Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Gestão e Participação
Para iniciarmos nosso estudo, vamos revisar alguns pontos básicos que nos
permitem compreender o funcionamento dos Comitês, e assim termos uma visão da
estrutura e organização do Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos no âmbito
estadual e nacional.
O Comitê
Os Comitês de Bacia Hidrográfica são formados por representantes do poder
público, de usuários e de entidades da sociedade civil cuja atuação esteja rela- cionada
aos recursos hídricos. Eles se reúnem para debater a gestão das águas na área de
abrangência da bacia hidrográfica.
bacia hidrográfica é o conjunto de riachos, córregos e ribeirões que deságuam
em um rio ou lago. O relevo, a vegetação, os animais e as pessoas também fazem parte
da bacia hidrográfica. Assim, os hábitos, os modos de vida, as formas de uso dos recursos
e de produção e exploração econômica adotados pelo homem impactam positiva ou
negativamente a bacia hidrográfica e devem ser sempre analisados e considerados pelos
Comitês.
Segreh
Comitês (Vídeo)
Principais atribuições do Singreh e do Segrh.
Conselho Nacional de Recursos Hídricos
É um colegiado que desenvolve regras de mediação entre os diversos usuários
da água sendo, assim, um dos grandes responsáveis pela implementação da gestão dos
recursos hídricos no País. Por articular a integração das políticas públicas no Brasil é
reconhecido pela sociedade como orientador para um diálogo transparente no processo
de decisões no campo da legislação de recursos hídricos.
Agências de Bacia
São entidades executivas de apoio aos comitês. Cabe às agências realizar estudos
técnicos, elaborar planos de recursos hídricos, manter o cadastro de usuários de água
na bacia atualizados, aplicar os recursos arrecadados com a cobrança pelo uso da água,
em conformidade com as ações previstas nos planos da bacia e com as diretrizes do
plano de aplicação dos recursos, aprovadas pelo comitê, dentre outras competências.
As legislações de recursos hídricos brasileira e mineira permitem que as funções
de agência de bacia sejam exercidas por organizações civis sem fins lucrativos. Elas
podem ser indicadas pelos comitês e devem ser aprovadas pelo CERH, sendo então,
equiparadas à agência de bacia do comitê demandante.
Deliberativas
Atribuições Deliberativas
• Arbitrar em primeira instância administrativa os conflitos pelo uso da água.
• Aprovar o Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica e consequentemente:
- metas de racionalização de uso, aumento da quantidade e melhoria da qualidade;
- prioridades para outorga de direito de usos de recursos hídricos;
- diretrizes e critérios gerais para cobrança; e
- condições de operações e reservatórios, visando garantir os usos múliplos.
• Deliberar sobre proposta para enquadramento dos corpos de água em classes de
usos prepoderantes, com o apoio de audiências públicas, assegurando o uso
priororitário para o abastecimento público.
• Aprovar a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos para
empreendimentos de grande porte e com potencial poluidor.
• Estabelecer critérios e normas e aprovar os valores propostos para cobrança pelo
uso de recursos hídricos.
• Aprovar planos e aplicação dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso
de recursos hídricos, inclusive destacando os financiamentos de investimentos a fundo
perdido.
• Definir, de acordo com critérios e normas estabelecidos, o rateio de custos das
obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo, relacionados com recursos
hídricos.
Propositivas
Atribuições Propositivas
• Acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos da Bacia e sugerir as
providências necessárias ao cumprimento de suas metas.
• Indicar a Agência de Água para aprovação do Conselho de Recursos Hídricos
competente.
• Propor os usos não outorgáveis ou de pouca expressão ao Conselho de Recursos
Hídricos competente.
• Propor aos Conselhos de Recursos Hídricos as prioridades para aplicação de
recursos oriundos da cobrança pelos usos dos recursos hídricos do setor elétrico na
bacia.
Consultivas
Atribuições Consultivas
• Promover o debate das questões relacionadas a recursos hídricos e articular a atuação
das entidades intervenientes.
Agências de bacias
Quem apoia a construção de propostas a serem debatidas nos comitês?
A legislação estabeleceu que a Agência somente será criada quando houver
viabilidade financeira de suas atividades assegurada pela cobrança pelo uso das águas
em sua área de atuação. A cobrança somente tem sido implantada após muito debate
na bacia.
Os Comitês em Minas Gerais
No Estado, foram instituídos 36 Comitês de
bacias, entre os anos 1998 a 2009. Estes contam
com o apoio técnico, funcional e operacional do
Igam, inclusive, para a estruturação de escritórios
locais, com equipamentos, materiais e funcionários
administrativos.
Atualmente, Minas Gerais não possui
Agência de Bacia Hidrográfica, mas conta com 4
entidades equiparadas que foram autorizadas pelo
Conselho Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais para exercerem as funções de
Agência de Bacia Hidrográfica.
Desafios
Ainda há importantes desafios para a efetiva gestão participativa das águas no
Estado, destacando-se:
• Melhoria da estrutura operacional dos Comitês impactando positivamente no
funcionamento da plenária e das câmaras técnicas;
• Sustentabilidade financeira do sistema descentralizado de gestão;
• Acesso às informações e conhecimentos de maneira ampla e igualitária;
• Atuação efetiva na discussão e implementação dos instrumentos de gestão de
recursos hídricos;
• Criação de uma agenda de discussão mais robusta que dialogue com os
instrumentos e ferramentas de planejamento e gestão na bacia.
2. Representação e Representatividade
O que se espera dos representantes de cada segmento?
Como a pessoa eleita deve agir para que seus argumentos sejam aqueles que defendam
os interesses do conjunto das entidades representadas?
