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Vida e Natureza
NICOLAS GUZMAN
Portfólio de:
Sumário____________________________________________________2
Apresentação________________________________________________3
Dedicatória__________________________________________________4
Situação-Problema 1___________________________________________5
ATP SP1___________________________________________________11
Situação-Problema 2 e 3______________________________________33
ATP 2 e 3_______________________________________________38
Situação-Problema 4:_________________________________________58
ATP 4____________________________________________________63
Situação-Problema 5_______________________________________74
ATP5__________________________________________________82
Estudo do Caso5_________________________________________87
Situação-Problema 6______________________________________
ATP 6_________________________________________________
2
Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus, guie-me o teu
bom Espírito por terreno plano.
Salmos 143:10.
Apresentação:
Meu nome é Nicolás Guzmán, sou da República Dominicana e tenho 20
anos. Sou uma pessoa que se considera vitoriosa, porque apesar dos erros e
dos belos momentos da vida, sempre segui em frente. Algo que reconheço
é que não foi por minha força, mas pela ajuda de Deus, porque,
literalmente, ele não me abandonou por um único momento na vida, ele
cuidou de mim, me abençoou protegido desde o momento em que nasci até
agora.
3
Dedicatória:
Um novo ciclo se abre, uma nova jornada começa, assim como os
semestres anteriores, quero fazer o mesmo agora e é dedicar em primeiro
lugar este documento de trabalho a Deus, que me ajudou até agora a
superar todos os obstáculos que me atravessam, Foi ele quem não me
abandonou nos momentos sombrios e me deu forças para vencer. Em
segundo lugar, quero dedicar meu portfólio a pessoas muito especiais em
minha vida, como minha família (principalmente minha mãe), que apesar
de tudo, eu a amo muito e quero que ela se orgulhe de mim. Por último,
mas não menos importante quero dedicar esse portfólio a cada pessoa que
acreditou em mim e que, de uma maneira ou de outra, semeou uma
pequena semente para eu seguir adiante (minha igreja, meus amigos e
minha comunidade).
Justificativa:
Na vida, a coisa mais importante (considero eu) é fazer as coisas com
algum significado, ou melhor, dito com alguma intencionalidade. Por essa
razão eu quero fazer este portfólio com um sentido muito especial, pois ele
vai demonstrar ao final da jornada o tão avançado ou não eu estarei, tendo
isso em conta vou dedicar o tempo que fosse necessário para fazê-lo bem, e
que eu mesmo me senta orgulhoso de meu trabalho.
Objetivo Geral:
Através deste portfólio, pretendo capturar de maneira didática e
compreensível meus conhecimentos e conhecimentos sobre o módulo.
Quero que, no final da jornada, eu possa ter excelentes resultados que serão
evidentes no campo do trabalho (já no futuro). Eu quero crescer de uma
maneira extraordinária, onde eu possa desenvolver capacidades
incontestáveis que ainda não foram reveladas, eu quero fortalecer minha
liderança e ser reconhecido como um bom aluno, entre outros.
Dentro desse crescimento tem uma parte importante que é sobre meu
desenvolvimento no grupo das tutorias, eu espero que eu seja um bom
aluno, um bom colega e uma boa pessoa, que durante as aberturas e os
fechamentos possa ter uma boa participação e que minha participação seja
de proveito para todos.
4
Contrato de convivência:
Limite de tolerância de 15 minutos (salvo causa justificada).
Intervalo de 20 minutos.
Alimentos permitidos (não com cheiro fortes).
Telefone em silencio.
Ambiente de respeito.
Corrigir o colega de maneira educada.
Situação-Problema 1
Abertura de Caso: E esse exame?
Problemas:
-O Bruno relata palidez, sonolência e dificuldades de concentração há um
tempo;
-Bruno possui uma dieta inadequada;
-O eritrograma de Bruno está alterado segundo os valores de referencia
apresentados;
-Bruno não entende a relação entre a sua dieta e seus exames;
Hipóteses:
-Correlacionando os sintomas relatados e o resultado do exame pode-se
supor que Bruno está anêmico;
-A anemia de Bruno é causada por sua dieta inadequada, possível
deficiência em ferro; não necessariamente, pois a gente possui um grande
estoque de ferro.
-Os sintomas de Bruno são provocados por uma oxigenação inadequada
dos tecidos;
-Pode-se deduzir que a anemia de Bruno é ferropriva por conta dos valores
de hemoglobina e hematócrito fora dos valores de referencia;
-Bruno não possui anemia megaloblástica, pois seu VCM está abaixo da
referencia, enquanto se fosse megaloblástica ele deveria estar acima da
referencia;
-Os mecanismos de formação e destruição de hemácias são dependentes da
quantidade de hemoglobina;
-O RDW é um índice de variância dos tamanhos das hemácias;
5
QAS:
6
QAS:
7
- De grande interesse é o mecanismo pelo qual as hemácias mais velhas são
reconhecidas e eliminadas de circulação. Vários fatores contribuem para
isto em especial a redução da atividade metabólica e oxidação da
hemoglobina. Um mecanismo aceito para explicar a eliminação de
hemácias envelhecidas é a formação de agregados de proteína de banda 3
estabilizados por moléculas de hemoglobina oxidadas (hemicromos). Esses
agregados seriam reconhecidos como antígenos por anticorpos IgG
autólogos e complemento. Com a deposição de uma densidade crítica de
anticorpos e moléculas de complemento, as hemácias senescentes seriam
reconhecidas e eliminadas.
8
Hemácias: Contagem de eritrócitos (CE) : 10³+³ /mm³
Hemoglobinas (Hb): é o principal componente dos eritrócitos e é
responsável pelo transporte de oxigênio e dióxido de carbono.
Hematócrito (Ht): refere-se à percentagem ocupada pelos glóbulos
vermelhos ou hemácias no volume total de sangue. Caso o valor seja
inferior à média, significa que existe pouca quantidade de glóbulos
vermelhos circulantes.
Volume Corcuspular Médio (VCM): indicador do tamanho celular
quando comparado com valores de referência espécie-específicos
que permite a classificação celular em macrocitose, microcitose ou
normocitose.
Hemoglobina Corcuspular Media (HCM): indicador do conteúdo
médio (massa) de hemoglobina em um eritrócito individual.
Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM):
indicador da concentração média de hemoglobina nos eritrócitos
individualmente que permite a classificação celular em hipocromia
ou normocromia.
Red Cell Distribution Width (Amplitude de Distribuição dos
Glóbulos Vermelhos RDW): que avalia a amplitude da superfície
dos eritrócitos.
9
4. De acordo com os sintomas relatados por Bruno e os resultados
de seus exames, quais os tipos de anemias possíveis que ele
tenha?
10
Referencias Bibliográficas:
Hoffbrand AV, Petit JE, Moss PAH – Essential haematology. 6th edition,
Blackwell Science, Oxford, 2013
11
ATP do Caso 1:
E esse exame? 05-03-2020
Prof. Dra. Fabiana Aidar Fermino
Bruno: Personagem da SP.
Pálido e assustado!
Queixa, palidez, sonolência, dificuldade de concentração.
Hemograma Alterado.
Hemograma:
Exame que da informação do sangue do paciente.
Informação quantitativa dos elementos figurados, e também informações
qualitativas. O hemograma é realizado com uma parte do sangue do
paciente. Essa quantidade de sangue vai pro laboratório e libera a
quantidade dos elementos que a gente tem no sangue.
Hipóteses: Bruno tem anemia?
Anemia:
Baixa concentração de Hemoglobina (Redução de contagem de hemácias
por volume sanguíneo).
- Diminuição da quantidade de anemia de hemoglobina no sangue.
- Diminuição da contagem de eritrócitos no sangue.
Quantidade adequada de hemoglobina numa quantidade adequada de
hemácias.
Quais mecanismos?
Existem vários tipos de anemia!
Deficiência (total ou parcial) na eritropoese
Ou
Destruição anormal – Hemólise
Eritropoese: Produção dos eritrócitos
12
Regulação da Eritropoese: Eritropoeitina
Rim – Oxigênio – Altitude
Precursores eritróides – medula óssea
Medula óssea vermelha: Produção dos elementos do sangue.
-É um dos sítios onde acontece a hematopoese e a eritropoese.
Eritropoese:
As células eritróides passam por diversas fases de maturação –B12- ácido
fólico, quando ocorre a síntese de hemoglobina- Ferro.
Características:
Ausência de núcleo: reduz tamanho e peso
Disco bicôncavo
Membrana que confere deformabilidade
Hémacias: carregar hemoglobinas, hemoglobinas: carregar oxigenio.
Ferro:
Substrato que tem várias funções no organismo.
Vem da nossa dieta.
