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Arzeno,
Elza Grassano de Piccolo e colaboradores
Traduço
Miriam !elzensz"alb
#e$iso T%cnica
Luis Lorenzo #i$era
Martins !ontes
So Paulo &''(
CAPÍTULO VII
Introdução
A hora
hora de /o*o dia*n0stica constitui
constitui um recurso ou instrumento
instrumento t%cnico que o
psic0lo*o utiliza dentro do processo psicodia*n0stico com a )inalidade de
conhecer a realidade da criança que )oi trazida 1 consulta2
A ati$idade
ati$idade l3dica % sua )orma de e4presso pr0pria, assim
assim como a lin*ua*em
$erbal o % no adulto2 Trata5se,
Trata5se, ento, de instrumentalizar suas possibilidades
comunicacionais para depois conceituar a realidade que nos apresenta2
Achamos con$eniente
con$eniente esclarecer uma di)erença
di)erença b6sica entre a hora de /o*o
/o*o
dia*n0stica e a hora de /o*o terap9utica, pois % muito comum a con)uso entre
as duas2
A primeira
primeira en*loba um processo
processo que tem começo, desen$ol$imento
desen$ol$imento e )im em si
mesma, opera como uma unidade e de$e ser interpretada como tal2
A se*unda
se*unda % um elo a mais emem um amplo continuum no qualqual no$os aspectos e
modi)icaç8es estruturais $o sur*indo pela inter$enço
i nter$enço do terapeuta2 :A
respeito da participaço do psic0lo*o na hora de /o*o dia*n0stica, )alaremos
detidamente no t0pico ;papel do entre$istador<2=
?e/amos
?e/amos a*ora al*umas di)erenças2
Introdução
A hora
hora de /o*o dia*n0stica constitui
constitui um recurso ou instrumento
instrumento t%cnico que o
psic0lo*o utiliza dentro do processo psicodia*n0stico com a )inalidade de
conhecer a realidade da criança que )oi trazida 1 consulta2
A ati$idade
ati$idade l3dica % sua )orma de e4presso pr0pria, assim
assim como a lin*ua*em
$erbal o % no adulto2 Trata5se,
Trata5se, ento, de instrumentalizar suas possibilidades
comunicacionais para depois conceituar a realidade que nos apresenta2
Achamos con$eniente
con$eniente esclarecer uma di)erença
di)erença b6sica entre a hora de /o*o
/o*o
dia*n0stica e a hora de /o*o terap9utica, pois % muito comum a con)uso entre
as duas2
A primeira
primeira en*loba um processo
processo que tem começo, desen$ol$imento
desen$ol$imento e )im em si
mesma, opera como uma unidade e de$e ser interpretada como tal2
A se*unda
se*unda % um elo a mais emem um amplo continuum no qualqual no$os aspectos e
modi)icaç8es estruturais $o sur*indo pela inter$enço
i nter$enço do terapeuta2 :A
respeito da participaço do psic0lo*o na hora de /o*o dia*n0stica, )alaremos
detidamente no t0pico ;papel do entre$istador<2=
?e/amos
?e/amos a*ora al*umas di)erenças2
7elas o psic0lo*o elabora com os pais instruç8es que sero dadas 1 criança
por eles2 >omo pode ha$er inter)er9ncia de di)erentes )atores para que esta
in)ormaço che*ue de modo adequado ou no, cremos ser necess6rio
re)ormular para a criança, num primeiro
prim eiro contato, tais instruç8es de )orma clara
e precisa2
>ada hora de /o*o dia*n0stica si*ni)ica uma e4peri9ncia no$a, tanto para o
entre$istador como para o entre$istado2 mplica, a nosso $er, o estabelecimento
de um $ínculo trans)erencial bre$e, cu/o ob/eti$o % o conhecimento e a
compreenso da criança2
A sala
sala de /o*o ser6 um quarto no
no muito pequeno, com mobili6rio
mobili6rio escasso
:uma mesa, duas ou tr9s cadeiras e quadro5ne*ro= a )im de possibilitar
liberdade de mo$imentos 1 criança2 E pre)erí$el que as paredes e o piso se/am
la$6$eis, o que permitir6 que o entre$istador no se preocupe com a
conser$aço do lu*ar de trabalho2
As críticas que podem ser )eitas a este tipo de en)oque, anta*nico em relaço