Nos CBHs os conselheiros exercem papel de representantes dos interesses da
organização ou segmento ao qual estão vinculados e pelo qual foram autorizados. É isso
que garante a representatividade dos segmentos nos comitês.
Representação e Representatividade
O representante tem suas próprias opiniões, visões de
mundo e valores que nem sempre coincidem com os do
representado.
No entanto, quando ele se coloca no papel de falar em
nome de outro, não deve representar sua opinião e interesses
individuais, principalmente se estes conflitarem com os da
organização/segmento que representa.
Suas opiniões pessoais devem ser expostas nas reuniões da organização ou
segmento que ele representa.
Assim, os conselheiros não devem impor o que eles pensam, mas construir junto
com os diferentes segmentos, projetos e ações em benefício do Comitê e da bacia
hidrográfica.
Nesse sentido, a representatividade significa a qualidade de alguém
(representante) expressar os interesses de um grupo, o qual ele represente e que possa
exprimir não somente a sua opinião individual, mas a do conjunto de pessoas.
3. Regimento Interno
Você já se perguntou o porquê do Regimento Interno ser tão importante para
organização dos trabalhos do CBH?
Você já leu o Regimento Interno do comitê para qual foi eleito?
Quais as prinicipais regras estabelecidas?
Agora vamos falar num assunto muito importante. Iremos tratar sobre o
Regimento Interno do CBH. É nele que estão estabelecidos os papéis de cada
conselheiro e a forma de organização do Comitê. Pontanto, é imprescindível sua leitura!
O Regimento Interno é um conjunto de regras estabelecidas por um grupo para
regulamentar o seu funcionamento. É uma lei interna de instância, entidade ou órgão,
tendo em vista detalhar o seu funcionamento concreto, respeitando as determinações
aprovadas pelo conjunto de seus membros.
O Regimento Interno do comitê norteará as atividades do colegiado e pode ser
alterado visando a adequá-lo às necessidades de aperfeiçoamento do seu
funcionamento.
Na medida em que o Comitê observa que é importante estabelecer regras para
definir relacionamentos, funções ou formas de funcionamento, deve fazê-lo no
Regimento Interno.
Identificação do Comitê
Parte inicial onde estão definidas a denominação do Comitê, região onde atua e
endereço da sede.
Finalidade
São estabelecidas as finalidades do Comitê alinhadas à Política e do Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, à Lei 9433/97, às políticas Estaduais
correspondentes e em normas complementares.
Competência
Neste capítulo são definidas todas as competências previstas em lei para que o
Comitê conheça-as detalhadamente e atue de acordo com elas. Tais competências
abrangem os temas de debate, de deliberação, os instrumentos que devem ser
utilizados, aprovados ou implantados, relacionamentos com as diversas instâncias do
Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos e poderes conferidos ao
Comitê.
Composição
Trata da apresentação dos representantes titulares dos organismos e grupos que
formam o Comitê. No Regimento Interno não são apresentados os nomes dos
representantes e sim o número de vagas por segmento. Define ainda como serão
escolhidos os representantes, o mandato e a forma de substituição dos representantes.
Estrutura e Organização
Define as instâncias que compõem o Comitê como Diretoria, Plenária e Câmara
Técnica e define sua composição.
Atribuições
Este capítulo deve ser dividido em seções que tratam das atribuições de cada
uma das instâncias definidas na estrutura. As seções podem conter subseções para
definir papéis específicos, como o da presidência, da vice-presidência, secretário e
secretário adjunto, entre outros que se fizerem necessário destacar. Cabe também
destacar em seção ou capítulo específico as atribuições gerais dos membros do Comitê.
As atribuições devem estar completamente alinhadas à legislação e ao Sistema de
Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Reuniões e Procedimentos
Capítulo no qual são definidas as formas de reunião, participação e desligamento
em cada instância. Punições a comportamentos desviantes das normas do Regimento
Interno podem e devem ser previstas.
Postura Ética
Você sabia que o conselheiro e demais agentes no exercício das atividades do Comitê são
considerados agentes públicos? E, que para tal exercício é exigido uma conduta ética?
Agente público
Agente Público é todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente e sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma
de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública em órgão ou
entidade da Administração pública direta e Indireta do Estado.
Todos os agente públicos estão sujeitos ao Código de Ética do Agente Público e
da Alta Administração Estadual, Decreto 46.644 de 06/11/2014.
Agora, clique no link abaixo, acesse e leia a Cartilha Conduta Ética do Agente
Público:
Funcionamento do Comitê
Estrutura Organizacional
Em geral, a estrutura organizacional dos comitês compõe-se da Plenária,
Diretoria, Câmaras Técnicas (CTs) e Grupos de Trabalho (GTs) . Essa estrutura deve
funcionar de forma harmônica e coordenada, sendo a Plenária soberana em suas
decisões.
Plenária
A Plenária é a instância máxima de deliberação do Comitê. É composta pelos
conselheiros.
A Plenária de um Comitê é soberana em suas
decisões e somente participam dela os membros
titulares ou os suplentes no exercício da titularidade
(destaca-se que os membros suplentes que não estão
no exercício da titularidade não votam, mas têm direito
à voz nas plenárias).
É ela quem aprova por exemplo, o Regimento Interno do Comitê, delibera sobre
matérias de competência do CBH e constitui Câmaras Técnicas.
Diretoria
A composição da Diretoria, suas atribuições e o período do mandato dos
membros são estabelecidos no Regimento Interno do Comitê. Os cargos da Diretoria de
acordo com a DN CERH 69/2021 são:
Presidente
Vice-presidente
Secretário
Secretário Adjunto
Câmaras Técnicas
As Câmaras Técnicas (CTs) têm por atribuição subsidiar a tomada de decisões do
Comitê. Devem desenvolver e aprofundar as discussões temáticas necessárias antes de
sua submissão à Plenária.
