da figueira
enquanto falava baixinho “kontroli plantojn”. Subitamente, a
figueira parou com a sua agitação, como se estivesse aguar-
dando alguma coisa. Claro que Salvi não deixaria a velha planta
decepcionada, pedindo que colocasse as garotas no chão. Já os
sapos, que estavam se divertindo com a situação das meninas,
se viram em maus lençóis, parte impressionados pela chegada
surpreendente e digna de nota de Salvi, parte intimidados com
as habilidades da bruxinha. Debandando de fininho, olhando
para os lados discretamente, como se estivessem disfarçando
alguma atitude questionável, os anfíbios debandaram de fini-
nho, e deram no pé o mais rápido possível. Salvi por sua vez.
Olhava para os sapos com olhar firme e intimidador. As garo-
tas agora no chão olhavam admiradas para postura da jovem,
que ostentava sua varinha mágica e postura confiante. Após
os sapos voadores se retirarem por completo, ela se vira para
as garotas:
- Peguem suas mochilas, rápido (com voz firme e postura,
que tentava parecer mais adulta do que aparentava), vamos
sair daqui o quanto antes. A figueira vai ficar muito revoltada
quando acabar o efeito do feitiço, elas detestam ser encanta-
das. Aliás, elas detestam muita coisa e têm o péssimo hábito
de ter amizade com esses sapos, bichinhos terríveis e tempe-
ramentais, que se comportam como se tivessem saído de uma
revista de moda disfarçada como um livro de terror. - Disse a
garota caminhando em direção a trilha com passos apressados.
- Meu nome é Salvi, sou aluna da Academia de Magia e Bru-
xaria Hereva, aluna da escola de magia natural de Hippiah.
Vocês tiveram uma baita sorte de eu estar passando por aqui,
esses sapos sabem ser maldosos quando encontram invasores
em seu território. Aliás, quem são vocês mesmo?
As meninas, que ainda estavam um tanto assustadas, se afas-
taram da planta de mau humor recuperando o brilho do olhar
rapidamente. Uma expressão de alegria e empolgação tomou
os rostos das jovens enquanto elas se olhavam e caminhavam,
apressadamente, seguindo Salvi até a margem do riacho. Per-
guntavam freneticamente coisas sobre Salvi, sobre magia,
sobre poções, como eram os professores, além de diversas
outras questões. A bruxinha rapidamente mudou de salvadora
para colega de escola (uma possibilidade, é claro, mas ainda
assim elas estavam dispostas a fazer acontecer) e aluna de uma
classe avançada; talvez até tutora das garotas, fazendo com
que um mar de novas possibilidades surgisse. De fato, se uma
bruxa de Chaosah estivesse presente, teria visualizado uma
enorme e intrincada rede de ligações no caos, com um mar de
possibilidades se formando a sua frente e diversas consequ-
ências curiosas para onde este inesperado encontro levaria.
- Aproveitem e lavem-se, a saliva destes sapos é corrosi-
va, e irá destruir as roupas de vocês se não se limparem o
quanto antes.- Depois disso, Salvi coleta algumas folhas
de aparência gorducha que nasciam próximas a água e en-
trega as meninas. - Usem essas folhas, elas anulam a saliva
dos sapos e deixam um perfume ótimo nas .roupas. - Salvi
olha de maneira divertida para as duas meninas, cobrando.
- Seria um ótimo momento para me contarem o que fazem
aqui. Essa região pertence à escola de magia e meio que é
proibida a entrada de estranhos, sabem? As coisas podem
sair de controle rapidamente com os seres que vivem nessa
floresta, existem coisas muito mais perigosas do que sapos
por aqui.
As meninas, que se lavavam apressadamente, se olharam fe-
lizes, sabendo que haviam chegado à escola de magia de Hi-
ppiah, lugar que procuraram nas últimas semanas e que tinha
uma enorme tradição de acolhimento a estudantes de magia.
Além de, é claro, ser famosa por produzir os alimentos mais
saborosos de todo o reino.
- Eu me chamo Linn, e essa é Clary. Estávamos na verdade
procurando a escola, mas acabamos meio que nos perdemos a
caminho da academia, acho que foi uma bússola mági-
ca que compramos de um camelô no meio do cami-
nho e acabamos entrando por acidente na floresta.
Aliás, muito obrigada por ter nos ajudado, está-
vamos REAlmente “enroladas” naquele momento.
Você poderia nos levar a academia? Queremos nos
tornar bruxas de Ah e fazer coisas fabulosas, ajudar
pessoas e aprender magia. Foi incrível como a se-
nhorita lidou com aquela planta maluca!
Salvi olhou as garotas por um momento; clara-
mente as duas conheciam alguns truques mági-
cos, o que possivelmente seria de grande uti-
lidade para onde estavam indo. Depois de Salvi
pensar por alguns segundos disse:
- Claro que levo vocês até lá, mas antes preciso de aju-
da para encontrar alguns componentes para a preparação
de poções, que vou utilizar nas minhas provas minhas
provas finais da academia. A ajuda de vocês viria a ca-
lhar, caso vocês queiram. Mesmo não sendo um lugar
perigoso algumas mãos a mais poderiam nos render algumas
moedas no mercado.
Depois da curta conversa às margem do riacho, Salvi e as ga-
rotas retomaram o caminho, seguindo a encosta que se tornava
mais íngreme e evidente; as meninas caminharam por volta de
quarenta minutos. O lugar era bonito de uma maneira impressio-
nante: a entrada do rio mostrava a água límpida e gelada, coisa
que as garotas sabiam bem. O final da tarde fazia com que a luz
refletisse nas rochas e na água, revelando uma infinidade de
tons de luz azuis violetas e amarelos luminosos. Salvi sabia que
não teriam muito tempo até o cair da noite; enquanto seguiam o
caminho, ela disse às meninas para pegar gravetos e pequenos
galhos enquanto havia luz, pois andar à noite poderia ser peri-
goso e seria melhor acamparem em um lugar seguro.
As três aprendizes encontraram pouco tempo depois um
recôncavo natural na encosta, parecia um lugar seguro e
protegido para passarem a noite. Agora o sol já havia baixado
quase que totalmente e as luas de Hereva assumiram orgu-
lhosas seus postos no alto do céu ao norte. Ao sul, ainda mais
orgulhosa - quase soberba na verdade - surgia no céu a lua
em formato de chaleira que
adornava o firmamento de
Hereva. Poderia até se
pensar que as luas ao norte
agora no topo do céu
desfiariam diversos
desaforos devido a
simpática e deter-
minada lua ao sul,
cochichando entre
elas coisas como “olha
lá, que exibida” ou
“quem ela pensa que é?”.
Especulações essas que de
fato jamais saberemos, mesmo
porque a luz de tantas luas tornava a
noite de Hereva algo de tirar o fôlego.
A luz das luas espelhava platinada, iluminando a ra-
vina com sua luz fina, que refletia nas águas dos
vários véus de noiva que descendo as encostas.
Brilhando em arco íris noturnos. Uma visão estonte-
ante que prendeu a atenção das garotas por alguns
minutos. Depois de arrumarem o acampamento e
acenderem uma fogueira cuidadosamente montada
por Salvi as meninas comeram os últimos biscoitos
amanteigados, agora guerreiros orgulhosos, enrijeci-
dos pelo tempo de viagem. Salvi oferece as meninas o fa-
moso pão de castanhas de Hippiah, uma iguaria da escola de
magias, saboroso e famoso por toda Hereva, além de fazer
um pouco de chá de pétalas de margaridas leoninas, uma flor
mágica cultivada na escola e que tinha funções relaxantes e
de ajudar a recuperar a vitalidade e eliminar dores no cor-
po. Parecia ser uma ótima ideia depois de um dia longo de
caminhada. Depois disso, se deitaram, ajeitando suas mochi-
las como travesseiros. O cansaço do dia cobrou seu preço:
entregaram-se aos sonhos e dormiram rapidamente, sabendo
que o dia seguinte também seria longo e cansativo.
 Os Povos de Hereva
Hereva é um mundo vasto e diverso, com maravilhas espa-
lhadas entre os quatro (ou seriam cinco?) cantos do mun-
do. Além da flora rica, fabulosa e, por vezes enigmática, o
espetáculo REAl em Hereva se faz pelas criaturas que nela
habitam. Detentores de uma diversidade gigantesca, só ul-
trapassada pela distinção e união entre diferentes tipos de
povos, os habitantes de Hereva conseguem se misturar de
forma singular.
Neste mundo, pessoas de todos os tipos passam seus dias
criando, construindo, se aventurando e trabalhando para
fazer de sua existência uma vida melhor. Com vilas, fazen-
das e cidades repletas de pessoas de vários povos, o que era
de se esperar é que as pessoas parecidas formassem grupos
fechados, bairros e ofícios excludentes. Mas não é o que
acontece aqui. Talvez pela magia do mundo trazer o melhor
de muitas pessoas, aqui elas têm um gosto em misturar-se e
viver a diversidade. Conhecer a cultura, gastronomia, arte e
rituais de outros povos é mais que tolerado: é incentivado.
E veja, não existem poucos povos em Hereva. Nem nativos,
nem imigrantes.
Durante séculos de estudo, descobriu-se que alguns povos
de Hereva são naturais do próprio mundo, surgidos prova-
velmente da interação entre seus ancestrais e a magia. Dada
ä quantidade de criaturas inteligentes, percebe-se que isso
proporcionou a princípio o desenvlvimento da racionalida-
de.
Porém para a definição de Povo, a coisa se torna mais com-
plexa, sendo vista a necessidade de relação. A capacidade
de espécies viverem em comunidade, se relacionarem de
maneira amistosa e não preconceituosa com outras. A neces-
sidade de trocar conhecimento sobre a manipulação de REA
são tributos a serem avaliadospara a definição de um povo.
Isso torna o povo de Hereva, tanto os nascidos aqui, quanto
os que vieram de longe, um grande povo em busca de paz,
igualdade e felicidade.
Hereva não é um lugar monótono, - obviamente é recheado de
coisas não monótonas - cá entre nós, a viagem entre mundos
distantes e extradimensionais está longe de ser algo comum
e claramente não poderia faltar em Hereva. Vários povos,
nações e civilizações chegaram e chegam em um momento
ou outro. Alguns de passagem, é verdade, outros apenas em
uma viagem de férias, migração e fuga, ou simplesmente em
um desvio à esquerda em alguma estrela pouco conhecida de
um sistema solar qualquer e que por fim acabaram chegando
por engano nesse simpático mundo. O ponto central é que
muitos povos existem e de vez em quando um ou outro aca-
bam chegando, por diversos meios e motivos.
Todos os povos conhecidos possuem características únicas
e notáveis. Sociedade, hábitos e cultura próprias que deter-
minam de forma geral como aquele povo age, coexiste e se
relaciona com outras sociedades. Vale lembrar também que,
por mais que os povos se agrupem de maneira similar, cada
população, grupo ou indivíduo têm suas particularidades
e características, e esses traços de povo são apresentados
como linhas gerais de comportamento daquele povo.
O elemento mais importante não é o como ou o porque um povo
chegou a Hereva, mas sim o modo de vida e cultura que este
possui. A ideia principal é adicionar novos elementos, uma
camada extra para enriquecer as suas aventuras. Tenha em
mente que essa é apenas nossa visão e sugestões; sinta-se
totalmente à vontade para modificar, ajustar e reescrever o
que julgar necessário para que SEU MUNDO seja divertido
e único.
Nas próximas páginas, você irá conhecer um pouco sobre
alguns dos povos que habitam esse mundo fantástico e suas
características e traços que os tornam únicos entre seus pa-
res. Mas perceba que estes são apenas a ponta do Iceberg.
Hereva é muito mais vasto que um pequeno livro possa expli-
car todas as maravilhas que aqui existem.
Os Humanos
A
lguns estudiosos pouco ortodoxos - e de bai-
xo renome - alegam que nossos ancestrais
utilizavam máquinas não mágicas que voa-
vam e cruzavam o céu e viajavam através da REA, como
os barcos que cruzam os mares e que, por algum motivo,
deixaram de funcionar ao chegar em Hereva. É claro que
nenhum pesquisador sério acredita em tais teorias malucas,
e essas são simplesmente consideradas infundadas ou teorias
da conspiração por todos os estudiosos afamados e respeitá-
veis. A teoria mais aceita diz que os humanos de fato sempre
existiram em Hereva, porém só foram percebidos ou desper-
taram a atenção dos dragões quando começaram a utilizar a
magia - algo mais ou menos como formigas no seu quintal,
que só são notadas quando iniciam um programa espacial
funcional e com custo aceitável.
De fato, os Humanos não se importam com o mito de origem
contado (ao menos da boca pra fora), seja ele REAl ou sim-
plesmente uma fábula encantadora sobre aventuras heróicas
e máquinas tecnológicas através da REA. Sendo um povo
prático e criativo, os Humanos são focados e especializados
em resolver problemas do dia a dia, coisas REAlmente ne-
cessárias, como entender as estações do ano, melhores épo-
cas de plantio, colheita, pesca, e produção de itens do dia a
dia como cerâmica, lã e tecidos, metais como ferro, cobre e
bronze.
As Famílias humanas podem se organizar de muitas formas,
normalmente fazendo parte de grandes clãs e linhagens que
carregam suas origens e heráldica própria, com registros
sobre os seus membros mais proeminentes de cada geração,
carregando um legado ligado a sua família e linhagem. Ou-
trosjá não fazem a menor questão de enxergar o mundo dessa
maneira, mas ainda assim dão muito valor aos seus parentes e
amigos, formando comunidades específicas e muito unidas.
De todos os povos, os humanos são os que possuem a maior
população, estando em praticamente todos os ambientes do
reino. Mas, ainda assim, tem uma clara preferência por luga-
res de temperatura agradável e com estações do ano bem de-
finidas, o que pode acabar sendo um problema levando-se em
conta o temperamento clima. No entando, isso nunca impediu
os humanos de buscarem outros lugares, descobrir novas ter-
ras e lugares onde pudessem crescer e prosperar, desde popu-
lações que vivem em áREAs à beira mar, nas montanhas frias,
nos desertos escaldantes ou nas colinas ensolaradas.
Os Humanos tendem a procurar respostas para os eventos
que acontecem no mundo e ao seu redor, sendo essa Curio-
sidade a mais marcante característica da humanidade como
povo (porém, não a única, veja abaixo). Seus estudos vão
desde as áREAs de acúmulo de REA - como as montanhas
voadoras e os desertos e gelo e sal - até mesmo as florestas
migratórias e seus ciclos de movimento durante as estações
do ano. Ainda incluem as coisas mais simples e diárias, como
a preparação de pães, secagem e estocagem de madeira, ce-
REAis, preparação de carnes salgadas e peixes para longos
períodos de estocagem.
As nações Humanas são regidas de forma hierárquica por
reis e diversos tipos de nobres, governantes e fidalgos, que
regem e administram suas terras e recursos. Normalmente
de forma preocupada e contínua, o que em vários momentos
da história já foi responsável, os humanos podem provocar
disputas e conflitos internos e até mesmo com outros povos
de Hereva.
A economia humana é baseada no comércio: compra, venda e
escambo de todos os tipos de itens e produtos, desde aque-
les relacionados à alta magia a as mais simples ferramentas
como, enxadas, picaretas e anzóis. De fato, se existe a algum
item, artefato ou componente, esse com certeza poderá ser
encontrado e comercializado em algum lugar da sociedade
humana. Essa característica é tão intensa dentro da socieda-
de humana que entrepostos da sociedade mercantil ou guilda
dos mercadores poderão ser encontrados em praticamente
todas as vilas e cidades onde existam populações humanas.
Os Humanos são seres determinados e que possuem uma obs-
tinação incomum para explorar e descobrir o novo, sendo
desejosos em aventurar-se pelo mundo, investigando e co-
lonizando as terras de Hereva. Esse desejo possibilita que os
humanos interajam e utilizem os elementos e a natureza de
forma dinâmica e construtiva para sobreviver e prosperar,
adaptando-se a lugares pouco amistosos, desafiadores e até
mesmo arriscados de maneira relativamente rápida. Os hu-
manos são curiosos e diversos. Quando criar um personagem
humano, escolha uma das habilidades abaixo. Mais adiante,
você pode comprar as outras com pontos de experiência.
 Adaptável: As variações dos humanos
estão relacionadas aos ambientes em que
esses se desenvolvem e vivem, mas de
maneira menos evidente que outros povos. Ainda
assim, todo personagem humano recebe bônus de
+1 adicional em UMA única habilidade escolhida
entre as habilidades cotidianas ou Aventuras, sim-
bolizando seu aprimoramento natural; entretanto,
nunca poderá ultrapassar o limite de 10 dados im-
posto pelas regras.

Curiosidade: Sempre que o persona-

gem rolar pela primeira vez um teste rela-
cionado a Improviso, Exploração e Talento
em ambiente civilizado ou selvagem, ele receberá 1
dado adicional (rolagem máxima máx 10 dados) para
sua rolagem. Se falhar no teste, ele não poderá uti-
lizar esse dado durante toda a cena ou todo dia, o
que for maior.

Intuição: Você tem uma intuição

muito útil. Sempre que se deparar com
mais de uma alternativa ou rumo de
ação, você pode gastar 1 ponto de REA e pedir ao
Narrador uma indicação. Ele indica a melhor op-
ção - não necessariamente a opção correta, mas a
melhor opção, de acordo com o conhecimento e
as informações de seu personagem.
Fadas da Lua
A
s fadas da lua são conhecidas por seu tempe-
ramento calmo e introspectivo. São originárias
de uma região distante chamada Gaela, conhe-
cida por poucos na atualidade e que, segundo contam, existe
exatamente na fronteira entre o mundo os despertos e o mundo
dos sonhos. Uma região tão efêmera, distante e ligada aos so-
nhos, que já não pode ser acessado pelas fadas da lua... Não por
ter sido destruído ou algo do gênero, mas pelo fato de as fadas
da Lua terem despertado em Hereva, vendo e compreendendo
o mundo desperto e tornado-se ˜pesadas, não podendo mais
transitar entre o mundo acordado e o mundo dos sonhos.
Suas terras natais, segundo contam, são banhadas pela luz de
várias luas cintilantes e pela Lua, uma estrela de luz prateada
que ilumina o mundo dos sonhos com luz pálida, morna e rela-
xante. Assim, seu mundo natal se desenvolveu como um lugar
de hábitos semi noturnos, que é regido com períodos de maior e
menor claridade, da mesma forma que as estações mais quentes
ou frias do ano regem Hereva.
Essas “estações“ fizeram com que as fadas da Lua e os seres de
seu mundo se desenvolvessem de forma bastante curiosa, exi-
bindo bioluminescência conforme a fase da lua, inclusive isso
estando ligado ao seu estado de humor. Já em Hereva, essa
característica é bastante atenuada, revelando-se de maneira
mais evidente apenas nas luas cheias ou em raros momentos
onde as luas exibidas e orgulhosas de Hereva não iluminam
os céus. Durante esses períodos, seus cabelos adquirem tons
levemente iluminados, quase cintilantes, emitindo luz pálida
que muda de cor conforme a idade do elfo, variando de um
tom branco platinado nos mais jovens, passando para tons de
azul e chegando a tons violetas para aqueles com idade avan-
çada. De fato, segundo elas mesmo assumem, a maneira de se
perceber a idade das fadas da Lua é através dessa tonalidade
de seus cabelos, pois, de maneira geral, sua pele e seu corpo
parecem não estar sujeitos ao efeito do tempo, como acontece
nos Humanos, Naanintas e em outros povos.
A aparência geral das fadas da Lua não difere muito dos outros
elfos, tendo volta de 1,60m de altura e tez bastante clara, sendo
considerada quase pálida em relação aos humanos e outros povos.
Em algumas ocasiões, podem nascer crianças com tonalidades
consideradas “curiosas” por outros povos, com tons que tendem
para um violeta leve e até mesmo púrpura, tons esses que são ci-
tados como “próximos aos sonhos” entre as fadas da Lua. Assim,
essas crianças recebem uma educação e treinamento focados em
desenvolver sua REA e habilidades mágicas já durante a infância.
Tanto os indivíduos masculinos quanto femininos se identifi-
cam pela alcunha de Fadas da Lua, nome que possuem gran-
de orgulho de utilizar. São muito ligados a sua comunidade
e apreciam o silêncio e o autoconhecimento, sendo raros os
casos que optam por abandonar seu lugar de nascença, mesmo
para estudar ou aventurar-se e, mesmo quando o fazem, retor-
nam ao menos uma vez ao ano para sua terra natal, para visitar
seus amigos e parentes.
O envelhecimento desse povo é normal até a adolescência, perí-
odo em que começa a ficar cada vez mais lento, cessando com-
pletamente em torno dos trinta anos e permanecendo assim até
o momento de sua morte, por volta dos 180 anos. Em sua puber-
dade, muitas dessas fadas desenvolvem asas parecidas com as
de libélulas, que se projetam de suas costas e as permitem voar
de forma não mágica.
Essa corte é normalmente encontrada em regiões afastadas,
privando pela discrição em relação aos outros povos, suas
cidades e vilas são normalmente construídas em montanhas
flutuantes e outros lugares de difícil acesso para criaturas que
não possuem a capacidade de voar. Sua arquitetura é projeta-
da para pessoas que possuem asas ou a habilidade de voar, mas
é possível contratar facilmente encantamentos que permitam
fazê-lo em quase todas as lojas, pontos de informação ou de
guarda. Sua capital é chamada de A Cidade sem Escadas e
abriga uma notável população. Devido a sua natureza calma,
um negócio que se tornou bastante comum entre as fadas da
Lua são os Spas e banhos relaxantes, com uma grande varie-
dade de banhos termais, de ervas aromáticas, massagem com
pedras e outras opções criadas e estudadas para relaxar e eli-
minar o stress de longas viagens e aventuras.
As fadas da lua são a corte que vive menos tempo, ainda as-
sim, muito maior que os Humanos e Nanitas e assim compreen-
dem melhor a mortalidade e o comportamento dos outros povos
de vida curta, tornando as excelentes em ouvir, compreender
e aconselhar outros povos. Essa característica é muito apre-
ciada, principalmente pelos nobres humanos, que costumam
considerar os conselhos desse povo sobre como conduzir os
mais diversos tipos de conflito.
Além disso, as fadas da Lua possuem um grande conheci-
mento sobre poções e componentes para REAlização de ma-
gias, unguentos e outras soluções mágicas, sendo conhece-
doras e as únicas capazes de utilizar a Alquimia Lunar, uma
magia única e ligada a sua capacidade natural de enxergar e
compreender a REA Lunar.
Quando você escolher ser uma Fada da Lua, escolha UMA
das habilidades iniciais. Outras podem ser adquiridas com
pontos de Experiência durante o jogo.
Asas: Você desenvolveu asas mais cedo na
sua infância e consegue voar! As asas de uma
fada têm uma aparência parecida com a de uma
libélula, nas cores que você quiser. Você pode voar
como se caminhasse, em velocidade normal, e pode
chegar até 10 metros de altura. Para fazer manobras
radicais e perigosas, ou voar mais rápido, é necessário
um teste de Esportes baseado em Destreza.
Pó de Fada: A ligação das luas com as fadas fa-
zem o pó das luas ser atraído e ficar permeando ao
redor dela, e ela pode usá-lo de diversas maneiras.
A mais comum é soprar esse pó em adversários e fazê-los
dormirem (alcance curto). O alvo precisa passar em um tes-
te de resiliência para não adormecer. Outro uso é pratica-
mente o mesmo, mas para os aliados. A fada sopra pó neles
para que eles fiquem sonolento por uma rodada, mas recu-
perem 1d6 pontos de vida, acordando na próxima rodada
refrescados como se tivessem tirado um cochilo. O uso
dessa habilidade consome 1 ponto de REA da fada, e pode
ser usado quantas vezes ela quiser.

Alquimia Lunar: As luas de hereva têm um efei-

to grande sobre você. Sempre que estiver à noite
(das 6 horas da Luarrosa até as 6 horas da Luabris-
sa) pode utilizar 1 ponto de REA para adicionar 1 dado (ro-
lagem máxima máx. 10 dados) a sua rolagem.
Elfos da Primavera
O
s elfos da primavera possuem laços próximos
com as florestas, bosques e ambientes selvagens,
sendo uma corte que evita formalidades
desnecessárias e apreciam prazeres simples da vida. Boa
comida, festivais com música e jogos, uma caçada ou
pescaria, entre outras atividades ligadas ao ar livre.
Para esse povo, coisas normalmente consideradas valiosas
como ouro, prata e jóias têm pouco ou praticamente nenhum
valor. Ainda assim, valorizam ferramentas de boa qualidade,
lã bem tecida, peles curadas de maneira meticulosa e outros
objetos de uso diário feitos em ferro e aço. Por terem pouco
interesse em metais preciosos, sua principal forma de
negociação é o escambo, consistindo em trocar itens de
artesanato, ervas, bagas e sementes por itens úteis para
o seu dia a dia. O bronze e o cobre de boa qualidade são
considerados interessantes para a produção de ferramentas,
assim como o ferro e aço, usado apenas para a produção de
armas, mas nunca para armaduras.
Os Elfos da primavera mantêm registros detalhados de
sua origem e genealogia: seus registros são mantidos em
bibliotecas arbóreas, enormes estruturas construídas no
interior de árvores milenares moldadas com magia, e relatam
que esse povo é originário de Hereva. Seus antepassados
surgiram do coração das grandes florestas e áREAs
selvagens, distantes de tudo que é considerado minimamente
civilizado. Suas árvores dos registros contam que há muitas
eras a magia iluminou e fecundou a primeira árvore, que
floresceu por uma única noite e que de seus frutos nasceram
os primeiros elfos da primavera. Eles cresceram (uma clara
metáfora para o desenvolvimento da inteligência) tornando-
se os filhos das florestas, jurando proteger e cuidar das
terras ancestrais, herdando dessa forma a proximidade com
a magia natural de Ah e características próximas às árvores,
como sua paciência, resiliência e longevidade. A cultura
dos elfos da primavera é conectada aos seus registros, sendo
esse povo o detentor de muitos segredos e histórias ocorridos
em Hereva, e esses, seus bens considerados mais valiosos (e
protegidos). Assim, os elfos da primavera, são considerados
os grandes detentores da história do mundo, seus habitantes
e principalmente sobre a magia e o entendimento da REA,
com esses segredos muito bem guardados.
Os Elfos da Primavera têm aparência esbelta, sendo
relativamente altos, medindo entre 1,65m e 1,75m, com um corpo
leve e porte elegante, - quase como se a gravidade possuísse
menor influência sobre seus corpos - movimentando-se de
maneira fluida e elegante aos olhos dos outros povos, inclusive
às outras linhagens élficas. Por ser essa uma característica
natural, é impossível ensinar a outros povos - inclusive élficos
- como se como se movimentar desta maneira, característica
que já provocou diversas rusgas entre as cortes élficas. Seus
cabelos variam entre o loiro, ruivo e avelã, e seus olhos variam
entre cinza, azulado, verdes e castanhos.
Os Elfos da Primavera apreciam roupas leves e bem
trabalhadas, próprias para auxiliar em suas longas jornadas
dentro de florestas e bosques, normalmente feitas em linho, lã
e couro. Quase sempre utilizam tons verde, avelã e caramelo,
porém em raras ocasiões - relacionadas às mudanças nas
estações - utilizam o azul celeste e o branco.
Uma arte muito apreciada entre os elfos da primavera é o
artesanato, talento ao qual dão um valor especial. De fato
seu artesanato possui qualidade excepcional, tendo, alto
valor entre outros povos, principalmente suas Vestes de
Exploração, roupas leves e confortáveis que oferecem
defesa como se fossem armaduras de couro, porém sem
atrapalhar os movimentos de seu usuário. Outra peça de
alto valor produzida por esse povo são seus Arcos Rituais,
reconhecidos por sua qualidade e durabilidade e também pelo
fato de possuírem uma relação heráldica com seu construtor.
Seria quase como uma marca registrada da família que o
criou, sendo fácil para um elfo da primavera reconhecer e
identificar um arco de seu povo. São muito raras as ocasiões
em que essas peças de artes são presenteadas ou fabricadas
para outros povos.
Os Elfos da primavera são exímios arqueiros, tendo a arquearia
como mais que uma forma de defesa e ataque, considerando
sua prática como uma arte, treinada e apreciada desde tenra
idade. Sua prática é levada tão a sério que diversas técnicas
específicas desse povo já foram criadas. Para valorizar ainda
mais o uso de arcos, eles promovem a cada dez anos um grande
festival da primavera, e o Torneio de Arquearia, que atrai
arqueiros de todas as partes do reino como participantes.
A premiação para os ganhadores pode variar desde arcos
e aljavas mágicas, outros itens de sua cultura e até mesmo
técnicas e magias desenvolvidas pelos elfos da primavera,
que possuem valor elevadíssimo entre os arqueiros.
Os elfos da primavera podem chegar a 300 anos de idade e
levam uma vida fortemente ligada a sua família e ao lugar
de origem, os quais irão proteger com suas vidas caso
necessário. Normalmente escolhem bosques e florestas
densas e com árvores muito altas como seu lar, para
aproveitar a proteção e coberturas fáceis da mata e também
a áREA de boa visibilidade para utilizar seus arcos a média
e longa distância.
Quando você escolher ser um Elfo da primavera, escolha
UMA das habilidades iniciais. Outras podem ser adquiridas
com pontos de Experiência durante o jogo:

Olhos Treinados: Os Elfos da primavera são

caçadores natos, e treinam suas habilidades com
arcos e lanças de mão desde muito jovens e com
isso desenvolvem uma capacidade mágica de ataque com
arcos e lanças. Essa habilidade permite ao Elfo da Primavera
utilizar 1 ponto de REA para receber 1 dado adicional (rola-
gem máxima de 10 dados) no ataque com arcos e lanças.

Disparo em Curva: Utilizando o vento, rico-

chetes e ângulos extremos, você consegue dis-
parar em um ataque em um inimigo que esteja
fora de sua visão. Gastando 1 REA, você pode acertar
qualquer alvo que esteja ao seu alcance, não im-
porta o quão escondido ele esteja (mas ainda você
precisa saber que ele está lá). O inimigo possui -3D
em Defesa para seu ataque.

Um Com a Mata: Quando estiver em florestas,

ou ambientes com muita flora, você não deixa
pegadas, possui audição aguçada, podendo
ouvir ruídos e barulhos muito baixos ou distantes (dando
+1d em percepção - Audição), e sua movimentação ignora
terrenos difíceis pelo mato, andando e correndo em
velocidade normal, ou até se balançar de galho em galho
sem ser impedido pela vegetação fechada. Além disso,
você pode cair de qualquer altura sem se machucar,
usando saliências e galhos para reduzir a sua queda.
Elfos do Verão
A
corte dos Elfos do Verão tem uma existência
ligada ao drama e a batalha, sendo naturais
de um lugar chamado Velkar. Um mundo
ensolarado e quente, que, segundo contam, era um paraíso
tropical de praias continentais e uma infinidade de ilhas e
penínsulas, as quais eram visitadas de tempos em tempos,
em um ciclo de migrações que duraram centenas de milhares
de anos. As características do lugar criaram não somente
hábitos de viagem e nomadismo, mas forjando e adaptando
tanto o corpo quanto a mente e cultura de toda essa corte.
Assim como em Hereva, REA em Velkar era rica e fácil de
utilizar. porém, muito menos estável do que em Hereva. Em
análises modernas, identifica-se uma grande influência de
um elemento chamado “impureza”, não existente em Hereva e
que acabou por provocar um cataclisma mágico de proporções
globais. Em certo momento da história Velkariana um colapso
mágico ocorreu; Sua origem é desconhecida, mas seus efeitos
são amargamente lembrados. Conforme conta a história dos
Elfos do Verão, todo elemento conhecido como Impureza
começou a consumir REA e aumentar de tamanho, tornando-se
uma massa negra e disforme que aumentava consumindo toda
matéria e REA presente em tudo que existiu em Velkar. Foram
tentadas todas as formas conhecidas para impedir o avanço da
praga mágica, mas por fim foi impossível impedir seu avanço,
forçando os Velkarianos abandonar seu mundo. Após anos de
exploração e busca, Hereva foi encontrado, um mundo rico em
REA e com uma característica única, um lugar onde a impureza
simplesmente era eliminada de forma natural; assim, Hereva foi
escolhida como a nova casa dos Elfos do Verão. Com seu orgulho
destruído pela perda de suas terras natais, pois a destruição
de seu mundo deixou feridas dolorosas e profundas nos Elfos
do Verão. Tão profundas que fez esse povo mudar muito de
sua cultura e hábitos, fazendo com que muitos se tornassem
dedicados em combater os usuários da Magia maligna. Isso
compeliu muitos jovens elfos a se tornarem parte da Ordem
do Salgueiro, uma confraria de combatentes e caçadores que
juraram combater o mal e a magia maligna onde quer que ela
exista, desde levar auxílio e remédios aos necessitados até
confrontar as mais terríveis criaturas.
Os Elfos do Verão se tratam pela alcunha de “efrites”, termo
que se tornou comum em Hereva para designá-los e identificar
usuários habilidosos na escola de Magmah. Sua afinidade
com a magia de fogo é notável, principalmente quanto está
relacionada a combate e batalhas; Ainda assim, são muito
zelosos e cuidadosos em seu uso, mesmo porque não possuem
qualquer resistência ou imunidade a esse elemento.
Após sua chegada em Hereva, os Elfos do Verão tiveram contato
com pequenas criaturas mágicas conhecidas como espíritos
do fogo, que nada mais são do que jovens espíritos elementais
que encontraram nos Elfos do Verão grandes aliados e amigos,
formando uma interessante sinergia que forneceu diversas
vantagens e habilidades conjuntas. Alguns boatos contam que os
espíritos do fogo se fortalecem com a proximidade com os Elfos do
Verão, fazendo com que se tornem mais poderosos (e perigosos) do
que um elemental que nunca se relacionou com outras espécies.
Entre as muitas capacidades relacionadas ao fogo que os Elfos do
Verão praticam, a mais conhecida e curiosa é a propulsão de fogo.
Essa habilidade consiste em acondicionar um ou mais espíritos
do fogo em uma prancha, vassoura ou outros objetos do gênero,
possibilitando ao personagem “surfar” o céu rapidamente com
essa poderosa propulsão. Obviamente é um esporte perigoso, mas
considerado muito divertido e popular entre os Elfos do Verão.
Os espíritos do fogo e os Elfos de Verão possuem uma grande
afinidade natural, ajudando-se mutuamente.
Fisicamente, os Elfos do Verão possuem a pele com tons que
variam do bronze ao negro e alturas que variam entre 1,50 e
1,70m. Os cabelos, variando entre castanho-claros e ruivos, são
mantidos presos em longos rabos de cavalo ou em tranças, um
traço de elegância e beleza entre seus pares. Os Elfos do Verão
tem vidas incrivelmente longas, chegando facilmente a 250 anos
de idade. Seu governo é regido por um conselho formado pelos
membros de sua geração, sendo esses uma criança, um adulto e
o mais velho elfo vivo e disposto a participar do conselho.
A natureza nômade os torna pessoas determinadas e práticas,
e sua vida em Hereva consiste em navegar pelos mares de
forma nômade, vivendo nas regiões quentes e ensolaradas,
normalmente em pequenos clãs e vilarejos flutuantes com até
cinquenta famílias.
Quando você escolher ser um Elfo do Verão, escolha UMA das
habilidades iniciais. Outras podem ser adquiridas com pontos
de Experiência durante o jogo.
 Propulsão de Fogo: Muito cedo os Elfos do
Verão descobriram como são divertidos esportes
como surfar e skatismo. Com seu controle sobre
espíritos do fogo, eles conseguem condicionar espíritos do
fogo em pranchas de surfe, skates, patins e qualquer veí-
culo pequeno que deslize e faça ele se movimentar muiiiiito
rápido. Com um ponto de REA ele consegue viajar com um
veículo individual por uma hora a 40km/h. Eles ganham +2
em esportes quando manobram esses veículos, fazendo ma-
nobras muito radicais.
Lâmina Flamejante: Os Elfos do Verão são
combatentes notáveis, sendo treinados desde a
mais tenra na arte da espada, podendo utilizar sua
REA para incandescer a lâmina se sua arma, para isso utili-
zam 1 ponto de REA no início da rodada e recebem 1 dado
adicional em todos os testes de Ataque (rolagem máx. 10
dados) com a arma por 1d6 rodadas. Esse efeito pode ser
prolongado com a utilização de Pontos de REA adicionais.
Espíritos do Fogo: Os espíritos do fogo ado-
ram explodir. Um elfo do verão pode gastar 1
ponto de REA no início de sua rodada, e, por 1d6
rodadas, cada vez que ele conseguir golpear um alvo, um
espírito do fogo, no formato de uma pequena bolinha de
golfe flamejante, que fica rodeando o alvo. O elfo pode
distribuir diversos espíritos por diversos inimigos ou fo-
car apenas em um, e a cada acerto que ele fizer, um espí-
rito começa a rondar o alvo. Esses espíritos ficam rodean-
do um alvo por aproximadamente um minuto (10 a 12
rodadas) e depois se dispersam. Porém, se o elfo do verão
ficar parado uma rodada, erguer sua arma concentrando e
gastando mais um de REA, TODOS os espíritos de fogo
que ele distribuiu explodem, cada um causando 1 de dano
por fogo no alvo que estiver rodeando. Um espírito de
fogo pode ser disperso com um ataque que não seja de
fogo, pois se um alvo for atacado por fogo, todos os espí-
ritos de fogo ao redor dele explodirão. Magias de gelo e
água são particularmente eficazes para dispersar espíritos
de fogo.
Elfos do Outono
O
s Elfos de Outono ou Elfos Monteses são um povo
élfico que vive em regiões montanhosas e florestas
íngremes. Esses elfos são escaladores formidáveis,
e recebem um dado adicional em todos os testes de escalada e
caminhadas e relacionadas à sobrevivência em regiões íngre-
mes ou de montanhas. As vilas e cidades dos elfos monteses
são construídas nas encostas de grandes montanhas e nas
bordas de grandes depressões naturais e abismos.
Como construtores em alturas, os Elfos do
Outonos são conhecidos como detentores de
apuradas técnicas de engenharia, projetando e
construindo suas cidade de maneira harmônica
- com sacadas e jardins flutuantes - em um misto
em um misto refinado da arte de manipular pedra
ensinada a eles pelos naanitas e os talentos vindos
da destreza e concentração dos élficos. Essas cida-
des são obras de engenharia incrivelmente complexas
e belas, quase como se estivessem suspensas ou lutuando.
Entretanto, esse efeito se revela falso, sendo sua base de sus-
tentação colunas de rocha, formadas das encostas de maneira
similar a que outros elfos moldam árvores durante séculos para
que essas se tornassem suas moradas.
Os Elfos monteses tem uma relação muito próxima à cultura dos
Naanitas e são considerados Amigos Leais desse povo, rece-
bendo auxílio, recursos e abrigo deste povo se necessário.
De fato, a ligação entre esses dois povos vai muito além
de apenas uma amizade. A história destes é ligada por uma
terrível doença mágica que há muito ameaçou ambos os po-
vos, e que, devido ao incrível isolamento em que viviam, a cura só foi
possível com a transfusão de magia entre ambos os povos, adicionan-
do características mágicas dos elfos ao sangue dos anões e dos anões
ao sangue dos elfos. Dessa forma, as características dos povos foram
compartilhadas e em pouco mais de duas gerações a miscigenação
foi tamanha que ambas as linhagens originárias desapareceram, dando
origem a um novo povo que carrega muito desses povos em diversos
aspectos, tanto físicos quanto culturais.
Fisicamente os elfos de outono são notavelmente mais robustos do
que os outros elfos; esteticamente, sua característica mais notável
é a estrutura óssea leve dos elfos e a robusta massa muscular dos
anões. Um resquício dos efeitos da magia de cura que criou este povo
é perceptível em seus cabelos que, diferentes de outros elfos e anões,
possui sempre tons que variam entre o branco e o grisalho, com alguns
raros indivíduos possuindo uma ou outra mecha de tom escuro.
Devido à grande mistura e de gerações de convivência, os modos desse
povo são considerados polidos demais pelos naanitas e rús-
ticos demais pelos outros elfos. Os Elfos de outono apreciam
ser vistos assim; Não que sejam grosseiros ou afrontosos,
mas porque acreditam ser agentes da mudança, da mesma
forma que o outono antecede o inverno e traz uma mudança
notável ao mundo.
A corte dos Elfos de Outono é regida por um conselho com
os membros mais velhos e sábios de sua geração. Sempre que
necessário, entretanto, elegem um responsável para lidar com
determinadas situações, como encarar um conflito com outro
Mestre dos Ventos: Os usuários de
povo ou organizar um grupo de construção para reparar uma
Magia dessa Cultura apreciam a REA li-
barragem ou ponte em más condições.
gada aos ventos das montanhas e outros
A vida dos Elfos do Outono dura em média 200 anos e es- elementos desse ambiente, possuindo magias
ses elfos tendem a ser apegadosa sua família. Raramente eles desenvolvidas e totalmente ligadas ao ar, gelo e
saem para se aventurar espontaneamente, sendo, no entan- frio, as quais possuem muito zelo e cuidado ao
to, comumente apontados para as mais diversas missões em utilizar e principalmente a quem ensinar. Os El-
nome da corte. fos monteses recebem 1 dado adicional em todas
A aparência geral dos elfos de outono é notável, possuindo as magias ligadas ao gelo, frio e Ventos (Rolagem
cabelos brancos ou grisalhos. Seus olhos variam do acinzen- máx 10 dados).
tado a azul e muito claros, muitas vezes dando ares intimida-
dores a esse povo. Os Elfos do outono apreciam armas sim-
ples e que normalmente são variações de ferramentas para
construção como martelos, machados, machetes e lanças.
Montez: Você consegue escalar pare-
Os Elfos do outono são usuários de REA muito capazes, po- des, árvores, tetos e quaisquer superfí-
rém seus usos são específicos: diferente de outros povos e cies, com sua velocidade normal e sem
culturas, os Elfos monteses se especializaram no controle precisar fazer testes de perícia. Com isso, você
dos ventos, terra e rochas, possibilitando a esses manipular ignora terreno acidentado ou perigoso de movi-
máquinas voadoras e caminhar enormes distâncias em pou- mentar normalmente. Além disso, se por acaso
quíssimo tempo. cair enquanto estiver em uma áREA montanhosa,
As asas das montanhas são equipamentos projetados para que pode utilizar as saliências das rochas e galhos
os elfos do outono possam ganhar os céus. Esses aparatos são para reduzir a velocidade em uma queda, e não
equipamentos especiais e projetados com materiais leves leve - se machucar.
como seda ékfica, ligar de diversos metais e ligas do Naanitas
- além de, encantadas com gemas mágicas ligadas a magia dos
ventos, que ajudam na mobilidade e manobrabilidade desses
aparatos. Outras máquinas maiores, como por exemplo barcos
voadores, são utilizados para o comércio e viagens longas. Es- Passo de 7 Léguas: Gastando 1 de REA,
ses galeões voadores são considerados os mais poderosos na- o Elfo da montanha consegue dar um pas-
vios de Hereva, construídos sob encomenda em Qualicidade e so de 7 léguas (35 km); o efeito visual dis-
são capazes de levar uma grande quantidade de mercadorias so é como se ele esticasse as pernas e desse REAl-
e quando necessários soldados equipados com suas asas das mente um passo, chegando ao destino em 1 rodada.
montanhas. Esta habilidade só deve ser usada uma vez por dia.
Se o elfo usar uma segunda vez, ela gastará 3 de
Quando você escolher ser um Elfo do outono, escolha UMA
REA e o deixará fadigado (-1 em todas característi-
das habilidades iniciais. Outras podem ser adquiridas com
cas). Usar uma terceira vez custará todo REA do
pontos de Experiência durante o jogo:
elfo (no mínimo 5) e o deixará esgotado (-2 em todas
características).
Pixies
A s Pixies são uma corte Élfica que chama atenção; não
somente por sua aparência leve e delicada, mas tam-
bém por sua capacidade de mudar de tamanho conforme julgar
necessário. São um povo simples e alegre, que têm a tendência
de viver suas vidas de maneira modesta em pequenos assenta-
mentos ou vilas, até mesmo próximos a vilarejos humanos, dis-
tantes de grandes centros.
Em sua forma grande, as Pixies têm por volta de 1,60m de altura
e constituição leve, sendo esguias e possuindo uma pele delica-
da. Seus tons de pele possuem grande variação, sendo em sua
maioria claro ou acobreado. Seus cabelos podem variar do loiro
ao tom de avelã, podendo ser curtos ou notavelmente longos.
De fato, as Pixies têm a capacidade de, assim como com o seu
corpo, mudar a cor dos seus cabelos e tom de pele conforme sua
necessidade. Segundo as próprias Pixies dizem, essa é uma ma-
neira de defesa natural contra predadores, servindo como uma
camuflagem natural nos mais diversos ambientes.
O povo Pixie é composto de pessoas extremamente curiosas, não
sendo incomum que uma ou outra acabe se metendo em proble-
mas, devido ao seu hábito de xeretar em lugares possivelmente
perigosos. Algumas vezes as mais aventureiras resolvem tornar-
-se parte de grupos de aprendizes ou seguir para escolas dis-
tantes para fazer parte de aventuras, acumulando contos e his-
tórias que contarão em suas vilas e cidades no futuro. É bastante
conhecida a fama das Pixies em aumentar e exagerar nas suas
histórias e contos; um monstro grande se torna muito maior,
uma ou outra magia mais poderosa e eventualmente uma batalha
ou outra se tornam mais épicas quanto contadas por uma Pixie.
As Pixies tem uma enorme preocupação em não serem monóto-
nas; por algum motivo desconhecido, elas fazem de tudo para
serem lembradas, e não se sabe ao certo o porporquê. Sabe-se,
entretanto, que essepovo possui a capacidade de ler os pensa-
mentos superficiais de outras pessoas, normalmente buscando
de maneira instintiva se as pessoas a acham interessante ou não.
Uma outra característica curiosa deste povo é a capacidade que
possuem de enxergar o desconhecido. Algumas Pixies conse-
guem, através de concentração, superar feitiços de invisibiida-
de e ver através além de ilusões ou habilidades mágicas de ou-
tros seres. Consequentemente, as Pixies são avessas a guardar
segredos e coisas secretas, gerando o conselho comum de “se
quer ter um segredo, basta não contar a uma Pixie”. Obviamen-
te, não é necessário lembrar que falar isso a uma Pixie é algo
bastante ofensivo, o que pode inclusive fazer alguém passar
uma estação ou duas do tamanho de uma barata.
A forma pequena das Pixies costuma não ter mais de 10cm de
altura, e enquanto pequenas, as Pixies ganham asas como as de
libélula e podem voar normalmente com a mesma velocidade que
andariam. Porém, enquanto permanecem deste tamanho, aca-
bam virando alvo fácil para pássaros e outros predadores que
apreciam saborear pequenos seres voadores. Por sua Constitui-
ção delicada, as Pixies tendem a permanecer próximas de ou-
tras culturas consideradas fortes ,como por exemplo os elfos das
montanhas, humanos e Naanitas. Assim, mantêm-se protegidas
enquanto ajudam esses povos a ter uma vista aérea da situação.
As Pixies não apreciam a violência, fazendo o possível para evi-
tar combate direto, acreditando existem outras formas mais ade-
quadas de resolver conflitos. Ainda assim, em casos de extrema
necessidade, as Pixies podem se defender utilizando táticas de
combate onde alteram seu tamanho para prejudicar os ataques do
inimigo e potencializar os seus próprios golpes. São o único o
único povo que possui uma arte marcial própria, sendo impossí-
vel ensiná-la a outros povos que não mudem de tamanho.
A sociedade das Pixies é formada por diversos clãs ou famílias.
Esses grupos vivem juntos em grandes habilitações, tanto no
estilo das raças as quais moram próximas quanto em grandes
estruturas construídas, e nas copas de árvores e indo até o sub-
terrâneo, abrigando uma grande variedade de famílias próximas
ou que têm costumes em comum.
As Pixies possuem diversas magias adaptadas para manipular o
tamanho de elementos e objetos, podendo assim ajustar seus itens
e materiais ao seu tamanho necessário no momento, sendo inclu-
sive bastante comum a criação de obras de artes extremamente
detalhadas e belas por esse povo. Entre esses, o mais conhecido
e valorizado é o tecido chamado Seda de Pixie, que é um tecido
trabalhado com finíssimos fios e é trançada na forma pequena das
Pixies, criando assim um tecido extremamente delicado e leve,
que é vendido por valores exorbitantes nas grandes cidades.
As Pixies são seres simples e simpáticas, que apreciam a visita de
viajantes em suas cidades que, obviamente devem tomar poções
de encolhimento para que possam entrar.
 Variação de Tamanho: Quando as Pi-
xies estão em formato pequeno (de mais ou
menos 10 centímetros de altura, elas ga-
nham +2D de defesa contra criaturas de tamanho
médio e podem voar. Porém, possuem -3 dados de
ataque. No entanto, elas podem ficar no
tamanho de um naanita (de mais ou me-
nos um metro a um metro e meio). Nessa
forma, elas não conseguem voar, nem tem
bônus de defesa, mas não possuem penali-
dades em ataque. Suas roupas e posses mu-
dam de tamanho junto com ela.

Ler pensamentos superficiais:

quando estiver interagindo com
outra criatura, pode gastar 1 REA
para melhor compreendê-la, lhe dando +2D
em testes de Comércio ou Lábia.

Falar com a natureza: você consegue

falar e entender a linguagem de todo tipo
de vida vegetal. Isso inclui animais-
-plantas e todo tipo de pássaro, até mesmo mons-
tros com penas.

Dispersar o véu: Por um ponto de REA,

a Pixie pode invocar seus olhos mágicos,
que tomam uma cor verde Jade por 1 mi-
nuto. Durante esse tempo, ela consegue ver cria-
turas invisíveis, ilusões mágicas, espíritos e a ver-
dadeira forma de qualquer criatura.
 Naanitas
O
s Naanitas ou, como são chamados, “os povos peque-
nos”, englobam uma variedade de pessoas de esta-
tura diminuta, porém não interligados ou parentes
das Pixies e Elfos. Esse povo possui temperamento considerado
um tanto forte por outros povos, mas isso acontece unicamente
devido ao fato dos Naanitas nunca medirem as palavras quando
gostam ou não de alguém. Como civilização e comunidade, os
Naanitas tendem a ser ordeiros e evitar brigas desnecessárias,
porém, quando ofendidos, tendem a levar essa mágoa por gera-
ções. Isso faz com que existam diversas disputas internas entre
os clãs e até mesmo dentro de uma mesma família, mesmo assim os
assuntos internos dos Naanitas são logo esquecidos quando sur-
ge a necessidade de trabalharem juntos, em prol de seus amigos
e aliados.
Os Naanitas tendem a ser um povo conservador, honrando for-
temente seus ancestrais, patriarcas e amigos. Assim ,um Naanita
nunca dará sua palavra de maneira leviana. E, se o fizer, será
apenas para pessoas de extrema confiança, as quais juraram sua
amizade. Quando um Naanita dá sua palavra a uma pessoa, ele
ou ela fará todo o possível para honra-lá, criando um voto tão
valioso quanto o ouro para ele próprio e para todo o seu clã.
Não é incomum que as negociações urgentes sejam tratadas des-
ta maneira, sendo chamadas de “negociações no fio da barba”.
Todo Naanita leva isso muito, muito a sério, e descumprir um
acordo é um crime considerável terrível dentro da cultura deste
povo, cabendo punições como o banimento, expiação, tomada
dos tesouros de família ou coisas ainda piores. Portanto, caso
um membro de um clã ou família venha a ter atitudes desonrosas,
possivelmente toda a família se empenha para resolver a situação
o mais rápido possível, e com o máximo de testemunhas que pu-
der para que não fiquem dúvidas sobre a sua honestidade.
A citação de que os Naanitas escrevem em pedra suas promessas
é realmente verdadeira no mundo de Hereva. É comum o hábito
de escrever nas entradas das portas de suas casas ou na entra-
da dos portões dos seus salões ancestrais os nomes daqueles aos
quais juraram amizade, desta forma gravando para sempre sua
promessa aos seus amigos.
Um Naanita, que por algum motivo, quebre a sua palavra, desonre
seu clã, ou traia um companheiro e acabe descoberto, torna-se um
pária em sua sociedade, sendo banido de sua cultura, tornando-se
um ermitão, marcado magicamente aos olhos de todos os Naanitas.
Dessa forma, não pode mais ostentar o brasão do seu Clã em suas
armas, ou nas habilidades de construção de sua família ou linha-
gem, até que espie sua punição e se torne novamente honrado, ou
que se adapte a outros costumes de convivência, não mantendo
nunca mais o contato com outros Naanitas.
Fisicamente os Naanitas são baixos e notavelmente fortes, com
pernas curtas e constituição massiva, medindo por volta de um
metro a um metro e meio, nunca mais do que isso. Esse povo
costuma ter grande cuidado com suas barbas e cabelos, quase
sempre mantendo-os longos, - algumas vezes até o chão - sendo
presos com adereços como fivelas de couro, prata e ouro, que
ostentam orgulhosamente sua posição dentro da família e do clã.
Para os Naanitas, os cuidados com seus cabelos e barbas são consi-
derados essenciais, sendo muito raro um Naanita que não mantém
seus cabelos e barbas impecavelmente limpos, arrumados e deco-
rados - parte como um traço de sua organização política e social
e parte uma intrincada “moda corporal” que somente as pessoas
desse povo compreende completamente. São inclusive famosos os
concursos de beleza de barbas e cabelos, onde barbeiros e cabe-
leireiros de todo reino participam em busca de fama e sucesso,
tendências que já fizeram famosos mais de um “hair stylist” e que
literalmente movimentam toda a sociedade Naanita quando acon-
tecem.
Devido ao simbolismo de poder que os cabelos e barbas repre-
sentam dentro de sua sociedade, é comum dizer que um fio de
barba ou cabelo de um Naanita vale por uma montanha de ouro.
A Sociedade Naanita é regida por uma tríade de reis e rainhas,
cada um responsável por um aspecto de sua comunidade, além de
um conselho formado com os líderes de cada Clã, que ajudam os
reis a decidirem os rumos que sua cidade, vila ou fortaleza vão
tomar no dia a dia.
Existem em Hereva diversos Clãs de Naanitas, sendo os mais co-
muns os Naanitas das montanhas, acostumados a viver em gran-
des fortalezas dentro de montanhas e outras formações rochosas.
Mas não é incomuns Naanitas de outros tipos, como por exemplo,
os Naanitas do Subterrâneo, Colinas, das Praias, Florestas e até
mesmo de locais inóspitos como Ermos e Desertos. Cada um des-
tes, com suas características e hábitos específicos.
A Barba e/ou Cabelo Mágico: Sua
barba ou seu cabelo é dotado de magia.
Ele pode se mover de acordo com sua
vontade e possui a mesma intensidade que sua for-
ça. Você pode utilizá-lo para fazer pequenos tru-
ques (como a magia), e ele pode agarrar pessoas e
atacar com força igual a sua força ou atacar inimi-
gos. Ele não possui capacidade de manejar bem ob-
jetos, mas pode pegar coisas e jogar ou usar utensí-
lios (com -2D de penalidade). Se você quiser, ele
pode mudar de cor e aumentar seu comprimento da
forma que você quiser. PS: bigode e cavanhaque
também entram nesse quesito.
Palavra inabalável: A determinação dos
Naanitas em honrar sua palavra é tão gran-
de, que esses se tornam incrivelmente re-
sistentes para evitar feitiços de controle mental e
que os obriguem a ser falsos ou traiçoeiros. Sempre
que um feitiço, magia, item ou artefato forcem um
Naanita a quebrar sua palavra, esse recebe bônus de
+2 no teste de resistência para evitar o efeito.
Afinidade com Subterrâneo: Um Naa-
nita com afinidade ao subterrâneo nunca
se perde, e sempre sabe seu caminho.
Você sempre sabe para que lado fica o norte, que
distância você está dentro do solo (ou o quão perto
está a superfície), e consegue voltar por qualquer
caminho que tenha feito, mesmo em masmorras, la-
birintos ou cavernas. Seus olhos são acostumados
à escuridão, e você consegue “ver” mesmo na es-
curidão absoluta. Além disso, um Naanita sempre
possui faro para tesouros. Gastando 1 REA, ele con-
segue localizar qualquer tesouro que esteja perto
dele e que não seja de posse imediata de alguém
(como um baú, ou uma montanha de ouro).
Terracota: Os Naanitas possuem uma
notável ligação com o espírito da terra e
das rochas, e essa ligação possibilita a este
povo manipular a terra, pedras e rocha como ne-
nhum outro, podendo desde modelar argila fresca
que ao secar se tornará terracota, sem a necessida-
de de um forno ou de calor externo. Ou ainda amo-
lecer levemente a rocha sólida à frente de sua talha-
deira para cortar a rocha de maneira mais rápida,
possibilitando assim a construção de grandes áRE-
As inteiramente feitas em pedra, tornando-os desta
forma o povo os mais hábeis como construtores em
todo o reino. Sempre que um Naanita estiver mani-
pulando pedra ou rochas para construção ou cria-
ção de objetos, ele recebe dois dados extras em seu
teste de habilidade. Essa habilidade permite ao naa-
nita cavar no solo em velocidade igual ao seu movi-
mento, deixando um túnel para outros seguirem ele
(ou desabando o mesmo para só ele passar).

Furrianos
O
s Furrianos são seres nascidos e tocados pela pode-
rosa magia natural de Hereva. Há muitos milênios,
algumas pessoas começam a adquirir traços físicos
de animais nativos nesse mundo, como por exemplo felinos, ca-
nídeos, répteis, entre uma infinidade de outros. Sem perder as
características, habilidades e inteligência, seus descendentes
tornaram-se assim os primeiros deste povo. Esse povo é uma
maravilhosa mistura entre as melhores características dos mais
diversos animais, com a forma, habilidades e inteligência dos
hominídeos, produzindo assim seres híbridos com as caracte-
rísticas de ambas as espécies. Sempre que um jogador escolher
montar um personagem Furriano, ele deverá escolher um animal
de sua predileção, e adquirir as características comuns desse
animal, como presas, garras, cor da pelagem etc.
Os Furrianos costumam ser um povo pacífico, que prefere viver
em áREAs isoladas, levando uma vida discreta e reservada. Suas
Vilas costumeiramente são um recanto agradável para viajantes
que apreciam uma vida sossegada e campesina. Normalmente
este povo costuma acordar bem cedo, junto com os primeiros
Raios de Sol, e arrumar-se para a feira matinal onde compram
quitutes, provisões e alimentos frescos para aquele dia. Todos
os Furrianos têm preferência por alimentos frescos e recém
colhidos ou caçados. Assim, após colher ou caçar seu alimento,
eles retornam para suas casas e fazem seu desjejum, e por volta
das dez horas da Luabrisa abrem seus comércios e conduzem a
sua vida diária até o início da noite. Momento este em que se
recolhem e fazem uma boa e quente refeição próximos de suas
lareiras confortáveis, para ler ou conversar com seus amigos e
familiares. A cada troca de estação, este povo realliza uma gran-
de competição: um divertido jogo de caça e esconde onde tanto
hominídeos quanto animais treinam seus talentos e habilidades.
Claro, concorrendo a diversos prêmios, como refeições quentes,
lenha para a próxima estação e até mesmo uma boa garrafa de
leite entregue todos os dias na porta de sua casa. As Vilas deste
povo normalmente são regidas por uma matriarca, que governa e
administra a todos sob sua responsabilidade, ajudando aqueles em
dificuldades momentâneas e aplicando as leis quando há alguma
regra é quebrada. Normalmente o modo de vida desse povo é
bastante tranquilo e crimes são muito incomuns, acontecendo
normalmente quando pessoas de outros povos chegam às suas
cidades, o que causa certa desconfiança de sua parte quando
estranhos aparecem em suas terras.
Características comuns dos Furrianos
Garras e presas: Os furrianos nascem com notáveis caracterís-
ticas de animais, e inicialmente possuem um traço que liga eles a
outros mamíferos, répteis, pássaros ou peixes. Quando criar seu
furriano, escolha dois traços descritos abaixo. Caso queira um traço
a mais, pode adquirir um traço negativo. Um traço negativo lhe dá
o direito de pegar outro positivo. Durante o jogo, utilizando pontos
de experiência você pode comprar mais e mais habilidades, ficando
mais e mais parecido com o animal com quem divide a forma. Além
disso, você consegue falar com qualquer animal da mesma espécie.
Aparência Animal: Algumas características não custam traços,
sendo apenas cosméticas. Você pode escolher quantas caracte-
rísticas cosméticas quiser:
- Cauda pequena ou curta que não influencia em nada;
- Pele, cabelos e pêlos de formas e cores variadas;
- Orelhas, olhos e/ou língua de formas e cores diferentes;
- Voz estranha e diferente;
Traços Positivos:
Movimentação: Devido a uma cauda, ou barbatanas, ou qual-
quer outro traço animal, você se movimenta com mais habilidade
que um humano normal em determinadas situações. Escolha uma
abaixo:
- Pode escalar em velocidade normal e ganha +1d esportes para
escalar;
- Pode nadar e pode respirar debaixo d’água;
- Pode saltar pelo menos 3x mais alto que um humano normal,
ganhando +2d em esportes;
- Você corre com 4 patas, seja como um leopardo ou como um
centauro. Você tem +4 de movimentação, porém terreno difícil
custa quatro vezes o movimento (o normal é 2x);
- Você desliza como uma cobra quando se movimenta. Sua movi-
mentação é -2, porém ignora terreno difícil e terreno impassável
vira terreno difícil para você. Você ainda ganha +1d em esportes
para escalar;
- Você possui asas e pode voar na metade da velocidade que
caminha, mas com altura máxima de 20 metros de altura;
Andar na Água: você consegue ficar em pé e caminhar sobre
a superfície da água ou outros líquidos sem afundar, como se
estivesse em terra firme. Você ainda pode mergulhar ou nadar,
se quiser.
Elasticidade: Você consegue contorcer seu corpo de formas
absurdas, podendo passar em espaços minúsculos e escapar fa-
cilmente de algemas ou cordas.
Sentidos: Devido aos seus olhos animais, ou orelhas, ou qualquer
outro traço que você possua, você tem sentidos melhores que um
humano. Escolha uma das habilidades abaixo:
- Ganha visão melhorada de noite, podendo enxergar no escuro;
- Sua visão é melhor que a de um humano, ganhando +1d em per-
cepção para visão, e consegue enxergar muito mais longe que uma
pessoa, pelo menos 5x mais longe e com mais detalhes;
- Sua audição é melhor que a de um humano, ganhando +1d em
percepção quando ouve, podendo ouvir sons muito baixos ou dis-
tantes, além de sons em frequências abaixo ou acima da frequência
que um ser humano normal consegue captar;
- Você tem sentido de faro, reconhecendo pessoas pelo cheiro e
podendo rastREAr como um cão farejador;
- Você, como um morcego, consegue captar tudo ao seu redor,
porém não distingue cores. Sua percepção é de 360 graus po-
dendo detectar formas e objetos ao seu redor;
Armamentos e Defesas naturais:
Seja por ter garras, presas, uma cauda forte ou um ferrão,
você desarmado possui +1d de ataque quando utiliza seu
armamento natural.
Você é ótimo segurando criaturas, ganhando +2d para
prender alguém, pode ser devido à sua cauda, pinças,
braços ou corpo de tentáculos.
Cortina de Gás: Você consegue expelir uma cortina de
fumaça ou gás ao redor de você. Escolha um tipo [Fu-
maça Densa], [Gás fedorento], [Veneno - Apenas se tiver
a Habilidade VENENO]. Todas as criaturas em distância
curta de você precisam fazer um teste de Resiliência para
não fugir correndo (no caso de gás fedorento), ficarem
cegas (no caso de fumaça densa), ou envenenadas (no
caso de veneno). Elas podem tentar um teste por rodada
para remover essa condição. A cortina fica pairando no
ar por 1d6+3 rodadas normalmente, ou 1-2 rodadas se por
acaso estiver ventando muito forte.
Você é resistente a um elemento. Escolha fogo, gelo,
raio ou sônico/vento. Devido a um traço seu (como pela-
gem grossa, pele isolante, escamas com resistência), você
recebe sempre -2 de dano desse tipo.
Você é difícil de ferir. Seja por causa de sua agilida-
de, escamas duras ou algum outro traço, você tem +1D em
Defesa.
Você é difícil de agarrar por causa de espinhos
ou outra proteção que você tenha natural. Você
ganha +1d de defesa quando tentam agarrá-lo e quando o
agarram, o atacante recebe 1 de dano.
Habilidades Extras Forma animal pura: Gastando um de REA, um Furriano con-
segue se transformar em sua forma animal durante uma sessão
Explosão de Fúria: Uma vez por dia, você pode melhorar sua
de jogo ou uma cena. Dessa maneira, ele possui todos os traços
Força ou Destreza em 1 por uma rodada. Se quiser manter essa
da criatura que ele tem traços animais, porém tem dificuldade
habilidade por mais de uma rodada, precisa gastar 1 REA por ro-
em cognição, ficando com redução em 1 em sua Inteligência e
dada.
Astúcia (mínimo de 1).
Recuperação espantosa: Uma vez por dia, você pode se re-
cuperar como uma ação de movimento, recebendo 1d6 pontos de Luas Vermelhas: Uma vez por mês, as luas de Hereva ficam
vida de volta. de cor vermelha. Essas luas interagem com os furrianos, fazendo
eles ficarem em sua forma animal pura, durante o dia todo. Neste
Regeneração: Membros perdidos se regeneram (como caudas,
dia eles normalmente são instintivos, pouco sociáveis e irritados,
orelhas, dedos) em 1 semana. Você recupera 1 ponto de vida a
ganhando -2 dados em testes sociais.
cada 10 minutos.
Veneno: Você produz veneno em seu corpo e pode usá-lo con- Sem familiar: Os furrianos não iniciam o jogo com um familiar.
tra inimigos através de garras, presas ou ferrões. Escolha entre: Quando houver uma aventura exclusiva de familiares, o furriano
[Sono], [Lerdeza], [Fraqueza] e [Paralisia]. Você tem um desses usa sua forma animal pura para participar.
tipos de veneno e pode usar ele uma vez por cena. O alvo é afe-
tado por toda cena.
Sono: Faz o alvo precisar de um teste de Resiliência ou cair no
sono.
Lerdeza: O alvo precisa passar em um teste de Resiliência ou
ficar com -1 em Destreza.
Fraqueza: O alvo precisa passar em um teste de Resiliência ou
ficar com -1 em Força.
Paralisia: O alvo precisa passar em um teste de Resiliência ou
ficar paralisado.

Habilidades Negativas
Escolha uma para poder escolher uma segunda habilidade positi-
va. Por algum traço animal seu, você é pior que um humano em
algumas coisas.
Seja por ser de sangue frio, ou excesso de pêlos, ou muito leve,
você recebe mais dano por um tipo de elemento. Escolha entre
Fogo, Gelo, Eletricidade ou Sonico/Vento. Você recebe +2 de
dano por esse tipo.
Fotossensível: Durante o dia, você tem -1D para testes de pon-
taria ou percepção.
Você é ruim segurando coisas: têm -1D em destreza para manejar
objetos.
Ouvido ruim. Tem -2D em testes de percepção (ouvir).
Visão ruim. Tem -2D em testes de percepção (ver).
Não escala. Tem -2D em testes de esportes (escalada).
Não sabe nadar. Tem -2d em testes de esportes (natação).
Não salta. Tem -2d em testes de esportes (saltar).
 Capítulo 3

Corujas, pontas de lanças

e corridas às cegas…
“Eu realmente espero que essa gosma não tenha der-
retido minhas botas…” Linien andava um pouco mais
afastada, olhando para os próprios pés como consi-
derando aquilo que pensou. Lembrava das palavras
da garota que havia as “resgatado” na noite anterior
e não estava plenamente segura que nenhum tipo de
dano tinha sido .causado. Frequentemente olhava
para as mangas do próprio casaco: não queria sequer
imaginar o que aconteceria se tivesse que jogar fora
suas roupas favoritas. Especialmente pelo fato de se-
rem as únicas.
Levou algum tempo para perceber que sua “reclama-
ção” não tinha uma resposta e olhou ao redor. Apenas
naquele instante percebeu que sua amiga e compa-
40 nheira de fuga Clary estava alguns metros a frente,
conversando de forma animada com Salvi, a garota
que havia as resgatado na noite anterior. Salvi, ao
contrário delas, parecia conhecer muito bem sobre
o local que estavam e sobre magias. Havia dito sobre
uma escola para bruxas e uma série de outras coisas,
mas antes precisava encontrar alguns ingredientes
mágicos naquele local. Linien correu por poucos
metros para se aproximar, ouvindo melhor a conversa
entre as duas - que na verdade não passava de uma
série de perguntas:
- Uma escola de magia, repleta de outras garotas?
Nossa, eu mal posso esperar! - Clary sempre foi a parte
mais animada da dupla, mas naquele momento ela es-
tava em CHAMAS! Mal conseguia se conter, fechando
os punhos com força, imaginando como seria um lo-
cal como aquele e tudo aquilo que poderia oferecer
para elas. Sua mente já criava uma série de situações
do cotidiano onde vestia um uniforme e ia em aulas,
aprendia mais sobre plantas e como fazer todo o tipo
de poções. Perdeu-se da realidade por momento, tro-
peçando em uma pedra entre a vegetação quase indo ao
chão, algo que não foi percebido por Salvi, mas perce-
beu o olhar já conhecido de Linn sobre ela. Prosseguiu
fingindo que nada daquilo havia acontecido já com no-
vas perguntas em mente:
- Foi mesmo incrível como você deu conta daquela
planta ontem, Salvi, estaríamos completamente perdi-
das se não fosse por você! Nós sabemos uma coisa ou
duas, mas nada perto do que você fez! - Clary olha-
va para Linn buscando uma afirmação que logo veio,
apesar que a amiga parecia mais atenta nas plantas ao
seu redor, como se não quisesse ser novamente pega
de surpresa. Salvi pensava no que a sua nova amiga,
havia dito e recordava que não apenas as suas notas,
mas a de todas em sua turma estavam longe de serem
aceitáveis no momento. Pior ainda, até mesmo repetir
o ano letivo era algo mencionado pelas professoras.
- Ah… Aquilo. Bom, vocês também vão ser capazes de
coisas assim tão logo comecem a ter aulas e se dedi-
quem! - Salvi sentia o PESO de suas palavras nas pró-
prias costas, como se estivesse criando uma mentira
sobre ser uma “bruxa habilidosa”. Mas o que mais ela
poderia fazer no final das contas? Não queria acabar
com a percepção das garotas e talvez gostasse - mes-
mo que apenas um pouco - da ideia de ser a “salvado-
ra” das garotas, mesmo que não correspondesse pre-
cisamente à imagem que elas tinham sobre si. Talvez
gostasse mais que apenas um pouco se parasse para
pensar mais a respeito do que havia acontec…
- O que foi, Linn, algo errado? - Ambas haviam pa-
rado seu deslocamento floresta adentro para observar
a outra garota, que agora estava estática observando
um determinado ponto ao norte com um olhar de es-
tranheza, inclinando levemente a cabeça como se hou-
vesse uma dúvida martelando a sua cabeça. Ela não
respondeu rapidamente à pergunta, levando mais al-
guns segundos para confirmar sua suspeita, antes de
apontar com o braço na direção observada. - Aquela
árvore, grande com flores roxas e em forma de estrela.
Eu não havia dito nada outra vez porque achei que era
uma coincidência mas… Até mesmo aquela coruja gor-
da pousada lá em cima. Nós já passamos por este lugar.
Salvi arregalou levemente os olhos enquanto obser-
vava, e sentiu o coração apertar dentro de seu peito
enquanto fazia o melhor possível para disfarçar o ner-
vosismo. Elas estavam andando em círculos? Há quan-
to tempo? Não concordou de imediato; ao invés disso,
tirou suas próprias conclusões, analisando o cenário e
o chão que elas mesmo pisavam… Pegadas, 3 pares de
pegadas. Delas mesmas. A garota tinha razão, elas já
haviam passado por aquele lugar antes. Droga! Esta-
vam perdidas? Não, aquilo não seria possível, ficarem
perdidas em um lugar como aquele, lembrava muito
bem. Após a entrada, seguir a trilha pela margem les-
te da floresta de Hippah. Tudo que precisavam fazer
era dar meia volta e… Espera, quando foi que haviam
deixado a trilha?
- Ela não é “gorda”. Ela é apenas um filhote, vê como
ela é pequena? Pobrezinha, deve estar com fome…
Enquanto Salvi tentava procurar respostas alter-
nativas para a questão de estarem ou não perdidas,
Clarisse pegou um último biscoito em seu bolso. Segu-
rou-o firmemente na mão, avançando poucos metros
lentamente, estendendo-o à frente, desejando chamar
a atenção da pequena coruja. O animal parecia ter no-
tado as garotas, em especial aquela movimentação en-
quanto inclinava curiosamente a cabeça à medida que
uma delas se aproximava.
- Vaaaaaaaaamos, não tenha medo, quer um biscoito?
- Clarisse seguia avançando passo a passo cuidado-
samente enquanto era observada pela pequena coru-
ja, que inclinava a cabeça em ângulos curiosos como
esperado destes animais. O esforço foi recompensado
quando o filhote voou em direção à garota - de forma 41
graciosa e com dificuldades de manter uma trajetória
muito reta - parou em seu braço e começou a bicar rapi-
damente o biscoito. Linien piscava um tanto incrédu-
la, observando o sorriso da amiga que certamente que
parecia que ia explodir de alegria a qualquer instante:
- Uau, isso foi incrível, Clary! Talvez você seja uma
princesa mágica capaz de controlar os animais da flores-
ta. Ei, Salvi! Acho que encontramos alguém que talvez
saiba o caminho, se você souber perguntar direitinho.
Salvi ainda estava perdida em meio de seus pensa-
mentos quando ouviu aquilo, despertando para a rea-
lidade e curiosa ao ver a pequena criatura no braço de
Clarisse. Ela aproximou-se das duas, mas parou alguns
passos antes, imóvel. Linien estranhou aquela atitude
e logo pode notar que o rosto dela estava observando
algo mais ao fundo, empalidecendo rapidamente:
- Mas o que foi que… - Linien novamente se voltou
em direção a árvore e pode compartilhar da visão de
Salvi; imaginou se seu rosto também havia perdido a
cor. De meio aquela árvore, haviam surgido outras
corujas. Dezenas, com dobro de tamanho daquela
que Clarisse havia chamado, algumas com MAIS que
o dobro do tamanho. Lentamente, colocou a mão no
 ombro da amiga, enquanto Salvi, sem dizer nada,
lentamente recuava de costas, dando uma instrução
sem muitas palavras.
Clarisse ainda estava absorvida pela figura do peque-
no animal voador em seu braço, que agora já havia
terminado de comer e levava o bico contra as penas
de uma das asas em uma tentativa de limpar as miga-
lhas, quando sentiu a mão de Linien em seu ombro.
Olhou sem entender para a expressão dela, para logo
em seguida olhar para a árvore, quase que congelan-
do no local. Parecia que todas as suas forças haviam
sido drenadas. Pode ver que suas outras companhei-
ras já haviam recuado alguns passos lentamente, mas
ela mal conseguia se mover!
- E-Eu n-não tenho ta-tantos bi-biscoitos. - Fala-
va com dificuldade, ainda no mesmo lugar, enquan-
to um verdadeiro exército de corujas a encarava.
Elas começaram a emitir um som característico dos
animais, uma após a outra, até que todos pareciam
sincronizados como um único piar. Elas começaram
a se agitar nos galhos, mas antes que algo aconte-
cesse, Clarisse sentiu a mão firme de Linien junto a
sua, puxando-a com força.
42 - CORRE!
Talvez tenha sido o grito, ou a brusca movimenta-
ção das três garotas correndo em velocidade, mas,
da qualquer forma, as corujas deixaram os galhos
das árvores, voando em todas as direções.
- Por aqui! - Salvi mal tinha tempo de falar antes
de adentrar mais em meio às árvores em uma parte
com a vegetação mais fechada, correndo enquanto
torcia para estar sendo seguida. Era difícil separar
cada um dos sons que ouvia: seus passos enquan-
to corria, o som das corujas, a sensação dos galhos
contra seus braços e rostos. Por sorte, as jovens
eram pequenas e conseguiam avançar entre árvo-
res, mas de vez em outra tinha certeza de sentir o
vôo de uma coruja passando bem perto do seu ros-
to. Correram freneticamente por alguns minutos até
chegar do outro lado da clareira. Quase sem forças,
Salvi respirava de forma pesada pela boca, colocan-
do as mãos nos joelhos. Felizmente, conseguiu ver
que ambas as garotas haviam a seguido, apesar de
estarem cansadas como ela, estavam seguras.
- VOCÊS… NÃO… PODEM… - Salvi tinha dificulda-
des para prosseguir falando, tentando recuperar o ar
depois daquela corrida desesperada em meio às árvo-
res. Conseguia perceber as expressões preocupadas
das outras a olhando, enquanto parecia que a qual-
quer momento ia desmaiar no chão. Fez um esforço,
encheu bem os pulmões e colocou-se em sua postura
ereta de forma brusca, soltando o ar enquanto fala-
va: - É perigoso! Vocês têm que tomar cuidado com
os animais e com as plantas, ou vão acabar atraindo
mais problemas! Isso não é uma excursão de campo, a
floresta pode ser bem perigosa! A única razão que eu
vim até aqui foi para encontrar ingredientes, vocês
tiveram SORTE. Eu não sou uma grande bruxa habi-
lidosa, eu mal consigo uma nota para passar de ano!
Salvi finalmente resolveu colocar para fora tudo
aquilo que estava guardando dentro de si, e final-
mente sentiu-se aliviada. Não gostava da sensação
de estar mentindo para elas, mesmo que a ideia fosse
formada em boa parte pelas próprias Clarisse e Li-
nien. Fechou os olhos e deixou-se cair sentada na
grama, respirando e terminando de recuperar o resto
do seu ar naquele instante de silêncio que havia sido
criado. Dentro de sua mente, temeu por um segundo
ter sido dura com elas. Apertou a vegetação rasteira
entre seus dedos imaginando o que elas deveriam es-
tar pensando, inclusive se já não haviam mudado de
ideia sobre ir com ela para a escola e até mesmo de
serem suas amigas.
- Ahn..Salvi? Você deveria olhar para trás. - A voz
tranquila e confortadora de Clarisse pode ser ouvi-
da, o que fez com que a garota seguisse aquela su-
gestão. Ela logo entendeu do que se tratava: após
aquela “fuga”, haviam alcançado uma espécie de
clareira. Havia até mesmo um pequeno lago trans-
parente que brilhava enquanto refletia os raios de
luz. Havia plantas e flores, formando um verdadeiro
arco-íris de cores, tornando aquele cenário ainda
mais impressionante. Ela ainda estava abismada: ja-
mais havia visto algumas daquelas plantas ali fora dos
livros, além de algumas que sequer lembrava de já ter
ouvido falar! Tinha vontade de se beliscar para ver
se era real, mas todos os seus sentidos confirmavam
aquela descoberta.
Linien e Clarisse correram até o lago para ver mais
de perto, e pareciam falar algo sobre peixes enquan-
to riam e contemplavam o panorama. Lentamente,
uma ainda incrédula Salvi deu alguns passos para
outra direção, onde havia algumas flores em um ver-
de forte, brilhantes como pedras preciosas, e abai-
xou-se perto delas. Tocou as sensíveis pétalas com
a ponta dos dedos, como se fossem feitas de cristal
e qualquer movimento brusco pudesse parti-las em
dezenas de pedaços. A flor era real, tudo aquilo era
real. Ergueu levemente a cabeça, sentiu a luz do Sol
sobre elas e permitiu-se sorrir, feliz por aquela obra
do acaso.
Já estava há alguns minutos concentrada em sua
tarefa de coletar ingredientes. As suas colegas não
iriam acreditar! Poderiam fazer outros tipos de po-
ções que certamente iam ser mais do que o necessá-
rio para apenas passar de ano; certamente iriam até
gerar elogios das professoras e quem sabe ser assun-
to de toda a escola! Era difícil até mesmo escolher
quais coletar, de forma que sua atenção se mantinha
na tarefa quase que completa. Pelo menos, até ouvir
o som de passos próximos a ela, o que fez com que
percebesse há quanto tempo estava ignorando com-
pletamente tudo mais ao seu redor:
- Vocês podem acreditar nessas flores? Eu nunca
imaginei que estrelas de jade existissem neste conti-
nente! Existem tantas possibilidades que eu nem sei
o que escolher! Vocês dizem que eu ajudei vocês,
mas se não fosse o nosso encontro, jamais teríamos
chegado a esse lugar. Desculpem por ter sido tão
dura antes, Linn e Clairy…
Antes de se virar para trás, Salvi desviou o olhar das
plantas e percebeu o par de garotas um pouco afas-
tadas, apanhando algumas outras plantas, assim como
ela. Percebeu tarde demais que não era na companhia
das meninas que ela se encontrava. Antes que fosse
capaz de reagir, conseguiu ver a ponta de uma lança
a poucos centímetros de seu rosto.
- EI! O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?
Foi Linien quem falou alto a ver o que estava acon-
tecendo: Salvi permanecia abaixada enquanto uma
figura um pouco mais alta que elas apontava a lança
de forma ameaçadora. Usava algum tipo de meia ar-
madura combinada com roupas que pareciam algum
tipo de uniforme ao qual ela não reconhecia as cores;
o rosto coberto por um elmo fechado impedia saber
exatamente qual era sua aparência.
Clarisse, por sua vez, não se exaltou em um primeiro
momento, apesar de estar assustada. De forma menos
impulsiva, colocou amão em um dos ombros de Li-
nien, impedindo-a de fazer qualquer outra coisa. Ela
falou, dando alguns passos à frente:
-Espere! Nós… acabamos nos perdemos nessa flores-
ta. Chegamos neste lugar por acaso, estávamos fu-
gindo de um bando de criaturas e encontramos este
lugar. Não queremos nenhum mal.
Apesar de não conseguir ver claramente a forma que
as palavras eram recebidas por aquela figura devido
ao elmo, ambas perceberam a mudança de postura. O
soldado baixou a lança, fazendo com que Salvi desse
um suspiro aliviado. Esta notou com surpresa que
aquela que antes havia lhe apontado uma arma, agora
estendia a mão para ajudar com que se levantasse.
- Desculpem-me. Não são muitos os que conhecem
esse lugar. - A voz saia abafada por trás daquele
capacete fechado, mas o tom parecia extremamente
formal e privado de sentimento, Salvi também notou
a forma firme que ele a segurou auxiliando que le-
vantasse. As duas garotas se aproximaram dela, para
verificar que estavam bem. Linien já conhecia bem
a amiga para saber quando ela estava “deslumbrada”
com uma situação, e este parecia ser o caso perante
aquele soldado. Cutucou a amiga com força e revirou
os olhos para ela, antes de falar:
- Escuta aqui, garoto. Só porque você é de algum
tipo de exército isso não lhe dá o direito de sair
apontando armas para quem não conhece sem ao me-
nos perguntar primeiro! - A figura voltou-se para 43
Linien e contemplou suas palavras, levando lenta-
mente as mãos à cabeça enquanto finalmente retira-
va o capacete.
- Tem razão milady, ao menos em parte. - Ao tirar o
capacete, Linien, Salvi e Clarisse conseguiram ver
claramente os olhos azuis e frios as encarando, junto
com cabelos loiros perfeitamente cortados à altura
do pescoço. Estavam ainda sem reação enquanto a
voz, agora bem mais clara, continuava. - Sou Elea-
nor Monstelio, e vocês não deveriam andar deviam
andar sozinhas pela floresta. Ela contém muito mais
do que os olhos podem ver.
As garotas pareciam um tanto sem reação frente à
revelação. Mas em especial uma delas:
- Você está ficando vermelha, Linn.
- Cale a boca, Clary! - Respondeu Linien, corando
ainda mais, desejando afundar e desaparecer no fun-
do daquele lago…
 Vocações e Escolas de Hereva
O
s muitos mundos existentes em jogos de
RPG trazem classes e vocações que os jo-
gadores escolhem durante a criação de
seus personagens. Essa formatação de regras tem
diversas vantagens, principalmente para os jogado-
res novos e pouco experientes (os quais são o nosso
principal foco em Pepper & Carrot - Aventuras em
Hereva), conseguindo encontrar com facilidade um
pacote de capacidades e habilidades pré-definidas e
prontas para uso. Assim se facilita a construção dos
seus primeiros personagens e o entendimento das
regras e do mundo onde estão inseridos.
Pepper & Carrot - Aventuras em Hereva traz tam-
bém essa proposta, onde o jogador escolhe uma vo-
cação a qual o seu personagem estará normalmente
ligado por toda a sua vida. Porém, diferente dos
outros jogos de fantasia - nos quais os jogadores
44 assumem mantos de poderosos magos, guerreiros,
clérigos e feiticeiros - em Hereva eles se tornam jo-
vens e habilidosos aprendizes de uma das diversas
escolas, onde aprenderão as habilidades os jogado-
res se tornam jovens e habilidosos aprendizes de
uma das diversas escolas Hereva, onde aprenderão
as habilidades comuns (ou nem tanto) das vocações
normalmente encontradas no reino.
É Importante o narrador e os jogadores terem a
consciência que em um mundo de magia como He-
reva, as profissões representam um marco de início
evidente. É o ponto inicial do personagem e que
muito provavelmente irá mudar de maneira notá-
vel durante as sessões de jogo, evoluindo e apren-
dendo diversas novas habilidades. Muitas dessas,
possivelmente fora das habilidades iniciais das vo-
cações, e isso é normal e deve ser incentivado nas
mesas de jogo, pois em um jogo, sobre aventuras
e descobertas não aprender algo novo é tirar uma
parte da experiência que desejamos transmitir com
este jogo.
As vocações básicas no mundo Hereva são defini-
das por cinco escolas comuns, onde os jovens são
encaminhados por suas famílias, tutores e cuida-
dores ou que simplesmente escolhem ir em algum
momento. É importante notar que as escolas são
cuidadas e mantidas pelos reinos, seus governan-
tes e suas associações; desta forma, é comum que
os governantes do reino solicitem os mais diversos
tipos de serviços para as escolas, como, por exem-
plo, enviar jovens soldados do Liceu para lidar
com os problemas causados por criaturas selva-
gens, aprendizes de bruxa para resolver situações
relacionadas à Magia de Ah e a REA, mascates para
tratar de negociações e valores e Rotas comer-
ciais, além dos mais diversos tipos de itens, pro-
dutos e lugares, e até mesmo o uso das habilidades
dos gatunos para aventuras onde o silêncio e a
discrição são necessários.
Um outro hábito comum das pessoas do reino é so-
licitar jovens aprendizes para tarefas cotidianas,
como por exemplo uma loja contratando uma jovem
bruxa para coleta de alguns componentes raros
ou talvez um mascate para levar itens mágicos de
uma cidade a outra. Talvez até mesmo até mesmo
um jovem soldado para oferecer companhia pro-
teção a um nobre, ou talvez somente para ser um
acompanhante honrado para jovens damas da corte
durante os bailes das estações.
Esses pequenos trabalhos complementares e servi-
ços diários podem render aos aprendizes algumas
moedas que possibilitam a eles adquirem novas fer-
ramentas, roupas e equipamentos para seus estudos.
Vale lembrar que, por mais que os reinos forneçam
a estrutura necessária para que os alunos possam
aprender de maneira segura e eficaz, a educação
de um aluno demanda diversos custos elevados e
que muitas vezes famílias não conseguiriam pagar.
No capítulo Aventuras você encontrará uma seção
completa com melhores informações sobre elas,
como compor essas missões e como remunerar os
personagens dos jogadores quando bem sucedidos.
Abaixo você encontrará um dispositivo completo
sobre as profissões, suas habilidades e capacida-
des, facilitando assim a escolha de seus jogadores
para as aventuras no mundo de Pepper & Carrot.
45
 As Bruxas A
a cademia de Magia é uma instituição
nova criada e estruturada há pouco
tempo em relação a história de Hevera
- por volta de duzentos anos atrás - e é para onde os
jovens que possuem o talento para a Magia de Ah são
guiados assim que essas habilidades são percebidas.
Dessa maneira, são treinados e educados conforme a
afinidade que possuem com um tipo de magia. Durante
muitos séculos, as escolas de magia tiveram fortes di-
vergências em seus estudos e comportamentos, cau-
sando muitos problemas e conflitos para todo reino.
Há alguns anos, uma poderosa e bondosa bruxa cha-
mada Pepper, da escola de Chaosah, confrontou a
velha estrutura e protegeu todo Reinado de graves
problemas provocados por esta antiga tradição. Al-
gum tempo depois, tornou-se a primeira diretora da
academia de magia, ajudando o reinado a estruturar,
educar e proteger as jovens Bruxas, evitando assim o
surgimento das bruxas malignas.
As bruxas têm a capacidade de manipular as energias
presentes no mundo natural. Essas energias são cha-
madas de REA e permitem às pessoas que têm o conhe-
cimento de como utilizá-la executar incríveis - desde
invocar desde invocar bolas de fogo e relâmpagos a
46 fabricar porções maravilhosas, curando todo tipo de
doença e enfermidades.
Os jogadores que optarem por jogar com uma aprendiz
das bruxas de Ah deverão definir uma escolas de magia
onde sua personagem terá afinidade e será treinada;
essa escolha é permanente e imutável, impossibilitan-
do a Bruxa de aprender quaisquer magia, rituais, efei-
tos ou usar até mesmo itens mágicos de outra escola.
É importante salientar que as bruxas são os perso-
nagens centrais de nossas histórias e o narrador tem
total liberdade para inibir ou limitar o número de per-
sonagens de outras profissões em mesas. Ainda assim,
deixamos a recomendação para que experimentem as
outras profissões disponíveis e permitam aos jogado-
res experimentar e saborear tudo que o mundo de He-
reva tem a oferecer.