A principal fonte é a proteína animal (carne vermelha).
Dieta:
Ele fica armazenado no fígado,
Depende:
Absorção,
Transporte e metabolismo,
Perdas,
Aumento da necessidade;
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Indivíduos adultos com a anemia por deficiência de ferro não indica que
é a dieta.
O bruno:
Ele tem uma anemia hipocromica e microcistica
A principal causa de uma anemia hipocromica e microcistica é a carência
de ferro.
Causa: sangramento (alto ou baixo) do trato gastrointestinal.
ATP 2 do Caso 1:
E esse exame? 06-03-2020
Anemias:
14
Insuficiência medular: Primária (congênita) ou secundaria (tumores,
leucemia).
Incremento da destruição:
Congênitas: Defeitos de membrana (esferocitose, eliptocitose),
hemoglobinopatias (SS, SC, Talassemias)
Adquiridas: Causa imune.
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Papel do ácido fólico: sínteses do DNA.
Mecanismo da ADC
Diminuição da vida média da hemácia
Bloqueio na utilização do ferro
Vida média da hemácia
Diferencia relativa eritropoetina
Anemia Aplástica:
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Timoma, LES, AR, Leucemia, Linf. Crônica, mielodisplasia, inf.
Virais.
Estudo do Caso 1:
Introdução á Hematologia e Origem das células sanguíneas:
Plasma sanguíneo:
Quando os elementos figurados são removidos do sangue, é observado um
líquido cor de palha chamado de plasma sanguíneo (ou simplesmente
plasma). O plasma sanguíneo é composto 91,5% de água e 8,5% de solutos,
cuja maioria é (7% por peso) de proteínas. Algumas das proteínas no
plasma sanguíneo também são encontradas em outros lugares do corpo,
porém aquelas confinadas ao sangue são chamadas de proteínas
plasmáticas.
Os hepatócitos sintetizam a maioria das proteínas plasmáticas, que incluem
as albuminas (54% das proteínas plasmáticas), globulinas (38%) e
fibrinogênio (7%). Determinadas células sanguíneas amadurecem e se
tornam produtoras de gamaglobulinas, um importante tipo de globulina.
Essas proteínas plasmáticas também são chamadas de anticorpos ou
imunoglobulinas porque são produzidas durante certas respostas
imunológicas.
Substâncias estranhas (antígenos), como bactérias e vírus, estimulam a
produção de milhões de anticorpos diferentes. Um anticorpo se liga
especificamente ao antígeno que estimulou sua produção e, dessa forma,
neutraliza o antígeno invasor. Além de proteínas, os outros solutos no
plasma são eletrólitos, nutrientes, substâncias reguladoras como enzimas e
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hormônios, gases e escórias metabólicas como uréia, ácido úrico,
creatinina, amônia e bilirrubina. A Tabela 19.1 descreve a composição
química do plasma sanguíneo.
Elementos Figurados:
Os elementos figurados do sangue incluem três componentes principais:
hemácias, leucócitos e plaquetas. As hemácias ou eritrócitos transportam
oxigênio dos pulmões para as células corporais e dióxido de carbono das
células do corpo para os pulmões. Os leucócitos protegem o corpo de
patógenos invasores e outras substâncias estranhas. Existem diversos tipos
de leucócitos: neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos. Os
linfócitos são ainda subdivididos em linfócitos B (células B), linfócitos T
(células T) e células exterminadoras naturais (natural killers, NK).
Cada tipo de leucócito contribui da sua maneira para os mecanismos de
defesa do corpo. As plaquetas, o último tipo de elemento figurado, são
fragmentos celulares sem núcleo. Entre outras ações, elas liberam
substâncias químicas que promovem a coagulação do sangue nos casos de
dano dos vasos sanguíneos. As plaquetas são o equivalente funcional do
trombócitos, células nucleadas encontradas nos vertebrados inferiores que
evitam a perda de sangue pela coagulação do sangue.
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Funções do sangue:
1. Transporte: O sangue leva oxigênio para as células do corpo e
dióxido de carbono das células corporais para os pulmões para que
seja exalado. Além disso, leva os nutrientes do sistema digestório
para as células corporais e hormônios das glândulas endócrinas para
outras células do corpo. O sangue também transporta calor e
produtos residuais para diversos órgãos para que sejam eliminados
do corpo.
2. Regulação: O sangue circulante ajuda a manter a homeostasia de
todos os líquidos corporais. Além disso, auxilia no ajuste da
temperatura corporal por meio de absorção de calor e propriedades
da água no plasma sanguíneo e sua taxa variável de fluxo pela pele,
onde o excesso de calor pode ser perdido do sangue para o ambiente.
3. Proteção: O sangue é capaz de coagular (se tornar mais denso),
propriedade que o protege contra perdas excessivas do sistema
circulatório depois de uma lesão. Além disso, seus leucócitos
protegem contra doença, realizando fagocitose.
Em Resumo:
O sangue serve para:
1- Transportar oxigênio, dióxido de carbono, nutrientes, hormônios,
calor e escorias metabólicas.
2- Regular o Ph, a temperatura corporal e o conteúdo de água das
células.
3- Proteger contra perda sanguínea por meio da coagulação e contra
doença por meio de leucócitos fagocíticos e proteínas como
anticorpos, interferonas e complementos.
Características Físicas do Sangue:
O sangue é mais denso e mais viscoso que a água, além de ligeiramente
pegajoso. A temperatura do sangue é de 38°C, cerca de 1°C mais elevada
que a temperatura corporal oral ou retal, e apresenta pH levemente alcalino,
variando de 7,35 a 7,45. A cor do sangue varia com o conteúdo de
oxigênio. Quando saturado com oxigênio, o sangue é vermelhovivo.
Quando insaturado de oxigênio é vermelhoescuro. O sangue constitui cerca
de 20% do líquido extracelular, contabilizando 8% da massa corporal total.
O volume de sangue varia de 5 a 6 ℓ em um homem adulto de porte
mediano e de 4 a 5 ℓ na mulher adulta de porte mediano.
Formação das Células Sanguíneas:
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O processo pelo qual os elementos figurados do sangue se desenvolvem é
chamado de hemopoese, eritropoese ou hematopoese. Antes do
nascimento, a hemopoese ocorre primeiramente no saco vitelino do
embrião e, depois, no fígado, no baço, no timo e nos linfonodos do feto. A
medula óssea vermelha se torna o principal local de hemopoese nos últimos
3 meses da gravidez e continua sendo a fonte de células sanguíneas depois
do nascimento e ao longo da vida.
A medula óssea vermelha é um tecido conjuntivo extremamente
vascularizado localizado nos espaços microscópicos entre as trabéculas do
tecido ósseo esponjoso. É encontrada principalmente nos ossos do
esqueleto axial, nos cíngulos dos membros superiores e inferiores e nas
epífises proximais do úmero e fêmur. De 0,05 a 0,1% das células da
medula óssea vermelha são chamadas de células-tronco pluripotentes ou
hemocitoblastos, que são derivadas do mesênquima (tecido a partir do qual
a maioria dos tecidos conjuntivos evolui). Essas células são capazes de se
desenvolver em muitos tipos de células diferentes.
A produção de células sanguíneas, chamada de hemopoese, ocorre
principalmente na medula óssea vermelha depois do nascimento.
20
A fim de formar células sanguíneas, as células-tronco pluripotentes na
medula óssea vermelha produzem mais dois tipos de células-tronco, que
possuem a capacidade de se desenvolver em vários tipos celulares. Essas
células-tronco são chamadas de células-tronco mieloides e células-tronco
linfóides. As células-tronco mieloides começam o seu desenvolvimento na
medula óssea vermelha e dão origem a hemácias, plaquetas, monócitos,
neutrófilos, eosinófilos, basófilos e mastócitos. As células-tronco linfóides,
que dão origem aos linfócitos, começam o seu desenvolvimento na medula
óssea vermelha, porém o completam nos tecidos linfáticos. As células-
tronco linfóides também originam as células natural killer (NK). Embora as
diversas células-tronco apresentem diferentes marcadores de identidade
celular nas suas membranas plasmáticas, elas não podem ser distinguidas
histologicamente e se assemelham aos linfócitos.
Durante a hemopoese, algumas das células-tronco mieloides se diferenciam
em células progenitoras. Outras células-tronco mieloides e as células-
tronco linfóides se desenvolvem diretamente nas células precursoras. As
células progenitoras não são mais capazes de se reproduzir e estão
21
comprometidas a dar origem a elementos mais específicos do sangue.