Criadas pela Plenária, as CTs devem ter plenamente definidas as suas atribuições,
a composição, a forma de funcionamento e relacionamento com as demais instâncias
do Comitê. Elas devem ser consultivas e atuar a partir de demandas da Plenária e da
Diretoria do Comitê.
Em geral, suas reuniões devem anteceder às plenárias, momento em que seus
integrantes analisam matérias previamente pautadas, para aprofundamento dos temas.
Nesses fóruns de discussão, é comum serem convidados técnicos especialistas
para que possam colaborar com os debates e enriquecer as análises efetuadas.
As Câmaras Técnicas são instituídas por meio de Deliberações Normativas do
Comitê, podem ser permanentes e em sua composição poderá haver alguns membros
que não sejam conselheiros do Comitê. As atribuições específicas, a composição e
tempo de duração dos trabalhos são definidas pelos CBHs.
Nesses fóruns de discussão, é comum serem convidados técnicos especialistas
para que possam colaborar com os debates e enriquecer as análises efetuadas.
Grupos de Trabalho
De forma geral, os grupos de trabalho são instituídos para realizarem análises de
temas específicos para subsidiar alguma decisão colegiada. A criação do GT pode ser por
decisão do plenário ou de câmara técnica.
No ato de instituição de um GT, faz-se necessário definir as atribuições do grupo,
a composição, a forma de funcionamento e o relacionamento com as demais instâncias
do Comitê.
Como são criados para realizar atividades específicas, os GTs têm duração
variável, de acordo com a complexidade do tema a ser desenvolvido pelo grupo.
2. Competências da Diretoria
De acordo com Regimento Interno do seu comitê o que cabe a cada membro da
Diretoria?
Como estas atribuições estão relacionadas com a organização do CBH?
Atribuições
As principais funções da Diretoria são: dirigir os trabalhos em Plenário; propor
assuntos; criar comissões especiais temáticas; encaminhar os assuntos de deliberação
do Comitê.
Competências do Presidente
• Compete ao Presidente, dentre outras atribuições:
• Dirigir os trabalhos do Comitê, convocar e presidir as sessões da Plenária;
• Homologar e fazer cumprir as decisões da Plenária;
• Representar o Comitê em todas as instâncias, assinar atas, ofícios e demais
documentos a ele referentes;
• Assinar as deliberações da Plenária;
• Constituir grupos de apoio técnico e grupos de trabalho necessários ao seu
funcionamento;
• Decidir casos de urgência ou inadiáveis, do interesse ou salvaguarda do Comitê,
"ad referendum" que deverá ser submetida à Plenária na reunião seguinte à prática do
referido ato;
• Encaminhar ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERH-MG, anualmente,
o relatório das atividades desenvolvidas no período;
• Delegar atribuições de sua competência.
Competências do Secretário
Compete ao Secretário:
• assessorar o presidente em suas atividades;
• propor ao presidente a pauta das reuniões, ouvidas, quando couber, as câmaras
técnicas competentes e/ou os grupos de trabalho;
• promover a convocação dos membros titulares e suplentes às reuniões;
• secretariar as reuniões do plenário lavrando as respectivas atas e prestando as
informações solicitadas ou que julgar convenientes sobre os processos ou as matérias
em pauta;
• dar encaminhamento aos temas submetidos à plenária, tanto interna quanto
externamente ao comitê;
• assinar as atas, as deliberações e as moções aprovadas em reuniões, juntamente
com o presidente, e dar publicidade a essas;
• organizar a pauta das reuniões com aprovação do presidente;
• propor o planejamento das atividades do comitê, inclusive quanto ao calendário
de reuniões; e
• elaborar o relatório anual das atividades do comitê.
• O membro quando se candidata a ocupar o cargo de secretário deve estar ciente
das suas imensas responsabilidades e ter tempo disponível para se dedicar às questões
relativas ao Comitê.
• É, pelas suas atribuições, o membro da diretoria mais solicitado para resolver
tanto as questões estratégicas quanto as do dia a dia do Comitê.
Competências do Vice-presidente
Compete ao Vice-Presidente:
• Trabalhar integrado com o Presidente;
• Substituir o Presidente, quando de suas faltas e impedimentos;
• Exercer funções que lhe forem delegadas pelo Presidente ou atribuídas pela
Plenária.
Atribuições
De acordo com a Deliberação Normativa CERH Nº 69/2021, compete aos
conselheiros do Comitê:
• comparecer às reuniões ou, em caso de impedimentos eventuais, comunicar ao
respectivo suplente;
• debater a matéria em discussão;
• agir de forma cooperativa, para que os objetivos do Comitê sejam alcançados;
• requerer informações, providências, esclarecimentos ao presidente, ao
secretário do Comitê e aos gestores do SEGRH-MG, conforme artigo 42 da DN CERH n º
44/2014, sob forma de diligência;
• formular questão de ordem;
• pedir vista de matéria em pauta;
• apresentar pareceres de vista, nos prazos fixados;
• propor matérias para exame, observando os prazos regimentais;
• votar matérias em pauta, respeitada a abstenção, devendo apresentar
justificativa de seu voto;
• participar de atividades para as quais forem indicados pelo Comitê;
• propor moções;
• observar em suas manifestações as regras básicas de convivência e decoro.
Entende-se por questão de ordem o ato que suscitar dúvidas sobre interpretação
de norma do Regimento Interno do Comitê ou quanto à forma de encaminhamento de
processos de votação.
4. Gestão de Conflitos
Quais tipos de conflitos podem acontecer no Comitê e que precisam de mediação?