Aventurando-se com as Bruxas

Para se aventurar com as bruxas, os jogadores devem
ter consciência que suas aventuras são ligadas à des-
coberta e na exploração do mundo mágico, buscando
novos amigos, entendendo a magia de Hereva, aju-
dando a melhorar o mundo relacionado a elas próprias
e todas as coisas vivas à sua volta.
As Bruxas são a profissão mais poderosa entre todas as Descrição dos Feitiços Iniciais:
presentes em Hereva. Entretanto, este poder é acompa-
Magia de Ah
nhado por um enorme fardo, que pode fazer com que a
Ilusão Simples
bruxa que se entregue ao poder e a vaidade e se torne
Localizar
maligna. Isso a leva a abandonar seus amigos e compa- Visão além do Alcance
nheiros e se refugiar em locais afastados, para tramar Levitação
nas sombras, sendo chamadas de Bruxas do espelho. Invocar Espíritos 2 e 3
Senti(Mentos)

Habilidades básicas
Magia de Hippiah
As bruxas recebem as seguintes habilidades básicas
Transformar
durante a criação da personagem:
Transformar-se
Estudo 1, Improviso 1, Itens 1, Misticismo 1, Disciplina 1 Crescimento Desenfreado
Regeneração
Bônus de aprendizado: 4 Invocar Criaturas Nível 2 e 3
Nível máximo de habilidade inicial: 3 Controle de Plantas.

Afinidade Mágica
Magia de Zombiah
Quando criar uma Bruxa, escolha uma das escolas (Ah, Armamento Sombrio
Hippiah, Zombiah, Magmah, Chaosah ou Aquah) para Reciclagem
possuir afinidade. A Afinidade mágica de um perso- Pulso Eletromagnético
nagem de Pepper & Carrot estará sempre ligada a essa Clarividência Mecânica
Criação de Golem
característica escolhida, recebendo seu maior Índice
Controle de Golem
de Característica inicialmente e custando 2 pontos de
experiência a menos para ser evoluída. Por exemplo, 47
uma bruxinha com afinidade em Magmah terá inicial- Magia de Aquah
mente a Força como sua característica mais percep- Prisão de Gelo
tível e, mesmo que ela resolva evoluir outras caracte- Barreira de Vento
rísticas, ou até mesmo se especializar em outra escola, Controlar o Clima
Invocar Abissais nível 2 e 3
sua característica Força sempre custará menos para
Controlar Criaturas Abissais
evoluir. A Afinidade mágica é escolhida na criação de Controlar Boneco Simpatético.
personagem e nunca poderá ser mudada, trocada ou
substituída.
Magia de Magmah
Conservação de REA (Iniciante):
Jato de Fogo
Toda bruxa aprende a conservar sua Rea o máximo Explosão
possível. Após lançar um feitiço, a bruxa joga uma Moldar Terra e Pedra
Barreira Elemental
quantidade de dados igual ao Rea gasto no feitiço.
Fusão Mineral
Se um ou mais dados cair “1”, significa que 1 ponto Mão de Pedra.
de Rea foi poupado, e a bruxa não o gasta no feitiço.
Perceba que isso funciona apenas para feitiços. Con-
servação de Rea não pode ser usado com habilidades Magia de Chaosah
de raça, técnicas ou talentos. Transmutação Quântica
Teleporte
Invocar Criatura do Submundo 2 e 3
Feitiços Iniciais: Roleta da Sorte
Todas as bruxas têm acesso a todas as Simpatias e po- Lançar Maldição
dem lançá-las praticamente sem custo de Rea (consi-
derando as regras de canalização descritas no capítulo
11). Além disso, uma bruxa começa com todos os feiti-
ços iniciais mostrados na sua escola.

Os Cadetes
O
s cadetes são estudantes voltados ao mundo
militar, nascidos com ou sem a capacidade
para o uso da magia (como uma bruxa ou
mago); ainda assim, sua determinação e coragem inaba-
láveis os estimula a enfrentar o duro treinamento.
O termo Cadete é uma designação comum a todos os que
utilizam armas para combater, desde espadas, lanças,
maças, machados e outras ferramentas de combate e, é
claro, que estudam no Liceu. O liceu do Reino treina e
ensina os jovens combatentes para que, além de guer-
reiros habilidosos, convertam-se também estrategistas
e conselheiros, tornando-os extremamente necessários
para qualquer governante que deseja se manter no po-
der. Muitos reis e nobres têm o costume de contratar os
jovens soldados para que sejam seus Chefe da Guardas e
futuramente Generais. Depois de terminada a formação,
o Cadete recebe o título de Defensor do Reino, pos-
to este que o seguirá por toda vida, recebendo ou não
promoções ou novos títulos; desta forma, um tenente
ou até mesmo um general receberá sua patente antes
48 do título de Defensor do Reino, ficando por exemplo
Tenente Defensor do Reino e assim por diante. Não é
necessário notar que ter o título de Defensor do reino
é uma enorme honra dentro dos exércitos de Hereva;
assim, todos esperam uma postura correta e heroica
dos alunos do Liceu, alunos ou formados. Desta forma,
um Cadete ou graduado do liceu sempre terá um lugar
de pouso, banho quente e alimentação em qualquer
Liceu ou quartel em todo o reino. Por sua vez, tentar
se passar por um aluno do liceu é a decisão mais estú-
pida que alguém poderia escolher em sã consciência:
o treinamento intenso e regrado torna impossível se
passar por um cadete sem que o falsário o seja.
Muitos cadetes podem também escolher por se torna-
rem parte dos exércitos livres, dedicados paladinos
que acreditam que os males do mundo devem ser com-
batidos e derrotados. Desta forma, adotam uma vida
simples viajando de uma região a outra, confrontando
vilões de toda forma para transformar as terras do rei-
no em um lugar mais seguro.
Os Não Mágicos
Pessoas sem a habilidade de conjurar magia vêm se
tornando cada vez mais comum em Hereva, e essas
pessoas possuem uma tendência natural de se aproxi-
mar do Liceu em algum momento. Isso acontece por-
que os liceus têm desenvolvido ferramentas especiais.
Esses objetos permitem aos seus portadores acessar
certos níveis da magia de Ah, o que torna a qualidade
de vida dessas pessoas muito superior.
As ferramentas são chamadas de Talismãs e podem pos-
suir qualquer forma, desde uma arma, bracelete ou jóia
entre outros. São objetos especiais desenvolvidos espe-
cificamente para a pessoa que o possui. Existem versões
similares desses talismãs em todas as escolas de Hereva,
porém, graças aos séculos de estudos e refinamento, as
peças vindas dos Liceus são consideradas as melhores e
mais confiáveis do reino. Desta forma, todo aluno “não
mágico” do liceu que esteja em posse de seu talismã
poderá acessar normalmente até a primeira arte de to-
das as escolas de magia, assim como também utilizar
os estilos de combate específicos desenvolvidos por
combatentes não conjuradores, tornando-se assim um
oponente realmente formidável.
Aventurando-se como Cadete
Os cadetes em treinamento pelo Liceu costumam ser
destacados para missões curtas em pequenas cidades
e vales, a fim de experimentar as agruras do campo de
batalha sem enfrentar grandes guerras e lugares com
perigos acima de suas habilidades.
Jogue como cadete se você desejar confrontar di-
retamente os perigos, tornando-se a linha de frente
do grupo em combate corpo a corpo ou com armas à
distância. Divirta-se buscando novos equipamentos e
treinando habilidades únicas, com as quais você po-
derá confrontar os maiores perigos do reino da magia.
Habilidades básicas
Os Cadetes recebem as seguintes habilidades básicas
durante a criação da personagem:
Ataque 1, Defesa 1, Resiliência 1, Esportes 1, Percepção 1
Bônus de aprendizado: 4
Nível máximo de habilidade inicial: 3
Técnicas dos Liceus
Durante séculos, as técnicas foram desenvolvidas por
famílias, escolas, organizações e até mesmo pessoas
que precisavam se defender. Algumas guardadas com
cuidado por seus mestres e criadores, outras, repas-
sadas àqueles que quisessem aprender.
Com a criação do Liceu, muitos soldados de carreira, por frio. Inimigos imunes a frio e a gelo não são afetados.
famílias e clãs de combatentes inclusive “não mágicos”
Sabre de Vento: Sua arma fica leve e com um re-
tornaram-se parte das escolas escolas, compartilhando
demoinho de vento ao redor dela, e inimigos que são
técnicas ou princípios de como se desenvolver essas
acertados por ela recebem +1d6 dano por vento. Ini-
habilidades especiais. Com isso, um estilo de combate
migos imunes a vento/sônico não são afetados.
poderoso e assustador surge em Hereva, tornando o
Liceu uma proeminente força militar e órgão mediador Ataque Poderoso: O cadete utiliza uma técnica espe-
dos conflitos mágicos em todo o reino. cial. Com uma ação lenta, ou gasto de 1 de REA
para agir imediatamente, ele faz um ataque
As técnicas são habilidades únicas, uma forma dife-
que causa +1d6 de dano se acertar.
rente de acessar e utilizar a Rea em combate. Dessa
maneira, o personagem que conhece as técnicas dos Golpe Ciclone: O Cadete se prepara,
Liceus poderá adicionar efeitos mágicos ou até mesmo e com todo seu foco ele ataca todos
golpes mágicos às suas habilidades. seus inimigos em curta distância
(até 3 hexes ao redor dele). Porém,
Quanto maior o nível de conhecimento de um persona-
o dano causado é apenas metade
gem sobre a escola ou escolas relacionadas à técnica,
(arredondado para baixo) do que
maiores são seus efeitos e seu tempo de duração, sen-
ele causaria normalmente.
do sempre escalonado por nível, sobrando os eleitos
Essa é uma técnica que exi-
considerados por duração, dados e etc.
ge concentração.
Escolha uma das técnicas descritas abaixo para seu
Contra-atacar: Quando
cadete. Mais tarde, com aprendizado e pontos de ex-
atacado por um inimigo
periência, ele poderá escolher outras técnicas do seu
corpo a corpo, o cadete
Liceu escolhido.
rola 1d6. Se tirar 1,2 ou
3 ele ataca seu agressor
Proteger: O Cadete é treinado para proteger seus 49
de volta com um ataque
aliados. Ele, durante seu movimento, escolhe um alia-
desarmado. Essa técnica
do que esteja em distância curta dele (até 3 hexes). Se
está sempre ativa.
esse aliado for atacado e receber dano, o Cadete pode
escolher proteger seu aliado e quem recebe o dano é
o Cadete. O Cadete pode trocar de escolhido toda vez
que for sua ação de movimento.. Requer Defesa 1.

Sabre Elemental: Você consegue invocar o poder

dos elementos em sua arma. Escolha um dos elementos
abaixo como sua técnica.
Quando for utilizar essa habilidade, escolha gastar 1 de
REA e ativá-la na mesma hora, ou como uma técnica
lenta e ativá-la no início da próxima rodada. Apesar
do nome “Sabre” na técnica, ela é usada com qualquer
arma que o cadete esteja empunhando.
Sabre de Fogo: Sua arma incendeia em chamas, fa-
zendo +1d6 dano por fogo. Inimigos imunes a fogo não
são afetados por essa arma.
Sabre Elétrico: Sua arma faísca com fagulhas elé-
tricas, fazendo +1d6 dano por eletricidade. Inimigos
imunes à eletricidade não são afetados por essa arma.
Sabre Congelante: Sua arma fica branca como a neve,
soltando flocos quando você a mexe, fazendo +1d6 de dano
 Os Mascates
P
ara aqueles jovens que, por algum mo-
tivo, nunca tiveram a chance ou inte-
resse de se tornar parte de alguma das
escolas, mas ainda assim desejam manter uma vida ho-
nesta, o comércio pode ser uma ótima opção de futuro.
É uma profissão que envolve viajar e negociar todo
tipo de produtos e itens. A Confraria dos Mercadores
é uma instituição de grande renome e influência em
Hereva. Essa instituição está sempre disposta a re-
ceber jovens empreendedores dispostos a aprender e
contribuir para o crescimento comercial e para a qua-
lidade de vida das pessoas do reino. Para isso, utiliza
o comércio como uma força impulsionadora, tornando
o mercado algo de grande importância dentro dos rei-
nos de Hereva; assim, incentiva jovens de todas as
idades e classes sociais a se tornarem mascates. Co-
merciantes ambulantes que viajam de lugar em lugar,
conhecendo produtos e negociando diversos tipos de
itens e que passam a entender as necessidades de cada
região, cidade e vilarejos, suprindo as necessidades
50 desses lugares e melhorando a qualidade de vida e
oferecendo acesso a uma infinidade de produtos de
qualidade às pessoas de Hereva.
Todo Mascate em treinamento tem seu início custeado
pela própria confraria, após tornar-se parte da associa-
ção, o que é feito através de uma longa entrevista e ava-
liação com um Mercador experiente. O jovem mascate
recebe Cinco moedas (Ko), - Uma quantia Razoável para
um adolecente - para que inicie seu próprio empreendi-
mento. Por mais que isso pareça um prejuízo certo, esse
hábito possibilita selecionar aqueles jovens que possuem
um bom tino para os negócios e não simplesmente aque-
les que têm dinheiro para se afirmarem bons mercado-
res, eliminando (ao menos em parte) pessoas mesquinhas
e gananciosas, preocupadas apenas em enriquecer.
O Mascate, por sua vez, é um jovem mercador em iní-
cio de carreira, que viaja pelas estradas e caminhos
de Hereva vendendo e comprando itens de todo tipo.
Isso envolve desde objetos mágicos raros e valiosos a
coisas simples e cotidianas, como alimentos, tecidos,
especiarias, remédios entre uma infinidade de outros
objetos, sendo apreciados onde chegam com suas car-
roças, mochilas e carrinhos. Para um mascate a esco-
lha dos itens e produtos que irá trabalhar tem grande
relevância, normalmente começando com uma grande
variedade de produtos simples e se refinando através
dos anos, tornando-se verdadeiros especialistas em
suas mercadorias. Junto a isso, aprende também a ler
e compreender seus clientes, enxergando as neces-
sidades das pessoas e dos lugares que visita em pou-
quíssimo tempo. Essa profissão torna-se mais do que
uma forma de enriquecer individualmente, mas tam-
bém uma maneira simples de levar a riqueza e a pros-
peridade até para as regiões mais afastadas de Hereva.
Os Mascates têm um interessante código moral que
seguem em seu dia a dia, algo que, com o passar dos
anos, criou um vínculo de confiança forte entre esses
mercadores e a população de Hereva, e que rege as ne-
gociações de todos os mascates, ajudando a confraria
dos mercadores a fiscalizar atitudes questionáveis de
mascates e mercadores com pouca ética. Essa conduta
é chamada de Código Mercantil e é um conjunto de re-
gras simples e facilmente memorizáveis, que tem a clara
função de dar um norte ético para os jovens Mascates,
fazendo com que esses saibam claramente que agir de
maneira enganosa ou vender produtos ruins é algo que
dificilmente ficará sem punição caso descoberto.
As negociações devem sempre ser justas - Seja
sempre honesto nas negociações e preços. Obter lucro
pelo seu trabalho não é errado nem mesquinho, então
tenha em mente que um cliente insatisfeito não com-
pará mais de você e prejudicará todos os seus colegas
da confraria. Um cliente que recebeu um preço justo
em suas compras sempre retornará, tanto pelo o preço
quanto pela qualidade que você oferece, e isso ajudará
a todos a sua volta.
O Cliente tem sempre razão quando tem razão -
Assim como existem negociantes enganosos e mal in-
tencionados, existem também consumidores de caráter
questionável e com atitudes horríveis. É sempre im-
portante que um mascate esteja alerta para esse tipo de
pessoa e evite ter problemas com elas. Inclusive pode
se negar a atender ou até mesmo dispensar uma opor-
tunidade que possa parecer boa demais. A palavra de
um mascate e sua honestidade não é algo negociável, e
aqueles que se mostram mercadores ruins hora ou outra
são descobertos, perdendo sua insígnia da confraria e
se tornando párias entre os mercadores.
O Lucro é importante, o Reino também - Os
Mascates são mercadores, isso é um fato inquestio-
nável, entretanto alguns compreendem que algumas
necessidades são o maior valor. Dessa forma, não é
incomum que mascates e mercadores bem sucedidos
criem entrepostos em regiões pobres e isoladas, ge-
rando riquezas locais e fazendo com que se melhore
a qualidade de vida do local, trocando uma vida de
miséria e pobreza por uma de prosperidade, permitin-
do que as pessoas sejam bem-sucedidas, diminuindo a
vida de crime e a pobreza.
Aventurando-se como Mascate
Aventure-se com um mascate se você desejar acumular!
Amigos, riqueza, poder, magia ou qualquer outra coi-
sa que considere valiosa. Conhecer o mundo e adquirir
conhecimento sobre tudo que existe em Hereva é algo
desafiador, mas que pode ser muito divertido e rentável.
Habilidades básicas
Os Mascates recebem as seguintes habilidades básicas
durante a criação da personagem:
Avaliar 1, Negociar 1, Disciplina 1 , Persuasão 1, Per-
cepção 1
Bônus de aprendizado: 4
Nível máximo de habilidade inicial: 3
Mula de carga: O Mascate sabe que sem mercadoria,
não há negócios. Assim, ele sempre consegue carre-
gar o máximo possível consigo. O número de espaços
que ele pode carregar no corpo sem nenhuma bolsa ou
mochila é de 5. (Normalmente um personagem possui
apenas 2 espaços no seu corpo - os 2 bolsos). Os itens
que estiverem nesses espaços não podem ser roubados
ou removidos do mascate.
Selo da Guilda dos Mercadores: Você recebeu o
selo da guilda dos comerciantes. Toda vez que com-
prar um item em uma loja que faz parte da guilda dos
comerciantes, você paga um valor de 30% a menos.
Esse desconto é dado para que você possa revender o
item comprado pelo preço de tabela.
Bolsos de Mercador: Um mascate nunca está despre-
parado, e sempre carrega um monte de quinquilharia
com ele. Se ele precisar de um objeto, uma ferramenta
ou alguma coisa específica ele pode gastar 1 REA e
procurar nos seus bolsos. Role 1d6:
6 - Ele tinha EXATAMENTE o que precisava.
4-5 -Ele tinha algo similar ao que precisava e pode servir
de substituto (-1D)
2-3 Ele achou algum objeto aleatório (o narrador decide)
1 - Só poeira e um inseto mordeu o dedo do Mascate! 51

Talentos:
Os mascates possuem muitos talentos diversificados
devido a sua vida de eterno trabalho. Quando esco-
lher essa vocação, escolha um dos talentos abaixo. O
mascate poderá aprender vários outros talentos com
pontos de experiência.
Olho vivo, faro fino: Como uma ação normal, o mascate
escolhe um de seus inimigos. Ele rola Avaliação contra a
disciplina do inimigo. Caso vença, ele vê todas as esta-
tísticas, forças e fraquezas do inimigo. Isso gasta 1 REA.
Saída pela Direita: Às vezes é necessária uma rápida
escapatória. Quando ele tem esse Talento, o mascate
pode usar sua ação para se mover novamente.
 Os Noviços
O
s noviços são jovens dedicados ao estu-
do de magias de cura e proteção, sendo
em sua maioria pessoas preocupadas com
o bem estar e com a saúde do próximo. Esses perso-
nagens fazem um papel importante no mundo de He-
reva, muitas vezes sendo encontrados perambulando
pelas estradas longínquas, vilas afastadas, regiões de
difícil acesso, entre outros locais obscuros e perigo-
sos, ajudando e cuidando de pessoas doentes, feridas
e com dificuldades em enfrentar as agruras do mun-
do. Eles, melhor do que ninguém, compreendem que
mesmo Hereva sendo um mundo mágico e maravilhoso,
ainda existem pessoas com problemas e com diversas
dificuldades em conquistar sua subsistência e saúde.
É sabido que doenças e moléstias - tanto mundanas
quanto mágicas - existem e são perigosas, devendo
ser tratadas e curadas, para que não se tornem um
problema maior e que coloquem em risco todo o reino.
Não é sabido ao certo quando essa seita de adoradores
da REA foi fundada, mas é bastante óbvio o seu esfor-
52 ço em tentar tornar o mundo um lugar melhor. Quando
inquiridos sobre seu objetivo, os noviços afirmam que
a fundadora da ordem foi uma poderosa Sacerdoti-
sa que, decepcionada com os rumos que a magia de
Hereva estava seguindo, decidiu formar uma ordem
de usuários de magias dedicados à cura e à proteção,
para que assim pudessem tornar o mundo um lugar
melhor para todos que vivem e coexistem nele. Esta
organização de usuários de magia curativa é chamada
Ordem das Três Luas. Sua cidade natal é localizada
ao norte, chamada de Lorenzana, além das grandes
Florestas Labirinto. Sendo um templo construído de
maneira modesta, literalmente de tijolo em tijolo, feitos
de barro cozido e encantados com magias de proteção,
por aqueles que os fabricam. Alguns fiéis contam que
muito da magia curativa do templo de Ah vem das boas
intenções colocada em cada um dos tijolos que levan-
tam o grande templo.
A Magia dos Sacerdotes das Três Luas está intrinse-
camente ligada à sua fé, sendo considerada estranha
e quase incompreensível para outros praticantes de
magi; mesmo bruxas seguidoras da fé de Ah têm dificul-
dades em explicar o funcionamento deste tipo de magia.
Quando questionado, um seguidor da fé e praticante de
magia de outras escolas (inclusive Ah) diz que é inex-
plicável e que apenas um intenso calor percorre seu rasse seus méritos em mais de cem anos de existência,
corpo, junto a uma sensação reconfortante. consolidando-se como, se consolidando como um lu-
gar de segurança, respeito e secularidade dentro do
O fato da magia curativa estar ligada ao templo criou a
reino. Esta questão de enxergar e intervir em proble-
cultura de que cada novo templo construído possua em
mas que poderão se tornar maiores e complicados no
sua base ao menos 1 tijolo santificado do grande tem-
futuro tem o nome de O Chamado e é considerada um
plo, que será usado como tijolo de fundação para o novo
tipo de aviso ou premonição pelos usuários de magia,
templo. Este será utilizado como tijolo de fundação para
podendo acarretar em consequências graves para o
o novo templo, fazendo, além da ligação mágica entre
mundo se não tratadas. Algumas bruxas estudiosas da
os dois lugares, um intenso simbolismo e senso de per-
escola de Chaosah reconhecem essa habilidade como
tencimento, com a mesma dedicação e votos em todos
relacionada à reação em cadeia da magia de Chaosah,
os lugares onde exista um templo.
porém muito mais leve e discreta e que aparentemente
A origem dos sacerdotes de Ah é bastante variada. visa interromper os efeitos de reações em cadeia ini-
Há órfãos, acorlhidos, criados e educados pelo gran- ciadas espontaneamente.
de templo, sendo treinados e ensinados desde a mais
tenra idade. Existem também aqueles que foram cui- Aventurando-se como Noviço
dados, tratados e salvos de magias malignas e maldi-
Jogar com o noviço é recomendado para jogadores
ções impostas pelos mais diversos motivos. E ainda, há
que desejam mais do que explorar o mundo, ajudar
pessoas que simplesmente alegam ter sido chamadas
seus habitantes e apoiar o grupo, sendo curandeiros
por uma força maior e inexplicável, que os compeliu
hábeis e amigos fiéis. São personagens interessantes
a seguir esse caminho de devoção. O importante é o
e considerados especializados em habilidades de cura
fato de que a fé instiga e protege seus fieis, fazendo
e proteção, que odeiam a injustiça e atos mesquinhos.
com que estes sigam de bom grado os ensinamentos
do templo.
As habilidades dos noviços estão ligadas aos conhe- Habilidades básicas 53
cimentos práticos do dia a dia e à muita dedicação e
Os Noviços recebem as seguintes habilidades básicas
trabalho duro. A dedicação dos sacerdotes e noviços é
durante a criação da personagem:
a mesma em qualquer situação, desde tratar um braço
quebrado a uma estranha doença mágica ou até mesmo Natureza 1, Cultura 1, Misticismo 1, Modos 1, Disciplina 1
a pior das maldições ou ferimentos e condições munda- Bônus de aprendizado: 4
nas. Como exemplos, ajudar a apartar o gado, arrumar
um celeiro ou horta ou simplesmente ajudar um velho Nível máximo de habilidade inicial: 3
fazendeiro a guardar o feno antes do inverno. Todas
essas atividades dedicadas dos noviços são realizadas Atos de fé: Os noviços aprendem muitas coisas na
em equipe - provavelmente arrastando seus compa- Igreja de Ah. Quando escolher essa vocação você ini-
nheiros consigo. cia com todas habilidades abaixo, e pode aprender no-
vas habilidades com pontos de experiência.
Os Noviços tendem a ser calmos e educados, sendo
vozes sensatas em situações de crise, desde coisas Doar força: Encostando em um aliado, você transfere
coisas simples, como um calçamento descolando ou sua força vital para ele. Gaste 1 de REA e role 1d6. Ele
ajuda nas colheitas antes da estação das chuvas, como recebe o valor que caiu no dado em pontos de vida e
em situações graves, como uma peste ou doença, uma você perde pontos de vida da mesma forma.
guerra ou uma seca grave, que pode trazer caos e Doar magia: Encostando em um aliado, você se con-
desolação a regiões inteiras. O fato é que os noviços centra para passar sua REA para ele. Como uma ação
acabam por ser sábios e conselheiros nessas situações, lenta, você transfere 1d6 REA sua para ele.
sendo respeitados e ouvidos pelos governantes e pela
Curar: Você consegue remover condições simples
população em geral - o que leva a alguns mais descon-
de aliados. Encostando em um aliado como uma ação
fiados a questionar as boas intenções da fé de Ah. O
lenta, gaste 1 de REA e remova uma das seguintes
fato é que, mesmo com essas poucas desconfianças,
condições: Envenenado, Imobilizado, Sono, Lerdeza,
o templo emplo nunca fez nada que diminuísse ou ti-
Cegueira e Tonto.
 Os Exploradores
O
Explorador, antes de tudo, é um apaixonado.
Onde as pessoas encontram coisas velhas,
antigas e sem serventia, ele encontra rastros
culturais de uma velha civilização, traços de línguas mor-
tas e provas que lendas antigas são reais. Acostumado a
viver entre o presente e o passado, o Explorador busca
entender o que eram e como os povos antigos e milenares
de Hereva viviam, assim como os povos que visitaram o
mundo e o legado que esses deixaram. Trazendo isso para
o presente, ele consegue compreender como chegaram
até aqui e traçar teorias de onde chegarão no futuro.
Mas não apenas do passado vive um Caçador de tesouros.
Toda cultura dos povos de Hereva merece ser estudada
a fundo, desde o ritual da Luabrisa das Fadas da Lua, a
culinária Naanita dos clãs do sul, e a paixão dos Elfos do
verão em alta velocidade e esportes. Catalogando e anali-
sando todo conhecimento cultural e artístico do presente
e passado, um caçador de tesouros encontra seu maior
54 tesouro: conhecimento!
Apesar das escolas de Magia trazerem muitas das evolu-
ções em tecnologia em Hereva (principalmente Zombiah),
elas são rivalizadas pelas descobertas da Universidade, que
mais de uma vez ofuscou Zombiah com uma descoberta
maravilhosa que trouxe grande benefício para as pessoas
comuns. Diferente das Bruxas, a Universidade prega pelo
conhecimento dividido que traga desenvolvimento para
todos os povos. Na opinião de algumas bruxas, eles são um
bando de exibidos; os Exploradores adoram o termo, já que
eles adoram fazer “exibições” de seus achados.
Letrados em lendas antigas, história, linguística, cultura,
e muitas outras habilidades, era de se esperar que um Ex-
plorador ficasse apenas dentro da Universidade Arqueo-
lógica dando aulas ou pesquisando dentro de bibliotecas.
Longe disso, a Universidade Arqueológica prega que me-
lhor que estudar um tesouro antigo em um laboratório, é
estudar um tesouro no local que ele foi encontrado.
Assim, os Exploradores se embrenham em ruínas antigas,
perseguindo lendas, histórias, e buscando sempre uma
prova da presença de uma civilização mais antiga ou mais
avançada daquelas que os livros contam. Isso trouxe aos
Exploradores um senso de autopreservação muito grande,
já que monstros, armadilhas perigosas e até tribos inóspi-
tas normalmente povoam o caminho do Explorador até seu
objetivo. Então, além de estudioso, ele precisa honrar suas
habilidades de exploração, encontrar passagens secretas,
desarmar armadilhas, abrir portões lacrados e acrobacias
para alcançar lugares já desmoronados pelo tempo.
Assim, seja empoeirado cercado de livros em uma biblio-
teca ou com lodo até a cintura em um pântano a 500 qui-
lômetros da cidade mais próxima, o Explorador se sente
em casa. Ele é um misto de Erudito e Aventureiro, Pro-
fessor e Estudioso, passado e presente.
A maioria dos Exploradores não trabalham em conjunto, ex-
ceto em situações muito adversas. Cada um deles tem uma
paixão específica, e muitos nutrem a vontade de descobrir
um segredo e mostrar para os outros. Assim, eles se juntam
a grupos de aventureiros para explorar lugares ermos na
esperança de encontrar uma pista para o seu “tesouro per-
dido”. É engraçado que muitos exploradores, entre seus
pares, sejam conhecidos como “a fulana do segredo de tal
coisa”, pois encontrar seu tesouro particular é a paixão
que normalmente o levou a esse caminho. Quando dois ca-
çadores de tesouros partilham do mesmo sonho, podem se
tornar grandes amigos ou grandes rivais. Não é incomum
haver uma “corrida ao ouro” entre dois exploradores quan-
do uma ruína específica é encontrada.
Os Exploradores se encontram normalmente na Universi-
dade Arqueológica de Hereva, onde trocam informações,
dão aulas de história, arte e cultura, fazem mostras no mu-
seu permanente, estudam as relíquias que encontraram
ou planejam as próximas expedições (que é como chamam
suas buscas por relíquias do passado). A Universidade
promove encontros anuais, onde todos os participantes
ouvem sobre as novas descobertas que são publicadas
no “Anuário Arqueológico da UAH”, que descreve, com
imagens e fotos - incluindo uma do Caçador - as grandes
descobertas que foram feitas naquele ano. Aparecer no
Anuário é meta de vários Caçadores, alguns aparecendo
ano após ano, fazendo o Anuário se tornar um “Placar” de
quem é o maior Explorador de toda Hereva.
Aventurando-se como Explorador
Descobrir tesouros e encontrar artefatos lendários, explo-
rar ruínas antigas e desvendar segredos e lendas antigas
são as pedras que pavimentam a jornada do Explorador.
Jogue com ele se quiser se aventurar, descobrir artefatos,
e explorar o desconhecido que existe em Hereva.
Habilidades básicas
Os Exploradores recebem as seguintes habilidades bá-
sicas durante a criação da personagem:
Persuasão 1, Esportes 1, Furtividade 1,
Percepção 1, Exploração 1
Bônus de aprendizado: 4
penalidade de 2 Dados contra a Defesa do alvo. Se pas-
sar, ele pega um dos itens que o inimigo carregava com
ele. Após essa ação, ele volta a posição que ele estava.
Bater ou correr: O Explorador sabe que se parar, ele
está morto. Quando se move pelo menos 4 hexes, seus
ataques ganham impulso, dando +1d de Ataque e +1d
defesa naquela rodada.

Nível máximo de habilidade inicial: 3 Noção do Perigo: Quando o Explorador é emboscado

por inimigos, ele é mais rápido. Normalmente quando
Técnicas de Explorador o grupo é emboscado, os inimigos ganham uma rodada
extra. Neste caso, o personagem participa desta roda-
Os caçadores de tesouros possuem técnicas e habilida-
da extra. Além disso, quando está perto de um perigo
des extremamente variadas, tornando-os peças impor-
mortal, a intuição do Caçador o alerta. O narrador avi-
tantes sem qualquer grupo de aventureiros e amigos.
sa ao Caçador que algo está errado.
Inicialmente escolha uma técnica para seu Caçador de
Tesouros, as outras podem ser compradas com pontos
de experiência.
Distrair: Muitas vezes o Caçador de tesouros precisa
distrair seus inimigos e pra JÁ! Ele rola Persuasão (as-
túcia) contra a Disciplina dos inimigos. Se ele passar,
cada sucesso deixa um inimigo distraído sem agir por
uma rodada. Se ele tentar novamente nos mesmos al-
vos, eles têm +1D Disciplina para passar o teste.
Buscador de Tumbas: Uma técnica que permite ao ex- 55
plorador ultrapassar de forma rápida, eficiente e segura
qualquer obstáculo utilizando somente as habilidades
e capacidades do corpo humano, é extremamente útil
quando se explora uma ruína destruída e corroída pelo
tempo. Dentro de uma ruína, caverna ou em ambiente
urbano, o Caçador de tesouros ignora terreno difícil e
pode se mover em velocidade normal quando estiver
escalando. Se escorregar e cair, tendo uma parede que
ele possa tocar, ele ignora o dano por queda.
Arrebatar: Gastando 1 de REA, o Explorador dispara
para pegar os itens que um alvo carrega ou que esteja
longe de sua mão. Ele alcança um inimigo que esteja a
até 3 hexes dele e rola Exploração (Destreza) com uma
 Capítulo 4
Figueiras, Sapos Voadores e
Garotas em Apuros
A
figura da lua em forma de bule em meio a um
céu limpo, cercada de milhares de estrelas, era
sempre impressionante, independente de onde
estivesse sendo observada. Entretanto, aquela visão parecia
ainda mais majestosa, mais brilhante e, em toda a sua magnitude,
brilhava mais intensamente no céu noturno sobre as garotas
naquela noite. Porém, elas tinham seus próprios problemas que
as impediam de admirar a bela visão: entrar na floresta não havia
sido um grande obstáculo, mas sair se mostrava uma tarefa que
não compartilhava da mesma simplicidade…
Haviam andado sem rumo, corrido de ameaças, encontrado
cenários incríveis e, principalmente, discutido muito durante
aquelas horas. Mesmo sendo tão diferentes entre si, a floresta
havia as reunido de uma forma ou outra, e todas agora estavam
juntas, ao menos até conseguirem deixar aquele local. A noite
já começava a cair quando seu mais recente “desencontro” foi
esclarecido e todas perceberam estar do mesmo lado. Apesar
dos protestos de certa parte do grupo, (principalmente e quase
unicamente formados por Linien) concordaram em permanecer
naquele ponto mais “aberto” para então encontrarem a saída
quando a luz do sol voltasse a ser uma aliada.
- Quer dizer… Como você não percebeu que ela era uma garota?
Clarisse perguntava a uma ainda emburrada Linien, que
parecia por pura opção discordar de tudo e qualquer coisa
que a “novata” Eleanor dizia. Ouvia a resposta na forma de um
resmungo e não conseguia interpretar palavras o bastante para
entender, enquanto virava-se para olhar a garota, que usava
um uniforme e mais lembrava um soldado, colocar algumas
folhas secas sobre uma pilha de lenha afastada alguns metros
dela. Não conversaram muito, o que de certa forma incomodava
Clarisse, a que mais insistia em “manter o grupo unido’’.
- Você sabe que tem uma coruja na sua cabeça?
Linien não estava muito disposta a permanecer naquele
assunto; na verdade, ela evitava falar QUALQUER coisa a
respeito da “confusão” de antes, embora protestasse nas
últimas horas no fato das demais acharem “estar tudo bem em
andar com aquela que quase matou a Salvi”. Apesar que Nem
mesmo Salvi parecia ligar para aquilo, o que a fazia se irritar
AINDA mais com toda a situação. Era uma frustração somada
ao cansaço, devido ao tempo que já estavam naquela floresta, o
que não fazia exatamente maravilhas com seu senso de humor.
- Siiiim! Você viu? Acho que ele gostou de mim!
Ao contrário da amiga, Clarisse parecia animada, especialmente
com o fato que agora aparentemente tinha um mascote. A coruja
piava e girava a cabeça em todas as direções, observando a
garota a qual “ocupava” parte da cabeça. Linien balançou a
sua própria cabeça em protesto, levantando-se com o mesmo
ar emburrado antes de ouvir novamente a voz da amiga: -
Quer dizer, ela usa um uniforme de alguma ordem e uma meia
armadura, mas mesmo assim foi bem engraçado quando ela
tirou o capacete e você fez aquela cara, Linn…
- Como eu ia saber? Eu não conseguia ver o rosto dela!
- Linien gritava em resposta a Clarisse esquecendo onde
estavam, o que fez com que a pequena coruja se escondesse
ainda mais entre os cabelos da sua nova “dona”, prontamente
recebendo um olhar atravessado e quase um “rosnado” de volta.
- Eu ainda não sei porque você e a Salvi acharam uma boa
ideia ela vir conosco! Quer dizer… O que vocês REALMENTE
sabem dessa tal de “Eleanor”, se é que realmente este é o nome
verdadeiro dela? Como vocês sabem que ela não está só nos
levando para uma armadilha?
- Eu consigo ouvir vocês… - A voz seca e sem sentimento
algum de Eleanor, que mais parecia a fria ponta de uma lâmina,
podia ser ouvida de forma clara mesmo a distância, fazendo
com que tanto Clarisse quanto Linien recuassem um passo
assustadas. Eleanor, contudo, não direcionou sua atenção
a elas, voltando seus olhos para as labaredas que começavam
a surgir em meio as folhas secas ,que estava cuidadosamente
espalhadas entre a madeira que havia recolhido juntamente
com Salvi instantes atrás.
Não conseguia entender boa parte do comportamento das
demais, mas era algo a qual estava acostumada. Desde muito
cedo foi criada e educada como um “soldado”, e as emoções
eram consideradas como meras “frivolidades” e não faziam
parte de seu dia a dia. Estava habituada a exatamente aquela
situação que se encontrava ali, frente a fogueira. Afastada,
sozinha. O importante era ter uma mente afiada e estar pronta
para defender seu reino, estar atenta às ameaças que podiam
surgir a qualquer momento quando menos se…
- Oi!
Mesmo uma pessoa com o treinamento de Eleanor não conseguiu
evitar colocar a mão onde deveria estar sua arma, surpresa com a
aproximação da garota que se identificava como Clarisse. Talvez
estivesse preocupada demais em estar atenta para estar atenta
de fato. Ouviu o riso discreto contido da garota, que claramente
percebeu a sua surpresa enquanto ouviu ela voltar a falar:
- Espero que não tenha ficado zangada com a Linn. Ela
costuma ser… sabe, a Linn.
- Não existem razões para desculpas. A preocupação dela é
compreensível.
A resposta veio novamente de forma objetiva e direta dos lábios
de Eleanor, deixando Clarisse um tanto sem reação; criou-se um
silêncio que era interrompido apenas pela madeira que estalava
conforme as chamas se espalhavam. Clarisse ajustou seu vestido
e se sentou próxima, observando a garota que permanecia
concentrada no fogo. A coruja em sua cabeça emitiu um piar
agudo que fez com que Eleanor desviasse o olhar, enquanto a
criatura torcia que não houvesse sido percebida.
- Você sabe que tem uma coruja em sua cabeça? - Ao
menos desta vez, Eleanor não disfarçou, ou não foi capaz
de disfarçar a curiosidade naquela questão. Clarisse sorriu,
enquanto levou uma das mãos até o pequeno animal, que
parecia corresponder de maneira receptiva ao carinho como
se estivesse procurando a mão dela:
- Siiim! Eu chamo ele de “Penoso”. A Linn diz que ele é gordo,
mas eu acho que as penas que criam essa impressão. Ele ficou
me seguindo desde que o encontramos, então acho que ele é
meu agora!
A expressão de Eleanor não parecia demonstrar que havia
compreendido verdadeiramente qualquer coisa naquela
tentativa de explicação; estava mais que habituada àquela
sensação quando não estava entre os soldados. Ergueu
levemente os ombros enquanto movia algumas madeiras do fogo
com a ponta de sua lança, quando voltou novamente a falar:
- Eu não quis assustá-las. Eu sei que a minha aproximação foi…
Inadequada, mas eu pensei que poderiam ser algum tipo de
invasores de um outro reino. Peço que aceitem minhas desculpas.
Agora era a vez de Clarisse inclinar levemente a cabeça como se
demorasse a absorver e entender as palavras que escutava. Em
seguida começou a rir, tentando em vão se controlar enquanto
o riso permanecia insistente ao ouvir aquelas palavras.
- Não precisa levar tão a sério! Como eu falei, a Linn é desse
jeito, não gosta de ser contrariada. Costumamos discutir o
tempo todo, estávamos discutindo instantes antes de você nos
encontrar! São essas pequenas coisas que demonstram o quanto
nos importamos umas com as outras. E agora você faz parte do
nosso grupo de “exploração da floresta desconhecida”!
Pela segunda vez em poucos minutos, Clarisse parecia ter
sido capaz de deixar a jovem soldado sem reação. Não estava
exatamente habituada a ouvir aquelas palavras. Ela dizia que
já a consideravam uma companheira? Mas apenas haviam se
encontrado há instantes atrás! Havia algo na forma que ela falava,
tão despreocupada e cheia de vida, que transmitia confiança
em tudo aquilo que dizia. Era uma sensação diferente, mas não
exatamente ruim. Fazia com que ela sentisse… vulnerável.
- Eu… vou fazer o possível para protegê-las, Senhorita Clarisse.
- Eleanor parecia não saber novamente como reagir, e tornou-
se para a “fuga” que tinha diante de si voltando aos olhos para
a fogueira. A expressão de Clarisse se iluminava, com grande
brilho em seus olhos, mediante a reação de Eleanor. Ela sempre
se considerou muito bem em julgar as pessoas, e reações como
aquela a levavam a acreditar ainda mais que estava certa em
relação à garota, fazendo ainda mais querer se aproximar dela e
conhecer melhor o lado que ela fazia tanta questão de esconder.
- “Senhorita Clarisse?” Nossa, eu me senti na escola ou como
se você fosse me colocar de castigo! Não precisa ser tão formal
comigo, somos amigas certo? Pode me chamar de Clary. Apesar
de ser bem engraçado você chamando a Linn de “Milady”, você
pode nos chamar pelos nomes. Quer dizer, apelidos. Hmm...
Precisamos de um apelido para você. Vejamos… “Len?” Hm, ia
ficar confuso com a Lin… “Ellen?” “Linny?” Talvez…
Aquelas palavras faziam com que Eleanor sentisse a temperatura
de seu rosto subir, mas não exatamente por causa do fogo.
Clarisse falava rápido demais e informações demais as quais ela
não estava habituada. Elas eram amigas? Chamá-las apenas pelo
nome? Apelidos? Apelidos para ela? Cada vez que pensava em
um questionamento para fazer, ouvia uma frase mais confusa
que a anterior, tornando tudo aquilo quase impossível de
absorver. Ao menos para uma mente não habituada a aquilo tudo
como a dela!
- E-Eu… Vou-Vocês…Não precisam se preocupar com…
Felizmente ela não precisaria ficar “sofrendo” em procurar
as palavras certas por muito mais tempo, uma vez que logo
perceberam a aproximação de Linien vindo na direção delas,
encerrando aquela conversa por completo. A garota achou
estranho, mas melhor não questionar a respeito, uma vez que
estava mais do que acostumada com aquele “sorriso irritante”
no rosto de Clarisse para saber o bastante sobre o que deveria
estar acontecendo. Ao invés disso, Linien olhou para os lados
e questionou:
- Vocês não acham que a Salvi está demorando? Ela já devia
ter voltado…
Todas interromperam suas diferentes linhas de pensamento
e naquele instante direcionaram sua mente à figura de Salvi.
Logo que decidiram montar acampamento, haviam se espalhado
para procurar madeira, recolher água, frutas e qualquer
outra coisa que consideravam útil. Talvez tivessem perdido a
noção do tempo, ou de quanto tempo fazia que não a viam nos
arredores. A preocupação cresceu especialmente na mente de
Clarisse, que subitamente se levantou, quase derrubando seu
mascote - que bateu as asas e começou a voar em pequenos
círculos ao redor delas - enquanto sua nova dona falava de
forma apressada:
- Ela não pode ter ido muito longe, certo? Quer dizer, já é noite
e… - Antes que conseguisse completar sua sentença, um uivo
parecia propositalmente interrompê-la vindo de algum ponto
mais longe em meio a floresta, fazendo com que ela agarrasse a
manga do casaco de Linien com força, que, da mesma forma que
Clarisse, se preocupava com a segurança de Salvi. Trocaram
um olhar preocupado, uma vez que já se conheciam há anos e
sabiam muito bem identificar o que se passava na cabeça uma da
outra apenas em uma troca rápida de olhares. Perceberam que
Eleanor já estava em pé, colocando seu elmo fechado que dava
aquele tom ainda mais “metálico” a sua voz:
- Vamos atrás dela.
As duas não tiveram muito tempo para reagir, já que após
Eleanor empunhar sua lança, perceberam que a soldado teria
tranquilamente avançado com ou sem elas; ficar ali em uma
floresta hostil no cair da noite parecia bem longe do que
poderia ser considerado uma boa idéia. A jovem soldado seguia
à frente, vigilante, enquanto adentravam novamente entre as
árvores, procurando sinais do paradeiro de Salvi. Enquanto
isso, as jovens aspirantes a bruxa tentavam acompanhar o
ritmo dela, quase que abraçadas tentando manter a calma, na
medida do possível.
- Você… não acha que aconteceu algo com ela acha? Quer
dizer… Nós teríamos ouvido um grito, ou qualquer coisa… Não
é como se algum tipo de fera selvagem fosse simplesmente pular
de meio as árvores quando menos esperava.
As palavras eram interrompidas pela mão de Eleanor que se
erguia na direção delas, fazendo com que elas quase caíssem
sobre a garota. Demoraram um instante até que, uma vez em
silêncio, podiam ouvir algo se aproximando causando um som
entre as folhas, chegando mais e mais perto aumentando o
nervosismo delas. Até mesmo a coruja parecia se encolher em
meio ao cabelo de Clarisse, enquanto Eleanor se mantinha firme
segurando a lança, aguardando cautelosamente antes de atacar,
ainda se perguntando o que tinha acontecido com…
- SALVI? - As duas questionaram ao mesmo tempo, enquanto
Eleanor erguia a viseira de seu capacete, deixando os olhos
azuis em direção da garota. Ela parecia um tanto cansada, com
algumas folhas e outras marcas deixadas pela mata fechada em
suas roupas. O rosto tinha alguns sinais de terra, mas no geral
estava bem. Eleanor estava prestes a perguntar o que havia
acontecido quando sentiu seu pulso, que segurava a lança, ser
fortemente apertado por Salvi enquanto ARRASTAVA a jovem
soldado para onde tinha vindo, fazendo com que as demais a
seguissem com certa confusão.
- Vocês PRECISAM ver isso! Vamos, é logo ali! - Eleanor teria
reagido muito bem se um lobo, corujas ou qualquer outro tipo
de criatura tivesse investido contra ela, prontamente usando
sua lança para garantir a segurança das demais garotas. Agora
a figura de Salvi a puxando pelo braço sem grandes explicações
causava um conflito em sua mente que ela não conseguia
responder tão prontamente. As palavras demoravam para se
formar em seu cérebro, e, antes que conseguisse questionar
as razões para tudo aquilo, tão súbito quanto havia sido
literalmente AGARRADA e levada em rumo desconhecido, Salvi
a soltava, parando logo em seguida.
- Q-que... o que... pensa que está fazendo? Você não pode
simplesmente…
Eleanor percebeu que Salvi parecia ter sua atenção roubada por
algo que estava imediatamente atrás de si, deixando um sorriso
amplo de satisfação. Tanto Linnien quanto Clarisse olhavam na
mesma direção com uma expressão de espanto, o que fez com
que ela, movida pela curiosidade, se virasse, e logo em seguida
comprendendo do que se tratava:
Havia luzes, centenas de luzes brilhantes espalhadas em meio
a diversas árvores. Um olhar mais atento revelaria que não
eram na verdade luzes, e sim pequenas criaturas aladas que
circulavam por aquele local. Cada uma das árvores servia
como uma espécie de cabana, por onde circulavam diversas
pessoas, vivendo em harmonia com a natureza e com tudo mais
que se fazia presente ali. Ela já tinha ouvido, e até mesmo
lido histórias de alguns povos que habitavam a floresta, mas
nem de perto os livros conseguiam se comparar ao que estava
diante dela, que parecia ainda não crer. Em seus próprios
olhos, naquilo que via diante de si.
- Uau… Você consegue acreditar nisso, Ellen?
Eleanor infelizmente não conseguia ouvir o apelido que acabava
de receber “oficialmente” de Clarisse.
Tudo que conseguiu foi derrubar sua lança. Ainda não estava
acreditando em seus olhos.
Para os Fãs de Pepper & Carrot
Quem já conhece os quadrinhos de Pepper & Carrot poderá estranhar o fato de termos situado o mundo 400 anos adiante do
último episódio da HQ publicada (Ep 37). O motivo disso é para que o mundo que vocês queiram criar não esteja atrelado
às situações que vão acontecer nos quadrinhos (que nem nós, os autores, temos como saber). Desta forma, inventamos uma
situação fictícia para que tudo que aconteceu desde o primeiro quadrinho (Ep 01) até 100 anos atrás em relação à Pepper,
Shishimi, Coriander, Saffrom, Camomile e Spirulina seja desconhecido para quase todas as pessoas em Hereva. Isso dá espaço
para que os quadrinhos continuem a mudar a história do mundo como conhecemos e nos dá espaço para criar um futuro que
foi afetado por ele, mesmo sem saber COMO.

Mas se você quiser jogar ambientado na época dos quadrinhos, NÃO SE PREOCUPE. Apenas ignore tudo que escrevemos
sobre a data atual e se fixe apenas na primeira parte da história contada nas páginas a seguir. No fim do livro temos até a ficha
da Pepper e suas amigas, se você quiser usar. O importante é que VOCÊ se divirta!

Um grande abraço dos autores, e se segure no sofá, que agora vem história!

O Mundo de Hereva
Aventuras em Hereva gira em torno de histórias vividas e
presenciadas por estudantes, aprendizes e alunos jovens e
inspirados, com desejo de aprender, desbravar o mundo e
entender todas as maravilhas e complexidades do reino. Os
povos demoraram para entender, mas o mundo de Hereva
também se adaptou e também tem seu funcionamento
projetado para isso. Toda a história do mundo de Hereva
começa com um singelo e até engraçado pergaminho:
“Não se sabe como foi criado, nem por quais forças (apesar
de termos algumas idéias). Só se sabe que foi.
Hereva existe há milênios, e é um mundo repleto... repleto
não, feito de magia. A magia corre por Hereva como as
veias pulsantes em um corpo humano, bombeando vida pelas
matas, clareiras, rios, mares, ilhas, montanhas, cada vez
mais se expandindo. Um cenário digno de se dar um sorriso
enquanto o contemplamos durante o chá da tarde. Cheio de
animais de todos os tipos, e com eles, os dragões, observando
toda a sua beleza do alto dos céus. As primeiras criaturas
pensantes e utilizadores de Magia de Hereva.
Nota do autor: Existem Dragões de muitos tipos, o que me
faz ficar pensando se são apenas primos distantes ou se são
uma raça inteira, já que eu não consigo ver muita semelhança
entre um Dragão de Lama e uma Draco-Vaca, exceto, bem,
pelo nome.
Os Dragões, por muitos (e sim, muuuuuitos) milhares de anos,
existiam sozinhos, como as únicas criaturas inteligentes.
Até que um dia, possivelmente no início da semana e sem
nenhuma pretensão, eles perceberam que existiam umas
criaturas - que pareciam macacos pelados - que conseguiram
fazer magia. Foi quando eles começaram a prestar atenção na
gente, nossos antepassados foram os segundos a começar a
entender o que é magia e utilizá-la como sociedade. E estou
dizendo nós, povo. Os povos feéricos (Pixies, Elfos do Outono
e Elfos da primavera) e os Naanitas foram os primeiros povos
mágicos a ter o dom da inteligência e compreender a magia.
Os povos feéricos e os Naanitas criaram sociedades
coexistentes, e mesmo com uma briga aqui e acolá, tomaram
para si a missão de entender esse mundo, no qual as distâncias
mudam, os mapas são complicados de se fazer e a magia corre
loucamente em um fluxo caótico que pode abrir um portal
para outros mundos se não for bem pensada. Começou então
uma longa discussão de como cuidar da magia, já que estamos
falando da própria REAlidade de nosso mundo, e todas as
forças para moldar magia é a mesma força que o mundo gira.
Se é que ele gira.
Durante esse período, apareceram os Humanos. Ou melhor
dizendo, os macacos pelados, já que junto com eles vieram
os furrianos, e a enorme confusão que foi em ter mais povos
criando efeitos mágicos e moldando a REA. Já os povos mais
antigos se voltaram para os que já estavam aqui antes deles:
os dragões.
Houve então um concílio, onde três dos Dragões que se
propuseram a falar com os GRASPHRAZ - que era como eles nos
chamavam entre eles - ouviram os temores dos povos Elficos,
Naanitas, Humanos e Furrianos e... deram risada.
Pois é... Eles RIRAM!
Outra nota do autor: só para constar, um dragão pronunciando
Grasphraz parece um gato com uma bola de pêlo na garganta, e
significa “pequeno povo que caminha”.
Dois dos Dragões foram embora depois disso, ainda rindo
e falando piadas de nós entre eles. O terceiro que ficou,
um Dragão de Lama muito gentil, já um pouco idoso, e bem
surdo, que então nos disse:
- Eu não ouvi o que vocês falaram, podem repetir?
Brincadeira. Ele nos ouviu, e mesmo meio surdo ainda
dividiu seu conhecimento conosco. Ele disse que antes de
querer pôr rédeas na magia, deveríamos entender o que
estávamos fazendo.
- MAGIA - disse ele, com voz estrondosa e um pouco macilenta,
como se estivesse com a boca cheia de... bem, lama...
- É UMA PALAVRA BONITINHA, MAS NÃO SIGNIFICA NADA. O
QUE VOCÊS CONSEGUEM FAZER, ASSIM COMO NÓS, MESMO
QUE DE UM JEITO AINDA MEIO TOLO, ME PARECE UMA
CRIANÇA APRENDENDO A BRINCAR NA FLORESTA. VOCÊS
CONSEGUEM FAZER “MAGIA” MAS NÃO SABEM O QUE
ESTÃO FAZENDO. VOCÊS BRINCAM SEM ENTENDER,
O BRINQUEDO. “MAGIA” É HEREVA, HEREVA É A
“MAGIA”. O QUE VOCÊS PRECISAM ENTENDER, É
COM O QUE VOCÊS ESTÃO BRINCANDO.
E assim ele se foi, deixando um bando de Estudiosos,
Governantes, pessoas que achavam muito inteligentes se
sentindo muito tolos consigo mesmo e tão envergonhados
que nem se olhavam. Longos minutos se passaram até que
foi o Rei dos Naanitas que abriu a boca primeiro. Eu não vou
transcrever o que ele disse aqui, mas posso dizer que ele
deve ter criado uns dez novos palavrões, pra dizer o mínimo.
E assim os Grandes Eruditos dos povos menores voltaram:
como cães arrependidos, de orelhas baixas, com o osso roído,
e o rabo entre as patas. E resolveram começar do zero. Tentar
entender o que era esse brinquedo que o Dragão falou. O que
era a Magia. O que era Hereva.”
- Pergaminho da transcrição do Primeiro - E Único - Concílio
dos povos de Hereva com os Dragões - escrito pela Rainha
Shylla do povo das Pixies em uma tábua de carvalho, e posta no
meio da antiga (e hoje abandonada) floresta do musgo cinzento.
Serve para que todos que se acham grande coisa, percebam que
somos apenas parte de algo maior.
 As Escolas de Magia
Depois de muitas guerras, conflitos e tragédias relacionadas
ao poder da magia, os poderes vigentes de Hereva chegaram
a conclusão que a magia sendo utilizada em larga escala e
sem controle era de fato ameaçadora para todas as pessoas
de Hereva. (Não sei se eles perceberam isso antes ou depois
da confusão com o Galo maluco, mas deixamos isso para mais
adiante). Com o objetivo de limitar o conhecimento perigoso,
vários reinos começaram a trancar seus segredos e até a
queimar livros de magia, até que resolveram se reunir com
os Dragões citados no pergaminho.
Após a reunião, dezenas de Eruditos e estudiosos de magia
de todos os reinos começaram a estudar e reestudar tudo
que sabiam. Eles precisavam “entender o brinquedo”, até
que um dos grupos de Eruditos liderados por um até então
desconhecido chamado Gary Garfield teve a ideia de separar
a magia por cores.
E assim, ele fez. Separou os diversos tomos e técnicas de todas
as magia conhecidas por cor e tipo, onde cada tipo significava
uma coisa diferente. Quando acabou o estudo, ele chamou
de “As Seis Cores da Magia”, e apresentou aos membros do
concílio. Os membros acharam interessante, mas Garfield,
que tinha um irmão dono de uma loja que trabalhava com a
Alakazam.Com (falaremos dela mais adiante) foi mais longe.
“Podemos... até fazer cartas de baralho com as magias, que
ficaria mais fácil, cada magia de sua cor... - ele disse - e
então lançaremos à venda baralhos iniciais com várias magias
simples de todas as cores, e por um preço de mais ou menos
100 Ko, mas as magias boas viriam aleatoriamente em pacotes
chamados 'Boosters’ que teriam 15 magias incomuns e quem
sabe a chance de uma ou duas magias mais raras. Criaríamos
um comércio com a Alakazam.com, e só quem tivesse muito
dinheiro poderia ser mago, já que teria que comprar muitos
'Boosters’ para aprender os feitiços mais poderosos.”
Esse plano automaticamente gerou uma revolta entre as
Bruxas mais pobres e simples de Hereva. Era idiotice colocar
a magia na mão apenas dos ricos e poderosos que poderiam
comprar centenas de Boosters. Além disso, pessoas que tinham
Daltonismo ou eram cegas nunca iriam aprender magia. A
Magia era parte do povo, e não ia ser um bando de magos
ricos que iria acabar com isso.
Logo, várias Bruxas se uniram para confabular em como iriam
resolver esse problema, de um modo que não envolvesse apenas
poder, dinheiro e uma boa visão. Até que uma Bruxa, Sansevieria,
enquanto confabulava com os espíritos já desencarnados, teve
uma ideia. A ideia de cores era idiota, mas a separação de áreas
da Magia era algo interessante. Sansevieria era muito boa com
feitiços de conjuração de espíritos, controle de luz e leitura de
mentes, e resolveu criar uma Escola que ensinava justamente
isso que ela sabia fazer. Ela chamou essa escola de Ah, e tomou
três alunas para ensinar tudo que ela sabia.
Dente de Leão, uma furriana que vivia nas florestas e não
chegava nem perto da civilização e nem sabia que essa balbúrdia
de cartas e cores da magia estava acontecendo, já era líder de
uma tribo de Hippies que viviam apenas da natureza, e era
especialista em magias de transformação e controle de plantas
e animais. Quando foi encontrada por um Explorador chamado
Carlos Denham e ficou sabendo de toda história, disse:
- Isso é ideia de jacu.
Carlos tentou levá-la para a cidade de Komona, para mostrar
que ela podia se transformar em animais e tentar ganhar um
dinheiro com isso, e quando ela se negou, ele a capturou
usando uma bela atriz chamada Jane como isca, que ganhou
a confiança de Dente de Leão. Logo após isso, a levou para a
cidade, apresentando ela como “Monga: A Mulher Gorila”, e
querendo forçá-laa se transformar para um público pagante.
A ideia saiu pela culatra quando ela se soltou das algemas,
transformando-se em um Wyvern e invocou centenas de
animais, incluindo Dragões, para destruir todo aquele circo.
Dente de Leão e Jane fugiram juntas de volta à floresta,
onde viveram juntas por muitos anos. Mas elas não foram
as únicas que foram para a floresta. Muitas das pessoas que
souberam do acontecido, além de vários curiosos, foram
morar na tribo de Dente de Leão para aprender os costumes
e os ensinamentos dela. Assim nasceu a escola de Hippiah.
Assim, uma após outra, as escolas de Hereva foram
naturalmente aparecendo. Três irmãs, donas do melhor
serviço de buffet de Komona criaram a escola de Magmah.
Em Qualicidade, Apiaceae criou o que se tornou mais tarde
a escola de Zombiah, junto com sua irmã. E por fim, Chicory
descobriu como controlar e dominar as forças que geravam a
própria realidade, e chamou esse conhecimento de Chaosah.
De Aquah não se sabe muito, mas uma sereia sem nome foi a
primeira a se especializar e ensinar outras sereias a magia do
clima e das águas.
O plano dos baralhos foi por água abaixo. Ninguém era bobo
o suficiente para comprar baralhos que ninguém sabia o que
vinha dentro, além se se obrigar a pagar centenas de Ko por
“Boosters” que… ninguém sabia o que vinha dentro. Assim,
a ideia das seis cores da magia faliu Garfield e seu irmão.
E assim foi o fim dos irmãos Garfield. Mas não foi fim dos
baralhos. Eles desempenharam um papel muito importante em
outro lugar, como vocês verão mais adiante.
Nas décadas que seguiram, diversas escolas foram
construídas por toda Hereva, recebendo fundo dos reinos,
e cada escola com seu próprio método, formou centenas de
usuários da Rea, promovendo uma verdadeira revolução
no reino, chamada de A Revolução Mágica e tornando a
civilização Hereviana única e agora definitivamente ligada
às escolas de Magia.
Conhecendo as Escolas de Hereva
Além das escolas de magia e bruxaria, diversas outras
instituições surgiram, cada uma destas com suas
características únicas e próprias que se desenvolveram
conforme as necessidades do reino. Formaram-se então
grupos de mercadores, magos, criadores e fabricantes
de toda forma de equipamentos e itens vendidos por toda
Hereva e ainda mais, até mesmo instituições para aqueles
nascidos sem grandes habilidades mágicas e até mesmo sem
nenhuma. À frente, um descritivo das escolas mais comuns
e de evidência no reino, servindo como a estrutura base
onde a sociedade de hereva é construída.
 Escola Chaosah
C
haosah está na base do Triângulo Impossível e forma a base de todas as
outras mágicas em Hereva. É a casa do tempo, da gravidade, da física
das partículas e das forças divinas subterrâneas. Alguns postularam
que a magia Chaosah flui e controla toda a magia em Hereva de forma minuciosa,
mas os praticantes de Chaosah tendem a trabalhar em locais fechados e detestam
compartilhar seus segredos mágicos com estranhos.

A magia Chaosah, mais do que outros sistemas mágicos, valoriza a magia prática
em vez de exibições chamativas (e casos em que esse valor não é levado em
consideração mostraram consequências excepcionais). A magia Chaosah pode
alterar a forma e o tamanho dos seres vivos e pode até abrir portais (chamados de
“buracos negros”) para mundos fora de Hereva. Chaosah não funciona como uma
escola tradicional. Os alunos não enviam pedidos de inscrição; em vez disso,
Chaosah prefere usar seus próprios métodos de recrutamento.

Membros conhecidos:

Chicory (fundadora), Thyme (mestra), Cayenne (mestra)

Cumin (mestra), Pepper (bruxa)

A fundação de Chaosah
Chaosah foi fundada por uma jovem bruxa chamada
Chicory. Ela foi uma bruxa curiosa e adorava brincar
com magia. Certa noite ela estava brincando e
topou com o feitiço “Buraco negro Chaosah”
(que é um feitiço característico de todas as
bruxas Chaosah). Ela chamou sua magia
de “Chaosah” porque sentiu que estava
canalizando o caos de Hereva para
realizar seus encantamentos mágicos.

Suas descobertas chamaram a atenção de

outras bruxas com ideias semelhantes e ela lhes ensinou o
que havia aprendido. Eventualmente, mais alunos chegaram
e Chicory passou todo o seu tempo formando alunos. Seu
plano original era ter vários de seus alunos mais talentosos
ensinando os alunos mais novos, mas os alunos queriam
ouvir as palavras de Chicory diretamente da fonte. Então
ela nomeou sua primeira aprendiz. A aprendiz é conhecida
como “A aprendiz anônima” na literatura de Chaosah.
Essa aprendiz estava ansiosa para agradar Chicory, e
sua mestre ficava cada vez mais frustrada e impaciente
quando ficava longe de suas pesquisas.
Certo dia, Chicory precisava de algo da prateleira de cima
de uma das prateleiras de poções. “A aprendiz anônima”
esperava agradar a já frustrada Chicory, e decidiu dar-lhe a
poção o mais rápido possível. Infelizmente, a aprendiz achou
que não havia tempo suficiente para pegar uma escada e,
em vez disso, decidiu escalar as prateleiras vacilantes para
pegar a poção. As prateleiras dobraram com o peso, e as
poções se estilhaçaram e se espalharam por toda a “aprendiz
anônima”. As poções combinadas de maneira imprevisível
fizeram a “aprendiz anônima” desaparecer.
Após o incidente, Chicory selecionou alguém para
substituir sua aprendiz (agora ausente). Embora ela não
pudesse mais ter um verdadeiro aprendiz (já que os rituais
em torno do aprendizado são feitos para a vida toda, e a
esperança era que a aprendiz ainda estivesse viva, em
algum lugar) ela selecionou uma jovem bruxa ansiosa
chamada Thyme para assumir o papel. Thyme trabalhou em
estreita colaboração com Chicory para garantir que Chicory
tivesse mais tempo para fazer suas pesquisas, mas, apesar
dos esforços de Thyme para isolar sua mentora, ainda havia
pessoas que exigiam receber instruções da própria Chicory.
As exigências de dirigir a escola e “ser o líder de Chaosah”
cobraram seu preço em Chicory.
Diz a lenda que Chicory decidiu que havia concluído seu
ensino das Bruxas de Chaosah e decidiu se isolar em uma
dimensão de bolso, onde poderia continuar sua pesquisa sem
ser perturbada. Se ela vai voltar é assunto para especulação
e lenda. Antes do desaparecimento de Chicory?, havia um
pequeno bando de bruxas que faria uma vigília à espera do
eventual retorno de Chicory.
Thyme assumiu a função de administrar a escola, mas
alguns alunos achavam que ela não tinha a autenticidade de
Chicory. Gradualmente, esses alunos foram mudando para
outras escolas. Thyme se ressentiu da partida deles, e esse
ressentimento alimentou suas últimas noites de pesquisa
sobre a Magia Chaosah. Alguns dizem que este período
de pesquisa foi maior do que qualquer coisa que Chicory
publicou nos anos de formação de Chaosah. Existem mais
manuscritos com a caligrafia de Thyme do que qualquer
outra bruxa Chaosah até hoje. Thyme até aperfeiçoou a
dimensão de bolso por meio de tentativa e erro. Apenas
bruxas tolas fazem a conexão com os experimentos de
Thyme na dimensão de bolso e a estatura atual de Thyme.
Gradualmente, a escola de Chaosah tornou-se mais secreta
e isolada à medida que os alunos iam embora. A escola
fez um esforço mínimo de recrutamento para mantê-la
funcionando. Houve muitos períodos em que Chaosah seria
muito seletiva, e períodos em que Chaosah levaria qualquer
um que quisesse. Uma coisa que todos os alunos tinham em
comum era a capacidade de resistir aos acessos de raiva
de Thyme. Apenas Cumin conseguiu resistir o suficiente
aos discursos e ameaças de Thyme por tempo suficiente
para se tornar sua aprendiz. Se Thyme fez de Cumin uma
aprendiz como um favor a alguém ou apenas para fazer
com que Cumin parasse de importuná-la, ninguém sabe.
Algumas bruxas Chaosah se perguntaram se Cayenne teria
sido o aprendiz de Thyme se Cumin não tivesse sido aceita
antes da chegada de Cayenne.
Chaosah e a Grande Guerra
Durante a grande guerra, todos os membros de Chaosah
foram exterminados pelas forças de Ah. Isso perturbou o
equilíbrio de Hereva e fez com que a Grande Árvore de
Komona morresse, espalhando Rea por todo o mundo.
Percebendo que Chaosah era parte integrante da magia de
Hereva, os adeptos de Ah recrutaram a Escola de Zombiah
para ressuscitar Chaosah o suficiente para treinar um
herdeiro. Apenas três das bruxas de Chaosah puderam ser
ressuscitadas adequadamente: Cayenne, Thyme e Cumin.
Assim que as bruxas de Chaosah retornaram, o equilíbrio
de Hereva foi restaurado. Como parte do acordo de seu
retorno, elas eram encarregadas de produzir um herdeiro
para a escola de Chaosah, visto que os termos de sua
ressurreição as impedia de continuar por conta própria.
Sabedoria de Chaosah:
“Um bom olhar sombrio vale uma dúzia de maldições! [...]”
Olhe para eles. Domine-os! “- Cayenne (retransmitida por
Pepper no ep. 17)
“Conhecer as plantas comestíveis é saber onde encontrar
poções prontas para combater a fome!” - Cumin (transmitido
por Pepper no ep. 17)
Magmah está no centro à direita do Triângulo e, como Hipiah,
é considerada uma importante escola de magia. É a casa de
cozinhar, assar, grelhar, ferver, fritar, cozinhar a vapor,
torrar, mas também é a casa da alquimia e dos metais raros.
Como Hippiah, é uma escola de magia bem documentada,
embora não tão aberta quanto Hippiah. Adeptos de Magmah
tendem a usar uma mistura de magia de Hipiah e Magmah
para criar pratos incríveis, bem como materiais fortes para
outras escolas mágicas (notavelmente Zombiah, que usa esses
materiais para seus propósitos de animação).
 Escola de Magmah
Magmah foi fundada por três irmãs, Savory, Mint e Chive, que
eram exímias cozinheiras e utilizavam magia para cozinhar o
tempo todo. Um dia, Savory, a irmã mais velha, teve a ideia de
criar um serviço de Buffet, e chamou as duas irmãs para trabalhar
com ela. O serviço de buffet fez muito sucesso, tornando-se o
maior de Komona, e o estilo, glamour e graça das três irmãs
cozinhando chamou a atenção de vários alunos que queriam
aprender com elas a arte da cozinha mágica. Logo o serviço
de buffet virou frente de uma grande escola de magia, que
foi chamada de Magmah, por lidar com fogo e comida.
Magmah faz parte da vida diária, e encontrou utilizações
tanto em casa como para fabricação e guerras. Durante
a grande crise, a escola de Magmah percebeu (junto com
a escola de Hippiah) que eles poderiam fazer mais bem
ensinando uma forma diluída de sua magia aos povos de
Hereva. Por causa disso, a maioria das pessoas no Hereva
conhece uma pequena porção de Magmah, embora a
diferença entre um Veterano e um Aprendiz seja enorme.
Magmah hospeda um concurso ocasional para determinar
quem melhor domina as técnicas de Magmah não fazendo
parte da escola.
Membros conhecidos:
Savory, Mint e Chive (fundadores do serviço de bufê da
Magmah), Heliantha (fundadora da escola de magia),
Vanilla (mestra), Paprika (bruxa), Saffron (bruxa),
Tabasco (bruxa), Espelette (bruxa), Cubanelle
(bruxa), Aji (bruxa, Pasilla (bruxa).
Magmah e a Grande Guerra
A Grande Guerra começou como resultado de uma
discussão entre Magmah e Aquah. Como parte do tratado
(e como punição por iniciar a guerra), a escola foi
rebatizada de “Kielbasah” por Aquah por um período de
dez anos após a guerra. “Kielbasah” (linguiça defumada
de cheiro forte polonesa), Aquah explicou, “é o cheiro que
associam intimamente a toda Magmah”. Todos os registros
da época foram alterados magicamente para refletir a
mudança. Ainda hoje tem gente que tem dificuldade em
lembrar como se chama Magmah hoje.
 Escola de Aquah
A
quah está no meio-esquerdo do Triângulo
e também é uma escola importante. É a
casa da água, do vento, das nuvens e do
abismo. Pouco se sabe sobre esta escola, já que o principal
requisito é aprender a respirar debaixo d’água para tentar
frequentar os cursos. Isso é aceitável para Aquah, pois eles
se contentam em comungar entre si e os habitantes do mar.
Raramente interagem com os que estão em terra, e aqueles
que não cumprem os padrões da escola Aquah acabam
sendo arrastados para a praia (ou melhor, outra
pessoa os encontra). Como eles tendem a estar
fora de vista, fora da mente para a maioria
dos habitantes da terra, é fácil esquecer esta
escola, mas os sábios sabem que é temerário
descartá-los.