Algumas células progenitoras são conhecidas como unidades formadoras
de colônia (UFC). Depois da designação UFC vem a abreviação que indica
os elementos maduros no sangue que vão produzir: UFCE produz
eritrócitos (hemácias); UFCMeg produz megacariócitos, a fonte das
plaquetas; e UFCGM produz granulócitos (sobretudo neutrófilos) e
monócitos. Células progenitoras, como as células-tronco, lembram
linfócitos e não podem ser diferenciadas apenas por sua aparência
microscópica.
Na geração seguinte, as células são chamadas de células precursoras,
também conhecidas como blastos. Depois de várias divisões, elas se
desenvolvem nos elementos figurados do sangue propriamente ditos. Por
exemplo, os monoblastos se tornam monócitos, os mieloblastos
eosinofílicos se tornam eosinófilos e assim por diante. As células
precursoras apresentam aparências microscópicas reconhecíveis.
Vários hormônios chamados de fatores de crescimento hematopoiéticos
regulam a diferenciação e a proliferação de células progenitoras
específicas. A eritropoetina (EPO) aumenta o número de células
precursoras de hemácias. A EPO é produzida principalmente por células
que se encontram entre os túbulos renais (células intersticiais
peritubulares). Em caso de insuficiência renal, a liberação de EPO fica mais
lenta e a produção de hemácias inadequada, o que leva à diminuição do
hematócrito e da capacidade de levar oxigênio aos tecidos corporais. A
trombopoetina (TPO) é um hormônio produzido pelo fígado que estimula
a formação de plaquetas a partir dos megacariócitos. Várias citosinas
diferentes regulam o desenvolvimento de tipos distintos de células
sanguíneas. Citosinas são pequenas glicoproteínas tipicamente produzidas
por células como as da medula óssea vermelha, leucócitos, macrófagos,
fibroblastos e células endoteliais. Em geral, atuam como hormônios locais
(autócrinos ou parácrinos). As citosinas estimulam a proliferação de célula
progenitoras na medula óssea vermelha e regulam as atividades de células
envolvidas nas defesas inespecíficas (como fagócitos) e respostas imunes
(como células B e T). Os fatores estimuladores de colônia (FEC) e as
interleucinas (IL) são duas importantes famílias de citocinas que estimulam
a formação de leucócitos.
Hemácias (eritrócitos):
As hemácias ou eritrócitos contêm a proteína carreadora de oxigênio
hemoglobina, que consiste em um pigmento que confere ao sangue sua cor
vermelha. Um adulto saudável do sexo masculino possui cerca de 5,4
milhões de hemácias por microlitro (μℓ) de sangue* e uma mulher adulta
22
saudável possui cerca de 4,8 milhões. (Uma gota de sangue contém cerca
de 50 μ ℓ .) Para manter a contagem normal de hemácias, novas células
maduras precisam entrar na circulação na impressionante velocidade de,
pelo menos, 2 milhões por segundo, um ritmo que contrabalanceia a taxa
igualmente alta de destruição das hemácias.
23
Ciclo de vida das hemácias:
As hemácias vivem aproximadamente 120 dias devido ao desgaste que suas
membranas plasmáticas sofrem ao atravessar os capilares sanguíneos.
Como não tem núcleo e outras organelas, as hemácias não conseguem
sintetizar novos componentes para repor os danificados. A membrana
plasmática fica mais frágil com o avanço da idade e as hemácias mais
propensas a se romper, especialmente á medida que são comprimidas pelos
canais estreitos no baço. As hemácias rompidas são removidas da
circulação e destruídas por macrófagos fagocíticos presentes no baço e no
fígado e os produtos da sua degradação são reciclados e usados em vários
processos metabólicos, inclusive formação de novas hemácias.
Formação e destruição das hemácias e reciclagem dos componentes da
hemoglobina. Após deixar a medula óssea vermelha, as hemácias circulam
por cerca de 120 dias antes de serem fagocitadas pelos macrófagos:
24
1. Os macrófagos no baço, no fígado ou na medula óssea vermelha
fagocitam hemácias rompidas ou gastas.
2. As porções globina e heme da hemoglobina são separadas.
3. A globina é degradada em aminoácidos, que podem ser reutilizados
na síntese de outras proteínas.
4. O ferro é removido da porção heme na forma de Fe3+, que se associa
à proteína plasmática transferrina, um transportador de Fe3+ na
corrente sanguínea.
5. Nas fibras musculares, nos hepatócitos e nos macrófagos do baço e
do fígado, o Fe3+ se desliga da transferrina e se fixa a uma proteína
que armazena ferro chamada ferritina.
6. Ao ser liberado de um local de reserva ou absorvido do sistema
digestório, o Fe3+ se fixa novamente à transferrina.
7. O complexo Fe3+–transferrina é levado para a medula óssea
vermelha, onde as células precursoras de hemácias os captam por
meio de endocitose mediada por receptores para uso na síntese de
hemoglobina. O ferro é necessário para a porção heme da molécula
de hemoglobina e os aminoácidos para a porção globina. A vitamina
B12 também é essencial para a síntese de hemoglobina.
8. A eritropoese na medula óssea vermelha resulta na produção de
hemácias, que entram na circulação.
25
9. Quando o ferro é removido da heme, a porção sem ferro da heme é
convertida em biliverdina, um pigmento verde e, em seguida, em
bilirrubina, um pigmento amarelo alaranjado.
10.A bilirrubina entra no sangue e é transportada para o fígado.
11.No fígado, a bilirrubina é liberada pelos hepatócitos na bile, passa
para o intestino delgado e, depois, para o intestino grosso.
12.No intestino grosso, bactérias convertem bilirrubina em
urobilinogênio.
13.Parte do urobilinogênio é absorvida de volta ao sangue, convertida
em um pigmento amarelo chamado urobilina e excretado na urina.
14.A maior parte do urobilinogênio é eliminada nas fezes na forma de
um pigmento marrom chamado de estercobilina, que confere às
fezes sua cor característica.
Eritropoese:
A eritropoese, que consiste na produção de hemácias, começa na medula
óssea vermelha com uma célula precursora chamada proeritroblasto. O
proeritroblasto se divide várias vezes, produzindo células que começam a
sintetizar hemoglobina. Por fim, perto do final das seqüências de
desenvolvimento o núcleo é ejetado e se torna um reticulócito. A perda do
núcleo faz com que o centro da célula sofra uma endentação, produzindo o
formato bicôncavo diferencial das hemácias. Os reticulócitos retêm
algumas mitocôndrias, ribossomos e retículo endoplasmático. Os
reticulócitos passam da medula óssea vermelha para a corrente sanguínea
se espremendo entre as células endoteliais dos capilares sanguíneos. Os
reticulócitos se tornam hemácias maduras no período de 1 a 2 dias depois
da sua liberação da medula óssea vermelha.
26
em decorrência de anemia, que tem muitas causas, tais como a falta de
ferro, de certos aminoácidos e de vitamina B12. Problemas circulatórios
que reduzem o fluxo de sangue para os tecidos também podem diminuir o
aporte de oxigênio. Independente da causa, a hipoxia estimula os rins a
intensificar a liberação de eritropoetina, acelerando o desenvolvimento dos
proeritroblastos em reticulócitos na medula óssea vermelha. Conforme a
quantidade de hemácias circulantes aumenta, mais oxigênio pode ser
levado aos tecidos do corpo.
27
isto em especial a redução da atividade metabólica e oxidação da
hemoglobina. Um mecanismo aceito para explicar a eliminação de
hemácias envelhecidas é a formação de agregados de proteína de banda 3
estabilizados por moléculas de hemoglobina oxidadas (hemicromos). Esses
agregados seriam reconhecidos como antígenos por anticorpos IgG
autólogos e complemento. Com a deposição de uma densidade crítica de
anticorpos e moléculas de complemento, as hemácias senescentes seriam
reconhecidas e eliminadas.
28
Interpretação do hemograma (serie vermelha):
O hemograma é o nome dado ao conjunto de avaliações das células do
sangue que, reunido aos dados clínicos, permite conclusões diagnósticas e
prognósticas de grande número de patologias.
Análises que compõem o hemograma:
O hemograma é composto por três determinações básicas que incluem as
avaliações dos eritrócitos (ou série vermelha), dos leucócitos (ou série
branca) e das plaquetas (ou série plaquetária):
A análise da série vermelha é constituída pelas seguintes determinações
básicas:
1 – Contagem de eritrócitos (CE):106 /mm3
2 – Dosagem da hemoglobina (Hb) :g/dL
3 – Hematócrito (Ht) : %
4 – Volume Corpuscular Médio (VCM) : µm 3 ou fm3
5 – Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) : pg
6 – Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM): g/dL
Recentemente com a automatização das avaliações das células do sangue,
aliada a programas de informática, obtém-se dados sobre diâmetro ou
superfície celular, histograma e gráficos de distribuição de células.