Como atuar para mediar uma situação de conflito?
Duas das principais dificuldades que surgem no dia a dia dos Comitês de Bacia
dizem respeito à integração dos seus membros e às formas de contornar os conflitos
decorrentes das divergências de posições e interesses de representação. Essas são
questões essenciais ao bom funcionamento dos Comitês e que devem ser devidamente
tratadas.
Tipos de Conflitos
Para melhor gerenciamento de conflitos é importante que saibamos suas formas
e tipos de ocorrência, de maneira que ao se deparar com uma situação de atrito
possamos identificá-la, para assim buscar a melhor forma de resolução.
Podemos dizer que existem dois níveis principais de conflitos enfrentados pelos
Comitês de Bacias Hidrográficas:
• De interesse sobre o uso da água;
• De relacionamento, que envolvem as relações políticas e de dificuldade de
diálogo existente dentro do próprio Comitê.
Mediação de Conflitos
Para atingir um bom resultado na mediação de conflitos é preciso saber negociar,
colocar-se no lugar do outro, escutar ativamente, utilizar a comunicação verbal e não
verbal de maneira eficaz; além de demonstrar compaixão com o sofrimento alheio. E em
muitos destes aspectos uma boa comunicação pode ajudar.
A Comunicação Não-Violenta (CNV) foi desenvolvida pelo Psicólogo Marshall
Rosenberg, como uma nova possibilidade de dialogar e transmitir informações,
pensamentos e sentimentos nas relações interpessoais, de maneira clara e objetiva,
sempre levando em consideração a empatia.
Assista o vídeo a seguir: COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA
➢ Sentimento
Afirme o sentimento que a observação lhe desperta e escute o que o outro está
sentindo. Nomear a emoção, sem julgamento moral, permite que os interlocutores se
conectem e tenham respeito mútuo. Exemplo: “vejo que seu cachorro está correndo
por aí latindo e sem coleira. Fico meio assustado”.
➢ Necessidade
Declare a necessidade que é causa de seu sentimento ou “adivinhe” a
necessidade que causou o sentimento na outra pessoa. Quando nossas necessidades se
encontram, temos sensações felizes e agradáveis; quando elas não se batem, temos
sensações desagradáveis. Afirmar a necessidade, sem julgá-la moralmente, lhe dá
clareza sobre o que ocorre no seu coração ou no do outro no instante da conversa.
Exemplo: “vejo que você afasta o olhar enquanto falo. Sinto-me desconfortável, pois
preciso de um pouco de contato agora”.
➢ Pedido
Faça um pedido concreto para que a ação encontre a necessidade identificada.
Peça de maneira clara e específica aquilo que você quer em vez de dar dicas ou afirmar
apenas o que não deseja. Para que o pedido seja realmente um pedido, e não uma
exigência, permita que a outra pessoa diga não ou proponha alternativas.
Negociação de Conflitos
Para finalizar, vamos ver algumas dicas de negociação de conflitos, assista o
vídeo: Dicas sobre negociação.
5. Tomada de Decisão
Como estabelecer prioridades para tomada de decisões?
O que fazer quando as opiniões são divergentes?
Para que o Comitê possa tomar decisões é preciso ter o maior conhecimento
possível sobre aonde se pretende chegar, quais os riscos nas decisões, quanto afetam
cada segmento e cada pessoa envolvida.
Câmaras Técnicas
A instalação e o funcionamento das Câmaras Técnicas também são elementos
de apoio à tomada de decisões pela Plenária.
As matérias encaminhadas para discussão nessas instâncias possibilitam o seu
aprofundamento e, quando baseadas em pareceres e notas técnicas, orientam a melhor
tomada de decisão.
Instrumentos de Gestão
1. Instrumentos de Gestão
O que são? E para que servem?
Gestão
É na escala da bacia hidrográfica que se torna possível colocar em prática a
gestão descentralizada e participativa de recursos hídricos. E esse processo se dá
fundamentalmente por meio da atuação do comitê de bacia hidrográfica. É nesse fórum
de discussão que se dá a descentralização das decisões, que envolve usuários da água,
a sociedade civil organizada e o poder público atuante nessas bacias.
Os Planos de Bacia servem de elementos motivadores e indutores da gestão
descentralizada e participativa. Indicam metas e soluções de curto, médio e longo prazo
para os problemas da bacia relacionados à água. Como as metas e as soluções são
negociadas entre os atores que atuam na bacia hidrográfica, representados pelos
membros do respectivo Comitê, esses devem acompanhar a execução das ações
propostas para o alcance de tais metas.
O vídeo ao lado traz uma visão geral e simplificada dos Planos Diretores de
Recursos Hídricos. Dedique aproximadamente 2min40s para assisti-lo.
“Recursos Hídricos em pauta - Planos Diretores de Recursos Hídricos”
3. Enquadramento
Qual rio que temos? Qual rio que teremos? Qual rio que podemos ter?
O Enquadramento dos Corpos de Águas é o estabelecimento de nível ou metas
de qualidade de água a serem alcançadas ou mantidas em um determinado segmento
do corpo de água ao longo do tempo, de acordo com os usos pretendidos.
LIMITAÇÕES TÉCNICAS
E ECONÔMICAS
Escalas
O enquadramento se aplica a qualquer corpo de água, ou seja, rios,
reservatórios, lagos, estuários, águas costeiras e águas subterrâneas (ANA, 2015).
Em Minas Gerais, entre os anos de 1993 e 1998, o enquadramento dos corpos
de água era realizado pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e oficializado
por deliberação do Copam/MG.
A partir de 2001, com a edição do Decreto nº. 41.578, que regulamenta a Lei nº.
