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• Crise de paradigmas
• Paradigmas:
• Análise crítica: A ideia de que nosso universo de conhecimento é muito mais amplo do que
aquele que cabe no paradigma da ciência moderna traz a ciência para um campo de luta mais
igual, em que ela tem de reconhecer e se aproximar de outras formas de entendimento e
perder a posição hegemônica em que se mantém, ignorando o que foge aos seus domínios.
• Escola “democrática” tradicional: Exclui os que ignoram o conhecimento que ela valoriza e,
assim, entende que a democratização é massificação de ensino e não cria a possibilidade de
diálogo entre diferentes lugares epistemológicos, não se abre a novos conhecimentos que não
couberam, até então, dentro dela.
• Por uma outra formação: Se o que pretendemos é que a escola seja inclusiva, é urgente que
seus planos se redefinam para uma educação voltada para a cidadania global, plena, livre de
preconceitos e que reconhece e valoriza as diferenças.
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• Integração ou inclusão?
• Integração:
• Inserção de alunos com deficiência nas escolas comuns, mas seu emprego dá-se também para
designar alunos agrupados em escolas especiais para pessoas com deficiência, ou mesmo em
• A inclusão total e irrestrita é uma oportunidade que temos para reverter a situação da maioria de nossas
escolas, as quais atribuem aos alunos as deficiências que são do próprio ensino ministrado por elas —
sempre se avalia o que o aluno aprendeu, o que ele não sabe, mas raramente se analisa “o que” e “como” a
• Homogeneidade (padronização): esse desejo tem muito em comum com a democracia de massas,
destruíram-se muitas diferenças que nós hoje consideramos valiosas e importantes.
• Cultura global e globalização: hoje, parece contraditória a luta de grupos minoritários por uma política
identitária, pelo reconhecimento de suas raízes (como fazem os surdos, os deficientes, os hispânicos, os
negros, as mulheres, os homossexuais). Há, pois, um sentimento de busca das raízes e de afirmação das
diferenças. Devido a isso, contesta-se hoje a modernidade nessa sua aversão pela diferença.
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• A questão legal
• Mesmo sob a garantia da lei, podemos encaminhar o conceito de diferença para a vala dos preconceitos,
da discriminação, da exclusão, como tem acontecido com a maioria de nossas políticas educacionais.
• O caráter dúbio da educação especial é acentuado pela imprecisão dos textos legais que fundamentam
• Uma das maiores barreiras para se mudar a educação é a ausência de desafios, ou melhor, a
neutralização de todos os desequilíbrios que eles podem provocar na nossa velha forma de ensinar. E,
por incrível que pareça, essa neutralização vem do próprio sistema educacional que se propõe a se
• Necessidades:
• mudar a escola é enfrentar muitas frentes de trabalho, cujas tarefas fundamentais, a meu ver, são:
• recriar o modelo educativo escolar, tendo como eixo o ensino para todos;
• reorganizar pedagogicamente as escolas, abrindo espaços para que a cooperação, o diálogo, a
solidariedade, a criatividade e o espírito crítico sejam exercitados nas escolas, por professores,
administradores, funcionários e alunos, porque são habilidades mínimas para o exercício da
verdadeira cidadania;
• garantir aos alunos tempo e liberdade para aprender, bem como um ensino que não segrega e que
reprova a repetência;
• formar, aprimorar continuamente e valorizar o professor, para que tenha condições e estímulo para
ensinar a turma toda, sem exclusões e exceções.
• Recriar o modelo educativo
• A reorganização das escolas depende de um encadeamento de ações que estão centradas no projeto
político-pedagógico.
• Os currículos, a formação das turmas, as práticas de ensino e a avaliação são aspectos da organização
• Para ensinar a turma toda, parte-se do fato de que os alunos sempre sabem alguma coisa, de que todo
educando pode aprender, mas no tempo e do jeito que lhe é próprio.
• Educação não-disciplinar – propõe:
• Propor trabalhos coletivos, que nada mais são do que atividades individuais realizadas ao mesmo
tempo pela turma.
• Ensinar com ênfase nos conteúdos programáticos da série.
• Adotar o livro didático como ferramenta exclusiva de orientação dos programas de ensino.
• O professor que ensina a turma toda não tem o falar, o copiar e o ditar como recursos didático-
pedagógicos básicos. Ele não é um professor palestrante, identificado com a lógica de distribuição do
ensino e que pratica a pedagogia unidirecional do “A para B e do A sobre B”.
• Certamente, um professor que engendra e participa da caminhada do saber “com” seus alunos
• O argumento mais frequente dos professores, quando resistem à inclusão, é não estarem ou não terem sido
preparados para esse trabalho.
