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As receitas de bolos devem serem seguidas corretamente. Para modificar uma receita você
deve antes estudar cada ingrediente e saber antes a função de cada um deles na receita. O
açúcar por exemplo, se caso usado à mais na receita, pode criar crostas de açúcar no
resultado final do bolo quando desenformado. Por isso, quando você entende a função de
cada ingrediente, você tem poder e entendimento para alterar (acrescentando ou
retirando) a receita.
A manteiga e a margarina: Servem para dar sabor, retenção de ar, e em conjunto com a
lecitina presente na gema do ovo (emulsificante) ajuda a reter água, aumentando a vida
útil do bolo.
Além de afetar o sabor, a margarina também impede que o glúten se forme, pois vai
envolver as proteínas da farinha, impedindo que elas se liguem entre si, portanto, também
contribui para o bolo ficar mais macio.
Os ovos: Eles têm várias funções: Aerar o bolo dando volume, cor (com a gema) e estrutura
quando a proteína do ovo coagula com o calor e deixa o bolo duro, tanto que é possível
fazer um bolo sem farinha, mais não um bolo sem ovos! O bolo feito sem as gemas fica
com uma cor muito clara e meio mole. E preparado sem bater as claras em neve, fica
menos fofo. Porém, em nossa receita para obtermos uma massa de bolo bem estruturada,
teremos uma massa sem antes bater as claras em neve e por isso uma massa menos fofa e
mais estruturada.
O leite e a água: O leite, curiosamente, não dá sabor, pois tem pouca lactose (açúcar do
leite), mas tanto ele quanto a água servem como amaciante (sim, eles é que dão maciez ao
bolo). Não há diferença entre usar leite ou água na receita. Algumas pedem para
incorporar água quente como último ingrediente, ela serve para ativar o fermento.
O bolo feito substituindo o leite pela água fica mais úmido e demora mais tempo no forno.
O leite, querendo ou não, também contribui com suas proteínas na receita. Em nossa
receita
faremos a massa sem leite , mas para obtermos uma massa úmida e molhadinha, usaremos
calda para molhar a massa do bolo depois de pronta.
A farinha: Ela é a estrutura do bolo, já que o seu amido coagula com o calor, deixando o
bolo firme após assado. Além disso, quando sovada ou batida, ela ativa o glúten que
proporciona elasticidade à massa. Ideal para massas de salgados. Então sempre que
adicionarmos a farinha à massa, devemos sempre mexer com um fuê apenas para deixar a
massa bem homogênea tendo cuidado para não ativar o glúten à massa.
O Fermento químico: é composto por uma mistura de substâncias que sob a ação do calor
e em contato com a água libera o gás carbônico que faz a massa crescer e ficar fofa.
Os ovos devem ser de tamanho grande, a não ser que a receita peça algo diferente. Os
ovos caipiras dão uma cor linda, mas, se forem de tamanho diferente do necessário podem
modificar a textura da massa.
Peneire todos os ingredientes secos para aerar a massa e evitar que se formem grumos.
Ao fazer bolos à mão, bata bem com uma colher de pau até deixar a massa leve e brilhante,
raspe o fundo da tigela com uma espátula plástica para misturar bem.
Se os ingredientes tiverem que ser misturados numa massa, use uma espátula plástica com
lâmina flexível para ir cortando a massa, revolvendo-a e mexendo a tigela ao mesmo
tempo. Não caia na tentação de bater ou usar “mão pesada”, pois assim a massa perderá
ar e ficará pesada.
Nivele a massa na assadeira antes de assar para que o bolo fique plano quando assado.
Assegure-se de que seu forno esteja na temperatura correta antes de assar o seu bolo.
Teste o bolo antes do tempo designado já que isto é apenas um guia e teste-o novamente
antes de tirá-lo do forno.
Muitos problemas surgem ao se assar bolos, principalmente pela diversidade dos fornos.
Os fatores que afetam os resultados do assar incluem a fonte de calor. Alguns fornos são
rápidos, outros lentos e outros possuem ventoinhas. As receitas sempre dão o tempo para
assar, mas você deve lembrar-se de que estes tempos são simplesmente um guia. Além
disso, as direções abaixo subentendem que as receitas e os tamanhos de assadeiras
estejam sendo usados conforme o recomendado.