13.199/1999, os critérios e normas para o enquadramento passaram a ser objeto de
deliberação conjunta dos Conselhos Estaduais de Política Ambiental (Copam) e de
Recursos Hídricos (CERH) (IGAM, 2012).
Conteúdo
• Diagnóstico
➢ abordando a caracterização geral da bacia hidrográfica e do uso e ocupação do
solo incluindo a identificação dos corpos de água superficiais e subterrâneos e suas
interconexões hidráulicas, em escala compatível;
➢ identificação e localização dos usos e interferências que alterem o regime, a
quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo de água, destacando os usos
preponderantes;
➢ identificação, localização e quantificação das cargas das fontes de poluição
pontuais e difusas atuais, oriundas de efluentes domiciliares, industriais, de atividades
agropecuárias e de outras fontes causadoras de degradação dos recursos hídricos
superficiais e subterrâneos;
➢ disponibilidade, demanda e condições de qualidade das águas superficiais e
subterrâneas;
➢ potencialidade e qualidade natural das águas subterrâneas;
➢ identificação das áreas reguladas por legislação específica;
➢ arcabouço legal e institucional pertinente;
➢ políticas, planos e programas locais e regionais existentes, especialmente os
planos setoriais, de desenvolvimento sócio-econômico, plurianuais governamentais,
diretores dos municípios e ambientais e os zoneamentos ecológico-econômico,
industrial e agrícola;
➢ caracterização socioeconômica da bacia hidrográfica; e
➢ capacidade de investimento em ações de gestão de recursos hídricos.
• Prognóstico
Prognóstico avaliando os impactos sobre os recursos hídricos superficiais e
subterrâneos advindos da implementação dos planos e programas de desenvolvimento
previstos, considerando a realidade regional com horizontes de curto, médio e longo
prazos, e formuladas projeções consubstanciadas em estudos de simulação dos
seguintes itens:
➢ potencialidade, disponibilidade e demanda de água;
➢ cargas poluidoras de origem urbana, industrial, agropecuária e de outras fontes
causadoras de alteração, degradação ou contaminação dos recursos hídricos superficiais
e subterrâneos;
➢ condições de quantidade e qualidade dos corpos hídricos; e
➢ usos pretensos de recursos hídricos superficiais e subterrâneos, considerando as
características específicas de cada bacia.
• Proposta de metas
Proposta de metas relativas às alternativas de enquadramento deverão ser
elaboradas com vistas ao alcance ou manutenção das classes de qualidade de água
pretendidas em conformidade com os cenários de curto, médio e longo prazos.
• Programa para efetivação do enquadramento
Programa para efetivação do enquadramento, como expressão de objetivos e
metas articulados ao correspondente plano de bacia hidrográfica, quando existente,
deve conter propostas de ações de gestão e seus prazos de execução, os planos de
investimentos e os instrumentos de compromisso.
Gestão
Como apresentado o enquadramento é um instrumento de planejamento e
gestão de recursos hídricos, e, nessa perspectiva da descentralização e participação da
sociedade na tomada de decisões, o Comitê assume papel protagonista no processo
de construção e implementação do enquadramento, visto que, é no colegiado, onde
conforme já apresentado anteriormente, estão os representantes de todos os
segmentos da bacia, e por meio destes é que são pactuados os acordos em prol do bem
comum população da bacia e do meio ambiente.
É também o Comitê que delibera sobre o enquadramento, para posterior envio
ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos também para deliberação e edição de ato
normativo, no caso uma Deliberação do respectivo Conselho.
4. Outorga
Para que serve a outorga? Quem faz a outorga?
PARA O USO
AUTORIZAÇÃO
DA ÁGUA
USUÁRIO
FINALIDADES
• Assegurar ao usuário o direito de utilizar a água para os fins que foi solicitada;
• Garantir o controle quantitativo e qualitativo do uso da água;
• Permitir aos órgãos competentes realizar a gestão de recursos hídricos, de forma a
compatibilizar as demandas às disponibilidades hídricas.
Usos insignificantes
A Deliberação Normativa CERH-MG n.º 09, de 16 de junho de 2004, define os
usos considerados como insignificantes para os corpos de água de domínio do Estado
de Minas Gerais, que são dispensados de outorga, mas não de cadastro pelo IGAM
(IGAM, 2010).
O vídeo abaixo explica a Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos emitida pela
ANA. Dedique aproximadamente 4min50s para assisti-lo.
5. Cobrança
Cobrança pelo uso de recursos hídricos
Quais os objetivos da cobrança pelo uso de recursos hídricos?
A Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos tem como objetivo dar ao usuário uma
indicação do real valor da água, incentivar o uso racional desse recurso e obter aporte
financeiro para recuperação das bacias hidrográficas.
A cobrança é um instrumento econômico de gestão das águas que complementa
instrumentos reguladores ou de controle, como a outorga e o licenciamento ambiental
e que materializa o princípio poluidor-pagador e do usuário-pagador, consagrado na
legislação ambiental.
Os recursos arrecadados são investidos na recuperação e preservação dos
mananciais das bacias hidrográficas.
Serão cobrados os usos de recursos hídricos sujeitos à outorga, não recaindo
cobrança sobre os usos considerados insignificantes, nos termos do regulamento.
Sujeita-se também à cobrança pelo uso da água, segundo as peculiaridades de
cada bacia hidrográfica, aquele que utilizar, consumir ou poluir recursos hídricos.
“A água vem sendo usada como se fosse um recurso natural infinito. No entanto,
o crescimento da população e da atividade econômica demanda cada vez mais água de
nossos mananciais. Surgiu, então, a necessidade de estabelecer limites para uso dos
recursos hídricos” (IGAM, 2013).