Especificamente para a série vermelha a automatização fornece o índice
RDW que avalia a amplitude da superfície dos eritrócitos.
29
concentração da dosagem de hemoglobina menor que o valor padrão para a
idade, ou para homens e mulheres adultos (tabela 3).
30
A ingestão inadequada de vitamina B12 ou ácido fólico provoca a anemia
megaloblástica, na qual a medula óssea vermelha produz hemácias
grandes e anormais (megaloblastos). Também pode ser causada por
fármacos que alteram a secreção gástrica ou são usados no tratamento de
cânceres.
32
estimulando a produção de plaquetas. As células tronco pluripotentes
necessitam de fatores de crescimento para atuarem, como o VEGF,
FLT3-L e SCF. O Interferon gama é uma citocina importante que
atua inibindo a diferenciação e maturação das células sanguíneas,
assim como outros fatores produzidos pelos linfócitos e granulócitos.
A região subendosteal, localizada próxima ao tecido ósseo, é rica em
células pluripotentes.
Referencias Bibliográficas:
Longo DL et al. Medicina interna de Harrison. V.1. Porto Alegre: AMG,
2013; p. 449-457.
Bain B.J. – Células sanguíneas. 2ª edição, Artes Médicas, Porto Alegre,
1997.
Hoffbrand AV, Petit JE, Moss PAH – Essential haematology. 6th edition,
Blackwell Science, Oxford, 2013
Antonio Zago. M. Passeto Roberto F. Tratado De Hematologia, 1ra
Edição. São Paulo, Editora Atheneu, 2013
Com referencia ao tema de hemato, nossa que legal foi, o bom de todo é
que eu consegui relacionar esse caso com algo que a gente vai ver na
prática clinica e até posso dizer que, mas ou menos sei ler um eritrograma e
falar um pouco das anemias e por supor falar do processo de formação e
destruição das hemácias.
33
Situação-Problema 2 e 3
Abertura de Caso: Viver é inflamar.
Problemas:
-Enzo tem inflamações recorrentes acompanhados de edema, dor, eritema e
pus.
-Madalenas têm medo porque na sua condição “nada volta ser como era
antes”.
-Ana e Manu desconhecem o processo inflamatório.
-Madalena tem um processo inflamatório crônico.
Hipóteses:
-Inflamar é bom porque significa que uma resposta do sistema imunológico
está em processo.
-As “ites” recorrentes de Enzo ocorrem porque seu sistema imunológico
ainda está em desenvolvimento.
- A idade de Madalena influencia na eficiência e velocidade do processo
inflamatório.
-As “ites” de Enzo tratam-se de processos inflamatórios agudos, pois tem
duração determinada, geralmente curta.
-Enzo, por ser uma criança, tem maior capacidade regenerativa tecidual do
que Madalena.
-O pus trata-se de restos celulares e componentes orgânicos em
decomposição que indica um processo inflamatório infeccioso, não
presentes em todos os processos inflamatórios.
-O pus trata-se de um mecanismo de eliminação de restos celulares e
componentes orgânicos, envolvidos num processo inflamatório.
-Um processo inflamatório crônico ocorre quando contato com agente
agressor ou sinalização, não cessa.
-A casquinha do machucado trata-se do processo de reparo tecidual e não
uma conseqüência direta do processo inflamatório.
34
QAS:
1-Qual a diferença entre um processo inflamatório infeccioso e não
infeccioso?
Nossa que abertura mais legal, eu gostei muito do tema, acho que vai ser
muito legal estudar sobre aquilo. O grupo se deu muito bem, muitas
participações dos colegas as quais foram ótimas. Não sei se minha
participação foi boa (eu acho que sim) espero ter ajudado ao grupo com a
minha participação. Tenho boas expectativas com relação ao caso, vou me
dedicar mais para ter um excelente estudo e tratar de não deixar de
responder as QAS para último.
36
conta que há processos inflamatórios os quais se desenvolvem totalmente
assépticos. eu coloquei que pus é indicativo de infecção bacteriana,
produzido pelo próprio corpo através do sistema imunológico. Ele é o
resultado final da ação das nossas células de defesa contra as bactérias. A
inflamação supurativa (purulenta) e a formação de abscesso são
caracterizadas pela presença de grande quantidade de exsudato purulento
(ou pus) consistindo em neutrófilos, células necróticas e líquido de edema.
Certos microrganismos induzem essa supuração localizada e, por isso, são
chamados de piogênicos. A supuração, nada mais é sinão, uma forma
especial de inflamação, caracterizada por uma diapedese leucocitaria muito
acentuada e alem disso, também pela fusão dos tecidos.
4. Inflamar é bom?
O reparo tecidual pode ser alterado por uma série de influências que
freqüentemente reduzem a qualidade ou a adequação do processo
reparador. Os fatores que modificam a cura podem ser extrínsecos ou
intrínsecos ao tecido lesado. Um desses fatores pode ser a idade da pessoa.
A reparação demorada em idade mais avançada está associada com uma
37
resposta inflamatória alterada, tal como um atraso na infiltração de células
T para o local da ferida, com as alterações na produção de quimiocinas e a
reduzida capacidade fagocítica do macrófago. Um artigo faz uma revisão
das mudanças relacionadas com a idade o qual nos apresenta que pode estar
relacionada com múltiplas alterações no reparo e, incluindo o aumento da
agregação plaquetária, o aumento da secreção de mediadores inflamatórios,
a infiltração atrasada de macrófagos e linfócitos, a infiltração de
macrófagos disfuncionais, a diminuição da secreção de fatores de
crescimento que retardou a reepitelização, a angiogênese e a deposição de
colágeno.
Referencia Bibliográfica:
Gosain A, DiPietro LA. Aging and wound healing. World J Surg. 2004;
28(3): 321-6.
Robbins patologia básica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. xvi, 1028 p.
ISBN: 9788535227291.
38
ATP do Caso 2 e 3:
Viver é inflamar: Prof. Flávio
Inflamação e Reparo:
Depois da inflamação vem o reparo.
Inflamação:
o Fenômenos vasculares
o Resposta celular
o Eventos moleculares
Necrose tecidual;
Agentes infecciosos – Vírus, bactérias, fungos, parasitas;
Traumas mecânicos – perfurações, pressão e choque mecânicos;
Variadas gama de agentes físicos e químicos – injuria térmicas,
queimaduras, radiação, agentes químicos variadas;
Corpos estranhos;
Reações imunológicas descontroladas ou de auto-imunidades.
39
Considerações Gerais:
Inflamação Aguda: Fenômenos vasculares e eventos celulares.
I. Vasoconstrição transitória
II. Vasodilatação Arteriolar
III. Aumento da permeabilidade da microvascularização;
IV. Lentidão do fluxo das vênulas pós- capilares
ATP 2 do Caso 2 e 3:
Viver é inflamar Prof. Flávio
Inflamação Crônica:
Processo inflamatório prolongado que podem durar semanas, meses ou
anos.
42
Fatores de Crescimento:
PDGF
FGF
TGFF-
VGF
Inflamação:
Agudo:
Crônica:
ATP 3 do Caso 3:
Histo-Infecto:
43
Pneumonia purulenta – menor Tuberculose pulmonar – maior
aumento aumento – fibrose
44
Fígado normal – menor Fígado com cirrose – infiltrado
aumento - geral monócito
45
Apendicite – maior aumento Apendicite célula inflamada
polimorfonuclear
46
Estudo do Caso 2 e 3:
Inflamação e Reparo:
Visão Gera da Inflamação e Reparo Tecidual:
47
A inflamação pode ser aguda ou crônica. A inflamação Aguda é de início
rápido e de curta duração, com duração de poucos minutos ou dias, e
caracteriza-se pela exsudação de liquido e proteínas plasmáticas, e acúmulo
de leucócitos, predominantes neutrófilos. A inflamação crônica pode ser
mais insidiosa, é de duração mais longa (dias a anos) e caracterizada pelo
influxo de linfócitos e macrófagos com proliferação vascular associada e
fibrose (cicatrização). Entretanto, essas duas formas básicas de inflamação
podem se sobrepor, e muitas variáveis modificam seu curso e aspecto
histológico.