ao anterior, % de que permite interpretar símbolos que no correspondem ao
que a criança realmente dese/a transmitir
C importante que o material se/a de boa qualidade para e$itar )6ceis estra*os,
situaço que pode criar culpa na criança e )az95la sentir que o entre$istador
pode ser )acilmente destruído por seus impulsos a*ressi$os, os quais ela tem
pouca capacidade para conter e manipular2 He$e5se e$itar a incluso de
material peri*oso para a inte*ridade )ísica do psic0lo*o ou da criança :ob/etos
de $idro, tesouras com ponta, )0s)oros, etc2=2 O material de$e estar em bom
estado /6 que, caso contr6rio, a criança pode ter a sensaço de estar em
contato com ob/etos /6 usados e *astos2
Instruç"es
de)iniço de pap%is
limitaço do tempo e do espaço material a ser utilizado
ob/eti$os esperados2
sto si*ni)ica que se esclarece para a criança que pode utilizar, como quiser, o
material que est6 sobre a mesa, que obser$aremos sua brincadeira com o
prop0sito de conhec95la e de compreender suas di)iculdades para uma a/uda
posterior, tudo isto num tempo determinado e nesse lu*ar2
Pa#e do #sicóogo
Trans$er%ncia e contratrans$er%ncia
Jma hora de /o*o dia*n0stica si*ni)ica urna e4peri9ncia no$a tanto para o
entre$istado quanto para o entre$istador2 7este sentido, al%m de re)letir o
inter/o*o das s%ries complementares de cada um, implica, a nosso crit%rio, o
estabelecimento de um $ínculo trans)erencial2
Antes do primeiro contato /6 e4iste uma ima*em m3tua, resultante da
in)ormaço que os pais transmitem2 sto condiciona determinadas e4pectati$as
que de$em ser rea/ustadas na primeira entre$ista, atra$%s do $ínculo real e
concreto com a criança2
Hos quatro aos sete anos h6 uma maior apro4imaço ao real, com crescente
preocupaço pela $eracidade da imitaço e4ata2 sto pode ser apreciado na
ati$idade *r6)ica, nas construç8es e nas associaç8es $erbais2
7os desenhos, passa da *aratu/a pr0pria dos tr9s anos a uma imitaço mais
realista do ob/eto representado, incluindo cada $ez mais elementos do mesmo2
>om relaço 1 construço com cubos, aos quatro anos interessa5se por
empilhar com equilíbrio, mas sem ob/eti$o pr%$io e sem maior continuidade
pode interromper para passar a outra coisa2
Outro elemento importante % o uso que a criança )az da lin*ua*em, sua li*aço
com a brincadeira que desen$ol$e e com a idade2
+odaidades de )rincadeiras
a= plasticidade
b= ri*idez
c= estereotipia e perse$erança2
Iuando a criança pode apelar para uma certa riqueza de recursos e*0icos
para e4pressar situaç8es di)erentes com um crit%rio econmico, atra$%s da $ia
do menor es)orço, mostra5nos plasticamente seu mundo interno2
Suzana, cinco anos, utiliza uma 4ícara para dar de comer a sua boneca,
e4pressando assim uma )antasia oral2 Pouco depois, a 4ícara adquire outro
si*ni)icado colocada de cabeça para bai4o ser$e de assento para sua boneca2
?emos a capacidade da criança para modi)icar a )unço dos ob/etos,
adequando5os 1s suas necessidades de e4presso2
Personi$icação
Estela, de dois anos e meio, que )oi le$ada para a consulta por apresentar
crises de choro cada $ez que seu irmo, de seis anos, $ai para a escola, pe*a
sua pasta na hora de /o*o e, dentro dela, coloca l6pis de cera e uma )olha2
Para dar5lhes curso, escolhe ob/etos mais a)astados do meio )amiliar atra$%s
de um deslocamento, que se e4pressa, )undamentalmente, na 6rea simb0lica2
+otricidade
Jm bom uso do corpo produz prazer e resulta num )ortalecimento e*0ico que
permite o alcance de no$os *anhos e )acilita a sublimaço, quando a criança
est6 preparada para isso2
Este sintoma passou inad$ertido para a )amília, que $ia >arlos como uma