Membros conhecidos:

Sereia desconhecida (fundador, mestre real),

Spirulina (bruxa)

Aquah e a Grande Guerra

Aquah foi responsável pela escalada das
hostilidades na grande guerra. Como parte
do tratado (e como punição e retaliação),
a escola foi rebatizada de “Wharrgarblah”
por Magmah (como no som que se faz
quando se está se afogando). Isso também
durou dez anos, de acordo com o tratado
(embora alguns em Magmah achem que a
punição foi muito leve, já que poucos disseram
“Wharrgarblah” na cara de um praticante de Aquah.)
 Escola de Zombiah
Z
ombiah está no canto superior direito do Triângulo
Impossível e é uma das três sub-escolas de
“Evolução”. É a mais curiosa das casas, encontrando-
se na intersecção do macabro (morte, zumbis e escuridão)
e da transformação (reciclagem, reutilização e animação/
reanimação). Zombiah não trata especificamente de ressuscitar
os mortos, mas sim de trazer à tona o movimento inato em
todas as coisas. Só depois de séculos de conflito econômico é
que Zombiah foi aplicado a criaturas que antes viviam.
Os adeptos de Zombiah tendem a misturar sua magia com
Magmah a fim de criar melhores materiais para animar. Aqueles
que dominam os dois podem criar máquinas incríveis que
imitam a vida nos mínimos detalhes. A magia de zumbis tem sido
usada para criar máquinas como mordomos robôs, geradores
elétricos, linhas de montagem de fábricas e similares. Algumas
pessoas em Hereva ainda se sentem desconfortáveis com ​​
construções não vivas em movimento.

Embora Zombiah possa ser usado para reanimar criaturas

anteriormente vivas, seu uso principal é para criar máquinas
e melhorar a vida em Qualicidade. Zombiah exige que a
ressurreição aconteça apenas se o espírito estiver disposto.
(Não está claro para quem está de fora como ocorre essa
negociação entre corpo e espírito, mas Zombiah insiste que
isso acontece.) Há uma quase aceitação entre os adeptos da
escola de Ah e Zombiah sobre essa situação. Os adeptos de
Zombiah vêem sua magia como apenas mais
uma ferramenta para ajudar a tornar a vida
mais fácil por meio da automação e prolongar
a utilidade do corpo, trazendo o espírito de
volta se - e apenas se - ele quiser.

Os seguidores afirmam que o corpo

deve descansar depois que o espírito
se despedir, para que o espírito não
deseje permanecer para sempre em
seu antigo lar. Numerosas vezes os
filósofos de Hereva tentaram abordar
essa questão da conexão entre corpo
e espírito. Alguns acreditam que apenas
os seguidores de Ah sabem a resposta, mas a
escola se recusa a participar da discussão.

A prática de Zombiah continua, embora

principalmente em construções mecânicas
e os poucos que vão se ressuscitando.
Há indícios de que parte do tratado da
Grande Guerra resultou na redução
do uso da magia de Zombiah em seres
vivos, mas esses detalhes são mantidos
escondidos em um cofre de segurança
mágico que poucos podem acessar.
Alguns descreveram os construtos de Zombiah como estranhos
e misteriosos, embora alguns os achem charmosos e cativantes.
Isso atraiu respostas mistas de outras escolas de magia que se
perguntam se tais construções são capazes de ter pensamentos
independentes. Algumas pessoas especulam que a razão de Ah
continuar a monitorar Zombiah é para ver se essas construções
podem ter uma existência espiritual.
Membros conhecidos
Apiaceae (fundadora), Anêmona (irmã e co-fundadora com
Apiaceae), Príncipe Regente Monarda (primeiro governante
a receber a magia Zombiah em sua corte), Soumbala (Antigo
mestre, e atual conselheiro do Grão Mestre) Coentro (bruxa),
Coriander (Bruxa e Rainha de Qualicidade), Vesper (Atual
Grã Mestra)
Zombiah e a Grande Guerra
No final da guerra, quando Ah destruiu Chaosah, foi Zombiah
quem trouxe de volta os três membros de Chaosah. Isso levou
alguns a questionar se Ah mudou os termos do tratado depois
que Zombiah ajudou Ah a restaurar o equilíbrio.
Hippiah está no meio do Triângulo Impossível e é a sub-
escola central da magia de 'Evoluções’. É a escola de
plantas, criaturas, insetos (sim, até pragas como mosquitos)
e todas as coisas vivas. Hippiah é uma das escolas de magia
da Evolução mais conceituadas, pois é a escola mais disposta
a compartilhar seu conhecimento.
Escola de Hippiah
H
ippiah documenta a agricultura, jardinagem
e fertilidade em grande profundidade,
servindo como um guia para a maioria dos
fazendeiros de Hereva. Embora Hippiah sempre tenha sido
uma escola aberta, ela percebeu durante a grande crise
que não podia guardar seus segredos conscientemente e
começou a espalhar seu conhecimento por Hereva. Embora
os fazendeiros conheçam um pouco da magia de Hippiah, a
diferença entre um adepto de Hippiah e um mero praticante
é impressionante. Poucos fora das escolas de Hippiah
viram toda a extensão da magia de Hippiah, embora existam
histórias de vegetais e grãos que são tão saborosos que fazem
até mesmo as escolas de Magmah chorarem de alegria. As
técnicas mágicas de hippiah são tão populares que tendem a
se infiltrar no currículo de outras escolas.
Apesar de serem idolatradas por agricultores de toda Hereva,
muitas pessoas acham que uma Bruxa de Hippiah é uma Hippie
pacifista e plantadora de flores. Isso está longe da verdade.
Uma bruxa de Hippiah é ligada com toda a vida, desde o de
uma planta, até a de um Dragão, e sabe muito bem que a
vida tem um círculo de nascimento, crescimento e por fim,
morte. Mas até uma planta que está quase morrendo deixa
frutos e sementes para as próximas gerações, assim como
uma Ursa mãe deixa o conhecimento de sua natureza para
seus filhotes, que deixarão para seus próprios filhotes. E isso
é o ciclo da vida. A vida não termina com um indivíduo,
mas gira em todo mundo de diversas formas e meios. Uma
bruxa de Hippiah é o semblante do ciclo da vida, gerando,
cuidando, e quando necessário, matando.
Após a Grande Conjunção, que mudou toda estrutura das
Escolas de Hereva, Camomile, que era apenas uma aluna
recém formada, tornou-se a primeira Grão Mestre de
Hippiah, estabelecendo com Pepper, Shichimi, Saffron,
Coriander, Spirulina e Quassia as primeiras escolas de magia
multi-alunos de Hereva, a qual Quassia ficou como Diretora.
Membros conhecidos:
Dente-de-leão (fundadora), Botânica (Antiga mestre)
Basil (Antigo Mestre), Quassia (Antiga Mestre e Primeira
Diretora do que iria se tornar a Universidade Arqueológica
de Hereva), Millet (Professora), Camomile (bruxa,
Druida e Primeira Grão Mestre), Cardamom (bruxa,
e Diplomata das Fadas), Canela (bruxa)
Grande Guerra
Hipipah não desempenhou um papel ativo na Grande Guerra.
Seu papel era mais tentar curar a terra e fornecer comida
para as áreas devastadas pela destruição. Seu trabalho
continua até hoje, mesmo depois da Grande Conjunção.
Hippiah é:
“... não é uma mágica para fazer herbicidas” (ep18)
Escola de Ah
A Escola de Ah está no canto superior esquerdo do Triângulo
e é a última sub-escola de 'Evoluções’. É a casa da vida após
a morte, fantasmas, almas e é a porta aberta para universos
paralelos. Como Ah lida com espíritos e outros planos de
existência, seus segredos são cuidadosamente guardados.
Seja qual for a verdade, é mais fácil encontrar rumores de
Ah do que documentação escrita real, pois a escola proíbe
estritamente a documentação de suas práticas, preferindo
transmiti-las por meio de tradições orais a adeptos de
confiança. Os adeptos de Ah escolhem seus membros com
cuidado (alguns dizem que os próprios espíritos selecionam
quem deve aprender os caminhos do Ah), e não há relatos de
estranhos aprendendo sua magia.
Ocasionalmente, os adeptos do Ah deixam marcas em sua
jornada para que os outros as encontrem. O que essas marcas
dizem ainda é um mistério, mas aqueles que tentaram desfigurar
as marcas lamentaram sua decisão descuidada. Ah está
principalmente localizado na terra das luas poentes, que não
se refere apenas ao local onde as luas de Hereva se fixaram,
mas também aos dragões que encontram conforto em seus
últimos dias. Ah e os dragões vivem pacificamente juntos; os
dragões encontrando conforto em um lugar espiritual, e Ah,
em guiar os espíritos dos dragões para os céus.
Ah usa um sistema complexo de estilos de manto e apliques de
osso decorativos para transmitir status. A maioria dos muitos
adeptos de Ah usa vermelho com ossos brancos decorativos.
Apenas os cavaleiros de Ah usam ossos que foram tingidos de
preto por meio de uma cerimônia mágica. A líder do Templo
de Ah usa uma túnica branca distinta com uma complexa
peruca de osso preto adornando a parte de trás de seu
cabelo. As vestes brancas significam seu nível de conexão
com o mundo espiritual. Apenas ela tem permissão para usar
as vestes brancas.
Existem vários níveis conhecidos de adeptos do Ah. Os
primeiros são os iniciados. Esses são adeptos que são
ensinados na escola por meio do aprendizado comunitário.
Eles não saem da escola durante este período. Os iniciados
são encarregados de muitas tarefas de arquivamento e
processamento enquanto estão na escola, embora não sejam
permitidos nas áreas mais protegidas da escola. Os iniciados
que provam ser dignos se graduam e se tornam errantes.
Estes são os membros do Ah em Hereva mais comumente
encontrados. Eles viajam por todo Ah com provisões mínimas em
várias viagens conduzidas pelos espíritos e por um alto membro
do templo (ou ambos). Alguns adeptos viajam por Ah em jovens
dragões. Esses cavaleiros são selecionados pelos dragões e
formam um vínculo especial entre o dragão e
o cavaleiro. Esses pilotos têm privilégios
especiais na escola de Ah.
O nível mais secreto e exclusivo de
Ah são os Cavaleiros de Ah. Estes são
alguns adeptos selecionados de Ah que
mostram lealdade excepcional a ao líder
e um alto nível de aptidão dentro da
escola. É a maior honra de qualquer
membro do Ah ser escolhido para ser
um Cavaleiro do Ah.
Membros conhecidos:
Sansevieria (fundador)
Wasabi (Mestre deposta)
Shichimi (Bruxa, cavaleira de
Ah e 3a Grão Mestra)
Torreya (Cavaleira do dragão)
Grande Guerra
Ah foi a responsável pela
destruição de Chaosah durante
a grande guerra. O que acabou
com a guerra quase acabou com o
próprio Hereva, e a escola de Ah
percebeu que sem Chaosah o mundo
de Hereva sofreria um desequilíbrio
mágico que drenaria a própria
magia de Hereva. Elas recrutaram
um membro Zombiah obrigando-o
a ressuscitar os membros viáveis e​​
ficar de olho em Chaosah e em suas
tentativas de assegurar um herdeiro.
Os Templos de Ah
Os templos de Ah estão localizados na
terra das luas poentes, onde as três
luas de Hereva entram na LuaRosa
antes de se estabelecerem no horizonte. Foram moldados sobre
estruturas semelhantes a hiperbolóides naturais, com longas
escadarias sinuosas subindo para a plataforma. A água cai das
bordas dessas estruturas magníficas, formando poças abaixo,
delas com águas cor de azul-petróleo.

A terra das luas poentes também é o local de descanso final

para muitos dragões de Hereva, que vieram a esse lugar em
busca de conforto e paz muito antes de Ah construir seus
templos. Os dragões prestam pouca atenção aos praticantes de
Ah e eles os deixa em paz. Existe uma bela cerimônia para o
falecimento dessas grandes criaturas, mas poucos forasteiros
a testemunharam. A cerimônia chama o espírito do dragão para
fora do corpo e o guia para o plano espiritual. A morte do dragão
e a cerimônia consomem o corpo do dragão em um vórtice de
Rea, deixando apenas os ossos do dragão em seu lugar.

Os membros do Ah usam os ossos para moldar suas têmporas e

transformá-los em jóias ornamentais para usar no cabelo. Isso
cria uma curiosa justaposição entre a beleza natural da zona
e os vários vestígios dracónicos, tanto na arquitetura como
espalhados pelo terreno. Os membros do Ah acham que os ossos
dessas feras magníficas são uma lembrança da prisão do corpo
pelo espírito, e reforçam a crença de que o espírito deve ser
separado do corpo quando a morte vier para consumi-lo.

Os templos de Ah servem tanto como centros de adoração quanto

como sistema nervoso central para a escola de Ah. O templo
principal serve tanto como escola para estagiários e adeptos,
quanto como depósito e principal área de processamento das
informações que coletou sobre o restante de Hereva. Enormes
bibliotecas de informações existem dentro das paredes do
templo com relatórios dos adeptos errantes de Ah. É também
aqui que a atual Bruxa-Mestre tem seu escritório e aposentos
combinados para que ela possa estar sempre vigilante e sempre
presente no vasto fluxo de informações.

Poucos forasteiros ficam dentro dos templos de Ah. Os

visitantes recebem mantos verdes especiais para usarem
enquanto estiverem no templo. É raro ver alguém que não
fez o juramento de Ah usar as tradicionais túnicas vermelhas
e capacetes de osso típicos da escola.
Os Liceus de Armas
Os liceus são castelos-fortaleza construídos em diversas áreas
do reino, estruturas grandiosas onde alunos de diversas
regiões de Hereva vem para conhecer as artes do soldado:
Combate, Sobrevivência, Diplomacia, Estratégia e Arcanismo.
O Liceu de Sobrevivência ensina Habilidades de
sobrevivência, caça, pesca e gestão de recursos, mostrando
aos seus alunos a necessidade de uma boa administração,
tanto de recursos quanto de pessoas e de habilidades.

Essas especialidades são as responsáveis por tornar os
soldados tão poderosos e habilidosos. O estudo em um liceu
envolve treinamento diário tanto físico quanto mental e
social, e prepara seus alunos para as diversas áreas do mundo
militar de Hereva. Os Estudos no Liceu duram no mínimo seis
anos completos, sendo que todos os liceus terão no final do
primeiro ano as Seletivas, onde serão filtrados os soldados
de elite dos combatentes normais. Essa seleção é totalmente
baseada no talento e nas capacidades dos aprendizes, o que
faz o teste ser muito competitivo e disputado.
Um aluno exemplar de um liceu conseguirá concluir o
treinamento base em um ano completo, e se bem sucedido nas
Seletivas, poderá escolher uma das cinco escolas do liceu para
conquistar sua primeira insígnia. Assim, todos os alunos do
liceu deverão após o estudo básico escolher um dos liceus para
passar o próximo ano, sendo necessário viajar pelo reino e se
apresentar na próxima escola para iniciar os seus estudos.
O Liceu da Diplomacia mostra a seus alunos que mesmo o mais
habilidoso dos soldados deve aprender a hora de negociar e
a hora de desembainhar sua espada, mostrando que muitas
vezes a sabedoria e o discernimento são as maiores armas.
O Liceu de Estratégia ensina aos alunos que, quando a batalha
é inevitável, a estratégia e o conhecimento sobre o mundo
tático pode preservar a vida tanto dos soldados, quanto dos
inimigos e da população inocente próxima ao conflito.
O Liceu do Arcanismo ensina a seus aprendizes habilidades
básicas sobre a magia e sua capacidade, inclusive algumas
vezes ensinando técnicas mágicas para aqueles com
vocação para aprender. Entretanto, essa é essa é uma das
escolas mais difíceis e complexas de se estudar, tão rigorosa
que um único deslize pode fazer com que um soldado seja
dispensado de seu estudo, o que é considerado uma grande
vergonha para o mesmo.

Todos os Liceus são construídos em regiões de fácil acesso à

sua especialidade; por exemplo, o liceu de sobrevivência está
próximo a áreas selvagens, liceu de diplomacia fica próximo
às grandes cidades ou cortes, o de estratégia na capital, o de
Arcanismo próximo a Academia de Magia, e assim por diante.

O Liceu de Combate ensina aos seus alunos a arte da batalha,

o uso de armas, armaduras e escudos, sua construção, forja
e manutenção, sendo uma das escolas preferidas pelos
naanitas, e pelos elfos da primavera. Mais da metade dos
Liceus são liceus de combate, seguidos pelos Liceus
de Sobrevivência, e um ou dois dos outros.
Companhia
Cartográfica de Hereva
A Companhia Cartográfica de Hereva tem sua sede em Komona
(CCH) e tem o objetivo de mapear toda Hereva. Podemos dizer
que esse objetivo é mais um sonho do que uma realidade.
Hereva é um mundo caprichoso, mudando sempre e deixando
muitos cartógrafos mais antigos extremamente frustrados.
Outros, mais jovens e cheios de sonhos, acreditam que mapear
Hereva e todas as suas mudanças é uma escolha e um sonho
para toda vida. Afinal, Hereva NUNCA estará completamente
mapeada; assim, eles sempre terão coisas novas para descobrir.
Isso deixa os cartógrafos antigos ainda mais frustrados, pois
queriam se aposentar tipo, faz dez anos.
Alguns locais de Hereva são muito bons com os cartógrafos,
mudando muito pouco com o passar dos anos. Outros,
aparentemente, são mais arredios. Uma floresta no Nordeste
de Kerberos, por exemplo, é tão arredia com os cartógrafos
que vinte minutos depois que eles foram embora, já mudaram
todo seu terreno, aparentemente só de birra. Outra coisa
digna de nota aqui é o Arquipélago das Sereias. Toda vez que
o arquipélago é visitado por um cartógrafo, as ilhas mudam
todas de lugar, deixando-os literalmente malucos.
A Companhia Cartográfica de Hereva oferece mapas
de atualização automática para clientes a um preço de
assinatura modesto. A empresa está sempre fazendo missões
de exploração, enviando representantes para mapear a
geografia de um local específico, o que chamam de “Missão
em Sítio”. Esses representantes vasculham para ver o que
mudou e relatam suas informações por meio de seu processo
proprietário de mapeamento mágico. A empresa se orgulha de
seus mapas serem da mais alta precisão possível e seu serviço
é uma pechincha - pelo dobro do preço.
No entanto, o processo leva tempo e houve casos em que o
terreno muda mais rápido do que o mapa. Alguns argumentaram
que os mapas gerados pela Companhia Cartográfica de Hereva
oferecem um pouco de conhecimento da geografia e dos
padrões de Hereva e que não é possível fazer melhor.
As escolhas dos locais de missões de atualização cartográficas
são de escolha do conselho dos cartógrafos. Como ideal, eles
tentam mapear todos lugares na mesma frequência, mas é
sabido que alguns locais são mais atualizados que outros, o
que leva a fofocas que alguns dos membros do conselho estão
mancomunados com pessoas de terra que têm algo a ganhar
com isso; mas essas fofocas são chamadas de “absurdas”.
Muitas dessas missões são lideradas por Exploradores treinados
da Universidade Arqueológica de Hereva, o que dá uma
invejinha para a UAH e nos próprios Cartógrafos Veteranos.
A CCH diz que é bom trazer o conhecimento dos Exploradores
da Universidade, afinal, eles se importam tanto com o passado
quanto com o presente. Porém, a Universidade alega que o real
motivo de ter Exploradores na CCH é que eles pagam mais em
dinheiro que em renome, algo implausível para a UAH. Em meio
a esses dois lados, temos a Equipe de Cartógrafos Veteranos,
que fica extremamente chateada com toda situação e já está
pensando em montar um sindicato para proteger seus direitos.
Observadores cuidadosos podem notar que os mapas fornecidos
pela Companhia Cartográfica de Hereva (CCH) mostram que a
Hereva está se expandindo lentamente e criando um novo
território a cada poucos meses. Infelizmente, os mapas mais
antigos são substituídos pelas atualizações mais recentes,
por isso é difícil compará-los ao longo do tempo (e a CCH não
permite salvar mapas antigos).
A declaração oficial da CCH sobre a expansão de Hereva é
que isso não está acontecendo (e lembre-se de manter-se
atualizado com as últimas mudanças através do nosso serviço).
Mas alguns representantes, em condições de anonimato e
após algumas libações vigorosas, rebatem esta afirmação. Se
isso é verdade (ou apenas uma forma de obter bebidas grátis)
não está claro neste momento.
Nota do autor: Vale dizer que um tio meu que mora em uma
caverna disse que muitos Exploradores estão trabalhando para
o CCH apenas para copiar os mapas antigos e comparar com os
novos, para ver que caminho Hereva está tomando.
Isso, claro, é conversa de eremita doido.
Os Santuários de Ah
A igreja de Ah é uma organização recente em Hereva, que
surgiu há cerca de cem anos através dos atos de uma uma
jovem de bondosa bruxa chamada Miranda, que se tornou
que se tornou a profetiza de toda a fé de Ah.
Miranda foi uma bruxa cuidadosa e especializada no
tratamento de doenças e maldições, não se importando se as
pessoas tratadas possuíam ou não recursos. Durante muitos
anos ela vagou de cidade em cidade, tratando pessoas
doentes, feridos e amaldiçoados em regiões distantes,
vilarejos afastados e até mesmo regiões ermas.
A Bruxa, que inicialmente iniciou seu percurso sozinha, pouco
a pouco juntou um séquito ao redor dela, tanto de pessoas
que queriam protegê-la, como Cavaleiros e Exploradores, até
fiéis na bondade da mesma e que queriam ser seus alunos e
seguidores. O séquito se tornou muito grande com o passar
dos anos, e Miranda viu isso como uma oportunidade de
fundar templos para continuar seu trabalho em locais onde
as pessoas mais precisavam. Assim, quando ela fundou seu
primeiro santuário, ela escolheu três de seus melhores alunos
para cuidar dos trabalhos no templo, e mais um grupo de
amigos para cuidar dos serviços mundanos como proteção e
diplomacia. E assim seguiu sua caminhada, cada vez juntando
mais seguidores e fundando mais e mais santuários.
Assim, de pequena em pequena boa ação, os templos e os
primeiros sacerdotes da fé de Ah surgiram, quase sempre como
retribuição de pessoas cuidadas, que doam coisas simples como
móveis, tijolos, madeira, argamassa entre outros materiais de
construção, alimentos, ervas medicinais, remédios, roupas,
cobertores e peles ou simplesmente utilizando seu trabalho
para ajudar a levantar os templos com os materiais doados.
A maioria dos seguidores da fé são pessoas simples, que
receberam ajuda de Miranda em algum momento e que por
fim se converteram ao culto à Santa Viajante, tornando-se
sacerdotes, párocos e até mesmo construtores cuidadores e
guardiões dos templos nascidos da fé. Possuem como único
mandamento ajudar aqueles que procuram os templos, sem
cobrar ou exigir qualquer coisa dos fiéis. É claro que, com
o crescimento e expansão do culto, surgiram pessoas mal
intencionadas usando o nome da santa e de seus seguidores
para vender curas e indulgências aos desavisados.
Porém, quando um verdadeiro sacerdote da fé descobre que
alguém está utilizando o nome de sua sacerdotisa e fé de
maneira mesquinha e que fogem de seus dogmas, ele poderá
invocar as bênçãos da sacerdotisa e, caso seja atendido,
receberá uma variada gama de poderes de combate, tornando
se um paladino da fé de Ah, o que irá durar até derrotar os
falsários ou ser derrotado por eles.
A fé de Ah não possui um santuário central e uma estrutura
organizada de hierarquia: todos os sacerdotes e fiéis possuem
funções semelhantes dentro da religião, fazendo trabalhos
desde limpeza, manutenção, construção, preparando remédios
e alimentos conforme a necessidade do templo. Existem junto
a isso grandes laços de amizade e respeito mútuo, que com
certeza impressiona aqueles que não pertencem à fé.
De Miranda, ninguém sabe seu atual paradeiro. Sabe-se
que os últimos de seu Séquito fundaram, há dez anos, um
Templo na Borda do Deserto da Tempestade Negra, e ela,
já beirando cento e quarenta anos, entrou no deserto com
seus dois melhores amigos, Jandira Tempestade de Fogo e
Tarsio, o Faz-Tudo. Desses três, nunca mais ouviu falar,
mas o nome da patrona e criadora dos Santuários de Ah
vivem para sempre no coração daqueles que foram curados
por um sacerdote de Ah.
A Universidade
Arqueológica de Hereva
A
Universidade Arqueológica de Hereva, (UAH,
para simplificar) é uma instituição espalhada
por toda Hereva que tem como objetivo
descobrir, localizar e estudar toda cultura de todos os povos
que viveram e que vivem em Hereva, com o propósito final
de documentar a história do mundo e utilizar o conhecimento
aprendido para melhorar a vida atual dos cidadãos. Diferente
da CCH, a UAH tem como objetivo ensinar conhecimento sem
custo para os cidadãos de Hereva.
Assim, a UAH funda escolas, monta expedições, cria museus
e exposições, - todas sem custo para as pessoas mais pobres,
- mas aceita doações de ex-alunos ricos, utilizando todo esse
dinheiro para melhorar as condições das instituições que ela
cuida e melhorar cada vez mais a vida dos cidadãos de Hereva.
Uma das coisas que a UAH faz é criar tecnologias baseadas em
descobertas para vender para projetistas e empreendedores
criarem coisas novas e maravilhosas, como a banheira com
hidromassagem, a panificadora automática e o caminhador
de pets. Neste quesito eles batem de frente com as Bruxas
de Zombiah, com as quais dividem as descobertas mano a
mano, gerando uma disputa eterna entre os pesquisadores
da UAH e as Bruxas de Zombiah sobre qual traz as melhores
tecnologias para as pessoas.
A universidade forma os melhores exploradores de toda Hereva,
pessoas que prezam tanto ensinar em salas de aula quanto enfiar
as pernas até a cintura de lodo em meio aos pântanos escondidos
procurando ruínas antigas. Muitos desses exploradores
continuam trabalhando na Universidade, seja como professores,
estudiosos, exploradores de campo, enquanto outros vão por
outros caminhos, trabalhando para a Companhia Cartográfica,
ou para Lordes em suas expedições privadas.
Na parte hierárquica, a Universidade tem o Grande Reitor,
escolhido a cada dez anos; abaixo dele, tem todos os Diretores,
Reitores e Curadores de todas escolas, universidades, museus
e instituições que são cuidadas pela UAH. O processo eletivo é
feito baseado em cada Instituição.
Todos os alunos, professores e funcionários de uma
instituição votam nos candidatos que eles querem como
Grande Reitor. O reitor ou diretor da instituição acata (ou
não) os votos dos seus alunos e equipe e ele vai até a UAH
para a eleição, onde ele vota na frente de seus pares, em qual
pessoa ela quer que seja o Grande Reitor pelos próximos dez
anos, no chamado Concílio. O Concílio sempre acontece na
instituição que o Reitor atual coordenava, ou em algum local
a escolha dele. No concílio, o candidato mais votado precisa
ter 50% +1 voto de todas as instituições para se eleger. Se
não chegam a um consenso, é dado aos votantes seis horas
para discutir e votar novamente, até conseguir um consenso.
Nesses concílios já houve situações malucas, como no
chamado Concílio da Pedra Rachada, que durou doze dias e
doze noites, em uma briga direta entre a Professora Opala
e o Professor Neindrade, até que, durante a madrugada,
estourou uma furiosa tempestade, tão forte que seus raios
racharam o salão no meio. A professora Opala salvou a vida
do professor Neindrade e de mais vinte diretores e reitores
com um feitiço de escudo mágico. Nesse momento, o próprio
Neindadre cedeu a vitória, em agradecimento ao salvamento,
o que Opala negou, dizendo que era papel dela ajudar os seus
pares. Essas palavras, bem como a gratidão fez o próprio
Neindrade votar em Opala, e assim o concílio terminou com a
vitória de Opala, a primeira Reitora que veio de uma pequena
escola do fundo do Ponta do Esquilo.
 A Confraria dos Mercadores
N
ão temos como falar da Confraria dos Mercadores
sem falar da Alakazam.Com(ércio), fundada um
pouco antes das Escolas de Magia. A Alakazam.
Com(ércio) foi a ideia de Jeffrey Beejus, um mascate que nasceu
na pequena cidade de Beejus, que fica a cinco dias (mais ou me-
nos) de viagem até Komona. Beejus é uma pequena cidade rural
que tem a maior plantação de flores de toda Hereva. Jeffrey
percebeu que os mercadores da cidade tinham muito trabalho
para negociar com os mercadores de Komona, que era pra onde
ia toda produção de Beejus, e resolveu montar um grande arma-
zém em Komona, para receber toda produção de Beejus, e de lá
negociar somente ele com os outros mercadores, criando uma
cooperativa de floricultores. Porém, Jeffrey não ficou apenas
nisso. Logo ele pensou em criar novas cooperativas, mas com
outras áreas, como grãos, armas, móveis, roupas, tudo centra-
lizado em Komona. Mas ele percebeu que precisaria ter postos
em todas as cidades de Hereva. Como ele não tinha vontade de
ficar passeando por todo o mundo, e preferia ficar só contan-
do o dinheiro, ele inverteu e terceirizou todo o serviço. Assim,
ao invés de ter várias cooperativas, ele teria vários mercadores
que trabalhariam para ele, e ele receberia sempre parte dos lu-
cros, enquanto os mercadores venderiam os produtos que ele
comprava nas cooperativas e lojas que ele tinha contatos. Assim
nasceu, há muito tempo atrás, a chamada Alakazam.Com(ércio).
Com muito trabalho, Jeffrey Beejus se tornou milionário,
e colocou os quatro filhos dele controlando pontos-chave
do negócio. Preston, o filho mais velho, tomou o comando
dos negócios, e manteve a mesma postura do pai. Dandara,
a segunda irmã, cuidava das distribuidoras. Para a família
Beejus, tudo ia bem, e o dinheiro chegava na mão deles com
facilidade, sem muito esforço.
Quem não achava divertido isso tudo eram os irmãos mais no-
vos de Preston e Dandara. Diego e Lámen (que era adotada) se
criaram andando com os funcionários e com os vendedores e
logo cedo entenderam que no mundo dos negócios da Alaka-
zam.Com(ércio) tinha muitos esquemas, negócios fraudulentos,
vendedores sem ética. Sem falar que os vendedores honestos
eram os que mais padeciam, pois não ganhavam comissão sobre
o que vendiam, enquanto os desonestos faziam rolos e esquemas
com seus supervisores pegando rotas onde podiam superfaturar
produtos para vender com muito lucro, gerando um esquema
que não só jogava o nome da Alakazam.Com(ércio) na lama, bem
como a ética de ser um bom comerciante.
Eles até tentaram ajudar a empresa a ir para o rumo ético, criando
um conselho de Ética e fomentando com os vendedores
a criar um sindicato, mas tudo foi em vão. Assim, eles
resolveram sair fora do negócio da família e montar o seu
próprio, que tivesse a Ética e Honra que eles tinham como
mercadores. O pai Jeffrey não achou isso uma boa ideia, e
deu o equivalente a 50.000 Ko para cada um e mandou os
dois tomarem o rumo, já que não “queriam trabalhar como um
bom Beejus”. A esposa de Jeffrey ficou do lado do marido, e
os dois filhos foram basicamente expulsos de casa.
Diego e Lámen foram para Qualicity, onde eles pegaram os
100.000 kos e se juntaram com vários artesãos e donos de Lojas,
com o objetivo de criar uma confraria. Os criadores trocariam
produtos entre si por um preço mais acessível, para criarem
produtos de maior valor agregado e poder revender com um
custo mais baixo. Lámen ficou com a parte do comércio, e
Diego com a prospecção. Juntos eles fundaram a Confraria dos
Mercadores. Nela, cada mercador seria dono de seu negócio,
sendo a sede da confraria apenas um conselho regulador,
sempre prezando na Ética e no Lucro Honesto. Os negócios
iam andando muito devagar, mas os irmãos trabalhavam com
gosto, já que estavam fazendo o que gostavam.
O pulo do gato veio com a entrada na Confraria de Débora
Pimenteira, uma Bruxa de Zombiah, a qual Diego se apaixonou
no momento que a viu. Mas, em prol de se manter no tema,
vamos dizer que os dois casaram no fim da história. Débora
Pimenteira foi uma das estudiosas que estavam no grupo de
pesquisa de Garfield (aquele lááááá das cartas, lembram-se?) e
tinha uma ideia de negócio para a Confraria. Cartas Mágicas.
Mas não cartas que ensinavam feitiços. Cartas encantadas que
tinham feitiços dentro delas, sendo facilmente utilizadas por
qualquer pessoa. O único porém, é que para isso acontecer,
Débora precisava de um grande laboratório de encantamento
e de uma gráfica, além de muitos recursos para começar.
Enquanto Diego estava aturdido com a bela moça, Lámen
teve uma ideia… e se fosse esse o diferencial que a Confraria
precisasse? E se as cartas fossem dadas e utilizadas apenas
pelos Mascates e Mercadores da Confraria?
Lámen e Diego trocaram olhares, e agarraram a ideia
firmemente, da mesma forma que Diego queria agarrar Débora
(mas só conseguiu no final). Eles deram todos recursos para a
bruxa, que criou um deck especializado em cartas exclusivas
para os membros da Confraria. Estes receberiam e utilizariam
as cartas como cupons para os clientes, e para se defenderem
dos perigos que estivessem no caminho.

As cartas fizeram muito sucesso. Tanto sucesso que a

confraria começou a crescer exponencialmente, gerando
para todos Mascates (incluindo aqueles que abandonaram a
Alakazam.com e foram trabalhar com os irmãos) e mercadores,
bem como todos os associados. Em vinte anos a Alakazam.com
faliu, e Diego e Lámen compraram a sede em Komona de sua
família e transformaram na sede da Confraria dos Mercadores.
Anos depois, a filha de Diego e Débora, Molly, aproveitando
da grande gráfica necessária para fazer as cartas, criou o
Almanaque, que é um livreto mágico com todos os produtos
que a Confraria vende, bem como o preço , taxa de entrega e
que avisa magicamente o mascate mais perto se alguém quer
comprar um dos itens do mesmo. Bem, com essa história toda
das cartas podemos dizer apenas uma coisa: quem quer lacrar
e ganhar em cima dos outros não lucra.
 Capítulo 5
Reflexões, conciência e
Elfos, muitos Elfos
L
inien nunca tinha considerado a sua vida como sendo
exatamente “agitada”, ou sequer muito animada, como se
repleta de eventos que fossem considerados até mesmo
normais. Tudo se limitava a acontecimentos repetitivos e regu-
lares que poderiam ser julgados como bem entediantes da forma
que ela pensava a respeito de seu dia a dia em uma limitada vida
de garota vivendo em um orfanato cercada de outras como ela.
Contudo, recentemente algumas de suas escolhas no que dizia
respeito ao seu próprio “destino”, ou como ela assim chama-
va em sua mente, haviam colocado não apenas a vida dela,
mas das outras garotas ao seu redor completamente sob a luz
de uma nova perspectiva. Todos esses pensamentos estavam
girando como um verdadeiro furacão dentro de sua cabeça já
a algum tempo. Agora entretanto, o caos chegava a uma in-
tensidade que ela sentia uma necessidade incontrolável de se
expressar através de palavras:
- Sabe… Não é como se eu tivesse pensado EXATAMENTE em
cada parte da minha fuga.
- Como assim? Do que você está falando? - Questionou Salvi
de forma curiosa, sem entender ao certo do que se tratava.
- Eu pensei “bom, é apenas um quarto e não uma prisão! É só
abrir a janela e descer até lá embaixo” de resto… Foi mais im-
provisando conforme exigia a situação, sabe? Claro que desde
que comecei a tomar algumas decisões ao longo do caminho as
coisas foram ficando um pouco mais… complicadas. Bem mais
complicadas na verdade.
- Quando você diz “Complicadas” você quer dizer como quan-
do aquelas plantas pegaram vocês? Ou quando fomos perse-
guidas por corujas e corremos sem direção pela floresta? Ou
talvez quando encontramos a mais recente membro de nosso
incrível grupo, que poderia ter me matado por engano? -
Enumerava Salvi, cada um dos eventos que recordava.
- Para dizer a verdade… estava pensando mais sobre agora, sabe?
Linien e Salvi sussurravam uma para outra enquanto cami-
nhavam lentamente, talvez lentamente DEMAIS de uma forma
quase cômica entre as ruas daquela que parecia ser uma vila de
elfos que haviam encontrado por pura obra do acaso perdida
em meio a floresta. Pareciam querer andar furtivamente, como
isso fosse impedir elas de serem vistas em meio a dezenas de
elfos que perambulavam pelo local. O que obviamente aos seus
curiosos olhos tornava tudo mais…inusitado.
Talvez para as garotas houvesse uma necessidade inconscien-
te de não serem percebidas ou algo sairia errado: seriam cap-
turadas, expulsas, presas ou algo talvez ainda pior! Contudo as
79
reações deles se limitavam a as observar por alguns instantes
de forma demorada, até mesmo interrompendo aquilo que fa-
ziam, mas não por mais de alguns poucos segundos.
antes de seguirem seu próprio caminho. Suas outras compa-
nheiras pareciam distraídas demais com todo o cenário para
ligar para isso, deixando a cargo delas “guiar” o grupo tão
logo que notavam que seria melhor simplesmente andar.
- Foi você que quis entrar, nós só seguimos você - Sussurrou
Salvi enquanto sorria e acenava tentando, inutilmente pare-
cer de alguma forma normal como se os únicos visitantes ali
não se destacassem como ponto central naquele cenário, pra-
ticamente brilhando em meio a todo aquele ambiente noturno.
- FOI VOCÊ QUEM…Achou, esse lugar. - Linien teria grita-
do ainda mais, mas ao levantar a voz percebeu que chamavam
ainda mais atenção e agora era a vez dela sorrir de uma forma
um tanto artificial enquanto sua fala ia ficando mais e mais
baixa, ao mesmo tempo que insistia em acenar discretamente
para aqueles que a observavam, tentando de alguma forma co-
locar um pouco de normalidade em tudo aquilo. Poucos metros
atrás, era a vez de Clary questionar a sua mais nova amiga.
Esta que mantinha um olhar mais centrado, atenta a tudo que
ocorria ao redor delas:
- Você já tinha encontrado algo assim Ellen? - A coruja em sua
cabeça permanecia quase que imóvel, como se compartilhan-
do do nervosismo não apenas da dona mas do grupo em um
todo.”Penoso” apenas eventualmente piscava seus grandes
olhos em seguida girando completamente em outra direção em
um movimento característico da espécie com o pescoço. Cla-
risse pode perceber Eleanor, a quem havia oficialmente “apeli-
dado” instantes antes de entrarem também mover a cabeça, de
forma negativa no que dizia respeito a resposta da pergunta
que acabava de fazer:
- Nunca. Na verdade esse tipo de local nem deveria ser sim-
plesmente “encontrado”. Além disso, todos eles…Estão ape-
nas nos observando como se estivessem… - Elanor parou de
repente, como se percebesse alguma coisa,algo de errado
enquanto mantinha o olhar fixo em uma direção diferente.
Isso fez com que não apenas Clarisse, mas as outras duas que
andavam mais a frente também parassem direcionando sua
atenção para ela, que após alguns segundos completamente
imóvel, subitamente corresse em disparada na direção em que
observava instantes atrás sem grandes explicações.
- Era só o que faltava! Eleanor, ESPERA! -Logo as quatro
garotas corriam em velocidade pelo local. Por mais que Linien
80
tivesse logo reagido e seguido a colega de jornada, Eleanor
parecia ter um preparo físico muito superior às demais,
sendo que a distância entre elas era cada vez maior. Consegui-
ram por pouco a ver entrando em uma daquelas construções,
as quais as garotas não tiveram muito tempo para analisar de-
talhes do exterior antes de apressadamente fazer o mesmo.
- Linien, devagar! - Clarisse parecia quase desmaiar ao falar
aquilo, com as mãos nos joelhos tentando recuperar um ar que
já não tinha dentro de seus pulmões. Respirava com certa difi-
culdade enquanto Salvi, que havia entrado no local instantes
antes, olhava ao redor: a falta de iluminação dificultava que
observassem grandes detalhes do paradeiro de Eleanor, mas
havia apenas uma grande passagem adiante, o que deixava
suas escolhas bastante simples. Restava apenas avançar!
- “Você tá legal Clary?” “Claro Clary, obrigada por se pre-
ocupar!”- Clarisse fez um breve monólogo devido a falta de
questionamento de suas colegas antes de seguir. Uma fraca
iluminação parecia oscilar, provocando a curiosidade de suas
jovens mentes. As 3, ou quatro se contarmos com Penoso tro-
caram uma confirmação silenciosa antes de lentamente andar
pelos corredores. O som de seus passos ecoavam, aumentando
seu nervosismo à medida que avançavam pelo local.
O corredor finalmente terminava em um grande salão, quase
que completamente composto por um grande corpo de água
que parecia fluir de algum ponto para dentro daquele salão,
fazendo com que ele mais lembrasse um lago. Dele vinha uma
fraca, porém constante luminosidade. Havia ainda um caminho
que atravessava a sala de uma ponta a outra, servindo como
passagem em meio a aquele belo cenário. Haviam estátuas de
figuras desconhecidas se erguendo em meio a água, que abri-
gava algumas flores em sua calma superfície. Tudo isso teve
sua atenção roubada ao que perceberam…
- ELLEN! - A voz de Clarisse saiu um pouco mais alta do que
ela desejava, fazendo com que ecoasse pelas paredes. Pe-
quenos peixes de diversas cores reagiam às ondas sonoras,
nadando assustados para o fundo daquele corpo d’água. Os
passos apressados da garota também eram ampliados enquanto
ela corria em direção a atordoada amiga em meio a sala, que
parecia ter sido “despertada” ao ouvir seu nome:
-Havia uma voz… Uma voz me chamando até aqui… Quando
percebi estava correndo e… - A jovem parecia ter dificuldade
em explicar aquilo que acabara de acontecer, uma vez que as
palavras ao saírem de seus lábios pareciam não ter muito senti-
do. Olhava ao redor procurando uma justificativa para aquilo,
mas nada passava em sua mente naquele momento.
- Você não pode simplesmente sair correndo por aí que nem
uma maluca! E se houvessem guardas? Eles poderiam ter dispa-
rado flechas na gente! Elfos usam arcos certo? - Linien pare-
ceu questionar Salvi a respeito de sua afirmação, o que era um
fato de conhecimento comum mas que poderia muito bem ser
apenas algo inventado sem lá muita veracidade. Salvi pensou
por alguns segundos mas antes que fosse capaz de responder,
ouviu o som de uma risada baixinha, próximo a elas, fazendo
com que observassem rapidamente em todas as direções.
- Desculpem, é que vocês são muito divertidas! - Uma jovem
elfa de cabelos longos e brilhantes em diversos tons de púr-
pura aparecia à frente delas como surgida de lugar algum. Ela
usava um vestido intensamente branco, repleto de detalhes
que pareciam demais para seus olhos compreenderem, mas
grande demais para ela de forma que se arrastava pelo chão
enquanto seus pés descalços se aproximavam de Eleanor.
- E você devia ter cuidado! Simplesmente entrar aqui corren-
do foi beeeem perigoso! - Falava em um tom como se zombasse
da garota, o que soava uma afronta sendo que a elfa parecia
claramente bem mais nova que elas. Ela sorria consigo mesma
parecendo estar se divertindo, enquanto a olhava até mesmo
perto demais, apesar que Eleanor não recuará um centímetro
sequer, fechando novamente a expressão a encarando direta-
mente nos olhos de maneira firme.
- EI! Fique longe dela! Sua… Quem é você afinal de contas?
- Linien subitamente se colocava à frente de Eleanor em um
movimento súbito, tão rápido e inesperado a ponto de sur-
preender Eleanor. Talvez não devesse, uma vez que como
aspirante a soldado, tinha suas reações muito bem controladas.
Mas ao mesmo tempo, estava habituada a proteger, mas não ser
aquela protegida. A forma que havia sido “afastada” e Linien
permanecia à sua frente como uma “barreira” fazia ela mesmo
por uma fração de segundos se sentir vulnerável. Vulnerável
a um ponto que ela não lembrava de já ter se sentido.
As atenções do grupo permaneceram voltadas a garota elfa,
que ainda sorria fazendo pequenos rodopios se divertindo com
a situação toda, tratando como se não passasse de uma simples
brincadeira. Ellen aproveitaria para recolocar o capacete que
tratava de ocultar completamente o seu rosto, mas não sem
chamar a atenção de Clarisse por um curto instante. Clarisse
tinha para si a impressão de ver o rosto levemente rubro antes
de desaparecer sob o elmo metálico.
- Vocês não deviam estar aqui, estão perdidas? - Ela ignorava
completamente as perguntas direcionadas a ela, olhando uma
após a outra, sorrindo de uma forma totalmente despreocupada.
Observou curiosamente em especial a coruja que acompanhava
Clarisse que tinha um olhar agressivo, mas longe de parecer
realmente ameaçador. Ao invés de se preocupar em eventuais
respostas, suas ou das garotas, ela resolveu seguir falando.
- Suas roupas… Você veio daquela “Academia” onde ensinam
magia, fora dos limites da floresta, certo? Eu já vi outras como
você rondando a floresta! Sabe, se estiverem perdidas… Eu
posso levar vocês de volta. - A jovem elfa segurou a borda do
vestido, que apesar de arrastar no chão parecia completamen-
te impecável e abaixou-se aproximando os dedos da superfície
a água, cantarolando parecendo indiferente da presença das
garotas que trocavam olhares de dúvida, como se questionan-
do o que deveriam fazer a seguir.
- Você…Pode? E como exatamente poderia fazer isso, senho-
rita? - Clarisse, acompanhada de sua fiel coruja, representava
o grupo dando um passo à frente sob os olhares ainda um tanto
incrédulos de Salvi e Linien e uma Ellen oculta por trás de seu
capacete. A jovem elfa sorriu, mantendo a mesma expressão
divertida enquanto a olhava, aproximando-se e erguendo a
mão na direção de Penoso, que logo “ameaçava” algumas bi-
cadas em resposta impedindo a tentativa.
- Oras, vocês já olharam para a água? Aquele não é o local que
procuram? - As garotas novamente trocaram olhares e lenta-
mente se aproximaram para observar melhor a superfície. Elas
podiam ver a imponente construção como se estivesse diante
de si, com outras jovens próximas à entrada. Salvi logo falaria
não deixando qualquer dúvida para as colegas:
- É..A academia! Mas como é possível? - A garota elfa pis-
cou um dos olhos para ela e sorriu, não parecendo interessada
em explicar detalhes de magia élfica, ou seus segredos para
“pessoas de fora”. Salvi tinha aquela conclusão clara em sua
mente, e até mesmo desconfiava que isso também fazia parte
da magia em si, já que nada daquilo parecia estranho.
Pelo contrário, observava as reações das demais que confir-
mavam que deviam sentir a mesma coisa.
- Vamos… - Salvi afirmou com uma certeza que não sabia
ao certo de onde vinha, mas tinha determinação em sua voz
aproximando-se da água. Ela encarou a superfície por alguns
segundos antes de encará-la por alguns segundos, e saltar
sem exitar de forma alguma. Não havia o “som” característico
81
de alguém mergulhando, o que deixava claro que ela não es- - Ainda não é a hora. Ela ainda não está pronta: o local certo,
tava mais ali. Eleanor logo a seguiu, e Clarisse soltou a mão de na hora errada.
Linien, desaparecendo junto com a mascote. A última garota
parecia olhar para a superfície por mais tempo, como sempre Ambas ouviram as palavras e concordaram, como se a respos-
perdida em meio aos seus pensamentos. ta da jovem representasse uma verdade absoluta, especial-
mente porque estavam ali apenas para servir e não questio-
- Você não vai molhar suas botas Linien. Não se preocupe. - A nar. A decisão da sacerdotisa era absoluta e não cabia a elas
voz da garota parecia confiável e agradável. duvidarem de suas razões ou de suas escolhas, por mais que
às vezes não compreendessem seus reais fins e objetivos.
Mas…
- Não se preocupe. Elas vão voltar. Na hora certa.
- Como você sabe meu nome? - Questionou Linien de volta.
Completou a sacerdotisa, voltando-se para elas com o mesmo
A garota voltou a sorrir, mas dessa vez não era um sorriso in- sorriso doce no rosto, que as deixaria com claras expressões
fantil, de uma criança que se diverte com brincadeiras e jogos. de confusão antes de deixar aquele local.
Ele se expandiu, e revelou muito mais. Linien não conseguia
ter nenhum tipo de temor ou incerteza com relação a pequena
elfa na sua frente. Era como se a entendesse em apenas uma
troca de olhares, antes mesmo que fosse capaz de ouvir as pala-
vras que vinham não de sua voz, mas diretamente em sua mente
melodiosas como uma canção. Palavras suaves, doces e acima
de tudo importantes que ela não esqueceria. Linien concordou
com a cabeça em afirmação, e em seguida virou-se para a água,
saltando e desaparecendo da mesma forma que as outras.

Longos Instantes se passaram em meio ao silêncio até que no-

vos passos, estes mais leves e discretos, foram ouvidos vindos
do corredor. Duas mulheres com vestidos semelhantes ao da
garota, que permanecia voltada para a superfície da água in-
diferente a aquela aproximação, pararam a alguns metros de
distância. Ambas fizeram uma referência de maneira formal,
que por alguma razão não foi correspondida. As duas exitariam
por alguns segundos, antes de uma delas começar a falar:

- Grande sacerdotisa, porque não disse a verdade, sobre…

Tudo aquilo que aguarda, tudo que está reservado a elas?

Novamente veio o silêncio. As palavras mesmo ditas de forma

baixa ecoaram levemente pelo salão para então morrerem entre
aquelas paredes, mas não deixaram de ser compreendidas pela
garota. Ela pensou por alguns segundos fechando os olhos,
recordando do que havia ocorrido e sua decisão de realmente
não revelar toda a verdade para elas poucos instantes atrás.
Mas a lembrança daquilo que havia dito a uma delas em espe-
cial fez com que voltasse a sorrir, enquanto caminhava dei-
xando o lugar, passando pelas mulheres que ainda pareciam
aguardar por uma resposta:

82
 Criação de Personagens
Para que você possa conhecer e viver aventuras em Hereva
é necessário antes de tudo criar o seu personagem. Neste
capítulo abordaremos a criação de personagens em um passo
a passo que vai desde ideia inicial, passando pelos povos que
existem no mundo, suas nações, hábitos e profissões comuns
ou nem tanto que estarão disponíveis para os jogadores.
Para começarmos com o pé direito é necessário termos em
mente que Hereva é um mundo de fantasia rico em magia.
Tão rico que a magia está presente no dia a dia das pessoas
e em sua maioria elas a utilizam em maior ou menor nível
no dia a dia. Desde poderosas magias feitas pelas bruxas e
magos, como também poções e remédios, temperos, tintas ou
simplesmente coisas de uso diários como pedras encantadas,
velas coloridas para iluminar e aquecer as casas, tecidos má-
gicos leves e resistentes, além de uma infinidade de itens
mundanos ou mágicos.
Em resumo o funcionamento do mundo está ligado a existên-
cia da magia, consequentemente a magia ruim, mau olhados,
maldições e criaturas das trevas também existem e são um mal
a ser combatido. Desta forma a magia de Ah está presente e
afeta tudo e todos no mundo de Hereva.
Algumas pessoas nascem com o dom especial de acessar e
utilizar essa força especial chamada de Rea ou Realidade e
consequentemente serem arquitetas e construtoras deste
mundo especial. Outros podem nascer ou ter sido tocados
pela Rea em algum momento tornando-os únicos e diferen-
tes. Agora imaginem essas características sendo cultivadas
por eras e com inúmeras gerações de pessoas, criando hábi-
tos costumeiros que os ligam e formam laços, familiaridade e
costumes sem realmente se preocupar tanto com o como se
parecem e sim com o como vivem e se relacionam.
Esses são os povos de Hereva!
Criação de personagens
Passo a Passo
Aventuras em Hereva dispõe de um passo a passo para a
criação de personagens. Recomendamos que os jogadores
sempre sigam as dicas para criar personagens divertidos e
interessantes. Sempre com objetivos claros e com persona-
lidade cativante. Por se tratar de um jogo de exploração e
autodescoberta, aproveite para adicionar elementos ao per-
sonagem que faça com que ele crie expectativas, para ele
próprio, os outros jogadores e a você, esta centelha de vida
fará toda diferença e irá aumentar em muito sua imersão nes-
te mundo mágico.
Pense em uma
personalidade interessante
Este é o primeiro passo em nossa jornada épica para a criação
de um audaz aprendiz em Hereva, aqui literalmente vale tudo.
Você pode se inspirar em muita coisa que conhece e considera
divertida, filmes, Livros, Gibis, Séries, Video Games, Animes
e Mangás e tudo mais que você considera interessante, diver-
tido e possa se encaixar dentro da proposta da aventura com o
seu narrador. Por isso é importante que conversem e decidam
o que é legal e o que deve de estar presente na aventura de
vocês. Hereva é um mundo mágico e que está em constante
transformação, o que é ótimo e necessário para boas aventuras
apenas tenha em mente que todos na mesa devem se sentir
confortáveis, Respeitar e ser Respeitados, se divertirem en-
quanto contam uma história em conjunto.
Depois que o narrador apresentar os pontos básicos sobre a
aventura e sobre como o jogo vai se desenrolar, os jogadores
podem consultar com ele sobre como os personagens serão, a
região onde a aventura irá começar e outros detalhes globais
importantes para a história que vocês contarão, e o que pode
ser melhor ajustado e explorado dentro do mundo e do cenário.
Por fim, fiquem a vontade, tanto os jogadores quanto o nar-
rador podem apresentar suas ideias e objetivos, nós realmente
recomendamos e inclusive e incentivamos essa prática, mas
lembre-se que a diversão do narrador é contar e mediar as
regras, por isso deixem ele se divertir também, ele não é o
inimigo, é apenas um jogador com um pouco mais de trabalho
e que quer se divertir tanto quanto você.
De modo geral, existem alguns pontos importantes, os quais
gostaríamos de apontar para vocês antes de tudo. Para in-
formações mais completas sobre o mundo e cenário consulte
o Capítulo Cenário, mas recomendamos que você tenha esses
tópicos em mente como um guia rápido para a criação de
personagens em Hereva.
83
Nunca esqueça que:
O seu personagem é jovem - A idade dos personagens
varia entre 11 e 17 anos. Todas as raças seguem um padrão de
crescimento normal (Humanos como referência) assumindo o
padrão de envelhecimento do povo no início da idade adulta.
84
O seu personagem é um Aprendiz - Você está no
início da sua grande jornada de exploração e aprendizado,
viajando para sua primeira experiência fora de casa, em uma
das diversas escolhas deste mundo mágico, então lembre-se
VOCÊ NÃO É UM AVENTUREIRO, MAGO OU SOL-
DADO TREINADO!!! Você é um aluno em sua primeira
jornada de aprendizado!
Família, Tutores e Aventuras - O seu personagem
tem pessoas que o amam e se preocupam com ele. Essas pes-
soas podem ser pais, parentes, tutores e guardiões, que
irão cuidar e ajudar o personagem de uma maneira ou de
outra em maior ou menor grau ainda assim o recebendo e
apoiando caso necessário. Ainda assim, ao contrário de
outros jogos de fantasia onde os personagens não pos-
suem laços com ninguém, em aventuras em Hereva re-
comendamos e incentivamos que os personagens possuam
laços familiares, tutores, amigos e adversários, pois sempre
é bom ter um lugar pra chamar de lar.
Você é Pouco Viajado - O Mundo de Hereva é
um lugar mágico e vasto, com certeza você irá co-
nhecê-lo muito bem. Por hora saiba que você ainda
não o conhece como gostaria. Considere que mesmo
tendo lido este livro diversas vezes, cada jornada é
uma experiência de conhecimento nova, assim, aquilo
que o jogador conhece de forma alguma é o que o Per-
sonagem conhece.
Seus Recursos são limitados - Por mais que a família do
seu personagem possa ser rica e poderosa, o seu personagem
não é, tenha consciência de que mesmo tendo algumas moe-
das a mais (quando seu personagem for rico) ainda assim ele
não anda por aí com grandes quantidades de ouro nos bolsos.
Isso acontece por dois motivos, primeiro você é pouco mais
que uma criança, e ninguém deixa grandes quantidades de
dinheiro com crianças. Segundo, os recursos de maior valor
são enviados diretamente às escolas em diligências seguras,
sendo administrados pelos tutores das escolas durante o ano.
1ª Conte a sua história!
Este com certeza é o passo mais importante para se ter uma
experiência divertida em Hereva, aqui você precisa pensar
em uma história interessante, divertida e aventuresca, tomar
notas dessa história e de preferência a ler ou a contar para
os seus colegas de aventura. De começo não precisa e nem
deve ser grandiosa e rica em detalhes, afinal ela está apenas
começando e muito ainda vai acontecer.
2º Distribuindo os Pontos e Dados
Depois que a história do seu personagem foi pensada e ano-
tada em algum lugar, é a hora de distribuir a pontuação inicial
pela ficha de personagem. A Ideia aqui é bastante simples, cada
vocação possui um conjunto de pontos pré definidos que re-
presentam a vocação e aprendizados iniciais do personagem,
aproveite para anotar esses pontos conforme escolhido por sua
vocação abaixo:
Características - Para começar, distribua os pontos de
Características iniciais (1,1,1, 2,2,3). Todos os personagens
recebem esse conjunto de valores para distribuir entre as
características: Força, Vigor, Destreza, Inteligência, Em-
patia e Esperteza. Os personagens recém-criados podem ter
no máximo uma característica em Nível Três, representando
assim seu melhor potencial, mas que ainda precisará de muito
treinamento e dedicação para alcançar seu máximo.
Saúde: Para calcular seu valor de saude some seu valor de
Vigor +1 e pinte o valor excedente na planilha
Movimento: Some seu dados de Destreza +3
Rea: Seu personagem inicia com Rea igual sua maior carac-
terística (inicialmente 3).
4º Mascote ou familiar
Anote o nome e espécie do seu mascote ou familiar e escolha
2 traços de personalidade Positivos e 2 traços de persona-
lidades Negativos compartilhados entre você e seu compa-
nheiro animal. Estes traços de personalidades serão utiliza-
dos como uma proteção mística/mundana de seu personagem
sendo relacionada diretamente às falhas críticas e comporta-
mento de seu mascote.

Habilidades - Agora você deve anotar as habilidades bá-

sicas conforme a sua vocação. Olhe na lista abaixo a vocação
do seu personagem e anote a lista de habilidades corretas em
sua ficha.

Bruxas Estudo 1, Improviso 1, Itens 1, Misticismo 1, Disciplina 1

Cadetes - Ataque 1, Defesa 1, Resiliência 1, Esportes 1, Percepção 1
Mascate - Avaliar 1, Negociar 1, Disciplina 1 , Persuasão 1, Percepção 1
Noviço - Natureza 1, Cultura 1, Misticismo 1, Modos 1, Disciplina 1
Explorador - Persuasão 1, Esportes 1, Furtividade 1, Percepção 1, Exploração 1

Além dos pontos básicos da vocação, cada personagem rece-

be 4 pontos adicionais para distribuir livremente entre as ha-
bilidades iniciais que achar necessárias para o personagem.
Lembre que o Nível Máximo em uma habilidade inicialmente
é três.

*Em Aventuras em Hereva utilizamos apenas um tipo de

dado, o conhecido Dado de Seis Faces (D6). Esta escolha foi
pensada principalmente pela facilidade de utilização e tam-
bém da matemática aplicada aos testes. O sistema de Aven-
turas em Hereva é projetado para ser simples e prático onde
cada dado rolado pode resultar em um sucesso, falha ou con-
sequência, e quanto mais sucessos melhor o personagem se
saiu no teste.

3º Características Secundárias
Anote os valores de, Movimento, REA e Saúde. Utilize as
fórmulas abaixo para obter os valores adequados.
85
5º Escolas de Magia
Hereva é um mundo rico em magia. Este é um traço muito
marcante e perceptível de seus habitantes, assim, todos os
personagens possuem afinidade com as escolas de magia que
existem no mundo. Sua afinidade com cada uma das escolas é
igual ao valor de suas características adquiridas no início da
criação do personagem.
6º Ferramenta Mágica
Defina um item como sua ferramenta mágica, para melhores
informações visite o tópico ferramentas mágicas no capítulo
6 para melhor entender suas propriedades e funcionamento.
Anote sua ferramenta mágica inicial em sua ficha de persona-
gem, o nome da ferramenta, uma descrição do item e as habili-
dades especiais que o item possui.
7º Recursos e Equipamentos
Todos os personagens começam o jogo com um Kit a sua es-
colha, descritos no capítulo 6, mais algumas moedas do reino
como recursos iniciais. Cada vocação terá um valor variável
para a compra de equipamentos e outros objetos que desejar.
Noviços: 1D6x10 Ko, normalmente os noviços começam
com poucos recursos.
Bruxas, Cadetes, Explorador: Iniciam com 2D6x10 Ko, já
que estão em instituições que os auxiliam com fundos iniciais
para estarem mais bem equipados.
Mascates: recebem 3D6x10 Ko, pois a Confraria dos Mer-
cantes tem um fundo de recursos para iniciantes.
No Capítulo 6, você encontrará todos os tipos de equipamen-
tos comuns, armamentos e kits para seu personagem.
8º Passos finais
Por fim, fale sobre o personagem que foi criado ao seu nar-
rador e acerte com ele os detalhes sobre a história, morada,
família e entes queridos, entre outros elementos que julgar
necessário a história que irão contar.
As Características e Escolas
As características representam o potencial básico dos perso-
nagens, sendo diretamente relacionadas a possibilidades dos
personagens realizarem ações. As características também
86
estão diretamente ligadas às escolas de ah e o valor de cada
característica representa também a afinidade do personagem
com aquela escola.
Já as escolas ocupam um espaço essencial dentro de Hereva,
elas são responsáveis não somente por representar as Carac-
terísticas dos personagens, mas também por mostrar a afini-
dade que cada personagem possui com uma determinada área.
Assim, se o personagem possui afinidade alta com a escola de
Magmah ele também terá características perceptíveis tanto fí-
sicas quanto comportamentais relacionadas a essa escola.
As Características são: Empatia (AH), Saúde (Hippiah), Destreza
(Zombiah), Força (Magmah), Astucia (Aquah), Inteligência (Cha-
osah). Todos os testes relacionados às escolas e a característica
recebem um número alvo. Sempre que houver uma rolagem rela-
cionada à característica ou a escola, o personagem deverá obter
o número indicado ou menor para ter sucesso. Abaixo você en-
contrará um descritivo rápido das escolas e poderá explorar cada
uma delas em detalhes posteriormente, no capítulo magia. Por hora
basta que você entenda as tendências de cada uma das escolas.
AH: Esta é a escola da vida após a morte, almas e fantasmas.
Esta escola é a ponte para outros universos.
Aquah: A casa da água, do vento, das nuvens e do abissal.
Esta é a mais misteriosa das seis casas de magia, pois passam
a maior parte do tempo debaixo d’água, longe dos olhos de
estranhos.
Chaosah: A Casa do tempo, gravidade, efeitos nucleares, tempo
espaço, probabilidades e forças divinas subterrâneas.
Hippiah: A casa das plantas, criaturas, insetos e todas as
coisas vivas. É a casa com mais adeptos, é tão útil para as
tarefas do dia-a-dia que as pessoas normais da Hereva a usam
sem nem mesmo pensar nisso.
Magmah: A casa da cozinha, alquimia, fogo e metais raros. Esta
é outra escola muito útil, pois não serve apenas para cozinhar,
mas também porque é um tipo de magia muito eficaz em combate.
Zombiah: A Casa do macabro e da transformação; morte,
zumbis, escuridão, reciclagem, reutilização e animação.
Zombiah é a mais curiosa das casas e a mais voltada para a
pesquisa e a criação.
As características representam as capacidades básicas co-
muns a todos os personagens no universo de Pepper & Carrot,
sejam eles personagens dos jogadores (PJ), Personagens do
Narrador (PDN) ou seja lá o que você imaginar, todos possui-
rão as características, salvo quando citado explicitamente ao
contrário na descrição do personagem.
Força - Afinidade com Magmah. (Dano físico, capacidade
e proezas físicas)
A Força é a representação da capacidade física bruta do per-
sonagem, erguer o próprio peso ou de outros, o quão lon-
ge consegue jogar algo (não necessariamente acertando), o
quão alto ou distante consegue pular, bater, saltar e impul-
sionar o próprio corpo. Vale lembrar que a força é somente a
capacidade de fazer estas coisas, não necessariamente fazer
bem ou sequer fazer certo.
Destreza - Afinidade com Zombiah. (Testes de acerto, mo-
vimento e habilidades relacionadas ao físico)
A destreza é a capacidade do personagem em executar mo-
vimentos ágeis e precisos, possibilitando acertar um alvo,
se equilibrar, saltar (e pousar no lugar correto), nadar entre
uma infinidade de outras ações. A destreza também permite
ao personagem executar ações precisas, com a diluição cor-
reta de componentes de poções, escrita compreensível, uso
de habilidades artesanais e ou de fabricação, além de armas e
magias arremessadas
Saúde - Afinidade com Hippiah. (Resistências, Esforço
Continuo, Pontos de Vida)
A saúde representa a capacidade do personagem em resis-
tir a intempéries ou esforço físico, executar ações físicas
prolongadas como prender a respiração, prender o fôlego,
erguer peso ou sustentar o próprio peso por períodos pro-
longados de tempo. A saúde também define a capacidade do
personagem resistir a venenos e toxinas, poções, elixires e
bebidas, por fim, mas não menos importante , a saúde ajuda a
definir a quantidade de Pontos de Saúde que o personagem
possui para ações de combate entre outras.
Inteligência - Afinidade com Chaosah. (Testes de magia, e
habilidades relacionadas a conhecimento)
A inteligência é a capacidade do personagem em solucionar
enigmas, e problemas, resolver fórmulas, pesquisar respos-
tas e compreender o mundo ao seu redor. É uma caracterís-
tica que envolve muito mais que apenas inteligência e apti-
dão para conhecimentos exatos, sendo também a capacidade
inventiva, e o talento para ensinar de forma simples e clara.
Empatia - Afinidade com Ah (Habilidades sociais, carisma e
testes para detectar, ilusões, mentiras e enganação.)
A empatia é a característica que representa a capacidade do
personagem em ler as emoções de outros personagens, mas
não somente isso, permite também sentir e entender emoções,
ver o que não é naturalmente visível, como ilusões e magias
de ocultamento, detectar enganações, trapaças e mentiras.
Personagens com empatia alta tendem a ser bons ouvintes e
pessoas de fácil relacionamento com outras pessoas.
Astúcia - Afinidade com Aquah (Testes relacionados, à per-
cepção, investigação e enganação e convencimento)
A astúcia é a característica que evoca a capacidade de
observar, analisar e compreender a linguagem corporal e os
instintos de outras pessoas e os seus próprios, sendo uma
mistura de inteligência emocional, sabedoria e capacidade
de convencimento de um personagem. A astúcia é também a
base para testes de identificação e avaliação de objetos va-
liosos de todo tipo.
Distribuindo os dados
de Características
Todos os personagens iniciais recebem 6 números alvo (1, 1,
1, 2, 2, 3) para distribuir entre as seis características básicas.
Cada um desses números equivale a um valor a ser alcançado
nos dados durante as rolagens. Por exemplo, um personagem
que possui um atributo em três deverá sempre rolar um núme-
ro igual ou menor a três para obter sucesso no teste.
As Habilidades
As habilidades são todos os treinamentos, conhecimentos e
talentos possuídos pelo personagem, sempre que solicitado
pelo narrador, o jogador deverá realizar um teste somando
os dados da habilidade em questão e de ferramentas e itens
disponíveis para o teste. Quanto maior o número de sucessos
obtido na jogada, melhor o personagem se saiu no teste.
Em Aventuras em Hereva tomamos o cuidado de definir uma
lista básica de habilidades que o jogador poderá escolher na
construção de seu personagem. O narrador e jogador de-
vem se sentir livres para adicionar as habilidades que forem
mais adequadas ao seu jogo, porém recomendamos que isso
seja feito durante a sessão zero e caso necessário, expandido
conforme o jogo se desenrola durante as próximas sessões.
87
 Quantidade de Dados
Aventuras em Hereva não possui testes de somente características, ficando essas limitadas a definir a dificul-
dades das rolagens do personagem. Quando um personagem não possuir nenhum dado em uma habilidade ele
poderá optar em trocar pontos de características por dados de habilidade temporários.

Nenhum Um longo caminho pela frente.

Novato O personagem começou a conhecer a habilidade, não é nenhum expert, mas já quebra um ganho
utilizando a mesma.

O personagem é treinado no uso da habilidade e possui uma boa chance de sucesso, persona-
Aprendiz gem é considerado um aprendiz hábil ou ajudante, podendo receber por seu trabalho como uma
ocupação normal.

O personagem é experiente e competente. Já tendo treinado durante a sua vida para poder utilizar de
Treinado forma satisfatória esta habilidade. Com esse nível de habilidade o personagem já pode ter seu próprio
negócio relacionado a habilidade ou ser um professor em uma vila afastada.

O personagem passou por anos de aprimorando, sendo experiente no uso da habilidade, sobrevi-
Experiente vendo com tranquilidade com os frutos do seu trabalho, possuindo diversos clientes, ajudantes e
aprendizes. Algumas pessoas ricas o procuram para aprender suas técnicas.

O personagem se desenvolveu ao ponto das pessoas o buscarem por seus conselhos e treina-
Mestre mento na habilidade, sendo um verdadeiro mestre reconhecido em toda Hereva. Com este nível
de habilidade o personagem pode imbuir seus trabalhos com Rea, produzindo resultados feno-
menais ou os lendários itens místicos. Essa habilidade especial é chamada de maestria.

LISTA DE HABILIDADES
CONHECIMENTOS COMÉRCIO MAGIA
Natureza Avaliar Estudos
Cultura Negociar Improviso
Misticismo Disciplina Itens

COTIDIANAS AVENTURAS
Profissão Esportes
Talentos Exploração
Modos Percepção

COMBATE ANTIQUÁRIO
Ataque Persuasão
Defesa Erudição
Resiliência Furtividade

88
As Habilidades
As habilidades representam uma ampla quantidade de
áreas de atuação e normalmente ligadas às vocações dos
personagens. Para simplificarmos a sua organização, sub-
dividimos as habilidades em sete grupos onde o jogador
encontrará os testes mais comuns dentro do jogo. Caso
o jogador precise de uma perícia específica ou rara esse
tópico pode ser encontrado no capítulo regras, onde o
assunto será abordado em detalhes.
As habilidades variam entre zero e cinco.
Conhecimentos
Natureza - O conhecimento da Natureza representa
a sabedoria comuns de diversos aspectos da natureza
e da vida cotidiana de Hereva, o clima, as estações, as
plantas, os animais, minerais entre uma infinidade de
outros aspectos mundanos do mundo. É comum que as
pessoas se especializem em um ou mais campos de na-
tureza durante a sua vida, por exemplo um agricultor
se especializando no funcionamento do clima ou das
estações ou um pescador sobre as espécies de peixes
comuns em uma região.
Cultura - Hereva é um mundo de muitos povos, cada
um com seus hábitos e costumes. Esta habilidade re-
presenta o conhecimento dos povos, seus hábitos e
costumes e está diretamente ligada ao ponto de vista
do povo do personagem em relação a outros. Todos os
Personagens possuem um nível virtual de 3 dados para
testes relacionados a sua própria cultura. Por exemplo,
um Elfo quando trata de assuntos ligados à cultura a
qual foi criado, podendo ser qualquer uma ligada a his-
tória do personagem.
Misticismo - O misticismo é a forma mais básica
e comum de conhecimento sobre o mundo mágico de
Hereva. Este conhecimento é a representação mais
comum do conhecimento sobre a magia, seus usos e
capacidades. Esse conhecimento possibilita aos perso-
nagens utilizarem itens mágicos, poções, feitiços e ar-
tefatos simples, porém é importante lembrar que esta é
apenas a forma comum de entendimento mágico, e que
para usos complexos é necessário as habilidades rela-
cionadas especificamente à magia. Misticismo também
é usado para reconhecer criaturas mágicas.
Cotidianas
Profissão - As Profissões são todas as ocupações e
formas de trabalho comum dentro de hereva, agricultor,
marceneiro, construtor, cavalariço ou curandeiros se en-
quadram como parte dessa habilidade. Existem inúmeras
especializações nos ofícios e cada uma deverá ser adqui-
rida separadamente e especializar se em uma área é algo
que levará não meses, mas anos completos e muita dedica-
ção e trabalho. Desta forma, a profissão é usada para criar
objetos e fazer serviços.
Talentos - Os Talentos representam uma ou mais habilida-
des que o personagem desenvolve como um hobby, profissão
ou simplesmente para obter satisfação pessoal com sua práti-
ca. Podendo ser uma especialização como uma forma de arte e
entretenimento para agradar e encantar a outros como, atuar,
cantar ou tocar um instrumento musical, esculpir ou pintar
quadros ou contando histórias, escrevendo livros, entalhar
madeira, pescar ou simplesmente plantar flores. Para cada ní-
vel de Habilidade adquirida dessa maneira o jogador poderá
anotar em sua planilha UMA Habilidade em especializações,
podendo compartilhar sua reserva de dados de Talentos para
todas as habilidades adquiridas dessa forma. A prática dessa (s)
habilidade (s) permite ao personagem recuperar REA, um pon-
to para cada sucesso em um teste durante o uso da habilidade,
entretanto esse teste poderá ser feito apenas uma vez ao dia,
após o personagem ter praticado seu talento por no mínimo
uma hora.
Modos - A habilidade Modos representa a melhor ma-
neira de interagir, conversar e se relacionar com outras
pessoas. Personagens que possuem esta habilidade com-
preende que saber se portar de maneira adequada e ele-
gante pode criar várias oportunidades, mesmo porque
um pouco de educação e gentileza costuma abrir portas
ao invés de fechá-las.
Combate
Ataque - A habilidade de ataque é a capacidade do per-
sonagem atacar outro de maneira eficiente. Esta habilida-
de é relacionada a treinamento tático e vida militar, sendo
possuída por todos os cadetes dos liceus e soldados pro-
fissionais mundo afora. Outros personagens como guardas
do vilarejo, mercenários e encrenqueiros costumam possuir
um ou mais níveis nessa habilidade.
Defesa - A defesa é a capacidade de um personagem se
proteger, aparar ou evitar um ataque. Militares, soldados
89
e outros praticantes de combate costumam treinar esta
habilidade de maneira exaustiva durante anos, especiali-
zando como defensores e guardiões.
Resiliência - A habilidade Resiliência é adquirida e
conquistada em lutas para sobreviver, e não apenas em
combate. Resiliência é a medida de dureza, rigor, tole-
rância, resistência. Um personagem com Resiliência con-
segue suportar as adversidades impostas por venenos,
fome, cansaço, clima, sempre seguindo em frente não
importa a dificuldade.
Comércio
Avaliar - A habilidade de avaliar permite ao personagem
analisar o preço médio de uma mercadoria e ter ideia do
valor real que essa possui, facilitando assim a melhor ne-
gociação de compra ou venda dos mais diversos tipos de
produtos e objetos.
Negociar - Negociar representa a capacidade de um
personagem conseguir um bom acordo para adquirir uma
mercadoria, bem ou serviço. Essa habilidade é comumente
utilizada por mercadores, lojistas e negociantes para con-
seguir melhores contratos e até mesmo pechinchas quando
comprando produtos para revender em outras localidades.
Aventuras
Esportes - Atividades atléticas como correr, nadar,
saltar, escalar estão entre as atividades cobertas pela
habilidade esportes. Em resumo, qualquer atividade que
necessite de esforço físico, agilidade, força e saúde estão
ligadas a esportes sendo uma importante habilidade, para
soldados, ladinos e exploradores.
Exploração - A exploração é um conjunto de habili-
dades relacionadas a aventura e descoberta, sobrevivên-
cia, improviso e entendimento de lugares antigos, ruínas
abandonadas, cidades esquecidas, tumbas, labirintos e
outros lugares ancestrais, outrora utilizados por outras
pessoas e civilizações. Essa habilidade é possuída por
exploradores de todo tipo, desde soldados, mercenários,
gatunos a cartógrafos, bruxas entre outros. Sendo uma
das habilidades básicas para exploradores que tem a in-
tenção de serem bem sucedidos em suas aventuras. Essa
habilidade permite encontrar passagens secretas, saber
sobre objetos, lendas, lugares e povos antigos, e desco-
brir armadilhas. Além disso, é usada para descobrir pistas,

Disciplina - A vida de mascate e mercador não é uma

vida fácil, e muitos se perdem no desregramento que a
vida proporciona, fazendo o mascate cair em tentações
e tirando ele do caminho. Disciplina é um ato constante
na vida de um mascate, sempre colocando regramento
e temperança para que o mesmo sempre se mantenha
focado em seus objetivos. Disciplina é muito
parecida com a resiliência, porém em si-
tuações ligadas ao psicológico. Evitar
tentações, medos e escolhas fáceis é
papel da disciplina .Se manter dis-
ciplinado é fundamental para não
apenas o mascate, mas para todos
que querem ter um bom desem-
penho em qualquer profissão.