A inflamação é induzida por mediadores químicos produzidos pelas células
do hospedeiro em resposta a um estímulo nocivo. Quando um micróbio
penetra no tecido ou o tecido é lesado, a presença de infecção ou lesão é
percebida por células residentes, principalmente macrófagos, mas também
por células dendríticas, mastócitos e outros tipos celulares. Essas células
secretam moléculas (citosinas e outros mediadores) que induzem e regulam
a resposta inflamatória. Os mediadores inflamatórios também são
produzidos a partir das proteínas plasmáticas que reagem com os micróbios
ou com os tecidos lesados. Alguns desses mediadores agem nos pequenos
vasos sanguíneos nas vizinhanças e promovem a saída do plasma e o
recrutamento dos leucócitos circulantes para o local onde o agente lesivo
está localizado. Os leucócitos recrutados são ativados e tentam remover o
agente lesivo, por fagocitose. Um efeito colateral lamentável da ativação
dos leucócitos pode ser a lesão a tecidos normais do hospedeiro.
As manifestações externas da inflamação, chamadas de sinais cardinais,
são: calor (aquecimento), rubor (vermelhidão), tumor (inchaço), dor (dolor)
e perda de função (functio-laesa).
48
A inflamação é normalmente controlada e autolimitada. As células e
mediadores são ativados apenas em resposta à lesão e, como têm vida
curta, são degradados ou tornam-se inativos quando o agente agressor é
eliminado. Além disso, vários mecanismos antiinflamatórios são ativados.
Se o agente nocivo não for rapidamente eliminado, o resultado pode ser a
inflamação crônica, que pode ter sérias conseqüências patológicas.
49
iniciam alguns “sinais de perigo” que os distinguem de tecidos normais,
mobilizando, assim, a resposta do hospedeiro. Atualmente está estabelecido
que os fagócitos, células dendríticas (presentes nos tecidos conjuntivos dos
órgãos que capturam microrganismos e iniciam resposta a eles e muitas
outras células, como células epiteliais, expressam receptores designados a
sentir a presença de patógenos infecciosos e substâncias liberadas das
células mortas. Esses receptores são chamados de “receptores-padrões de
reconhecimento” por reconhecerem estruturas (isto é, padrões moleculares)
que são comuns a muitos microrganismos ou células mortas. As duas mais
importantes famílias desses receptores são:
• Receptores do tipo Toll (TLRs) são sensores para microrganismos
assim chamados pelo membro de localização Toll, descoberto em
Drosophila. Existem 10 TLRs em mamíferos que reconhecem produtos
bacterianos (como endotoxina e DNA bacteriano) e outros patógenos (Fig.
2-3, A). Os TLRs estão localizados nas membranas plasmáticas e nos
endossomos, e são capazes de detectar microrganismos extras e
intracelulares. Eles são complementados por moléculas de membrana e
Citoplasmáticas, de várias outras famílias, que também reconhecem
produtos bacterianos. Os TLRs e outros receptores reconhecem produtos de
diferentes microrganismos, promovendo defesa contra essencialmente
todas as classes de patógenos infecciosos. O reconhecimento por esses
receptores ativa fatores de transcrição que estimulam a produção de uma
Série de proteínas de membrana e secretadas. Essas proteínas incluem
mediadores da inflamação, citocinas antivirais (interferons) e proteínas que
promovem ativação dos linfócitos e respostas imunológicas mais potentes.
50
O recrutamento dos leucócitos é um processo de múltiplas etapa,
consistindo em aderência transitória e rolagem no endotélio
(mediadas por selectinas), aderência firme ao endotélio (mediada por
integrinas) e migração por entre os espaços interendoteliais.
Várias citocinas promovem expressão de selectinas e ligantes de
integrina no endotélio (TNF, IL-1), aumentam a afinidade das
integrinas por seus ligantes (quimiocinas) e promovem a migração
direcional dos leucócitos (também quimiocinas); muitas dessas
citocinas são produzidas pelos macrófagos do tecido e outras células
que respondem aos patógenos ou tecidos lesados.
Os neutrófilos predominam no infiltrado inflamatório inicial e são
depois substituídos pelos macrófagos.
INFLAMAÇÃO CRÔNICA:
A inflamação crônica é a inflamação de duração prolongada (semanas a
meses ou anos) na qual inflamação ativa, destruição tecidual e reparação
por fibrose ocorrem simultaneamente. Ao contrário da inflamação aguda,
que é caracterizada pelas alterações vasculares, edema e infiltrado
predominantemente neutrofílico, a inflamação crônica caracteriza-se por
um conjunto de alterações:
Infiltração de células mononucleares, incluindo macrófagos,
linfócitos e plasmócitos.
51
Destruição tecidual, francamente induzida pelos produtos das células
inflamatórias.
Reparo, envolvendo proliferação de novos vasos (angiogênese) e
fibrose.
A inflamação aguda pode progredir para inflamação crônica. Essa transição
ocorre quando a resposta aguda não pode ser resolvida ou devido à
persistência do agente lesivo ou por causa da interferência com o processo
normal de cura. Por exemplo, uma úlcera péptica de duodeno exibe
inicialmente inflamação aguda, acompanhada pelos estágios iniciais da
resolução.
52
As células-tronco pluripotentes induzidas (células iPS) são obtidas
através da introdução de genes característicos de células ES em
células maduras. As células iPS adquirem muitas características de
células-tronco.
Fatores de Crescimento, Receptores e Sinal de Transdução:
• Os fatores de crescimento polipeptídicos atuam de maneira
autócrina, parácrina e endócrina.
• Os fatores de crescimento são produzidos transitoriamente em
resposta ao estímulo externo e atuam por ligação a receptores celulares. As
diferentes classes de receptores para fatores de crescimento incluem os
receptores com atividade intrínseca de cinase, receptores acoplados à
proteína G e receptores sem atividade intrínseca de cinase.
• Fatores de crescimento, como o fator de crescimento epidérmico
(EGF) e o fator de crescimento do hepatócito (HGF), se ligam a receptores
com atividade intrínseca de cinase, desencadeando uma cascata de eventos
através das MAP-cinases, culminando em ativação do fator de transcrição e
replicação de DNA.
• Os receptores acoplados à proteína G produzem múltiplos efeitos
através das vias cAMP e do Ca2+. As quimiocinas utilizam esses
receptores.
• As citocinas geralmente se ligam a receptores sem atividade cinase;
tais receptores interagem com fatores de transcrição citoplasmáticos que se
movem para o núcleo.
• A maioria dos fatores de crescimento possui múltiplos efeitos, como
migração e diferenciação celulares, estimulação da angiogênese e da
fibrogênese, além da proliferação celular.
Referencia Bibliográfica:
Robbins patologia básica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. xvi, 1028 p.
ISBN: 9788535227291.
54
Vídeo – Aula:
Inflamação e Reparo!
Definição de Inflamação: É uma resposta dos tecidos vascularizados a
infecções e tecidos lesados.
Etapas da Inflamação:
Causas da inflamação:
Infecção;
55
Necrose;
Corpos estranhos;
Reações imunes;
56
Mediadores da inflamação: Substancias que iniciam e regulam as reações
inflamatórias.
Aminas vasoativas,
Prostaglandinas,
Leucotrienos,
Quimiocionas.
Lipoxinas.
Características Morfológicas:
Linfócitos e macrófagos:
57
Renovação, regeneração e reparo dos tecidos:
Inflamação;
Angiogenese;
Formação de Cicatriz;
Bibliografias:
Inflamação e Reparo - Vídeos-aula LAPAT
https://www.youtube.com/watch?v=Hc_piRnmyLw
58
Situação-Problema 4
Abertura de caso: Duvidas?
Problemas:
- Manu apresenta dor no membro inferior direito e empastamento
da musculatura da panturrilha;
- Manu apresenta histórico familiar positivo para eventos
tromboembólicos;
- Manu apresenta edema 2+/4+ na panturrilha direita, com
hiperemia cutânea leve, dor e eritema e calor no membro afetado;
Hipóteses:
- Considerando os exames que foram solicitados a Manu, e por
causa da história familiar, suspeita-se que ela tenha feito um
quadro de trombose venosa;
- Devido ao uso de Diane-35 provavelmente Manu desenvolveu
um quadro de trombo no membro inferior direito;
- Dímero D alterado é indicativo de processo inflamatório e/ou
processo de reparação tecidual;
- A dor, eritema e o calor no membro afetado da Manu, são
decorrentes de uma resposta do organismo no processo
inflamatório;
- A solicitação dos exames é decorrente de transtornos da
coagulação;
- Um evento tromboembólico pode ser decorrente de
predisposição genética;
- O tempo de coagulação de protrombina é o tempo em que o
sangue demora para coagular;
59
- A substituição do Diane 35 pelo acenocumarol provavelmente
foi feita para modificar o possível quadro tromboembólico
apresentado por Manu;
QAs:
1. Como o anticoncepcional propicia um quadro
tromboembólico ou altera o processo de hemostasia?
2. Para que serve esses exames laboratoriais realizados:
“Dímero D”, fator V de Leiden e teste de Tempo de
Ativação da Protrombina (TAP)?