Valores arrecadados
Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos deverão
ser aplicados, na bacia hidrográfica em que foram gerados, ou seja, do total de recursos
arrecadados, 7,5% são destinados à manutenção da Agência de Bacia e os outros 92,5%
deve ser em investimentos definidos como prioridades pelo Comitê de Bacia e pelo
respectivo Plano Diretor.
O Plano é instrumento fundamental e orientador na aplicação dos recursos
oriundos da cobrança, principalmente os programas, projetos e ações voltados para
melhoria da quantidade e qualidade das águas na bacia.
6. Sistema de Informações
Quais os objetivos do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos?
O Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos tem como objetivos
principais: coletar, tratar, armazenar, recuperar, disponibilizar e divulgar as informações
que subsidiam a gestão dos recursos hídricos.
INFOHIDRO
Sistema de Cálculo da Qualidade da água (SCQA)
Otimizar os cálculos dos indicadores de qualidade de água e dar celeridade à
elaboração dos relatórios. Dar acesso aos dados de qualidade de água e às séries
históricas de monitoramento a parceiros do Igam e ao público externo.
Portais e Repositório
• PORTAL INFOHIDRO
O Igam lançou em 2014, o Portal InfoHidro, que disponibiliza dados, informações
e documentos técnicos de recursos hídricos produzidas pelo Instituto e seus parceiros,
em linguagem acessível. No portal, o usuário encontra conteúdos sobre outorga,
cobrança pelo uso dos recursos hídricos, séries históricas de monitoramento da
qualidade da água, mapas e relatórios, além de bases cartográficas dos recursos hídricos
do Estado, biblioteca digital, dente outras.
Acesso: http://portalinfohidro.igam.mg.gov.br/
• PORTAL DO SIMGE
Disponibiliza via web dados telemétricos e produtos meteorológicos.
Acesso: http://www.simge.mg.gov.br/
Apoio Administrativo
1. Apoio Administrativo
Como deve ser a atuação do assistente administrativo no exercício das atividades do
Comitê?
Quais tarefas devem ser desempenhadas pelo assistente administrativo?
Quem deve delegar as atividades ao assistente administrativo?
Para garantir este apoio aos Comitês, o Igam cedeu assistentes administrativos
para auxiliar e dar suporte à realização das reuniões e demais atividades
desempenhadas pelo ente colegiado.
Nesse sentido, verifica-se que o trabalho desempenhado pelo assistente
administrativo é de grande importância, principalmente, em apoio à Diretoria dos CBHs.
Assim sendo, as competências e atribuições do assistente administrativo devem
estar claras tanto para Diretoria que deve orientá-lo no exercício da função, como
também para o próprio assistente que irá executá-las.
Lembre-se
O assistente administrativo deve sempre buscar se envolver nos assuntos
relacionados ao Comitê, como, por exemplo, acompanhar a participação das entidades
nas reuniões e, se for o caso verificar o motivo pelo qual algumas apresentam baixa
frequência nas reuniões.
➢ Cronograma de reuniões
Para que os conselheiros possam se organizar para
participar das reuniões plenárias é necessário que saibam
quantas, onde e quando ocorrerão as reuniões com uma
razoável antecedência.
Para isso, os assistentes administrativos do comitê deverão encaminhar a todos
os conselheiros, titulares e suplentes, bem como à GECBH, o cronograma com as datas
de todas as reuniões ordinárias previstas.
Realização da reunião
O bom resultado da reunião depende também de sua preparação e, para isso,
algumas tarefas deverão ser realizadas, como:
• Articulação necessária para cessão de espaço para realização da reunião;
• Verificar quais equipamentos serão utilizados;
• Providenciar a lista de presença e garantir que todos os presentes a assinem
(conselheiros e convidados);
• Entregar material de apoio, quando houver;
• Realizar outras tarefas definidas pela Diretoria do Comitê (minutar pautas,
atas, ofícios, deliberações e etc).
Resultados da reunião
Após a realização da reunião os assistentes administrativos devem encaminhar à
GECBH, por meio do e-mail, todos os documentos referentes à mesma.
Ex: Ata aprovada e assinada referente à reunião anterior (se houver), cópia de
todas as listas de presença, deliberações aprovadas (quando houver) e monitoramento
de frequência acumulada, no prazo máximo de 10 (dez) dias após a reunião.
➢ Frequência dos conselheiros nas reuniões do Comitê
A frequência dos conselheiros nas reuniões do Comitê será monitorada pelos
assistentes administrativos através de planilhas. Este monitoramento deverá ser
enviado para a GECBH e conselheiros em até 10 dias após a reunião.
De acordo com o regimento interno, é necessário oficiar as instituições sobre as
faltas de seu(s) representante(s) bem como as penalidades previstas, mediante ofício
ou por meio eletrônico, com objetivo de dar ciência para tomarem providências cabíveis
(substituições, por exemplo), quando necessário.
Substituição de conselheiros
A qualquer momento a entidade poderá substituir seu(s) representante(s) no
comitê mediante ofício assinado pelo dirigente competente e/ou representante legal,
contendo nome completo, endereço para correspondência, telefone e email do(s)
novo(s) representante(s) indicado(s).
Cabe ressaltar que a efetivação da substituição é realizada pelo Instituto Mineiro
de Gestão das Águas – Igam, na GECBH. Dessa forma, caso o ofício de solicitação de
substituição seja encaminhado ao comitê, o assistente administrativo deve providenciar
o envio do mesmo à GECBH.