criança boba a alteraço da$a5se a ní$el de mo$imento mais delicado2
He$emos le$ar em conta o terceiro )ator citado como possí$el causa dor da
dis)unço motora a )alta de estimulaço ambiental2 E )reqente que os centros
assistenciais hospitalares se/am consultados por crianças com di)iculdades no
início da escolaridade2 A imaturidade ou a di)iculdade a ní$el motor costumam
responder a uma )alta de estimulaço ambiental no momento da aquisiço das
)unç8es, mani)estada depois na )alta de /eito nos m o$imentos delicados
:problemas na escrita=
Criati,idade
Este processo tem uma )inalidade deliberada descobrir uma or*anizaço bem5
sucedida, *rati)icante e enriquecedora, produto de um equilíbrio adequado
entre o princípio do prazer e o princípio de realidade2 A criança a*e sobre os
elementos 1 sua $olta :brinquedos=, para conse*uir os )ins propostos2
Toer-ncia $rustração
Ca#acidade si!)óica
A= A #IJEA EWP#ESS?A
&2 A busca que a criança )az, 1 sua $olta, de suportes materiais :si*ni)icantes=
que $eiculem, de )orma adequada, suas )antasias e con)litos :si*ni)icados=2
K2 Jma no$a busca, quando atra$%s das )ormas anteriores de simbolizaço no
conse*ue os )ins comunicacionais2
F= A >APA>HAHE 7TELE>TJAL
Hurante a hora de /o*o e atra$%s dos símbolos que utiliza, a criança e$idencia
uma discriminaço e uma manipulaço da realidade que esto de acordo ou
no com sua idade e$oluti$a2 A maneira como o )az nos d6 a indicaço do
estado em que se acha o processo de simbolizaço@ se se desen$ol$e sem
inibiç8es na 6rea da aprendiza*em2
Ade*uação reaidade
7o obstante, de$emos le$ar em conta que a criança pode ter partes de sua
personalidade mais preser$adas ou que conse*uiram uma or*anizaço no
psic0tica, e a possibilidade de e4pressar seu con)lito depender6 da quantidade,
da qualidade e da inter5relaço destas partes2
Tal % o caso de Ruan, que durante uma hora de /o*o começa a *irar no solo
usando sua cabeça como ei4o e repetindo em $oz alta toc, toc, toc,
identi)icando5se com um rel0*io2 Poderíamos pensar que o menino est6
brincando, mas na realidade no % assim2 E uma pseudobrincadeira na qual
atua, corporalmente, uma )antasia@ no brinca de ser rel0*io, mas sim ;%< o
rel0*io2 Perdeu a distBncia e a possibilidade de simbolizar, desaparecendo o
;como se< pr0prio das brincadeiras de crianças normais e neur0ticas2
A *ama e a $ariaço dos con)litos a ní$el neur0tico so muito amplas@ portanto,
descre$eremos um per)il comum que nos permita caracterizar o brincar da
criança neur0tica2
7estas crianças h6, pois, uma adequaço relati$a 1 realidade, cu/o *rau
depende dos termos do con)lito@ h6 uma tentati$a de satis)azer o princípio de
prazer que, por seu lado, *era culpa no tolerada pelo e*o, que desloca o
impulso para ob/etos substituti$os a)astados do ori*inal2
Fiblio*ra)ia
Aberastur^, A2, Teoria ^ t%cnica dei psicoan6lisis de ni_os2 Fuenos Aires, Paid0s, &'NK2
Allen, !rederic. [2, Psicoterapia in)antil2 Fuenos Aires, Paid0s, &'(
Fle*er, Ros%, La entre$ista psicol0*ica2 Fuenos Aires, edici0n de O2P2!2+2L :Hpto2 de Public2 de
la !ac2 de !iloso)ia ^ Letras=
Gessell e Amatruda, Hia*n0stico ^ desarrollo normal ^ anormal del ni_o2 Fuenos Aires, Paid0s,
&'N'
anner, Leo,Psquiatría in)antil2 Fuenos Aires, Paid0s, &'NN2
lein, M2, Ei psicoandlisis de nihos2 Fuenos Aiies, Paid0s, &'N&
````````,#elato del psicoanalisis de un ni_o2 Fuenos Aires, Paid0s, &'N&2
lein, M2 e outros, 7ue$as direcciones e n psicoanalisis2 Fuenos Aires, Paid0s, &'N(2
lein, M2, )dem, cap2 & ;La t%cnica psicoanalitica del /ue*o su historia ^ su si*ni)icado<
[eimann, P2, dem, cap2 ? ;Al*unas )unciones de intro ^ecci0n ^ pro^ecci0n de Edipo2 Las