90
abrir portas lacradas e entender a história por trás de um
artefato antigo.
Percepção - A percepção permite ao personagem des-
cobrir, lugares, objetos e outros elementos intencional-
mente ocultos ou escondidos da visão, ouvidos, olfato e
outros sentidos. Sendo uma habilidade bastante útil em
situações de onde estar alerta ao oculto e ao furtivo é algo
essencial para o sucesso em sua aventura
Antiquário
Persuasão - A persuasão é a capacidade de um perso-
nagem convencer a outro utilizando apenas suas palavras
e argumentos,. Essa habilidade é normalmente possuída
por personagens que costumam se relacionar ativamente
em situações sociais, como mercadores, políticos, nobres,
religiosos, e outros personagens acostumados a mostrar
seu ponto de vista e ser compreendido pelos outros.
Erudição - Erudito é algo ou alguém que possui uma
cultura vasta, sobre vários assuntos. Erudito é um adje-
tivo que pode estar relacionado à música, à leitura, ou à
cultura em geral. Erudito é relacionado a qualquer coisa
que seja bem elaborada, estudada, cuidada. Um erudito
é também, aquela pessoa que tem vontade de aprender
sempre, que está sempre estudando, procurando se apro-
fundar em assuntos cultos, sobre a história do mundo,
das artes, da música. Assim, quando precisar saber se seu
personagem sabe sobre alguma coisa que não está relacio-
nada a outras habilidades, Erudição é a habilidade usada.
Furtividade - A furtividade representa a capacidade
um personagem mover-se em silêncio e ser discreto em
seus movimentos, evitando chamar a atenção para seus
movimentos e ações. É uma habilidade importante para
aqueles que pretendem passar despercebidos tanto em
eventos sociais, quanto em vielas escuras.
Magia
Estudos - A habilidade de estudo envolve diversas téc-
nicas de pesquisa, compreensão e análise para o melhor
entendimento de conhecimentos armazenados em livros,
pergaminhos, tábuas, runas e outros objetos para arma-
zenar conhecimento. O estudo possibilita ao personagem
aprender e desenvolver feitiços e magias com base em
anotações e outras fontes de pesquisa e é uma habilidade
muito exigida nas escolas de Hereva.
Improviso - O improviso é o entendimento e a capa-
cidade de manipular a Rea diretamente criando efeitos
improvisados e magias lançadas de maneira súbita, é uma
habilidade difícil e que pode causar efeitos indesejados
quando utilizada de maneira descuidada. Ainda assim é
uma habilidade capaz de resultados incríveis e efeitos ma-
ravilhosos quando utilizada de maneira correta.
Itens - A habilidade Itens representa o conhecimento
e o entendimento sobre criação e a utilização de objetos
mágicos, ferramentas, poções, artefatos e itens maravi-
lhosos. sendo uma das habilidades básicas mais exigidas
das escolas de magia de Hereva.
O Mascote
Muitos personagens em Hereva possuem animais familiares
ou mascotes, esses animais são fortemente ligados ao perso-
nagem e possuem características únicas e especiais, sendo
considerados uma consciência única e com vontade própria,
porém que segue diversos traços de personalidade de sua
contraparte humana. De fato acredita se que os familiares
nascem ao mesmo tempo que seus tutores, e que estão pre-
destinados a se encontrar em algum momento durante a vida.
Os mascotes serão sempre animais de pequeno porte (com no
máximo 50 cm de altura), com personalidades fortes e caracte-
rísticas notáveis. A principal delas é sua inteligência e capa-
cidade de comunicação comportamental com seu tutor, ambos
se comunicarão em um nível simples porém eficaz entendendo
conceitos, desejos, vontades e necessidades um do outro.
A ligação entre um familiar e o seu tutor é muito forte, alguns
estudiosos acreditam que mesmo quando nascem a muitos
quilômetros de distância o familiar e seu tutor têm o destino
selado através da magia de chaosah. Sendo destinados a se
encontrar em algum momento durante os primeiros anos de
vida de ambos, em uma trama de infinitas possibilidades que
ligam e se unem, diminuindo e se refinando até chegar a um
único cordão que os une no momento de seu encontro. O fato
é que realmente isso ocorre, tanto o familiar e o personagem se
reconhecem ao se verem pela primeira vez, criando um forte
laço de familiaridade, como se conhecessem um ao outro du-
rante toda a vida.
Os tipos de Mascotes
Os familiares são “animais” mágicos, desde versões diminutas
de animais de grande porte, como por exemplo um dragão,
unicórnio ou búfalo, ou versões gigantescas de seres diminu-
91
tos, como por exemplo, uma lagarta, um hamster do tamanho de
um cachorro ou um besouro de fogo intimidadoramente gran-
de. Podendo também ser versões mágicas de animais comuns,
como um gato, cachorro, galinha ou qualquer outro. O impor-
tante é que o familiar conte uma parte da história que complete
o personagem, como se fosse parte dele próprio. Muitas vezes
traços que sequer o personagem conhece ou entende, sendo
demonstrações dos traços que o próprio personagem possui,
sendo esses traços discretos ou escandalosamente notáveis da
personalidade do personagem.
Para tornarmos a construção do mascote mais abrangente e
divertida, adotamos como opção de design não possuir uma
lista enorme de animais que podem ser mascotes do persona-
gem, ao invés disso fica a possibilidade de qualquer “animal”,
mamífero, réptil, ave, insetos, artrópodes e criaturas mágicas
entre outros se tornarem um mascote, desde que siga a regra
sobre seu tamanho e comportamento.
O comportamento é importante para o decorrer do jogo, e para
a história dos personagens, tanto o mascote quanto para o seu
tutor. Para esses traços, temos uma bela lista de caracterís-
ticas que poderão ser escolhidas para o familiar, refletindo
também no comportamento geral do personagem, mesmo que
escondido lá no fundo e, muitas vezes mascarados atrás de
diversas camadas de comportamentos ensaiados ou não.
92
Adquindo os Traços
Durante a criação do personagem, o jogador poderá escolher 2
traços positivos e 2 traços negativos para o familiar. Durante
as sessões de jogo, os jogadores poderão utilizar os traços po-
sitivos para cancelar falhas (sempre que não obterem sucessos),
porém uma vez utilizado um traço, o jogador não poderá usá-lo
novamente até que o mesmo seja recuperado em uma aventura
com os mascotes. Da mesma maneira, o narrador poderá inter-
vir utilizando os traços negativos quando julgar necessário,
podendo criar falhas críticas para guiar certos momentos da
história, atrapalhando os personagens em situações específicas.
Traços Positivos - adorável, alegre, altruísta, amigável, apli-
cado, atencioso, aventureiro, calmo, companheiro, confiante,
corajoso, cordial, criativo, curioso, determinado, divertido,
educado, empático, empenhado, empreendedor, esforçado,
extrovertido, fofo, forte, generoso, gentil, humilde, inteli-
gente, nobre, observador, pacato, paciente, perfeccionista,
perseverante, persistente, perspicaz, prestativo, proativo,
prudente, sagaz, sensível, simpático,, valente, verdadeiro.
Traços Negativos - agressivo, ansioso, antissocial, apático,
apressado, arrogante, birrento, bisbilhoteiro, ciumento, covar-
de, desconfiado, distraído, fútil, ganancioso, impaciente,im-
pulsivo, malandro, manhoso, medroso, narcisista, pé-frio, pre-
cipitado, preguiçoso, rancoroso, rabugento, teimoso, tímido.
 Capítulo 6

93

O
s corredores da grande escola de magia des- gendo ou de algum animal no telhado antes de voltarmos a
cansavam, assim como seus alunos durante dormir. Porém, logo a batida se repetiu, outra vez, outra e
a madrugada. A iluminação era fraca, e não mais outra, até que um grande ladrilho do chão saiu do lu-
havia uma alma, ao menos viva percorrendo o local. Afi- gar, seguido de uma fina camada de poeira que antecipava
nal de contas ninguém queria correr o risco de ficar de a entrada de nossa dupla de invasores. Ou como eles prefe-
detenção! Os alunos estavam devidamente em seus alo- riam se referir a si mesmos: “visitantes não comunicados”.
jamentos descansando, enquanto seus sonhos permane-
Uma pequena mão cuidadosamente girava a peça que ha-
ciam repletos de idéias para novas poções, lições de ma-
via se soltado do chão, sem muita pressa e sem gerar som
gias e testes que logo viriam. O ano escolar era longo e
algum a colocando a direita de onde estava, liberando a
difícil, de forma que suas mentes mereciam um descanso.
passagem. Não foi difícil para a figura ainda oculta pelas
Dentro da maioria das salas, a iluminação sequer existia e sombras erguer-se
a escuridão fazia companhia ao silêncio de cadeiras va-
e olhar ao redor, parecendo “farejar” o próprio ar. Ele
zias e lousas em branco. Demoraria algumas horas ainda
ainda levava as mãos à própria cintura, localizando um
para os alunos, desde os mais dedicados que chegavam
pequeno objeto esférico feito de metal e o sacudindo sem
antes dos demais até aqueles que pareciam sempre lutar
muita força, fazendo com que alguns minúsculos insetos
contra o tempo e entrar no último segundo começarem a
ali dentro reagissem gerando uma fraca fonte de luz, mas
ocupar o local. Todas as salas naquele vazio e falta de ilu-
o bastante para revelar a figura de Maximilian.
minação pareciam exatamente iguais, mas uma delas logo
receberia uma… Visita noturna. “Max” como geralmente se apresentava era um furiano
com aspecto que lembrava uma raposa, e isso incluía al-
A princípio, o som era baixo, abafado, quase que insigni-
guns maneirismos da espécie. Seus olhos tinham uma co-
ficante. Como os sons que escutamos no meio da noite, os
loração singular que pareciam reagir a aquela fraca luz,
quais acreditamos que se tratam apenas dos móveis ran-
indo de algum ponto entre o amarelo e o laranja. O olhar
 curioso, comdeiras deixando um sorriso no rosto do rapaz
que acabara de confirmar suas suspeitas:estava no local
certo. Ou melhor, o de uma raposa, ainda passava lenta-
mente pelo local à medida que erguia sua “lanterna” re-
velando estantes e outras car: ESTAVAM no lugar certo.
- Vai me puxar ou eu vou ter que me mudar aqui para
baixo Max? - A voz vinda do buraco saia um um tanto
alta, surpreendendo o garoto que quase derrubava a lan-
terna, para em seguida olhar ao redor com medo de que
tivesse chamado a atenção de mais alguém. Contudo logo
percebia que estava sozinho, respirando de forma alivia-
da antes de praguejar em silêncio e colocar a lanterna
ao chão, para somente então com as mãos livres prestar
o “auxílio” que era solicitado e trazer o seu companheiro
para o lado de cima.
- Já ouviu falar em FURTIVIDADE? Por que você não
GRITA mais alto? Eu acho que os guardas ainda não nos
ouviram Hoz!- Um jovem Nanita parecia com muito esfor-
ço subir com o auxílio de Max pela passagem, respirando
com dificuldade uma vez dentro da sala. Em um gesto
tradicional, Hozvald passava a mão pela testa removendo
algumas gotas de suor e coçava uma barba que estava
alguns anos longe de representar uma típica e verdadeira
barba anã completa. Em meio a sua análise do local, ele da
94
mesma forma parecia captar algo com seu olfato, aproxi-
mando-se do companheiro.
- Nossa, e você já ouviu falar em BANHO? Você tem al-
gum parentesco com um porco que esqueceu de falar?
- Hozvald até mesmo tapava o nariz, enquanto contem-
plava o olhar de desdém de Max, mas que mesmo assim
parecia cheirar o ar e compreender que ele tinha um pon-
to, mesmo que não fosse jamais admitir isso em voz alta.
Novamente, dirigia sua atenção para o local que estava e
completava o pensamento anterior. Não restava dúvidas
que estavam no local certo, haviam entrado na academia
de magia e melhor: Sem serem percebidos!
- Foco Hoz, a gente conseguiu cara! Não disse que ia
ser fácil? Pfff, que piada. Um monte de bruxas velhas
preocupadas demais nos segreeeeeeedos da magiaaaaaaa
e esse papo furado de “lições” que nem pensaram que tão
importante quanto proteger as portas é o que vem debai-
xo. - O garoto sorria balançando a cabeça negativamente
em um claro desdém em suas palavras. Sempre via a “arte
da magia” com certa desconfiança uma vez que a única
coisa que podia contar era com a própria inteligência.
- Certo, eu vou deixar os aplausos para depois. Estamos
do lado de dentro mas não significa que estamos seguros,
espero que o mapa esteja certo, ele não foi exatamente
barato. - Hozvald abria um papel enrolado junto ao chão
e o analisou por alguns instantes. Era difícil ter certeza
que estavam no local certo apenas com base nele, mas
Max era confiante o bastante por ambos da dupla, tudo
que podia fazer era acreditar que o resto daquela “aven-
tura” seria tão tranquila quanto a entrada havia sido.
- Deixa de ser pão duro, achei que você tinha como gran-
de objetivo finalmente encontrar a chave para esse gran-
de tesouro não é? Então, se ele estiver por aqui, e o mapa
estiver certo a gente encontra cara. Fácil fácil. Lembre-
-se do que eu disse, a gente não está “roubando” nada,
a gente vai devolver depois a… como é mesmo o nome?
- Max aproximava-se da porta e rapidamente usava um
instrumento que carregava consigo para abri-la, ouvin-
do o “click” metálico ao mesmo tempo que ela se abria:
- Aldrava. Eu já repeti pelo menos umas 50 vezes que se
trata de…
- “Um objeto mágico e antigo, que nas mãos certas pode
abrir as portas do cofre de uma velha fortaleza abandonada
do meu povo!” Sim, você já falou, mas eu decorei a parte do
tesouro, aliás essa é a parte que me trouxe até aqui em pri-
meiro lugar. - Max interrompia e imitava a voz do amigo de
uma forma teatral a dramática, como o mesmo sempre fazia
ao se referir ao objeto em questão. Entretanto, para ele a
parte do “tesouro” falava mais alto que todo o resto, fazen-
do com que ele esquecesse alguns “pequenos detalhes”.
- Achei que você tinha vindo até aqui pelas “poções que
acabam sendo descartadas e que poderiam ser vendidas
por um bom valor, afinal para um bom avaliador nada
deve ser jogado fora, tudo tem seu valor!” Você não é o
único que estava prestando atenção. Então tecnicamen-
te, você apenas está pegando lixo que seria jogado fora e
eu vou devolver a chave logo em seguida. Já acertamos
essa parte, abra a porta e vamos em frente, podemos con-
versar quando eu estiver tentando ignorar o seu cheiro
no túnel para fora daqui…
Trocaram um sorriso deixando de lado as provocações
enquanto Max abria a porta cuidadosamente, olhando
ao redor. Os dois já eram uma dupla a algum tempo e as
provocações apenas serviam para reforçar os laços de
amizade construídos ao longo dos anos, além de aliviar
alguns momentos de tensão. A ironia do destino se fazia
presente, uma vez que a forma que se conheceram jamais
os fariam imaginar que um dia se tornaram amigos, foi
Hozvalt a primeira pessoa que acreditou que Maximilian
era capaz de coisas maiores que pequenos furtos e seu
raciocínio rápido e olhar curioso o tornaram um dia um
excelente avaliador.
Mas não era o momento de pensar nisso, e nem mesmo o
local para ficarem trocando provocações ou conversar
sobre qualquer outro assunto que fosse: a cada instante
além do necessário que permanecem naquele local, maio-
res eram as chances de serem encontrados e com certe-
za, as bruxas não seriam compreensivas com as “explica-
ções” da dupla de não estarem tecnicamente invadindo
e roubando qualquer coisa. Apesar que Hoz não estava
tããão convencido assim dessa parte, para Max o que im-
portava era o “propósito nobre” por trás de toda daquela
causa, uma vez que poucas coisas eram mais nobres aos
olhos do garoto do que promessas de um grande tesouro!
Os passos da dupla eram cautelosos, e a cada novo corre-
dor as orelhas de Max pareciam se erguer, com os ouvi-
dos sempre atentos a qualquer barulho suspeito. A sorte
ainda estava ao lado deles, sendo que pelo visto as bruxas
tinham um sono pesado ou o acaso não permitia que elas
se colocassem em seu caminho. Apesar do caminho livre,
a mente de Hoz permanecia a todo a vapor, processando
aquelas explicações para seus atos. Ele sempre agia como
“bússola moral” estabelecendo os limites entre o certo e
errado, uma vez que se deixasse isso nas mãos de Max…
- Ei Max, mas se as bruxas falarem que “invadimos” o lo-
cal? Quer dizer, se elas nos pegarem andando por aqui e…
- Em primeiro lugar, elas NÃO VÃO nos pegar, isso se
você ficar de boca fechada! Em segundo lugar, nós não
estamos invadindo, tecnicamente a escola de magia está
aberta para “todos aqueles que quiserem aprender” não
é? Eu sempre procuro aprender coisas novas, você não?
Não fique atraindo o azar sobre nós Hoz, relaxa cara!
Max entregava prontamente a resposta para mais aquele
questionamento para seu parceiro, apesar de que o seu
fiel aliado parecia não estar assim tão convencido. Isso
fazia com que o Furiano respirasse de forma pesada,
balançando a cabeça negativamente: conheciam-se a al-
guns anos e apesar de não gostar de dizer aquilo em voz
alta, sentia uma dívida de lealdade com Hoz, eram mais
que companheiros, eram amigos. Talvez o único amigo
verdadeiro que tinha feito em muito tempo, e amigos de
verdade se preocupam uns com os outros:
- Hozvald… Qual é, você sabia no que estávamos nos me-
tendo, e eu disse que ia nos colocar aqui dentro e aqui
estamos. Repassamos esse plano dezenas de vezes… Mas
quer saber? Se você quiser dar meia volta e ir embora, eu
estou com você, talvez os rumores nem sejam verdadei-
ros, vai saber? É só dizer que voltamos para o esgoto e
então para o esconderijo e antecipamos o café da manhã.
Então, o que me diz?
Os olhos de Hoz se ergueram e foram de encontro a Max,
que havia colocado ambas as mãos sobre seus ombros. Ele
não estava mentindo ou blefando, como fazia com certa
frequência. Não, aquele era um olhar realmente sincero,
estava disposto a realmente desistir de tudo aquilo em
nome da amizade deles, sem se importar com tesouros ou
nada do tipo. Foi a vez dele balançar a cabeça negativa-
mente, antes de começar a falar:
- Não, não… Você tem razão. Temos um propósito e nin-
guém vai se ferir. Além disso, você tem tudo “perfeita-
mente planejado”. - Encarou os olhos de Max e ambos
trocaram mais um sorriso antes de voltar a andar pelos
corredores. Todas as dúvidas teriam que ficar de lado
por hora, enquanto avançavam pelo local de maneira fur-
tiva e com um surpreendente sucesso até o momento.
- Aquelas garotas da floresta… Será que vieram para cá?
- Ora ora, então você ainda está pensando nas garotas
Max? Achei que você queria ficar “concentrado”...
- Não começa, é que as roupas delas, pareciam…
- Ah, então você está pensando nas ROUPAS delas? Acho
que não ia cair bem em vocè…
As orelhas felpudas de Max se ergueram enquanto ele
se virava com uma fúria nos olhos para Hoz, que apenas 95
sorria, a medida que tratava de lembrar que não poderia
erguer a voz ali, limitando-se em deixar um olhar ame-
açador para o companheiro enquanto apontava para os
próprios olhos. Hozvalt mais uma vez consultou o mapa
que carregava consigo, parecendo em um primeiro mo-
mento ter dificuldade para interpretar o que estava ali
representado no papel, mas logo mostrando que havia
uma outra questão…
- Essas duas portas… Não deviam estar aqui. O corredor
deveria seguir para a direita.
- Bom então… É apenas uma questão de abrir a porta da
direita, eu resolvo. Fique de olho e lembre-se, qualquer
coisa grite, ou melhor. NÃO grite.
Max voltou a atenção às suas ferramentas e a porta, en-
quanto Hoz ficava de olho na escuridão do corredor que
desaparecia poucos metros à frente. O som do metal na
maçaneta era a única coisa que ambos podiam escutar,
com todos os seus demais sentidos atentos. Após alguns
segundos em a situação parecia não ter se alterado, Hoz
arriscou interromper sua “vigia” e olhou para as costas
de Max, antes de voltar a falar:
- Sim, as garotas falaram que estavam vindo para a es-
cola de magia, você teria escutado o que elas disseram se
 tivesse conversado ao invés de ficar de braços cruzados - Elas estão LITERALMENTE atrás da porta certo? E elas
encarando de longe o tempo todo. Sabe, socializar faz nos viram. Na verdade elas estão me ouvindo falar agora
parte das atividades que um bom avaliador deve desen- e nos olhando com uma cara de espanto semelhante a sua
volver, você deveria saber disso. imagino? - Hoz moveu a cabeça por poucos mililitros em
um mínimo sinal de “sim”. Antes de Max se virar e real-
- Eu não pedi a ajuda delas! Eu…Seria perfeitamente ca-
mente encontrar as garotas à volta de uma lareira, com
paz de encontrar o caminho sozinho mas você tinha que
expressões bem semelhantes às que ele tinha em mente.
duvidar e perguntar para ela se estávamos indo na dire-
ção certa e sair todo “Oi eu sou Hozvald, eu e meu amigo Lentamente com todo um cuidado desnecessário para a
estamos perdidos e eu não posso perder uma oportuni- situação, a mão do garoto foi até a maçaneta da porta a
dade de ficar de boca fechada!” - Max revirava os olhos fechando de maneira lenta e silenciosa, como se nada ti-
enquanto lembrava do que tinha acontecido dias atrás, vesse acontecido e estivesse completamente indiferente
novamente imitando o tom de voz de Hoz. ao fato que as garotas podiam claramente vê-lo. Ao que
a porta se encontrava novamente fechada, só restava o
- Você estava nos guiando diretamente para o meio da
olhar de espanto de Hoz sobre ele, que mal tinha acabado
floresta, ao invés da saída Max… Sabe, não há nada erra-
de processar o “reencontro” e agora tentava compreen-
do em pedir ajuda de vez em quando. Eu conheço você,
der o que viria a seguir.
sei que não gosta de confiar nas pessoas mas você tem
que acreditar mais nelas, todo mundo precisa de ajuda de - Ok. Talvez eu tenha me precipitado um pouco quando
vez em quando. Se nós nunca disse que tinha pensado em tudo.
tivéssemos conversado, não estaríamos aqui certo? Antes que fosse capaz de reagir, Max sequer foi capaz de
ouvir a porta novamente se abrir, sentindo a mão metá-
Novamente, Max ficou em silêncio enquanto a porta
lica da manopla de Eleanor em seu ombro com mais for-
emitia um último e característico “click” revelando que
ça do que ele acreditava ser necessário. Ele novamente,
agora estava aberta. Pensou por alguns instantes nas pa-
sabia que era ela sem precisar olhar. Especialmente pela
lavras de Hoz, que a esta altura já estava parado diante
96 forma que era “puxado” para dentro da sala contra a sua
dele aguardando que a passagem fosse aberta e deixava
vontade, bem enquanto pensava que realmente deveria
apenas que o garoto terminasse de colocar seus pensa-
ter sido mais cordial quando conheceu as garotas na flo-
mentos em ordem antes disso. Sabia que um cabeça dura
resta a alguns dias.
como ele às vezes precisava de um pouco mais de tempo
para entender algumas coisas. Ao que a porta lentamente Hoz balançou a cabeça negativamente ainda parado no
se abria, ele permanecia virado para Hoz. corredor na mesma posição, segurando a lanterna em
uma mão e o mapa, que não parecia mais tão útil em ou-
- Elas pareciam ser legais. Quer dizer, aquela com a lan-
tra. Ele analisou a situação por uma fração de segundos,
ça parecia PERIGOSA. Você viu os olhos dela, a forma
antes de respirar profundamente de olhos fechados, para
que ela olhava para nós? Me chame de maluco se quiser
então abri-los e resolver se juntar aos demais, entrando
cara, mas era como se ela SOUBESSE que a gente ia
na sala e fechando cuidadosamente a porta por trás de
acabar aqui na escola. Eu sei que em outra vida, em
si. As garotas com certeza teriam várias perguntas e iam
outra oportunidade todos poderíamos ser um grupo in-
precisar de algumas respostas…
crível em sair por jornadas em Hereva mas isso não vai
acontecer, não é como se fôssemos simplesmente abrir Novamente, Max iria precisar da ajuda dele para escapar
uma porta e encontrar elas. de mais uma confusão.
Max encarava a figura de Hoz que permanecia em silên- E afinal de contas amigos sempre devem se ajudar, não
cio. Mais do que o silêncio que se estendia cada vez mais, é mesmo?
a expressão dele deixava claro que algo não estava certo:
com o olhar voltado para o que deveria estar, e estava
localizado imediatamente nas costas do furiano. Apesar
de não ter poderes mágicos de adivinhação e muitas vezes
precisar de um bom tempo para entender algumas coisas,
estava mais do que acostumado com as peças que o desti-
no aparentemente se divertia em colocar em seu caminho.
97
98

Itens Equipamentos
e Coisas Magicas!
 As Fontes de Informação
O
mundo de Hereva é um lugar mágico,
onde as forças da criação são chama-
das de REA e estruturadas em escolas
de magia que possibilitam que as pessoas possam
acessar e utilizar as suas maravilhosas propriedades
no dia a dia e muito mais. Devido às incríveis pro-
priedades e usos, surgiu no reino toda uma ciência
e comércio relacionados ao uso da REA e da magia
de modo geral, a Confraria dos Mercantes é com
certeza a maior sociedade mercantilista de Hereva
e com certeza a mais organizada e lucrativa.
Os produtos da Confraria dos Mercantes são re-
conhecidamente itens de qualidade superior, tra-
balhados por artesãos de todas as partes do reino
e sendo uma fonte de trabalho e sustento para
uma infinidade de famílias e até mesmo de vilas e
fazendas inteiras em Hereva, sendo essas sempre
muito bem remuneradas por seus trabalhos e pro-
dutos, demonstrando assim uma estrutura incri-
velmente intrincada de produtos e serviços.
A estrutura logística utilizada para a distribuição
desses produtos e itens é pensada para funcio-
nar de maneira bastante descentralizada, poden-
do ou não utilizar grandes caravanas e centenas
de carregadores, e com isso surgiu uma figura
bastante peculiar entre as profissões de Here-
va, os Mascates (para mais informações consulte
a vocação mascate no capítulo Criação de per-
sonagens) que são vendedores, carregadores e
reparadores, organizados em grupos ou que sim-
plesmente que optam em viajar sozinhos ganhan-
do a vida de vila em vila, comprando, vendendo
e distribuindo os produtos da confraria.
Para isso, a confraria desenvolveu um método ex-
tremamente prático e útil para suas vendas, ma-
nuais encantados por diversos feitiços e magias,
guardadas sob segredo absoluto pelos líderes da
confraria, esse livros são chamados de almanaques
e trazem todos os produtos oferecidos pela con-
fraria dos mercantes de maneira clara com texto
limpo e de fácil entendimento, possibilitando às
pessoas de locais distantes conhecerem as novi-
dades e os produtos mais vendidos da confraria.
Os almanaques possuem a duração exata de um
ano e um dia e depois disso uma nova edição é
lançada e poderão ser adquiridos em um entre-
posto da confraria. O almanaque traz em suas
páginas os produtos, itens, descrição de com-
ponentes, folhas, ervas e pequenos rituais e ma-
gias úteis no dia a dia, podendo ser facilmente
consultados por qualquer pessoa que o tenha em
mãos, sendo um excelente guia mágico de uso
diário, ganhando notória fama entre as donas de
casa de Hereva, mas que pode ser muito útil nas
mais diversas aventuras.
Neste capítulo você encontrará uma lista de equi-
pamentos, seu preço e sua utilidade. Além disso,
encontrará regras de criação de itens, poções e
encantamentos. Se você estiver criando seu per-
sonagem, você receberá:
Uma ferramenta mágica (criada por você ou
escolhida entre as prontas)
99
Um Kit gratuitamente
Uma quantidade de moedas (Ko) de acordo
com sua vocação para comprar seus itens iniciais
entre os listados no almanaque.
Equipamentos
Os equipamentos são uma parte importante da
preparação e sucesso em uma vida de aventuras.
Para facilitar a aquisição dos itens básicos dos
personagens optamos por definir duas situações
específicas para este fim. A primeira é a compra
de kits relacionados às vocações e habilidades
dos personagens, sendo Kits “pré montados”
pensados para serem úteis nas mais diversas ati-
vidades relacionadas à vocação.
A segunda são itens variados, vendidos a granel
em lojas, mercadores e feirantes por toda hereva,
onde os personagens poderão negociar livre-
mente no decorrer do jogo. Claro que existe a
possibilidade de compra desses durante a cria-
ção do personagem.
 pano, ferro e madeira, sem nenhuma característica
especial.

Qualidade: Quanto melhor o item, melhor sua

qualidade e mais caro o mesmo é. A Qualida-
de depende da habilidade do artesão em criar
o item. Quanto mais habilidoso, maior a chance
dele criar um item com propriedades especiais.

Simples: Os itens simples são encontrados em

lojas, oficinas e locais de trabalho, sendo as fer-
ramentas comuns.

Boa: Ferramentas de boa qualidade normalmente

pertencem a artesãos habilidosos e são fabricadas
e vendidas por mestres artesãos e comerciantes
de renome, sendo muitas vezes reconhecidas por
sua flexibilidade no uso.

Ótima: Uma ferramenta de ótima qualidade nor-

malmente é construída sob encomenda por um
mestre artesão e concede um dado adicional para
seu usuário.

Características dos
100
itens As Propriedades
Um item possui várias Itens de boa qualidade possuem propriedades
características. Vamos especiais. Isso se dá por diversas razões, como
explicar todas elas aqui: técnicas de criação avançadas, moldes diferen-
ciados, materiais exclusivos e pela excelente ha-
Custo: O preço em Ko bilidade do criador. Todas as propriedades de um
para comprar o item. item são mundanas, ou seja, não-mágicas. Para
Depende da qualidade e habilidades mágicas, é necessário que o item ou
raridade. equipamento seja Encantado.

Raridade: Um item +1D no seu uso: Itens de ótima qualidade for-

pode ser feito a par- tir necem um dado adicional para a realização da
de muitos materiais di- tarefa. Armamentos dão mais Ataque, Armaduras
ferentes. Cada material dá e Escudos mais Defesa, Kits especializados for-
características singulares ao necem +1 em sua habilidade específica. Itens de
item e muda o custo do mesmo. Os itens cita- armazenamento fornecem um espaço adicional.
dos aqui são feitos com materiais mais simples, como Caso não exista habilidade ou situação que o item
possa dar dados, o criador pode escolher uma ha-
Custo Qualidade Características bilidade extra para receber um dado adicional.

X1 Simples Um item comum Sob medida: Armas e armaduras feitas sob

X3 Boa Um extra medida para seu dono são balanceadas e ves-
tem muito bem, dando uma aparência muito boa
X5 Ótima +1D no seu uso para o seu dono. Armas feitas sob medida são
mais difíceis de serem derrubadas ou desarmadas
(+1D contra desarme e nunca o personagem vai
perder a arma por uma falha). Armaduras, vestes
e trajes ficam impecáveis, ignorando quaisquer
penalidades que as mesmas tenham. Porém, é
muito difícil vender um equipamento feito sob
medida, e ele vale apenas ⅕ do valor no caso de
venda. Essa habilidade só pode ser comprada
uma vez por objeto.
Espaçoso: Um item espaçoso tem mais 2 de es-
paço que um item normal.
Durável: Esses itens sofrem pouco desgas-
te, recebendo 5 dados adicionais para resistir
a intempéries naturais e 2 dados para resistir a
efeitos mágicos de qualquer tipo. Além disso sua
aparência sempre será limpa e bem cuidada, de-
monstrando poucas marcas de uso e desgaste.
Resistente: Itens resistentes são eficientes
para resistir a intempéries elementais, por exem-
plo uma jaqueta resistente a raios reduz em DOIS
o dano recebido por raios, protegendo o usuário.
Quando essa habilidade for escolhida, escolha um
elemento: Fogo, Gelo, Raio, Vento ou Sombra.
Leve: Este item é muito mais leve que itens do
mesmo tipo. Armaduras e armas são muito mais
manejáveis, reduzindo o requisito de característica
para utilizá-la em 1 para cada vez que for comprada
essa habilidade. Além disso, armaduras que tenham
penalidade de Esportes perdem essa penalidade.
Veloz: Esses itens são sacados com velocidade,
podendo ser usados no mesmo turno que foram
sacados. No caso de mochilas e bolsas, o item
procurado é encontrado imediatamente, sem
precisar gastar uma ação de movimento para me-
xer na bolsa para encontrá-lo, devido aos bolsos
separados para cada coisa . Armaduras e Botas
dão +1 Movimentação.
Silencioso: Uma habilidade muito útil em ar-
maduras pesadas, quando o usuário utiliza esse
objeto, ele emite muito menos barulho que o nor-
mal, ao ponto de alguns serem silenciosos como
um gato. O Kit de Caçador de Tesouros já pos-
sui essa habilidade em seus objetos. Utilizada em
armaduras, remove a penalidade de Furtividade
que a armadura tenha.
Alcance: Usado em objetos arremessados ou ar-
mas de distância como arcos e bestas, a curta
distância esse objeto recebe uma área de movi-
mento maior que outros iguais a ele. Essa habili-
dade pode ser escolhida uma única vez.
Enorme: Armas enormes é o dobro do tamanho
de uma arma normal do mesmo tipo. Essa arma
causa sempre 1D a mais de dano. Essa habilidade
só pode ser escolhida uma vez por objeto.
Afiada ou Maciça: Estas armas são criadas uti-
lizando processos diferenciados. Armas afiadas
(Facas, espadas, machados, lanças) têm um fio e 101
uma capacidade de corte e perfuração melhores,
e armas maciças (no caso de armas como Marte-
los) possuem seu centro de massa mais pesado
dando maior capacidade de impacto. Armas com
essa habilidade podem direcionar seu dano para
o escudo, destruindo os inutilizando. Essa habi-
lidade só pode ser comprada uma vez por objeto.
Outro Uso: O Objeto possui mais de um uso, e usa
um bônus de 1D para esse outro uso. Exemplos:
Uma adaga que ajuda a defender, um kit de alqui-
mia que também ajuda na percepção ou um cajado
que auxilia em explorações. Uma segunda compra
dessa habilidade melhora em +1D esse outro uso.
 Itens em Geral
Armazenamento
São objetos que servem para carregar outros objetos. Todo item de armazenamento possui espaços. Um
espaço pode conter um objeto comum do tamanho de uma arma leve ou um livro. 10 objetos minúsculos
do mesmo tipo (como adagas de arremesso ou bombas de fumaça) ocupam um espaço. Uma arma Marcial
ocupa dois espaços e uma arma de cavaleiro ocupa 3 espaços. Em um espaço cabem 10 jóias ou 100 Ko.
Para um objeto caber dentro de um contêiner ele precisa passar pela boca do objeto. Assim, objetos muito
grandes só cabem em containers como baús ou caixas. Um kit de personagem ou especializado ocupa de
4 a 6 espaços e já vêm com seu contêiner.

Item Preço (em Ko) Espaços Tamanho da entrada

Bolsa de Dinheiro; 5 1 para 200 Ko algumas moedas
Mochila; 50 8 dois livros grossos
Saco de tecido pequeno; 5 2 uma caneca
Saco de tecido grande; 15 4 um vaso
Uma mala pequena; 20 4 Um livro grosso
Uma mala grande; 30 6 Um quadro
Cinto largo com bolsos; 10 2 uma poção
102 Bolsa de couro ou tecido; 50 8 dois livros grossos
Odre 5 1/2 litro de líquido uma moeda
Odre de viagem 10 2 litros de líquido uma moeda
Caixa, barril ou baú pequeno; 20 5 um vaso
Caixa, barril ou baú médio; 40 10 uma armadura
Caixa, barril ou baú grande; 60 20 uma roda
Aljava; 10 20 Flechas uma poção
Seteira; 10 20 Setas um livreto

Vestimentas
Roupas, trajes, e todo tipo de vestuário para ficar bem aconchegante.

Vestuário Preço (em Ko) Extras

Muda de roupa 30-50 Muda de roupa comum, incluindo calçado leve
Veste casual 10-20 Blusa 10, Saia 15, calça 20 e rasteiras 10
Traje de Banho 30 Sucesso na praia!
Traje de Frio 100 Traje completo para não passar frio
Vestido ou Robe 100 Simples e estiloso para qualquer bruxa que se preze
Chapéu 20 Qualquer tipo de chapéu
Óculos 50 Óculos de sol, de grau, visor,monóculo ou de aviador.
Botas pesadas 50 Resistentes, macias, e feitas para longas jornadas.
Transporte e Esportes
Objetos para transporte, esportes em diversos tipos de terreno.

Item Preço (em Ko) Velocidade passeio

Rollerblades 50 Uma área de movimento adicional
Prancha 100 Duas áreas de movimento adicional na água
Deslizador 150 Duas áreas de movimento adicional na areia

Munição
Cada tipo de armamento de longa distância possui seu próprio tipo de munição.
Flechas são usadas em arcos e setas em bestas. Uma carga de munição dura uma aventura inteira.

Munição Preço (em Ko) Extras

Flechas 20 -
Setas 20 -

Objetos Preço (em Ko) Objetos Preço (em Ko)

Apito 5 Panela de ferro 20
Balde (vazio) 6 Parafina (frasco) 12
Baralho de cartas 30 Pé de cabra 30 103
Cadeado 12 Pederneira e isqueiro 5
Cesto (vazio) 12 Pergaminho (folha) 2
Cobertor de inverno 60 Picareta 30
Conjunto de Chá 50 Píton 5
Conjunto para comer 20 Pilão e Socador 40
Corda de Cânhamo (15 m) 30 Porta-mapas 15
Esmeril 6 Pote de cerâmica 15
Espelho de metal pequeno 10 Rede de pesca (5 x 5 m) 30
Estilingue 6 Sabão (por barra) 5
Frasco (vazio) 4 Saco de dormir 40
Garrafa (vazia) 8 Saco de bolinhas de gude 20
Giz (10 pedaços) 5 Sinete 10
Jarro de cerâmica 30 Sino de mão 30
Lanterna coberta 24 Tenda 80
Lenha (por 8 horas) 30 Tinta e pena(vidro de 30 ml) 20
Livreto (30 páginas) 30 Toalha 15
Livro (100 páginas) 60 Tocha 2
Livro grosso (300 páginas) 100 Vassoura 30
Lona (m²) 10 Vara (2,5 m) 2
Lupa (x10) 100 Vela (5 peças) 5
Óleo (500 ml) 8 Vela (6 horas, 1 peça) 8
Pá 30 Vela (7 dias, 1 peça) 15
 Armas e Armamentos
Armas
Uma arma é instrumento, mecanismo ou ferra-
menta, preparada, ou adaptada, para proporcionar
vantagem no ataque em uma luta. Existem 3 cate-
gorias de Armas: Leves, Marciais e de Cavalaria.
Algumas destas armas atacam à distância (como
arcos). Estas possuem o requisito de Destreza
ao invés de força e a estatística de distância em
Áreas de Movimento para um disparo sendo, 1
distância curta 1 área, Distância média 2 areas,
distância longa 3 areas.
Armas de Arremesso
Armas de arremesso são armas pequenas e ba-
lanceadas que podem ser arremessadas causando
dano. Exemplos são pedras, adagas, cartas afia-
das, machadinhas.
104
Armas Marciais
As armas marciais são as que são ensinadas a serem
manejadas em Liceus, e são as que normalmente
soldados utilizam. Requerem uma boa dose de for-
ça ou destreza para serem utilizadas.(mínimo 3)
Exemplos de Armas Marciais:
Besta Comum, Espada Longa, Espada Bastarda,
Lança, Martelo de Guerra, Maça Estrela, Arco
Longo, Tridente, Machado, Alfanje, Sabre
Armas de Cavalaria
Armas de Cavalaria são exclusivas para quem
consegue manipulá-las. Requerem uma força ab-
surda para sequer serem levantadas com as duas
mãos. Somente os Guerreiros mais fortes e hábeis
conseguem utilizar uma arma de cavalaria.

Armas Leves Exemplos de Armas Leves:

As armas leves são quaisquer armas simples que Glaive, Espada de Cavaleiro, Arco composto,
não requerem nenhum treinamento para serem Malho, Besta Pesada, Lança de Batalha, Partisan,
utilizadas. Muitas delas são ferramentas do dia a Machado de Batalha, Mangual de Cavalaria
dia adaptadas para uso em uma briga, outras são
feitas para não chamarem a atenção. Qualquer
um pode utilizar uma arma leve.
Exemplos de Armas Leves:
Adaga, Arpão, Espada Curta, Porrete, Cajado Martelo,
Machete, Maça, Arco Curto, Bumerangue, Machadi-
nha, Picareta, Lança leve, Besta de Mão, Rapieira.

Qualidade e Preço
Tipo Preço (Ko) Bônus Requerimento
Pedra - +0D -
Armas Arremessadas 5 +1D -
Armas Leves 10 +1D 1 Força ou Destreza
Armas Marciais 100 +2D 3 Força ou Destreza
Armas de Cavalaria 300 +3D 5 Força ou Destreza
 Armaduras e Defesa
Armaduras
As armaduras são equipamentos especializados
para a proteção dos personagens, servindo para
proteger e absorver o dano causado por armas e
outros tipos de ataques. O uso de armaduras em
Pepper & Carrot utiliza uma definição simples de
armadura por tipo, sendo elas:
Armaduras Leves
Utilizadas pela grande maioria das pessoas, pois
não exigem treinamento especializado e oferecem
uma boa quantidade de Defesa para seu usuário.
Essas peças de armadura compõem a primeira ca-
mada de proteção de armaduras mais complexas
e resistentes, sendo projetadas para além de pro-
teger contra ataques e golpes, essas armaduras
preservam a mobilidade do personagem duran-
te o combate, mas dá uma penalidade de -1D em
estudos e improviso, sendo pouco utilizadas por
personagens praticantes de magia. Requer 1 na
habilidade de Defesa para poder ser utilizada.
Armaduras de Infantaria
As armaduras de infantaria são equipamentos pe-
sados, desconfortáveis e que costumam diminuir
consideravelmente a mobilidade e movimentação
dos personagens, são equipamentos desajeitados
e costumam exigir treinamento específico sen-
do utilizadas normalmente por personagens que
possuem treinamento em combate e exploração
como Cadetes, Exploradores e Noviços. Esta
classe de armadura é a segunda camada de pro-
teção de uma armadura completa, sendo o ideal
para se alcançar como um militar treinado. Per-
Qualidade e Preço
Tipo Preço (Ko) Qualidade
Armadura Simples 100
Armadura de Infantaria 300
Armadura de Guerra 500
Escudo 50
sonagens usuários de magia recebem uma pena-
lidade de 2 dados em sua reserva para testes de
magia enquanto usam este tipo de magia. Requer
pelo menos 3 de Saúde para poder ser utilizada,
e reduz em dois resultados os testes de Furtivi-
dade e Esportes.
Armaduras de Guerra
Armaduras de guerra são equipamentos de pro-
teção para aventureiros, mercenários e militares
treinados. São pesadas, desconfortáveis e difí-
ceis de utilizar, sendo verdadeiras couraças que
protegem de praticamente tudo. Apenas perso-
nagens treinados como militares poderão utilizar
adequadamente estas armaduras, sendo impos-
sível seu uso de forma adequada por vocações
sem este treinamento. Esta classe de armadura é
a terceira camada de proteção de uma armadura
completa, sendo o ideal para se alcançar como 105
um militar treinado. O peso e a mobilidade redu-
zida impedem que personagens usuários de ma-
gia executem seus feitiços enquanto estiverem
utilizando este tipo de armadura. Requer 3 força
e 3 de Saúde para ser utilizada, e reduz em 3
resultados os testes de Furtividade e Esportes.
Escudo
Os escudos são itens utilizados para proteger o
usuário de ataques. Os escudos podem ser tan-
to peças de arte e engenharia finamente traba-
lhados, sendo extremamente leves e resistentes,
ou simplesmente sendo improvisados, como por
exemplo uma casca de carvalho espessa que pro-
tegerá o usuário durante alguns ataques diretos.
Requer 2 de Destreza para poder ser utilizado.
Bônus Requerimento
Simples +1D
Simples +2D 3 de Saúde e ser cadete
Simples +3D 5 de Saúde e ser cadete
Simples +1D Mão livre e 2 de destreza
 Os Kits de Personagem
Cada personagem inicia com um Kit gratuitamente. Esse kit é um conjunto de ferramentas e objetos
de propósitos diferentes. Um kit pode ser um grupo específico de objetos para um objetivo (como um
Kit de Aluna da escola de magia, ou um kit de festas), outros são um conjunto de ferramentas que
auxiliam tarefas, como escalar, explorar ou criar itens.
Esses kits fornecem a habilidade de fazer tarefas sem penalidade (não ter nenhuma ferramenta impos-
sibilita a ação e ter ferramentas improvisadas dá -1 resultado no teste). Kits de qualidade melhor dão
bônus de mais dados. A utilização de um item de um kit que sirva para a tarefa pode dar bônus de +1
ou +2 ou até +3 dados para o teste, de acordo com a qualidade. Os kits de personagem não possuem
um número específico de usos, mas quando seus objetos forem usados e se gastarem é necessário
comprar individualmente cada um (ou comprar um novo kit). Kits de Especialista possuem um número
de usos, e quando esses usos acabam o kit precisa ser reabastecido.

Kits Preço (em Ko) - Um bastão simples de caminhada;

Qualquer Kit de personagem 50 - Uma toalha comum que possui várias utilida-
Qualquer Kit Especializado 100 des. Para maiores informações leia o livro “Guia
do Mochileiro”;
Abastecer um uso de um kit. 5
- Um par de botas resistente e à prova d’agua;
Abastecer 10 usos de um kit 50 - Rações e doces para uma semana de viagem;
- Um cantil (metálico ou de couro) que cabe um
106 Kit das Escolas de Bruxaria litro de líquidos (e vem vazio);
Este kit é um kit comum para estudantes das - Uma faca de trinchar;
escolas de magia de Hereva. Cada escola pos- - Uma vara de pesca com vários anzóis;
sui diferenciações no kit, mas basicamente é o - Um saco de dormir;
mesmo para todos estudantes. Ele vêm em uma - Um chapéu de palha para dias de muito sol;
fantástica bolsa no estilo e com o logo da escola
bordado. O Kit contém: Kit de Travessuras
- Um Chapéu de Bruxa, com várias opções de
tipo, cor e formato; O dono de um kit desses, boa coisa não está pla-
- Um robe específico da escola que o estudante nejando. Cheio de itens que servem tanto para
está, com as cores da escola; distração quanto para aprontar muito por aí.
- Um livro para anotações; Vêm em um simples saco que é amarrado na cin-
- Tinta e pena para anotar; tura e não chama muito a atenção. O kit contém:
- Cinco garrafinhas de poções (vazias); - Um estilingue com um saquinho de pedras;
- Um candeeiro com 5 velas; - Cinco bombas de fumaça com pavio;
- Uma bolsa com o brasão da escola (é uma bolsa nor- - Um deck de cartas marcadas e um par de dado;
mal, que cabe mais 3 objetos de carga 1 fora o kit); - Um saco de bolinhas de gude;
- Kit simples de disfarce (nariz, bigode, peruca
Kit de Andarilho e maquiagem);
- Um pé de cabra;
Um ótimo kit para viajantes, exploradores e pes- - Uma caixinha de estalinhos (bombinhas que fa-
soas sem rumo na vida. Ele vêm em uma confor-
zem um barulho de uma pequena explosão quan-
tável e pequena mochila que se prende na parte
do jogadas no chão ou pisadas);
alta das costas, mais um coldre com 3 bolsos. O
- Um isqueiro (requer magmah um para usar).
kit contém:
Kit de Acampamento
Esse kit tem tudo que um grupo gostaria de ter
se resolvesse acampar. Nenhum conforto é de-
mais com um kit desses. Um kit dá para 6 pessoas
acamparem e ficarem junto da natureza confor-
tavelmente. Esse kit vem em uma mochila gran-
de e compacta, com proteção para as costas do
usuário não pesarem muito em uma escalada ou
caminhada. Ele contém:
- Uma barraca para até seis pessoas (apertadas);
- Uma pá pequena;
- Um isqueiro (requer magmah um para usar);
- Um conjunto de 6 pequenas cadeiras dobráveis;
- Um cobertor grande;
- Uma panela grande com alças para ficar sob
uma fogueira;
- Um conjunto de 6 talheres, pratos e copos;
- Um mini-livro intitulado “100 canções e brin-
cadeiras para fazer em volta de uma fogueira,
por Irvin, S.”
Kit de Sobrevivência
Nunca esteja despreparado! Esse kit de sobre-
vivência é para os que estão prontos para tudo!
Nunca seja pego desprevenido com esse kit!
Nunca, eu repito, NUNCA! Esse fabuloso kit de
sobrevivência é só pra quem sabe o que quer e o
que ele quer é sobreviver! Vêm em uma mochila
compacta e leve. Sucesso com paranóicos e em
apocalipses zumbi! Um kit contém:
- Um isqueiro (requer magmah um para usar);
- Um canivete cheio de mini ferramentas (faca,
tesoura, serrote, cortador de unha, lixa, abridor
de garrafas, chave de fenda, machadinha); [Nota:
não espere grandes feitos com esse item]
- Uma toalha comum que possui várias utilida-
des. Para maiores informações leia o livro “Guia
do Mochileiro”;
- Rações secas e sem graça para uma semana de
viagem;
- Um cantil (metálico ou de couro) que cabe um
litro de líquidos (e vem vazio);
- Um kit de primeiros socorros (5 usos, cada uso
restaura 1 ponto de vida)
- Uma capa de chuva com chapéu;
- Uma lamparina com óleo para uma noite;
Kit Chiquérrimo
Ah, se interessou? Não diga mais nada! Esse kit
é para poucos. Estilo e Glamour não ficam so-
zinhos, e precisam de acessórios que combinem
com eles. Esse kit é para princesas da melhor es-
tirpe, príncipes meio bobos de contos de fadas,
ou pessoas com bom gosto. Ele vem em uma caixa
bonita com uma fita colorida, mas normalmente
nem é usada, já que todos os itens são de ves-
timenta ou cabem na bolsinha chiquérrima que
vêm junto. O uso desse kit pode dar bônus em
Modos. Esse lindo, maravilhoso e, eu já disse an-
tes, chiquérrrrrrimo contém:
- Um traje de gala, da última moda, da cor, estilo
e estilista da preferência do comprador;
- Um chapéu, barrete, boina, cartola, panamá,
matinê, floppy, clochê, pillbox, combinando com
a roupa;
- Uma mini bolsinha linda de morrer ou um sash
trabalhado em tecido fino e usado na cintura
(que cabem os itens que não são de vestir);
- Um espelho de prata;
- Uma adaga de prata (com um coldre na coxa ou
cintura, de acordo com a preferência do com- 107
prador);
- Uma garrafa de perfume, escolhido pelo com-
prador entre os 200 perfumes mais caros de he-
reva;
- Um guarda chuva com babados lindos para o
sol, ou uma bengala com um entalhe decorado.
- Um par de sapatos finos;
Kit de Curandeiro
Este Kit serve para aqueles que se preocupam
com o bem estar e a vivacidade deles e de seus
companheiros. Nenhum grupo deveria sair em
missões sem um kit desses. Ele já vem pronto
para ser usado, só sacar-e-usar, tudo para man-
ter você e seus colegas saudáveis. Em uma pe-
quena maleta de médico, resistente a balanços e
de couro duro, este kit contém:
- Uma barra de sabão;
- Um Kit primeiros socorros (5 usos, cada uso
restaura 1 ponto de vida);
- Um pote de unguento para queimaduras (3 usos)
- Um pilão e socador de pedra;
- 3 Poções de antídoto;
 - 3 poções de cura (1d6 pontos de vida);
- 3 poções de restauração;
- Uma maca portátil;
- Um rolo de 30 metros de corda;
- Uma garrafa vazia de vidro.
- Um livreto intitulado “Como não morrer envene-
nado, um guia de plantas - Escrito por S.Plissken”
Kit Temerário
Esse kit é apenas para quem não tem medo de
nada! Criado pelo Elfo do Verão E.Knievel, ele
é perfeito para atos que só gente muito corajo-
sa (ou burra) pensaria em fazer. Outro uso é no
desespero, pois esse kit já salvou vidas de pes-
soas que pensaram “ou tentamos essa loucura ou
morremos” e escolheram a primeira opção. Vêm
em uma mochila de duplo porte, sendo a parte
de baixo com os itens e a parte de cima um para-
-quedas. O kit contém:
- Um pára-quedas na parte de cima da mochila;
- Um planador portátil para uma pessoa;
- Corda de 60 metros com gancho de escalada;
- Uma besta atiradora de gancho de escalada;
108 - Um colchão de ar que serve de pouso para que-
das que se abre instantaneamente;
- Cinco fogos de artifício com pavio;
- Uma vara para equilibristas (funciona como um
bastão meio grande também) retrátil;
- Um par de rollerblades;
Kit de Espelunqueiro
Achou um tesouro e não tem como carregar? Fi-
cou preso em uma masmorra ou caverna? Não se
desespere! Se você tiver um Kit de espelunquei-
ro, você está bem! O Kit de espelunqueiro é per-
feito para pessoas que gostam de carregar bugi-
gangas (e catalogar elas por cor, cheiro e gosto)
e escapar de lugares perigosos. O Kit, que vêm
distribuído entre várias bolsas, mochila e poche-
tes, é o que há de melhor para um explorador com
faro para ouro! O Kit contém:
- Uma mochila grande (vazia);
- Um saco de tecido grande (vazio);
- Um cinto largo de couro cheio de bolsos (vazios);
- Uma bolsa de couro (vazia);
- Rações secas e sem graça para uma semana de
viagem;
- Um cantil de couro que cabe um litro de líquido
(cheio de água);
- Seis pedras de iluminação;
- Um saco de dormir;
- 6 tochas;
- Um rolo de 30m de corda;
- Uma picareta de escalada;
- Duas garras para botas (para escalar);
- Três bombas explosivas com pavio;
- Lanterna a óleo com óleo para um dia e gancho
para pendurar no cinto;
- 2 garrafas com óleo.
Kit de Festa
Esse kit é perfeito para começar uma festa! Pode-
mos com convicção dizer que não existe festa sem
esse kit. Ele é ótimo para qualquer tipo de festa,
desde um aniversário, até um funeral. Ele vem em
uma mala grande com rodinhas, e contém:
- Uma mini-jukebox (com 24 músicas pré-pro-
gramadas);
- 30 balões coloridos (que não foram enchidos ainda);
- Uma vuvuzela (divertida, que muitos odeiam);
- Um Bolo (com velas ou com alguma coisa escri-
ta em glacê, do sabor que o comprador quiser);
- Um cento de salgadinhos variados (normalmen-
te coxinha e canudinhos de frango, mas às vezes
vem com bolinhas de queijo também)
- Um cento de doces variados (desde balas de
coco enroladas em um papel celofane, até o fa-
moso brigadeiro, cajuzinho, branquinho e às ve-
zes até quindim).
- Um garrafão de suco de Abobóbora (mas tam-
bém pode ser suco de uva, ameixa, limão ou la-
ranja) com 5 litros;
- 10 Lançadores de confete;
- Um quilo de purpurina de diversas cores;
- Cem copos biodegradáveis de papel;
- Um rolo de papel biodegradável com 100 me-
tros para servir o bolo ou limpar a bagunça que
ficou após o gatuno enfiar a mão no bolo e limpar
nas costas do mascate.
- Cinco sacos grandes para guardar o lixo;
Kits Especializados
Esses Kits são necessários para o uso de certas
habilidades. Sem eles fica impossível utilizar as
mesmas. Quando pegos como ferramenta mágica,
ou são de alta qualidade, eles fornecem bônus na
utilização. Estes kits possuem 10 usos antes de
precisar reabastecer ou trocar peças.
Kit de Poções
Não saia de casa sem seu kit para fazer poções!
Perfeito para as horas em que uma poção é ne-
cessária, mas não está disponível, o kit auxilia
qualquer herbolario, alquimista, ou bruxo na
criação de poções, unguentos, bombas e tôni-
cos. Ele vêm em uma maleta de couro curtido.
Kit de Encantamento
Um Kit feito para encantar itens. Ótimo para as ho-
ras que você fica em um acampamento sem fazer
nada enquanto seus colegas caçam, cantam ao re-
dor da fogueira ou preparam comida. Com ele você
pode encantar objetos com magia. Ele vêm em uma
maleta de couro curtido e contém:
de comércio auxilia nas habilidades de Comércio e
Avaliação. Ele vêm em uma mala grande.
Kit do Gatuno
Um Kit não encontrado facilmente, possui utilitá-
rios para quem não quer ser visto facilmente. Com
apetrechos para escalar, nadar, e mantos para faci-
litar passar despercebido, todos os itens desse kit
são guardados em um cinto com uma bolsa do lado
de trás. O Kit auxilia em Furtividade e Atletismo.
Kit de Exploração
Nenhum cartógrafo, batedor, ou
aventureiro sairia sem um desses.
Cheio de ferramentas para explo-
rar ruínas antigas, identificar
símbolos e detectar armadilhas,
o Kit de exploração é perfeito
para todos os que buscam sa-

Kit de Escrita
109
Um kit para escritores e bruxas que
querem fazer seus próprios pergaminhos
mágicos. Possui todas as ferramentas para
escrever e montar livros, capítulos e histórias,
bem como Livros de Feitiços, e pergaminhos
mágicos. Um bom escritor não sai de casa
sem ele. O Kit cabe em uma mala grande.

Kit de Comerciante
O Kit de comerciante é algo que
nenhum mascate inteligente deixa-
ria em casa. Cheio de ferramentas
desde balanças até bandeiras e
placas para o marketing de seu
negócio, o Kit de comércio
auxilia na compra e venda
de qualquer coisa. O kit
 ber onde pisam. O kit vem em dois coldres de per-
na, ou uma bolsa de couro, o que facilita para o ex-
plorador usar uma mochila ou um cinto com bolsos,
além de não incomodar quando ele explora tumbas
e procura artefatos (que com certeza deveriam es-
tar em um museu). Este kit auxilia nas habilidades
Exploração e Percepção.
Kit do Erudito
Este kit é para os interessados em estudo e conhe-
cimento das coisas do mundo. Como dizem, co-
nhecimento é algo que não te tiram, então esse kit
é perfeito para você, que quer saber sobre tudo.
O kit é uma mala com 25 livros, chamado de “En-
ciclopédia”. Cada livro tem uma letra e fala tudo
sobre coisas que iniciam com aquela letra. Com
tempo e disposição você consegue saber muito
sobre muita coisa. Esse kit auxilia na Erudição.
Muitas vezes uma enciclopédia de segunda mão,
ou encontrada, possui livros a menos, deixan-
do uma falha em algumas letras.
110
Kit do Estudioso de Magia
Este kit é para teóricos de magia, que adoram
estudar ou fazer magias em casa. É um conjunto
de livros, pergaminhos e ferramentas inúteis em
uma batalha, mas ótimos para um feitiço na paz
de sua casa. O kit vem em um Baú de metal rica-
mente detalhado, e auxilia nas habilidades Estudo
e Misticismo quando o dono tem tempo para es-
tudar e trabalhar.
Kit do Sábio
Conhecimento é importante, e nada pior do que
ser pego desprevenido sem saber se aquela fru-
ta é venenosa ou se aquele animal é carnívoro.
Além disso, saber qual o prato típico da tribo Na-
anita da Pedra Rubra pode salvar sua pele. Esse
kit dá Bônus em Natureza e Cultura.
 As Ferramentas Mágicas
As magias possuem muitos tipos e formas nos di-
versos universos onde elas existem, realizando ma-
ravilhas e entregando coisas incríveis aos nativos
destes mundos. Em Hereva a magia é notavelmente
comum e mundana, é essa característica se reflete
também nos inúmeros itens e objetos mundo afora.
Em resumo, todo item comum possui versões en-
cantadas por uma ou escola de magia, claro que,
quanto mais refinada a magia e o artesão que criou
o item, mais valioso este se torna.
A Escola de Zombiah é a escola com a maior espe-
cialização e capacidade de refino de itens mágicos
de todo tipo, porém não é a única. Todas as es-
colas possuem artífices especializados na produção
de itens, objetos, unguentos e poções vendidos às
pessoas de Hereva. Este comércio é tão sério e im-
portante que existem mercadores conhecidos atu-
ando na avaliação e certificação destes itens, e in-
clusive com selos próprios de qualidade e renome,
moldando assim o conhecimento de vários produto-
res com selos de qualidades reconhecidos no reino.
Em Pepper & Carrot, tratamos o termo “ferramen-
ta” como um objeto que auxilia o personagem em
uma tarefa específica. Assim, para se defender de
um ataque, uma armadura é uma ferramenta. Para
lançar uma magia, uma varinha mágica é uma ferra-
menta. Cada ferramenta tem um uso, e muitas delas
são mágicas. Uma ferramenta mágica possui carac-
terísticas especiais, e inicialmente cada persona-
gem começa com uma ferramenta montada pelo seu
jogador ou escolhida na listagem de exemplos.
Quando criar seu personagem, você recebe 5
pontos para montar uma ferramenta inicial mágica
para seu personagem. A criação de uma ferramen-
ta mágica requer escolher um item (do quadro 1) e
o encantamento do item (quadro 2). Se você tiver
pontos sobrando no final, pode trocar por 50 Ko
cada ponto restante. Novas ferramentas mágicas
podem ser adquiridas em lojas, encontrando ou
criando você mesmo.
Vassoura: Uma vassoura para uma bruxa é mais
que um utensílio de limpeza. É um item de trans-
porte. Vassouras de bruxas são ligadas à sua bruxa
e só funcionam na mão delas ou de seus familiares.
Em diversas tradições e escolas, nem sempre é
uma vassoura. Algumas vezes pode ser um grande
cajado, um remo, e até um pequeno tapete mágico.
Se seu poder for aumentado (para +1d ou +2d), a
vassoura dá esse bônus em Esportes (voar) para a
bruxa fazer manobras radicais. Para carregar mais
pessoas, o item deve ter a habilidade de voar mais
vezes (e carrega sempre o dobro de pessoas).
Kit Especialista: Um kit Especialista é um dos
Kits que os personagens podem ter. Um kit sem-
pre é um conjunto de itens e ferramentas e pos-
sibilita o personagem utilizar melhor suas habili-
dades ou criar itens. Veja a descrição de cada Kit
Especialista mais abaixo.
Livro de Notas: O Livro de notas é um item nor-
malmente usado por bruxas, e contém diversas 111
anotações de seus estudos para relembrá-la. Não
pode ser empunhado como uma ferramenta durante
o combate (Mas veja em Livro Mágico na entrada
de varinhas). Quando o personagem cria seu livro
de notas, escolhe 3 habilidades. Toda vez que o
personagem consultar seu livro, ele ganha +1d para
testes nas habilidades que o livro contém. Mais po-
der (+1d, +2d) melhora as habilidades já inclusas no
livro, e a habilidade “Outros usos” dá novas habili-
dades (com apenas 1d) para o livro de notas.
Varinha: Varinhas são ferramentas mágicas que
os Bruxos, e qualquer um que utilize feitiços pode
usar. Feitas de diversos tipos de materiais, des-
de madeiras comuns a raras, até metais preciosos,
elas auxiliam o Bruxo na canalização e formação de
feitiços, sendo um médium para o poder da Bruxa.
Cada bruxa escolhe a sua muito baseada em sua
escola preferida. Assim, uma bruxa de Hippiah
normalmente terá uma varinha de uma madeira
exótica, e uma bruxa de Zombiah uma varinha de
metal com partes móveis. Se, por habilidade, ou
qualidade, a varinha dar +1d ou +2d dados, es-
ses são usados quando a bruxa empunha a varinha
 Escolha Qual Seu Item: (Quadro 1)

Custo Item Especial Requerimento

2 Vassoura* Voar Requer ser Bruxa
2 Kit Especialista -
3 Livro de Notas Habilidade+1D*
1 Varinha* Foco de Magia Requer ser Bruxa
1 Arma Leve +1d Ataque
2 Arma Marcial +2d Ataque Requer Força ou Destreza 3
1 Roupas Especiais Uma Habilidade
2 Armadura Leve +1D Defesa Requer Defesa 1
3 Armadura Infantaria +2D Defesa Requer ser Cadete e ter Saúde 3
2 Escudo +1D Defesa Requer Destreza 2
1 Mochila ou Bolsa 6 de espaço
4 Cofre de Mercador Especial* Requer ser Mascate
1 Acessório Uma Habilidade
1 Instrumento Musical Uma Habilidade

e tenta criar um feitiço, inclusive em combate.
Para muitas bruxas iniciantes é uma mão na roda,
mas bruxas mais velhas ignoram essas “muletas”
112 dizendo que uma bruxa precisa apenas de seu co-
nhecimento e poder, e não de quinquilharias. Em
várias tradições e escolas, não precisa ser neces-
sariamente uma varinha. Um Orbe de cristal, um
livro mágico, um amuleto (que precisa ser empu-
nhado) podem ser utilizados.
Arma Leve: Descrita em armas
Arma Marcial: Descrita em armas
Roupas Especiais: Uma roupa especial é de boa
qualidade, que é encantada já com uma habilidade.
Algumas são duráveis, outras resistentes, outras
têm capacidades mágicas, basicamente uma rou-
pa especial é um coringa quando criada, podendo
fazer muitas coisas.
Armadura Leve: Descrita em armaduras
Armadura de Infantaria: Descrita em armaduras
Escudo: Descrito em armaduras
Mochila ou Bolsa: itens comumente encanta-
dos, mochilas e bolsas possuem espaço para guar-
dar muitas coisas dentro, possibilitando o perso-
nagem carregar mais do que um Kit inicial. Esses
itens são projetados para carregar uma grande
gama de equipamentos e objetos. As bolsas e mo-
chilas mágicas são construídas com diversos en-
cantos e feitiços especiais e recebem 6 espaços
mágicos para cada nível, essas dimensões mágicas
são projetadas para receber um ou mais itens de um
mesmo tipo, característica que deu origem a utili-
zação por aventureiros e aprendizes, criando toda
uma cultura de funcionamento de itens mágicos.
Cofre de Mercador: Esse cofre é dado apenas
aqueles Mascates que completaram todas as etapas
do curso de mascate, ou ganharam de herança. O
Cofre de Mercador é um item único e especial,
pois reconhece apenas um dono e fica com ele
até o dono lhe dar, vender ou morrer. Têm uma
aparência variada, mas pode ser um grande baú,
uma mala gigante, uma bolsa enorme, com deta-
lhes diferentes de acordo com o estilo do dono.
O cofre de mercador tem três funções. Uma de-
las é carregar muitos itens para o mascate vender
e negociar, oferecendo 32 espaços. Outra é que
ele se transforma em uma “banquinha” de venda,
com placas, tendinha e tudo mais, possibilitando
o mascate ter sua banca de vendas em qualquer
lugar. A última e mais impressionante habilidade é
que ele segue o mascate onde ele for. Alguns pos-
suem rodinhas, outros pezinhos, e outros até patas
de aranha, que aparecem quando o mascate come-
ça a sair de perto dele. O cofre então segue o mas-
cate onde ele for, e como ele for. Se abandonado,
inicia um trajeto direto para onde o dono está, e é
praticamente indestrutível e imparável. Se pren-
derem o Cofre de mercador em uma sala, ele cava
o solo e escapa, ou explode a parede e passa cor-
rendo. Ninguém em sã consciência mexe com um
cofre de mercador, pois apesar de dizerem que ele
não tem inteligência, ele exibe um comportamen-
to leal com seu dono e agressivo com quem tenta
impedir ele de chegar ao seu mascate.
Acessório: Um acessório, assim como uma rou-
pa especial, é uma peça de vestimenta, como uma
capa, um par de botas, luvas, chapéu, medalhão,
bengala, fita de cabelo, pulseira, ou qualquer ou-
tro acessório vestível pelo personagem. Pode ser
encantado de diversas formas, e é um coringa das
ferramentas mágicas.
Instrumento Musical: Um instrumento musical
muitas vezes é usado como ferramenta mágica.
Seja uma flauta, um alaúde, até um tambor, eles
são usados como itens mágicos há séculos em He-
reva. Nos dias atuais, alguns instrumentos cria-
dos por adeptos de Zombiah e Naanitas têm ga-
nhado espaço entre as pessoas mais novas, como
guitarras e teclados. Usado normalmente com a
habilidade talento (instrumento musical).
alguns serem silenciosos como um gatuno. Objetos
que utilizam de barulho para funcionar, como sinos
ficam inúteis com essa habilidade (a menos que tocar
o sino faça outro efeito funcionar).
Sincronizado Ninguém pode utilizar esse item
fora seu legítimo dono. Essa habilidade é muito
utilizada em Catalisadores e ferramentas para não
serem roubadas. Quem tentar usar esse item, além
de não ganhar nenhuma habilidade do objeto, tem
-2D em tudo, pois o objeto é arredio ao ladrão.
Além disso, o verdadeiro dono sente a direção e a
proximidade de onde está seu objeto.
Voar Muito utilizado em Vassouras e tapetes, o ob-
jeto flutua, podendo transportar uma pessoa junto
com ele. A velocidade do item é alta, chegando a
40km/h, mas pode ser melhorada com mais encanta-
mentos de voar (aumenta em 50% cada encantamen-
to) e com testes de Esporte (voar) para pilotar peri-
gosamente. Voar por uma hora não tem custo, mas
mais que isso custa 1 Rea para o usuário por hora.
Mágico O Objeto absorveu um pouco mais de Rea
que o normal quando foi criado, e assim, habili- 113
dades usáveis uma vez por dia podem ser usadas
mais uma vez para cada vez que essa habilidade
for comprada.

Encantamentos das Ferra-

mentas Iniciais:
Toda ferramenta possui uma ou mais
Encantamentos. Além dos citados
abaixo, você pode escolher no
lugar uma habilidade da lista de
habilidades mundanas para itens
(logo acima).

Silencioso Uma habilidade

muito útil em armaduras pesadas e kits,
quando o usuário utiliza esse objeto, ele emite
muito menos barulho que o normal, ao ponto de
 Poder do Item (Quadro 2)
Custo Poder Especial
0- Básico Nenhuma habilidade a mais
2- Bom Um encantamento extra
4- Ótimo +1D no seu uso
Metamórfico O item com uma palavra mágica do
dono, se transforma em um amuleto ou bracele-
te. Nesta forma ele não têm nenhuma habilidade
ou poder. Para transformar de volta, basta recitar
novamente a palavra mágica.
Poderoso O objeto é um item de poder incomum.
Ele tem +1D além do que a sua Qualidade permi-
te. Essa habilidade só pode ser escolhida uma vez.
Assim, uma Varinha é mais potente, e um escudo
mais defensivo.
Potente Ter esse objeto empunhado ou vestido
(ele só funciona em armaduras, roupas, adereços
e armas) faz o usuário mais poderoso. Ele aumen-
114 ta uma característica em +1. O item em questão é
muito espalhafatoso, brilhando, piscando e fazen-
do barulho, o que identifica ele como algo valioso
para bandidos ou inimigos, que podem (e tentarão)
roubar ele do personagem.
Detector O objeto serve para detectar uma ou
mais coisas do mesmo tipo. Ele começa a vibrar e
aponta na direção do que ele serve para detectar.
Coisas detectáveis incluem ouro, tesouros, itens
mágicos, água, pessoas( de um povo ou todos),
animais de um tipo (ou todos), comida, descontos e
promoções, uso de magia de uma escola, monstros
(no geral), sua casa (ótimo quando você se perde
na floresta), uma pessoa específica.Pode também
ser um detector de criaturas invisíveis, mentiras
e até perigo iminente (mas nestes casos não apon-
ta nem a origem nem a direção).
Sábio A ferramenta é um item inteligente, com
a alma de alguém muito importante para quem lhe
deu esse item. Pode ser de um ancestral ou velho
amigo. Essa alma se negou a ir adiante, e resol-
veu ficar para auxiliar o dono da ferramenta. Ela
conversa e dá dicas para o dono da ferramenta,
que tem uma personalidade singular. Porém, ela
é muito leal ao seu portador e sempre vai fazer
tudo ao seu alcance para auxiliá-lo, inclusive
ativar habilidades se for necessário mesmo sem
o comando do dono.
Viva O objeto pulsa com energia de Hippiah. O
personagem ganha +2 pontos de vida e +1D para
resistir doenças e venenos.
Mutante Usado apenas em roupas, por um pon-
to de Rea a roupa muda de cor, formato e até se
limpa sozinha.
Camuflado Usado em capas, mantos, robes e ar-
maduras, por um ponto de Rea o personagem se
camufla com o ambiente, ganhando +2D em furti-
vidade por um minuto.
Protetor O objeto garante +1D para resistir à magia.
Bateria de Rea O item possui 1 de Rea que pode
ser utilizado pelo personagem, e se recarrega a
cada nascer do sol.
Visão Usado em acessórios como anéis, amuletos
ou óculos, com um comando o personagem ganha
Visão Noturna por uma hora. Pode-se gastar 1 rea
para ele funcionar por mais uma hora.
Encantado O Objeto possui um encantamento
simples de uma das escolas de Hereva. Escolha um
encantamento que pode ser utilizado uma vez por
dia. Um objeto só pode ter uma escola ligada a ele.
Magmah
Flamejante: Armas e Armaduras pegam fogo,
fazendo mais 1d dano por fogo ou protegendo o
usuário de água e frio.
Labareda: Para utensílios e Kits, dão +1d quando
cozinhando, acendendo fogos, ou criando poções
ou forjando itens
Língua de Fogo: Cria um jato de fogo de 1d de
dano em cone de 15 por 5 metros.
Zombiah:
Libertador: Ignora penalidades de movimento,
como estar amarrado, preso, ou qualquer outra
coisa que restrinja seu movimento.
Despertador: Encostando em um objeto peque-
no ele se torna animado por uma hora, obedecen-
do os comandos do dono como ele puder
Reparador: Repara um objeto estragado, deixan-
do ele inteiro.
Chaosah:
Fluxo Temporal: Volta uma rodada de combate.
Tudo que aconteceu não aconteceu, e apenas o
usuário sabe disso.
Sorte: dá sorte ao usuário dando +1d para o pró-
ximo teste que ele fizer
Azar: dá azar a um alvo, dando -1d para o próximo
teste que ele fizer
Aquah:
Vendaval: Cria um jato de vento que empurra
inimigos e joga longe flechas. Dura uma rodada.
Água pura: Faz brotar do solo uma fonte de água
que dura uma hora.
Respirar: Pode respirar debaixo d’agua por 1 hora
Hippiah:
Restauração: Cura 1d6 pontos de vida de uma
criatura viva, seja uma pessoa, planta ou animal.
Falar com plantas e animais: Dá ao usuário a ha-
bilidade de falar com plantas e animais por uma hora.
Barreira de plantas: Cria uma barreira de plan-
tas que protege o usuário e seus aliados com 3D
(permanente e imóvel)
Ah:
Visões: Dá uma visão ao usuário respondendo
uma pergunta com Sim ou Não. (tem 50% de chan-
ce de acertar)
Toque Espiritual: Dá ao usuário o poder de ver
e tocar espíritos e criaturas que são intangíveis,
por uma cena.
Apaziguar alma: Encostando em um aliado, ele
perde uma condição ruim simples que tenha, seja
medo, veneno ou qualquer outra
Vassoura de Bruxa (Vassoura Boa, 4 pontos)
Uma vassoura encantada com o poder de voar nas
mãos de uma bruxa. Pode voar por uma hora a 60km/h
sem custo, após a primeira hora, é necessário 1 ponto
de Rea por hora para ela continuar voando.
Kit de Especialista (Boa qualidade, 4 pontos)
Um Kit de especialista (escolha qual) com a habi-
lidade Durável. Dificilmente esse kit estragará ou
sofrerá com quedas ou baforadas de Dragões.
Livro de Notas (Boa qualidade, 5 pontos)
Esse livro de notas é uma ferramenta de boa quali-
dade com a habilidade “Outros usos”, assim ela dá
+1D em 4 habilidades a escolha do usuário. Este aqui
dá em Natureza, Misticismo, Estudos e Cultura.
Varinha viva do poder (Ótima, 5 pontos)
Uma rara varinha que serve de foco para utilizar
magias de Hippiah (-1 custo em Rea, mínimo 0) e
dá +2D para lançar feitiços de Hippiah, e +1D para
outras escolas.
Arco Encantado (Boa qualidade, 5 pontos)
Um arco curto de ótima qualidade e encantado
com a habilidade Flamejante (1x por dia todas as
flechas lançadas causam 1d6 de dano por fogo a
mais por 1d6 rodadas). O Arco dá +2D em Ataques.
Espada Mágica (Espada Longa Boa, 4 pontos)
Esta espada mágica possui uma lâmina mágica que 115
corta quase qualquer coisa. Ela dá +3D quando
usada para atacar.
Manto Escarlate (Roupa Ótima, 5 pontos)
O manto escarlate possui duas habilidades mágicas.
Ele dá ao seu usuário 1 ponto extra de Rea (que é
recarregado todo nascer do sol) e além disso dá +1D
para resistir a magias lançadas contra seu usuário.
Loriga de Couro Mágico (Armadura Leve
Boa, 4 pontos)
Uma loriga de couro batido, foi encantado com
uma magia de Sorte. Uma vez por dia ele dá +1D
em qualquer teste que o usuário escolher. Além
disso ela dá +1D defesa.
Placa peitoral Mithril (Armadura Boa, 5 pontos)
Esta placa peitoral é feita de Mithril, fazendo a
mesma ser muito leve. Para utilizar essa Armadura
de infantaria é necessário apenas 2 de Saúde. Ela
dá +2D defesa.
Escudo Mágico (Escudo Bom, 4 pontos)
Este escudo é encantado com um feitiço que o
 deixa mais resistente. Ele quando empunhado, dá
+2D defesa.
Bolsa espaçosa (Boa qualidade, 4 pontos)
Uma bolsa que possui 9 espaços para objetos.
Cofre de Mercador (normal, 4 pontos)
Um cofre de mercador simples, com 32 espaços
para itens, e cria várias perninhas embaixo dele
para seguir o mascate
Lanterna dos Espíritos (boa qual, 3 ptos)
Essa lanterna funciona como uma lanterna co-
mum, porém o usuário pode ver espíritos e inte-
ragir com eles
Flauta Hábil (Ótima qualidade, 5 ptos)
Uma flauta que dá +2D para Talento (Tocar flauta)

Valores dos Serviços

Uma lista de serviços que lojas, guildas e tabernas proporcionam.