3. Como o acenocumarol e a enoxaparina atuam no quadro
tromboembólico?
4. A história familiar positiva da Manu para eventos
tromboembólicos potencializam a chance de ela ter um
evento desses? Se sim, por quê?
5. Que alterações hemostáticas podem desencadear uma
trombose?
60
QAs:
1. Como o anticoncepcional propicia um quadro tromboembólico
ou altera o processo de hemostasia?
A trombose é uma doença que pode ter varias causas, ela consiste na
alteração dos componentes de coagulação do organismo, levando a
formação de um trombo no interior de veias, vasos ou artérias. Os
anticoncepcionais orais possuem em sua composição desenvolvimento dois
hormônios sintéticos, o estrogênio e o progestágeno e estão relacionados ao
desenvolvimento da doença. Vários estudos relatam que o uso de
anticoncepcionais orais por mulheres que possuem pré-disposição genética
ou associados a outros fatores, aumentam o risco de complicações
trombóticas. Essa relação pode ser explicada devido aos estrógenos e
progestágenos aumentam a capacidade de coagulação sanguínea e
aumentarem a capacidade pro - coagulante da cascata de coagulação,
interferindo assim na hemostasia.
62
5- Que alterações hemostáticas podem desencadear uma
trombose?
Alterações na hemostasia aumentam o risco de coagulação podendo
influenciar na manifestação de Eventos Trombóticos (ET). A trombose é
uma doença ligada ao descontrole da hemostasia, podendo ser explicada
por três fatores, sendo eles: alterações no fluxo sanguíneo, lesão endotelial
e hipercoagulabilidade, que associadas ou não a outros fatores podem levar
ao surgimento do trombo, na chamada Tríade de Virchow.
Referencia Bibliográfica:
Silva JE, Santana KS, Nunes JS,Santos JC,Terra Júnior AT.A relação entre
o uso de anticoncepcionais orais e a ocorrência de trombose. Rev Cient
Fac Educ e Meio Ambiente [Internet]. 2018;9(1):383-398. DOI:
http://dx.doi.org/10.31072/rcf.v9i1.522
63
ATP1 do Caso 4: Hemostasia e Trombose
Prof.ª Fabiana Aidar
Sistema Hemostático: Contrapor-se á perda excessiva de sangue com
equilíbrio para Evitar a formação de trombos intravasculares.
Proteínas S
Proteína C
Antitrombina III
Lesão endotelial
Hipercoagulabilidade sanguínea
Alterações do fluxo sangüíneo
Lesão do endotélio:
Hipercoagulabilidade:
64
-diminuição dos fatores inibidores da coagulação (anticoagulante naturais)
Estase: imobilidade-veia
Turbulência:artérias ou coração
Conseqüências da trombose:
Mecanismos da coagulação:
Hemostasia primaria:
-Vasoconstrição
-Plaquetas
Hemostasia secundaria:
Modelo clássico: cada fator é descrito como pro enzima que pode ser
convertido em enzimas ativadas por meio de reações proteolíticas
seqüenciais.
Fibrinolise:
66
Hemostasia:
Importância do Coaugulograma:
Coagulograma:
Administração oral.
Inicio de ação rápida e previsível.
Larga janela terapêutica.
Sem necessidade de monetarização e ajuste de dose.
Alto índice de eficácia-segurança.
Mínima interação com alimentos ou medicamentos.
Uso em pacientes com insuficiência renal e hepática, idosos ou
extremadamente obesos.
67
Antídoto disponível.
Estudo do Caso:
O funcionamento adequado do corpo humano necessita, entre outras coisas,
do bom aporte sanguíneo para os tecidos. Para isso, é importante que todos
os componentes do sistema cardiovascular (coração, vasos sanguíneos e
sangue) estejam íntegros.
Hemostasia:
A hemostasia consiste no processo que regula o equilíbrio volemico,
mantendo o sangue em seu estado liquido nos vasos normais. Ou seja, não
lesados, e permitindo a formação de tampão hemostático (trombo) nos
locais de lesão vascular, a fim de evitar a perda significativa de sangue.
Defeitos nos processos de hemostasia podem causar hemorragias e
trombose, que consiste na formação de coágulos sanguíneos (trombos)
dentro de vasos normais, o que pode ser causado por vários fatores.
69
-Hereditário-Idiopáticos: resistência à proteína C ativada (principalmente
fator V de Leiden); mutação do gene da protrombina G20210A; deficiência
de antitrombina; deficiência de proteína C; deficiência de proteína S;
hiperhomocisteinemia; aumento do fator VIII; aumento do fibrinogênio.
O quadro clínico, quando presente, pode consistir de: dor, edema, eritema,
cianose, dilatação do sistema venoso superficial, aumento de temperatura,
empastamento muscular e dor à palpação.
Exame Laboratorial:
Falta de ar
Respiração acelerada
Dor no tórax que comumente piora com a respiração profunda
73
Palpitação ou sensação do coração acelerado
Sensação de tontura e/ou desmaio
Tosse às vezes com raja de sangue
Trombose: (TVP) é o bloqueio da circulação provocada por um coagulo de
sangue, também chamado de trombo. A trombose pode ocorrer em veias ou
artérias. Quando esse trombo se desprende do local da trombose e percorre
a circulação até atingir os pulmões ocorre o que chamamos de embolia
pulmonar (TEP), quadro potencialmente grave. Ajudam na prevenção
hábitos de vida saudável como:
Cessar o tabagismo
Manter hidratação adequada
Praticar atividade física
Controle e tratamento de:
Obesidade
Diabetes
Hipertensão arterial
Níveis de colesterol
Referencia Bibliográfica:
Bates SM, Jaeschke R, Stevens SM, et al. Diagnosis of DVT: Antithrombotic Therapy and
Prevention of Thrombosis, 9th ed: American College of Chest Physicians EvidenceBased
Clinical Practice Guidelines. Chest. 2012;141(2 Suppl):e351S–418S. Available at:
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3278048&tool=pmcentrez
&rendertype=abstract. Accessed July 10, 2014.
TOWNSEND C.D. et al. Sabiston: Tratado de Cirurgia, A Base Biológica da Prática Cirúrgica
Moderna. 20ed. Elsevier, 2016.
https://youtu.be/098VVehcAWE
https://www.youtube.com/watch?v=uEJYyH9Pdkk
Este caso foi um pouco mais rápido que os outros, só tivemos uma semana
para poder estudar, mas mesmo assim senti que alcancei estudar conforme
aos objetivos planejados. No fechamento tratei de dar o melhor que pude
como sempre, acho que fui bem. Sento-me muito grato comigo mesmo
porque acho que estou aprendendo a estudar e fazer que o conteúdo fique
mais fixado. Anteriormente sempre estudava e sentia que não aprendia
muito, mas agora sento que a cada fechamento que fazemos no anterior ao
fechamento o meu método de estudo foi bem.
74
Situação-Problema 5:
Abertura de Caso: Como assim?
- Palavras Chave:
• Metabolismo; Nutrição; Emagrecimento; Carboidrato; Alimentação;
Dieta; Jejum; Restrição; Orientações Nutricionais; Desnutrição; Proteínas;
Gorduras; Fígado;
Problemas:
Manu e Renato tremem de fome;
Hipóteses:
Manu e Renato apresentam sinais e sintomas de hipoglicemia (tremor);
75
A alta ingestão de gorduras pode aumentar os níveis de colesterol no
organismo de Manu;
QAs:
1. Proteínas e gorduras causam sobrepeso?
2. Por que é difícil resistir aos doces e carboidratos?
3. Qual a relação entre a ingestão excessiva de proteínas e/ou
gorduras com problemas hepáticos?
4. O que acontece com o metabolismo com a exclusão/diminuição
da ingesta de carboidratos, gorduras e proteínas?
5. Qual a importância do equilibro entre a ingesta energética e os
requisitos de energia?
6. Qual a relação dos tremores sentidos por eles e a falta de
alimentação?
7. Quais os prós e contras do jejum intermitente e da dieta
cetogênica feitos exclusivamente?
8. Como a desidratação pode afetar essa perda de peso e os
sintomas de Manu?
76
QAs:
1. Proteínas e gorduras causam sobrepeso?
Destaques:
A ingestão elevada de proteínas está relacionada a um alto risco de
ganho de peso e morte em longo prazo.
A maior ingestão de proteína animal está relacionada a desfechos
cardiovasculares fatais e não fatais.
Não foi encontrada associação entre a ingestão de proteínas e
obesidade abdominal.
Antecedentes e objetivos:
As dietas ricas em proteínas são amplamente utilizadas para controlar o
sobrepeso e a obesidade. No entanto, não há consenso sobre sua eficácia e
segurança em longo prazo. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o
efeito do consumo de alto teor de proteína a longo prazo nas mudanças de
peso corporal e desfechos de morte em indivíduos com alto risco
cardiovascular.