etapas tempranas<
Munro, L2, dem, cap2 ? ;Pasos en la inte*racion del ^o obser$ador en un an6lisis de /ue*o<2
#odri*u%, E2, dem, cap2 ? ;El an6lisis de un esquizo)r%nico de tres a_os com mutismo<2
iein, M2, dem, cap2 W ;Sobre la identi)icaci0n<2
lein, M2, >ontribuciones al psicoan6lisis2 Fuenos Aires, Paid0s, &'N(2
````````,dem, ;La personi)icaci0n en el /ue*o de los ni_os<2
````````,dem, ;La importancia de la )ormaci0n de simbolos en el desarrollo del ^o<, &'U2
````````,,dem, ;El comple/o de Edipo a la luz de las ansiedades tempranas<, &'(2
lein, M2 e outros, Hesarrollos en psicoan6lisis2 Fuenos Aires, Paid0s, &'(2
saac, S2, dem, cap2 ;7aturaleza ^ )unci0n de la )antasia<2
[eimann, P2, dem, cap2 ? ;Al*unas )unciones de intro ^ecci0n ^ pro^ecci0n de la temprana
in)ancia<2
lein, M2, dem, cap2 ? ;Al*unas conclusiones te0ricas sobre la $ida emocional del lactante<2
````````,dem, cap2 W ;7ota sobre ai*unos mecanismos esquizoides<2
Laplanche e Pontalis, ?ocabulaire de a ps^chanal^se2 Paris, P2J2!2 :[6 $erso portu*uesa
?ocabul6rio da Psican6lise2 (2 Paulo, Mastins !ontes2=
Liberman, Ha$id, La comunicaci0n en terap9utica psicoanahtica2 Fuenos Aires, Pudeba, &'NK2
Pa$lo$s.^, Eduardo, Psicoterapia de la ni)lez ^ la adolescencia2
Pia*et, Rean, Psicolo*ia dela inteli*encia2 Fuenos Aires, Psique, &'((
``````,La )ormacion del símbolo en el nJlo2 M%4ico, !2>2E2, &'N& dem, cap2 ? ;El nacimiento
del /ue*o<
``````,dem, cap2 ? ;La classi)icaci0n de los /ue*os ^ su e$oluci0n a partir de la aparici0n dei
len*ua/e<
```````,dem, cap2 ? ;La e4plicaci0n del /ue*o<
``````,dem, cap2 ? ;El simbolismo secundario del /ue*o, el sue_o ^ el simbolismo
inconsciente<
``````,dem, cap2 ? ;Ei paso de los esquemas sensorio5motores a los esquemas
conceptuales<
``````,dem, cap2 W ;He las cate*orias pr6cticas a las cate*orias representati$as<2
#abin e [ar"orth, T%cnicas pro^ecti$as para ni_os2 Fuenos Aires, Paid0s, &'N(2
#odri*u%, E2 e #odri*u% G2 de2, El conte4to del proceso psicoanalitico2 Fuenos Aires, Paid0s2
``````,,dem, cap2 ? ;La naturaleza ^ )unci0n de los simbolos<
``````,dem, cap2 ? ;Sobre la )ormulaci0n de la interpretaci0n<
``````,dem, cap2 ? ;Ei ca/0n de /u*uetes del ni_o ^ el ca/0n de )antasia del adulto<
``````,,dem, cap2 ? ;La interpretaci0n l3dica una actitud hacia el /ue*o<2
/. Por u! !odeo estrutura da hora de jogo diagnóstica 01
Analia ornblit
O ideal teria sido que todos os casos ti$essem sido entre$istados pelo mesmo
psic0lo*o2 sto no )oi possí$el, mas tentamos reduzir ao m64imo a $ari6$el
pessoal, estabelecendo instruç8es comuns, pautando a conduta a ser se*uida
pelo entre$istador durante a hora de /o*o, tomando precauç8es para que tanto
sua localizaço como a do material )osse a mesma, etc2
&= Jma an6lise detalhada da hora de /o*o, ainda que prescindindo de outro
material, ou 1s ce*as, permite
Pensamos, assim, que poderíamos entender a hora de /o*o como uma hist0ria
ar*umental da criança, )abricada em resposta a uma situaço de estímulo :em
parte estruturada e em parte no=, a$aliando, ento, o modo como ela se inclui
em tal situaço2
Embora isto possa parecer 0b$io, permitiu5nos le$ar em consideraço aspectos
que muitas $ezes esquecíamos, preocupados, como est6$amos, em in)erir
conte3dos inconscientes atra$%s do uso do material de /o*o2 ncluímos, assim,
indicadores que chamamos ;)ormais<, em oposiço aos indicadores ;de
conte3do<2 Al*uns destes indicadores eram a )orma de abordar os brinquedos,
a atitude no começo e no )inal da hora de /o*o, como se localiza no consult0rio,
a atitude corporal, a utilizaço do espaço :deslocamentos da criança e dos