Comida e Bebida
Nome Preço (em Ko) Extras
Água -
Suco 1 Valor por um copo. Em uma garrafa cabe 5 copos.
Refeição 15 Uma refeição simples para uma pessoa.
Banquete 30 Um banquete para uma pessoa. Dá +1 Rea e +1d6 pontos de vida.
116
Ração de Viagem 100 Alimentos em conserva e frutas secas para uma semana. (pessoa)

Estadia
Nome Preço (em Ko) Extras
Simples para 1 dia 30 -
Simples para 1 Semana 150 Preço com desconto.

Transporte
Nome Preço (em Ko) Extra
Transporte de Carroça por dia 30 Cerca de 40km por 8 horas de viagem
Transporte de Tapete por hora 100 Em torno de 40km por hora
Cavalo 250
Golfinho 500
Cavalo de Guerra 1000
Cavalo Lendário 2000
Hipogrifo 1500
Pégasus 2000
Wyvern 4000
Draconet 3000
Dragão Menor 4500
* Aluguel por semana. O preço para comprar é 20x maior
Criação de Poções e Tudo Mais
A
q ui você encontra as regras para
criar todo tipo de objeto, poções e
encantamento de itens. Usa-se a
habilidade Profissão para criar qualquer objeto,
desde cadeiras (marceneiro), roupas (costureiro),
armas (ferreiro ou armeiro) e até canecas (artesão).
Para objetos mágicos como poções, unguentos
usa-se a habilidade Itens.
Provavelmente, o mais importante são as ferra-
mentas para trabalhar. É necessário um laboratório
equipado, e sem um, é impossível criar um item,
poção ou encantamento. (Para fins de definição,
vamos dizer que todo laboratório é um “lugar onde
se trabalha”, assim a Forja é um laboratório para
criação de Ferreiros, um Laboratório Alquímico
um local de criação de Poções e Itens alquímicos).
Segundo, para criar um objeto, o criador (a par-
tir de agora quem cria um item será chamado de
“criador” precisa saber o que fazer e COMO fazer.
Sem uma fórmula, um tutor, ou materiais de pes-
quisa, ele precisa fazer um teste de Projeto.
Após isso, é necessário juntar os ingredientes neces-
sários para a criação, sendo em primeiro lugar o objeto
em si (uma poção seria um frasco e uma espada mági-
ca, a espada), e 1d6+2 Reagentes ou matérias primas.
Alguns objetos requerem além dos ingredientes,
o conhecimento e poder mágico de uma ou mais
escolas de Hereva para fazer processos específicos
no meio da criação. Desta forma o criador preci-
sa ter esse nível mínimo de poder e conhecimento
OU ter um assistente que o tenha.
Por fim, é necessário habilidade e tempo. A criação
de um (bom) item é um processo lento e demora-
do, portanto a criação do objeto ou encantamento
pode durar várias horas.
Lista de Coisas para fazer Itens:
1 - Um laboratório
2 - A Fórmula do Item
3 - Matérias Primas ou Reagentes
4 - Trabalhar
Criando um Objeto:
Primeiro passo: O Laboratório
O laboratório é onde o item será criado. Pode ser
uma forja, um laboratório alquímico, uma serraria.
Um kit pode ser usado no lugar de um laborató-
rio, mas ele serve mais para reparos ou pequenas
coisas, assim um kit não pode fabricar objetos de
qualidade superior a bom ou um encantamento ou
poção de nível maior que 1.
Segundo passo: O Projeto
Se o criador possui uma fórmula pronta (ou “receita
de bolo”), pule essa etapa. Se o criador não tiver,
ele precisa pesquisar até conseguir idealizar como
será o projeto e o que ele necessita. Para isso role
Habilidade usada (afinal, quanto mais ele souber sua
arte, mais fácil dele souber vários caminhos e rotas 117
alternativas para chegar até seu objetivo) (Inteli-
gência). Se ele tiver materiais de pesquisa, esses
são usados como bônus de ferramenta, mas ape-
nas se forem ligados ao que o criador quer fazer.
Um teste é feito a cada 6 horas de pesquisa (que
pode incluir encher um professor de perguntas, se
enfiar na biblioteca lendo livros, elaborando e fa-
zendo anotações, mas normalmente é um pouco de
tudo). Um número requerido de sucessos é neces-
sário de acordo com a raridade do item almejado.
Terceiro passo:
matérias primas e reagentes
Matérias primas e reagentes possuem raridade, as-
sim como os objetos. Cada item requer de três a
oito ingredientes da mesma raridade. Assim, para
fazer uma poção simples mundana, é necessário
1d6+2 reagentes mundanos. Para fazer uma po-
ção Rara, são necessários 1d6+2 reagentes raros.
Aqui as coisas se tornam complicadas. O Narra-
dor deve dizer que tipos de ingredientes o criador
deve encontrar, e estes sempre são ligados ao tipo
de objeto criado. Na maioria dos itens mundanos
 Sucessos Projeto Descrição

São objetos comuns do dia a dia. Uma colher, uma escultura,

2 Mundanos
uma poção pra dor de barriga.
São objetos complexos de Melhor qualidade, ou Poções e En-
4 Incomuns
cantamentos de Nível 1
São objetos de qualidade máxima Ótima. Poções e Encanta-
8 Raros
mentos de Nível 2
São objetos de qualidade Excelente. Poções e Encantamen-
12 Exóticos
tos de Nível 3

ou comuns, as matérias primas se encontram em

mercados ou em florestas e minas por perto.
Já matérias primas mais raras e inco-
muns são bem difíceis de encontrar,
como por exemplo um dente de dragão
(não a planta), ou uma lágrima de Fênix.
Encontrar alguns ingredientes pode e
deve ser uma aventura em si.

Quarto Passo: Trabalho

118 Para criar o objeto ou poção é necessá-
rio um Teste de Items, feito por dia de
trabalho (12 Horas).
Se o personagem não tiver sucesso ne-
nhum, o dia foi perdido, e metade dos ingre-
dientes também.
Se o personagem tirar um sucesso crítico,
o item melhora a qualidade em um passo
ou o encantamento é mais poderoso.
Se o personagem tira uma falha crítica,
o que acontece fica na mão do narrador.
Ele pode deixar o personagem construindo o item,
porém o mesmo terá alguma coisa bizarra, estranha
ou amaldiçoada nele, ou ele pode dizer que o labo-
ratório explodiu, junto com o item, os reagentes
e o criador.

Objetos: Resultado do teste de criação

Por UM sucesso, a qualidade do item é Simples.
Por TRÊS sucessos, a qualidade do item é Boa.
Por CINCO sucessos, a qualidade do item é Ótima.
Poções e Encantamentos:
UM sucesso é necessário para um encantamento ou
poção de nível 1, mas ela dura apenas uma aventura
DOIS sucessos para um encantamento ou poção de
nível 2, mas ela dura apenas uma aventura
TRÊS sucessos para um encantamento ou poção
de nível 3, mas ela dura apenas uma aventura
Cada sucesso extra dá uma escolha da lista abaixo:
- Demorou 6 horas ao invés de 12;
- O Encantamento ou Poção tem alcance 1 nível maior;
- O Encantamento ou Poção tem 1 nível maior;
- O Encantamento ou Poção tem área 1 nível maior;
- DOIS Sucessos, a poção iu item é permanente.
Após criar um iten, cada sucesso obtido dá ao per-
sonagem 1 ponto extra de Rea.
Todas as Poções e Encantamentos são encontra-
dos no Capítulo 11: Magia.
Exemplos de Matérias Primas:
Abaixo encontram-se exemplos de Matérias Primas
usadas na confecção de quaisquer objetos comuns
que podem ser feitos:
Ouro, raro
O ouro é um material nobre e simboliza riqueza e
nobreza. É maleável, bonito, mas péssimo para ar-
mamentos. Assim, ele é usado para objetos de arte
ou como detalhes em ornamentos.
Bronze, mundano
O Bronze é um minério comum de se encontrar e é
utilizado em todo tipo de utensílio, como talheres,
pás, baldes, frigideiras e pregos.
Ferro, mundano
O ferro é um minério também comum como o bron-
ze, mas é mais duro e mais pesado. Assim, é utilizado
em armas mais resistentes e armamentos pesados.
Prata, incomum
Mais leve que o ferro, a prata é usada em objetos
de qualidade como talheres de prata, ou conjuntos
de chá de pessoas ricas
Casco de grei, raro
O casco de um grei é algo muito difícil de se con-
seguir. Mais duro que aço, é usado em armas e
armaduras poderosas. As bordas afiadas são muito
boas para armamentos com lâminas.
Casco de caranguejo gigante, incomum
Um caranguejo gigante troca de casca quando
cresce e deixa para trás a casca anterior. É usado
em escudos ou até em partes de armaduras.
Seixos, mundano
Seixos (ou pedras arredondadas). Usado como pon-
ta de lanças e flechas, ou até para fazer pontas ser-
rilhadas em escudos e chicotes.
Seda de teia de aranha, raro
Um tecido muito leve e resistente, é um ingre-
diente caro em mercados, mas, se você conhecer
alguma aranha que cuida da Web, você consegue
quase de graça.
119
Tecido de Algodão, mundano
O tipo de tecido mais comum de se encontrar, e é
o mais usado em roupas.
Folha esmeralda, raro
Uma árvore esmeralda é uma folha muito rara de se
encontrar, e suas folhas são maleáveis, porém re-
sistentes como uma pedra. Assim é usado em trajes
de proteção, capas, botas.
Madeira comum, mundano
Madeira de uma árvore. Usado em todo tipo de
construção, utensílio, móvel e para arcos, flechas e
lanças. Não é usado em armaduras, exceto escudos.
Madeira de ferro, incomum
A madeira de ferro é um tipo de madeira extrema-
mente duro e resistente. Só consegue ser cortado
com machados mágicos.
Pêlo de animal, mundana
Pêlos de animais são usados em tapetes, vestes
para o frio, além de fios e barbantes.
Osso de animal, mundana
Os ossos de animais são usados em objetos como
 apitos, artesanatos e até pontas de lanças e flechas.
Chifre de animal, raro
Um chifre de um animal é muito usado para criar ca-
necas, odres de água, e como objeto de decoração.
Couro, mundano
Couro de um animal comum. Utilizado em roupas
mais resistentes ou armaduras leves, sapatos e bo-
tas, além de amarrar partes de móveis e acolchoa-
mento de sofás e cadeiras.
Tecido de Seda, Incomum
O tecido de seda é um tecido feito por bichos da
seda, e é extremamente leve e macio. Usado em
vestidos, véus, roupas de cama e vários adereços.
Papel,mundano
Papel é um material comum, derivado de madeira
e de cera de abeleões. É muito leve, inflamável
e resistente.
Slime, mundano
Essa geléia é muco de slimes. Usado como cola em
muitos objetos e é altamente inflamável
Pedra, mundano
Encontrado praticamente em todo lugar, é usado
em construções, utensílios e móveis.
Argila, incomum
Um barro grudento, é usado para criar potes, tijo-
los e artesanato

120
 Capítulo 7
Criaturas de Hereva
H
ereva tem muitas criaturas diferen-
tes perambulando por várias terras. Os
dragões são as mais antigas dessas cria-
turas e são anteriores à conhecida história de Hereva.
Muitas criaturas vagam por Hereva, e muitas mais estão
sendo descobertas depois que a explosão da Grande
Árvore de Komona rasgou o tecido mágico do mun-
do. Isso manteve vários cientistas ocupados tentando
classificar as espécies até então desconhecidas. Até
o momento, existem muitas combinações estranhas
de criaturas, desde o temível Phanda até o pacífico
Dragão-Vaca. Expedições nas florestas e terras des-
conhecidas de Hereva são conhecidas por trazerem
novas descobertas sem falta. Algumas comunidades
científicas ridicularizaram isso como “expedições de
phishing e pherreting”, assim chamadas em homena-
gem ao famoso cientista Dr. Pomme, que descobriu
uma combinação de faisão / peixe e faisão / furão no
mesmo dia. “O Dr. Pomme apenas escolhe as frutas
mais fáceis para documentar”, afirmam. O Dr. Pomme
descarta essas afirmações como mesquinhas, alegando
que mesmo as descobertas modestas agregam valor à
121
literatura científica. Dr. Pomme planejou muitas ex-
pedições diárias para encontrar novas criaturas. Seus
alunos de pós-graduação chamam essas expedições de
“Pommes”. Os alunos de pós-graduação descobrem que
podem trabalhar mais enquanto ele está fora do escri-
tório, embora suas expedições tragam mais descobertas
que eles precisam catalogar e gerenciar. Eles não se im-
portam, porém, porque seu microgerenciamento torna o
trabalho deles mais difícil. Os aliviados alunos da pós-
-graduação têm um ditado: “Um Pomme por dia mantém
o médico longe”, alegando que mesmo as descobertas
modestas agregam valor à literatura científica.
Listados abaixo estão uma amostra das descobertas do Dr.
Pomme, uma de cada volume de seus 80 volumes (e con-
tando). Estes são dedicados aos incansáveis estudantes
​​
de graduação que cuidadosamente documentaram, cata-
logaram e datilografaram todos os 80 (desculpe, 81) volu-
mes deste trabalho. É uma verdadeira prova da pesquisa
do Dr. Pomme e de seus esforços que esses 82 volumes
não sejam apenas úteis para a comunidade científica, mas
também um prazer de ler. Não podemos agradecê-los o
suficiente pela qualidade deste texto de 83 volumes.
 Estatísticas das Criaturas
Todas as criaturas de Hereva possuem estatísticas in-
dividuais que estão descritas abaixo. A explicação do
que é e como funciona cada estatística se encontra no
capítulo 9, na parte de Perigos e Ameaças.

Graduação das Criaturas

O Dr. Pomme estabeleceu um nível de graduação para
cada tipo de criatura em Hereva, baseando sua poten-
cialidade letal e perigosa contra um cidadão mediano do
reino. Quanto maior a graduação, mais perigosa e letal é a
criatura. Aqui ajustamos a graduação do Dr. Pomme para
comparar com os Personagens dos jogadores. Perceba
que o perigo citado é apenas se a criatura realmente é
agressiva com os outros. Algumas podem ser perigosas,
mas muito de boas, só atacando se provocadas.
1 Mais fraco que um novato
2 Mesmo poder que um novato
3 Um pouco mais forte que um novato
4 Mais forte que um novato, mas mais fraco que um
grupo de novatas
5 Equiparado a um grupo de novatas
6 Um pouco mais forte que um grupo de novatas, mas
122
mais fraco que um grupo de veteranas
7 Igual a um grupo de veteranas
8 Um pouco mais forte que um grupo de veteranas
9 Bem mais forte que um grupo de veteranas, equipara-
do a um grupo de elite
10 Uma criatura lendária que dá muito trabalho para um
grupo de elite
 ARANHAS ARGIOPE
São aranhas amarelas encontradas principalmente na Sel-
va Assombrada. Sua característica mais marcante é uma
espiral acinzentada no corpo, tanto no tórax quanto no
abdômen. Elas são uma das poucas aranhas em Hereva
que caçam em bandos, usando um sistema intrincado de
teias, sinais e gestos para capturar a presa. Essas aranhas
também têm sua hierarquia bem desenvolvida, o que está
sendo estudado pelos cientistas de Hereva.
Mistério: O que pode parecer um pequeno lote de ara-
nhas curiosas pode, na verdade, ser grupos de reconhe-
cimento em seu território.

Bote: Pode saltar 1 áreas para atacar.

Enredar: Malícia x Defesa paralizando o alvo por 2 rodadas.
Escaladora: se move em superficies verticais sem testes.

TESOUROS FRAQUEZAS
Comum (1 Gosma de inseto) Fogo
Raro 1 fio de teia de seda)
Lendário (??????)

123
ARANHAS LUMINOSAS
As Aranhas Luminosas são pequenas aranhas cuja teia
brilha com bioluminescência. Elas se alimentam de luz
refletida, assim normalmente não incomodam outras
criaturas, preferindo viver criando suas teias, as quais
consideram obras de arte.
Nível: 0 sozinho, 0 em grupo médio, 0 em grupo gran-
de, 0 em grupo enorme.
Grupo médio (1 area cheio de aranhas) Poder (1), Malícia
(2), Movimento (1), Vitalidade (2), Abalar (1).
Ameaça (3) Aracnídeo.

Arteias: Criar arte com teia brilhante

Prender com teia: Malícia contra Defesa para prender
com uma teia brilhante por 18 rodadas
Escaladora

TESOUROS FRAQUEZAS
Comum (1 Gosma de inseto) Fogo
Raro (1 fio de teia brilhante)
Lendário (??????)
 PINGUIM INSONE
O pinguim insone, quando não consegue dormir por
causa do barulho, saí vestindo sua touca de dormir e sua
lanterna de aço, procurando o foco do barulho infernal
que o impede de descansar. Quando ele acha, ele bate
repetidamente na pessoa, criatura ou objeto que está
fazendo barulho até ela ficar em silêncio. Muitas vezes
uns sopapos deixam o pinguim apagado e ele nem fica
brabo com isso, exceto pela dor de cabeça no outro dia.

Seek&: Localizar barulhos altos

Destroy: Bater na fonte do barulho alto

TESOUROS FRAQUEZAS
Comum 10 Ko
Raro 1 Lanterna de aço
Lendário Touca Mágica do Sono

124
CORUJA PESCADORA
Uma coruja preguiçosa capaz de praticar a pesca para
caçar ratos com um pedaço de queijo. Muitas das téc-
nicas rudimentares de pescaria foram compreendidas
através destas corujas, e existe uma percepção dos
acadêmicos que a própria coruja evoluiu seu estilo de
pesca, utilizando iscas, balizas e varas cada vez mais
complicadas e tecnológicas. Segundo o professor Pom-
me “um dia elas estarão pescando com dinamite.”

Voar (6)
Pescar
Visão Noturna

TESOUROS FRAQUEZAS
Comum (1d6 peixes),
Raro (1 vara de pescar +1D),
Lendário (1 vara de pescar +3D)
 SAVANT ANT
Um grupo de formigas geniais, afetadas pela Poção
Gênica de Pepper que ela presumiu ter falhado. Sua
progressão chamou a atenção de Pepper quando eles
lançaram sua primeira missão espacial em seu jardim.
Mistério: Atualmente a civilização das Savant-ants pro-
tocolaram para serem reconhecidas como uma das civili-
zações de Hereva, e para que ninguém ultrapasse suas
fronteiras, pois elas não suportam os “bárbaros gigantes
sem cultura que tem mania de pisar em suas cidades”

Esconder-se em gramados
Atirar com armas super tecnológicas
Resistir Fogo, Gelo, Vento com Trajes Blindados
Criar Robos gigantes para lutar (do tamanho de um na-
anita, veja em Savant-Golem)

TESOUROS FRAQUEZAS
Comum (1 mini coisa tecnológica)
Raro (1d6 coisas tecnológicas)
Lendário (2d6 coisas tecnológicas)
125
DRACOPATO
Um pequeno dragão pato que têm asas de Dragão, cauda
de dragão, patas de dragão, mas tamanho e cabeça de
pato. Voam em bandos e gostam de comer quase tudo
que conseguem engolir. São desastrados e patetas. É
protagonista de uma canção infantil chamada “O Dra-
coPato Pateta”.

Voar (8)
Grasnar sem fazer eco
Resistir Fogo
Ataque de Rabada Veloz

TESOUROS FRAQUEZAS
Comum (1 Carne de Dracopato)
Raro (1 Rabo de Dracopato)
Lendário (1 escama de Dracopato)
 MORCEGO CABELUDO
O morcego cabeludo tem esse nome porque, bem… é cabelu-
do. Ele parece uma bola de pelos com asas e orelhas. Ele con-
segue se localizar pelo sonar que emite pela boca, que o per-
mite detectar tudo sólido ao redor dele. Normalmente pega
invasores de surpresa quando estes entram em seu território.
Mistério: Algumas histórias contam sobre as incríveis pe-
rucas fabricadas com os cabelos dos morcegos cabeludos.

Voar
Emboscada: Se os personagens não passarem em um teste
de percepção com 2 sucessos, eles são surpreendidos.
Confundir: Todos na área do morcego peludo precisam
fazer um teste de disciplina contra a Malícia do morcego
para não ficarem tontos a cada rodada.
TESOUROS FRAQUEZAS
Comum (1 Peruca Estilosa)
Raro (1d6 asas de morcego )
Lendário (1 ovo de morcego )

126
OVELHA MONTÊS
A ovelha montês adora escalar. Bem seja a verdade, ela passa
a maior parte do seu dia escalando montanhas e procurando
comida. Se você encontrar uma Ovelha no alto de um pico e
se perguntar “Como diabos essa ovelha chegou ali?” é porque
você está olhando para uma ovelha montês.
Mistério: Não se engane. A ovelha montês apesar de boniti-
nha, fofa e macia de tocar e apertar não gosta de pessoas es-
calando junto com ela. Se alguém estiver escalando a mesma
montanha que ela, ela avança dando cabeçadas.

Dar cabeçadas nos outros

Escalar montanhas
Resistência a Vento
Fraqueza a Terra

TESOUROS FRAQUEZAS
Comum (1d6 lã de ovelha) Terra
Raro (1 chifre de ovelha montês)
Lendário (1 ovo de ovelha montês)
 VELHO-SYLVANO
Como parte do sistema de segurança de Pepper, Velho-
-Sylvano captura intrusos com suas lianas. Um pequeno
esquilo mora em sua boca. Ele não é muito de conversa,
mas adora ouvir uma piada. As árvores mágicas de He-
reva podem ser plantadas quando um galho seu é dado
por um Sylvano ou se ele é frutífero e suas sementes são
plantadas. Apenas uma semente em 1000 dá um Sylva-
no, as outras dão árvores normais.

Prender com suas Lianas: Enredar (3)

Bater com seus galhos
Fraqueza: uma boa piada
Resistente contra Vento e Gelo (perde umas folhas)
Imune à Raios

TESOUROS FRAQUEZAS

127

PEIXÃO
Um peixe muito grande, MUITO GRANDE que pode comer
pequenas ilhas e todos os tipos de criaturas marinhas.

Engolir ilhas e tudo que há nelas

Anfíbio
Nadar (4)
Bocarra aterrorizante: Causa medo disputando Poder
contra Disciplina (6 rodadas)

TESOUROS FRAQUEZAS
Comum (1d6 peixes de vários tipos),
Raro (1d6 escamas de peixe ),
Lendário (uma ilha! )
 ARANHA ADMIN
Grandes aranhas que gerenciam uma rede de comunicação
que utiliza bolas de cristal.

Arrumar a Wifi e a bola de cristal dos outros.

Tecer as teias da teia que cobre o mundo.
Prender pessoas na Rede causando um erro 404 e para-
lisia (se não vencerem um teste de Malícia contra Defesa)
por 18 rodadas.

TESOUROS FRAQUEZAS
Comum (1d6 rolos de teia de admin )
Raro (1 bola e cristal )
Lendário (1 ovo de aranha admin )

128

PHANDA
O Phanda é uma criatura grande e peluda com rosto e tromba
de elefante e corpo de texugo. Ele tem chifres ao longo das
costas e é considerado muito perigoso, especialmente para
viajantes incautos nas selvas e florestas de Hereva..

Comer pessoas e animais

Dar cabeçadas com força
Fraqueza: Gelo (ele odeia gelo)

TESOUROS FRAQUEZAS
Comum (1d6 carne de Phanda ) Gelo
Raro (2 chifres de marfim ) (ele odeia gelo)
Lendário (1 ovo de phanda )
 SAPO GIGANTE
Como parte do sistema de segurança de Pepper, Velho-
-Sylvano captura intrusos com suas lianas. Um pequeno
esquilo mora em sua boca. Ele não é muito de conversa,
mas adora ouvir uma piada. As árvores mágicas de He-
reva podem ser plantadas quando um galho seu é dado
por um Sylvano ou se ele é frutífero e suas sementes são
plantadas. Apenas uma semente em 1000 dá um Sylva-
no, as outras dão árvores normais.

Prender com suas Lianas: Enredar (3)

Bater com seus galhos
Fraqueza: uma boa piada
Resistente contra Vento e Gelo (perde umas folhas)
Imune à Raios

TESOUROS FRAQUEZAS
Comum (1d6 frutas)
Raro (galho mágico)
Lendário (1 galho mágico com Lianas)

129
SAPO VOADOR
Os sapos voadores tem corpo de sapo e asas de morcego e an-
dam no meio da floresta em bandos sempre perto de salguei-
ros. Adoram cuspir nas pessoas e são muito mal educados.

Cuspir ácido (1 de dano que derrete roupas)

Voar 1
Mau educado
Croachar: Ataque de poder contra Disciplina para não
atordoar por 1 rodada.

TESOUROS FRAQUEZAS
Comum (1d6 carne de sapo ) fogo
Raro (1d6 asas de morcego)
Lendário (1 pote de gosma ácida)
 JAVALI TENEBROSO
O Javali tenebroso é mais forte, mas duro e mais mau que
outros javalis. Ele possui um focinho que parece uma pedra
e é tão duro quanto uma. Pode pesar mais de 400 quilos e é
muito mal humorado.

Atropelar: correndo 4 espaços em linha reta e acertando

um alvo em cada espaço
Encontrar trufas
Pele grossa: Quando atacado role 1d6. Se sair 1, o Javali
Tenebroso ignora o ataque e não recebe dano.
Enraiveser-se: Se o Javali receber dano role 1d6. Se
sair 1 ou 2 na próxima ação dele ele tem +1 Ameaça

TESOUROS FRAQUEZAS
Comum (1d6 rolos de teia de admin )
Raro (1 bola e cristal )
Lendário (1 ovo de aranha admin )

130
COBRA GIGANTE
A cobra gigante tem mais de 8 metros de comprimento e é
muito perigosa. Ela come pequenos animais, naanitas, pixies
e pessoas em geral que tentam se embrenhar na caverna onde
ela mora. Normalmente guarda algum tesouro, na esperança
que aventureiros venham buscá-lo para comê-los.

Enrolar um grupo de pessoas (Malícia contra Defesa)

deixando elas paralisadas (6 rodadas)
Cuspir veneno (2 áreas de distância), Poder contra Re-
siliência para não ficar envenenado (18 rodadas)
Esgueirar-se em buracos e se misturar com o ambiente
(emboscada 4)
Picada Venenosa (18 rodadas)

TESOUROS FRAQUEZAS
Comum (1d6 escamas de cobra) Gelo
Raro (1d6 potes de veneno de cobra) (ele odeia gelo)
Lendário (1 ovo de cobra gigante )
 ARANHA PAPATUDO
A aranha papatudo é armadilheira e perigosa. Não se
deixe enganar por sua aparência engraçadinha de uma
grande bola verde cheia de olhos e um sorriso maro-
to. Ela adora é comer tudo que prende em suas teias.
Ela normalmente prepara armadilhas com sua teia super
forte para prender quem passa por perto. Ela não é ve-
nenosa, mas sua mordida é bem dolorida.

Criar armadilhas de teias para prender suas presas (Poder X

Defesa para não causar paralisia por 18 rodadas)
Emboscar: Se os personagens não passarem em um teste
de percepção com 4 sucessos, eles são surpreendidos
Picada Venenosa: envenena o alvo
Teia: Causa paralisia mas é inflamável.

TESOUROS FRAQUEZAS
Comum (1d6 patas de aranha ) Fogo
Raro (1d6 olhos de aranha )
Lendário (1 ovo de aranha papatudo )

131

TROLLS
Grandes como um casebres, com a pele verde amarrozada sar forte no chão, causando terremotos. Sua única fraqueza
cheia de verrugas, sujos de terra e musgo e com cara de pou- conhecida é que ele cai em truques facilmente, porque ataca
cos amigos, praticamente nenhum para ser exato. Eles vivem sem pensar muito.
no alto de colinas que ele escolheu como casa, em pequenas
Troll da Neve: O mais perigoso dos trolls, o troll das neves
choupanas feitas de galhos, troncos, barro e folhas. Passa o
não é alguém para se brincar. Morando no pico das monta-
dia procurando comida, ou se espreguiçando no sol. Ele gos-
nhas cheias de neve, ele é o rei em seu castelo (caverna) de
ta muito de frutas grandes (como melancias) porque as fru-
gelo. Ele não gosta de ser incomodado, e passa o dia assistin-
tinhas pequenininhas não são boas para apaziguar a grande
do séries em sua bola de cristal. Quem o incomodar vai sofrer
fome que ele tem. Toda caça que ele captura coloca dentro
o poder dos trolls das neves, já que ele pode usar magia de
de um grande saco que ele tem amarrado na cintura, normal-
gelo, e não tem medo de usa-la. Recomendamos nunca che-
mente “encontradas” próximas às fazendas da região que o
gar perto de um bicho perigoso desses.
troll mora, o que costuma não deixar os fazendeiros felizes.
Outros Trolls
Troll das Montanhas: O Troll das montanhas vive solitário
TROLL DAS COLINAS
em uma cabana ou caverna nas montanhas que ele chama de
Poder Malícia NÍVEL
casa. Com a pele azul escuro cheia de rugas e um nariz muito
comprido, ele não tem cara de bons amigos. Ele não gosta 6 3 5
de invasores de sua casa e faz o possível para expulsar eles. Movimento Ameaça Abalar Vitalidade
Odeia particularmente Elfos da montanha e naanitas. Dife- 2 4 5 30
rente do troll das colinas, o troll das montanhas gosta de pi-
 TROLL DA MONTANHA
Poder Malícia NÍVEL
Colocar um personagem dentro de sua sacola (poder x de-
fesa para incapacitar o personagem - que fica dentro da 9 5 5
sacola por 3 rodadas) Movimento Ameaça Abalar Vitalidade

Pisar no chão com força causando um tremor (poder x resi- 5 5 10 50

liência para não cair sentado - alcance - todas as áreas ao
redor do troll) TROLL DAS MONTANHAS
Derrubar árvores girando seu tacape (Teste de poder para
limpar a área de árvores e outros objetos, cada sucesso re-
move 1 objeto de sua área)
Pisar no chão com força causando um tremor.
Agarrar um personagem com uma mão (Poder x Defesa cau-
Atirar pedras muito grande nos outros
sando paralisia por 3 rodadas)
Agarrar um personagem com uma mão e jogando longe
Rosnar ferozmente e assustar alguém (Poder x Disciplina Rosnar ferozmente e assustar todo mundo ao redor (cau-
causando medo por 6 rodadas: Medo faz o personagem não sando medo)
poder se aproximar do troll, se tiver que se aproximar, tem- Resistente a fogo e vento
1 em todas caraterísticas). Fraqueza a ilusões.)
Pegar uma árvore aumentando seu poder para 8 (6 rodadas)
TESOUROS FRAQUEZAS
Comum (1d6 objetos incomuns em Ilusões
sua caverna)
Raro (1d6 pedras preciosas valendo
TESOUROS FRAQUEZAS cada uma 1d6X50 Ko)
Comum 1d6 objetos comuns Frutas Grandes Lendário (Um objeto mágico raro)
132
Raro 1 colar de osso mágico)
Lendário 1d6 objetos
incomuns dentro do saco
TROLL DA NEVE
Poder Malícia NÍVEL

10 10 6
Movimento Ameaça Abalar Vitalidade

6 6 15 75

Soprar, criando uma nevasca (como a magia)

Criar uma arma congelada (que faz 2d6 dano por gelo) por
6 rodadas
Causar uma avalanche
Imune a gelo e frio
Não gosta de calor
Fraqueza: Se alguém derreter todo gelo em sua casa ele
perde os poderes por 1 dia.
Resistência a vento e raio.

TESOUROS FRAQUEZAS
Comum (1d6 objetos incomuns em Ilusões
sua caverna)
Raro (1d6 pedras preciosas valen-
do cada uma 1d6X50 Ko)
Lendário (Um objeto mágico raro)
GELECA
Uma geleca é um monstro muito comum em hereva. Eles
são gosmentos e parecem um monte de gelatina que se
move. Todos os Slimes possuem um centro, que é uma
pequena gema mágica que é o que faz a geleca ficar coesa
e se movimentar. Sua geléia tem um ácido muito fraco
para ferir, mas se ele engolir uma criatura pequena essa
será digerida em 1d6 dias.

Saltar nos outros causando dano

Engolir um bicho pequeno para se alimentar (1d6 dias para
digerir completamente)
Multiforma: Ficar em qualquer formato, inclusive de pessoas.
Prender uma arma que o ataque (quando atacado role 1d6, 1
ou 2 a arma fica presa dentro do Slime)

TESOUROS FRAQUEZAS
Comum (1d6 geléia de Slime ) --
Raro (1 centro de Slime quebrado )
Lendário (1 centro de slime inteiro)