Métodos
Uma análise secundária do estudo PREDIMED foi conduzida. A proteína
dietética foi avaliada por meio de um questionário de freqüência alimentar
durante o acompanhamento. Modelos de risco proporcional de Cox foram
usados para estimar a razão de risco ajustada multivariada (HR) e
intervalos de confiança de 95% (IC 95%) para ingestão de proteínas em
relação ao risco de peso corporal e alterações na circunferência da cintura,
doença cardiovascular, morte cardiovascular, câncer morte e morte total.
Resultados
A maior ingestão de proteína total, expressa como porcentagem de energia,
foi significativamente associada a um maior risco de ganho de peso quando
a proteína substituiu os carboidratos, mas não quando a gordura substituída.
No entanto, nenhuma associação foi encontrada entre a ingestão de
proteínas e a circunferência da cintura. Contrariamente, a maior ingestão
de proteína total foi associada a um maior risco de morte por todas as
causas em ambos os modelos de substituição de carboidratos e gordura .
Um maior consumo de proteína animal foi associado a um risco aumentado
de resultados fatais e não fatais quando a proteína substituiu carboidratos
ou gordura.
Conclusões: A ingestão mais elevada de proteína na dieta está associada a
um risco aumentado a longo prazo de ganho de peso corporal e morte geral
em uma população mediterrânea com alto risco cardiovascular.
77
2. Por que é difícil resistir aos doces e carboidratos?
Muitas são as substancias e condutas que produzem prazer no ser humano e
que eventualmente culminam em adições: o álcool, a nicotina, as drogas
ilícitas, compras compulsivas, etc., isso também acontece com os alimentos
ricos em açúcares e carboidratos. Devemos de entender que os centros do
prazer se localizam no hipotálamo e na base do lóbulo frontal chamado de
núcleo accumbens. Com cada sensação de prazer esses centros liberam
dopamina, com a qual a pessoa se sente calmada, satisfeitas e com uma
sensação de bem-estar. O consumo de carboidratos e açúcar ativa
receptores nessas áreas do cérebro e estimulam os centros de prazeres
fazendo que a pessoa sinta que a quilo que está comendo é bom para o
cérebro, só que esses centros do cérebro são os quais também desenvolvem
adição nas coisas, e é por isso que se faz mais difícil se resistir aos tais.
79
Qualquer substrato energético da dieta que exceder as necessidades
imediatas de energia é armazenado, principalmente, como triacilglicerol
(gordura) no tecido adiposo, como glicogênio (um carboidrato) no
músculo, no fígado e em outras células e, em alguma quantidade, como
proteína no músculo. Quando se está jejuando, entre refeições e durante a
noite, enquanto se dorme, o substrato energético é retirado dessas reservas
e é oxidado para fornecer energia.
Jejum Intermitente:
A Dieta Cetogênica
Referencia Biobligrafica:
Kiefer y Zilfo, Udo. (2011). Alimenta tu Cerebro. Ediciones Obelisco (Barcelona).
COPPOLA, G. et al. Ketogenic diet for the treatment of catastrophic epileptic encephalopathies
in childhood. Eur. J. Paediatr. Neurol., v.14, n.3, p.229-234, 2009.
High dietary protein intake is associated with an increased body weight and total death risk
82
ATP1 do Caso 5:
Como assim? Prof. Antonio Machado
-Rotas metabólicas;
Substratos Energéticos:
carboidratos,
proteínas,
lipídios,
-oxidação de substratos
-respiração celular
Carboidratos:
Proteínas:
Compostas por aminoácidos;
Fonte de nitrogênio;
Oxidação completa gera CO², H²O e NH4+
Energia gerada: 4Kcalg
83
Lipídio:
Representadas pelos:
-ácidos graxos,
-triacilgliceróis
Baixo estado de oxidação;
Energia Gerada: 9 Kcal-g
Reservas energéticas:
Representadas pela:
-Gordura;
-Proteína;
Glicogênio;
84
Estado Alimentado ou Absortivo:
Digestão e Absorção:
Jejum:
Começa de 2 a 4 horas após uma refeição.
Utiliza reservas de substratos energéticos;
Atua na manutenção da glicemia;
Jejum:
Papel do tecido adiposo:
-Principal fonte energética:
-lipóse: libera ácidos graxos e glicerol
Convertidos em corpos cetonicos.
Jejum prolongado:
-Papel do fígado durante o jejum prolongado:
Fim da ATP1
...
86
ATP 2 do Caso 5
Prof. Antonio Machado
Vias Metabólicas:
Lipídios:
Fonte exógena>alimentação.
Fonte endógena: geração de lipídios endógena. Lipogenese. Opera
no jejum.
Lipogenese: Glicose gera lipídios.
O fígado produz lipídio através de carboidratos.
O fígado armazena lipídio dentro dos seus hepatocitos.
Entrada do lipídio na mitocôndria. Para o lipídio entrar na mitocôndria é
necessário a carnitina
87
Estudo do Caso:
Metabolismo:
Conjunto de reações químicas que se processam no organismo visando o
armazenamento e o consumo de energia para as atividades biológicas.
A Nutrição
88
As substâncias orgânicas, de acordo com suas funções no organismo, são
classificadas em plásticas, energéticas e reguladoras. As substâncias
plásticas são principalmente as proteínas, que constroem nossa “massa” de
matéria viva. As substâncias energéticas, especialmente os carboidratos
são combustível, pois, ao serem desdobradas na respiração celular, liberam
energia para as funções vitais. Os lipídios (gorduras) são constituintes das
membranas plasmáticas e das organelas celulares (membranas
lipoproteicas), além de ficarem armazenadas no tecido adiposo. Havendo
pequena disponibilidade de carboidratos, elas são mobilizadas pelas células
para oxidação, com liberação de energia, funcionando como reserva
energética do organismo. Elas têm, portanto, dupla função: plástica e
energética.
Carboidratos:
Os carboidratos ou glicídios popularmente chamamos de açúcares são
nutrientes energéticos formados por átomos de carbono, hidrogênio e
oxigênio, possuindo geralmente a fórmula geral (CH2O)n. É a principal
fonte de energia do organismo podendo ainda ter papel estrutural ou
plástico (formação de partes das células como a parede celular, ou de
89
tecidos, como a quitina do exoesqueleto dos insetos e crustáceos – siri,
caranguejo). As principais fontes de carboidratos são os vegetais, que os
sintetizam por meio da fotossíntese. E estão presentes em vários alimentos,
como: os frutos, o leite, as raízes, o arroz, trigo, milho, feijão, ervilha,
lentilha, grão de bico, melado, mel, açúcar. Geralmente, os carboidratos
constituem 65% de nossa dieta, grande ingestão de carboidratos na
alimentação provoca aumento do tecido adiposo e conseqüente aumento de
peso, de colesterol sanguíneo e de glicose no sangue, podendo, em
situação extrema levar à diabetes. E a falta de carboidratos na alimentação
resulta em emagrecimento, cansaço, desânimo, fraqueza, depressão e
irritabilidade, podendo chegar até à desnutrição.
Proteínas:
Composto orgânico do grupo dos protídeos, de grande peso molecular
(podendo chegar a 1.000.000), de número incontável na sua diversidade,
constituídas por longas cadeias de aminoácidos que formam os
polipeptídios, e que desempenham papéis de extrema importância para a
vida das células e dos organismos.
90
Dentre as muitas funções das proteínas, podemos destacar:
Aparina
Glutamina
Protina
Nem todas as proteínas dos alimentos contêm todos os aminoácidos
essenciais. Na gelatina, por exemplo, falta o aminoácido triptofano,
essencial ao ser humano. Assim, uma alimentação variada é muito
importante, pois o aminoácido que falta em um alimento poderá estar
presente em outro. Por outro lado, as proteínas do leite, da carne, da clara
do ovo, queijo, nozes, soja, trigo integral, germe de trigo, castanha-do-pará
e amendoim são do tipo completas. Já as encontradas em feijões, milho,
arroz, frutas e verduras, são do tipo incompleto, pois não contém todos os
91
aminoácidos essenciais, isto é, aqueles que não são sintetizados no
organismo humano e devem ser ingeridos pré-formados.