brinquedos=, etc2
Aqui, o senso comum nos chamou 1 re)le4o quanto aos si*ni)icados distintos
que a pr0pria situaço da hora de /o*o poderia ter :para uma criança muito
pobre era, tal$ez, um ;o)erecimento< de brinquedos, aos quais depois,
supostamente, atribuía um conte3do latente=2
7osso pr04imo passo )oi pensar que uma $ariaço )rente 1 an6lise do que a
criança )az era pensar no que dei4a de )azer2 Esta % a posiço estruturalista
que a)irma que um elemento de um sistema adquire si*ni)icado em )unço do
resto dos elementos que comp8em esse sistema, e que ; as relaç8es de)inem
os termos<:K=@ e mais ainda, se*undo Laplanche e Leclaire, ;se o si*ni)icante
remete ao si*ni)icado no % seno pela mediaço do con/unto do sistema
si*ni)icante2 7o h6 si*ni)icante al*um que no remeta 1 aus9ncia dos outros e
que no se de)ina pela sua posiço no sistema<: =
Se*uindo este modelo, tentamos analisar a hora de /o*o sob um ponto de $ista
semiol0*ico, ou se/a, atendendo mais 1s )ormas si*ni)icantes do que 1
semBntica, no tocante ao estudo dos si*ni)icados :neste caso, )antasias
inconscientes=2
O brincar seria uma lin*ua*em sem lín*ua em que cada dramatizaço pode
remeter a $6rios si*ni)icados, mas os elementos desta li n*ua*em em si no
remetem a si*ni)icados2 O leo no ser6, necessariamente, pai mau@ denotar6,
em primeiro lu*ar, outro si*ni)icado :por e4emplo, posso pe*ar esse animal de
brinquedo e simbolizar com ele um aspecto do que est6 acontecendo comi*o=,
ou mais bre$emente pode simbolizar, ao mesmo tempo, que pode conotar o
arqu%tipo pai mau ou outro2
Por outro lado, o brincar % uma lin*ua*em na qual, como diz !a*%s, ;as
ima*ens esto coladas a seu si*ni)icado<, e ;para encontrar os poderes de
si*ni)icaço e de interpretaço222 de$em desen$ol$er a ní$el do discurso o que
lhes )alta a ní$el das estruturas elementares<: (=
7a hora de /o*o o ;discurso< % dado pela seq9ncia das brincadeiras, que )oi,
precisamente, o que tentamos abordar se*mentando a conduta da criança
durante a sesso em unidades2
4 dem2 p2 KK5
5 !a*%s, op2 cit2, p2 &K&2
>ate*orizamos como unidade de /o*o toda a conduta da criança que permita
que a si*ni)icaço apareça, desde um *esto at% Jm ato comple4o em que se
usam di)erentes elementos, mas para emitir uma mensa*em 3nica, por
e4emplo, construir uma casa2
Jsamos o termo )antasia, em seu sentido mais amplo, como aquilo que a
criança e4pressa mediante o brincar, coisa que ocorre toda $ez que aquilo que
a criança )az e$oca, no entre$istador, uma representaço mental
correspondente a um conte3do inconsciente2 Por e4emplo, se a criança brinca
de dar de comer aos animais, e$oca no psic0lo*o a situaço b6sica de
alimentaço na dupla me5criança2 Se, por outro lado, pe*a os brinquedos e os
lar*a em se*uida, sem armar nenhuma brincadeira com eles, est6 indicando
que so)re uma inibiço de sua )antasia, uma de)esa )rente 1 ansiedade que
aquilo que reprime lhe e$oca2
6 Palmier,R2 M2, R2 Lacan, lo simb0lico ^ lo ima*in6rio2 Fuenos Alres, Proteo, &'&, p (2
como )oram caracterizadas2
&= O n3mero m%dio total de unidades de /o*o oscila entre &U e &(, para uma
sesso de trinta minutos2
O n3mero total de unidades parece estar associado ao ní$el mental, idade e
quantidade de ansiedade2
K= O clima4 no )inal da sesso, e sobretudo na 3ltima unidade, indica que a
ansiedade ameaça in$adir o e*o porque no pode ser bem manipulada nem
controlada por de)esas e)icazes2 Se o clima4 aparece na metade da hora, ou
depois :raramente pode se apresentar antes=, in)erimos que a criança tem certa
capacidade de elaboraço )rente 1 emer*9ncia de conte3dos psíquicos
e$ocadores de ansiedade2