133
 Mímico
Tipo : Imitador perigoso
Local : Em ruínas ou em cozinhas
Descrição: Um mímico é uma criatura que não tem for-
ma, mas pode se transformar em qualquer objeto. Ele
se alimenta de animais e pessoas, então sua tática mais
comum é transformar-se em um baú de tesouro e espe-
rar um aventureiro desavisado tentar abrir ele. Quando
o aventureiro abre o “baú” se depara com uma bocar-
ra cheia de dentes que o engole. Quando atacado pode
criar tentáculos para prender as pessoas, ou usar sua
língua enorme que tem na boca.
Graduação: 3
Poder (5), Malícia (6), Movimento (1), Vitalidade (10),
Abalar (2).
Ameaça (3)Imitar
Imitar qualquer objeto (para perceber que é um mimico
precisa passar em um teste de percepção com dificul-
dade 2).
Morder quem chega perto
Enrolar com sua língua enorme (Malícia contra defesa
para paralisar o alvo por 6 rodadas)
Espólios: Comum (2d6x20 Ko ), Raro (1d6 pedras pre-
ciosas que valem 1d6x50 cada ), Lendário (1 gema de
Mímico )
134
Atrasdetu
Tipo : Tipo de Criatura
Local : Onde ele se encontra
Descrição: Já sentiu que algo ou alguém estava lhe
observando, apenas para virar e ver que não havia
ninguém lá? Bem você provavelmente tem um Atrás-
detu bem no canto do seu olho, lhe observando. Eles
são completamente finos mais que papel, e quando al-
guém vira para olhar eles, eles simplesmente viram de
lado, ficando invisíveis. Eles adoram observar pessoas,
mas amam ainda mais causar problemas, atraindo ou-
tras criaturas perigosas para perto de quem ele observa
ou levando eles para um perigo natural ou armadilha.
Atrásdetus são muito curiosos, e são centenários, ten-
do visto muitas coisas no mundo. Se você conseguir
capturar um, ele pode revelar grandes segredos para
ter sua liberdade. Eles nunca atacam e preferem levar
perigo para as pessoas. Para capturar um Atrásdetu,
você precisa prender ele entre dois espelhos, para que
ele paralise e não consiga ficar invisível. O melhor jeito
de atrair ele para uma armadilha é provocar a curiosi-
dade dele. Assim, se perceber que um Atrásdetu a está
seguindo, mantenha a calma e prepare uma armadilha.
Graduação: 6
Poder (3), Malícia (8), Movimento (2), Vitalidade (15),
Abalar (5).
Ameaça (5)Mais fino que papel
Monstrice
Ficar invisível
Fraqueza: Ficar refletido entre dois espelhos
Fraqueza: Curioso
Mover-se em silêncio
Olhar com cuidado
Sabedoria de centenas de anos
Espólios: Comum (?), Raro (?), Lendário (?)
Gremlins
Tipo : Monstro elétrico
Local : Em maquinários e onde existe energia elétrica
Descrição: O Gremilin é o carrapato das máquinas de
zombiah. Todo bruxo de zombiah tem que lidar cons-
tantemente com essas criaturas que são atraídas por
máquinas e fontes de energia. Sua aparência é de uma
aranha de 6 patas com 5 olhos feita de uma eletricidade
azul. Elas se agarram em máquinas e geradores mágicos
e sugam toda energia que eles possuem.
Graduação: 2
Poder (4), Malícia (4), Movimento (2), Vitalidade (10),
Abalar (2).
Ameaça (3)Carrapato Eletrico
Monstrice
Dar choques em quem o atacar (se atacado, faz 1 de dano
por raio no atacante)
Detectar fontes de energia (1 km de alcance)
Sugar eletricidade e rea (1 por rodada)
Gastar 2 de rea sugados para criar um choque elétrico
(como a magia) que afeta todos em uma área causando
2d6 dano em todos (Poder contra defesa)
Espólios: Comum (1 Raio em uma garrafa ), Raro (1d6
Raios em uma garrafa ), Lendário (1 gema de gremilin )
Parasol
Tipo : Cogumelo Mágico
Local : Florestas umidas e escuras
Descrição: Muscimoles ou Paraol são fungos animais
normalmente perigosos. Eles se alimentam de coisas
mortas, como plantas e animais, e são extremamente
territoriais. Vivem em lugares profundos nas matas e
odeiam pessoas passando por seu território. Têm nor-
malmente 50 centímetros de altura mas o maior problema
deles é o gás alucinógeno que eles soltam podendo des-
de pirar uma pessoa, até envenenar, colocar pra dormir
e a pessoa ficar lá por muuuuito tempo, até virar comida
dos muscimoles. Muscimoles não falam nenhuma língua
conhecida e sentem as coisas por vibração do solo e por
sua visão (eles possuem minúsculos olhos em sua base).
Alguns ao invés de jogar gás, espirram espinhos enve-
nenados em tudo que considerarem uma ameaça.
Graduação: 3
Poder (4), Malícia (2), Movimento (1), Vitalidade (10),
Abalar (2).
Ameaça (4)Cogumelar
Gás (Poder+2): O Muscimole pode atacar com gás que
preenche 1 área ao redor dele. De acordo com a cor do
Muscimole, é resistido por resiliência e o efeito do gás
é de acordo com a cor do parasol:
Vermelho: Alucinar(Confusão) (6 rodadas)
Verde: Veneno (6 rodadas)
Amarelo: Sono (6 rodadas)
Azul: Paralisia (6 rodadas)
Bordo: Espinho (Dano + Veneno por 6 rodadas)
Chapelada: O Muscimole ataca o alvo com o chapéu do
cogumelo
Breakdance: O Muscimole ataca todos alvos na sua área.
Ele fica tonto (1 rodada) depois disso.
Espólios: Comum ( ), Raro ( ), Lendário ( )
Fénix Adulta
Tipo : pássaros mágicos.
Local : Vale dos Vulcões
Episódio : ep03
Descrição: Fênix são pássaros grandes com longas pe-
nas no topo de suas cabeças. Eles são feitos de magma
e fogo e brilham com um brilho ígneo. Eles são quase
imortais com seus poderes regenerativos. No final da
vida de uma fênix, eles retornam ao Vale dos Vulcões.
Quando seus corpos não são mais capazes de conter o
magma e o fogo que os une, eles são consumidos pelo
magma e pelo fogo e se transformam em cinzas. Essas
cinzas caem no magma do vulcão, onde reforma a fê-
nix. As fênix em cativeiro não prosperam porque são
incapazes de se regenerar (algumas pessoas tentaram
capturar a fênix, mas ficaram com nada além de cinzas
inertes e gaiolas carbonizadas quando a fênix morre).
As fênix fêmeas podem ter cerca de três ovos por ano.
É difícil para o olho destreinado discernir entre a fênix
masculina e a feminina, e isso só pode ser descoberto
em locais em que a temperatura ambiente é extrema-
mente desagradável para as pessoas.
Graduação: 9 Adulto, 6 jovem, 3 filhote.
Adulto: Poder (8), Malícia (8), Movimento (8), Vitalidade
(80), Abalar (8).
Ameaça (6) Chamas do Renascimento
Magias de Magmah
Imunidade a fogo
Voar (40)
Ressurreição (1d6 horas)
Espólios: Comum (1d6 Penas de fênix), Raro (1d6 Lágri-
mas de Fênix), Lendário (1 Ovo de Fênix)
Construtos
Boneco
Tipo : Golem, pequeno
Local : Onde foi criado
Descrição: Um Boneco é um diminuto construto auxi-
liar. Tem tamanho e formato de um boneco de pano e
é normalmente o primeiro construto que uma bruxa de
Zombiah faz. Cada boneco tem uma função e a faz até
gastar toda sua energia. Em grupos grandes podem dar
trabalho para pessoas que tentam invadir laboratórios
de bruxas.
Graduação: 1
Poder (3), Malícia (3), Movimento (1), Vitalidade (5),
Abalar (1).
Ameaça (3)Boneco Maldito
Monstrice
135
Agarrar as pernas das pessoas (Poder contra defesa
para Imobilizar por 1 rodada)
Agarrar-se nas pessoas para derrubar (Poder contra Re-
siliência para não derrubar uma pessoa no chão. Cada
Boneco a mais que fizer essa ação aumenta o poder em
+1 até um máximo de 10 de poder).
Amarrar pessoas que estão no chão (causando paralisia
por 36 rodadas)
Jogar pessoas amarradas para fora do lugar que guar-
dam
Fraco a fogo
Espólios: Comum (1d6 reagentes incomuns ), Raro (1
reagente raro ), Lendário (1 boneco de pano mágico )
Golem Pequeno
Tipo : Golem, pequeno
Local : Encontrado muito em Qualicity
Descrição : Um golem feito de metal e partes mecânicas
e animado por Zombiah, do tamanho de um pequeno ani-
mal. Normalmente é criado para ter apenas uma função,
como psicólogo, garçom, cozinheiro e até porteiro de
festas, o qual desempenha muito bem.
Episódio : ep27
Graduação: 1
Poder (3), Malícia (3), Movimento (3), Vitalidade (9),
 Abalar (2).
Ameaça (3) Golem Profissional
Resistente a fogo e gelo
Fraco a eletricidade
Malícias provenientes ligadas a sua profissão.
Espólios: Comum (1d6 birulinhas tecnológicas), Raro
(2d6 birulinhas tecnológicas), Lendário (3d6 birulinhas
tecnológicas)
Golem Médio ou Savant-Golem
Tipo : Golem, médio
Local : onde foi deixado pela última vez.
Descrição: Um golem de metal, madeira, barro ou tec-
nologia, é criado para defender lugares pelo seu cria-
dor. No caso de Savant-Golens são criados pelas Sa-
vant-Ants para protegerem suas cidades. É o construto
básico que toda bruxa de zombiah que se preze precisa
fazer para passar nas provas da escola.
Graduação: 4
Poder (5), Malícia (5), Movimento (1), Vitalidade (20),
Abalar (4).
Ameaça (4)Golemizar
Monstrice
Bater com força em quem tentar passar
Resistente a ataques físicos (ignora 1 de dano de cada
136
ataque)
Fraco à Eletricidade
Forte contra fogo, gelo e raio
Protetor: escolha uma área. O Golem protege aquela área
e quem quiser passar por ali é impedido por ele.
Espólios: Comum (3d6 birulinhas tecnológicas ), Raro
(1 centro de golem quebrado ), Lendário (1 centro de
golem intacto )
Teorema-o-Golem
Tipo : Golem de Pedra
Local : montanha atrás de Ponta do esquilo.
Descrição : Parte do sistema de segurança de Pepper,
ele vive com pombos. Passa a maior parte do dia pen-
sando em fórmulas matemáticas. Na realidade ele é mui-
to bom em matemática, e têm diversos livros publicados
sobre o Tema. Como não têm pernas, não consegue fa-
zer palestras longe dali, apesar de ter recebido diversos
convites.
Episódio : ep09
Graduação: 6
Poder (8), Malícia (8), Movimento (0), Vitalidade (50),
Abalar (10).
Ameaça (5)Teorizar sobre matemática
Monstrice
Imobolizar quem tentar passar (Poder contra Defesa
para não ficar paralisado indefinidamente)
Resistente a ataques físicos (ignora 2 de dano de cada
ataque)
Fraco à discussões sobre matemática
Resistente contra fogo, gelo, vento e raio
Protetor: escolha uma área. O Golem protege aquela área
e quem quiser passar por ali é impedido por ele.
Espólios: Comum (1d6 fórmulas de objetos incomuns ),
Raro (1d6 fórmulas de poções raras), Lendário (1 centro
de golem intacto )
Golem Grande
Tipo : Golem de Pedra, Metal, Barro ou Mecânico
Local : Onde foi deixado
Descrição : Um Golem grande e forte, usado por bruxos
para trabalho pesado ou como guarda costas. Depen-
dendo do tipo de material usado, possui fraquezas e re-
sistências variaveis.
Graduação: 6
Poder (8), Malícia (4), Movimento (1), Vitalidade (50),
Abalar (10).
Ameaça (5) Kevin Costner
Monstrice
Resistente a ataques físicos (ignora 2 de dano de cada
ataque)
Protetor: escolha uma pessoa. O Golem protege aquela
área e quem quiser atacar essa pessoa ataca o golem no
lugar
Ataque forte: Usa uma arma ou um soco em quem estiver
ameaçando seu protegido.
Resistente a Todos elementos. Fraco contra Sombra
Espólios: Comum (1d6 reagentes magicos raros ), Raro
(1 centro de golem quebrado), Lendário (1 centro de go-
lem intacto )
Olho Maligno
Tipo : Golem, Armadilha
Local : Encontrado protegendo portas e lugares.
Descrição : Um olho maligno mágico que impede pesso-
as e criaturas de se ultrapassarem o local que ela guar-
da, atirando bolas de fogo. O único sentido que o olho
tem é a visão, que é muito bom, encontrando até cria-
turas e pessoas escondidas ou invisíveis que passam em
seu campo de visão. Se ele ficar cego, ele se desativa.
Episódio : ep26
Graduação: 2
Poder (5), Malícia (4), Movimento (0), Vitalidade (6),
Abalar (2).
Ameaça (4) Sentinela Poderoso
Monstrice
Resistente a ataques físicos
Arremessa bolas de fogo
Detecta criaturas invisíveis.
Espólios: Comum (1 gema), Raro (1 gema mágica), Len-
dário (1 Olho maligno)
Esqueleto
Tipo : Morto-vivo
Local : Cemitérios e laboratórios de Bruxos Necroman-
tes
Descrição: Um esqueleto é o construto morto-vivo mais
comum e simples de se fazer, além de ser extremamente
fraco. Mas não se engane: um pode ser simples de lidar,
mas um bando grande dá um trabalhão. É construido
utilizando o esqueleto de uma criatura e magia de zom-
biah para animar o corpo.
Graduação: 2
Poder (5), Malícia (5), Movimento (1), Vitalidade (10),
Abalar (2).
Ameaça (3) Saco de Ossos
Monstrice
Atacar pessoas vivas
Ignorar armas perfurantes, como lanças, adagas e fle-
chas (elas fazem sempre 1 de dano no máximo)
Agarrar pessoas vivas (poder contra defesa para causar
imobilização ou paralisia)
Sair de uma sepultura e assustar todo mundo perto
(Malícia contra Disciplina para não causar Medo por 6
rodadas)
Obedecer as ordens de seu criador
Espólios: Comum (1d6 ossos ), Raro (2d6 ossos ), Len-
dário (1 objeto de lembrança de quando o esqueleto es-
tava vivo )
Zumbi
Tipo : Morto-Vivo
Local : Cemitérios e Laboratórios de bruxos necroman-
tes
Descrição: Mais forte que um esqueleto, criar zumbis
é o dia a dia de um necromante. Para criar um zumbi
é necessário um corpo (ou pedaços de vários corpos)
e bálsamo embalsamador zumbi (que é uma fórmula que
somente necromantes sabem). Um zumbi quando acorda
pode ter pequenas lembranças de quem era, mas sua
mente é apagada pelo necromante. Um zumbi sempre
cumpre as ordens de seu criador.
Graduação: 3
Poder (8), Malícia (8), Movimento (1), Vitalidade (15),
Abalar (3).
Ameaça (3)Thriller
Monstrice
Sair da terra apavorando todos ao redor (Malícia contra
Disciplina para causar apavorar por 6 rodadas)
Atacar os vivos
Agarrar-se nas pessoas (Poder contra Defesa para imo-
bilizar a pessoa por 1 rodada)
Falar “Miooooolos” apesar de não comer cérebros.
Fraqueza a fogo
Espólios: Comum (1d6 Ko), Raro (1d6 carne de zumbi ),
Lendário (1 bálsamo embalsamador zumbi )
Ghoul
Tipo : Morto-vivo
Local : Cemitérios antigos
Descrição: Um Ghoul é um morto vivo mais poderoso
que um zumbi, aterrorizando vilarejos e devorando pes-
soas. Diferente de um zumbi o ghoul come criaturas vi-
vas, e corre atras delas para come-las. Um ghoul é muito
mais difícil de construir do que um zumbi, e somente
necromantes muito fortes conseguem criar e controlar
um ghoul.
Graduação: 6
Poder (8), Malícia (8), Movimento (2), Vitalidade (25),
137
Abalar (5).
Ameaça ()X
Agarrar pessoas para morder (Poder contra defesa para
paralisar por 1 rodada. Nas rodadas seguintes ele morde
causando 1d6 de dano se a pessoa não se libertar)
Correr atrás de criaturas vivas
Detectar seres vivos através do faro (1 Km de distância)
Espólios: Comum (1d6 pedaços de ghoul ), Raro (1 bál-
samo embalsamador zumbi ), Lendário (1 gema de Ghoul )
Humanoides
Furriano Selvagem
Tipo : Humanoide Selvagem
Local : Em tribos longe da civilização
Descrição: Um furriano selvagem mora com sua tribo
longe da civilização. Ele se comporta como o animal que
ele é parte.
Graduação: 4
Poder (6), Malícia (6), Movimento (2), Vitalidade (20),
Abalar (4).
Ameaça (4)Poderes de Furry
Monstrice
Saltar pelas árvores como um macaco
Usar suas garras para atacar quem o ameaça
 Usar seu faro para encontrar pessoas escondidas
Uivar muito alto causando medo em quem não vencer
uma disputa de Disciplinaa contra Malícia
Espólios: Comum (1d6 objetos comuns ), Raro (1 obje-
to encantado incomum ), Lendário (1 objeto encantado
raro )
Greis
Tipo : Tipo de Criatura
Local : Onde ele se encontra
Descrição:Greis são um povo que vive espalhado em tri-
bos por vários locais de hereva. São criaturas-insetos
de altura que variam de um metro podendo chegar a até
2 metros e meio de altura, dependendo de sua casta. De
cultura tribal, eles sempre utilizam máscaras cobrindo o
rosto e mantos cobrindo o corpo, com desenhos e for-
matos de acordo com sua casta e posição em sua tribo.
Eles são amistosos em geral, e acham interessante os
outros povos de Hereva, sempre tentando dividir sua
cultura e seus modos, além de aprender com os estra-
nhos que chegam em suas aldeias.
Existem greis em vários biomas de hereva, mas princi-
palmente em desertos e selvas. Cada tribo possui suas
peculiaridades e seus modos, mas todos dividem o amor
pela terra e se consideram guardiões de sua localidade.
138
Eles são muito cobiçados por possuírem a “Geléia Real”,
uma espécie de mel adocicado produzido pela sua rainha
ou seu rei, e usado em muitos encantamentos, poções e
até receitas culinárias. Os greis aceitam fazer trocas de
um pouco de sua geléia com visitantes, desde que os
mesmos se provem honrados e respeitosos das tradições
e da natureza. Porém, não perdoam ladrões e outros que
não respeitam sua cultura, e para muitos a punição pode
ser desde a expulsão até virar jantar deles.
Outra coisa que atrai pessoas ambiciosas são as carapa-
ças quitinosas que os grei tem. Os grei respeitam muito
seus mortos e vários usam partes de seus mortos como
adereços ou armas como forma de lembrar e honrar
seus companheiros. Essas carapaças são tão resistentes
quanto aço e assim, muitos forasteiros tentam roubar as
tumbas buscando essas carapaças, que possuem grande
valor comercial e mágico.
Graduação: 4
Poder (7), Malícia (4), Movimento (1), Vitalidade (25),
Abalar (5).
Ameaça (4)Guardião da Tribo
Monstrice
Golpe poderoso II: O Grei pode atacar fazendo 2d6 de
dano extra se acertar. Ele fica cansado 1 rodada após
utilizar esse poder.
Proteger II: O Grei pode proteger aliados que estiverem
ao redor dele, recebendo ½ do dano que receberia.
Espólios: Comum (1 arma incomum), Raro (1 carapaça de
grei), Lendário (1d6 carapaças de Grei )
Robin Shoot
Tipo : Humanoide Selvagem
Local : Em florestas e estradas movimentadas
Descrição : O Robin Shoot é um humanoide selvagem.
Ele tem a aparência de um pequeno roedor de mais ou
menos 1 metro, e utiliza roupas simples de tecido ou
couro, como capuzes, mantos e blusões. Eles são um
pouco inteligentes e matreiros e sempre tentam rou-
bar tesouros das outras criaturas. São hábeis em fazer
armadilhas e emboscadas e atirar com seus arcos e fle-
chas. Em estradas pouco movimentadas eles aguardam
pacientemente para roubar qualquer um que passe lá,
mas podem ser dissuadidos com tesouros e com amea-
ças. São facilmente enganados por tesouros.
Graduação: 1
Poder (3), Malícia (3), Movimento (1), Vitalidade (15),
Abalar (3).
Ameaça (3)Bandido
Monstrices
Armar emboscadas
Demandar pagamento para deixar os personagens pas-
sarem
Atirar com arco e flecha
Encontrar personagens escondidos
Se esconder e fugir rapidamente
Espólios: Comum (1d6x10 Ko), Raro (1 arco +2D), Len-
dário (Um Capuz mágico)
Precurvors
Tipo : Humanoide Nojento
Local : Incomodando alguém por aí
Descrição: Dentre muitas das miseráveis criaturas das
trevas, os Precurvors são os que trazem más notícias
e medo. Parecem uma mistura de corvo e pessoa, eles
normalmente servem outras criaturas por pagamento,
se deleitando em apavorar e zombar das pessoas tra-
zendo notícias de desgraças e coisas horrendas que vão
acontecer. São perversos e gananciosos, e não fazem
nada de graça. Se por acaso eles estiverem levando al-
guma mensagem ou espalhando medo é porque alguém
ou algo os pagou. Doces, comida e itens mágicos são
pagamentos comuns junto com qualquer espólio que
venham junto com as catástrofes que eles foram man-
dados espalhar.
Graduação: 2
Poder (5), Malícia (6), Movimento (3), Vitalidade (15),
Abalar (3).
Ameaça (3)Aterrorizar
Monstrice
Voar (4)
Aterrorizar: ataca com palavras um alvo ou grupo de al-
vos que precisam passar em um teste de disciplina para
não ficarem aterrorizados (6 rodadas)
Insultar: Insulta um alvo ou grupo de alvos que preci-
sam passar em um teste de disciplina para não ficarem
confusos (6 rodadas)
Soltar do alto: Agarra um alvo (poder contra defesa) e
joga ele do alto do céu causando 1d6 de dano. Se o Pre-
curvor voar mais uma rodada aumenta o dano em 1d6,
mas precisa passar em outro teste de poder, senão o
alvo se solta.
Espólios: Comum (1d6 itens mundanos ), Raro (1d6 itens
raros, sendo 1 deles uma pena de Precurvor), Lendário
(1 item Extraordinário )
Feitosqueiro
Tipo : bruxo de araque
Local : Sempre procurando bruxas incautas
Descrição: Nas academias de magia do mundo de here-
va, nem todos alunos são exemplares, ou com boa índo-
le. Muitos são expulsos antes de se formarem, ou aban-
donam os estudos por não suportar o estilo e as regras
da Academia. Os primeiros que fizeram isso decidiram,
por conta própria, buscar conhecimento de magia sem
as regras e as limitações impostas pela Academia. Assim
nasceu a “Irmandade da Ordem da Feitiçaria”, um gru-
po de feiticeiros que roubam livros, negociam pergami-
nhos e itens mágicos pelos meios de roubo, estelionato,
assalto e até assassinato. Como o conhecimento deles
é todo roubado, muitos têm um aprendizado cheio de
falhas, e várias vezes em embates com alunos das es-
colas (tentando roubar itens e conhecimentos) eles são
aniquilados tendo que fugir muitas vezes com o rabo
entre as pernas. Isso rendeu um apelido entre os alunos
da Academia de “Feitosqueiros”. Os Feitosqueiros aqui
são os de mais baixo nível, alunos novatos dentro da
Irmandade, que tentam “subir de nivel” roubando co-
nhecimento dos alunos da Academia de magia.
Graduação: 2
Poder (5), Malícia (4), Movimento (1), Vitalidade (15),
Abalar (3).
Ameaça (3)Feitoscaria
Monstrice
Feitoscaria: Role 1d6
1: Raio Mágico: alcance 3 áreas, Poder contra defesa ou
causa 2d6 dano
2: Cura Mágica: alcance 1 área, cura 1d6 vitalidade de
um aliado
3: Proteção: alcance: Si mesmo, Cria um escudo que
protege contra os próximos 2d6 de dano que ele re-
ceber
4: Enfraquecer: alcance: 9 metros, Poder contra Resi-
liência para causar Enfraquecer (perde 1d de ataque e
defesa por 6 rodadas) no alvo
5: Movimentação mágica: Se move rapidamente 3 áreas
6: Bomba: Alcance 2 áreas, Poder contra defesa ou cau-
sa 2d6 de dano por fogo em todos na área afetada
Preparar armadilhas para roubar objetos mágicos
Fugir ou pedir perdão quando muito machucado
Espólios: Comum (1d6x10 Ko), Raro (1 ferramenta +1D ),
Lendário (1 livro de magia incomum )
Feitosqueiro Líder
Tipo : Bruxo de Araque
Local : Liderando Feitosqueiros
Descrição: Estes feitosqueiros são os mais poderosos
entre eles, e líderes de feitosqueiros comuns. Sempre
com planos mirabolantes para conseguir magia, normal-
mente são a mente atrás de golpes de feitosqueiros.
Graduação: 4
Poder (7), Malícia (6), Movimento (1), Vitalidade (25),
139
Abalar (5).
Ameaça (4)Feitoscaria perigosa
Monstrice
Feitoscaria Avançada: Role 1d6
1: Lança de Gelo: Poder contra defesa para causar 3d6
dano por gelo (3 áreas alcance)
2: Gaiola de Gelo: Poder contra defesa para paralisar
todos em uma área por 18 rodadas
3: Proteção: Lança em si mesmo um escudo que absorve
3d6 de dano
4: Energizar: alcance: 4 áreas: dá para um aliado +2d de
poder e malícia por 6 rodadas
5: Teleportar: Se teleporta para até 6 áreas de distância
6: Explosão: Alcance: 6 áreas, 4 areas de efeito. Poder
contra defesa para causar 3d6 de dano em 4 áreas co-
nectadas
Preparar táticas e armadilhas para prender outros bru-
xos
Teleportar-se para longe quando estiver muito ferido
Espólios: Comum (1d6x30 Ko + 1d6 reagentes incomuns
), Raro (2d6 reagentes incomuns + Livro de magia
incomm), Lendário (Livro de magia Raro )
Personalidades e Gente Importante
 Dona Pomba cer El Tucano Loco é deixar as brincadeiras dele não
Tipo : Pomba rica, chique e famosa engraçadas. Para isso, os personagens devem ignorar
Local : lugares famosos, sessões de fotos, praias para- as incomodações e traquinagens com testes sucessivos
disíacas de Disciplina(Astúcia) ou Disciplina(Inteligência) para
Episódios : ep23 fingir que não se incomodaram com os trambiques do
Descrição: Não se sabe de onde ela surgiu, mas a Dona Tucano. Se conseguirem vários sucessos, El Tucano
Pomba chegou arrasando. Uma das figuras mais ricas, Loco começa a ficar chateado e partirá para incomodar
belas e famosas de Hereva, a dona pomba está sempre outras pessoas.
nas revistas de fofocas e viagens. Ela adora uma boa Graduação: 10
comida, coisas luxuosas, viajar, e é claro, posar para Poder (10), Malícia (10), Movimento (10), Vitalidade (10),
fotos. Abalar (10).
Graduação: 1 Ameaça (6)Locomia
Poder (1), Malícia (1), Movimento (1), Vitalidade (2), Aba- O que ele quiser
lar (1). Espólios: Comum (O que ele quiser ), Raro (O que ele
Ameaça (5) Pomba rica, chique e famosa quiser ), Lendário (O que ele quiser )
Monstrice
Chamar seus seguranças Canário-Zumbi-Gigante-Chi-
Comprar o que ela quiser quérrimo
Ser chique
Voar (4) Tipo : Canário, fêmea.
Dar autógrafos Descrição : Um grande monstro, resultado de muitas
Posar para fotos poções em um canário morto após o desafio da poção.
Espólios: Comum (Uma foto autografada ), Raro (1000 O Canário-Zumbi-Gigante-Chiquérrimo é extremamente
Ko), Lendário (10.000 Ko) poderoso e não pode morrer (afinal, ele já está morto).
Normalmente ele nunca aparece, mas quando aparece
140
El Tucano Loco faz um estrago danado, destruindo casas, florestas,
Tipo : Tipo de Criatura pisoteando em tudo e berrando enlouquecidamente. O
Local : Onde ele se encontra som do seu berro é impossível de se confundir e quan-
Descrição: El Tucano Loco é uma criatura sobrenatural do as pessoas ouvem ele, começam a correr na direção
de puro caos. Tem um poder extremamente grande, e oposta.
o usa para…traquinagens. Normalmente ele tem a for- Episódio : ep06
ma de um Tucano, mas já apareceu como uma galinha, Graduação: 10, Única
um pombo, e até uma vez um pato. Onde ele aparece Poder (10), Malícia (4), Movimento (12), Vitalidade (100),
coisas bizarras acontecem. Objetos se movem de lugar, Abalar (20).
vacas dão leite achocolatado, doces ficam salgados e Ameaça (6) Grande Poderoso e Chique.
suas cuecas podem desaparecer de seu corpo e apare- Monstrice
cer hasteadas em uma bandeira no centro da cidade. Destruir construções
El Tucano Loco adora brincadeiras inofensivas, e nor- Pisotear pessoas
malmente gosta de dar umas risadas, mas muitas vezes Engolir inteiro
ele perde a mão e suas traquinagens começam a ficar Ser chique
perigosamente letais. Quando ele pega atenção em um Imune a frio, gelo e água
grupo, tem mania de aprontar com eles até ficar sem Imune às Condições: Envenenado, Imobilizado, Parali-
graça, quando ele procura outra coisa pra fazer. Ele sado,
normalmente só fala com “Tuki tuki” mas entende qual- Resistente a Fogo e Vento
quer linguagem falada. Fraca a magia de Zombiah e Hippiah
Voar (3)
Enfrentando El Tucano Loco: Medo (3)
É impossível vencer ele em combate. Ele desaparece, Espólios: Ninguém sabe.
fica intangível, vira de aço puro, qualquer coisa ma-
luca que ele imagine acontece.O único jeito de ven- Gênio do sucesso
Tipo : Gênio com cabeça de morsa
Local : Em uma pequena lâmpada mágica
Descrição : O gênio do sucesso ao aparecer pode ga-
rantir a você a porta de entrada para o sucesso após a
assinatura de um contrato. O gênio do sucesso cobra
um alto preço pelo seus serviços. Quem aceita ter su-
cesso nunca mais consegue ter um amigo e perde todos
os amigos que tem. A fama e o sucesso tem seu preço.
Dizem que existem vários gênios, como o Gênio da Sor-
te, o Gênio da Aventura e o Gênio da torta de limão.
Episódio : ep23
Graduação: 10
Poder (10), Malícia (10), Movimento (2), Vitalidade (30),
Abalar (6).
Ameaça (5)Conceder sucesso
Negociar um contrato
Se defender e sumir
Fazer o contratante ter sucesso na vida, perdendo to-
dos os amigos.
Espólios: Comum (1 contrato vazio ), Raro (1 lâmpada ),
Lendário (Um turbante mágico)
Espíritos
Espírito Elemental do Fogo
Tipo : Espírito Elemental
Local : Plano Espiritual
Descrição:Um espírito elemental é o espírito de um dos
elementos. Existem espíritos de fogo, gelo/agua, raio,
vento, pedra . Muitos espíritos criam contratos com
bruxos para evoluir e ficarem mais fortes. Quanto mais
forte o espírito, maior seu poder mágico. Espíritos ele-
mentais são muito usados por Bruxas de Ah. O espírito
do fogo possui a forma de uma bola de fogo e possui
ataques baseados em fogo. Em contratos recebe Rea das
bruxas em troca de favores, como usar suas habilidades
para elas.
Graduação: 4
Poder (8), Malícia (8), Movimento (1), Vitalidade (15),
Abalar (3).
Ameaça (4) Poder Elemental do Fogo
Monstrice
Magia Elemental do fogo: Role 1d6
1: Conflagração: Alcance 4 áreas, acerta 4 áreas sucessi-
vas com uma explosão de fogo causando 3d6 de dano por
fogo. Precisa vencer um teste de poder contra defesa.
2: Jato de fogo: Alcance 4 áreas em formato de piramide
(1x3) com ataque de poder contra defesa fazendo 2d6 de
dano por fogo
3: Escudo de fogo: um alvo a até 3 áreas ganha um es-
cudo que protege contra ataques de fogo e dá 2d6 pon-
tos de vida extras por 6 rodadas.
4: Esquentar: alcance de 4 áreas um alvo precisa passar
em um teste de resiliência ou vai receber 3d6 de dano
por 6 rodadas ou remover sua armadura. Criaturas sem
armadura recebem dano por apenas 2 rodadas.
5: Dança de fogo: Todos em 9 áreas precisam fazer um
teste de Disciplina contra poder do elemental ou fica-
rem tontos uma rodada.
6: O elemental explode um aliado, que precisa vender
uma disputa de poder x defesa ou receber 3d6 de dano
por fogo.
Imunidade a fogo
Fraqueza contra gelo e água
Espírito: Atravessa paredes, não pode ser afetado por
ataques físicos.
Espólios: Comum (1 espectro de fogo), Raro (1d6 es-
feras de fogo ), Lendário (1 gema de espírito elemental
do fogo)
Espírito Elemental do Gelo
Tipo : Espírito Elemental
Local : Plano Espiritual
Descrição:Um espírito elemental é o espírito de um dos
elementos. Este espírito do gelo tem formato de um
pequeno fantasma de sereia e tem magias baseadas em
141
gelo.
Graduação: 4
Poder (8), Malícia (8), Movimento (1), Vitalidade (15),
Abalar (3).
Ameaça (4) Poder Elemental do Gelo
Monstrice
Magia Elemental de Gelo: Role 1d6
1: Nevasca: Alcance 4 áreas, acerta 4 áreas sucessivas
com uma nevasca de gelo causando 3d6 de dano por
gelo. Precisa vencer um teste de poder contra defesa.
2: Jato de gelo: Alcance 4 áreas em formato de piramide
(1x3) com ataque de poder contra defesa fazendo 2d6 de
dano por gelo
3: Escudo de gelo: um alvo a até 3 áreas ganha um escu-
do que protege contra ataques de gelo e dá 2d6 pontos
de vida extras por 6 rodadas.
4: Esfriar: alcance de 4 áreas um alvo precisa passar
em um teste de resiliência ou vai receber 3d6 de dano
por 6 rodadas ou remover sua armadura. Criaturas sem
armadura recebem dano por apenas 2 rodadas.
5: Tempestade: Todos em 9 áreas precisam fazer um
teste de Disciplina contra poder do elemental ou fica-
rem cegos uma rodada.
6: O elemental explode um aliado, que precisa vender
uma disputa de poder x defesa ou receber 3d6 de dano
 por gelo.
Imunidade a Gelo
Fraqueza contra Fogo
Espírito: Atravessa paredes, não pode ser afetado por
ataques físicos.
Espólios: Comum (1 espectro de gelo), Raro (1d6 esfe-
ras de gelo ), Lendário (1 gema de espírito elemental do
gelo)
Espírito Elemental do Vento
Tipo : Espírito Elemental
Local : Plano Espiritual
Descrição:Um espírito elemental é o espírito de um
dos elementos. O espírito do vento é muito brincalhão
e adora fazer chapéus voarem ou levar objetos pelo ar
fazendo seu dono correr atrás. Ele possui magias de
vento e pode trocar seus serviços por rea, se fizer um
contrato com uma bruxa. Sua aparência é de um pé de
vento.
Graduação: 4
Poder (8), Malícia (8), Movimento (1), Vitalidade (15),
Abalar (3).
Ameaça (4) Poder Elemental do Vento
Monstrice
142
Magia Elemental do Vento: Role 1d6
1: Furacão: Escolha uma área a até 4 areas de distância.
todos nessa área fazem um teste de Poder x Resiliência
ou serão movidos por 3 áreas e recebem 1d6 de dano
por vento
2: Escudo de vento: 8 áreas ao redor do elemental fi-
cam imunes a ataques de armas arremessadas ou flechas.
Qualquer objeto jogado que cruzar essas áreas voam
para longe se acertar ninguém. Dura 18 rodadas.
3: Voar: Um alvo a até 3 áreas do elemental ganha o
poder de Voar (3) por 6 rodadas
4: Flecha de vento: Uma flecha de vento comprimido
voa por até 6 áreas atacando um alvo que se não passar
em um teste de poder x defesa recebe 3d6 de dano por
vento que ignora armadura e escudo.
5: Parede de vento: faça uma parede de 6 áreas conse-
cutivas. Dessa parede para frente do elemental todos
que estiverem no caminho precisam fazer um teste de
poder x resiliência contra o elemental para poderem se
mover, ficando imobilizados por 18 rodadas.
6: O elemental arremessa um aliado por 3 áreas, causan-
do 2d6 de dano por vento.
Imunidade a Vento
Fraqueza contra Pedra
Espírito: Atravessa paredes, não pode ser afetado por
ataques físicos.
Espólios: Comum (1 espectro de vento), Raro (1d6 es-
feras de vento ), Lendário (1 gema de espírito elemental
do vento)
Espírito Elemental da Pedra
Tipo : Espírito Elemental
Local : Plano Espiritual
Descrição:Um espírito elemental é o espírito de um dos
elementos. O Espírito da pedra tem a forma de um bo-
neco de pedra, como um golem, e usa chapéu e bigode.
O espírito da pedra é muito forte e pode fornecer seus
serviços para qualquer mago que aceite seus termos.
Graduação: 4
Poder (8), Malícia (8), Movimento (1), Vitalidade (15),
Abalar (3).
Ameaça (4) Poder Elemental da Pedra
Monstrice
Magia Elemental da Pedra: Role 1d6
1: Terremoto: Todos nas 9 áreas ao redor do elemental
que são seus inimigos precisam fazer um teste de defesa
contra poder ou receber 3d6 de dano por pedra e fica-
rem caídos. Nao funciona em criaturas que estiverem
voando.
2: Petrificação: Todos nas 9 áreas ao redor do elemen-
tal que são seus inimigos precisam fazer um teste de
resiliência contra poder ou ficar petrificados por 36
rodadas.
3: Escudo de Pedra: Dá +2D de Defesa, Resistência e
Disciplina para um alvo a até 3 áreas por 18 rodadas.
4: Arma de Pedra: Dá +2d de ataque e faz +1d6 de dano
por pedra para a arma de um alvo a até 3 áreas por 18
rodadas.
5: Pedrada na cabeça: Atira uma pedra grande em um
alvo a até 3 distância do elemental, causando 2d6 de
dano por pedra e confusão por 6 rodadas.
6: O elemental de pedra acerta um aliado com uma pe-
drada na cabeça.
Imunidade a Pedra
Fraqueza contra Vento
Espírito: Atravessa paredes, não pode ser afetado por
ataques físicos.
Espólios: Comum (1 espectro de pedra), Raro (1d6 es-
feras de pedra ), Lendário (1 gema de espírito elemental
da Pedra)
Espírito Elemental do Raio
Tipo : Espírito Elemental
Local : Plano Espiritual
Descrição:Um espírito elemental é o espírito de um dos
elementos. O espírito do raio tem forma de um peque-
no relâmpago que muitas vezes é confundido com um
gremilin.
Graduação: 4
Poder (8), Malícia (8), Movimento (1), Vitalidade (15),
Abalar (3).
Ameaça (4) Poder Elemental do Raio
Monstrice
Magia Elemental do Raio: Role 1d6:
1: Relâmpago: Cria um relâmpago que cai do céu e acer-
ta uma área mais as 2 áreas sequentes em formato de
cruz ao redor da área inicial, fazendo 3d6 de dano por
raio (precisa passar em um teste de poder contra defesa)
2: Velocidade do Relâmpago: Escolha um alvo que esteja
a até 3 areas de distância. O alvo ganha Acelerar (não
precisa concentrar, e ganha +1 de movimento) por 6
rodadas.
3: Flecha de relâmpago: ataca até 3 alvos em cada área
em 3 áreas consecutivas que precisam vencer em um
teste de defesa contra o poder do elemental ou rece-
ber 1d6 de dano por raio e ficarem imobilizados por 1
rodada.
4: Gaiola de Relâmpagos: Cria uma área de relâmpagos
que protege contra ataques elementais de qualquer
tipo. Qualquer ataque que tente atravessar essa área é
reduzido em 3d6 de dano.
5: Choque: Escolha um alvo a até 3 áreas. Ataque com
poder x defesa para chocar o alvo deixando ele parali-
sado por 6 rodadas e recebendo 1 de dano por rodada.
6: O elemental do raio acerta um aliado fazendo ele re-
ceber 2d6 de dano e ficar chocado por 6 rodadas sem
conseguir se mover ou agir.
Imunidade a Raio
Fraqueza contra Borracha ou Isolantes. Não consegue
afetar quem está isolado.
Espírito: Atravessa paredes, não pode ser afetado por
ataques físicos.
Espólios: Comum (1 espectro de raio), Raro (1d6 esferas
de raio), Lendário (1 gema de espírito elemental do raio)
Espírito Elemental da Luz
Tipo : Espírito Elemental
Local : Plano Espiritual
Descrição:Um espírito elemental é o espírito de um dos
elementos. O Espírito da luz é o mais invocado por bru-
xas de ah, sendo parte da graduação de uma bruxa de Ah
invocar e comungar com um espírito da Luz. O espírito
da luz tem aparência de uma bola de luz e utiliza magia
de luz.
Graduação: 4
Poder (8), Malícia (8), Movimento (1), Vitalidade (15),
Abalar (3).
Ameaça (4) Poder Elemental da Luz
Monstrice
Magia Elemental da Luz: Role 1d6:
1: Claridade: 100 metros ao redor do espírito fica claro
como a luz do dia, afastando mortos-vivos e dispersan-
do sombras por 36 rodadas
2: Olho mágico: O elemental escolhe um alvo a até 3
areas de distância. Esse alvo recebe o poder do olho má-
gico da luz, podendo dissipar ilusões e ganhando +2D
em Ataque e Defesa por 6 rodadas.
3: Invisibilidade: O elemental escolhe um aliado a até 3
áreas de distância. O alvo fica invisível por 6 rodadas.
4: Ilusão Perigosa: O elemental cria uma ilusão a sua
escolha a até 4 áreas de distância e do tamanho de uma
área inteira.Quem não passar em um teste de Malícia
contra Disciplina acredita na ilusão, que pode até ferir
quem acreditar fazendo 1d6 de dano.
5: Cintilante: O elemental explode em um brilho que to-
dos os inimigos a até 100 metros de distância ou todo
campo de batalhaque não passarem em um teste de po-
der contra resiliência ficam cegos por 6 rodadas.
6: O elemental faz exatamente como o 5, mas afeta so-
mente os aliados.
Imunidade a Luz
Fraqueza contra Sombra
143
Espírito: Atravessa paredes, não pode ser afetado por
ataques físicos.
Espólios: Comum (1 espectro de luz), Raro (1d6 esferas
de Luz ), Lendário (1 gema de espírito elemental da luz)
Espírito das Sombras
Tipo : Espírito de sombra
Local : Plano Espiritual
Descrição:Um espírito das sombras é invocado para
fazer maldades contra alguém. Nenhuma pessoa legal
invocaria um espírito desses. Um espírito das sombras
se esconde nas sombras até chegar na pessoa que foi
chamada para machucar. Depois disso ela ataca a pessoa
prendendo-a com sombras e a deixa na escuridão pro-
funda até ela perder a consciência.
Graduação: 4
Poder (8), Malícia (8), Movimento (1), Vitalidade (15),
Abalar (3).
Ameaça (4)
Monstrice
Espírito: Atravessa paredes, não pode ser afetado por
ataques físicos.
Esconder-se nas sombras
Criar sombras sólidas
Atacar com garras de sombra, se necessário
 Prender uma pessoa (Poder contra defesa) para causar
paralisia por 6 rodadas
Sugar a energia de uma pessoa presa nas sombras (1d6
pontos de vida por rodada)
Espólios: Comum (1 espectro de sombra), Raro (1d6 es-
feras de sombra ), Lendário (1 gema de espírito elemen-
tal da sombra)
Espírito Animal
Tipo : Espírito de animais
Local : Plano Espiritual
Descrição:Um espírito de animais é um espírito de um
familiar ou um animal de grande poder que já deixou
esse plano. Ele normalmente é sábio e pode auxiliar em
muitas coisas. Alguns são guardiões de seus invocado-
res, outros são guias espirituais, visto que são muito
sábios. Os espíritos animais demandam respeito e não
aceitam obedecer ordens de qualquer pessoa. Somente
aqueles que mostrem respeito aos animais e a natureza
podem fazer pedidos a um espírito animal.
Graduação: 4
Poder (8), Malícia (8), Movimento (1), Vitalidade (15),
Abalar (3).
Ameaça (4) Poder Animal
Monstrice
144
Espírito: Atravessa paredes, não pode ser afetado por
ataques físicos.
Magia Animal: Role 1d6
1: Garras do Urso: Por 6 rodadas o alvo ganha +1d ataque
2: Percepção do Lobo: Por 6 rodadas o alvo ganha +1d
em percepção
3: Agilidade da pantera: Por 6 rodadas o alvo ganha +1d
em esportes
4: Casco da tartaruga: Por 6 rodadas o alvo ganha +1d
em defesa
5: Resiliência do Phanda: Por 6 rodadas o alvo ganha
+1d Resiliência
6: Disciplina do Bicho-preguiça: Por 6 rodadas o alvo
ganha +1d Disciplina
Espólios: Comum (1 Gosma Espiritual), Raro (1d6 Gosma
Espiritual ), Lendário (1 gema de espírito animal)
Fantasma
Tipo : Espírito
Local : Plano Espiritual
Descrição:Um fantasma é alguém que já foi vivo e pas-
sou dessa para melhor. Se tiver um objeto pessoal do
espírito, o bruxo consegue invocar um espírito espe-
cífico, senão um genérico aparece. Os fantasmas tem
personalidades bem diferentes um do outro. Alguns po-
dem ser legais, outros uns babacas. Os babacas podem
ser perigosos. Então normalmente as Bruxas de Ah in-
vocam Fantasmas de pessoas conhecidas para as ajudar.
Graduação: 4
Poder (8), Malícia (8), Movimento (1), Vitalidade (15),
Abalar (3).
Ameaça (4) Poderes Fantasmagóricos
Monstrice
Espírito: Atravessa paredes, não pode ser afetado por
ataques físicos.
Saber sobre a profissão que tinha em vida.
Assustar: Role Malícia contra Disciplina para assustar
um alvo por 6 rodadas
Apavorar: Role Malícia contra Disciplina para apavorar
um alvo por 6 rodadas
Congelar: Role poder contra defesa para atacar um vivo
causando 1d6 pontos de vida
Espólios: Comum (1 Gosma Espiritual), Raro (1d6 Gosma
Espiritual ), Lendário (1 gema fantasma)
Criaturas de Outros Planos
Criatura Abissal das Profundezas:
Tipo : Monstro Abissal
Local : Abismo
Descrição: Esta criatura está permanentemente invisí-
vel, e não pode ser vista normalmente, pois é aterrori-
zante. Se alguém utilizar um feitiço para poder ver a
forma verdadeira da criatura abissal das profundezas
automaticamente fica apavorado por 1d6 dias. A Cria-
tura abissal das profundezas é invocado por Bruxas de
Aquah para proteger seus tesouros.
Graduação: 4
Poder (1), Malícia (10), Movimento (1), Vitalidade (15),
Abalar (3).
Ameaça (5)Terror Absoluto
Prender com tentáculos 1d6 criaturas (Teste de malícia
contra defesa) por 6 rodadas
Apavorar 1d6 criaturas (Teste de malícia contra disci-
plina) por 6 rodadas
Cegar e imobilizar 1d6 criaturas que não passarem em
um teste de malícia contra resiliência por 6 rodadas
Proteger algum local
Recitar um cântico antigo tipo “Iä! Iä! Cthulhu fhtagn!
Ph’nglui mglw’nfah Cthulhu R’lyeh wgah’nagl fhtagn!”
Fazer um prato de peixe assado com batatas muito bom
Espólios: Comum (1d6 tentáculos ), Raro (1d6 gemas
raras ), Lendário (Uma estranha estatueta de um montro
com cara de tentáculos que vale 10.000 Ko )
 Capítulo 8
Cenário
História de Hereva
Os dragões e a pré-história
Os dragões viviam nas terras de Hereva muito antes do que
lembram os humanos, e foi somente quando a Grande Árvore
de Komona brotou que os dragões perceberam os humanos.
O aparecimento da Grande Árvore em Hereva coincide com
a chegada dos humanos em uma reminiscência dracônica
permanece um mistério. Vários estudiosos de Komonianos têm
dedicado pesquisas substanciais para examinar o passado da
humanidade antes da Grande Árvore e continuam perplexos
com a falta de evidências conclusivas para resolver esta
questão.
Muitas conversas com os dragões sobre a origem dos
humanos em Hereva provaram ser inconsistentes na melhor
das hipóteses e ofuscadas na pior. A melhor teoria é que os
dragões simplesmente não prestaram atenção aos humanos até
que eles manejassem a Magia (da mesma forma que os humanos
fazem (não prestando atenção às formigas até que elas
comecem a construir superestruturas em seu quintal). Outra
teoria é que os dragões escondem propositadamente a história
humana, respondendo com enigmas e detalhes conflitantes na
esperança de manter os humanos longe de alguma tradição
oculta sobre sua existência antes de chegar a Hereva.
Outra teoria prevalecente é que os Dragões estiveram
envolvidos em uma guerra que trouxe a formação da Grande
Árvore de Komona e a presença dos humanos. A teoria postula
que, como a maior parte da história registrada começa com
a descoberta da Grande Árvore, existe uma conexão direta
entre a Grande Árvore e o despertar dos humanos em Hereva.
A teoria se divide em duas sub teorias separadas. A primeira
é que os humanos foram, de alguma forma, magicamente
elevados de seus primórdios primitivos. Infelizmente, há
poucas evidências arqueológicas para apoiar essa teoria. A
segunda é que os humanos foram trazidos de outro universo
e rapidamente se adaptaram à magia de Hereva. Esta é a
teoria mais amplamente aceita, mas a questão de quem ou o
que trouxe os humanos e de onde vieram ainda é um mistério.
A única coisa que todos os estudiosos de Komonianos sabem
com certeza é que a história registrada dos humanos em Hereva
é relativamente curta e que de alguma forma coincide com A
Grande Árvore de Komona e os dragões notando a humanidade.
A Grande Árvore de Komona
Há muitas especulações sobre o que aconteceu antes que a
magia fosse descoberta em Hereva, mas o que está claro é que
Hereva amadureceu rapidamente assim que a magia entrou
no reino. A Grande Árvore de Komona figura com destaque
no folclore de Hereva e sua chegada assinalou o nascimento
da era mágica. Nenhum dos registros escritos é anterior ao
florescimento da Grande Árvore, e alguns especulam que A
Grande Árvore é realmente quando Hereva passou a existir.
Tão significativo é o brotamento da grande árvore que é
marcado como ano zero no calendário Hereva. Os eventos
anteriores ao surgimento da Grande Árvore são referidos
como “Antes da Grande Árvore” (geralmente abreviado para
“Antes dos Tempos”). Os eventos após o brotamento da
Grande Árvore não recebem nenhuma distinção especial e
são referidos por seu ano.
O desabrochar de Hereva
Com a descoberta da magia, a transformação de Hereva
aconteceu da noite para o dia. Grunhidos e gestos deram
lugar à palavra escrita e à linguagem falada. Encantamentos
foram descobertos e registrados e, em pouco tempo, escolas
foram formadas para coletar os vários feitiços em livros.
Tantos feitiços foram descobertos que era impossível mantê-
los e as escolas começaram a se especializar nas disciplinas
conhecidas por Hereva hoje.
Alguns foram abertos e receptivos aos novos membros, mas
outros permaneceram mais reservados ou até indiferentes.
Escolas como Hippiah , Magmah e Zombiah encontraram
maneiras de tirar o trabalho penoso da existência cotidiana,
enquanto Chaosah preferia feitiços para controlar e dirigir o
próprio universo nos mínimos detalhes.
Durante séculos, essas escolas viveram em harmonia. Ocasio-
nalmente, havia disputas e brigas, mas tudo permaneceu civi-
lizado entre as escolas. Segundo muitos relatos, a única escola
que causou problemas antes da guerra foi Chaosah , e isso por
sua tendência de pregar peças nas outras escolas.
Uma dessas pegadinhas de Chaosah envolveria deixar livros
de feitiços intitulados “Segredos do Chaosah” cheios de
feitiços sem sentido ou poções que raramente faziam o que
diziam no rótulo. Uma dessas poções acidentalmente voltou
às prateleiras de Chaosah, onde uma estudante infeliz a
encontrou. O aluno percebeu (tarde demais) que a poção
chamada “Poção da Invisibilidade” era na verdade uma
“Poção da Divisibilidade”, e desapareceu em um sopro de
improbabilidades matemáticas.
Guerras entre Magmah e Aquah
Em 252 houve uma guerra brutal e abrangente entre as escolas
de Magmah e Aquah. Algo que começou como um simples
desentendimento entre Magmah e Aquah transformou-se em
mútuas agressões. Ambas as escolas requisitaram ajuda de
todas as outras escolas que puderam e arrastaram todos para
o conflito violento.
Durante os anos que a guerra durou, Chaosah cresceu em
poder. Jogou Magmah e Aquah uma contra a outra e foi
responsável ​​por transformar algumas escaramuças em uma
guerra total. A luta se espalhou e as outras escolas foram
arrastadas para o conflito.
Zombiah aprendeu rapidamente que não poderia fornecer
materiais para as armas de Magmah e Aquah sem que a outra
escola descobrisse. Uma vez que Magmah soube que Zombiah
estava fornecendo materiais para Aquah e Aquah descobriu
que Zombiah estava fornecendo materiais para Magmah
então Magmah e Aquah declararam guerra a Zombiah.
Zombiah sofreu pesadas perdas durante os ataques de
ambas as escolas e usou sua magia para animar e reanimar
construções mecânicas e guerreiros caídos. Hipiah tentou
permanecer neutra, mas devido à fome, eles cederam e
usaram sua magia para ajudar a fornecer comida e abrigo a
qualquer um que viesse até eles.
Mais tarde, durante a guerra, as escolas criaram feitiços de
poder indizível que convocaram as formas mais desagradáveis​​
e brutais de destruição.
As Batalhas Elementais viram Magmah e Aquah convocando
elementais para o confronto. Elementais do fogo entraram
em combate com elementais da água. regiões inteiras foram
devastadas por incêndios ou inundações. Zombiah aprendeu
como criar elementais da terra para tentar se defender
do ataque que se seguiram. Hippiah convocou árvores e
plantas para fortalecer suas fronteiras. Mas Chaosah não
seria superada e convocava os Demônios Chaosah para lutar
contra essas forças elementais.
Ninguém sabe ao certo por que o Alto Conselho de Ah
permaneceu em silêncio durante a maior parte da guerra, mas
os historiadores apontam para dois eventos significativos que
levaram à sua entrada em 254 . O primeiro foi o alto concelho
perceber que Zombiah estava reanimando seus guerreiros
caídos em grande quantidade. A teoria predominante explica
que houve uma reanimação tão grande que causou uma
perturbação no mundo espiritual, e Ah não pode evitar, mas
interferiu rapidamente para minimizar tal perturbação.
O segundo evento foi o Alto Conselho perceber que Chaosah
estava alimentando o conflito em uma guerra total. Pior,
Chaosah estava usando seu conhecimento interdimensional
avançado para abrir buracos no próprio Hereva. Os
Demônios Chaosah foram trazidos para Hereva como parte da
perfuração interdimensional de Chaosah. Acredita-se que os
feitiços dimensionais e os buracos negros de Chaosah tenham
causado um dos eventos finais da grande guerra. A teoria
sustenta que A Grande Árvore de Komona foi a última defesa
contra a eventual aniquilação da realidade de Hereva, e se não
fosse controlada, Chaosah teria feito buracos suficientes em
Hereva para causar danos irreparáveis. Independentemente
do verdadeiro motivo, Ah se juntou à luta e imediatamente
foi atrás das bruxas de Chaosah. Baniram sistematicamente
os Demônios Chaosah e destruíram as bruxas de Chaosah uma
a uma, até que restassem apenas Cayenne, Thyme e Cumin.
Desafiadas, Cayenne e Thyme lutaram contra as forças de Ah.
Cumin tentou escapar, mas foi morta. Cayenne manteve uma
posição ofensiva enquanto Thyme tentava convocar reforços.
Infelizmente, Thyme não havia planejado a ferocidade do
ataque de Ah , e seu feitiço começou a usar Rea disponível na
área circundante. Cayenne não conseguiu bloquear o dreno
de energia e tanto ela quanto Thyme estavam mal preparadas
para a ruptura que as matou. Foram necessários vários adeptos
do Ah para tentar conter o fluxo de Rea. A Grande Árvore,
desequilibrada pela destruição de Chaosah vomitou Rea por
toda Hereva com tanta força que explodiu um dos galhos da
árvore (que mais tarde se tornou Kerberos). A onda de choque
resultante de Rea da explosão da Grande Árvore interrompeu a
ruptura por tempo suficiente para a selar.
Ainda assim o dano foi feito. Com Chaosah destruída, a
magia de Hereva estava se deteriorando rapidamente. Ah
recrutou Zombiah para reviver o que pudesse de Chaosah.
Cumin foi revivida, mas isso não foi suficiente para restaurar
o equilíbrio. Relutantemente, Thyme e Cayenne foram
revividas e ordenadas ​​a encontrar um herdeiro verdadeiro
para continuar a escola Chaosah e treiná-lo. Chaosah foi
colocado sob vigilância cuidadosa para garantir que eles
estivessem de fato treinando o herdeiro de sua escola. Os
membros restantes das escolas de magia foram reunidos
e um tratado foi negociado, os resultados dos quais são
armazenados em uma caixa-chave mágica visível apenas para
membros selecionados das escolas. Com o tratado, chegaram
ao fim as batalhas e o derramamento de sangue que quase
destruíram Hereva.
O Alto Conselho de Ah determinou que Magmah e Aquah
eram os culpados pelo conflito. Porque Magmah e Aquah
começaram este conflito O Alto Conselho de Ah decidiu
que Magmah e Aquah deveriam sofrer a vergonha final de
serem renomeados pela outra escola por 10 anos. Magmah
renomeou Aquah como Wharrgarblah e Aquah renomeou
Magmah como Kielbasah. Os registros de ambas as escolas
mudaram imediatamente, e todas as referências às escolas
foram alteradas magicamente para usar os novos nomes.
Tendo cumprido suas sentenças, os nomes Wharrgarblah
e Kielbasah voltaram aos seus nomes originais ( Aquah e
Magmah respectivamente).
Logo após o tratado, Zombiah se concentrou em animar
construções e criar materiais mais resistentes. Não está claro
se Ah foi o responsável pela mudança de foco de Zombiah ou se
tornou mais econômico animar construções do que reanimar os
mortos. Somente aqueles com acesso ao cofre sabem a verdade.
Como penitência adicional, cada escola também entregou seus
livros de feitiços que foram usados ​​na guerra para Ah . Cada
escola enviou seu livro para Ah por segurança. Wasabi os
mantém todos em exibição como um lembrete de sua vitória
na Grande Guerra e para prevenir novas hostilidades. (Embora
tenha havido rumores de que o livro que Chaosah enviou não
se parece muito com um livro de feitiços, e que elas ainda
possuem a habilidade de invocar demônios à vontade).
A Árvore da Unidade
O Alto Conselho de Ah queria criar um símbolo do fim da
grande guerra e da harmonia que Ah trouxe para Hereva. Eles
notaram que as árvores perenes têm um formato triangular,
assim como o Triângulo Impossível que descreve as diferentes
escolas mágicas de Hereva. Naturalmente, Ah se sentaria no
topo desse triângulo, com seus aliados mais próximos, Aquah
e Hippiah , um degrau abaixo. O fundo, naturalmente, foram
os perdedores da Grande Guerra; Zombiah , Magmah e Chaosah
. O Alto Conselho de Ah decidiu que esta árvore seria exibida
por volta do final da Grande Guerra para significar seu triunfo
e o retorno à ordem, equilíbrio e paz em Hereva. Isso se tornou
uma tradição anual em Ah, que trouxe uma grande Árvore da
Unidade para o templo no lugar das luas poentes. Lá ele é
decorado por espíritos brilhantes que cantam louvores àqueles
que foram corajosos, fortes e sábios o suficiente para encerrar
a Grande Guerra.
Para algo chamado Árvore da Unidade, há uma divisão
acentuada nas escolas que realmente celebram o fim da Grande
Guerra da maneira que Ah o faz. Hippiah possui a tradição
mais forte, que espelha de alguma forma as tradições em Ah.
Em Hippiah, as árvores são deixadas nas florestas onde são
adornadas com vinhas e flores luminescentes e podem ser
vistas pontilhando as florestas ao redor da aldeia. Não está
claro se Aquah o celebra, mas houve relatos de barcos que
notaram padrões de brilho peculiares abaixo da superfície da
água. Magmah é mais relutante em comemorar com a Árvore
da Unidade, preferindo decorar A Grande Árvore e A Árvore
de Kerberos com pequenos feitiços de orbe brilhante. Zombiah
não tem uma tradição em torno da Árvore da Unidade e, em vez
disso, trata o fim da Grande Guerra como um dia de lembrança
para aqueles que perderam suas vidas. É um dia de mudança
em que a máquina ininterrupta da Qualicidade fica adormecida
por um minuto (mas não mais) para lembrar aqueles que não
puderam ser revividos e o seu sacrifício.
Chaosah tem a reação mais dura a Árvore da Unidade, alegando
que Ah está usando-a como uma forma de se emprestar mais
autoridade sobre as outras escolas. Eles também afirmam que
isso não faz nada para equilibrar o já equilibrado Triângulo
Impossível e que promove injustamente os aliados de Ah, ao
mesmo tempo que rebaixa as escolas que não eram tão amigáveis.
Várias pessoas de Komona também reconheceram essa visão
desequilibrada do Triângulo Impossível e há uma preocupação
crescente de que a única razão para A Árvore da Unidade é de
alguma forma glorificar Ah às custas das outras escolas.
Alguns estudiosos de Komona também apontaram que Ah pode
não ser responsável por essa tradição, afinal. Eles afirmam que
toda essa tradição pode ter sido retirada de outras culturas
e, de alguma forma, adaptada para servir aos propósitos de
Ah . Se essas afirmações forem verdadeiras, dificilmente
serão corroboradas no registro escrito, e certamente não na
rede Hereva, que lista a primeira ocorrência de A Árvore
da Unidade como sendo naquela noite de inverno quando o
tratado que encerrou a Grande Guerra foi assinado.
O presente
Já se passaram 14 anos desde o fim da grande guerra.
Chaosah continua a treinar seu herdeiro sob o olhar atento
de Ah . A magia está mais uma vez em equilíbrio e a praga
da guerra está sendo substituída pela reconstrução e
renovação. As rupturas criadas durante a guerra permitiram
a entrada de alguns seres de outros mundos, e a explosão de
magia da Grande Árvore tem repercussões que ainda estão
a ser descobertas. Hereva espera o desenrolar das próximas
aventuras porque Hereva odeia o tédio.
Quando se passam as aventuras
As Aventuras em Hereva se passam entre as inúmeras
possibilidades de universos e realidades criadas pela magia de
Chaosah, mesmo com o tempo relativo e a realidade moldável
em diversos níveis, nós optamos por colocar as aventuras
deste jogo cerca de quatrocentos anos após as aventuras de
HQ de Pepper&Carrot. Esse período de tempo foi definido
principalmente pelo fato da história e os acontecimentos
da HQ estarem relativamente frescos na memória popular,
inclusive com personagens, pessoas e lugares existindo
normalmente no reino. O narrador deve também se sentir
totalmente livre para ajustar o mundo a sua necessidade e
a necessidade de seu conto. como regra geral, você deve
lembrar que Hereva é um lugar único, com personalidade
própria e que detesta monotonia.
Geografia
Hereva é um mundo mágico que resiste ao mapeamento, com
apenas alguns lugares tendo localizações consistentes (Ah, por
exemplo, é sempre encontrado onde as três luas se fixam). Isso
parecerá estranho para aqueles que estão mais acostumados
com localizações concretas e conceitos de latitude e longitude
denotando onde algo está, mas as pessoas em Hereva acham que
navegar de uma parte a outra é relativamente simples (desde
que possam encontrar sua orientação). Também ajuda o fato
de a Hereva ter um negócio próspero, dedicado a fornecer
mapas atualizados para viajantes que precisam das informações
mais recentes (por uma taxa modesta, é claro). Esses mapas são
atualizados regularmente, e não é incomum ver mapeadores
voando sobre suas cabeças usando magia de topografia para
atualizar os mapas para seus assinantes. As pessoas ainda podem
encontrar seu caminho em torno de Hereva para certas cidades
históricas com treinamento e perspicácia mágica (e uma bússola
magicamente ajustada). Lugares como Qualicity e Komona
enviam faróis mágicos para ajudar os viajantes menos habilidosos
a encontrá-los (os mercados de Komona seriam muito menos
visitados sem esses faróis). Ah é sempre encontrado onde as
três luas de Hereva se fixam, então os viajantes que procuram os
templos de Ah são aconselhados a ficar atentos às luas poentes
para ter sua melhor chance de encontrá-las.
Criação de Hereva
Existem muitas lendas sobre a formação de Hereva. Alguns
afirmam que foi criado quando os dragões começaram
a lutar uns contra os outros em algum grande conflito.
Alguns também acreditam que a órbita da estrela Hereva é
iluminada pelo fogo de dragões ainda travando uma batalha
uns com os outros. Outros teorizam que Hereva e suas luas
se formaram a partir da poeira de outro mundo mágico.
Alguns afirmam que Hereva é um mundo jovem, enquanto
outros afirmam que Hereva é tão velho quanto o próprio
tempo. Poucos podem dizer com certeza o que é a verdade,
já que a arqueologia é uma ciência jovem em Hereva. Os
arqueólogos Herevanos também têm mais dificuldade em
encontrar locais não perturbados. Frequentemente, as áreas
onde eles cavam já foram perturbadas por Chaosah e seu
incessante soterramento de falhas. Mais de uma expedição
arqueológica terminou abruptamente quando escavadores
desavisados ​​encontraram os restos de uma falha de Chaosah
que nunca deveria ter sido descoberta. É por esta razão que
o seguro sobre escavações arqueológicas é difícil de obter.
Ter todo o seu sítio arqueológico repentinamente lançado
em um buraco negro Chaosah não muito estável (ou pior) pode
realmente afetar os resultados financeiros de uma expedição.
Luas e outros objetos celestes
Hereva tem três luas orbitando, que são visíveis durante a Lua
Rosa. Eles são simplesmente referidos como “As Três Luas
de Hereva”. Algumas pessoas criativas tentaram nomear as
luas de Hereva, mas fora do livro “Os Nomes das Luas” de
HR Trifle e um concurso de nomenclatura da lua realizado
pela Sociedade Astronômica Hereva, ninguém mais se refere
às luas por esses nomes. Não é por causa de alguma grande
conspiração para manter as luas sem nome, mas sim porque os
nomes selecionados para as luas não eram muito memoráveis​​
(um nome notável para a maior lua era “Lamprocapnos
spectabilis”, que até mesmo o vencedor do concurso rejeitou,
alegando que foi uma declaração sobre como a Sociedade
Astronômica Hereva pode tirar a diversão de tudo, incluindo
um concurso para nomear as luas). O livro “Os Nomes das
Luas” por HR Trifle foi considerado um best-seller até que
os leitores reais do livro perceberam que o livro era mais
sobre a história de HR Trifle, como ele veio com os nomes
das luas (spoiler: elas lhe ocorreram no banho), e um diagrama
de 300 páginas incompreensível das razões específicas para
cada nome e sua conexão histórica. Apenas os leitores mais
diligentes descobriram que o livro na verdade não continha
os nomes das luas. Mais tarde soube-se que se tratava de um
descuido editorial, pois o editor não era um dos leitores mais
diligentes que poderia terminar de ler o livro. “Os Nomes das
Luas” ainda mantém um culto de seguidores entre aqueles que
dizem que é uma obra-prima da Bolsa Hereva Moon,
O Bule de Bergamota está em uma órbita oposta às três luas.
Recebeu o nome de Bergamota, a Sábia, que postulou pela
primeira vez a existência do bule. Com o tempo, o bule foi
visto por muitos que examinaram cuidadosamente os céus
de Hereva assim que as três luas de Hereva começaram sua
ascensão. Alguns chamam o bule de chá de refração das três
luas ou de ilusão inteligente. Alguns acreditam que o bule é
uma farsa. Mas quem olha com atenção e crê pode renderizar
o bule com pouca dificuldade.
Clima de Hereva
Alguém poderia pensar que, devido à natureza caótica do
mapeamento de Hereva, o clima de Hereva seria igualmente
difícil de prever. Este não é o caso, pois o clima de Hereva é
muito previsível. Aquah é a escola que está mais sintonizada
com o clima de Hereva, mas Aquah se distanciou das escolas
restantes de Hereva. Várias agências surgiram e fizeram
negócios lucrativos para prever o tempo de Hereva. Suas
previsões são tão precisas que eles foram capazes de descobrir
quando as pessoas mudaram o clima, lançando feitiços para
mudar o clima. Um exemplo notável disso foi um fazendeiro
de Hippiah que estava tendo problemas com suas apreciadas
tomateiras. De alguma forma, a chuva evitava suas plantas.
Ele reclamou para as agências dizendo que suas previsões
estavam de alguma forma negligenciando sua fazenda, mas
eles responderam que apenas não conseguiam prever o
tempo. Furioso, ele passou muitas noites aprendendo feitiços
relacionados ao clima. Ele então saiu e conjurou uma pequena
tempestade de chuva sobre seus tomates. Suas habilidades
mágicas estavam faltando, e sua inexperiência criou um feitiço
que rapidamente se afastou dele. O feitiço criou uma nuvem de
chuva que cresceu tanto que cobriu a maior parte de Hippiah
e inundou suas plantações. Agricultores furiosos exigiram
saber por que as agências meteorológicas estavam erradas com
suas previsões. As agências meteorológicas compararam suas
previsões e perceberam que a tempestade parecia ter surgido
em um local: os pés de tomate do fazendeiro. Os fazendeiros
de Hippia exigiam leis que proibissem qualquer pessoa de
interferir no clima. Mas, em vez de punir o velho (que havia
sofrido o suficiente porque suas plantas foram arruinadas e sua
terra inundada), a aldeia de Hipiah o ajudou a cultivar novas
plantas em um local diferente, onde seus tomates receberam
o primeiro prêmio naquele ano. Agradecido, ele compartilhou
seu prêmio com o resto da aldeia. O lote de tomate inundado
foi chamado de “o pântano da loucura” até que finalmente foi
drenado e pôde ser cultivado novamente.
Casa da Pepper
Pepper e seu gato Carrot vivem em uma casa com vista para a
floresta perto da aldeia de “Ponta do Esquilo”. A casa é uma
estranha fusão de uma das árvores da floresta com materiais
de construção convencionais. Não está claro se a casa de
Pepper está magicamente entrelaçada com a árvore ou se a
árvore cresceu dentro e ao redor de sua casa. Talvez os dois,
já que a árvore continua crescendo na casa. No exterior
da casa existe uma caixa de correio com o número “33” e
uma placa: “AVISO - IMÓVEL DE BRUXA”. É duvidoso que
alguém já tenha lido essa placa enquanto Pepper coloca
inúmeras armadilhas na floresta ao redor de sua casa. As
armadilhas são eficazes e impedem que muitos dos perigos da
floresta e os curiosos atrapalhem Pepper e seu trabalho. Às
vezes, ela se lembra de liberar aqueles que estão presos em
suas armadilhas,
As outras bruxas de Chaosah (Thyme , Cumin e Caiena)
também moram na casa com Pimenta. Eles enfeitaram a casa
com vários livros, poções e até mesmo um telescópio.
A casa de Pepper é a casa original de Chaosah. Chicory
mandou construir a versão original da casa, mas ao longo
do tempo viu muitos acidentes mágicos diferentes que
exigiram a sua reconstrução. O último desses acidentes
mágicos aconteceu quando Pepper tentou trazer uma árvore
da Unidade de uma dimensão micro. Outros casos incluem
experimentos semelhantes que foram trazidos de dimensões
de bolso (tantos que Thyme escreveu em letras em negrito
para as pessoas não trazerem de volta seus experimentos
de QUALQUER dimensões de bolso). Existem muitos outros
exemplos de experimentos Chaosah destruindo a casa que
quase se tornou rotina para as bruxas Chaosah desintegrar
a casa e reconstruí-la. Alguém pode se perguntar por que
as bruxas Chaosah não apenas criam mais adições à casa
ou criam outra área para atividades relacionadas à escola.
Eventualmente Chaosah criou outra escola, mas esta foi
perdida em um acidente envolvendo uma micro dimensão e
um buraco negro de Chaosah. Felizmente, todos os alunos de
Chaosah foram rápidos o suficiente para escapar do prédio e
assistiram com espanto enquanto o prédio era envolvido no
colapso da micro dimensão e do buraco negro. Outros desses
edifícios encontraram fins semelhantes. É por esta razão
que Chaosah só tem a casa original de Chicory sobrando.
Isso levou à seguinte sabedoria: “Uma verdadeira bruxa de
Chaosah não coloca todos os seus Ko em bens imóveis”.
A flora e a fauna ao redor da casa de Pepper tendem a
apresentar comportamentos estranhos. Em um ponto, as
formigas perto de sua casa foram capazes de entender toda
a matemática como resultado de uma poção lançada da casa
de Pepper. Não está claro até onde as formigas levaram essa
explosão temporária de conhecimento, mas a evidência de
um programa espacial sugere que a civilização das formigas
pelo menos atingiu a era espacial.
Debaixo da casa há uma série de túneis e catacumbas que
servem como armazenamento adicional para a casa acima.
Muitas poções, livros e outras parafernálias mágicas estão
guardados nas prateleiras doloridas. Uma vez que esta era a
casa original de Chicory, não há dúvidas de áreas que ainda
não foram exploradas, ou outras passagens secretas que
ainda não foram descobertas. Uma bruxa curiosa descobriu
uma passagem escondida que leva a um dos laboratórios
secretos de Chicory. Quando esta bruxa voltou para mostrar
a outras bruxas sobre sua incrível descoberta de um
laboratório intocado em Chicory, o laboratório não estava lá.
Em seu lugar, havia uma nota rabiscada às pressas que dizia
simplesmente “Ido”. Embaixo disso, havia um pós-script com
palavras duras para deixar de ser tão intrometido e cuidar da
própria vida. O laboratório não foi visto desde então.
Pepper é a atual dona da casa. As razões para isso estão
relacionadas a entidades ressuscitadas que possuem
propriedades em Hereva. Qualicity e União dos Tecnologistas
são os únicos lugares onde entidades ressuscitadas podem
possuir propriedades. Isso representou um problema para
Chaosah após a guerra, pois todos os membros vivos de
Chaosah haviam ressuscitado. Eles receberam uma extensão
com base nas circunstâncias atenuantes de sua morte (seu
papel na Grande Guerra). Isso significava que quem quer
que fosse designado seu herdeiro seria o proprietário legal
da casa. Isso significa que Pepper se tornou o proprietário
legal da casa Chaosah. Pepper entendeu que isso significava
que a casa era dela e começou a decorá-la como se fosse sua.
As Bruxas Chaosah toleraram isso por um tempo (afinal, ela
os impediu de perder completamente a casa), mas quando
Pepper começou a ter planos maiores para a casa, eles
afirmaram que suas mudanças foram longe demais e que a
casa deveria ser deixada como estava. Limpar os ambientes
e colocar bugigangas é uma coisa, mas mudar a cor das
paredes que Chicory pintou era simplesmente intolerável.
As bruxas se afirmaram cada vez mais no espaço de vida de
Pepper até que ela não aguentou mais e reclamou para sua
amiga Saffron. Novos acordos foram feitos para que todos
pudessem viver juntos em paz na casa. Isso nos remete à
sabedoria de Chicory que, após perceber que cada vez mais
seus alunos viviam em sua casa, disse: “Uma verdadeira
bruxa de Chaosah sob meu teto é como um rato: raramente
vista e quase não ouvida”.
Ponta do Esquilo
Ponta do Esquilo é uma vila com uma população de cerca
de 2.000 habitantes. A aldeia é uma seção fértil de floresta
densa e rica que foi selecionada por colonos que queriam
uma área tranquila para cultivar e viver. A floresta fornecia
bastante madeira para construção e, com o tempo, a aldeia
cresceu. A aldeia não é rica, mas concentra seu trabalho em
ser autossuficiente e satisfeita com o que a terra oferece.
Faz parte das terras do Rei Acren, embora sua influência
decrescente signifique que a maioria dos aldeões só conhece
seu nome por causa dos impostos esporádicos que seu reino
arrecada. Os aldeões trabalham nos campos de Ponta do Esquilo
usando formas diluídas de magia de Hippiah. A vila é cercada
pela floresta de Ponta do Esquilo, que abriga muitas criaturas
perigosas. Poucos aldeões entram na floresta,
As cores populares da vila são o tartan vermelho (que Pepper
usa nos braços e nas pernas) e branco. Muitos moradores usam
essas cores para demonstrar seu orgulho pelo trabalho árduo que
mantém a aldeia viva e próspera em tais condições adversas.
Pepper foi criada no Orfanato Little Acorns em Ponta do
esquilo. Foi aqui que ela foi exposta à magia de Hippiah e
mostrou sua aptidão mágica. Atualmente, Pepper é a pessoa
mais famosa (ou infame) que foi criada em Little Acorns. A
foto dela vencendo o primeiro concurso de poções é exibida
em uma pequena caixa perto da entrada do orfanato.
Traduções: [en] Squirrel’s End, [fr] Bout-un-Cureuil,
[hu] Mókuslak, [it] Scoiattopoli, [nl] Eikhoornwoud, [sv]
Ekorrboda.
Tenebrum
Pouco se sabe sobre a montanha conhecida como Tenebrum ou
por que é considerada sagrada para a escola de Chaosah. O que
se sabe é o quanto a protegem de estranhos. Uma alma curiosa
uma vez seguiu as Bruxas Chaosah, mantendo-se fora de vista
tanto quanto possível. Ele ficou surpreso ao encontrar uma
montanha onde nenhuma montanha havia estado antes (ou pelo
menos ele não se lembrava de haver uma montanha lá). Enquanto
os seguia, ele começou a notar que a montanha começou a se
mover abaixo dele até que de repente desapareceu. Ele de
repente se sentiu desorientado e sem forma quando a escuridão
o envolveu. Quando ele acordou, ele se viu na floresta perto
de uma pequena pousada com duas notas anexadas a ele. A
primeira dizia “Vá para a estalagem. Diga ao estalajadeiro que
Thyme lhe enviou. Você pode descansar durante a noite. A
segunda nota foi mais concisa. Dizia”
Vários livros sobre Chaosah mencionam Tenebrum um total
de três vezes, e dois deles são um aviso para os forasteiros
nunca irem lá. A terceira postula que esta montanha é parte
de alguma fenda dimensional na geometria sempre mutante
de Hereva, aparecendo apenas para aqueles que conhecem
Chaosah Magia suficiente para torná-la manifesta. Também
postula que Tenebrum não está realmente no próprio Hereva,
mas em uma dimensão paralela conhecida apenas pelas Bruxas
de Chaosah. A partir daí, o livro se junta ao coro dos outros
livros, alertando as bruxas não-Chaosah para evitar isso a
todo custo, citando as mesmas notas que a alma curiosa.
Komona
A cidade voadora de Komona foi construída em torno da
base da Grande Árvore de Komona. Os galhos arredondados
da árvore dão sombra à maior parte da cidade e suas raízes
sustentam a cidade em uma esfera perfeita. Apesar de sua
aparência aberta, Komona está bem protegida, e todo o tráfego
que entra e sai da cidade deve passar pelo portão de Komona
sob os olhos vigilantes da Guarda Komoniana. Os residentes
de Komona são ricos e de classe alta, e as propriedades em
Komona são caras para os padrões de Hereva. Até mesmo um
pequeno espaço de escritório em Komona pode ser alugado
por uma quantidade impressionante de Ko.
Parte da riqueza de Komona vem dos mercados semanais, onde
vendedores e viajantes de todo Hereva vêm para comprar
comida, artefatos mágicos, feitiços e muito mais. Komona
também raramente vende madeira colhida da Grande Árvore de
Komona, que pode render preços muito altos. Há um comércio
próspero de madeira Komonan e multas pesadas para qualquer
um que seja pego vendendo madeira não genuína ou obtida
ilegalmente. Alguns vendedores foram pegos lançando um
feitiço de flutuação em sua madeira para fazê-la flutuar como
a verdadeira madeira Komonan, apenas para que o feitiço se
esgote quando o pobre comprador terminar a venda.
Vassouras feitas com 60% ou mais de madeira Komonan são
vendidas exclusivamente em leilão, enquanto misturas de
madeira de 10% (ou menos) podem custar cerca de 50.000
Ko ou mais. Isso levou algumas pessoas a trazer um avaliador
de madeira Komonan com eles para certificar a qualidade da
madeira. Esses avaliadores podem cobrar tanto quanto uma
vassoura de madeira Komonan barata por seus serviços,
portanto, seu uso é geralmente reservado para as compras
mais caras e exclusivas.
Como Komona flutua acima dos reinos do Rei Acren, ela acredita
que não está sujeita à tributação do Rei Acren ou a qualquer
uma das regras ou mandatos de seu reino. Isso causou atrito
entre o Rei Acren e o governo de Komona (que tem apenas
um prefeito como seu cargo mais alto). Infelizmente, o Rei
Acren não foi capaz de subjugar Komona pois seu domínio
sobre seu reino está diminuindo e porque seus exércitos são
unidades baseadas em terra e não são treinados para o combate
aerotransportado. Se o Rei Acren for capaz de provar um rei
mais eficaz, ele certamente tentará subjugar Komona, mas seu
governo ineficaz torna Komona o prêmio mais desejável que
está literalmente fora de seu alcance.
A maioria dos habitantes de Komona desfruta de muitas
atividades de lazer em sua metrópole flutuante, e muitos
barcos voadores viajam para Komona para comércio e outras
atrações turísticas. A mais popular delas é a poda da Grande
Árvore, onde as pessoas se reúnem para testemunhar a
reforma da árvore por jardineiros Komonianos experientes.
Observar a árvore crescer novamente seus galhos logo após
ser cortada é por si só de tirar o fôlego, mas também observar
a habilidade dos jardineiros aparando cada galho com
precisão e cuidado também é uma experiência meditativa. A
atração principal, porém, é esperar o ocasional aprendiz de
jardineiro que, por inexperiência ou acidente, corta muito
do galho e é jogado para fora da plataforma por um galho que
cresce rapidamente.
Ocasionalmente, Komona abre os portões de sua cidade para
eventos de grande escala, mais notavelmente o primeiro
“Desafio de Poções”. Após os resultados desastrosos do
primeiro desafio de poção (exigindo muitas horas para
reconstruir e consertar a praça do mercado), os Anciões da
Cidade de Komona decretaram que futuros desafios de poção
não deveriam ser realizados na cidade propriamente dita.
Para o segundo desafio mágico, uma arena foi construída na
esperança de atrair multidões lucrativas para Komona e, ao
mesmo tempo, reduzir o risco de danos à cidade.
Saffron mora no coração de Komona. Seu escritório de
consultoria mágica fica no coração do distrito de escritórios.
A Grande Árvore de Komona
A Grande Árvore de Komona (ou mais coloquialmente “A
Grande Árvore”) é a árvore mais reverenciada em toda
Hereva. Há uma lenda de que a Grande Árvore de Komona
brotou quando a magia era jovem em Hereva e em minutos A
Grande Árvore tornou-se maior do que qualquer outra árvore
no mundo. Muitos acreditam que a árvore imita a saúde da
magia em Hereva, e um ramo dos botânicos Komonianos
regularmente coleta amostras das folhas da Grande Árvore
para medir e prever o fluxo de Rea em toda a terra.
Durante a guerra
Durante a grande guerra, a cidade de Komona ficou
chocada quando a árvore a levantou e a ergueu no ar.
Ao se elevar, formou uma esfera ao redor de Komona,
protegendo-a do perigo. Mais estranho ainda, enquanto a
devastação devastava as cidades de Hereva, os cidadãos de
Komona notaram que A Grande Árvore começou a tremer
e se contorcer, como se cada batalha estivesse afetando a
árvore de alguma forma. Com o tempo, várias outras cidades
começaram a flutuar em Hereva, embora nenhuma fosse tão
espetacular quanto Komona e a Grande Árvore. À medida
que a guerra se espalhou, a magia da grande árvore também
se espalhou por todas as cidades devastadas pela guerra de
Hereva, fazendo com que elas se erguessem acima do solo. Os
historiadores teorizam que esta foi a Grande Árvore tentando
proteger essas cidades dos destroços que se seguiram.
Muitos ramos caíram da Grande Árvore durante este tempo,
Perto do fim da guerra, os membros de Ah destruíram as
bruxas restantes de Chaosah. Quando a última bruxa de
Chaosah caiu, a Grande Árvore estremeceu e a cidade de
Komona começou a se inclinar em direção ao chão. Quando a
árvore estremeceu, os komonenses viram a árvore iluminada
por um brilho doentio, como se estivesse perdendo seu poder
mágico. O estremecimento cresceu em um frenesi até que a
árvore explodiu com uma força violenta que derrubou um de
seus grandes galhos. A onda de choque da erupção de Rea
se espalhou por Hereva e por um breve momento Hereva foi
inundada em Rea. O galho que se quebrou voou para cima.
Enquanto descia, testemunhas oculares notaram que ele
havia crescido suas próprias raízes e adquirido uma forma
semelhante à da grande árvore. A Grande Árvore vacilou e
como Rea continuou a fluir da árvore, a cidade de Komona
desceu do céu. Perceberam que sem Chaosah o equilíbrio da
magia não apenas destruiria a grande árvore, mas acabaria
por rasgar a própria Hereva. Quando Chaosah foi restaurado,
a Grande Árvore voltou ao céu. O local onde o galho explodiu
da Grande Árvore sarou, deixando apenas uma pequena
cicatriz visível ao olho vigilante. Por fim, o galho, agora
uma árvore totalmente formada, parou em uma órbita curiosa
ao redor da Grande Árvore. A filial se tornou o satélite
conhecido como Kerberos, e os residentes de classe alta de
Komona, ansiosos para viver em uma cidade tão exclusiva e
especial, migraram para a cidade recém-formada.
Depois que A Grande Árvore se rompeu, houve histórias de
outros ramos das Grandes Árvores de Komona formando
árvores flutuantes em Hereva. Zombiah usou várias dessas
árvores menores para algumas de suas máquinas voadoras.
Hippiah também foi capaz de nutrir essas árvores menores
em suas próprias versões da Grande Árvore. Magmah
rejeita essas árvores como árvores ilegítimas que não são da
linhagem direta da Grande Árvore. Komona estabeleceu leis
rígidas sobre os produtos que podem ter o nome e a insígnia
da Grande Árvore de Komona. Eles patrulham rotineiramente
o Mercado Komonan e regulamentam todo e qualquer
produto com essas marcas. Os infratores que vendem ou
compram itens falsificados com a marca da Grande Árvore
enfrentam penalidades severas.
As bruxas hippiah são cuidadosas em apontar que apenas
bruxas de hippiah altamente treinadas podem discernir se
a mercadoria com a marca “Genuine Great Tree of Komona”
está correta, e afirmam que a única coisa que você recebe ao
comprar a mercadoria “autêntica” é a capacidade de pagar
mais para o mesmo produto. É por isso que as Bruxas de
hippiah são vistas com certa suspeita no Mercado Komonan.
Kerberos
Quando Ah destruiu Chaosah, a Grande Árvore estremeceu
com a liberação de Rea. Um dos galhos principais se partiu e
foi arremessado da Grande Árvore durante uma explosão Rea.
O galho formou uma árvore esférica separada, que se tornou
a cidade de Kerberos. Kerberos flutua como um satélite de
Komona. Por causa das circunstâncias raras e extremas em
torno da formação de Kerberos (e porque a própria Komona
estava superlotada), era mais valioso viver em Kerberos
do que a própria Komona. Kerberos se tornou um espaço
exclusivo para os ultra-ricos viverem e agora existe como um
condomínio fechado protegido por magia. Apenas aqueles
que conhecem o “feitiço de batida” secreto ou tiveram
acesso ao portão podem entrar na comunidade. Tão forte é
o “feitiço de detonação” que mesmo os observadores casuais
que voam por Kerberos só podem ver as casas opulentas.
Qualicidade
Qualicidade é uma grande cidade industrial isolada no
meio de um deserto dentro da União dos Tecnólogos.
A Qualicidade é mais conhecida pela fabricação de uma
variedade de objetos. Muitos dispositivos e dispositivos
mecânicos chegam a Hereva a partir do Qualicidade, embora
certas áreas do Hereva sejam menos receptivas a esses
dispositivos mecânicos. A Qualicidade é conhecida por
seu trabalho mecânico de qualidade. Sua capacidade de
transformar objetos inanimados em seres vivos é estranha,
o que pode ser desconfortável para os poucos que não estão
fascinados por sua beleza mecânica. Muitos mecanismos
de relojoaria e autômatos mecânicos trabalham nos vastos
centros de manufatura da Qualicidade, enquanto a maioria
da população da mantém as construções mecânicas ou faz
outras manutenções em toda a cidade.
Qualicidade fica sobre pilares gigantes escavados no solo
ao redor. Ele fica dentro desta caverna escavada dentro
desta terra deserta. Isso foi relacionado a um acidente de
uma das primeiras máquinas feitas em Qualicity. Essas
máquinas (apelidadas de “insetos” por causa de sua forma)
foram projetadas para recuperar minerais do solo ao redor
do Qualicity. Infelizmente, houve um erro na programação
das máquinas que deixou de instruí-las a realizar suas
tarefas de mineração longe da cidade. As máquinas eram tão
rápidas e eficientes em suas tarefas que a área circundante
da Qualicity foi totalmente destruída e a Qualicity corria o
risco de desaparecer no abismo. Depois de várias reuniões
de emergência, os engenheiros da Qualicity reforçaram o
terreno abaixo da Qualicity. Os planos para preencher o buraco
foram frustrados quando vários geólogos confirmaram que
preencher o buraco em torno do Qualicity seria muito caro
e exigiria um grande esforço. O Rei, engenheiro-chefe do
projeto, declarou que esse buraco era na verdade um fosso,
já que protegia a Qualicidade de um ataque terrestre. Assim,
a frase “é um recurso, não é culpa de bugs” foi cunhada.
Zombiah é a escola mágica predominante em Qualicity. Este
sistema mágico se preocupa com a animação de coisas não
vivas e de coisas que já foram vivas. Durante os períodos de
extrema escassez, a Qualicidade abasteceu as fábricas com
seres que já viviam (com o consentimento dos espíritos que
habitavam esses corpos, que sentiram o dever de ajudar onde
puderam). Como parte de seu tratado com Ah, o Sindicato dos
Tecnólogos concordou em restringir o uso de Zombiah para
que os praticantes de Ah encontrassem a ligação de espíritos
anátema à verdadeira forma do espírito. Zombiah ainda
é praticado, mas seu uso em seres vivos foi restringido de
acordo com os termos do tratado. Os termos exatos do tratado
são selados, visíveis apenas para membros selecionados por
meio de uma caixa-chave mágica. Zombiah limita sua prática
de reanimação a seres não humanos, e reanima os seres vivos
na presença de um adepto do Ah. Não está claro se essa
prática é resultado de termos específicos do tratado. (Poucos
desejam testar suas teorias sobre o texto exato do tratado para
que os laços do tratado não rompam magicamente e a terrível
guerra recomeça.) O que está claro é que a Qualicidade está
usando a magia de Zombiah para criar e distribuir maquinários
complexos e seres mecânicos, e florescente .
Coriander é a única filha do anterior Rei e Rainha da
Qualicidade. Ela é a praticante mais famosa da magia Zombiah.
Coriander mora em um castelo perto da sede do Sindicato
dos Tecnólogos, onde ela faz remendos em seu laboratório.
Ela está constantemente trabalhando e aperfeiçoando várias
máquinas e prefere fazer coisas a seus deveres como a monarca
da Qualicidade. Sua coroação aconteceu na Catedral.
A Catedral
A Catedral fica dentro da cidade de Qualicidade. É uma
bela estrutura e já foi usada como local onde a realeza da
Qualicidade é coroada. O vitral é colocado de tal forma que
quando as luas de Hereva estão alinhadas de uma certa forma
a catedral brilha com uma luz brilhante. É considerado um
bom presságio para os monarcas serem coroados durante
este período, o que pode levar a longos períodos em que o
monarca terá de esperar até que as luas se alinhem.
O nome da catedral
Os cidadãos da Qualicidade chamam a catedral simplesmente
de “A Catedral”. Pessoas fora da Qualicidade podem chamá-la
de Catedral da Qualicidade ou Catedral Zombiah, mas seu nome
próprio se perdeu na história. Pouco depois da construção da
catedral, um dos monarcas reinantes decretou que a catedral
deveria receber seu nome. Ele foi um governante inepto que
passou a maior parte de sua regra de dois meses renomeando as
coisas de acordo com seus caprichos. Sua equipe rapidamente
se cansou de suas exigências ridículas e da papelada criada
para realizar sua farra de renomeação. Quando o rei perguntou
sobre o status de renomear a catedral, sua equipe respondeu com
várias desculpas, variando de “Oh, já vou fazer isso!” até “Não
recebi nenhuma resposta desse departamento. Deixe-me dar uma
olhada nisso.” Eventualmente, tornou-se um segredo aberto que
as ordens do rei estavam sendo dificultadas pela incapacidade
ou falta de vontade de sua equipe em atender às suas demandas.
As desculpas iam do plausível ao ridículo: “Acho que esse
departamento só funciona durante os alinhamentos de duas
de três luas” foi a mais notável das desculpas registradas.
Infelizmente, os únicos registros restantes desse rei são os
memorandos de suas exigências e as desculpas resultantes. O
registro oficial dos monarcas desapareceu antes da coroação
desse rei e reapareceu durante o reinado do rei Rambutan.
Quando eles abriram o registro para registrar o reinado do
Rei Rambutan, eles notaram algo peculiar onde o reinado de
dois meses deste rei deveria ter sido registrado.
Na ampla lista de caligrafia bem escrita e cuidadosamente
escrita, marcando a ascensão e passagem dos monarcas
anteriores está o rabisco apressado: “O reinado existe. Daí
surgiu o popular jogo infantil “Rei da colina” e a rima cantada
sempre que alguém chegava ao topo da colina: “Que reine
por muito tempo, Como o bom e velho Qual-o-Seu-Nome”.
Naturalmente, os monarcas da Qualicidade não acham isso
muito engraçado.
A Escola Hipiah
A Escola de Hippiah é um prédio modesto nos arredores da
vila de Ponta do esquilo. A escola é um conjunto de edifícios
em forma de “U” que foram se conectando ao longo do
tempo. Um dos edifícios é uma combinação de cozinha e área
de armazenamento de alimentos (sem dúvida para preparar
os saborosos produtos cultivados pelos alunos da escola).
Os edifícios restantes servem como espaço de convivência,
escritórios e salas de aula onde os alunos aprendem os
melhores pontos da magia de Hipiah.
A escola fica próxima a um riacho alimentado por uma
cachoeira logo acima da escola. O riacho alimenta um moinho
ao lado da escola, que é usado para triturar e processar grãos
para pães e cereais. O riacho é o local preferido para beber
de vários animais que pastam ao longo das margens. No topo
da estufa está um grande reservatório que coleta e armazena
água usada para beber e cozinhar, e também para regar as
plantas na estufa. A magia de Hippiah prefere misturar seus
edifícios entre as raízes das árvores, e a torre mais antiga
foi construída sob as raízes de uma dessas árvores. O musgo
cresce no telhado dos edifícios. Eles são simples e diretos:
a opulência de Hipiah está no solo e nos campos, não em sua
arquitetura.
Também pode fazer com que os alunos sintam que não
pertencem. Vários professores, incluindo o querido
instrutor Millet, tentaram mudar essa crença, mas a pressão
pelo perfeccionismo perdura.
Muitas das aulas são ministradas ao ar livre (se o tempo
permitir), onde os alunos podem praticar seus feitiços de
crescimento em solo real. Durante o mau tempo, os alunos
podem ser encontrados cuidando das estufas, aprendendo
várias técnicas de cozinha ou aperfeiçoando seus feitiços.
A Escola de Magia Aquah
A Escola de Aquah é uma série modesta de cavernas
subaquáticas localizadas nas partes mais profundas das
águas de Hereva. É isolado das principais cidades e vilarejos
de Aquah, na esperança de que um local mais silencioso
e plácido possa ajudar no aprendizado dos alunos. Isso
também ocorre porque as lições de Aquah são ensinadas por
telepatia e outras pistas não-verbais, então a concentração
é essencial. Musgo fosforescente adorna as paredes, que
complementa as demais plantas luminescentes que iluminam
as cavernas. Várias das cavernas foram transformadas em
salas de aula, enquanto outras áreas servem como escritórios
improvisados ​​para os funcionários. A escola atua como uma
área comum onde alunos e professores comem, dormem e
aprendem juntos. Os alunos são livres para deixar a escola
sempre que acharem que aprenderam o suficiente,
Os alunos são obrigados a passar em um exame de
admissão simples para determinar se estão prontos para os
desafios que virão. O exame varia dependendo de quem o
supervisiona, e pode variar desde uma simples memorização
e exercícios de recitação por telepatia até um exame mais
rigoroso. A escola se torna mais seletiva conforme aumenta
o número de matrículas, com alguns anos fazendo com que
os alunos realizem manipulações aquáticas complexas para
descobrir qualquer aptidão natural. Normalmente, essas
tarefas são reservadas para alunos de nível superior. Isso
fez com que muitos alunos treinassem rigorosamente para
serem admitidos, apenas para perceber que ultrapassaram
os primeiros anos de treinamento escolar. Essas práticas
resultaram em muitos alunos entediados nos primeiros anos
de escolaridade. Alguns alunos começaram a ensinar os
níveis mais baixos dessas classes, o que libera os instrutores
para ministrar as classes de nível superior. Isso tem levado
a situações estranhas em que os alunos chegam à escola e
começam a ensinar antes de terem feito a primeira aula.
É raro que alguém de fora da comunidade Aquah seja
admitido na Escola. Exceções foram feitas para alunos
especialmente superdotados, mas os exames para esses alunos
são bastante desafiadores. O primeiro desafio é aprender a
respirar debaixo d’água, o que pode ser difícil para quem
está acostumado a respirar. Aqueles que podem aprender
a se sentir confortáveis ​​debaixo d’água são submetidos a
uma série de exames para testar a comunicação não-verbal,
telepatia e resistência. Esses testes são difíceis e apenas
alguns alunos sobreviveram ao processo de exame.
Muitas aulas são ministradas como diálogos telepáticos
entre professor e alunos. Um instrutor fará uma pergunta
sobre como alguém pode realizar uma determinada tarefa
e os alunos fornecem suas respostas. Isso continua com
cada aluno demonstrando sua resposta para a satisfação do
instrutor e dos outros alunos. Todas as tradições e feitiços
de Aquah são transmitidos desta forma e têm sido assim por
gerações de alunos. Não foi até recentemente que Spirulina
descobriu um esconderijo de feitiços escritos e documentos
que foram guardados porque um instrutor acreditava que os
alunos aprendiam melhor por meio da recitação telepática.
Isso levou a um renascimento de feitiços que antes eram
esquecidos ou não considerados importantes, sendo
reintroduzidos no currículo, mas também mostrou algumas
das fraquezas nos métodos de ensino tradicionais.
A natureza comunal da escola Aquah fornece áreas para
dormir, comer, fazer exercícios, treinar e meditar. Existem
também áreas ao redor da escola que ficam próximas a jatos
de água quente usados ​​para relaxamento e esfoliação. Os dias
são bem regulados, com a maior parte da escola acordando,
dormindo e comendo na mesma hora. Aquah costumava ser
muito rígido com a programação, mas ultimamente eles se
tornaram mais relaxados. Os alunos podem ter permissão para
comer em horários diferentes se receberem tal permissão do
diretor da escola. Alguns dos alunos mais velhos têm mais
liberdade e podem ter sessões de estudo independentes
perto da escola. Há algum debate entre os instrutores sobre
se isso é benéfico para os alunos e anseiam pelas abordagens
mais rígidas e disciplinadas do passado.
Sistema de tempo
Horas: Os dias são formados por 24 Luas em Hereva,
semelhantes às nossas 24 horas. O formato de relógio de 12
horas com 'PM’ ou 'AM’ usa PinkMoon e AirMoon. O formato
de relógio de 24 horas usa luas. (por exemplo, 15h = 3 lua-
de-rosa = 15 luas, o mesmo para 2h = 2 lua-de-rosa = 2 luas)
PinkMoon: semelhante a PM (pós-meridiem, “depois do
meio-dia”)
AirMoon : semelhante a AM (do latim ante meridiem, que
significa “antes do meio-dia”)
O Calendário Hereviano
O calendário de Hereva é baseado em um calendário de 13
meses consistindo de quatro semanas com sete dias por
semana. Os meses são um tanto enfadonhos em Hereva,
chamados de Primeiro, Segundo, Terceiro e assim por
diante. Houve um tempo em que havia nomes mais criativos
para os meses, mas foram alterados depois que ocorreu um
erro flagrante na cobrança de impostos. O erro aconteceu
quando alguém que preparava os formulários interpretou
incorretamente “Thistlebury” como “Sisalbury” como a data
de vencimento. Isso causou confusão sem fim para todos os
envolvidos, e a cobrança de impostos daquele ano aconteceu
muito mais tarde do que o previsto. A partir de então, os
meses foram determinados pela Royal Collection Agency para
serem breves e nomeados de forma inequívoca. Esses são os
métodos da burocracia real.
Cada dia tem um nome relacionado a cada uma das seis escolas
de magia em Hereva, com o sétimo dia denotado como um dia
para todas as escolas (ou, como alguns cínicos podem inferir,
nenhuma das escolas). Os nomes foram escolhidos seguindo
uma sequência alfabética: A, B, C, D, E e F, com o sétimo dia
quebrando a convenção usando “0x”.
Os dias são:
Azarday : Vindo da palavra francesa 'Hazard’, escrita em
fonético 'Azar’. É o dia de 'Chaosah’. Na cultura Hereva, é
um domingo semelhante. Um dia de trabalho livre. Eventos,
desafios costumam acontecer no Azarday. (ref: episódio
3, Desafio de Poção no Azarday) , Personagem em relação:
Pepper
Babkaday : Vindo do leste da Europa (polonês, bielorrusso,
ucraniano e russo), descreve um brioche como bolo de
fermento doce. Babkaday é o dia de 'Magmah’. Personagem
em relação: Saffron
Cetoday : Vindo de 'Ceto’, a deusa do mar primordial grega
ou monstro marinho. Este é o dia de 'Aquah’.
Donday : Vindo da mitologia irlandesa e celta, deus: Donn,
ou o Escuro, é o Senhor dos Mortos. Este dia está ligado à
magia da morte, 'Zombiah’. Personagem em relação: Coentro
Eggday : Vindo da palavra inglesa 'egg’, este é o símbolo
bem conhecido para muitas representações da vida. Este é o
dia em relação a 'Hippiah’.
Fookuday : Vindo do deus Fukurokuju (fuku que significa
“felicidade”). Ele é um dos Sete Deuses da Sorte na mitologia
japonesa. Este dia é em relação à magia do 'Ah’. Personagem
em relação: Shichimi
Dia do Zero: Vindo do número zero, que representa todas as
escolas da Hereva, este dia é considerado um dia especial de
descanso e relaxamento.
A maior parte do Hereva passa o dia relaxando, embora muitos
administradores aranha tendam a trabalhar nesse dia porque
o aumento do tráfego de navegação tende a estressar a rede.
Os administradores de aranha têm um ditado que diz que eles
não descansam no Zero’s Day depois de passar muitas horas
garantindo que a rede esteja operacional.
Há um equívoco comum de que o dia de Zero foi nomeado
após o famoso administrador / filósofo Zero, que idealizou o
Paradoxo de Zero. O paradoxo começou com uma pergunta:
se um pacote atravessa metade de um cabo de rede e,
novamente, atravessa metade do cabo de rede restante, o
pacote chegará ao seu destino? Embora isso tenha profundas
implicações filosóficas para o nosso conceito de infinito,
foi menos bem recebido pela administração de Zero, que
descobriu que é usado como uma explicação para o porquê
de a rede estar funcionando tão lenta e insatisfatoriamente.
A notação “0x” é usada como uma abreviatura para o dia do
Zero, pois é uma forma útil de denotar que o dia celebra todas
as escolas de magia e não destaca nenhuma em particular
para aquele dia. Também celebra as criaturas não mágicas de
Hereva e significa novos começos. (ref: episódio 23, o Gênio
do Sucesso se refere a todos os sete dias da semana como
momentos em que ele possibilita o sucesso)
A maneira adequada de denotar todos os sete dias da semana
de Hereva é usar a seguinte notação: “0xABCDEF”. Essa
convenção surgiu porque o ABCDEF0x, de acordo com o
Instituto Hereva de Padrões e Medidas, “parecia realmente
estranho e nunca deveria ter sido considerado em
primeiro lugar”.
No início da vida da árvore, havia ramos mais velhos
que caíram da Grande Árvore. Os cidadãos de Komona
perceberam que os ramos da Grande Árvore permitiam
um fluxo considerável de Rea. Os galhos podiam flutuar
como a própria Grande Árvore com esforço mínimo.
Com o tempo, os ramos ocasionais que caíam da árvore
tornaram-se o centro da economia Komonana, que
exportava a madeira para toda a terra de Hereva. Um
mercado centralizado surgiu em Hereva, onde a madeira
e outras mercadorias mágicas da árvore podiam ser
compradas. Komonanos empreendedores, ansiosos para
colher mais madeira, descobriram que com cuidado A
Grande Árvore poderia ser podada para reunir mais
madeira Komonan em vez de esperar por ela. A árvore
exibiu uma notável capacidade de se curar, criando um
novo crescimento na área podada. Isso fez com que a
árvore crescesse em formas estranhas e o Projeto de
Embelezamento Komoniano solicitou que apenas um
punhado de arboristas treinados cuidassem da poda da
árvore. Viajantes de todo Hereva vêm a Komona para
testemunhar a Grande Árvore e comprar varinhas,
bugigangas e outros itens feitos com a Grande Árvore.
Existe até uma lenda sobre um Komoniano que construiu
uma mesa e cadeiras de madeira da Grande Árvore. À
medida que construía seus móveis, a Rea que gerava
infiltrar-se na madeira e, quando se sentava para
comer, ele e a mesa flutuavam para longe. Os pais de
Hereva contam essa história para seus filhos pequenos
como um incentivo para terminar a refeição (“Esse
prato é muito pesado para a mesa. Melhor terminar mais
ou a mesa não vai voar!”) Existem lendas de que a seiva
da Grande Árvore pode ser usada para colher Rea ou
criar poções voadoras. As tentativas de bater na árvore
para colher a seiva falharam por causa dos notáveis​​
poderes de cura da árvore. Essas tentativas fracassadas
resultaram em espigões que se partem ao meio (às vezes
com grande força), brocas que se alojam no tronco
e, em seguida, são expelidas (às vezes com grande
força) ou pior (geralmente com grande força). Komona
proibiu qualquer tentativa futura como precaução
de segurança, mas a isca é ótima e algumas oferecem
grandes recompensas caso a seiva seja extraída.
À medida que a árvore amadurece, a colheita de madeira
da árvore diminui. Itens que são madeira pura Komonan
alcançam preços ridículos e a maioria deles é vendida
exclusivamente em leilão. É raro encontrar itens com
madeira Komonan pura, pois todos os itens vendidos
ou leiloados hoje são misturas de madeira Komonan e
outras madeiras mais baratas. Eles são criados usando
um feitiço Magmah que mescla as madeiras para criar
um material mesclado. As bruxas hippiah não aprovam
esse processo. Eles acreditam que a fusão de madeira
é uma aberração da planta original e, em vez disso,
optam por comprar ou fabricar suas próprias vassouras
e varinhas que não usam esse processo.
 Capítulo 7
Regras Bás
Básicas
icas
Os Testes
Os jogos de RPG entrega desafios aos personagens, en-
quanto estes constroem uma história em conjunto. Ligan-
do suas Características, Habilidades e Ferramentas aos
elementos apresentados pelos narradores, cenário, PDMs
e quase sempre se relacionando diretamente com a história
do próprio personagem.
Sempre que houver a necessidade de um personagem re-
solver algum conflito, usar uma habilidade ou qualquer ou-
tra situação em que possa existir a dúvida sobre se ele con-
segue ou não, este será o momento de um Teste. Os Testes
são uma forma direta e clara para a resolução de conflitos
dentro do Sistema Spice, sendo realizados com a contagem
de sucessos rolados com base em uma Reserva de Dados.
O que é a reserva de dados?
A reserva de dados é a forma utilizada para a resolução
de conflitos em Pepper&Carrot - Aventuras em Hereva. É
composta pela soma dos dados de uma Habilidade e de uma
Ferramenta adequada a determinada situação.
Habilidade: São todos os conhecimentos, treinamentos,
técnicas e práticas que um personagem possui ou pode
165
aprender e desenvolver durante sua vida e serão sempre
utilizadas como base dentro do sistema SPICE.
Ferramentas: Uma ferramenta é um objeto, item ou pro-
duto utilizado para auxiliar ou melhorar o uso de uma Ha-
bilidade. Uma ferramenta possui diversos usos diferentes
dentro de uma cena ou situação, sendo um recurso que fala
mais sobre como utilizar um objeto ou item do que como ele
foi feito ou o seu propósito original, mas é claro, desde que
faça sentido naquele momento.
Exemplo: Salvi precisa rolar um teste para saltar um fosso,
para isso precisará jogar um teste de Esportes. Sua reserva
de dados em Esportes é 3 dados, Salvi possui também está
usando Botas de Saltar que concede 1 dado a sua reserva.
Assim, Salvi possui 4 dados em sua reserva para esse teste.
Entendendo os dados
Aventuras em Hereva utiliza dados simples de seis faces
(D6) para TODAS as rolagens durante o jogo. Para obter
1 sucesso em um teste qualquer, o jogador precisa obter
valores menores ou iguais ao seu nível na Característica
usada para o teste.
Exemplo: No teste de Esportes, Salvi possui 4 dados na
reserva. Possui também 3 níveis na Característica Destreza.
 O teste é rolado da seguinte maneira: A jogadora ou gastar um dos seus traços negativos para transformar o teste
jogador rola 4 dados (Reserva de dados) com dificuldade 3 em uma Falha Crítica, que vai atrapalhar seu personagem da
na rolagem (Característica). Dessa forma, cada número três pior forma possível, isso sempre levando em questão como
ou menor é considerado um sucesso no teste. Quanto seu familiar prejudicou toda a situação. Para impedir isso, o
mais sucessos, melhor sucedido foi a personagem. jogador pode gastar um de seus traços Bons para cancelar a
Falha Crítica, a transformando em um Sucesso Decisivo, que
ajuda o personagem.
0 Nenhum O personagem não obteve sucesso
Caso o narrador não tenha os Traços Ruins do mascote para
O personagem conseguiu o que queria, po- utilizar, ou não queira usá-los naquele momento, o joga-
1 Suficiente
rém sem nada extraordinário. dor tem a chance de mudar a situação, gastando um traço
Bom. Tornando o teste um Sucesso Decisivo para o joga-
O personagem foi eficiente no teste e os
2 Eficiente dor, onde ele foi além das expectativas, e o Narrador NÃO
oponentes terão trabalho para superá-lo.
PODE impedir essa escolha (ele teve a chance antes).
O personagem foi ótimo no teste, de forma Assim tudo se torna um jogo de Xadrez. Se o Narrador gas-
3 Ótimo sutil, firme e/ou graciosa. Se houver público tar todos os traços Ruins o muito rápido, e o jogador con-
assistindo alguns aplausos serão ouvidos. trabalancear gastando os seus traços Bons, o mascote terá
O personagem foi espetacular. Em uma situ- gasto todos os traços de início do jogo. Porém se o jogador
deixar as Falhas Críticas acontecerem, ele terá traços Bons
4 Espetacular ação com público, o personagem será ova-
cionado com fortes aplausos. Ele merece! sobrando para usar em um momento mais emocionante do
jogo, sem ser impedido pelo narrador. E no fim das contas,
Uma coisa a ser contada nas histórias. Um recuperar os traços usados requer uma aventura dos fami-
5 Glorioso ato digno dos maiores heróis, demonstrando liares, o que cria uma nova aventura em si.
um talento dificilmente visto.
Recuperando os traços
166
Para recuperar traços de personalidade, tanto os positi-
Dois elementos importantes são se o personagem tiver zero
vos quanto os negativos, o grupo deverá jogar aventu-
dados em sua reserva (ele tem 0 na habilidade e não está
ras com os mascotes. Para cada história contata com os
usando uma ferramenta adequada), ou se tiver mais de 10
mascotes, 2 traços de personalidade (um bom e um ruim)
dados. Quando ele tiver zero dados, ele não pode rolar ne-
serão recuperados conforme o desempenho dos jogado-
nhum teste do tipo, e se tiver mais de 10 dados, ele rola
res em lidar com a história dos mascotes. A decisão final
no máximo 10 dados. Mas isso pode ser alterado com as
sobre quais traços são recuperados cabe ao nar-
Evoluções dos dados e características.
rador que deverá decidir de forma
Para Evoluir uma característica, o jogador pode PERDER justa sobre o comportamento dos
3 dados de sua reserva, e aumentar sua característica no mascotes.
teste em +1. Ele pode fazer isso quantas vezes ele quiser,
desde que tenha dados em sua reserva.
Para Evoluir um dado, o jogador pode PERDER 1 em sua
característica que irá testar para ganhar +2D em sua re-
serva. Isso pode ser feito quantas vezes ele quiser, desde
que sua característica nunca baixe de 1.
Outro elemento importante são os números Seis e Um. Sem-
pre que uma rolagem obter o número seis na maior parte
dos dados rolados se obtém um resultado notável. Quando
isso acontecer, existe a chance de ocorrer uma
Falha Crítica ou um Sucesso decisivo. E
essas duas opções são baseadas nos tra-
ços de personalidades dos familiares.
O narrador possui a iniciativa de
 Machucado: personagens na condição machucado per-
dem parte de sua capacidade de ação devido a dor e impos-
Saúde e Combate ta pela condição. Assim, diminua em Um Dado a reserva de
O combate é de fato o grande momento na maioria dos jo- dados do personagem para todos os testes.
gos de RPG. Em Aventuras em Hereva o combate existe e é
Ferido: Um personagem ferido se encontra em uma condição
importante. Porém diferente de outros jogos onde o objeti-
perigosa, precisará de cura ou cuidados contínuos para tratar
vo principal do combate é destruir os inimigos da maneira
as suas feridas de maneira adequada. Quando nesta condição,
mais efetiva possível em Aventuras em Hereva o objetivo
o personagem deverá eliminar 1 Dado de sua reserva.
do combate é ser divertido, criativo e inusitado.
Lesionado: Um personagem lesionado encontra-se quase
Nossa ideia base para a construção das batalhas e do siste-
sem condições de agir em combate ou fora dele. Quando o
ma de combate é utilizar condições de ferimento como de-
personagem recebe uma ou mais condições Lesionado es-
finidores das consequências do combate. Por exemplo, ao
sas não serão curadas de maneira simples (ataduras, magias
invés de pontos de vida que definem e resumem a distân-
ou poções) sendo necessário um lugar seguro para descan-
cia que o personagem se encontra da morte, Aventuras em
sar e se recuperar. Um personagem Lesionado deverá e
Hereva trabalha com Pontos de Saúde, que são descritores
recuperar Dois Sucessos de todos os testes realizados. No
que informam a condição ou condições que o personagem
fim da cena onde o personagem adquiriu a condição Lesio-
se encontra ou recebe durante o decorrer batalha.
nado ele assumirá também a condição Enfermo (veja abaixo)
Em resumo, o personagem perde pontos que são atrelados
Incapacitado: Um personagem incapacitado perderá
às condições, e essa condição define o estado de saúde
TODA a sua parada de dados e não poderá executar nenhu-
do personagem. Existem cinco condições comuns que
ma ação de combate até que seja curado ou se recupere.
são: Saudável, Escoriado, Machucado, Ferido, Lesionado.
Quando fora de combate e acordado poderá executar ações
Além dessas existem duas características especiais, sendo
simples como andar, tratar, ferimentos (seus ou de outros),
elas incapacitado e enfermo. Acompanhe abaixo o descritor
se alimentar ou acender uma fogueira por exemplo
de cada uma das condições:
Enfermo: Quando um personagem recebe a condição 167
Saudável: Um personagem na condição saudável não
enfermo ele estará literalmente doente, isso pode ser algo
possui ferimentos ou possui ferimentos tão leves que não
mundano como uma doença, veneno ou lesão qualquer ou
recebe nenhum tipo de impedimento ou redução de dados
algo mágico, como uma maldição. Quando nesta condição o
em suas ações.
personagem recebe um redutor de três sucessos em todos os
Escoriado: Um personagem escoriado recebeu marcas seus testes e deverá descansar ou tratar de sua enfermidade
visíveis vindas de combate e ou situações semelhantes, até estar curado, ou deverá eliminar um Ponto de Caracterís-
ainda não sendo o suficiente para reduzir os dados de ação tica para cada nível da enfermidade adquirida, acompanhado
dos personagens, porém já sendo necessários cuidados também por uma semana de descanso absoluto.
para diminuir a dor.
 O Combate
As Fases de Combate
O sistema de combate de aventuras em hereva é simples e
direto. Ele é dividido em três fases que se ligam e se com-
plementam formando uma rodada.
Fase de Movimento
1 O narrador posiciona e move seus personagens
2 Os heróis posicionam e movem seus personagens
Fase de Ação
Os heróis agem (atacam, fazem magias
1
e usam itens)
2 Os personagens do narrador agem
Fase de Ajuste
O Narrador revisa se o combate acaba ou se as
168 situações modificam
O Narrador reinicia a rodada
Movimento: O movimento é igual a Destreza + 3
do personagem, mais quaisquer habilidades que melhorem
o movimento. O mínimo que um personagem tem de movi-
mento é 1.
EXTRA: Algumas habilidades e perícias usam a movimen-
tação do personagem ao invés da ação normal.
Exemplo: Testar percepção no meio de um combate para
localizar um item no meio de um monte de objetos pode
consumir a movimentação do personagem.
Terreno Normal: 1 Ponto de Movimento por desloca-
mento do personagem. (piso sólido, terra batida, piso de
madeira e outros).
Terreno Difícil: 2 pontos de Movimento por deslocamen-
to. (Terra mexida, terreno íngreme, lama raza entre outros).
Terreno Árduo: 3 pontos por movimento (escuridão to-
tal, neve ou gelo, pantano ou água até a cintura e outros).
Outros tipos de terreno podem pedir testes de Esportes
para poderem ser sobrepujados (como pilhas de entulhos,
barreiras, buracos). Este tipo de terreno requer um teste
de perícia como parte do movimento, gastando ½ do movi-
mento do personagem.
Elevações
Cada nível de elevação consome 1 ponto de movimento
para ser alcançado, essas condições podem acumular-se
com outras condições de terreno, até um máximo de 6. Os
personagens que possuem a habilidade de voar ficam livres
das condições de movimento.
Fase de Movimento
Elevação 0 Nivelado com o personagem.
Elevação 1 Igual a altura do personagem
Elevação 2 Igual ao dobro da altura do personagem
Elevação 3 Igual a 3x a altura do personagem.
Como dito acima, alguns tipos de terreno podem pedir
testes de esportes para poderem ser sobrepujados. (pare-
des altas, muros, árvores e afins). Esses tipos de terrenos
requerem um teste de perícia como parte do movimento,
gastando metade do movimento do personagem para isso.
Ordem de Ação
Todos os personagens envolvidos em combate têm direito
a uma Ação dentro da Rodada. Os jogadores planejam em
conjunto o que vão fazer e em que ordem Depois declaram
para o Narrador. Essa ordem de ação será mantida durante
toda a cena, sendo que a única exceção a isso são habilida-
des específicas (por exemplo algumas técnicas de Cadete).
Depois disso segue-se a Rodada de Combate normalmente,
como mostrado acima.
Ação Simples
A maior parte das ações que acontecem dentro de um com-
bate são chamadas de Ações Simples: Ataque, Defesa, usar
Magias, Técnicas e Ferramentas. Essas ações são a base de
todo combate, sendo um guia simples e direto no funcio-
namento do jogo, possibilitando aos jogadores declararem
suas ações de maneira simples e rápida.
Ataque: O ato de agir contra outro personagem durante o
combate é chamado de ataque. Para isso, é necessário que
o personagem esteja em sua Ação dentro da rodada e possa
agir. Declare quem ou o que o personagem vai atacar e for-
me a reserva de dados: Ataque + Ferramenta, a dificuldade
é o valor de sua característica relacionada (como explicado
acima.) Cada resultado é 1 Sucesso que deve ser reduzido
do teste de defesa e o excedente deve ser reduzido da Vi-
talidade do oponente.
Defesa: A Defesa é o quão bem um personagem consegue
evitar o Ataque de um oponente. Para isso é necessário o
personagem rolar um teste de Defesa + Ferramenta, com
a dificuldade sendo valor de sua característica relaciona-
da (como explicado acima.) cada resultado diminui em 1 o
sucesso do oponente. O excedente deve ser reduzido da
vitalidade do personagem. Normalmente quando um per-
sonagem for atacado e puder se defender ele terá direito a
um teste de defesa, personagens imoveis, presos ou des-
maiados não poderão jogar Defesa.
Magias: As magias são os efeitos da manipulação da REA
pelos personagens. Durante o combate a magia possui ape-
nas duas formas, podendo ser magia Agressiva ou magia
Defensiva. A informação sobre as magias, seus tipos e efei-
tos serão abordadas em um tópico específico a frente.
Técnicas: As Técnicas são habilidades especiais utiliza-
das pelos personagens não mágicos (Cadetes, Caçadores de
Tesouro e Mascates). Algumas dessas habilidades podem
utilizar REA para a sua ativação, porém não necessaria-
mente é obrigatório para o uso de todas as técnicas. Você
poderá encontrar a descrição das técnicas junto às des-
crições das escolas relacionadas.
Ferramentas: O uso de ferramentas (itens, objetos, po-
ções entre outros).
Ação Concentradas
Algumas ações precisam de um tempo maior dentro do jogo
para serem concluídas. Essas ações são relacionadas ao uso
de técnicas, alguns equipamentos e REA e são resolvidas
da seguinte maneira: Uma ação concentrada demanda que
o personagem fique por no mínimo uma rodada completa
concentrando sua energia.
Quando esse tipo de ação é utilizado, o jogador declara que
está utilizando um item, técnica, magia entre outros, após
isso deverá aguardar todos os outros personagens agirem,
caso não seja interrompido, quando a rodada chegar no-
vamente ao personagem (na parte de movimentação), ele
poderá liberar o efeito e jogar o teste.
Apenas as Bruxas podem concentrar a REA por mais de
uma rodada. Isso acontece devido ao preparo e estudos
aprimorados e específicos da vocação, não podendo ser
replicado por nenhuma outra vocação. Sempre que dois
personagens se concentrarem ao mesmo tempo, o primeiro
a lançar o efeito será aquele com o maior número de dados
em sua reserva.
Ações prolongadas
Sempre que um personagem desejar agir contra outro a
169
ação será considerada um ataque. Entretanto, em algumas
situações esse ataque se torna uma ação prolongada (como
por exemplo quando um personagem prende outro). Nessas
situações o teste inicial é um teste de ataque normal, porém
se o personagem atacante for bem sucedido, ele iniciará
a próxima rodada com vantagem de UM ÚNICO resultado
para manter a ação.
 Perigos e Ameaças
O
mundo de Hereva é cheio de desafios e perigos.
Muitas vezes os personagens se colocam ou aca-
bam sendo colocados em risco iminente ou em
situações ameaçadoras onde terão que lutar, superar ou ne-
gociar com toda sorte de criaturas, animais entre outras ame-
aças, para conseguir sobrepujar ou derrotar esses inimigos.
Todos os perigos
funcionam no mesmo formato.
Nome: O nome do perigo, inimigo, armadilha ou dificuldade.
Descrição: Como é a aparência do perigo, o comporta-
mento e a personalidade caso seja uma criatura.
Ameaça: Quão perigosa e ameaçadora é o perigo. Este Va-
lor é o número alvo que o narrador precisa rolar no dado.
Para cada dado rolado com o valor menor ou igual ao dessa
característica ele obtém um sucesso para o perigo.
170 Poder: Quão poderosa é a criatura ou perigo. Este valor
é o número de dados que a criatura tem ao seu dispor
para executar testes de habilidades físicas, saltar, correr
entre outras.
Habilidade: Essa é a representação da capacidade inte-
lectual da criatura. É também a quantidade de dados que
a criatura possui para testes relacionados a habilidades
mentais como perceber, despistar, mentir e saber coisas
da criatura.
Movimento: É a quantidade de Hexagonos que o perigo
pode mover-se durante uma rodada.
Abalar: O número de vitalidade necessário para abalar o
perigo ou inimigo. Normalmente é 1/5 do total da vitali-
dade, mas alguns inimigos são mais difíceis de abalar ou
mais covardes.
Vitalidade: (pontos de vida da criatura): Quantos suces-
sos são necessários para desabilitar ou sobrepujar a criatu-
ra ou perigo. Significa tanto a vontade de lutar quanto os
pontos de vida em si.
Monstrices: As monstrices são definidas pelo que o ini-
migo ou perigo faz de melhor. Por exemplo, um Dragão
terá Dragãozices, o que significa que ele faz coisas que
um dragão faz (voar, cuspir fogo, incendiar vilas, comer
aventureiros inteiros) e assim por diante. Essas caracterís-
ticas são descritas uma a uma na ficha de personagem da
criatura. Quando o monstro utiliza sua monstrice, ele usa
sua Ameaça como característica. Todo e qualquer outro
teste (como no caso o dragão resolver tricotar) ele utilizará
2 como característica.
Abalado: Quando um monstro ou perigo recebe um ataque
em sua vitalidade igual ou superior ao valor para abalar, ele
fica estremecido e abalado. Ele perde sua monstrice du-
rante uma rodada inteira. Assim, se um dragão tinha Amea-
ça: Dragãozice (6), e 10 de Abalar, ele se defenderia com 6
de característica (faz parte de ser dragão ter escamas para
se defender). Porém, se ele receber 10 na sua vitalidade na
mesma rodada, ele fica abalado, perdendo Dragãozice, e
todas suas ações utilizam (2) como característica durante
uma rodada inteira.
Espólios: Quando um perigo é vencido ou sobrepujado,
ele pode deixar espólios. Role 2d6:
1,2,3,4 - Nenhum Espólio. Muito azar mesmo.
5,6,7,8 - Espólio Comum. Isso é o que normalmente o pe-
rigo deixa quando vencido. Se o perigo fugir, por acaso,
ele deixa esse espólio para trás.
9,10,11 - Espólio Raro. Esse espólio é mais raro que o co-
mum. Um perigo, se ameaçado pode deixar um espólio raro
para deixar escapar.
12 - Espólio Lendário. Esse é o mais raro de todos. Apenas
rolando 12 no 2D6 se consegue esse espólio. Normalmente
vale muitos Kos.
Exemplo de Perigo:
Nome: Troll das Colinas
Descrição: Grande como um casebre, com a pele verde
amarrozada cheia de verrugas, sujo de terra e musgo e com
cara de poucos amigos, praticamente nenhum para ser exa-
to, pois o Troll das colinas gosta de solidão. Ele vive no
alto de colinas que ele escolheu como casa, em pequenas
choupanas feitas de galhos, troncos, barro e folhas. Pas-
sa o dia procurando comida, ou se espreguiçando no sol.
Ele gosta muito de frutas grandes (como melancias) porque
as frutinhas pequenininhas não são boas para apaziguar a
grande fome que ele tem. Os trolls quase sempre preferem
coisas cheirosas e saborosas a coisas brilhantes e valiosas.
Toda caça que ele captura coloca dentro de um grande
saco que ele tem amarrado na cintura, normalmente “en-
contradas” próximas às fazendas da região que o troll mora,
o que costuma não deixar os fazendeiros felizes. O Troll das
Colinas normalmente não anda armado, mas em situações de
perigo, ele pode arrancar uma pequena árvore do chão e
usar como tacape entre outras monstrices de grande poder.
Perigo: 3 Poder: 8 Malícia: 1
Vitalidade: 20 Abalar: 4 Movimento: 5
Montrice: Bater com coisas grandes em coisas pequenas
Os Trolls das Colinas são fortes, grandes e corpulentos.
Não são muito espertos, é verdade, mas ainda assim, são
combatentes assustadores. Devido ao seu tamanho e poder,
eles costumam ser maiores do que a maioria das coisas ao
redor, e por isso usam coisas como troncos de árvores,
grandes rochas, e outras coisas menores do que eles para
bater em outras coisas menores do que eles. Três vezes
por combate, um troll da colina poderá no início de sua ro-
dada fazer um teste de malícia, se bem sucedido ele poderá
pegar algo menor do que ele (incluindo os personagens,
outros animais, árvores, rochas etc) e usar como tacape
ou arma de arremesso, isso acionará 4 dados ao seu poder
enquanto estiver usando o novo “equipamento”.
Monstrices:
- Colocar um personagem dentro de sua sacola.
- Pisar no chão com força causando um tremor.
- Derrubar árvores girando seu tacape.
- Agarrar um personagem com uma mão (causando paralisia)
- Rosnar ferozmente e assustar alguém (causando medo).
Quantidade de inimi-
gos:
Enfrentar um inimigo pode ser fá-
cil. Enfrentar um bando de inimigos é
complicado. Enfrentar um exército deles
é impossível. Não é porque um inimigo é 171
fraco que ele deve ser ignorado.
Inimigos em grupo são perigosos.
Quando um inimigo está em
BANDO, some +4D a todas as
coisas que ele faz em gru-
po. Ele continua atacando
normalmente, mas os outros
atacam juntos, sendo mais
difícil defender-se de um
bando. A quantidade
de vitalidade é aumenta-
da em +1/2 arredondado
para baixo, e seu abalar
aumenta proporcionalmente
(assim um Robin Shoot com Vitalidade
15 e abalar 3 fica com vitalidade 22 e
abalar 4). Ataques em área fazem efeito
dobrado contra um bando.
Quando um inimigo está em GRUPO,
some +4D a todas as coisas que ele faz
em grupo e dobre o numero de ações
que ele faz. Assim, se ele ataca 1 vez,
ele atacará 2 vezes por rodada. Sua
vitalidade e ameaça são dobradas.
 (assim um Robin Shoot com vitalidade 15 fica com vitali-
dade 30). Ataques em área fazem efeito triplicado contra
um grupo.
Quando um inimigo está em BANDÃO GRANDE, some +6D
a todas as coisas que ele faz e quadruplique o número de
ações dele por rodada. Triplique sua vitalidade. Ataques
em área fazem efeito quadruplicado em um bandão grande.
Se os dados do inimigo passarem de 10, divida os dados
pela metade e aumente a característica do inimigo em 1.
Combate e Consequências
O combate é um dos momentos preferidos pela enorme
maioria dos jogadores de RPG, em Pepper & Carrot isso não
é diferente, entretanto o combate e principalmente a vitó-
ria ou derrota possuem características próprias que serão
apresentadas aqui. Basicamente o combate segue um fluxo
normal, iniciativa, ações e resoluções os personagens se-
rão feridos, muito provavelmente derrotados e terão que
fugir ou se render ou ser capturados.
Raramente um personagem em Pepper & Carrot será obri-
gado a lutar até a morte (e nem recomendamos isso) porém
o combate até ser derrotado, desmaiado e capturado se-
rão comuns e necessários, recomendamos que o narrador
172
utilize essa situação para impulsionar a narrativa, crian-
do objetivos adicionais, as tão sonhadas side quests que
muitas vezes os jogadores buscam no decorrer da história
principal. Para auxiliar o narrador na criação de situações
consequentes a uma derrota, deixamos uma lista opcional
de situações e consequências úteis para a continuidade da
história. O narrador tem total liberdade para escolher um
dos modelos de consequência ou rolar uma de forma alea-
tória. Para rolar de forma aleatória
1) Enviados para às Minas: Os personagens foram der-
rotados, aprisionados e enviados às minas ou a algum outro
tipo de trabalho forçado pertencente ao vilão ou algum de
seus capangas. O narrador pode utilizar esta consequência
da derrota para apresentar a possibilidade de introduzir
novos personagens que os auxiliarão em um momento futu-
ro, como um professor, um artesão ou um curandeiro entre
outros. Podendo até mesmo introduzir uma comunidade
inteira que está sendo oprimida por algum vilão, como por
exemplo um grupo de Pixies que são obrigadas a coletar er-
vas mágicas, ou uma comunidade de anões que está sendo
forçada a minerar para os invasores.
2) Abandonados à própria sorte: Os personagens fo-
ram derrotados porém ao invés de serem capturados e apri-
sionados eles foram saqueados, tendo TODOS os seus itens
e equipamentos roubados e levados para algum lugar pelos
vilões. Em resumo os equipamentos dos personagens foram
levados e tudo o que sobrou foram as roupas do corpo,
sem nenhum item ou objeto de valor. Armaduras, escudos e
outros itens vestidos que não sejam as roupas são também
levadas e caso algum jogador alegue que não usava rou-
pas além das armaduras ele ficará apenas com as roupas de
baixo. Quando isso acontecer o narrador poderá utilizar a
situação para fazer com que os personagens passem alguns
apuros, sendo obrigados a buscar seus equipamentos como
os vilões usando sua esperteza e malandragem para conse-
guir recuperar seus pertences.
3) Deus Ex Machina Os personagens são derrotados
porém o inesperado acontece, um salvador surge para
proteger e salvar nossos heróis. O narrador poderá utilizar
esse recurso para adicionar uma chance dos personagens
encontrarem novos personagens ou para aprenderem que
às vezes a sorte está ao lado deles. Por outro lado é possível
que este salvador não seja revelado e que este guardião
sequer pode ser um aliado deles e o que parecia ruim pode
se tornar muito, muito pior para os personagens.
4) MacGuffin Nem toda derrota entrega somente situa-
ções ruins, algumas vezes uma informação importante ou
uma revelação que pode mudar o rumo da aventura será
ouvido enquanto os personagens estiverem semi cons-
cientes, ou encapuzados sendo levados para um buraco
escuro. O MacGuffin é de fato uma ferramenta de rotei-
ro, uma forma de entregar algo novo aos personagens e
principalmente apontar um novo rumo aos personagens.
Deixando ou não claro que o poder deles ainda não é o su-
ficiente para seguirem por este caminho e que ou algo pre-
cisa ser feito ou conquistado antes de retomarem o rumo
que estão seguindo. O Importante é que o MacGuffin seja
entregue aos personagens nesses momentos, o que é ou a
forma do MacGuffin não é realmente importante ou sequer
tem importância, o fato que é que ele deve existir e que é
possivelmente a chave para solucionar um grande proble-
ma ou entregar um novo rumo para a aventura. Algo como
o objeto selado na caixa de chaosah ou aquilo que pode des-
truir os planos do vilão e que está no cofre das montanhas
de fogo e assim por diante.
5) Cliffhanger ou em tradução livre “pendurados no
abismo” é um recurso divertido do cinema que pode dar
agitar a conclusão de uma derrota dos personagens, para
utilizá-lo o narrador deve ter o cuidado de estar no final
da sessão da semana. O Cliffhanger entrega um final in-
conclusivo algo como: Por fim o cadete é ferido caindo de
joelhos antes de perder a consciência, sua última visão é
um par de botas se aproxima em passos lentos… Continua-
remos na próxima semana.
O Cliffhanger é exatamente uma situação em aberto para
que seja resolvida na próxima sessão de jogo deixando a
curiosidade sobre como será a resolução da cena.
6) Aparentemente nada acontece Após algum tempo
os personagens acordam, os personagens estarão cansados
e machucados, porém estranhamente seus itens estão todos
ali, sendo um saboroso momento para plantar uma dúvida
sobre a real motivação do inimigo, talvez o vilão não seja
tão maligno, ou pior, talvez ele seja tão maligno que fez
algo que pode ser imperceptível aos personagens, utilizan-
do os como espiões ou ainda pior… a paranóia pode ser um
recurso e tanto para o narrador.
Danos e Efeitos
Depois de feitas as rolagens dos dados de Ataque os su-
cessos são contados e subtraídos do teste de Defesa do ad-
versário, o excedente é o dano e é reduzido dos pontos de
saúde e anotados na ficha de personagem, diminuindo os
pontos de saúde e adicionando as condições de saúde con-
forme a situação. Após isso o combate segue para as ações
dos próximos personagens dando continuidade a rodada.
Outros Riscos
Algumas vezes os personagens acabam se colocando em
situações onde o pior acontece, as regras abaixo visam co-
brir as situações mais comuns de risco aos personagens,
é claro que muitas vezes variações podem acontecer e o
narrador tem total liberdade de ajustar as regras conforme
sua necessidade.
173
Intempéries: Um dos maiores perigos para os personagens
é o clima e as mudanças climáticas, calor ou frio extre-
mos, chuvas fortes, nevascas e desmoronamentos são seus
exemplos mais comuns, é um tipo de situação extremamente
perigosa e que pode levar personagens ao risco de vida.
Quando expostos às intempéries os personagens recebem
uma nova condição de saúde a cada hora, em resumo, em
Seis Horas contínuas expostos a uma intempérie climática
o personagem passará de Saudável para Incapacitado, após
mais seis horas se tornará Enfermo e depois disso, caso não
haja mudanças ele morrerá devido aos efeitos da intempérie.
Queda: As quedas levaram mais personagens ao mundo de
Ah do que de fato gostaríamos de admitir, cair de grandes
alturas pode ser um hábito perigoso e que possivelmente
durará pouco tempo, pois causa uma grande quantia de
dano aos personagens. Para calcular este dano, o persona-
gem receberá 3 condições menos os Sucessos em um teste
de Vigor para cada três metros de queda livre. A quantia
de condições se acumulam e não é possível executar mais
de um teste de vigor para resistir ao dano.
Asfixia/afogamento: A asfixia e o afogamento também são
situações bastante perigosas, após três rodadas exposto a
condição de asfixia ou afogamento o personagem deve rolar
um teste de vigor representando sua capacidade de prender
 o fôlego, desta forma, após o teste o personagem recebe
condições equivalentes 3 - seus sucessos no teste de Vigor,
nas rodadas seguintes o personagem recebe uma condição
automática mais as condições referentes ao teste de Vigor.
A morte em Pepper & Carrot
Pepper e Carrot é um mundo onde a morte existe e se faz
presente, onde houveram e ainda existem guerras terríveis,
que fazem órfãos e provocam miséria e escassez por todo o
mundo. Dizem até que a morte em pessoa passeia por aí de
vez em quando, mas essa é apenas uma lenda contada por
assustar as pessoas, contadas à exaustão pelas bruxas de aH.
Por outro lado, raramente ocorre a morte de um perso-
nagem em uma sessão de jogo, afinal de contas este é um
jogo de aventura e descoberta, tanto do mundo quanto dos
personagens. Por conta disso, os longos dedos da mor-
te tendem a se manter longe de nossos jovens, valentes e
descuidados aventureiros, mas não significa que não possa
acontecer. Para que um personagem encontre o caminho
para as terras de Ah existem três passos que devem ser se-
guidos pelo narrador e jogadores, não é obrigatório porém
recomendamos que seja feito e quem sabe talvez até acon-
teça uma história inteira resgatando um amigo ou amiga
das terras do além vida.
174
1º passo - Esgotando os Recursos
O primeiro passo rumo a morte do personagem é o seu des-
gaste físico, mental e de recursos. A ideia aqui é que para
que o personagem encontre a morte ele deverá ter gasto
grande parte de seus recursos, itens, poções, magias, ha-
bilidades e Pontos de Saúde. Para que isso aconteça ao me-
nos Dois Requisitos devem ter sido marcados, por exemplo,
terem acabado os Pontos de Saúde e pontos de Rea e ou
utilizado todas as poções ou cargas de itens mágicos, ou
simplesmente não seus colegas de grupo terem falhado nos
testes de habilidade de cura ou magia ou em uma situação
onde isso não deveria acontecer. Quando esses requisi-
tos estiverem atendidos o Personagem estará em Risco de
Morte, vindo então o segundo passo, o Julgamento.
2º Passo - Julgando o Personagem
Quando o personagem se encontra em risco de morte, os
jogadores e narrador deverão analisar a jornada do per-
sonagem, observando as posturas, comportamento e ati-
tudes do personagem no decorrer da história, avaliar as
descobertas que o personagem conquistou. Se ele ajudou
as pessoas e principalmente se o ato que levou ele a tal
condição foi realmente um ato de valentia e heroísmo ou
pura e simplesmente uma tolice. Depois de avaliados esses
pontos os personagens devem responder ao narrador se
a morte do personagem avançaria a história, causando o
amadurecimento dos personagens envolvidos e tornando a
história diferente, sendo um ponto importante de mudança
dentro do jogo, se os Jogadores concordarem que a morte
será algo importante e impactante no conto então todos
devem votar e a maioria simples ganha votação.
3º Passo - A decisão
Por fim, a decisão resume as consequências relacionadas
ao falecimento do personagem. Para começar depois de de-
cidida pela morte todos os personagens vivos gastam dois
traços de personalidade, e adquirem dois pontos de perso-
nalidade relacionados a situação, alguns exemplos são: rai-
va, frustração, tristeza, desejo de vingança entre outros.
Para que esses pontos sejam removidos, os personagens
devem passar em dois testes feitos um a cada três sessões
de jogo. Caso bem sucedidos este luto será removido total-
mente no início da próxima sessão de jogo. Em caso de três
falhas o personagem não consegue superar o luto e deverá
assumir uma característica negativa relacionada a este luto
permanentemente, sendo estas separadas das característi-
cas de personalidade do Mascote e afetando diretamente a
interpretação do personagem, reduzindo a XP caso o nar-
rador considere que o jogador não interpretou este trauma
 Sistema Mágico
de maneira convincente.
A
magia é o ponto central no universo de
Pepper & Carrot. A magia é tão comum no
mundo de Hereva que personagem que pos-
suam até um nível em cada escola de magia é considerado
mundano, uma pessoa que utiliza a magia porém nem de perto
é um estudioso ou um grande entendedor sobre o assunto.
Para transmitir este conceito de maneira simples aos joga-
dores basta citar que é o mesmo que acontece com nossa
sociedade quando relacionada a tecnologia, se você parar
para analisar, as pessoas não necessariamente possuem co-
nhecimento sobre engenharia para utilizar diversas ferra-
mentas ou são analistas de sistema para utilizar um compu-
tador ou celular muito menos médicos ou enfermeiros para
tomar um analgesico ou um chá de ervas.
Em Hereva o princípio é o mesmo porém a matriz de fun-
cionamento do mundo é o que tratamos aqui como magia,
bastando que para acessar uma magia, um ritual ou fer-
ramenta mágica basta que o personagem possua o mesmo
nível de afinidade mágica que aquilo que deseja utilizar.
Magia e Conjuração
A magia em Hereva é constante e cotidiana. Em resumo,
quase a totalidade das pessoas utiliza algum tipo de magia
no dia a dia de Hereva, desde acender um fogo para fa-
zer chá, utilizar alguma ferramenta mágica para atividades
cotidianas e rotineiras, usar poções para curar doenças,
restaurar panelas ou simplesmente para tratar pontas du-
plas no cabelo.
O funcionamento do sistema de magias é bastante simples,
para realizar um efeito mágico o personagem deverá antes
de tudo declarar o que deseja fazer, com isso o narrador
deve decidir qual escola será mais adequada ao teste e
junto a ela decidir qual habilidade o personagem deverá
rolar Existem três tipos de testes de magia em Aventuras
em Hereva, são eles:
Misticismo: O teste de Misticismo é a forma mais simples
de utilizar magias em Hereva, servindo para ativar itens,
objetos e ferramentas mágicas, compreender efeitos de
poções, unguentos e outros tipos de preparos mágicos, a
enorme maioria das pessoas utiliza esse tipo de Teste de
Magia e é com ele que pessoas sem grandes habilidades
mágicas utilizam a Rea e a magia de Ah. Para utilizar esse
teste o Personagem deverá formar uma reserva de dados
com Misticismo + Ferramenta, e a dificuldade é o va-
lor da Escola de Magia (Característica) utilizada irá variar
conforme o tipo de magia utilizada.
Por exemplo: um soldado utilizará Misticismo + Ferra-
menta para ativar uma habilidade mágica de sua lança, sua
dificuldade será Magmah enquanto que um mascate uti-
lizará Misticismo + Ferramenta em seu ofício de reparar
panelas com um unguento de reparo mágico utilizando
Zombiah para ativação da pasta. Já uma dona de casa, uti-
lizará Misticismo para utilizar uma pedra de fogo ou Óleo
de Alquimista ou para um agricultor utilizar uma magia
simples de fazer chover.
Testes de Magia:
O teste de magia é utilizado por bruxas e bruxos para a utili- 175
zação do tipo de magia ao qual possuem afinidade. Para utili-
zar os efeitos deste tipo de teste o usuário deverá formar sua
reserva de dados da seguinte maneira: Habilidade (Estudo,
Improviso ou Item) + Ferramenta e a dificuldade do teste é
igual ou menor a sua afinidade com a escola utilizada.
Por exemplo: Linnien quer utilizar uma magia de Mag-
mah para acender uma fogueira, para isso ela utilizará sua
afinidade em na escola Magmah e sua habilidade de magia
Estudos, relembrando uma magia simples de criar faíscas.
Com isso ela forma sua reserva de dados 3 dados da habili-
dade mais 2 dados de sua ferramenta, uma varinha adqui-
rida de um mascate durante a viagem ponta do esquilo,
totalizando 5 dados. Sua afinidade com Magmah é 3, e a
jovem resolve apostar apenas um ponto de REA , e na rola-
gem a garota obtem dois resultados, mais do que suficiente
para criar fogo rapidamente
Os itens mágicos sempre estão ligados a uma habilidade
específica para serem utilizados. Apenas as bruxas e mago
podem utilizar inicialmente a habilidade Itens para ativar
essas ferramentas de maneira segura, porém sendo uma
forma de entender e manipular os itens, medindo e anali-
sando os poderes a eles relacionados.
Magia composta
 O teste de Magia Composta é utilizado quando dois ou mais
usuários de magia desejam executar um efeito em conjun-
to. Normalmente esses efeitos são magias poderosas e pe-
rigosas, utilizadas por praticantes de magias experientes e
especializadas. Para compor a reserva de dados para estes
testes o jogador que fará o teste deve adicionar: Uma Habi-
lidade (Estudos, Improviso, Itens) e os dados da ferramenta
mágica utilizada. Cada um dos participantes adiciona pon-
tos de REA equivalente a sua afinidade com a escola de
magia que irá utilizar, possibilitando assim o uso de muitos
pontos de REA em um único efeito, produzindo resultados
realmente incríveis.
Em Hereva (o mundo de Pepper & Carrot), o sistema mágico
não é um pentáculo de bruxaria clássica. Seria muito banal,
e Hereva odeia banalidade. O sistema de magia de Hereva,
ou “Caos e Evoluções”, modelou-se em seis escolas de magia.
Elas são representadas no diagrama do Triângulo Impossível.
Lendo o triângulo impossível
A melhor maneira de ler o Triângulo Impossível é visualizá-
-lo em vários eixos: no topo está a ordem e no fundo está o
caos. A esquerda é espiritual e a direita é material. Com isso
podemos ler as posições das diferentes escolas e entender
melhor suas afinidades.
176
Começando de baixo está Chaosah, aproveitando as forças
primordiais do caos e da física. Movendo-se para a esquer-
da, vemos Aquah , a fusão das forças indomadas do caos
com a ordem calma do espírito; tanto quanto a água pode
mudar de silenciosa e calma para áspera e tumultuada. No
canto superior esquerdo está Ah , representando a evolu-
ção para seres espirituais (seres que não requerem forma
física) e a ordem que vem de fugir da forma material.
O movimento certo é Hippiah, a combinação de aproveitar
os aspectos espirituais de todas as coisas vivas e usá-las a
fim de promover o crescimento das coisas vivas. No can-
to superior direito está Zombiah, que vê o espiritual como
algo a ser aproveitado para conduzir e animar o mundo
físico. Descendo em direção ao caos está Magmah , que
vê a ordem natural como algo a ser mudado e refinado por
meio da mistura de alquimia e caos.
REA - A Unidade Mágica
Pepper & Carrot habitam a terra mágica de Hereva. Hereva
nasceu das forças mágicas conhecidas como “Caos e Evo-
luções”. “Caos e Evoluções” (como são conhecidos) existem
dentro do cosmos e Hereva se formou quando os elementos
mágicos do cosmos evoluíram do caos. A natureza mágica de
Hereva o permeia tão completamente que qualquer pratican-
te de magia terá pouca dificuldade em encontrar os recursos
para manipular alguma forma de magia. É possível aprender
magia sem estudo, porém, os praticantes da magia devem
passar por um treinamento especializado para canalizar ade-
quadamente as energias mágicas dentro do mundo.
Magia em Hereva é diferente de nossos conceitos de Ki
e Mana. Como a magia formou o universo, ela é chamada
de “Rea”, que é uma abreviatura de “Realidade”. Rea pode
ser vagamente pensado como uma coleção de subprodutos
de uma tarefa. Ao se concentrar em fazer uma poção para
um ente querido, o praticante pode aproveitar um pouco
do Rea usado na criação da poção. Inversamente, se não
houver apego ou se o praticante for descuidado, o Rea é
perdida e deve ser obtida por outros meios.
Rea pode ser aproveitada pelos seguintes métodos:
O processo de convocação
O tempo ou duração ao fazer algo
Atenção, dedicação e cuidado
Ligação emocional
A Rea é usada em todos os aspectos da vida cotidiana em
Hereva. Os fazendeiros da vila de ponta do Esquilo usam Rea
para cultivar safras mais saudáveis ​​(e mais saborosas, como
os moradores locais irão atestar). Eles também usam Rea para
afastar os habitantes da floresta (o que também atesta o sa-
bor das colheitas em ponta do Esquilo). A maioria das bruxas
de Hereva não usa sua Rea para meras “tarefas”, preferindo
economizar seu uso para assuntos mais importantes. É por
isso que você encontrará bruxas fazendo coisas como cos-
turar um botão ou comprar carambobora no mercado, em vez
de invocar uma roupa nova ou uma carambobora: o custo
para reabastecer o Rea é maior que benefício.
A maioria dos praticantes não monitora ativamente o uso de
Rea. Eles podem sentir quando estão próximos do esgota-
mento e podem buscar maneiras de regenerar ou obter Rea
conforme necessário. A quantidade de Rea que uma pes-
soa pode manter / canalizar varia muito. Algumas pessoas
são capazes de carregar níveis luminosos de Rea. Algumas
bruxas são hábeis em canalizar e manipular grandes quan-
tidades de Rea sem a necessidade de acumular reservas.
Essa canalização pode ser perigosa; embora seja difícil
conseguir muita Rea, é possível que certos feitiços con-
sumam toda a Rea do lançador e da área ao redor. Esses
feitiços podem levar a resultados desastrosos.
O treinamento em uma das escolas de magia permite um uso
mais controlado e focado de Rea. Sem este treinamento,
Rea se torna mais uma “intenção guiada” do que um co-
mando direto de Rea. Por estudo cuidadoso, foco e desejo,
pode-se aprender a controlar Rea para se moldar a sua von-
tade. À medida que os herevanos aprenderam a controlar
Rea, eles rapidamente perceberam que esse poder poderia
causar estragos se não fosse devidamente ensinado, e for-
maram as escolas de magia para ensinar adequadamente as
várias maneiras de controlar Rea. Eles aperfeiçoaram seu
ofício por tentativa e erro e compilaram essas informações
em livros de feitiços e receitas de poções. Algumas escolas
tornaram-se mais sigilosas sobre seus métodos para con-
trolar Rea, enquanto outras permaneceram abertas a todos
os alunos (principalmente por necessidade, mas alguns por
causa dos estatutos de seus membros fundadores).
Magmah, Aquah e Hippiah são especialmente desenvolvi-
das para canalizar Rea para o mundo físico. Ah e Zombiah
focam sua Rea fora do mundo físico. Chaosah está sintoni-
zado com o mundo físico e não material.
Rea deve ser restabelecida de vez em quando. Embora a
Rea possa ser coletada de várias maneiras (meditação, foco
cuidadoso em um projeto, dedicação a um projeto, etc.),
isso leva tempo e esforço para ser alcançado. Certas poções
e ingredientes raros podem ser comprados para reabaste-
cer Rea, mas podem ser muito caros e são usados por
​​ um
número limitado de praticantes. Cuidado com quem afirma
ter inventado uma maneira de regenerar Rea sem esforço;
tais “máquinas Rea perpétuas” geralmente são pouco mais
do que esquemas “get-Ko-quick”.
Entendendo os níveis de Magia
A afinidade mágica ou o entendimento da magia no mundo
de hereva é definido por cinco níveis dentro do universo
de Aventuras em Hereva, esta relação de poder tem duas
funções simples, a primeira é mecânica, organizando os
níveis de poder utilizados para os efeitos mágicos, itens e
outros objetos. A segunda é a definição de status dentro do
mundo de Hereva, estruturando a sociedade do reino entre
usuários de magia ou não e atribuindo funções dentro do
mundo de hereva através deste nível de magia.
A evolução e aprendizado da magia é algo tratado com
muito cuidado no reino, por mais que a magia seja comum
e usual catástrofes mágicas não são incomuns, você en-
contrará melhores informações na seção sobre experiência
e evolução, mas de forma geral para que um personagem
aumente seu nível afinidade ele deverá evoluir primeiro
sua escola principal e somente depois elevar o nível das
177
 outras escolas até um máximo de cinco.
Nível 3 - Iniciado
Nível 0 - Leigo
Os personagens que chegam a 3 níveis de afinidade em
Personagens leigos não possuem nenhum tipo de afini-
no mínimo uma das escolas são considerados iniciados e
dade com a magia, desta forma não conseguindo utilizar
aptos a manipular e estudar as escolas de magia e seus
a Magia de Ah para compor feitiços normalmente, o que
elementos. Personagens com este nível de afinidade são
coloca personagens nessa situação em clara desvantagem
considerados Estudiosos de Magia. Vale a pena lembrar
em Hereva. Devido a isso, durante muitos anos foram de-
que para efetivamente possuírem este nível além de ter-
senvolvidas técnicas especiais de combate e manipulação
ceiro nível em uma escola deverá possuir 2 Níveis em
da Rea, dando origem às escolas conhecidas como Liceus,
cada uma das outras escolas de magia. Neste nível os
sendo suas técnicas exclusivas para os Leigos.
personagens estão aptos utilizar e manipular itens, po-
ções e objetos mágicos com níveis equivalentes aos que
possui sem penalidades.
Nível 1 - Mundano
Personagens que possuam até um nível em cada escola
de magia são consideradas mundanas, não sendo consi-
Nível 4 - Erudito
deradas pessoas que estudam magia efetivamente, seja
Um personagem com este nível de afinidade é considera-
por tempo, vocação ou interesse. A enorme maioria das
do um praticante de magia experiente, muitas vezes sendo
magias, poções, rituais mágicos, itens e ferramentas são
um professor ou instrutor. Quase sempre os Eruditos pos-
criadas para este nível de afinidade mágica, sendo comer-
suem suas próprias ocupações como praticantes de magia,
cializados em todos os cantos do reino para uso cotidiano.
servindo como servos em cortes ou possuindo seu próprio
laboratório e desenvolvendo experimentos de variados
tipos e muitas vezes desenvolvimento de algum tipo de
Nível 2 - Aprendiz
artefato ou objetos mágicos.
Os personagens que atinjam o Nível 2 em uma escola de
178 magia serão considerados aprendizes aptos, desta forma,
quando percebida a capacidade do personagem atingir
este nível de afinidade ele será encaminhado para ser
educado no estudo da magia, em uma das diversas esco- Nível 5 - Mestre
las para que possa iniciar seus estudos. A afinidade com Personagens que atinjam 5 níveis de afinidade em uma
uma escola de magia costuma se desenvolver no início escola de magia e quatro em cada outra é considerado
da adolescência e tende a aumentar durante toda a vida, um mestre. Sua habilidade e conhecimento é notável,
por isso o cuidado de pais e tutores em guiarem as crian- com o saber acumulado durante muitos anos, segredos
ças para educação formal sobre a magia a fim de evitarem que devem ser guardados com cuidado pois poderiam
o risco de catástrofes com a REA. colocar todo reino em caminho a destruição. Algumas
Os aprendizes possuem a capacidade de utilizar a Rea de vezes os mestres assumem o posto de diretores de Es-
forma ofensiva, podendo criar efeitos mágicos diretos colas, tutores e professores especializados, sendo que
improvisando a ligação entre um ou mais tipos de Rea, a busca da maestria em mais de uma escola torna-se uma
sendo este um dos principais motivos da preocupação dos obsessão para essas bruxas e feiticeiros poderosos.
poderes do reino em treinar adequadamente os jovens com
essa capacidade.
 Capítulo 7
Guia do Narrador
O
narrador possui a função mais trabalhosa, mas a
mais divertida em um jogo de rpg. Ele que guia os
jogadores pela história, narrando os resultados das
ações dos mesmos, julga quando dúvidas sobre regras ou
sobre o que pode ou não ser feito, estabelece as dificuldades
dos testes e desafios dos personagens, e ainda interpreta
todo universo ao redor dos personagens dos jogadores. É
um trabalhão! E mesmo assim, muitas pessoas amam ser
o narrador pela satisfação de poder guiar seus amigos em
grandes aventuras e histórias mirabolantes e divertidas.
Neste capítulo, ensinaremos a você, que quer ser o narrador,
o caminho das pedras, para que você consiga ser o melhor
possível e que suas histórias sejam lembradas eternamente!
Os princípios de um narrador
Os princípios de um narrador são o alicerce de onde tudo é
erguido. É o que guia cada ação do narrador e estabelece
como e até onde ele vai. Todas as ações de um narrador
devem ter base em um princípio, senão, não tem sentido.
Colocamos aqui alguns princípios para um narrador de
Pepper & Carrot Rpg:
Seja um fã dos Personagens
Um narrador precisa ser um fã dos personagens. Afinal a
história gira em torno deles, eles são os protagonistas. O
narrador precisa torcer para que os personagens consigam
o que eles querem, mesmo sendo ele que coloque os desafios
adiante. Afinal, não há vitória sem desafio. Seja um fã de
seus personagens e torça para eles.
Mostre um mundo fantástico
Quando falar sobre o cenário, as pessoas, as criaturas, os
objetos, o clima, o cheiro, sempre descreva o quão fantástico
é o mundo de Hereva. Coloque detalhes que saltam aos olhos,
e mostre para os jogadores que eles não estão mais no Kansas.
Jogue para ver o que acontece
Não adianta pensar toda a aventura e a deixar engessada.
Os jogadores, como bons jogadores que são, vão virar sua
aventura de cabeça para baixo. Não se prenda na história que
você pensou, pois eles vão tomar ações e caminhos que talvez
você não tenha imaginado. Então, jogue e veja o que acontece.
A história se forma pela ação dos personagens e não importa o
quanto você os tente manter na linha, eles vão seguir do jeito
deles. Como um fã dos personagens, siga junto!
Isso não significa que o seguimento da história depende
de passar ou não em um teste. Sempre dê espaço para que
os personagens tentem outros modos de sobrepujar uma
dificuldade, ou use a tática de “cair para frente”: Quando
falhar em um teste, você conseguiu passar, mas teve que pagar
um preço difícil. Assim os testes e dificuldades farão parte da
história, mas você e os jogadores não ficarão presos a eles.
Quando estiver em dúvida:
Pergunte e preencha
o mundo com as respostas!
Muitas vezes você não saberá como seguir adiante. Pergunte
aos seus personagens! “Quem é o estranho misterioso que
segue vocês pela floresta?”. muitas vezes, a resposta dos
jogadores será mais interessante que a sua ideia, e quando
você preencher o mundo com as respostas deles, eles se
sentirão parte da história.
As ações dos personagens
devem ter consequências!
Toda ação que um personagem faz muda a história de algum
modo. Mas mostre para eles que as coisas que eles fazem tem
consequências, boas e ruins. Às vezes uma boa ação, por
menor que seja, planta uma semente que vai trazer bons frutos
no futuro, e, quem sabe a garota que eles salvaram 3 aventuras
atrás não aparece para ajudar eles na hora mais difícil? O
contrário também acontece, se eles fizerem um inimigo, o
mesmo pode aparecer na pior hora para atrapalhar ainda mais.
Encha de aventura a vida dos
personagens
Os jogadores estão representando personagens em um mundo
fantástico! Oras, então encha a vida deles de aventuras! Podem ser
pequenas aventuras, como ir buscar pão na padaria, mas no meio
do caminho muitas coisas podem acontecer! Não deixe a vida dos
personagens chata e sem graça. Mas não precisa ser uma loucura
atrás da outra, também de a eles momento de descanso,
mesmo que seja uma tarde na praia onde eles conhecem
um inimigo tomando sol! mas coloque dificuldades
e desafios para que os personagens possam brilhar.
Narrando uma Aventura
Uma das funções do narrador é narrar a aventura. Para
isso, ele tem uma caixa de ferramentas e um conjunto de
papéis que vão auxiliar ele nisso.
Os papéis de um narrador
O narrador possui três papéis quando
narra uma aventura.
O contador de histórias
O contador de histórias é o que guia os personagens
adiante na aventura. Quando todos na sessão ficam
quietos, eles estão esperando o narrador dizer o que
acontece. O fluxo de uma narração sempre inicia e termina
com a voz do narrador e segue como uma conversa entre
todos na mesa:
1 - O narrador diz o que está acontecendo
2 - Os jogadores dizem o que os personagens farão
3 - O narrador pede testes se necessário
4 - Baseado nas ações haverão consequências
5 - Volte ao passo 1.
Isso acontecerá durante toda a aventura, cabe ao narrador
impulsionar o ritmo da história sempre que tudo ficar parado.
O juiz de regras
Algumas vezes na sessão de jogo surgem dúvidas na cabeça
dos jogadores:
“Eu posso fazer isso?”
“Eu posso usar essa habilidade para esse fim?”
“O coadjuvante pode mesmo fazer essa ação?”
“As regras não dizem que eu tenho direito a um teste?”
E muitas, e muitas mais perguntas e dúvidas. Cabe ao
narrador julgar cada pergunta e decidir sobre ela.
Se o personagem pode ou não, se isso vale ou não. Mas
sempre utilize o bom senso, a honestidade e justiça e os cinco
princípios como guia para tomar sua decisão: Encha a vida dos
personagens de aventura, mostre um mundo fantástico, jogue
para ver o que acontece e sempre seja um fã dos personagens.
Lembre-se:
A sua palavra é sempre
a palavra final.
“Na aventura, eu julguei uma coisa,
e depois pensando melhor, eu mu-
dei de decisão. O que eu faço?”. Se
você puder mudar o que acon-
teceu sem atrapalhar o fluxo
que a história tomou, ótimo.
Fale para os jogadores que
você pensou melhor e
que tal coisa não foi um bom julgamento, e siga a história. Po-
rém, se o que aconteceu mudou todo o fluxo do jogo, tente re-
parar o dano, sempre seguindo dentro da história, e comunique
aos jogadores o que você está fazendo. Afinal, um narrador
tem poderes mas não é adivinho nem tem todas as respostas
corretas. Você está fazendo o seu melhor para que a história
seja contada e para seguir seus princípios.
O Ator
- Entregue-se vilão! - diz a cavaleira, com a lâmina apontada
para o pescoço do Bruxo.
- Nunca! Não conseguiria olhar nos olhos de minha amada
se eu me entregar! - diz, ríspido o bruxo, cuspindo ódio no
rosto da cavaleira.
- Aceite, bruxo, sua “amada” lhe traiu, ela não o ama e apenas
o usou para conseguir o cristal mágico, e agora o abandonou!
- diz a cavaleira.
Os olhos do bruxo se arregalam, e sua face de ódio logo se
transforma em tristeza. - Eu…acho que… você tem razão,
cavaleira…
A voz, que antes era um urro, se transforma em um miado
triste, e o Bruxo cai de joelhos. Erguendo as mãos ele olha
para a cavaleira e fala “... o que eu fiz?” - ele põe as mãos no
rosto e sussurra “não deveria ter terminado assim…”
O terceiro papel que o narrador possui é o de ator, afinal,
você vai interpretar TODOS os outros personagens que
existem no mundo que não são os dos jogadores. Mesmo
assim, você não precisa ser um ator com curso de teatro para
isso, basta uma boa dose de coragem e vontade e dedicação.
Solte seu ator interior, e não importa o quão caricato ou
canastrão ele é, o que importa é que seus jogadores e você
se sinta na pele dos personagens que estão interpretando.
Algumas dicas para ser um bom ator:
Entenda qual é a motivação e a personalidade de cada
personagem, e aja nesse sentido: Mostre para os jogadores
que o nobre falastrão é realmente falastrão. Ele pode enganar
todo mundo, mas os jogadores irão perceber pelo seu tom de
voz e pelo que você fala que ele fala mais do que faz.
Mude sua voz: Não precisa ser um ator de dublagem,
mas dar uma voz diferente para personagens importantes é
sempre uma boa pedida. Se você usar uma voz mais grossa
para falar pelo Vilão, e no meio da sessão os jogadores
ouvirem essa voz grossa eles vão saber automaticamente
quem está falando. Isso é muito importante para a imersão e
diversão de todos na mesa.
Use adereços: Se você tiver acesso a adereços, use eles
quando interpretar um personagem importante. Um bigode
falso, um boné, um óculos, uma peruca. Usar um adereço vai
fazer os jogadores automaticamente lembrarem com quem estão
falando e ajuda muito a caracterizar os personagens importantes.
Perceba que acima falamos dos “personagens importantes”.
Nem todo personagem no mundo precisa de uma voz e um
adereço. Os transeuntes que passeiam pela rua não são
importantes para a história, exceto se você ou os jogadores
os transformar em personagens importantes. Aí sim, eles
merecem um nome, uma personalidade e uma vida. Mas fora
isso, você não precisa fazer mil vozes e ficar trocando de
adereço o tempo todo, senão irá passar maior parte do tempo
da aventura se arrumando e a história vai pro beleléu.
As ferramentas de narração
Mas como narrar? Quais as ferramentas que podem ajudar um
narrador sem ideia do que está fazendo? Não entre em pânico.
Abaixo temos uma listagem de ferramentas que vão lhe ajudar.
Tenha um início definido, um meio embolado e um fim
surpreendente. Toda história tem um começo, um meio e
um fim. Faça a aventura seguir um roteiro, mas não tenha
toda ela pronta. Saiba como as coisas vão começar (se for
uma campanha, ela começará onde a última acabou), coloque
complicações no meio, e tenha um final traçado, mas escrito
em lápis, pois como ele terminará depende de como os
jogadores se comportaram durante toda a história.
Dirija-se aos personagens: Sempre que for falar alguma
coisa durante a sessão de jogo, se dirija aos personagens e não
aos jogadores. Isso ajuda a sentirem na pele de seus personagens.
Anote, Anote, Anote!
Sim, anotações. Escreva tudo que for importante (ou tenha um
jogador que o auxilie nisso - alguns jogadores adoram anotar
tudo também, então um auxiliar sempre é bom). As anotações
ajudam quando você, como uma pessoa como as outras,
esquecer detalhes que foram citados oito aventuras atrás. Se
você fizer perguntas (como dito acima), anote as respostas.
Anotações sobre as coisas que os personagens fazem ,
que podem trazer consequências futuras sempre são boas
de anotar e olhar mais tarde. Isso pode trazer mais coisas
interessantes para a história, e o jogador vai sentir que as
coisas que ele faz tem influência nela.
E entre uma aventura e outra, gaste um tempinho olhando
as anotações que fez. Pode trazer luz para algumas cenas
das próximas aventuras ou ideias para coisas que podem
acontecer no jogo. Nunca peça um teste se ele for impossível,
nem cobre um teste se não for necessário
Se o personagem quiser dobrar as barras de uma cadeia com
as mãos, exceto se ele for super forte, ele não vai conseguir.
Não peça um teste, só para dizer “você não conseguiu”. Pelo
contrário, diga a ele “Só usando as suas mãos é impossível,
por mais que você tente, mas quem sabe se você usar alguma
coisa que possa ajudar?”. Isso o fará pensar em outros modos.
Da mesma forma, se ele tiver um aríete e quiser arrombar
a porta, não peça um teste de força. Diga “Ok, o aríete
derrubou a porta”.
Deixe que todos brilhem
Se o grupo de aventureiros tiver um explorador encrenqueiro,
uma cadete brigona e uma bruxa curiosa, dê espaço para que
cada um tenha seu momento de brilhar. Crie desafios que eles
consigam passar utilizando suas habilidades únicas de cada um,
e outras que somente juntos eles conseguiriam passar. Cada um
merece seu momento sob os holofotes. Não deixe um jogador
tomar sempre a frente, nem deixe um jogador ficar quieto sempre.
Colocando tudo junto
Lendo tudo isso acima, parece que é extremamente difícil ser
um narrador. Às vezes você parece que puxa, outras vezes
parece que empurra. Contar uma história junto com as outras
pessoas é um puxa-empurra o tempo inteiro. O que importa
mais é que a história seja divertida e que os jogadores sintam
que estão fazendo a diferença e que nada é tão fácil ou tão
difícil, pois tudo tem um jeito de resolver. Contar uma história
e narrar uma aventura é uma habilidade, e uma habilidade só
se melhora treinando!
Assim, não desista se você não for o melhor narrador em sua
primeira sessão. Apenas não pare de treinar.
Narrando uma Aventura
Como dito antes, uma aventura tem um início, meio e um fim.
Mas será só isso?
Introdução: O início da aventura
O início da aventura não começa com o início da aventura.
(ficou confuso?)
A aventura começa com uma das duas situações:
Ou é a primeira vez que os jogadores vão jogar, ou eles
estão seguindo para uma nova aventura após já terem tido
uma anterior. Se os jogadores nunca jogaram, essa parte é
chamada de sessão zero.
Na sessão zero:
-Se define os limites: O narrador, junto com os
personagens, definem sobre o que eles querem que seja as
aventuras que virão, temas que podem ou não ser tratados,
e linhas que não devem ser cruzadas. Isso é importante para
que todos se sintam em segurança e que o jogo seja divertido
para todos.
-Criam-se os personagens: O narrador auxilia os
jogadores a criarem seus personagens, em conjunto,
para que todos criem personagens divertidos para eles e
para os outros jogadores. O legal é após eles criarem seus
personagens, que eles se apresentem para os outros.
-Define-se o plano de fundo: Onde vai passar a história?
Quem são as pessoas ou locais importantes? O narrador não
precisa criar tudo de uma vez e mostrar aos jogadores. Ele
pode dar idéias, e os jogadores ajudarem a preencher as
lacunas. (Pergunte e faça anotações, lembre dos princípios
e das ferramentas).
-Se cria o círculo de influência: Nesta parte, se define
o que liga um personagem ao mundo e entre eles. Quem sabe
são colegas de aula, ou irmãos, ou até vizinhos. Defina se um
deles vai aparecer no início da história e outro logo depois,
quem os personagens conhecem. Um deles pode ser o filho do
prefeito. Outro, o irmão mais novo do dono da loja de armas.
Faça um jogador escolher o personagem de outro e dizer
como eles se relacionam. Se os dois jogadores concordarem,
tudo bem. E chegamos ao fim da sessão zero. Agora, se os
jogadores já tem seus personagens prontos, já participaram
de aventuras antes, estamos em uma continuação:
- Comece relembrando o que aconteceu na sessão anterior.
Conte, ou peça para um ou mais jogadores contarem o que
aconteceu na aventura passada, e como terminou a aventura,
e coisas que ele lembra que ficaram não resolvidas.
- Depois, pergunte se algum jogador quer gastar sua
experiência (veremos isso mais adiante). Se ele tiver
experiência e quiser gastar, ele pode.
- Pergunte se alguém tem algo a dizer antes de começar: As
vezes algum jogador tem alguma coisa a falar sobre algo que
gostou ou não gostou na sessão anterior e esse é o momento.
Depois disso, partimos para a aventura em si!
Parte 2: Os 3 atos planejam a sua jornada. O convite termina quando esses
Uma aventura consiste em 3 atos separados: O convite, a quatro passos forem concluídos. A partir disso, podemos
jornada e a resolução. partir para o ato 2: A Jornada