• Na formação em serviço, os professores reagem inicialmente à metodologia que tenho adotado, porque estão
habituados a aprender de maneira fragmentada e essencialmente instrucional. Eles esperam uma preparação
(VUNESP) A inclusão escolar exige da escola novos posicionamentos. Nesse sentido, Maria Teresa
a) a interdisciplinaridade
b) a avaliação classificatória
c) a transversalidade
d) a organização por ciclos
e) o trabalho coletivo
QUESTÃO 03
(VUNESP) De acordo com as posições defendidas por Maria Teresa E. Mantoan, em sua obra Inclusão
(FUNDEP) As palavras “integração’’ e “inclusão” são usadas para expressar situações de inserção diferentes e se
baseiam em posicionamentos teórico-metodológicos discordantes, de acordo com Mantoan (2006)
I. A integração tem como propósito a inserção de um aluno, ou um grupo de alunos, que foi anteriormente
excluído.
II. A inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional por atingir todos os alunos, de modo que
alcancem sucesso no processo educativo.
III. A inclusão é fruto de uma educação plural, democrática e transgressora.
a) I e II apenas
b) I e III apenas
c) II e III apenas
d) I, II e III
QUESTÃO 06
(METRO CAPITAL) De acordo com a obra "Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como Fazer?", Maria
Teresa Mantoan afirma que os ciclos de formação
(VUNESP) Mantoan (2001) afirma que, de modo geral, as escolas têm muita dificuldade para
reconhecerem que precisam mudar em relação à inclusão para melhorar as condições de
a) criação de um ensino específico para atender pessoas com as mais diversas deficiências de modo
diferenciado.
b) presença de salas especiais que possam atender as crianças com deficiência de maneira
segregada.
c) produção de material didático específico que seja capaz de proporcionar um ensino
individualizado aos alunos com dificuldades de aprendizagem.
d) mudança na organização escolar, na formação de professores e à remoção de barreiras atitudinais
à inclusão de todas as crianças.
e) utilização de um currículo que represente um recorte do currículo oficial, limitado em extensão e
aprofundamento.
QUESTÃO 08
(VUNESP) A educação inclusiva sustenta que é necessário considerar o aluno de forma individualizada
a) corresponde aos alunos estarem organizados em classes especiais, considerando suas dificuldades
específicas.
b) prevê na escola os serviços educacionais segregados para atender aos portadores de deficiência.
c) considera que nem todos os alunos com deficiência podem estar nas turmas de ensino regular.
d) implica a escola adotar um programa próprio, com material específico e professores habilitados.
e) significa a inserção escolar de forma radical, completa e sistemática de todos os alunos no ensino
regular.
QUESTÃO 11
(UFG) Segundo Maria Teresa Egler Mantoan, autora do livro Inclusão Escolar. O que é? Por quê? Como
(VUNESP) Para a inclusão de todas as crianças, são necessárias mudanças na organização escolar e na
(VUNESP) A inclusão deriva de uma reestruturação dos projetos pedagógicos. Os currículos, a formação das
turmas, as práticas de ensino e a avaliação são aspectos da organização pedagógica das escolas e precisam ser
revistos. De acordo com Mantoan (2015)
(VUNESP) Mantoan (2015) aponta que a indiferenciação entre o processo de integração e o de inclusão escolar provoca
uma tendência a nos desviar de uma mudança efetiva de nossos propósitos e nossas práticas. Apesar dos dois
vocábulos terem significados semelhantes, são empregados para expressar situações de inserção diferentes e se
a) a inserção de alunos com deficiência nas escolas regulares, mas seu emprego dá-se também para a possibilidade
de migração para classes especiais menos segregadas, por um período transitório, para posterior retorno à classe
comum.
b) o acesso às escolas por meio de um leque de possiblidades educacionais, que vai da inserção às salas de aula do
ensino regular ao ensino em escolas especiais, evitando medidas radicais que possam promover a exclusão do
aluno.
c) a individualização dos programas escolares, a elaboração de currículos adaptados, a aplicação das avaliações
especiais e a redução dos objetivos educacionais para compensar as dificuldades de aprender.
d) uma mudança de perspectiva educacional, pois não atinge apenas alunos com deficiência e os que apresentam
dificuldades de aprender, mas todos os demais, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral.
e) a justaposição do ensino especial ao regular, ocasionando maior abrangência dessa modalidade, pelo
deslocamento de profissionais, recursos, métodos e técnicas da educação especial às escolas regulares.
QUESTÃO 15
a) integração pode ser considerada inclusão porque ambas partem do mesmo conceito.
b) a inclusão busca diminuir as diferenças, adaptando o sujeito ao meio.
c) a luta das associações de pessoas com deficiência é pelo reconhecimento da igualdade.
d) a luta dos diferentes movimentos sociais, hoje, não é pela igualdade, é pela diferença.
e) a integração discute a mudança de sociedade ao reconhecer seus diferentes.
QUESTÃO 16
a) adaptar os currículos e simplificar as atividades para que os alunos com necessidades especiais
possam realizá-las com sucesso.
b) desenvolver um ensino individualizado para os alunos com déficits intelectuais e problemas de
aprendizagem.
c) elaborar planos de cargos e aumentar os salários, realizando concursos públicos de ingresso,
acesso e remoção de professores
d) padronizar o tempo e o ritmo de aprendizagem dos educandos, garantindo que todos se
desenvolvam juntos.
e) segregar os atendimentos dentro e fora das salas de aula, criando salas de reforço nas quais os
alunos com desempenho ruim sejam educados.
GABARITO
1. E
2. B