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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA - UNINTA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

FRANCISCO RENNAN CARDOSO COSTA

RESENHA CRÍTICA

SOBRAL
2022
Maria Helena Martins nasceu em Porto Alegre, RS, em meados da década de 1950.
Escritora, professora, pesquisadora e crítica literária. Graduada no Instituto de Letras
da UFRGS, onde lecionou Teoria e Crítica Literária e Literatura Brasileira. Mestre em
Literatura infanto-juvenil e introdutora dessa disciplina na UFRGS e Doutora em Teoria
Literária e Literatura Comparada pela FFLCH/USP, onde foi professora. Foi assessora
do Projeto de Formação de Leitores, na Secretaria de Cultura de São Paulo; consultora
Itaú Cultural, onde participou da implantação do banco de dados informatizado de
Literatura; Coordenou cursos, projetos e publicações sobre literatura e leitura;
participou de Seminários Reading Specialist, na University of San Francisco, de Theory
of Literature e Children's Literature, em Berkeley (University of California), nos Estados
Unidos, e sobre Sociologie des Arts e Histoire de la Lecture, no EHESS, em Paris; foi
bolsista-pesquisadora da CAPES/DAAD, na Universidade Livre de Berlim; Criou o
Centro de Estudos de Literatura e Psicanálise Cyro Martins - CELPCYRO, em 1997,
para tratar do acervo de seu pai (Cyro Martins) e reeditar sua obra. Até 2011, foi
Diretora-presidente do CELPCYRO, quando passou a Presidente Honorária e assumiu
a Direção de Cultura, Humanidades e Literatura, permanecendo na coordenação dos
projetos de pesquisa, eventos, cursos e publicações. Além de docência e pesquisa
universitárias, sempre gostou do convívio com saberes e fazeres extra acadêmicos.
Para a autora, o ato de ler não se resume apenas na leitura de livros, jornais ou
revistas. O conceito de leitura está acima de decodificações de letras, tudo começa
quando entramos em contato com o mundo, as sensações provocadas desencadeiam
a compreensão, a dar sentindo ás coisas, pois podemos ler um olhar, uma atitude, uma
situação, através dos sentidos. Sendo o primeiro passo para começar a ler. Em
seguida, a autora ressalta que esta leitura estende-se a alfabetização e faz com que
aprendamos a ler apesar dos professores, colocando-nos como protagonistas no ato
da leitura. Ampliando a noção de leitura, Martins pontua que a aprendizagem está
conectada ao processo de formação global de indivíduo, o ato de saber ler e escrever
significa uma educação adequada para a vida. O analfabetismo ainda é bastante
comum mesmo nos países desenvolvidos, pois saber ler e escrever é algo que não se
tem acesso naturalmente. Essa obra é fundamentalmente importante para a formação
de educadores por relatar que a função dos mesmos não é apenas de ensinar a ler,
mas também de criar condições para o educando realizar a sua própria aprendizagem.
Em outro momento a autora menciona que a criança se mostra mais interessada na
leitura que o adulto por tudo lhe ser novo e desconhecido.
A crítica explícita no texto se diz á respeito dos livros didáticos, ressaltando que tais
livros “contém textos condensados,supostamente digeríveis e que dão a ilusão de
tornar seus usuários aptos a conhecer,apreciar e até ensinar as mais diferentes
disciplinas." E que, explicitamente presente na obra, a autora exalta que a leitura está
acima de decorebas.
REFERÊNCIAS
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, 1994. (Coleção
primeiros passos; 74)

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