ATO 1: O Convite
O convite é o início da aventura. O objetivo do convite é que
os personagens sejam chamados ou atraídos para a aventura
e saibam o que está acontecendo. No convite, quatro coisas
precisam acontecer:
Inicie a aventura: Descreva aos jogadores o que está
acontecendo, onde eles estão e o que estão fazendo.
ATO 2: A Jornada
A Jornada é o meio da aventura. É a parte arriscada e cheia de
peripécias e é o que separa os personagens do objetivo final.
Aqui os personagens passam por várias situações ou cenas,
e resolvem ou criam problemas, até conseguir chegar no
objetivo. A jornada pode ter uma a quatro cenas diferentes.
Cada cena é uma parte da jornada que apresenta um desafio

Descobrir qual é a aventura: Os personagens irão reagir

ao que está acontecendo, e vão fazer ações. Essas ações vão
levar eles a descobrir algum problema, ou uma situação que
eles precisem resolver, ou até procurar pistas sobre algo
estranho que está acontecendo. Isso vai levar eles até…

Perceber o que está em risco: O que acontece se eles

não forem atrás dos objetivos? Por que é importante eles
resolverem o problema? Aqui eles vão ver as motivações para
tomar alguma atitude. E isso chegará até…

Como eles vão fazer isso: Os personagens terão que

descobrir como eles farão o que precisam. Se precisam
de alguma coisa, onde está essa coisa. Se eles precisam
encontrar alguém, para que lado essa pessoa está. Aqui eles
para os personagens vencerem. O narrador define a cena,
e o que está acontecendo, e os jogadores interpretam seus
personagens para atingirem seus objetivos e resolverem a
situação para prosseguir com a sua jornada.
Uma cena pode ser seguir uma pista, cruzar um caminho,
ou explorar um local. Não importa qual tipo de cena, sempre
haverão dificuldades e desafios, que os personagens
precisam completar ou tentar vencer. Outras vezes haverá
escolhas difíceis para fazer, onde os personagens devem
escolher uma opção e deixar outra(s) para trás. E isso tudo faz
parte da jornada. Normalmente uma jornada segue 3 roteiros
(mas podem haver muitos mais)
-Descendo o buraco do coelho-
Para chegar ao covil do Necromante, vocês precisam passar
pela floresta encantada, depois pelo deserto devastado, e por
fim escalar a montanha dos 7 picos. Neste roteiro, o caminho
está definido, e cada cena é parte do caminho.
-Lista de compras-
Para salvar o prefeito, eu preciso de uma flor do pântano
escuro, uma folha da árvore de komona e uma pedra da
pirâmide de basalto. Vão!
Neste roteiro, os caminhos estão definidos, mas os jogadores
decidem qual ordem eles irão seguir. Cada cena é o caminho
para um dos locais, ou os próprios locais.
-Buscando por pistas-
Em algum lugar do castelo abandonado, há uma sala com uma
grande jóia. Precisamos procurar e encontrá-la!
Neste roteiro, os personagens precisam procurar pistas em
vários locais para conseguir descobrir onde precisam ir.
Cada cena é um dos locais que eles precisam procurar pistas.
Quando tiverem prosseguido até o final da jornada, eles vão
chegar na resolução.
ATO 3: A resolução
A resolução consiste em 2 partes (ou às vezes 3):
- O Confronto final: Aqui os personagens chegam no
seu objetivo e tem seu último desafio para conseguir seu
objetivo. Nesta parte todas as cartas estão na mesa e é hora
de enfrentar o chefe da aventura ou resolver o desafio mais
perigoso. Eles precisam vencer ou fazer seu melhor possível.
- O Desfecho: Após o confronto final, temos o desfecho. O
que acontece após os personagens terminarem o confronto?
Eles venceram completamente? Tiveram boas vitórias e
algumas derrotas? Falharam completamente? Aqui se faz o
desfecho da história e o final da aventura é contada.
- As Reticências (especial): As reticências são os três
pontinhos (...), ou a cena secreta pós créditos de um filme.
O narrador pode mostrar algo que está acontecendo ou que
vai acontecer com um personagem ou alguma coisa que será
o gancho para uma próxima aventura.
Fim: bate-papo, experiência e evolução
Após o final de tudo chegamos ao Fim. Os jogadores e o
narrador conversam sobre a aventura, como se estivessem em
uma lanchonete após terem visto um filme discutindo sobre ele.
O que gostaram, o que não gostaram, o que poderia ter sido
melhor. Aqui, o narrador dá a experiência aos personagens.
Experiência é uma medida mecânica de jogo para mostrar
o quanto um personagem cresceu e evoluiu durante a
aventura. Ela é medida em “Pontos de Experiência” e serve
para “comprar” melhorias para seu personagem iniciar a
próxima aventura mais experiente e forte.
O Narrador dá 1 ponto de experiência para cada personagem
por participação em cada ato e cada parte da jornada, se
os jogadores participaram ativamente e fizeram coisas
interessantes. Isso dá entre 1 a 6 pontos de experiência.
Por fim, os jogadores escolhem entre eles qual foi o
personagem que fez as coisas mais legais durante a sessão de
jogo. Cada jogador escolhe outro jogador que teve uma ideia
crucial, ou criou uma situação engraçada, ou levou todos a
darem risada com sua interpretação. O jogador mais votado
ganha um ponto de experiência extra. Se houver empate,
o Narrador desempata. Se não houver consenso, o último
jogador que ganhou o ponto extra (ou o narrador, se não
houver uma aventura anterior) escolhe quem ganhará o ponto
extra (e ele não pode Se escolher).
Evolução:
Aqui os jogadores gastam os pontos de experiência, se
quiserem, para melhorar as habilidades de seus personagens
ou comprar habilidades novas.
Cada melhoria tem um preço em pontos de experiência, e as
coisas mais fortes têm custo maior. Assim, muitas vezes um
jogador vai “guardar seus pontos” para gastar comprando
habilidades mais fortes, e outros vão gastar comprando
várias habilidades mais fracas.
Comprando ou melhorando uma habilidade:
As habilidades são o feijão com arroz de todo personagem. Todos
os personagens possuem habilidades e melhorar as habilidades
de seu personagem é a coisa mais comum para se fazer, pois
aumenta a chance de sucesso nos testes e desafios. Para melhorar
uma habilidade, é necessário pagar o preço dela vezes 5.
Assim, para comprar uma nova habilidade (colocar 1 ponto em
uma que não possui) custa 5 pontos de experiência:
Para melhorar de 1 para 2, custa 10.
Para melhorar de 2 para 3, custa 15.
Para melhorar de 3 para 4, custa 20.
Para melhorar de 4 para 5, custa 25.
Habilidades não podem passar de 5.
Comprando Talentos e Técnicas:
Talentos: Todos os povos possuem talentos, e seu
personagem inicia com um escolhido. Para comprar um
novo talento de seu povo, você precisa gastar 10 pontos
de experiência. Um furriano, para comprar um traço novo
animal, gasta 10 pontos por traço.
Técnicas: Todas as vocações possuem técnicas. Para
comprar uma nova técnica para seu personagem, você
precisa gastar 10 pontos de experiência para cada técnica,
e ter os requisitos necessários. Normalmente o requisito é o
valor de uma característica ou habilidade. Se você não tiver
o requisito preenchido, você não pode comprar a técnica.
Melhorando suas características:
Melhorar as características de um personagem é o mais
caro de todas as melhorias. O valor de melhoria é o valor da
característica melhorada vezes 10. Assim, para melhorar de
uma característica 1 para 2, o personagem precisa gastar 20
pontos de experiência. Para melhorar de uma característica 3
para 4, ele precisa gastar 40 pontos de experiência.
Novas Técnicas para Vocações:
Além das técnicas iniciais que estão descritas em cada
vocação, abaixo há mais técnicas novas para cada vocação
que só podem ser compradas com pontos de experiência.
Técnicas de Bruxas:
Conservação de Rea 2
Requisito: 3 de Misticismo
Exatamente como conservação de rea, mas resultados de 1 ou
2 conservam um ponto de rea (ao invés de apenas 1 no dado).
Fonte de Rea I
Requisito: Nenhum
A Bruxa ganha +2 Rea Máximo
Fonte de Rea II
Requisito: Fonte de Rea I
A Bruxa ganha +4 de Rea Máximo, substitui Fonte de Rea I
Fonte de Rea III
Requisito: Fonte de Rea II
A Bruxa ganha +6 de Rea Máximo, substitui Fonte de Rea II
Magias de terceiro nível em [Nome da Escola]
Requisito: 3 na característica da escola, técnica de “Magia
de segundo nível” da mesma escola
A bruxa consegue aprender e usar magias de terceiro nível
da escola escolhida.
Magia de quarto nível em uma escola
Requisito: 4 na característica da escola, técnica de “Magia
de terceiro nível” da mesma escola
A bruxa consegue aprender e usar magias de quarto nível da
escola escolhida.
Arte Mágica: Permanência
Requisito: Saber lançar magias de 3 escolas em nível 2.
A bruxa, gastando 3 de Rea por nivel da magia lançada,
pode fazer ela durar para sempre. A partir disso, somente
quebrando o feitiço para que ele deixe de funcionar.
Arte Mágica: Quebrar Feitiço
Requisito: Saber lançar magias de 3 escolas em nível 2
A bruxa pode rolar seu Estudo ao invés de Misticismo para
quebrar um feitiço. O número de sucessos e o custo em Rea
continua o mesmo de quebrar feitiços (descrito no capítulo
11). Além disso, a Bruxa não precisa ter o nível na escola de
onde pertence o feitiço a ser quebrado.
Arte Mágica: Escolher alvos
Requisito: Saber lançar magia de nível 2
A bruxa quando lançar um feitiço de área pode escolher naquela
área quem é afetado ou não. Em áreas que a bruxa não consegue
ver ela pode selecionar utilizando uma palavra chave de quem é
ou não afetado (Somente monstros, somente meus amigos).
Arte Mágica: Ultrapassar
Requisito: Saber lançar magia de nível 2
Quando tiver uma multidão entre a bruxa e o seu alvo, ela
consegue mirar sem se atrapalhar. Ela pode acertar alvos em
áreas longínquas mesmo que tenha pessoas entre ela e seu
alvo. Assim, ela não tem penalidade para lançar magias em
áreas distantes ou se houver criaturas entre ela e o alvo.
Arte Mágica: Reflexo Mágico
Requisito: Improviso 3
A Bruxa pode se defender de um feitiço com improviso ao
invés de estudos.
Técnicas de Cadete:
Chute de Virada
Requisito: 3 de Ataque
Quando o cadete tirar em uma jogada de ataque, pelo menos
2 resultados de “1”, ele ganha a chance de dar um chute na
sequência em um inimigo. Esse chute é um ataque extra, e
só utiliza a habilidade de ataque para atacar. Além disso, um
chute extra não dá chance de um segundo chute extra.
Bloquear Flechas
Requisito: Nenhum
Quando atacado por flechas ou armas de longo alcance, tem
+2D de defesa
Contra Golpe
Requisito: Contra-Ataque, 3 de Defesa
Quando o personagem for atacado, ao invés de contra-atacar com
um ataque desarmado, ele contra ataca com sua arma. As chances
dele conseguir são as mesmas (descritas em contra-ataque)
Última Ação:
Requisito: Resiliência 3
Se, por qualquer motivo, o Cadete vai desmaiar, ele pode
escolher ter uma última ação. Essa ação pode ser fora de sua
vez na rodada, e não pode ser uma ação concentrada (exceto
se ele já estivesse concentrando ela).
Mira perfeita:
Requisito: Atacar 3
O cadete consegue acertar um alvo que esteja coberto por
um grupo de pessoas. Dessa forma, ele não tem penalidade
utilizando uma arma de longo alcance contra um alvo que
tenha uma multidão entre ele e o alvo.
Lâmina Elemental:
O Cadete pode comprar mais de uma lâmina elemental.
Lâmina Elemental Avançada
Requisito: pelo menos 3 lâminas elementais
O Cadete pode comprar uma ou mais das seguintes Lâminas
elementais:
Sabre Iluminado
Sua arma fica brilhante, cegando tudo ao redor. Quando
acertar um inimigo, ele precisa passar em um teste de
resiliência(3) ou fica cego por 6 rodadas. Um inimigo cego
tem -2d para atacar ou se defender.
Sabre de Folhas
Sua arma fica com uma aura verde da vida, que drena ½ do
dano que causa como pontos de vida.
Sabre das 3 Luas
Sua arma brilha com a força das 3 luas, e trazendo o caos
para o campo de batalha. Quando acertar e ferir um inimigo,
drena 1 de Rea dele, além do dano normal. Inimigos sem Rea
não são afetados.
Sabre de Pedra
Sua arma fica com aparência pedregosa, e muito pesada.
Quando acertar um inimigo ele precisa passar em um teste de
resiliência (3) ou será transformado em pedra por 6 rodadas.
Inimigos de pedra ou imunes a pedra não são afetados. Uma
criatura transformada em pedra não age, porém não é ferida
por nenhum efeito físico ou mágico.
Sabre Vendaval
Sua arma fica leve e com um redemoinho de vento ao redor
dela, e inimigos que são acertados por ela são empurrados para
outra área, se não passarem em um teste de Resiliência (3).
Sabre Venenoso
Sua arma fica cheia de pontas e garras de animais e farpas de
plantas venenosas. Quando acertar um alvo, ele deve passar em
um teste de Resiliência (3) ou ficará envenenado por 6 rodadas.
(envenenado faz o alvo perder 1 ponto de vida por rodada)
Técnicas de Explorador:
Isso pertence a um museu!
Requisito: nenhum
Quando ver um objeto encantado raro ou incomum, o explorador
pode gastar 1 de Rea e dizer “Isso pertence a um museu!”. Quando
ele fizer isso, o objeto fica marcado e ele pode localizar a direção
do objeto a qualquer momento por 1 dia. Quando ele fizer qualquer
esforço para ficar com o objeto, ele ganha +2D. Porém, após a
aventura acabar, ele deve entregar o objeto à universidade de
hereva, para ser estudado e colocado em um museu.
Fortuna e glória, garoto, fortuna e glória.
Requisito: Erudição 3
Quando tocar em um objeto único, pode gastar 1 de Rea e
o explorador vai saber toda a história do objeto, todos os
poderes e habilidades do mesmo, e todas as maldições que ele
possui. Ele consegue traduzir qualquer linguagem escrita
nesse objeto e decifrar qualquer símbolo.
…não hoje
Requisito: nenhum
“Você vai ser morto perseguindo sua maldita “fortuna e glória”!
“... Talvez. Mas não hoje.”
Quando atacado, o explorador rola 1d6. Em um resultado de 1,
ele escapa do ataque, sem nem precisar rolar defesa.
Troca perigosa
Requisito: Furtividade 3
“Você me joga o ídolo, eu te jogo o chicote”. Gastando 1 de
Rea, o Explorador troca o objeto que ele tem em mãos com o
objeto que o alvo tem em mãos. Eles podem estar a até 1 área
de distância. O alvo não precisa concordar com essa troca,
se passar em um teste de disciplina (3).
Cobras, por que tinha que ser cobras?
Requisito: nenhum
O explorador, com os anos andando em lugares perigosos,
adquire uma resistência natural a qualquer doença, veneno,
paralisia, imobilização ou cegueira. Ele rola sempre +3D para
ignorar esses efeitos e condições ruins.
É um salto de fé
Requisito: nenhum
o explorador ignora o custo de movimento para saltar buracos
e afins. Além disso, se ele gastar 1 de rea, ele pode caminhar
no ar por um minuto, desde que feche os olhos e caminhe.
O X marca o local
Quando olhar em um mapa de um local desconhecido, e souber
o que está procurando, o explorador gasta 1 de rea e risca um X
no mapa. neste local alguma coisa existirá, seja o que ele está
procurando, ou uma pista sobre o que ele está procurando.
Nós demos esse nome ao cachorro!
O explorador gasta 1 de Rea e o seu mascote tem todas as
técnicas que ele tem. Além disso, em uma aventura de mascotes,
o mascote tem todas as técnicas e habilidades do explorador.
Caçador de Itens Raros
Quando rolar o teste para espólios, role 3 dados e selecione 2.
Mira perfeita:
Requisito: Atacar 3
O explorador consegue acertar um alvo que esteja coberto por
um grupo de pessoas. Dessa forma, ele não tem penalidade
utilizando uma arma de longo alcance contra um alvo que
tenha uma multidão entre ele e o alvo.
Técnicas de Mascate:
*Cupom Promocional
Requisito: Selo de Mercador
O Mascate têm acesso a usar cupons de promoção para dar
a seus clientes ou usar ele mesmo, se necessário. Toda vez
que ele comprar um objeto (ou um conjunto de objetos) com
a habilidade de Selo de mascate, a cada 200 Kos usados
ele ganha dois cupons de cor aleatória Comum (role 1d6
para ver a cor dos cupons: 1-Branca, 2-Verde, 3-Preta,
4-Azul, 5-Vermelha, 6-Roxa). Um desses cupons é guardado
e dado quando o mascate faz uma venda de 200 Ko(isso é
automático). O outro o próprio mascate pode usar para se
defender ou defender seus aliados. Se por algum acaso um
aliado comprar 200 ko em itens do mascate, ele ganha um dos
cupons que estão reservados para os clientes.
Um Cupom de Promoção é utilizado com uma ação como um
item normal. Porém, o mascate (e apenas o mascate) pode
utilizar um cupom como um movimento, porém, quando
usado deste modo, o alvo sempre passa no teste de Defesa,
Resistência ou Disciplina, se o mesmo quiser. Assim, ele é
bom para ser usado defensivamente e péssimo ofensivamente
(porque o alvo sempre passará no teste).
Efeito dos Cupons Comuns:
Desconto de dano: Branca
O próximo dano recebido será reduzido em 6 pontos. Vale até
o início da próxima rodada.
Cultivar o Cliente: Verde
Quando esse cupom é usado, o alvo recebe 1d6 pontos de
vida, +1D de Defesa, Resiliência e Disciplina até o início da
próxima rodada.
Retorno de Investimento: Preta
A próxima coisa que acontecer com o alvo, quem agiu contra
o alvo receberá o mesmo efeito, no mesmo valor.
Venda perdida: Azul
Quando esse cupom é usado, todos a até 3 áreas do lançador
precisam fazer um teste de disciplina ou se mover para longe do
lançador. O alvo pode escolher não fazer o teste e se movimentar.
Marketing Agressivo:Vermelha
Quando esse cupom é usado, todos a até 3 áreas do lançador
precisam fazer um teste de Disciplina ou se mover uma área
na direção do lançador. O alvo pode escolher não fazer o
teste e se movimentar.
Promoção de 2 por 1: Roxa
O próximo efeito causado pelo alvo é dobrado. Assim, se ele
atacar, ele ataca duas vezes, se ele lançar um feitiço, ele
lança o mesmo feitiço duas vezes, se ele beber uma poção,
ela tem duração ou efeito dobrado. Custos não são dobrados,
assim lançar dois feitiços não custará mais Rea, mas também
não pode afetar outros alvos, tem que ser o mesmo. Os dados
precisam ser rolados novamente para o segundo efeito, e
causam reações normalmente.
*Manufaturar Cupons
Requerimento: Cupons de Promoção
O mascate pode manufaturar seus próprios cupons comuns.
Para isso ele precisa de um Kit de Alquimia, um Kit de escritor
e ter acesso a espólios comuns de monstros. Cada espólio de
monstro dá um cupon de cor diferente (o Narrador escolhe,
de acordo com o tipo de monstro). Cada cupom custa 20
Ko para fazer e requer um teste de Misticismo ou Profissão
(Criador de Cupons) e segue as regras de criação de itens.
Manufaturar cupons Incomuns requer espólios incomuns.
*Prospectar Clientes:
Requerimento: Avaliação 3
O Mascate gasta 1 de Rea e olha todos que estão na cena,
escolhendo uma característica ou habilidade. O narrador,
na ordem de maior para o menor, diz o nome de todos (ou
aponta quem é, no caso do mascate não saber o nome). Ele
não precisa dizer qual o valor, apenas a ordem. Caso dois ou
mais estejam empatados, o narrador diz quem está empatado.
*Cupons de Promoção Avançados
Requisitos: Cupons de Promoção e Comércio 3
O Mascate tem acesso agora a cupons Incomuns. Ele pode
combinar 5 cupons comuns da mesma cor em um cupom
Incomum, ou separar um cupom incomum em 4 cupons
comuns da mesma cor (fazer isso custa uma ação). Quando ele
fizer uma compra para receber cupons ele recebe 2 cupons
Incomuns a cada 1000 Ko gasto e 2 cupons comuns a cada
200 ko gasto.
Cupons Incomuns:
De Mascate para Mascate: Branca
Quando usar esse cupom, o alvo ganha temporariamente todas
as técnicas que o lançador tem, até o início da próxima rodada.
Bonificação: Azul
Quando usar esse cupom, o próximo cupom, técnica ou
feitiço usado terá a duração dobrada. Se a duração for
instantânea, o cupom perde o efeito.
Mala direta: Vermelho
Quando usar esse cupom, diga uma vocação, um povo, uma
escola de magia, Masculino ou Feminino. A próxima ação que
o alvo fizer, todos que tiverem o que foi dito pelo lançador
recebem o efeito (mesmo que não estejam no alcance normal).
Isso afeta todos na cena, mas não afeta ninguém fora dela.
Telemarketing: Preto
Quando usar esse cupom, diga o nome de uma pessoa que você
conhece pessoalmente (e ela lhe conheça também) e faça uma
ação. A pessoa, se estiver a até 1000 km de distância, recebe
a ação, sem chance de se defender (pode ser falar uma frase,
puxar o cabelo, dar um beijo, ou até fazer um ataque, lançar um
feitiço ou entregar um objeto). O alvo é considerado como se
estivesse do lado do lançador. O alvo saberá na hora quem fez
isso com ele e pode se defender de ações próximas.
Perfilar clientes: Verde
Escolha um alvo, que pode tentar fazer um teste de disciplina
(3) para resistir. Se ele falhar, todos testes que o lançador
fizer contra ele por 6 rodadas tem +3D.
Cancelamento de venda: Roxo
Quando usar esse cupom, todos aliados (incluindo você) são
teleportados para onde começou a cena ou o ato, no momento
que o ato começou.
*Arremessar Itens I:
Os itens que o personagem arremessa tem alcance maior.
Requisito: Esportes 1
Itens arremessados tem: +1 área de alcance. Além disso, o
mascate não tem penalidade por atacar alvos a mais de uma
área de distância ou se houver criaturas entre ele e o alvo.
*Arremessar Itens II:
Os itens que o personagem arremessa tem alcance maior.
Requisito: Arremessar Itens I
Itens arremessados tem: +3 área de alcance, substitui
Arremessar Itens I
*Descobrir Itens
Requisito: Nenhum
O Mascate uma vez por cena rola 1d6. Se tirar 1 ou 2 ele ou
seu familiar encontram um item Comum
Técnicas de Noviços:
Arte Divina: Olho da Fé
Requisito: Misticismo 2
Quando tem uma multidão entre o noviço e o seu alvo, ele
consegue mirar sem se atrapalhar, podendo acertar alvos
em áreas longínquas mesmo que haja pessoas entre ele e seu
alvo. Assim, ela não tem penalidade para usar técnicas em
áreas distantes ou se houver criaturas entre ela e o seu alvo.
Luz de Ah
Requisito: Misticismo 3
O Noviço escolhe uma área a até 3 áreas dele e gasta 1 de rea.
Todos naquela área que ele quiser recuperam 1d6 pontos de vida
Luz Brilhante de Ah
Requisito: Luz de Ah
A luz de ah cura 2d6 vitalidade.
Sinal divino
Requisito: Misticismo 3
O noviço pede um auxílio divino para saber para onde ir e gasta 1
de rea. Subitamente uma luz brilhará na direção correta por 1 dia.
Proteção da Luz divina
Requisito: Modos 3
Escolha um alvo e gaste 1 de rea. O alvo fica imune a
condições que exijam testes de disciplina ou resiliência e
ganha 3d6 pontos de vida extras por 6 rodadas.
Paladino Sagrado
Em um momento de raiva e desespero, o noviço de ah pode
invocar a fúria divina. Ele ganha +3D de ataque, defesa,
disciplina e resiliência, e fica coberto por um traje de luz em
forma de armadura e capa. Sua arma torna-se uma espada
divina por 18 rodadas. Toda vez que ele se movimentar em sua
fase de movimento, escolha um alvo na mesma área (incluindo o
noviço). Este ganha 1d6 pontos de vida e perde uma condição
ruim (como veneno, ou paralisia).
Poder de Restauração
O Noviço pode escolher um alvo que esteja a até 3 áreas de
distância e gastar 1 de Rea, removendo cansaço e fadiga. O
alvo que estiver com características reduzidas pelo cansaço
recupera suas características.
Tomar força
O noviço precisa tocar o alvo (o que requer um teste de esportes
ou de ataque contra defesa se o mesmo não quiser) para tomar
1d6 vitalidade e recuperar 1d6 pontos de vida. Custa 1 de Rea
Tomar Rea
O noviço precisa tocar o alvo (o que requer um teste de
esportes ou de ataque contra defesa se o mesmo não quiser)
para tomar 1d6 rea e recuperar 1d6 rea. Requer concentração.
Compartilhar Poder
O noviço dá para um aliado que esteja perto +1 em uma
característica por 6 rodadas. Nesse tempo, a característica
compartilhada fica em valor 1 para o noviço. É necessário que
o mesmo tenha valor 2 ou mais na característica escolhida
para poder compartilhar. Custa 1 Rea
Criando uma aventura
O segunda função de um narrador é criar uma aventura
para ser contada. Essa parte, apesar de parecer difícil, é
extremamente simples, pois ideias para aventuras estão
espalhadas em todo mundo. Livros de histórias, desenhos,
séries e filmes. Qualquer fonte de inspiração pode ajudar
o narrador a inventar qual o objetivo da aventura. Aqui,
vamos ajudar você a fazer aventuras que impactam e são
interessantes e divertidas para todo mundo.
O tom da aventura
Uma aventura sempre tem um tom. O tom é o estilo da
aventura, se ela é mais dramática, mais engraçada, mais
difícil. Para isso usamos 3 “Niveladores”
Nível de Maravilha:
O nível de maravilha é o quão mágica é a aventura. O mundo
de Hereva é cheio de maravilhas e coisas deslumbrantes.
O nível de maravilha é o quanto a aventura é brilhante e
colorida. Normalmente uma aventura normal de Pepper e
Carrot tem o nível de maravilha em “Alto” e “Muito Alto”, mas
algumas vezes você irá querer fazer uma história mais pé no
chão, ou uma história de terror e mistério, então pode baixar
o nível para “mediano”. Não recomendamos baixar mais que
isso, para não se tornar realmente uma história apavorante e
aterrorizante demais.
Nível de Drama:
O quão dramática é a história. As aventuras em Hereva tem Sustos na noite
diversos níveis de Drama, desde histórias de uma saga épica Nem sempre uma história de terror precisa apavorar todo
e dramática até uma aventura engraçada e pastelão. Ajusta o mundo. Às vezes pequenos sustos e situações engraçadas e
nível de drama para dar o tom humorístico ou sério. assustadoras faz uma história ao estilo “terror adolescente”
muito divertido. Espere aqui palhaços estranhos e tortas na
Nível de risco: cara.
O nível de risco é o quão arriscado é a aventura. Em uma Maravilha: Baixa
aventura, os personagens devem salvar o dia. Porém Drama: Nenhum
quanto maior o risco, maior a perda dos personagens. Uma Risco: Nenhum
aventura com um risco alto é algo que tem proporções épicas
e mundiais, e uma aventura com o risco baixo é algo mais Fábulas de Sobrevivência
simples. O risco tem que simbolizar o que está a perder se Faça o mundo um pouco menos maravilhoso e mais hostil,
eles falharem (e o que vai acontecer se eles conseguirem ou muito dramático e é extremamente perigoso e aqui temos uma
não ter sucesso). história de sobrevivência contra o desconhecido.
Maravilha: Mediana
Misturando os níveis Drama: Muito alto
Um clássico conto de fadas: Risco: Muito alto
Em um conto clássico, o tom é um pouquinho mais sério e
assustador. Os riscos são mais altos quando se tem uma Bruxa Exemplo de criação de aventuras
Má, um Gigante do pé de feijão ou até um cavaleiro sinistro.
Maravilha: Mediana
Drama: Alto
Desafio: Mediano

Bagunça no país das Maravilhas:

Descrever um mundo fantástico, cheio de personagens
estranhos, engraçados e malucos e problemas absurdos dá o tom
para uma aventura bem ao estilo “Alice no país das maravilhas”.
Maravilha: Muito Alta
Drama: Nenhum
Risco: Baixo

Saga Épica:
Uma aventura mais séria através de lugares fantásticos e traz
uma sensação de heroísmo épico onde o mundo trás desafios
grandes e recompensas maravilhosas. Mais ou menos como
uma letra de música de metal épico.
Maravilha: Alta
Drama: Muito Alto
Risco: Mediano

Contos de Terror
Descrevendo a parte sombria do mundo e sua parte
assustadora enquanto mantém o drama alto e aventura
arriscada, você pode fazer um conto de terror bem como
aquelas histórias aterrorizantes dos livros.
Maravilha: Baixa
Drama: Alto
Risco: Mediano
 Capítulo 11
Magia de Ah
“É muito fácil pedirem olho de salamandra-aquática, mas seria o
olho comum, manchado ou cristado? Será que tapioca não serve?
Se substituirmos o olho por clara de ovo, o feitiço:
a) funciona;
b) não funciona;
ou
c) derrete o fundo do caldeirão?”
Terry Pratchett - Estranhas Irmãs
Como explicado nos capítulos anteriores, magia é algo cotidiano
e comum em hereva. Porém, só os estudados conseguem fazer
coisas maiores que o “basicão”. Nesse capítulo, explicaremos como
funciona as magias, simpatias e limites dos níveis mágicos das
escolas. Além disso, aqui se encontra a lista de feitiços básicos das
escolas e os encantamentos de poções e itens.
2 - Os tipos de Feitiços
Os feitiços se dividem em 2 tipos. Simpatias e feitiços.
As simpatias são “feitiços comuns” que qualquer cidadão de hereva
consegue fazer, utilizando sua Rea ou consumindo materiais para a
simpatia. Uma simpatia é um feitiço muito simples. Normalmente um
cidadão comum sabe pelo menos 3 simpatias por nível de Misticismo
e as simpatias sempre usam Misticismo para testes quando usadas
por camponeses. Bruxas podem usar seu Estudo ou seu Misticismo.
Feitiços são magias mais poderosas de nível 2 ou maior, que requerem
conhecimento e estudo. Normalmente somente Bruxas conseguem
lançar feitiços. Se um cidadão comum tentar lançar um feitiço mais
forte ele pode sofrer o choque de retorno ( recebendo 1 de dano
por nível de feitiço e deixando o usuário chamuscado, congelado,
crescendo plantas ao redor, com cara de múmia, com cara de velho,
branco como um papel ou todos ao mesmo tempo), se ele não conseguir
um número mínimo de sucessos igual ao nível do feitiço.
3 - As regras para fazer feitiços
Para se lançar um feitiço é necessário cumprir as seguintes etapas:
1 - Ter o conhecimento do feitiço a ser lançado (saber o feitiço),
ou ter em mãos um livro ou pergaminho com o feitiço. Sem isso o
feitiço é considerado de improviso.
2 - Ter o nível de minimo na escola (Magia de [Nível] de [Escola])
Se a magia não tiver resistência (como um feitiço de criar comida,
ou cujo alvo seja a bruxa ou um amigo), apenas um sucesso é
necessário, o feitiço funciona e o Rea é consumido. Caso não
consiga nenhum sucesso, o feitiço falhou e nenhum Rea é gasto.
Porém, se o alvo da magia oferecer resistência (como um objeto
inteligente, uma barreira ou um monstro), o alvo rola contra o
número de sucessos da bruxa. Se for um ataque direto, como um
jato de fogo, ou uma lança de gelo, o alvo rola Defesa ou Estudos (o
que for maior). Se for uma magia que afete o corpo do alvo, como
uma magia de transformação ou veneno, o alvo rola Resiliência.
Caso o feitiço afete a mente do alvo, como uma ilusão ou um
encantamento, o alvo rola Disciplina. Se ele tiver mais sucessos
que a Bruxa, o feitiço funcionou, o Rea foi gasto, mas o alvo
resistiu e não foi afetado por ele. Se o alvo tiver menos sucessos
que a Bruxa, o feitiço funcionou e afetou o alvo. Cada sucesso
extra que a bruxa tem aumenta em 1 o dano causado ou o número de
rodadas que ele dura em 1.
outra, terminando a duração do mesmo e fazendo o alvo voltar ao
normal. Para isso é necessário que a Bruxa tenha o mesmo nível
de escola do feitiço e saiba o feitiço. Após isso ela gasta Rea igual
ao rea gasto no feitiço original e testa seu Estudo(Característica)
contra os sucessos do feitiço original. Se ela passar, ela quebra o
feitiço, terminando sua duração e fazendo o alvo voltar ao normal.