Destacamos que, após a efetivação, será encaminhado e-mail aos
representantes envolvidos, aos membros da diretoria e ao comitê, bem como dar-se-á
a publicidade da alteração através do Portal dos Comitês (lista de conselheiros).
http://trilhasdosaber.meioambiente.mg.gov.br/pluginfile.php/29948/mod_res
ource/content/1/Manual_servicos_administrativos.pdf
Documentos necessários
• Formulário “Solicitação de Viagem” com todos os campos preenchidos;
• Indicação/Autorização do presidente do CBH para o custeio das despesas para
eventos externos;
• Declaração da entidade informando o motivo pelo qual a mesma não pode
custear as despesas da viagem em questão, assinada pela chefia imediata (exceção para
o segmento de sociedade civil)
Observações:
• Não é permitido o abastecimento na cidade origem do conselheiro, exceto se o
abastecimento ocorrer no início da viagem;
• Não é autorizado o abastecimento após o término da viagem.
• As despesas com combustível não podem ser ressarcidas para os conselheiros
que são servidores ou empregados públicos conforme Decreto Estadual nº 47.045, de
14/09/16.
Passagens aéreas: As passagens aéreas são adquiridas pelo Igam. O conselheiro
deve informar o aeroporto mais próximo de sua residência, bem como sugerir os
horários de voo e empresa aérea (campo 20 do formulário de “Solicitação de Diária”).
De acordo com o Memorando Circular nº 01/2019 (Regras para passagens aéreas), a
compra de passagens aéreas só será autorizada para viagens interestaduais superiores
à 400 km ou para pessoas com idade superior a 70 anos ou portadoras de necessidades
especiais.
Prestação de Contas
É muito importante que os membros dos comitês tenham conhecimento que
toda a utilização de recursos públicos estão sujeitos a prestação de contas.
A prestação de contas deve ser realizada em até 05 (cinco) dias após o término
da viagem no SCDP e SEI (em casos específicos).
Documentos que devem conter na prestação de contas:
• Notas e/ou cupons fiscais de abastecimento do veículo;
• Comprovantes/recibos de passagens de ônibus e/ou aéreos;
• Recibos de táxi ou Uber;
• Recibos de pedágios;
• ASV – Autorização de Saída de Veículo ou documento equivalente – no caso de
uso de veículo oficial;
• Em caso de viagem em veículo particular de outro conselheiro o condutor do
veículo deve emitir uma declaração informando sobre a condução do mesmo. Essa
declaração deve conter placa do veículo, itinerário, datas e horários das viagens –
ANEXO VI;
• Lista de presença do evento/reunião;
• Declaração original da instituição que o conselheiro representa informando
sobre a falta de recursos para o custeio da viagem (exceto para instituições do segmento
da Sociedade Civil).
Observações:
• Os comprovantes de despesas (notas fiscais/cupons fiscais, recibos de táxi e
aplicativos de transporte) que estiverem em desacordo com as instruções dadas, como
falta de preenchimento e rasuras, podem não ser ressarcidos;
• Os conselheiros que possuem prestação de contas de viagens anteriores em
aberto não podem solicitar custeio de novas diárias de viagem
Fluxo para solicitação de custeio e prestação de contas de despesas de viagem
Prazos
Para o custeio de despesas de viagens para a participação em reuniões e/ou
eventos ligados ao Comitê é necessário enviar uma estimativa de valores de despesas
até o dia 20 do mês que antecede a viagem.
Importante
No caso de solicitação de custeio de viagem em que o conselheiro não puder
participar da reunião/evento, o mesmo deverá fazer uma justificativa por e-mail
informando o motivo pelo qual não foi possível sua participação, no prazo máximo de 3
dias úteis antes do início da viagem.
No caso do conselheiro ter recebido o valor da diária antecipadamente, será
gerando um Documento de Arrecadação Estadual (DAE) para devolução dos recursos
aos cofres públicos.
Boas Práticas
1. Reuniões do Comitê
Como propor reuniões mais produtivas que favoreçam a participação efetiva dos
membros dos Comitês?
Reuniões fazem parte da rotina dos CBHs. A própria natureza participativa, de
diálogo e, em alguns casos, de conflito entre diferentes propostas e pontos de vista
fazem com que reuniões sejam necessárias para o trabalho dos conselheiros. Este
processo pode também se tornar extremamente desgastante quando mal organizado.
Reuniões do Comitê
Como visto, o comitê mantém estruturas que, periodicamente, devem se reunir
para discutir e tomar decisões. Para tanto, faz-se necessário procedimentos de uma
série de atividades imprescindíveis ao êxito destas reuniões e eventos.
O planejamento das reuniões é fundamental para garantir que as decisões
tomadas pelo comitê sejam democráticas. Criar um ambiente propício para o debate e
participação de todos é essencial.
Para isso, é sempre bom lembrar que os participantes não se sentem
comprometidos com reuniões que:
• não tenham um planejamento adequado;
• sejam desorganizadas;
• com uma gestão do tempo inapropriada; e
• quando não há possibilidade de um diálogo realmente democrático.
Coordenação
Planejamento
Encerramento
Preparação
2. Planejamento e Preparação
Como realizar o planejamento de uma reunião dos CBHs?
Como definir objetivos para reunião?
Como preparar a pauta da reunião?
➢ Definir objetivos
Definir os objetivos de uma reunião é o primeiro passo para garantir o seu êxito.
A indicação clara de meta e objetivo facilitam o fluxo da comunicação e o andamento
do processo. Aconselha-se a dividir os objetivos de uma reunião em gerais e específicos:
• Objetivo geral é aquilo que se pretende atingir na reunião como um todo;
• Objetivos específicos são resultados pontuais que consolidam ou ampliam o
objetivo geral.
• abertura;
• discussão e aprovação da ata da reunião anterior;
• requerimento de urgência, se houver;
• matérias deliberativas; e
• encerramento.