Se o bolo parecer assado antes do tempo dado, isto indicará que o forno é rápido; ao
contrário, se demorar mais tempo para assar, é lento.
Se o bolo passar do tempo de assar, ele ficará com a massa ressecada e com costas nas
laterais.
Um bolo assado no tempo certo, fia com a massa levemente úmida, não quebra no
manuseio correto e fica uniformemente assado.
As formas de 10 cm de altura podem deixar o bolo mais assado em uma parte e menos
assado em outra. Além de correr risco do bolo sentar no meio. Para evitar isso, use formas
baixas. Você terá bolos rápidos saindo do forno devido a pouco quantidade de massa em
cada uma e terá bolos mais uniformemente assados.
Até 1990, a produção de farinha de trigo no Brasil era monopólio do Estado, que buscava,
sem sucesso, a autossuficiência do trigo. A compra de trigo importado só era permitida na
ausência do produto nacional e o foco era quantidade e não qualidade. Por isso, a farinha
brasileira possui somente 3 tipos de classificação, bem diferente de outros países, como
você verá a seguir.
Atualmente a indústria brasileira observa às mudanças de hábito do consumidor, mas a
demanda por farinhas de qualidade ainda é considerada um nicho de mercado.
Denominação Indicação de uso
Tipo 1 Uso geral, para massas frescas, para confeitaria e para panificação
Farinha Integral
Tipo 1 com
Farinha de trigo misturada com fermento químico, indicada para bolos
fermento
O sal contribui na aparência final do bolo, ele tem diversas propriedades além da sua
função básica e conhecida por todos nós de salgar alimentos. Mas nos bolos doces, a
quantidade utilizada não salga, e sim melhora as propriedades dos outros ingredientes. A
tal “pitada” contribui de diversas maneiras para o seu bolo doce e para produtos de
panificação de maneira geral: ele realça o sabor, contribui no controle da fermentação e
fortifica o glúten da farinha. É importante lembrar que o glúten é composto por duas
cadeias de proteínas: a gliadina e a glutenina, presentes naturalmente em diversos cereais
como trigo, aveia, centeio e cevada. A gliadina tem maior solubilidade na água com um
pouco de sal, e isso favorece a fortificação da malha de glúten, deixando a massa mais
elástica e bem mais estruturada depois de assada, o que também contribui em sua maior
aeração. Como a fermentação libera gás carbônico, haverá a formação de bolhas de ar,
aqueles famosos “buraquinhos” que vemos na massa, e com uma rede de glúten mais
fortificada, essa aeração é mantida e o bolo dificilmente vai “murchar”, pois sua estrutura
estará mais resistente. O sal também pode ser considerado um conservante natural por
possuir ação bactericida, eliminando bactérias por elevar a pressão osmótica e “desidratar”
a célula bacteriana.
Teor de cinzas na farinha de trigo
Cinzas são sais minerais presentes na farinha, principalmente ferro, sódio, potássio,
magnésio e fósforo, que são obtidos através da queima da matéria orgânica da farinha,
pelo aquecimento a temperaturas próximas a 550-570?C. A maior concentração destes
minerais encontra-se na parte externa do grão, isto é, no farelo; daí conclui-se que, quanto
maior a quantidade ou a contaminação de farelo na farinha, maior será o teor de cinzas
resultante.
O teor de cinzas presentes na farinha só apresenta correlação com a cor destas e com a
presença de partículas de cascas quando da moagem da mesma mescla de trigos, sob as
mesmas condições, no mesmo diagrama e na mesma regulagem. Sendo assim, é um
número de moleiro, podendo-se obter na comparação de farinhas obtidas de trigos
diferentes, uma farinha mais clara, com maior teor de cinzas que outra mais escura.