Lançamento de magia. Aprendendo Feitiços:

A bruxa canaliza com calma sua magia, utilizando ações de
concentração. Se concentrando a bruxa foca no feitiço, entoando
palavras de poder lentamente e firmemente, moldando o feitiço
com calma e força.
A concentração consome ações na fase de movimento e na fase de
ação, e a bruxa pode iniciar em qualquer fase sua concentração.
Porém a concentração deve ser contínua, até o momento do
lançamento. Assim, ela não pode parar de concentrar, se mover
ou fazer uma ação e voltar a concentrar. Se ela fizer isso, sua
concentração é quebrada e perdida.
Toda bruxa sabe todas as simpatias e 6 feitiços iniciais de nível 2
de sua escola. Para aprender mais feitiços, é necessário que a Bruxa
tenha acesso a um feitiço novo, seja ele em um livro, ou aprendendo
com um tutor. Quando a bruxa gastar 1 Experiência e estudar um
feitiço, ela o aprende. Não há limite para o número de feitiços que
uma bruxa possa aprender.
Magias de Improviso:
Uma magia de improviso segue as mesmas regras que lançar um
feitiço comum, com as seguintes alterações:

Nova Ação: Concentrar - A bruxa diz o que quer fazer baseado nos limites máximos de seu
Na sua ação, a bruxa se concentra, ganhando +1 na ação; poder. O narrador escolhe uma dificuldade de 1 a 5 baseado no que
Cada ponto de concentração pode ser trocado por conservar 1 Rea a bruxa quer fazer.
(a habilidade de conservação de Rea funciona automaticamente) ou - A bruxa rola Improviso(Característica) ao invés de Estudo.
ganhar +1D em seu teste de Estudo ou Improviso. Quando a Bruxa O preço em Rea é Dobrado, podendo ser minimizado com
para de concentrar, a magia é testada na Fase seguinte, sem gastar conservação de rea, ou com concentração.
nenhuma ação (se ela parar de se concentrar na fase de movimento,
a magia é lançada na fase de ação, antes da ação da bruxa. Se ela
parou na fase de ação, a magia é lançada na fase de Ajuste). O
máximo de pontos de concentração que uma bruxa pode ter é a
característica principal de sua escola.

Lançamento sem concentração:

A Bruxa fala rapidamente as palavras mágicas e gesticula velozmente
para não perder tempo. Ela lança seu feitiço pagando o custo total
de Rea (1 por Nível +1 por Arte Mágica) e depois testa sua habilidade
de conservação de Rea para ver se consegue conservar alguma
rea. A Magia é lançada na sua ação mesmo, sem concentrar.

Magias de Reação:
Alguns feitiços são lançados como uma reação ou uma defesa.
Esses feitiços não quebram a concentração da Bruxa.

Perdendo a Concentração:
Se a bruxa for movimentada sem sua vontade, ou receber um ataque
que faça mais dano que sua característica da sua escola, ela perde
a concentração.

Quebrando Magias:
Um feitiço normalmente possui uma duração, que pode ser
instantânea, até permanente. Uma bruxa pode quebrar o feitiço de
Variáveis de Poder (VAP) Distância: A distância de efeito em um feitiço
As variáveis de poder são os limites de cada nível. Quando você
de localização, comunicação, invocação.
lança um feitiço, o máximo de duração, dano, alcance, distância,
Nível Distância
área, tamanho, complexidade e potência da magia tem o limite
1 Uma quadra (cem metros ou 11 áreas quadradas)
baseado no VAP de seu nível.
2 Um Bairro (um quilômetro)
Dano causado, defendido ou curado: 3 Uma Vila (5 quilômetros)
Valor de pontos de vida que o feitiço tira do alvo.
4 Uma Região (10 quilômetros)
Nível Dados 5 Um condado (100 quilômetros)
1 1
2 1d6
Área: Quantos alvos, ou qual espaço
3 2d6 afetado pelo feitiço.
4 3d6
5 4d6 Nível Área
1 Um - Uma pessoa

Duração: Tempo de duração de feitiços. 2 Uma área - Até 5 pessoas

3 3x3 áreas ou 1 casa - até 20 pessoas
Nível Tempo
4 11x11 áreas ou uma quadra - até 50 pessoas
1 1 minuto (6 rodadas) ou Instantânea
5 100x100 áreas ou Uma cidade
2 3 minutos (18 rodadas)
3 1 hora
Complexidade:a complexidade de um
4 1 dia
organismo,objeto, engenhoca, criatura
5 1 Semana ou quantidade de mini-sistemas
interligados.
Potência: Bônus em Habilidades ou
Características. Nível Complexidade
1 Muito simples (Uma polia), Um objeto Mundano
Nível Potência
2 Simples (um motor), um objeto Incomum
1 +1D ou +1
3 Pouco complexo (Um carro), Um objeto Raro
2 +2D ou +1
3 +3D ou +2 4 Complexo (Um computador), Um objeto Exótico

4 +4D ou +2 5 Muito complexo (Vida senciente), Um objeto Lendário

5 +5D ou +3

Alcance: O alcance de um feitiço é

usado para disparar projéteis e magias
direcionadas em um alvo.

Nível Alcance
1 Toque: Na mesma área
2 Curto: 1 área de distância
3 Longe: 3 áreas de distância
4 Muito Longe: 5 áreas de distância
5 Extremamente Longe: 10 áreas de distância
As Simpatias Luz: Ah 1
Todas as simpatias são feitas em um minuto ou uma hora (no caso de Cria um globo de luz ou ilumina um objeto como se fosse uma tocha.
uma poção ou um efeito permanente), e seu efeito tem duração de 1 Requer concentração e foco.
minuto (6 rodadas). Custam 1 REA ou 5 materiais mundanos que são Band-aid: Hippiah 1, zombiah 1 ou ah 1
consumidos no processo. Algumas criam poções que duram 1 dia e Cura 1 ponto de vida de uma criatura, pessoa, planta, golem,objeto,
uma hora ou até serem bebidos ou colocados em algo. máquina ou espírito.
Requer concentração e foco.
Troca de Presente: Zombiah 1, Magmah 1
Ventriloquismo: Ah 1
Transforma um item comum não mágico em outro.
Faz um barulho vir de outra direção (a até 1 área de distância)
Requer concentração e foco no objeto a ser transformado.
Requer concentração e foco.
Lanche: Magmah 1, Aquah 1, Hippiah 1
Levitação: Ah 1
Cria meio quilo de comida, como frutas, doces simples, pães, ou 1 litro
Pode levitar um objeto de até 5kg por 1 minuto.
de água ou suco de qualquer sabor.
Requer concentração e foco na comida que quer conjurar. Morto como eu: Zombiah 1
Fica com a aparência de um morto por 1 minuto. mortos-vivos
Bugiganga: Hippiah 1, Aquah 1, Magmah 1,
ignoram a pessoa.
Cria um item simples de não mais que meio quilo.
Requer concentração e foco no objeto a ser conjurado. Ele dura 6 Desarmar: Magmah 1
rodadas (1 minuto) Faz o alvo derrubar um objeto, que cai em uma área próxima

Má sorte: Chaosah 1 Cabum!: Magmah 1

Faz o próximo teste da pessoa ter -1D.
Consiga uma ferradura, um papel com o nome da pessoa e um galho
de Poppens. Amasse o papel e o galho e queime com fogo por 1 minuto
em cima da ferradura invertida. Coloque em um saco de maldição.
Esmague o saco perto da pessoa.
Boa sorte: Chaosah 1
Faz o próximo teste da pessoa ter +1D.
Consiga uma ferradura, um papel com o nome da pessoa e um galho
de Poppens. Amasse o papel e o galho e queime com fogo por 1 minuto
em cima da ferradura. Coloque em um saco de maldição. Esmague o
saco perto da pessoa.
Desastre ambulante: Chaosah 1
Faz a pessoa ficar desastrada por 1 minuto, derrubando coisas, tropeçando.
Coloque um papel com o nome da pessoa em um copo de água com uma pedra,
tape a boca do copo com um pano amarelo e sacuda por 1 minuto o copo.
Eldritch-Mail: Zombiah 1
Pode enviar uma simpatia via E-mail.
Requer concentração e foco.
Detector: A escola depende do objetivo.
Encontra um objeto ou elemento específico que esteja a até 100m ao
redor do lançador. Corte uma forquilha de madeira comum, e queime
a ponta dela em um fogo feito com sal, galhos de fogueira e um papel
com o nome do que você está procurando. Saia andando e quando a
forquilha achar, ela vai apontar na direção.
Nuvem de chuva: Aquah 1
Cria uma pequena e controlável nuvem de chuva que segue o alvo
por 1 minuto.
Requer concentração e foco.
Um objeto com 3 ou menos pontos de vida explode fazendo 1 de dano
em todos ao redor.
Concha: Magmah 1
O alvo fica com +1D em Resiliência e Disciplina por 1 minuto
Proteção: Zombiah 1
O alvo ganha +1D de Defesa por 1 minuto
Lutar: Magmah 1
O alvo ganha +1D de Ataque por 1 minuto
Sabedoria: Ah 1
O alvo ganha +1D em uma Habilidade dentre Cultura, Natureza,
Modos, Erudição, Avaliação e Comércio por 1 minuto.
Proficiência: Zombiah 1
O alvo ganha +1D em uma Habilidade dentre Esportes, Exploração,
Percepção, Furtividade, Profissão e Talento por 1 minuto.
Foco: Ah 1 ou Chaosah 1
O alvo ganha +1D em estudo e misticismo por 1 minuto.
Enfraquecer: Magmah 1
O alvo fica com -1D defesa por 1 minuto
Perder o fio: Magmah 1
O alvo fica com -1D de ataque por 1 minuto
Encantar:
O alvo fica com -1D em Resiliência e Disciplina por 1 minuto
Burrice: Ah 1
O alvo ganha -1D em uma Habilidade dentre Cultura, Natureza, Modos,
Erudição, Avaliação e Comércio por 1 minuto.
Ineptitude: Zombiah 1
O alvo ganha -1D em uma Habilidade dentre Esportes, Exploração,
Percepção, Furtividade, Profissão e Talento por 1 minuto.
Anuviar: Ah 1
O alvo ganha -1D em estudo, improviso, itens e misticismo por 1 minuto.
Proteção Elemental: Escola depende do Elemento
O alvo ganha 5 pontos de vida extras contra o elemento escolhido. Para
fazer uma poção é necessário um pouco do elemento engarrafado, 1
pedra elemental e uma dose de vinagre, água e óleo. Misture em uma
panela por uma hora em fogo alto. Engarrafe.
Maior por dentro: Chaosah 1
Por 1 minuto um contêiner carrega o dobro do que ele carregaria.
Requer concentração e foco.
Atalho: Chaosah 1
Reduz a distância viajada pela metade. Requer um destino. Dura 1
hora. Apenas o bruxo é afetado.
Requer concentração e foco.
Coma-me: Depende do que é
Aumenta em 2x o tamanho de uma coisa por 1 minuto.
Um biscoito feito com farinha, água, um ovo e 2 porções de slime.
Misture tudo e coloque no forno por 1 hora.
Beba-me: Depende do que é
Reduz em 50% o tamanho de uma coisa por 1 minuto.
Uma poção feita com água, sal, um ovo e 2 porções de slime. Misture
tudo e ferva em fogo baixo por 1 hora.
Invocação de animal: Hippiah 1
Invoca uma criatura específica que esteja a até 100m até o lançador.
Requer concentração e foco.
Reciclar: Zombiah 1
Recicla um objeto pequeno ou carcaça (até o tamanho de um grande
pão) em seus materiais básicos.
É necessário criar um pó especial de reciclagem. Ele utiliza aquamarina
e jaspe moídas, junto com areia. O processo de moagem demora 1 hora.
Magnetizar: Chaosah 1
Magnetiza um objeto ou dois objetos para eles se atraem ou se
repulsam. Pode magnetizar as mãos ou pés de alguém para prender
por 1 minuto (6 rodadas).
Melhorar Característica: Qualquer escola 1
Dá +1 em uma característica por 1 minuto.
Cada característica requer uma poção diferente feita de uma parte
do corpo de um animal, fervido em água por uma hora. 4 porções da
parte são necessárias. As patas para força, a cauda para destreza, o
couro para saúde, a cabeça para inteligência, as orelhas para astúcia
e olhos para empatia.
Criar elemento: Aquah, Magmah 1
Cria uma porção do elemento escolhido. Requer foco e concentração.
Disrupção Sônica: Aquah 1
Cria uma área sem som por 1 minuto.
Pegue um sino e corte o badalo. Coloque ele em um saco com terra,
areia e sal. Misture bem. No momento que precisar, amasse o saco.
Lâmina do Ceifeiro: Ah 1
Pode fazer uma lâmina ferir espíritos por 1 minuto.
Passe algo dos vivos em uma lâmina (um cuspe funciona). Faça uma
oração para a lâmina enquanto a enfia na terra. Quando ela sair ela
ferirá espíritos por 6 rodadas.
Proteção contra espíritos: Ah1
Faz uma área ficar imune a passagem de espíritos por 1 minuto.
Para essa simpatia pegue terra, areia, enrole tudo em um pano preto,
com um fiapo de corda para fora. Na hora que precisar queime o pavio.
Estado Elemental: Magmah 1, Aquah 1
Muda o estado de um objeto de líquido, sólido ou gasoso para outro.
Não funciona em alguns materiais que precisam mais de 20 graus para
mudar de estado.
Saco de Mosquitos: Hippiah 1
Cria em um alvo perto uma nuvem de mosquitos que dão -1D em todos
testes por 1 minuto.
Manchar: Caosah 1
Cobre uma pessoa com acne, verrugas ou pintas, dando -1D para
testes de empatia por 1 minuto.
Shinin on: Chaosah 1
Deixa a pessoa mais limpa, linda e de aparência amigável, dando +1D
para testes de empatia por 1 minuto.
Pressa: Chaosah 1
Por 1 minuto ganha +1 em movimento e +1 em reações.
Asse um biscoito feito com farinha, água, um ovo e pó de poppins.
Boneco Simpatético: Aquah 1
-Cria um boneco do Alvo com uma parte do corpo dele ou pedaço de roupa.
A distância afetada é 9m (1 área de distância) quando o boneco é criado.
-Pode causar sensações leves no boneco -e no alvo- não mais que
incomodativas.
-Pode destruir um boneco sem afetar o alvo
Amarração: Aquah 1
Pode sentir se um alvo está amarrado (com magia reduzida ou anulada)
Ilusão visual: Ah 1
Cria a ilusão de um sentido no Alcance 9m (1 área de distância)
Empurrar: Magmah 1
Empurra o alvo 1 área se ele não passar em uma disputa de misticismo
contra a resiliência dele.
 Minerais - Mundanos (MM’s)

Aquamarina É possível estabelecer uma relação entre os poderes da água-marinha e a água do mar. Isso porque a água em si

Carvão Ao longo de milhões de anos, a madeira sofre um processo de fossilização, e o chamado carvão natural, vai sendo

Cinzas Cinzas remanescentes da queima de coisas. quanto mais poderoso o objeto queimado, mais forte é o poder das cinzas.

Pirita A pirita é a pedra também conhecida como o “ouro-dos-tolos” por sua cor dourada e semelhança com o minério

Sal Significa purificação (e serve como tempero), o sal é muito utilizado para purificar e muitas vezes para feitiços e

Cobre pepitas de Cobre comum

Ferro pepitas de ferro comum

Minerais - Incomuns

A ametista é formada nas cavidades de rochas vulcânicas formadas por bolhas de gás. A origem de seu nome vem
Ametista do grego amethustos que significa “não intoxicar”. Ela é uma pedra roxa e é usada em encantamentos e poções
de purificação.
O nome, jaspe, vem do grego, que significa “pedra manchada”. É um tipo de calcedônia que contém impurezas
Jaspe como óxido de ferro e argila. É opaco e em sua maioria vermelho, verde, amarelo, marrom e raramente azul. O jaspe
é considerado uma pedra de aterramento e estabilidade.
O Quartzo Azul organiza a mente, ajuda a ter mais autodisciplina e desperta em nós um sentimento de coragem,
amor próprio e autoconfiança. Ele é muito útil na meditação pois ajuda a silenciar os pensamentos,facilita entrar
Quartzo Azul
em estado alfa e tem um efeito muito positivo para o emocional.

Um metal leve, muito usado para feitiços e encantamentos de purificação. Usar instrumentos de prata anulam
Prata
poderes de transformação e maldições.
Um metal pesado, moldável e valioso, o ouro é muito valioso. Em encantamentos é usado de material para simbolizar
Ouro
a riqueza e a nobreza.

Minerais - Raras

O quartzo verde é uma poderosa pedra que absorve energias negativas. Também chamado de aventurina, é um
Aventurina cristal na cor verde, considerado um dos minerais mais raros em Hereva. Encontrado somente nas profundezas
da terra.
Esta pedra é capaz de fazer verdadeiros milagres na vida de quem a leva como um amuleto. Ela atrai boas
Mica oportunidades, prosperidade e sucesso para a sua vida, não em apenas um aspecto, mas em todos os possíveis.
Usada em poções e como reagentes que lidam com a sorte, o azar e o destino.
A Sodalita fortalece muito a Disciplina e ajuda a despertar os poderes superiores da mente. É uma pedra excelente
Sodalita
para a meditação e protege contra energias negativas.
O mithril é um metal extremamente leve e resistente. Tem a dureza do aço, com metade do peso. Usado em armas
Mithil
e armaduras leves que não atrapalham o usuário
 Plantas e Flores - Mundanas

Um cogumelo comum de florestas, possui a cabeça lisa e embaixo dele manchas que parecem um bigode podem
Chapéu do Mário ser vistas. Usado em poções e feitiços de transformação.
Uma planta comum e cheirosa, muito usada em temperos e chás, tem folhas largas e suculentas. É um
Erva de Cheiro ingrediente comum para poções de cura.
Com folhas longas e lisas, possui cheiro de peixe se esmagadas. Encontrada na borda de pântanos, é muito
Erva de Gato usada para curar feridas (e gatos adoram)
Uma erva que tem as folhas com textura de lã. Cresce em bosques perto de lagos e é usada muito em poções
Erva Lanosa relativas aos sentidos
O Faucho é uma planta com galhos compridos e folhas em formato de gota. Por séculos é usada em bálsamos
Faucho para dor nos olhos, restaurando o cansaço de leitura e afiando a visão.

Usada principalmente em decoração, Holvi cresce muito ao redor de lagos, e é chamada de “Princesa do lago”.
Holvi Quando suas folhas são queimadas, o fumo alivia a ansiedade.
Conhecida pela sua flor azul em formato de bola de algodão, o poppens possui folhas compridas e dá em
Poppens planícies. Dizem que dá muita sorte, e é usada em casamentos e festas de aniversário.

Plantas e Flores - Incomuns

Encontrada muito em regiões costeiras, a baga do Berilu da terra pode ser comido e é bem nutritivo. Esfregar
Barba de Chuck suas folhas de cor verde-mar e cerosas entre os dedos ajuda a manter a concentração.
Encontrada muito em regiões costeiras, a baga do Berilu da terra pode ser comido e é bem nutritivo. Esfregar
Berilu da Terra suas folhas de cor verde-mar e cerosas entre os dedos ajuda a manter a concentração.
Reconhecida pela cor amarelo forte das folhas e a rugosidade das mesmas, o fulvo meloso cresce em florestas em
Fulvo Meloso arbustos fofinhos. Suas bagas são remédio para diversos males, principalmente venenos.

Com folhas que crescem do talo em grupos de 3, tocar as folhas com os dedos deixam eles levemente
Górgona de Lina adormecidos. A baga se comida paralisa a criatura que a comeu por uma hora.
Um cogumelo venenoso se comido, seu extrato anula os efeitos de magias que mexem na mente. Porém deve ser
Mostarda do Mato usado com muito cuidado para não matar quem o ingere. Cresce em pântanos perto de rios.
Uma planta que parece um pote de mel com folhas amarelas saindo para fora, encontrado em confins onde se
Santonina Melaço perdem as botas, é muito boa como vermífugo, se comida pura. Em poções, sua seiva é utilizada para resistência
e dar uma cor boa para a pele.
Uma planta incomum, mas fácil de achar em bosques, possui flores que têm exatamente 5 pétalas violetas. Possui
Vestido de fada
capacidades soporíferas e é usado em chás e tinturas.

Plantas e Flores - Raras

Esta planta encanta as pessoas e criaturas. Seu cheiro, quando colhida durante a noite é alucinante e
Bella Morte
lentamente vai deixando as criaturas insanas com desejos obsessivos.
Uma planta fácil de ser encontrada, pois suas flores soltam um pólen que brilha no escuro. Nitidamente mágica,
Dama da Escuridão é usada em rituais para aumentar o poder. Somente crianças podem colher essa planta, do contrário ela perde as
propriedades mágicas.
Uma planta com um bulbo redondo e rosáceo. O cheiro das folhas lembra manteiga. O Bulbo é usado em poções
Eteh Beeloo
que aumentam o conhecimento.
Encontrada apenas em altas montanhas, a Galzan é reconhecida pelas folhas esmeraldas e cortantes. O Bulbo
Ganzan de Malóvia
fica enterrado e é de cor azulado. Usado para recuperar a força e vitalidade.
Encontrada em bosques, é muito boa para tratar a bexiga, parece uma alga branca pendurada como uma barba
Planta aquática de
de um velho senhor. Em grandes quantidades é usada em poções para adivinhação. Depois de beber uma ou
velho
mais poções de planta aquática de velho, vai dar uma vontade violenta de ir ao banheiro.
Uma raiz difícil de se encontrar. Criada em colinas, a única coisa que separa a cabeça dela de um chumaço de
Raiz de Mandrágora
plantas é um barulho de choro muito fraco. Usado para anular feitiços de transformação.
Difícil de se encontrar, esse cogumelo escuro só aparece à noite e desaparece de dia. A sabedoria popular diz
Toca da Noite
que ele contém energia das sombras.
 Outros reagentes e materiais - Mundanos

Asa de Morcego A asa de um morcego contém energia negativa e das sombras. Encontrado em cavernas, grudado em morcegos.
Cauda de animal Representa o balanço, o afeto, e a lembrança e confiança.
Chocolate Choco, choco, choco, é de chocolate. Usado para dar energia, felicidade e é muito gostoso.
Ferradura Um ingrediente comum, é usado como símbolo de sorte, e usado em feitiços e poções de Chaosah.
Apiscatto são gatinhos com asas de abelhas que fazem mel. O mel deles é muito gostoso e levinho, a única
Mel de Apiscatto
dificuldade em colher mel é não receber arranhões.
Patas de Grilo gigante As patas de um grilo gigante são usadas em feitiços e encantamentos de música, atração e incomodação.
Suco de frutas
Suco de diversas frutas vermelhas como morangos, cerejas, amoras, framboesas e afins.
vermelhas
Fácil de conseguir: Exploda um slime e guarde os pedaços. Usado como reagente de homogeneização, é altamente
Slime
inflamável e grudento.
Xixi de Kobald O autor desse jogo se nega a explicar esse reagente e como consegui-lo.

Outros Reagentes e Materiais - Incomuns

Dente de Animal O dente de uma fera, simboliza a garra, comer, vencer. Quanto mais perigoso o animal, mais raro o reagente.
Dente perdido em uma Usado em poções e encantamentos para combate, luta e conflitos. Pode ser um item muito fácil de se conseguir, se
briga você estiver preparado para perder um dente.
Fóssil Simboliza a eternidade e o tempo. Encontrado normalmente em escavações de ruínas antigas.
Não é um material difícil de conseguir, mas necessita esmagar muitos insetos e coletar sua gosma. Porém, se
Gosma de Inseto
conseguir que um inseto gigante deixe, pode coletar direto de seu ninho em grandes quantidades.
Inseto preso em âmbar O inseto preso em âmbar é usado em feitiços de tempo, conhecimento antigo, contenção e eternidade.

Meleca de Gigante Complicado de se conseguir, literalmente é meleca do nariz de um gigante.

As Ágatas são uma variedade do Quartzo, encontradas principalmente em rochas vulcânicas, sendo espécies de nódulos
Pó de Ágata roxa
que se formam em antigas lavas. É uma pedra simbolicamente relacionada à amizade e à justiça, e a longevidade.
Representa o mar e suas criaturas, e prender, agarrar e absorver. Também usado em feitiços abissais e cthulhianos
Tentáculos
(seja lá o que seja isso)

Outros Reagentes e Materiais - Raras

A areia de ferro é um ingrediente raro, pois a cada 1000 grãos de areia, um é negro. Esse grão é a areia de ferro.
Areia de ferro (pote)
Usado em armas e feitiços de expulsão e exorcismo de espíritos ruins.
Arma quebrada em
Esse ingrediente é usado em feitiços que tenham como objetivo vingança. Dá muita força negativa ao feitiço.
uma traição
Uma carta escrita por um amor perdido. Talvez um dos ingredientes mais difíceis de se encontrar, pois normalmente
Carta de amor perdido
são rasgados. Usado em encantamentos para dissipar encantamentos e dores de cotovelo.
As lágrimas de fênix podem curar qualquer veneno, inclusive os mágicos. O mais difícil é fazer uma fênix chorar,
Lágrimas de Fênix
mas nada que um monte de cebolas cortadas não resolva.
Madeira de foi atingida Complicado de se encontrar em mercados, o melhor jeito de conseguir um reagente desses é fazer cair um raio em
por um raio uma árvore. Usado para resistência elemental.

Olho de vigia O olho de vigia é usado em feitiços de detecção e ver a verdade.

as Lendas descrevem a criatura como um grande pássaro capaz de criar tempestades e trovões enquanto voa. Ele
Pena de pássaro
pode partir as nuvens ao voar por entre elas, e o bater de suas asas gera o som poderoso como de um trovão. Seus
do trovão
olhos e garras emitem um brilho pulsante como o de um relâmpago. A pena contém esse poder.

Seda de Pixie são as mais belas e leves sedas. Só é conseguido em comunidades de pixies e normalmente custa
Tecido de Pixie
muito caro.
 Consumíveis Mundanos: Os itens mundanos custam 50 Ko cada e usam 4-5 materiais mundanos no valor total de 20 Ko

Bomba de Cola A cola imobiliza o alvo por 6 rodadas caso não passe em um teste de defesa. O procedimento é o mesmo da bomba
Bomba de Espuma Cria uma área de espuma que apaga fogo e deixa todos cobertos de espuma. A receita é a mesma da Bomba de
Bomba de Fumaça Cria uma área de fumaça densa (-2D para ver ou atacar). Para fazer coloque duas porções de Sal, uma de mel de
Bomba explosiva Explode fazendo 1d6 dano com muito barulho. Boa para estragar coisas. O procedimento é o mesmo da Bomba de
Em 1 área, todos inimigos fazem teste de Resiliência (1) para não perderem 1 ação. A receita é a mesma da Bomba
Bomba Flash
de Fumaça, mas ao invés de mel de apiscatto, use uma porção de enxofre.
Bomba incendiária Cria uma área de fogo. Fogo faz 1d6 dano por rodada, até o dado dar 1 ou ser apagado. O procedimento para criar
Aplicada em uma criatura ela ganha +3D para nadar e nada em velocidade dobrada. Porém não pode mergulhar.
Óleo da flutuação
Para fazer esse óleo, em uma panela coloque 3 porções de água, 1 porção de faucho inteiro e 3 aquamarinas
Aplicado em uma arma, ela causa 1 de dano a mais por 1 minuto do elemento escolhido (fogo, vento, raio, gelo ou
Óleo Elemental sombra). Para fazer essa poção é necessário criar um pouco do elemento usando simpatias. (Magia da sombra apenas
Bruxas de Zombiah tem acesso). Engarrafe uma porção de óleo comum, com uma Jaspe dentro. Deixe parada por 24
Pedra de Realidade Contém 1d6 Rea. quebre para absorver. Esta pedra requer uma aquamarina e uma semana de trabalho duro,
Faça um gargagejo com a poção e poderá imitar qualquer som com a boca por 6 rodadas. Misture em uma panela
1 porção de sal, uma de mel de apiscatto, uma de suco de limão e uma de suco de frutas vermelhas. quando ficar
Poção da BeatBox
tudo homogêneo, acenda o fogo até passar de fervido. Deve ficar na metade do volume inicial e de cor rosa. Deixe
esfriar e engarrafe.
Faz a pessoa falar coisas sem sentido por 1 minuto. Ninguém consegue entender a pessoa.
Poção da Bobageira Coloque em um caldeirão: Uma planta Holvi, meio litro de água, uma pata de grilo gigante amarrada com barbante 5
vezes. Deixe cozinhando por 1 hora e quando apagar o fogo, jogue um seixo dentro. Dá uma dose de poção.
Toda vez que o alvo que beber mentir, a pessoa que fez a poção saberá.
Poção da Detecção de Aqueça em um caldeirão uma porção de erva de cheiro, duas porções de folhas de limão e um litro de água. Aqueça
Mentira em fogo forte por uma hora enquanto toca uma sineta. Quando acabar a hora jogue a sineta no caldeirão. Dá uma
dose.
Quem beber essa poção dá uma risada grande e calorosa, e todos que ouvirem ela devem fazer um teste de
Poção da Doença do Disciplina(Empatia) ou ficar rindo também sem poder fazer nada além de rir. Dura 10 minutos, ou 60 rodadas. Para
Riso fazer coloque uma porção de mel de apiscatto com um chapéu de mário em um tacho e esquente até ele derreter,
quando derreter, coloque uma erva de cheiro e pó de jaspe. Misture sem parar por uma hora. Engarrafe.
Poção da Derramada em uma comida faz a aparência, cheiro e gosto da comida melhor. Em um tacho de pedra, misture água,
Gourmetização sal, pó de jaspe, dois chapéu do Mário e cozinhe por uma hora. Quando reduzir, coloque em uma garrafa de vidro.
Quando você beber essa poção, suas roupas ficarão impecáveis, e sua arma e armaduras lindas e polidas. Você
parecerá que tomou banho também, ficando impecável. Se você não tiver ferimentos e não estiver fazendo nada
indignificante vai parecer uma pessoa realmente importante por uma hora. (dá +1d em testes sociais). Para fazer essa
Poção da Grandeza
poção misture 3 poções de mel de apiscatto e uma de faucho em uma panela. Quando estiver bem homogênea acenda
o fogo e cantarole uma música bem divertida. Se a música for divertida a magia fará a poção borbulhar seguindo a
batida. Esquente por uma hora e engarrafe.
Poção da Lâmina do Quando colocada em uma arma, a mesma consegue ferir espíritos por 6 rodadas. Use a mesma receita da poção do
Ceifeiro sobrenatural, mas ao invés de faucho, use cinzas.
Poção da Meia A garrafa dessa poção parece estar meio cheia (ou meio vazia) de um líquido roxo. se beber role 1d6. Par você fica
invisibilidade invisível da cintura pra cima, ímpar, da cintura pra baixo. Dá +1D em furtividade. Dura 3 minutos ou 18 rodadas.
Por 1 minuto, o alvo tem noção de coisas ao redor que podem feri-lo, como inimigos ou armadilhas. Não pode ser
Poção da Noção do pego desprevenido. Aqueça em um caldeirão uma porção de Slime, um galho de Faucho, Sal e um litro de água.
Perigo Aqueça em fogo forte por uma hora enquanto toca uma sineta. Quando acabar a hora jogue a sineta no caldeirão.
Dá uma dose.
Colocada em algo morto ou não vivo, em 6 rodadas transforma o objeto nos seus elementos básicos. Para fazer ela,
Poção da Reciclagem
crie uma poção de ácido, mas use ao invés de carvão, uma Pirita.
Por 1 minuto você ganha resistência a um elemento (Fogo, gelo, raio, vento, escuridão). Assim, se receber dano
Poção da Resistência
pelo elemento, remova dois do dano final. O jeito de fazer a poção é o mesmo da poção de óleo elemental, mas ao
Elemental
invés de óleo, use água.
Por 1 dia você não precisa comer nem beber. Após isso você fica faminto e com muita sede. Pegue 2 porções de
comida, 2 de água, e 2 de holvi. Coloque em uma panela. Bata na panela com uma colher de pau enquanto canta a
Poção da Sustentação
música da comida de Magmah. Quando acabar a música acenda o fogo. Se tudo der certo, todos os ingredientes se
transformação em líquido. Engarrafe.
 Quem beber essa poção recupera a exaustão por uma hora. Após uma hora, a pessoa fica exaurida. A cor dessa poção
Poção da Vaca Bege é bege e o gosto lembra leite. É a mesma receita da poção de sustentação, mas ao invés de água, use leite.
Quem beber essa poção vira a criatura no qual os ingredientes foram pegos. Requer três porções do animal que
Poção de Animalizar quer transformar (pelo, osso, órgãos, garras), meio litro de água, um cogumelo Chapéu do Mário. Cozinhar por 1
hora em temperatura média. Dá uma dose de poção.
Poção de Antídoto Cura venenos de tipo mundano. É feito misturando 2 doses de Erva de Gato e duas doses de Erva de cheiro em um
Comum caldeirão com 3 litros de água, deixe ferver por 1 hora.

Colocada sobre um objeto aumenta ele em 2x o tamanho por 6 rodadas. Para fazer essa poção, misture em um caldeirão
Poção de Aumentar
2 caudas de animais, 1 meleca de gigante e um litro de água. Misture tudo e reduza por uma hora em fogo médio.

Cura 1d6 pontos de vida. É feita em um pequeno caldeirão misturando um litro de água, e 4 galhos de Erva de
Poção de Cura
Cheiro, deixe reduzir. Dá uma poção

Por 6 rodadas, consegue falar com qualquer animal. É necessário gargarejar essa poção e cuspir fora. Use a
Poção de Falar com
mesma forma de fazer que a poção de beatbox, mas use os seguintes ingredientes: 2 Ervas de gato, cauda de
Animais
animal, asa de morcego.
Por 6 rodadas, consegue falar com qualquer planta. É necessário gargarejar essa poção e cuspir fora. Use a
Poção de Falar com
mesma forma de fazer que a poção de beatbox, mas use os seguintes ingredientes: 2 Erva de cheiro, 1 poppins
Plantas
e 1 holvi.
Essa poção quando quebrada nos pés de alguém cria uma nuvem chuvosa que fica seguindo essa pessoa por
Poção de Nuvem de
uma hora ou 360 rodadas. A pessoa fica molhada, e têm -1D em testes. Para fazer é necessário um litro de
chuva
vinagre, gelo, sal e uma aquamarina. Misture tudo em um caldeirão por uma hora.
Quando beber essa poção azul ciano, suas orelhas viram orelhas de um lobo das neves, e você ganha +1D em
percepção (audição) por uma hora. A poção parece ter cera de ouvido no fundo dela. Para fazer essa poção
Poção de Ouvidos de
coloque em um funil um chumaço de pelo de lobo. Escorra mel de apiscatto enquanto o que cair na panela é
Lobo
fervido com água e holvi em fogo baixo. Quando o litro de mel acabar, o pelo deve ter sumido. Apague o fogo,
deixe esfriar e engarrafe.
Quem beber ganha +1D defesa por 6 rodadas. Ingredientes dessa poção: 3 patas de grilo gigante, uma asa
Poção de Proteção de morcego. Misture tudo em um caldeirão com água de rio (apenas água de rio), e ferva em fogo alto por 15
minutos. Separe e engarrafe. Jogue fora o que estiver sobrado no caldeirão, pois criará miasma.
Absorve 2d6 de dano feito por magia. Dura 6 rodadas. Para criar é necessário pegar uma pedra de aquamarina
Poção de Proteção e moer em um moedor, misturando com água em uma garrafa. Após isso é necessário um ritual de uma hora
Mágica onde o alquimista lança simpatias na sequência em cima da poção. Quando acabar a hora, deixe a poção no sol
por mais uma hora.
Colocada sobre um objeto reduz ele em 50% o tamanho por 6 rodadas. Para fazer essa poção, misture em um
Poção de Reduzir caldeirão 2 caudas de animais, 1 garraf de xixi de kobalde e um litro de água. Misture tudo e reduza por uma
hora em fogo médio.
Ganhe +1D de resistência a magia por 1 minuto. Para criar essa poção é necessário um ramo de holvi, um litro
Poção de Resistência
de água, e três jaspes. Coloque tudo em um caldeirão e misture por uma hora em fogo médio. Espere esfriar e
a magia
engarrafe.

Quem beber essa poção fica com a aparência de um zumbi. Mortos-vivos não inteligentes o ignoram até o final
Poção de Sangue de
do efeito da poção (que é uma hora). Essa poção tem cor branca e leitosa.
Zumbi

Usado em um objeto, faz ele mudar de cor. É necessário misturar em um caldeirão com água pó de Poppens e 3
Poção de Tintura
partes de uma flor da cor da tintura.

Recupera machucados enquanto descansa. Dá 2d6 quando descansar em pontos de vida. É feito com um litro
Poção de Tratamento de água em um caldeirão em fogo baixo, e quando a água ferver misture 2 doses de Erva de Cheiro e duas doses
de Poppens. deixe 5 minutos.
Quando beber essa poção laranja, seus olhos viram amarelos como uma águia e você ganha +1D em percepção
Poção de Visão da
(visão) por uma hora. A poção tem gosto de terra. A receita é a mesma da de ouvidos de lobo, mas use uma pena
Águia
de águia.
Dá +1D de Ataque por 6 rodadas.Ingredientes dessa poção: 3 ferraduras, uma adaga. Misture tudo em um
caldeirão com água de um lago (apenas água de um lago), e ferva em fogo alto por 15 minutos. Separe a mistura
Poção do Ataque
e engarrafe. Jogue fora o que tiver no caldeirão, pois está amaldiçoado.
 Muda a aparência física da bruxa e suas roupas.
Requer uma imagem da pessoa e/ou das roupas (colorida), meio litro de água, um cogumelo chapéu do Mário,
Poção do Disfarce um chumaço de cabelo da cor que quiser, um pedaço do tecido que quiser parecer. Cozinhar por 1 hora em
temperatura baixa. Dá uma dose de poção.
Quem beber essa poção ganha +1D em comércio por uma hora. O usuário só consegue falar e escrever a verdade
e não consegue mentir. A poção é azul e tem gosto de tinta de caneta. Misture uma porção de tinta com uma
Poção do Fletcher
porção de água e uma poppens dentro de uma chaleira.. Quando ferver, engarrafe quente. Espere esfriar e
conte uma mentira para a poção, se ela ficar azul, o encantamento funcionou.
Quando beber essa poção verde, seu nariz fica comprido e você ganha +1D em percepção (olfato) por uma hora.
Poção do Olfato do
A poção é verde como se fosse meleca de nariz. A poção é a mesma da poção de ouvido de lobo, mas use uma
Elefante
jaspe no lugar do pelo e meleca de gigante no lugar do mel.
Bebendo essa poção, a pessoa ganha 5 pontos de vida extras por um minuto. A poção tem cor marrom e cheira
a carvalho. Para fazer essa poção é necessário misturar em um caldeirão uma porção de água, 2 porções de
Poção do Reforço
chocolate, uma de mel de apiscatto e uma de hortelã. ferva em fogo baixo por uma hora e engarrafe.
Por 1 minuto você ganha +1D em ataques a distância. Essa poção é clara e tem gosto de gengibre com limão.
Para fazer: Misture em uma panela uma porção de água, uma de gengibre, 2 de suco de limão, 3 de faucho.
Poção do Sniper
Esquente em fogo alto por 15 minutos, bata na panela 3x com a colher de pau, e reduza o fogo para baixo.
Continue misturando até completar uma hora. Engarrafe quente.
Beba essa poção e consiga falar e ver espíritos por 6 rodadas. Para fazer essa poção é necessário 3 galhos de
Poção do Sobrenatural
faucho, um pouco de terra de cemitério e 1 litro de água. Ferva tudo até ficar de cor esbranquiçada. Engarrafe.
Quando beber essa poção seus olhos emitem luz como uma forte lanterna por uma hora. Por um minuto durante
Poção dos olhos de
esse tempo você pode ganhar visão de raios-x.
lanterna

Suficiente para fazer 1d6 de dano e derreter armaduras (remover 1D defesa). Para fazer coloque um funil de
pedra sobre um tacho de pedra. Coloque uma pedra de carvão no funil e deixe pingando um litro de vinagre,
Vidro de Ácido
uma gota a cada 3 segundos. Deixe o que escorrer ficar no tacho. Após uma hora, o que tiver no tacho se chama
enxofre. Misture o enxofre com 1 porção de água e 1 porção de sal por 1 hora. filtre em uma garrafa de vidro.
Incomuns: Itens Incomuns custam 200 Ko cada e utilizam em sua composição materiais e reagentes Incomuns.

Poção da Agilidade Por 3 minutos você ganha +1 de agilidade

Poção da Astúcia Por 3 minutos você ganha +1 Astúcia

após beber essa poção pode baforar um jato de bolhas coloridas em uma área de 30mx15m em cone. Todos
nessa área se pegos pela baforada ficam com -2 dados de ataque, +2 dados de defesa, e se movem metade
Poção da Baforada de
do deslocamento, pq as bolhas ficam no caminho de tudo. As bolhas grudam em tudo, e para remove-las é
Bolhas
necessário um teste de agilidade. Se estiverem no chão, a área parece uma grande pilha de bolhas fofas, como
colchões redondos.

Dá +1 de Empatia para quem beber. Dura 3 minutos ou 360 rodadas.

Poção da Belezura

Se você beber essa poção, ganha 25 kilos. Se colocar sobre comida, a comida se multiplica em mais 3d6 porções
Poção da Bonanza da comida original, perdendo quaisquer propriedades mágicas que a comida original continha. -Comida- aqui
se refere a comida humanoide apenas.

Poção da Bravura por 1 minuto, quem beber essa poção ganha +3d de Disciplina.

Poção da Coragem por 1 cena, quem beber essa poção ganha +1d de Disciplina

Poção da Estoicidade por 1 minuto, quem beber essa poção ganha +3d de Resiliência.
 A Graxa soberana é a graxa perfeita. Muito usável em maquinários de zombiah, já que cobrir um objeto o
deixa sem fricção. Se bebido, por um dia nada fará efeito no que você comer, pois tudo vai passar direto. É
Poção da Graxa
praticamente invisível quando passada bem fininha em pisos. Tem quase a mesma fórmula do ácido soberano
Soberana
com exceção de 1 parte da equação. Divertidamente é a parte que todo mundo troca.

Poção da Inteligência Por 3 minutos você ganha +1 Inteligência

Poção da Morte Essa poção foi criada por Zombiah ou por Ah, eles até hoje brigam pela autoria dela. Você bebe essa poção. Você
Imortal morre. 30 minutos depois você acorda vivo. Se usada em alguém morto, faz virar um zumbi descontrolado.

Poção da Musculatura Por 3 minutos você ganha +1 de força

Por uma hora, nada, nem mesmo objetos inanimados, querem ficar perto de você. Criaturas precisam passar
em um teste de Disciplina para chegar perto de você. Objetos não chegam de jeito nenhum. Você ganha +5D
Poção da Repulsão
contra flechas e objetos arremessados contra você. Ah, provavelmente suas roupas e suas coisas vão fugir de
você também.

Poção da Resistência por 1 cena, quem beber essa poção ganha +1d de Resiliência

Poção da Saúde Por 3 minutos você ganha +1 de Saúde e +6 pontos de vida

Quando o alvo beber essa poção ela acreditará na primeira coisa que disserem a ela. Claro, se você disser pra
ela “Eu sou um crocodilo” ela não vai acreditar pois você não parece com um crocodilo. A menos, é claro, que
você seja um crocodilo. aí ela vai acreditar porque pode ver que você é um crocodilo. Agora, se você disser
Poção da Veracidade “sua casa está sendo invadida por baratas gigantes” ela vai acreditar, e fazer algo com essa informação. A
menos, é claro, que ele esteja na frente da casa dele e veja que não existam baratas gigantes invadindo ela.
Assim, é uma poção que faz o alvo acreditar em tudo que ele não possa comprovar imediatamente. Isso até ele
conseguir provar.
Quem beber essa poção ganha a habilidade de atirar víboras pelos dedos, como se ele (o dedo) fosse um arco
(e a víbora uma flecha). Cada víbora se acertar um alvo o envenena. Essa habilidade dura 1 minuto, e deixa um
Poção das Víboras
monte de víboras confusas e chateadas no chão.

Esse pequeno vidro (precisa ser vidro ou adamantina, com uma tampa de vidro ou adamantina) possui o ácido
Poção de Ácido
mais poderoso do mundo. Se bebido, faz um estrago imenso. Pode corroer qualquer coisa, e, se deixado solto,
Soberano
faz um buraco até o mundo inferior.

O personagem por 30 minutos fica 1/10 de seu tamanho. Sua força é 1 e ele não causa mais que 1 de dano. Ele
Poção de Encolher
recebe +3 defesa pelo tamanho, mas recebe o triplo de dano.

Poção do Adivinho Beba a poção e faça uma pergunta para os espíritos. Eles responderão com sinceridade, mas só podem responder
de Ah coisas como “Por que” ou “Como”.

Poção do Adivinho de
Beba a poção e faça uma pergunta para os espíritos. Eles responderão com sinceridade, mas só podem responder
Aquah
coisas como “Quando” ou “Onde”.

Poção do Adivinho de Beba a poção e faça uma pergunta para os espíritos. Eles responderão com sinceridade, mas só podem responder
Chaosah coisas como “Quem”.

Bebendo essa poção você fica bi-dimensional, mais fino que papel. Pode passar por frestas, esconder-se atrás
Poção do Atrasdetu
de móveis, e se alguém lhe ver, pode virar de lado e parecer invisível para essa pessoa. dura 10 minutos.

Bebendo essa poção um braço novo cresce em você. No lugar mais estranho, como nas costas, na cabeça, no
Poção do Braço extra joelho. Esse braço pode ser usado, mas todos os testes dele tem 1 dado apenas (ele é desengonçado e difícil de
controlar). Dura uma hora.
 Após você beber essa poção, durante um dia você pode “roubar” uma baforada. Se uma criatura (como um
Poção do Ladrão de dragão) baforear fogo, gelo ou raio, você “puxa” essa baforada e guarda ela em seus pulmões, por 30 segundos
Baforada por ponto de saúde ou até você resolver soltar essa baforada (fazendo o mesmo efeito que a baforada original).
Funciona também contra gases e ventos. A baforada guardada em você não faz efeito nenhum ruim.
Por 1 hora tudo que você engolir não vai fazer efeito nenhum. Pode engolir espadas, veneno, qualquer coisa
Poção do Poço sem
que couber dentro de sua boca. Se jogada no chão, faz um poço de um metro de diâmetro sem fundo que
Fundo
desaparece em 1 hora.

Pedra de Realidade
quebre para absorver 2d6 Rea.
Grande

Poção da Velocidade ganhe +1 de movimentação por 3 minutos.

Poção da Resistência
absorve 3d6 dano por magia feitos em quem beber a poção.
Maior

Poção de Restauração Quebra feitiços de transformação, fazendo a pessoa ou objeto voltar a forma original.

O melhor café do mundo te deixa acordada e esperta por uma noite inteira. Ganhe +1D em todas habilidades por
uma noite. Para fazer: misture em uma panela 3 gotas de névoa de tempestade, 5 frutas vermelhas de qualquer
Melhor café do mundo
tipo (ou um vidro de suco de frutas vermelhas) e uma porção de cascas de ovo de fênix. Misture tudo em um
litro de água por uma hora. Sirva quente. Dá para 3 porções

4 - Magias por escolas

As magias com um * são feitiços que a Bruxa aprende que
dão um benefício mágico, como a capacidade de usar
uma Metamagia ou uma habilidade. Esses feitiços não são
lançados, mas quando aprendidos dão a bruxa a capacidade
de usar seus benefícios. Uma bruxa não consegue usar esses
feitiços através de grimórios ou pergaminhos, para eles
terem efeito ela precisa gastar 1 experiência e aprender o
feitiço.
Aumentar ataque, defesa ou habilidades físicas : Dá mais
dados para Poder
Aumentar Estudos, furtividade ou habilidades mentais : Dá
mais dados para Malícia
Melhorar Saúde: Dá +5 Vitalidade para o Monstro e +1 de
Abalar por cada ponto.
Melhorar Inteligência: Dá +1 Rea para o monstro para cada
ponto.

As magias que possuem níveis, como Empoderar 1, 2 ou 3
não requerem ser aprendidas a cada nível. Saber um nível
dela já basta para ter acesso a todos os níveis que a bruxa
puder lançar.
Muitas magias descritas aqui afetam criaturas aumentando
ou diminuindo características ou habilidades. Como vimos no
capítulo 7, monstros não utilizam as mesmas características
que os personagens, assim, essas magias afetam monstros
de outra forma.
Quando uma magia ter resistência de Resiliência ou defesa,
monstros utilizam poder. Quando for disciplina, o monstro
usa malícia. Se ele tiver uma monstrice que o protege,
como “mágico” ou “armadurado” ele usa sua ameaça como
característica, se não, utiliza o valor base de 2.
4.1 - Magia de Ah
4.1.3 - Feitiços de Ah
Nível 2

Melhorar ou Piorar Força, Destreza: Melhora ou piora a Aura de Luz*

ameaça do monstro quando o mesmo usa poder. Aumenta o
valor básico de (2) para testes físicos.
Melhorar ou piorar Empatia ou Astúcia: Melhora ou piora a
ameaça do monstro quando o mesmo usa malícia. Aumenta o
valor básico de (2) para testes mentais.
A bruxa emite uma aura quando ela quiser. Essa aura afasta
mortos vivos e ilumina como uma tocha.
Dormir ou Acordar
Alcance: 3 alvos perto da bruxa
Os alvos precisam vencer uma disputa de estudos x
disciplina contra a bruxa ou vão sentir muito sono e dormir
no ato. Qualquer toque nos dorminhocos ou barulho alto faz
os mesmos acordar. Senão eles dormem por pelo menos 3
minutos. A magia pode ser lançada para o efeito contrário,
acordando todos que estiverem dormindo.
Empoderar Empatia
Dá +1 de Empatia para um alvo por 3 minutos. Também pode
ser usado para remover Empatia, dando -1 de empatia para
um a três alvos por 3 minutos.
Ilusão simples
Alcance: 1 área
Cria uma ilusão que engana até 2 sentidos de quem a
percebe. Ela dura 3 minutos (18 rodadas).
Invisibilidade
Alcance: 1 alvo tocado
O alvo por 3 minutos fica invisível, enganando a visão e a
audição de quem o veria e ouviria.
Invocar Espíritos 2-3
Alcance: 1 área
Invoca um espírito de um tipo específico que fica na área
por 3 minutos (18 rodadas). Nesse tempo ele pode conversar
com a bruxa, fazer contratos, e agir em prol dela se a mesma
convencer o espírito
Levitação
A bruxa pode levitar e viajar a 10km/h. A levitação dura 18
rodadas (3 minutos).
Localizar
Alcance: 10 áreas ao redor da bruxa
A Bruxa pensa no que ela precisa localizar, e tudo que
estiver ao alcance que bata com o pensamento da bruxa é
encontrado no olho da mente dela.
Luz sagrada
Alcance: 1 área
A bruxa cria uma área de luz que além de iluminar causa
dano em mortos-vivos. O dano é de 1d6 se o morto-vivo não
passar em uma disputa de Estudos contra sua Resiliência.
Mão fantasma
Alcance: 1 área
A bruxa controla uma mão fantasma com sua própria mão,
que possui força 3 e alcança até 1 área de distância dela. A
duração do feitiço é de 3 minutos.
Prender espírito
Alcance:1 área, 1 espírito
Com esse feitiço, a bruxa prende um espírito ou uma criatura
das sombras em um recipiente (como uma garrafa com
tampa). Para isso, ela precisa fazer um ritual movimentando
os braços imitando “jogar” o espírito na garrafa. Ela disputa
o Estudo contra a Resiliência do Espírito para prender o
mesmo até a garrafa ser aberta.
Senti(mentos)
Alcance: 1 área
A bruxa se concentra em um sentimento e um alvo. O alvo
precisa vencer em um teste de estudos contra sua disciplina
ou aquele sentimento ficará à flor da pele. Dura 10 minutos
(60 rodadas).
Sorte de iniciante
Alcance: a bruxa
A bruxa ganha 1d em uma habilidade que ela não possui. Na
verdade, isso não tem nada de sorte, e sim de adivinhação do
que fazer. Esse feitiço dura 18 rodadas ou 3 minutos.
Visão além do alcance
Alcance: 10 áreas ao redor da bruxa
A bruxa se concentra em um local dentro da área do feitiço e
ela pode ver e ouvir tudo que está acontecendo no local por
3 minutos (18 rodadas)
Zona cega
A bruxa cria uma área que é imune à adivinhação. Bruxas
tentando ver ou ouvir com clarividência dentro daquela
área precisam ter Ah maior que o da bruxa que lançou o
feitiço.
Nível 3
Cabeçologia
Remove ou incute uma ou mais condições mentais de um
alvo. Para incutir, é necessário vencer em um teste de
estudos contra disciplina.
Conexão
Liga 2 ou mais mentes (até 5). Elas podem conversar como
se estivessem próximas. A distância máxima que uma pode
estar da outra é 11 áreas (100 metros)
Destruir espírito
A bruxa, com um estalar de dedos, desfaz um espírito de
nível até 6. O espírito demora 1 hora pra se recompor. Precisa
vencer um teste de Estudos contra Disciplina.
Empoderar Empatia 2
Como empoderar empatia, mas dá +2 ou -2 de empatia e a
duração é 1 hora. Pode atingir até 5 alvos.
Invocar espíritos 4-5
Invoca espíritos de nível 4 ou 5. A invocação dura 1 hora.
Nesse tempo, os espíritos não podem mentir para a bruxa e
são visíveis para todos (se a bruxa quiser).
Lâmina Laser
A bruxa cria uma lâmina de laser em sua mão e ataca,
acertando até 5 alvos próximos a ela que precisam vencer
em uma disputa de estudos contra sua defesa ou receber
2d6 de dano.
Ler objeto
A bruxa consegue ler o passado de um objeto. As pessoas
que tiveram ele, em que ele foi usado, quem mexeu com ele,
podendo voltar a até 1 ano atrás.
Mestre das Ilusões
Pode criar e destruir ilusões, as ilusões enganam todos os
sentidos dos alvos. O alcance é de 3 áreas, e a ilusão dura
uma hora (360 rodadas). Para desacreditar uma ilusão é
necessário vencer uma disputa de disciplina contra os
sucessos da bruxa.
Mão fantasma 2
Como mão fantasma, mas a mesma tem força 4 e dura 1 hora.
Movimentar
Pode segurar um a 5 alvos e prender eles no local, ou
movimentá-los contra sua vontade por 3 áreas. Precisa
vencer um teste de Estudos contra Resiliência dos alvos.
Raio Laser
O laser viaja por até 3 áreas acertando até 5 alvos no caminho.
O dano causado se os mesmos não vencerem uma disputa de
Estudos contra defesa é de 2d6.
Se eu fosse você
Troca duas mentes de lugar, por 1 hora. Precisa passar por
um teste de estudos contra a disciplina dos alvos.
Sorte de principiante (outros)
A bruxa pode dar +3d para alguém (ou ela mesma) para uma
habilidade que o alvo não possua. Isso dura por 1 hora (360
rodadas)
Sugestão
Dá uma sugestão para um alvo e ele acha que a ideia veio
dele. Pode afetar até 5 alvos e precisa vencer uma disputa
de estudos contra disciplina. Ideias que sejam contra a
índole do alvo tem +3d para resistir.
Ver espíritos
Todos espíritos a 11 áreas ao redor da bruxa ficam visíveis e
audíveis por 1 hora.
Voo veloz
Pode fazer 1 a 5 alvos voarem a até 40km/h por uma hora
Nível 4
Remover sentidos
Pode remover todos os sentidos de um alvo por um dia.
Requer vencer o alvo em um teste de educação contra
resiliência
*Ilusões Reais
Ilusões se tornam reais, podendo carregar objetos e ferir
pessoas, por 1 hora por dia
Mão Fantasma 3
A mão fantasma dura 1 dia e tem força 5
Esmagar pensamentos
Faz um ataque mental que causa dano no alvo. Tem alcance
de 6 áreas e afeta a até 20 pessoas, podendo causar 4d6 de
dano em quem não vencer um teste de educação contra
disciplina
Limpar Cabeça
Faz um alvo esquecer tudo por 1 dia. O alvo deve perder em
uma disputa de educação contra disciplina
4.2 - Magia de Hippiah
4.2.3 - Feitiços de Hippiah
Nível 2
Crescimento Desenfreado
Aumenta ou reduz o tamanho e o crescimento de plantas
podendo fazer um botão crescer em uma flor em menos de
um minuto. Pode aumentar o tamanho de uma pessoa, planta
ou animal para que ele fique 4x o tamanho normal (por 18
rodadas)

Controle de Plantas
Pode controlar plantas para atacarem ou proteger. O dano
que as plantas causam ou reduzem é de 1d6. O tempo de
controle é de 3 minutos (18 rodadas)

Pode se transformar em outra pessoa completamente

Conjurar pessoa
diferente por 18 rodadas (3 minutos)
Pode “chamar” mentalmente uma pessoa, para que a mesma
vá em sua direção. A pessoa sabe quem a está chamando e
Transmutar
precisa vencer um teste de disciplina se não quiser ir de
Pode dar membros extras, como braços, olhos etc para
encontro a bruxa
criaturas, animais ou plantas. Essa transformação dura 18
rodadas.
Empoderar Saúde 1
Dá +1 de Saúde para um a três alvos por 3 minutos.
Nível 3
Inversamente, pode remover saúde também.
*Transmutação Dolorida: Qualquer transmutação de nível 3
pode causar 2d6 de dano no alvo. O alvo precisa passar em
Encolhimento
uma disputa de resiliência para não sofrer dano
Pode encolher uma pessoa, planta ou animal para que o
mesmo fique 1/10 do seu tamanho por 3 minutos.
Conjurar Monstros
Conjura monstros de nível 1-2 que estejam a até 110 áreas
Invocar criaturas nível 2-3
perto da bruxa na direção dela. A bruxa pode especificar
Pode invocar animais e plantas de nível 2-3. Eles ficam por
qual tipo de monstro, ou se quer um monstro em especial.
3 minutos no local e depois debandam.

Curar animais e plantas

Melhoria
Cura 2d6 pontos de vida de animais e plantas.
Aumenta a característica física de uma planta, animal ou
pessoa em 1 por uma hora em 1 ponto.
Empoderar Saúde 2
Como empoderar saúde, mas dá +2, afeta até 5 alvos e dura
Mutação
1 hora.
Por 18 rodadas (3 minutos) pode rearranjar os atributos
físicos de uma pessoa, planta ou animal (pode trocar força,
Dividir-se
destreza e saúde, uns com os outros)
O personagem pode criar clones dele mesmo. Um clone tem
todas as habilidades do original, mas possui -1 em todas
Purificar
características. O clone dura 1 hora.
Remove doenças e venenos “naturais” de uma pessoa, planta
ou animal. Até 3 alvos podem ser purificados.
Invocar Criaturas 4-5
Invoca criaturas de nível 4 ou 5 por uma hora.
Regeneração
Recupera 1d6 pontos de vida em plantas, criaturas e pessoas.
Involução
Desenvolui uma pessoa, animal ou planta para seu parente
Transformar
anterior por 1 hora.
Pode transformar um animal ou planta em outro tipo de
animal ou planta, que tenha no máximo o tamanho de um
Maldição do Lobisomem
cavalo, e essa transformação dura 18 rodadas (3 minutos)
Dá 3 características furrianas a um alvo, por 1 hora.

Transformar-se
Melhoria avançada
 Pode ressucitar uma criatura que morreu na mesma cena. (o
Como melhoria, mas afeta 2 características e dura 1 hora. espírito deve querer voltar ao corpo)

Monstrificar
Transforma pessoas, animais e plantas em monstros de nível 4.3 - Magia de Zombiah
1-3. A transformação dura 1 hora. 4.3.3 - Feitiços de Zombiah

Piorar criaturas Nível 2

Reduz 2 características em dois pontos de uma ou mais
criaturas por uma hora. (máximo 5 alvos)
Purificação Total
Remove completamente doenças, venenos e condições
físicas para sempre de um alvo.
Sombria*
Metamagia para qualquer magia que cause dano: O tipo de
efeito também é sombrio e o alvo que receber dano perde 1
Rea. A penalidade para lançar o feitiço é -1D e ele custa +1
Rea

Reviver Rápido Armamento sombrio

Consegue reviver alguém que tenha ficado com 0 pontos de Cria armas ou armaduras de sombra, dando +2D em ataque
vida na mesma rodada. ou defesa por 18 rodadas para um a 3 alvos.

Unir Clarividência mecânica

Pega 2 animais, pessoas ou plantas e une elas em uma
só criatura por 1 hora. Essa criatura tem as melhores
características e habilidades dos dois.
Nível 4
Invocar Driade
Pode invocar o espírito de uma driade que pode negociar
com a bruxa por até um dia
Transmutar
Pode transformar pessoas e animais em monstros de nível 4
ou 5 por 1 dia
Imunidade a veneno e doenças
Imuniza um alvo a qualquer veneno ou doença por 1 dia
Pode ver, ouvir qualquer coisa perto de uma máquina que
esteja a até 11 áreas de distância.
Controle de Golem
Pode disputar com a criadora original ou contra a disciplina
de um golem ou zumbi para tomar controle dele.
Criar Golem
Pode criar golens médios, esqueletos e zumbis. O máximo
de criaturas controladas ao mesmo tempo é igual à sua
característica de Zombiah. Esqueletos valem como ½ criatura
para esse propósito.
Empoderar Destreza 1
Dá +1 de destreza para até 3 alvos por 3 minutos. Pode ser
revertido, removendo destreza do alvo por 3 minutos.

Invocar criaturas Nível 6 Encantar Golens sem fraquezas

Invoca uma criatura de até nivel 6, que pode ficar por 1 dia Pode encantar e criar golens e zumbis que não tem fraqueza
no local. normal de zumbis e golens (fraqueza a fogo e a eletricidade)

Ressucitar Encantar Golens Humanos

Pode encantar e criar golens e zumbis que tem aparência
humana ( ou animal), enganando todos os sentidos das
pessoas.
Explodir Máquinas
Disputa Estudos contra a resiliência de uma máquina. Se ela
perder ela explode, causando 1d6 de dano em quem estiver
perto.
Holograma
Cria um holograma de tamanho até de um cavalo, que dura
até 3 minutos.
Planta Baixa
Encostando em uma máquina ou construção, consegue
passar toda planta do mesmo para um papel. O papel vai
ter todas informações do objeto ou construção. O tamanho
máximo afetado é de uma sala. A complexidade máxima é
simples ou incomum.
Programação
Programa uma máquina para que ela faça uma função. A
máquina precisa ter condições de fazer a dita função, senão
o feitiço não funciona.
Pulso Eletromagnético
Cria um pulso eletromagnético que faz 1d6 de dano. É
extremamente efetivo contra máquinas e golens
Reciclagem
Transforma um objeto ou carcaça em outro objeto. O objeto
pode ter complexidade simples ou virar um objeto incomum.
Restauração
Faz um objeto que foi transmutado em outro voltar a sua
forma original.
Zumbificar área
Faz uma área de até 5x5 áreas que tenha máquinas, pedaços
de máquinas ou partes de criaturas (como um cemitério) ser
controlada pela bruxa, podendo prender os pés das pessoas
que pisam na área, ou atacar as pessoas causando 1 de dano.
Nível 3
Mestre dos Esqueletos*
Controla o dobro de esqueletos que sua característica.
Aumentar ou Reduzir Máquina
Aumenta ou reduz o tamanho de uma máquina ou golem em
x6 ou 2% do tamanho original por 1 hora.
Controle sombras
Controla e cria sombras que ocupam até 3 áreas. Quem
estiver nessas áreas precisa vencer um teste de disciplina
ou ficar assustadas com -2d em todos os testes por 3 minutos
Controlar Eletromagnetismo
Pode criar, destruir e controlar áreas eletromagnéticas.
Destruir Golens
Com um estalar de dedos, destrói Golens, mortos vivos e
outros tipos de construtos de nível 1-4. Precisa vencer uma
disputa de estudos contra resiliência.
Drenar Energia
Suga a energia que alimenta uma máquina até a mesma ficar
sem energia.
Drenar Vitalidade
Drena vitalidade de uma criatura. Se passar em um teste
de Educação contra resiliência Drena 2d6 de vitalidade e
abastece seus pontos de vida. Pontos de vida que passem do
limite máximo são perdidos. Precisa tocar o alvo
Drenar Rea
Drena rea de uma criatura. Se passar em um teste de
educação contra Disciplina drena 1d6 de rea do alvo e
abastece o seu próprio. Pontos extras ultrapassam o limite
mas são perdidos na taxa de 1 ponto de rea a cada 6 horas.
Empoderar Destreza 2
Dá +2 de destreza para até 5 alvos por uma hora. Pode ser
revertido, removendo destreza do alvo.
Invocar criaturas de sombra Nível 3-4
As criaturas invocadas ficam por 1 hora no local.
Planta Baixa II
Encostando em uma máquina ou construção, consegue
passar toda planta do mesmo para um papel. O papel vai
ter todas informações do objeto ou construção. O tamanho
máximo afetado é de uma casa. A complexidade máxima é
complexa ou Rara.
Relâmpago
Cria um relâmpago que atravessa 3 áreas, podendo afetar até
5 alvos e causa 2d6 de dano em quem não conseguir ter mais
sucessos em defesa que a bruxa em estudos.
Teleporte sombrio
Pode entrar em uma sombra e sair em outra a até 11 áreas de Amarração 1
distância. Pode sentir se um alvo foi amarrado, e os motivos do mesmo
ter sido.
Transferir conhecimento.
Transfere o conhecimento de um golem ou zumbi para uma Aquático
pessoa e vice versa. Pode fazer uma a três pessoas respirarem debaixo d’água e
Nível 4 se moverem em velocidade normal nadando por 18 rodadas.
(3 minutos)
Invocar criatura das sombras nível 5-6
Invoca uma criatura das sombras de nível 5 ou 6 que fica um Barreira Elemental 1 (pode ser barreira de vento, gelo ou
dia no local. água)
Cria uma barreira de vento, água ou gelo que tem 1 área de
Transformar-se em sombra tamanho e reduz 1d6 de dano o primeiro ataque recebido,
O personagem pode se transformar em sombra, ficando em depois reduz 1 e se destrói. A barreira dura 18 rodadas (3
duas dimensões e fica imune a ataques não mágicos. minutos).

Tela Mágica Boneco 1:

Pode usar espelhos e telas de máquinas como portais, o portal
dura até 1 dia e pode levar a qualquer lugar a até 100km
Cristalizar Energia
Cristaliza energia em um objeto, criando uma bateria.
Invocar Gremilin
Invoca um espírito das máquinas, um gremilin
Pode lançar um feitiço através de um boneco simpatético.
Congelar
Reduz a temperatura de um objeto 20 graus a cada minuto.
Pode descongelar mais rapidamente algo congelado,
aumentando a temperatura até a temperatura ambiente 10
graus por minuto.
Controlar Boneco Simpatético
Pode controlar um boneco feito com magia simpatética,
lançando um feitiço através dele e causando sensações no
alvo, como coçeira, cócegas e dormência.

Controlar o clima 1
Altera levemente o clima em um quilômetro de área. Demora
1 minuto para fazer efeito e dura até 1 hora.

4.4 - Magia de Aquah Controlar Criaturas Abissais

Pode controlar criaturas abissais, que resistem com
4.4.3 - Feitiços de Aquah disciplina para não obedecer a bruxa.

* Ferir Espíritos Empoderar Astúcia 1

Ataques elementais ferem espíritos, fantasmas e criaturas da Aumenta ou reduz a astúcia de 1 a três alvos em 1 por 3
sombra. minutos.

*Arte Mágica: manter elemento 1 Empurrar 1

Magias que causam dano continuam causando dano por
mais 5 rodadas, o dano é de 1 por rodada.
Ataque Elemental 1
Ataca com Vento, Água ou Gelo um a três alvos causando
1d6 de dano. O alcance é 1 área
Empurra de um a três alvos com vento por uma área
Explodir 1
Causa 1d6 de dano em um objeto com gelo, água ou vento. Se
o mesmo ficar com 0 de vitalidade, explode, causando 1d6 de
dano em 1 área.

Invocar Criaturas Abissais 2-3
Invoca criaturas Abissais de nível 2-3, que ficam por 18
rodadas (3 minutos).
Lentidão
Reduz a agilidade de um alvo em 1 por 3 minutos.
Levitação 1
Pode controlar o vento para levitar a até 10km/h
Moldar Elemento 1
Molda e controla água, vento e gelo com complexidade
simples e tamanho de até uma pessoa.
*Nome Verdadeiro
Se aprender o verdadeiro nome de alguém, pode influenciar
essa pessoa com +2D, reduzir em 1d as habilidades dela
e encontrar ela se a mesma estiver a até 1 quilômetro de
distância.
Prisão de Gelo
Prende até 3 alvos no chão com gelo por 18 rodadas (3
minutos)
Nível 3
*Arte Mágica: manter elemento 2
Magias que causam dano continuam causando dano por
mais 5 rodadas, o dano é de 1d6 por rodada.
Anular elemento
Pode anular um efeito mágico ou mundano dos elementos
vento, água ou gelo. O tamanho do efeito é de 1 quadra.
Ataque Elemental 2
Ataca com Vento, Água ou Gelo um a cinco alvos causando
2d6 de dano. O alcance é de 3 áreas.
Amarração 2
Pode amarrar um alvo, reduzindo uma escola que ele tenha
em um número de pontos máximos até seu Aquah. Requer
um ritual de uma hora, onde o alvo precisa estar preso e
narrar todos os motivos para que o mesmo tenha seu poder
amarrado.
Barreira Elemental 2
Cria uma barreira de vento, água ou gelo que tem 1 a 3 áreas
de tamanho e reduz 2d6 de dano o primeiro ataque recebido,
e 1d6 o segundo ataque e 1 o terceiro ataque, no momento
que é destruída. A barreira dura 1 hora.
Boneco 2:
causa dor verdadeira em um boneco, pode aumentar ou
reduzir uma emoção.
Controlar Clima 2
Altera drasticamente o clima em um quilômetro de área.
Demora 1 minuto para fazer efeito e dura até 1 hora.
Empoderar Astúcia 2
Aumenta ou reduz a astúcia em 2 pontos de 1 a cinco alvos
por 1 hora.
Empurrar 2
Empurra de um a cinco alvos com vento por três áreas
Explodir 2
Causa 2d6 de dano em um objeto com gelo, água ou vento.
Se o mesmo ficar com 0 de vitalidade, explode, causando 1d6
de dano em 3 áreas.
Invocar Criaturas Abissais 4-5
Invoca criaturas Abissais de nível 24-5, que ficam por 1 hora.
Lentidão 2
Reduz a agilidade de um alvo em 2 por 1 hora.
Levitação 2
Pode controlar o vento para levitar a até 40km/h
Moldar Elemento 2
Molda e controla água, vento e gelo com complexidade
simples e tamanho de até um ogro..
Prender 2
Prende até 5 alvos no chão com gelo por 1 hora.
Nível 4
Invocar Sílfide
Pode invocar o espírito de uma Sílfide por um dia
*Invocar criatura instantâneamente
Uma vez por dia , pode invocar uma criatura que aparece
instantêneamente no local
Invocar criatural abissal de nível 6
Invoca uma criatura abissal de nível 6 que fica no local um
dia.

Rajada Glacial
Cria uma rajada que acerta todos os alvos a até 6 áreas
causando 4d6 de dano em quem não passar em uma disputa
de educação contra defesa
Tempestade
Faz uma tempestade cair em toda uma região, causando
vendavais, destruindo casas, e inundando o local. A
tempestade dura 1 dia
4.5 - Magia de Magmah
4.5.3 - Feitiços de Magmah
Afiar 1
Aumenta o dano de uma arma, fazendo ela ter +2d de ataque
por 3 minutos (18 rodadas)
Ataque Elemental 1 (Jato de fogo)
Ataca um a 3 alvos com fogo, terra ou pedra, causando 1d6
de dano. O alcance é de 1 área.
Alterar mineral
Cria ou altera um mineral para outro de complexidade
incomum. Dura 18 rodadas. Pode alterar o estado físico do
mesmo (líquido para sólido ou vice versa).
Banquete 1
Cria uma mesa cheia de água, suco, comidas de vários tipos.
pode alimentar 3 pessoas.
Barreira Elemental 1
Cria uma barreira de fogo, pedra ou terra de tamanho de
até 1 área que reduz 1d6 de dano no primeiro ataque e 1 no
segundo, quando é destruída. A barreira dura 18 rodadas.
Confundir
Aumenta a temperatura rapidamente de um alvo, fazendo
ele derrubar um objeto que segure, ou fique tonto por uma
rodada, ou deixa ele com a visão borrada (-1D em ataque e
defesa) y g fv rv5vgsezxqqaws cr g por 6 rodadas. Precisa
vencer a resiliência do alvo.
Empoderar Força 1
Aumenta ou reduz a força de um a três alvos por 18 rodadas
em 1 ponto.
Encontrar Elemento 1
Encontra um elemento (fogo, terra ou pedra) específico a até
1 quilômetro de distância.
Esquentar
Aumenta a temperatura de um objeto em 20 graus por minuto.
Pode reduzir a temperatura de um objeto para que o mesmo
fique a temperatura ambiente em 10 graus por minuto.
Explosão 1
Causa 1d6 de dano em um objeto com fogo, terra ou pedra, e
se o mesmo ficar com 0 vitalidade, ele explode, causando 1d6
de dano em todos na mesma área.
Fortalecer Armadura 1
Fortalece uma armadura, fazendo ela ganhar +2d de defesa
por 18 rodadas.
Fusão Elemental
Funde dois minerais em um terceiro (criando aço, por
exemplo, ou outras ligas)
Mão de Pedra
Cria uma mão de pedra que pode prender, atacar ou proteger
o alvo, que a controla como se fosse sua própria mão, mas a
mesma tem tamanho de uma pessoa e força igual a 2. Ela dura
18 rodadas.
Moldar terra e pedra 1
Molda, aumenta de tamanho ou reduz (x4 a até 10%) de terra,
pedra ou fogo.
Tremor 1
Faz toda uma área ao redor do bruxo tremer, obrigando
todos a fazer um teste de resiliência contra os sucessos do
bruxo ou cair deitado.
Nível 3
Afiar 2
Aumenta o dano de uma arma, fazendo ela ter +3d de ataque
por 1 hora (360 rodadas)
Ataque Elemental 2
Ataca um a 5 alvos com fogo, terra ou pedra, causando 2d6
de dano. O alcance é de 3 áreas.
Alterar mineral
Cria ou altera um mineral para outro de complexidade rara.
Dura 1 hora. Pode alterar o estado físico do mesmo (líquido
para sólido ou vice versa).
Banquete 2
Cria uma mesa cheia de água, suco, comidas de vários tipos.
pode alimentar 5 pessoas.

Barreira Elemental 2
Cria uma barreira de fogo, pedra ou terra de tamanho de até
3 áreas que reduz 2d6 de dano no primeiro ataque, 1d6 no
segundo, e 1 no terceiro, quando é destruída. A barreira
dura 360 rodadas - 1 hora.

Criar golem Mineral

Pode criar um golem de barro, pedra, ou metal.

Duplicar item
Pode duplicar um item feito de minério, de raridade até rara,
permanentemente.

Empoderar Força 2
Aumenta ou reduz a força de um a cinco alvos por 360
rodadas em 2 pontos.

Encontrar Elemento 2
Encontra um elemento (fogo, terra ou pedra) específico a até
10 quilômetros de distância.

Explodir 2
Causa 2d6 de dano em um objeto com fogo, terra ou pedra,
e se o mesmo ficar com 0 vitalidade, ele explode, causando
2d6 de dano em todos na mesma área.

Fortalecer Armadura 2
Fortalece uma armadura, fazendo ela ganhar +3d de defesa
por 1 hora (360 rodadas)

Moldar Terra e Pedra 2

Molda, aumenta de tamanho ou reduz (x6 a até 5%) de terra,
pedra ou fogo.

Tremor 2
Faz todas as áreas ao redor do bruxo tremer (9 areas),
obrigando todos a fazer um teste de resiliência contra os
sucessos do bruxo ou cair deitado.

Nível 4

Bombardeio