Ao se elaborar a pauta deve-se considerar:
O requerimento de urgência, por sua vez, possui regras diferenciadas para sua
apresentação, mas que por ser urgente pode ser encaminhado até no dia da reunião,
observados os requisitos básicos referentes à sua motivação e subscrito por um número
mínimo de membros. O plenário poderá, ou não, acatar a entrada do requerimento de
urgência na pauta das reuniões e o regimento deve estabelecer os procedimentos desse
encaminhamento.
As reuniões extraordinárias serão realizadas para análise de matérias
específicas objeto de sua convocação, somente podendo ser deliberados assuntos
constantes da pauta divulgada previamente.
Lembre-se:
• A pauta deve ser montada coletivamente pela Diretoria. Quando isso não é
possível é preciso que todos conheçam o conteúdo.
• Todos os membros do comitê devem ter o direito de dar sugestões de assuntos
para a pauta.
• Para que seja garantida uma maneira mais democrática de definição de pauta,
sugerimos que seja feita uma consulta prévia para que os segmentos deem suas
sugestões.
Agora, veja algumas dicas para facilitar uma reunião, assista o vídeo:
Facilitando reuniões | COMPETÊNCIAS
3. Condução da Reunião
Como coordenar uma reunião de maneira adequada?
Quais técnicas e procedimentos favorecem a condução da reunião?
O sucesso de uma reunião está diretamente ligado ao desempenho do
coordenador ao mediar as discussões. Afinal, é ele quem conduz os participantes até o
objetivo, como tomar uma decisão.
O processo de condução da reunião é atribuição do presidente do Comitê,
podendo ser delegada para algum outro membro da Diretoria ou mesmo do Comitê, a
critério do presidente.
Na condução das reuniões a Diretoria deve definir alguns papéis específicos para
o bom andamento das atividades:
Quem assume a função de:
• Coordenador deve ser responsável pelos assuntos que irão ser debatidos na
reunião;
• Facilitador deve zelar pela reunião garantindo o cumprimento da pauta, a ordem
das intervenções, mediação de conflitos, espaços de participação democrática;
• Controlador de tempo controla o tempo de discussão de cada assunto
garantindo que todos serão adequadamente analisados;
• O Redator realiza as anotações de tudo que foi debatido e todas as informações
colhidas;
• O Secretário faz uma ata de reunião com todas as decisões tomadas sobre cada
assunto.
Apresentação individual
É o método mais comum para apresentar os participantes da reunião. Cada
participante se apresenta aos demais, diz quem é, qual sua formação, etc.
Algumas dicas para esse tipo de apresentação:
• Ofereça um roteiro para que todos se apresentem. Quais as informações que
devem ser passadas (nome, organização, formação);
• Evite polêmicas na dinâmica de apresentação, solicite apenas informações
básicas sobre cada participante;
• Cuidado com o tempo.
2. Formulando perguntas
Uma pergunta pode encaminhar a reflexão sobre determinado assunto e
também imprimir um rumo à conversa, pois traz em si um objetivo.
Por isso, devem ser elaboradas antes da reunião e incluídas na pauta. Portanto,
a eficácia de uma reunião depende em boa parte da elaboração precisa de perguntas-
chave.
Nas sessões plenárias, o uso exclusivo da palavra oral pode causar alguns problemas:
• Limita a participação daqueles que não têm facilidade de se expressar
oralmente;
• Dificulta a compreensão daqueles que estão mais acostumados a assimilar
ideias escritas do que faladas;
• Privilegia longos discursos que podem tornar a reunião pesada;
• Dificulta a retomada de pontos discutidos anteriormente.
Benefícios:
• Ampliam a possibilidade de expressão das pessoas tornando a reunião mais
democrática;
• Aumentam a capacidade de absorção das ideias pelos participantes que além da
audição passam a utilizar a visão para compreender o que está sendo exposto;
• Estimulam a capacidade de síntese, resumindo as ideias ao que é essencial ser
dito;
• Mantêm as opiniões expostas por mais tempo, e, portanto, mais presentes no
debate;
• Organiza melhor os pensamentos, agregando ou conciliando ideias afins e
contrapondo ideias opostas;
• Permite retomar com maior facilidade questões levantadas anteriormente;
• Facilitam a confecção do relatório;
• Agilizam a reunião.
Observação:
Os critérios tópicos e posicionamento exigem intervenção constante do
coordenador/facilitador – que deve ser alguém com certa habilidade e conhecimentos
metodológicos, digno da confiança dos participantes pela imparcialidade ao intervir nas
falas. Para um coordenador experiente, não é difícil combinar distintos critérios.
Lembre-se
• Assuntos que não estejam incluídos na pauta devem ser evitados para não tornar
a reunião cansativa.
• A flexibilidade da pauta pode estimular a participação. Abrir a pauta para
propostas, agrupamento de temas, exclusão ou inclusão de itens pode ser bastante
positivo.
• É importante que a pauta esteja acessível a todos durante a reunião.
Para finalizar esta parte, assista o vídeo "Como conduzir uma reunião?"
4. Encerramento da Reunião
Como encerrar uma reunião de forma adequada?
Quais encaminhamentos são necessários?
Tão importante quanto planejar e organizar bem uma reunião é finalizá-la
devidamente.
Encerramento
Quando o horário de término estiver se aproximando, avise que o encontro será
concluído em breve, recapitule o que foi debatido, o que ficou incompleto e como será
tratado/encaminhado, e leia as decisões tomadas. Por último, agradeça a participação
de todos.
Elaboração da Ata
É importante reunir tudo numa ata com todos os itens abordados e, para cada
tópico, o que foi decidido ou apontado como uma possível solução.
Em seguida, assinale as tarefas combinadas, com o nome dos responsáveis por
encaminhá-las.