As especificações de uma farinha panificável, por exemplo, para cinzas são pertinentes
devido à necessidade da garantia da cor desejada do produto final, assim também ocorre
no caso de massas alimentícias. Uma farinha que possua um teor de cinzas superior ao
especificado, por exemplo, gerará um miolo de pão de coloração mais escura, o que,
dependendo das características típicas do produto final pode não ser desejável, o que é o
caso da fabricação de pães brancos, não integrais.
Segundo a legislação brasileira (Portaria 354/96), a farinha de trigo integral pode possuir no
máximo entre 2 e 2,5 % de cinzas (% em b.s.), a farinha de trigo comum, no máximo 1,35%
e a farinha de trigo especial, no máximo 0,65%.
Você sabia que existem diferentes tipos de massa de bolo? Pois é, não é só pão de ló, não!
Hoje vamos falar sobre massa de pão de ló, genoise, amanteigada e chiffon.
Massa de pão de ló
O pão de ló é uma das massas mais utilizadas na confeitaria. Com seu sabor levinho, suave
e saboroso, a massa é conhecida por não levar fermento — mas, no lugar desse
ingrediente, levar uma grande quantidade de ovos, responsáveis por dar o volume fofo à
massa. Se você ainda não conhece, é só dar uma olhadinha nessa receita de pão de ló.
No quesito recheio, essa massa fica fantástica quando recheada com doce de leite, geleias,
frutas frescas e até mousses. Porém, no caso de cobertura de pasta americana, o pão de ló
não é recomendado, pois não conseguiria suportar o peso da pasta. Se for fazer essa
massa, invista em deliciosas coberturas como marshmallow, chantili ou até mesmo um
maravilhoso naked cake!
Foto: shutterstock
Enquanto algumas massas suportam coberturas pesadas, como pasta americana, outras
combinam com coberturas leves, como chantili.
Massa genoise
Trata-se da massa mais utilizada para fazer os deliciosos rocamboles. Com uma textura
levinha, aerada e elástica, assim como o pão de ló, a genoise se difere por contar com
manteiga derretida em seu preparo. Caindo muito bem com recheios e caldas, o naked
cake também é um dos tipos de bolo que caem superbem com essa massa.
Massa amanteigada
Se você procura uma massa capaz de suportar a pasta americana, a massa amanteigada é
ideal! Bem estruturada, a massa feita à base de manteiga — e não margarina, hein! — é
saborosa e versátil, permitindo ainda que você a incremente com frutas e castanhas, por
exemplo, sem que afundem na massa. Para quem ama um bolo úmido, essa massa
também é a mais recomendada. Certeza de que a receita de bolo amanteigado vai ser
sucesso!
Massa chiffon
Uma massa que finaliza seu preparo com claras em neve não tem como ser ruim, né? Além
disso, a massa de chiffon conta com o óleo como um de seus ingredientes, garantindo que
ela fique mais estruturada e mais úmida. Por suportar temperaturas mais baixas sem que
isso altere a qualidade da massa, recheios gelados e coberturas como ganache ou até
mesmo pasta americana são muito bem- vindas para embalar o sabor dessa massa!
Receita Massa Genoise
Tamanho da forma redonda (diâmetro 15cm x altura 7 cm)
Ingredientes:
3 gemas de ovos
Sal 1g
3 claras de ovos
Açúcar 90g
Farinha de trigo sem fermento 90g
30g de óleo vegetal
Leite líquido 30g
Extrato de baunilha 2ml
Modo de Preparo:
Acrescente as gemas junto da baunilha e sal e mexa bem com um garfo ou Fue. Em outra tigela bata
as claras em ponte de neve mole e despois vá acrescentando o açúcar aos poucos e batendo.
Quando o merengue estiver no ponto como demonstrando no curso prático, acrescente a mistura de
gemas e bata novamente. Acrescente o trigo peneirado e mistura delicadamente de baixo para cima.
Em uma tigela pequena acrescente o óleo e o leite em temperatura ambiente e acrescente 3
colheres de sopa bem cheia da massa de bolo e mexa bem até ficar homogêneo. Em seguida
combine esta mistura com a massa de bolo restante misturando de baixo pra cima até estar
completo. Leve para asar em forno pré aquecido à 180°C por aproximadamente 30 minutos.