A ligação peptídica
Dois aminoácidos se unem na molécula de proteína de uma ligação
peptídica. A reação ocorre entre a carboxila de um aminoácido e a amena
de outro, havendo perda de uma molécula de água: trata-se de uma síntese
por desidratação. O produto formado quando dois aminoácidos se ligam é
chamada dipeptídeo. O tripeptídeo e o tretrapeptídeo são formados,
respectivamente, por três e quatro aminoácidos. Quando ocorre um maior
número de aminoácido na molécula, fala-se em polipetídeo. Geralmente
usamos o termo proteína para designar peptídeos com número superior a
setenta aminoácidos
Estrutura da proteína:
As proteínas são constituídas por apenas vinte tipos de aminoácidos.
Mesmo assim, o número de tipos de proteínas existentes na natureza é
extremamente grande. De fato, além do número de aminoácidos existentes
na molécula variar de setenta a alguns milhares, as diferentes seqüências
que esses aminoácidos podem formar, são praticamente infinitas
.
As proteínas podem ser estudadas sob dois enfoques: a constituição do fio
protéico e a forma da molécula.
Forma da molécula
92
As proteínas não são fios esticados. Na realidade, a cadeia de aminoácidos
fica torcida formando uma hélice, como o fio de telefone. Esse enrolamento
na forma de uma hélice representa o que os químicos chamam de estrutura
secundária. Além disso, em muitos casos, a própria hélice se torce sobre si
mesma, adquirindo uma forma espacial arredondada. A forma definitiva da
proteína é, portanto, determinada pelo modo como a hélice se dobra e é
chamada de estrutura terciária. A estrutura quaternária é a associação de
várias cadeias polipeptídicas, como ocorre, por exemplo, a hemoglobina,
que consiste na união de 4 cadeias polipeptídicas.
Durante a digestão humana, as proteínas presentes nos alimentos são
quebradas sob a ação de diversas enzimas entre as quais a pepsina (suco
gástrico), a tripsina (suco pancreático) e a eripsina (suco produzido no
intestino). Dessas quebras originam-se os aminoácidos, que são utilizados
pelo nosso corpo para a construção das proteínas necessárias à manutenção
da vida. As necessidades diárias de proteínas variam de acordo com a
idade, o sexo e a quantidade de atividades físicas que uma pessoa realiza.
Lipídio:
A palavra lipídio vem do grego lipos (gordura). São identificados por suas
propriedades. A sua principal propriedade característica é a solubilidade:
eles são solúveis em solventes apolares como éteres e benzeno, e insolúveis
em água. Isso acontece porque possuem longos grupos apolares e pequenos
grupos polares. Embora tenham propriedades semelhantes, os lipídios
abrangem um grupamento heterogêneo de substâncias como: gorduras e
ceras; fosfolipídios e glicolipídios; esteróides; e prostaglandinas.
Os triglicerídeos obtidos a partir de vegetais (milho, soja, etc.),
determinados óleos vegetais, são formados por ácidos graxos que possuem
ligações duplas (insaturadas) e são líquidos à temperatura ambiente. Os
triglicerídeos de origem animal (gordura, manteiga, etc.), são geralmente
formados por ácidos graxos saturados e são sólidos. Por isso temos a
margarina hidrogenada, obtida pela adição de hidrogênio nas ligações
duplas de óleos, transformando o óleo vegetal líquido em um sólido
pastoso.
A gordura do nosso corpo estoca energia, permitindo que nos movimentos
e que todas as atividades vitais de nosso organismo sejam mantidos nos
momentos em que não estivermos comendo. O tecido adiposo forma uma
camada ao redor dos principais órgãos que os protege contra choques.
93
Além disso, esse tecido isola termicamente nosso corpo contra perdas
rápidas de calor.
94
Principais funções dos lipídios:
Função estrutural ou plástica: fazem parte da estrutura química de
membranas celulares.
Reserva energética: quando falta alimento, o organismo pode “queimar”
lipídios para produzir energia.
Isolante térmico: camadas de gorduras debaixo da pele dificultam a perda
de calor do corpo para o meio ambiente.
Função hormonal: vários hormônios, entre eles os masculinos e os
femininos, são esteróides, um grupo especial de lipídios com função
hormonal, isto é, de auxiliar no controle do funcionamento do organismo.
Algumas vezes o hormônio masculino testosterona é usado por atletas
como anabolizante, forçando o desenvolvimento de mais massa muscular
em homens e mulheres. Tal fato pode levar a sérios problemas de saúde e é
considerado dopping.
Isolante elétrico: faz o isolamento entre o meio interno e externo de uma
célula, permitindo a condução do impulso nervoso pelos nervos.
Impermeabilizante: a cutina, por exemplo, é um lipídio que reveste a
epiderme de determinados órgãos vegetais, como as folhas, impedindo o
excesso de transpiração.
Referencias:
FIGUEIREDO, Maria Teresinha; CONDEIXA, Maria Cecília Guedes. Ciências: Atitude e
Conhecimento. 1ª Ed. São Paulo: FTP, 2009
LORDELO. Roberta A., MANCINI, Marcio C., CERCATO, Cíntia. Eixos Hormonais na
Obesidade: Causa ou Efeito? Arq Bras Endocrinol Metab. São Paulo. v. 51, n. 1, 2007.
PEDROSA, Rogério Graça, DONATO JUNIOR, José, TIRAPEGUI, Julio. Dieta Rica em
Proteína na redução do Peso Corporal. Rev. Nutr., Campinas. v. 22, n. 1, p. 105-111, jan/fev.,
2009
SANTOS, Maria Ângela dos. Biologia Educacional. 17 ed. São Paulo: Editora Ática, 2005
Química e sociedade : volume único , ensino médio /Wildson Luiz Pereira dos Santos, Gerson
de Souza Mól (coord) – São Paulo: Nova Geração , 2005 .
José Luís Soares –Dicionário Etimonológico e circunstanciado de Biologia-Editora
Scpcione ,2005.
Silva Junior ,César da - Sasson Sezar – Biologia – volume 1 e 2 – 8 . ed . São Paulo : Sarcuva ,
2005.
95
Metabolismo de Substratos Energéticos:
Para poder sobreviver, os seres humanos devem preencher dois requisitos
metabólicos: ser capazes de sintetizar tudo que não é suprido pela dieta e de
proteger o meio interno de toxinas e de condições variáveis no meio
externo. Para preencher esses requisitos, os componentes dietéticos são
metabolizados por meio de quatro tipos básicos de rotas: rotas oxidativas
de substratos energéticos, rotas de armazenamento e mobilização de
substratos energéticos, rotas biossintéticas e rotas de detoxicação e
excreção de resíduos.
96
Necessidade de substratos energéticos. Todos os dias, é necessário
energia suficiente para realizar as funções básicas do corpo e para manter a
atividade física. Se não forem consumidos todos os dias alimentos
suficientes para manter essa quantidade de energia, as reservas de
substratos energéticos do corpo fornecem o restante, e ocorre perda de
peso. Inversamente, se forem consumidos mais alimentos do que o
necessário para a energia gasta, as reservas de substratos energéticos
corporais aumentam, e ocorre ganho de peso
As rotas oxidativas são
catabólicas, ou seja, elas quebram
moléculas. Em contraste, rotas
anabólicas formam moléculas a
partir de peças componentes.
Carboidratos
Os principais carboidratos na dieta humana são o amido, a sacarose, a
lactose, a frutose e a glicose. O polissacarídeo amido é a forma de
armazenamento de carboidratos em plantas. A sacarose (açúcar de mesa) e
a lactose (açúcar do leite) são dissacarídeos, e a frutose e a glicose são
monossacarídeos. A digestão converte os carboidratos maiores em
monossacarídeos, os quais podem ser absorvidos para a corrente sangüínea.
A glicose, um monossacarídeo, é o açúcar predominante no sangue
humano. A oxidação de carboidratos a CO2 e H2O no corpo produz acerca
de 4 kcal/g. Em outras palavras, cada grama de carboidrato que é ingerida
libera aproximadamente 4 kcal de energia.
Proteínas:
As proteínas são compostas por aminoácidos que são unidos para formar
cadeias lineares. Além de carbono, hidrogênio e oxigênio, as proteínas
contêm aproximadamente 16% de nitrogênio por peso. O processo
digestivo quebra proteínas em seus aminoácidos constituintes, os quais
entram no sangue. A completa oxidação de proteínas a CO2, H2O e NH4+
no corpo libera cerca de 4 kcal/g.
98
Gorduras
Gorduras são lipídeos compostos de triacilgliceróis (também chamados de
triglicerídeos). Uma molécula de triacilglicerol contém 3 ácidos graxos
esterificados a uma porção de glicerol. As gorduras contêm muito menos
oxigênio do que há contido em carboidratos ou proteínas. Portanto, elas são
mais reduzidas e liberam mais energia quando oxidadas. A oxidação
completa de triacilgliceróis a CO2 e H2O no corpo libera aproximadamente
9 kcal/g, mais do que duas vezes a energia liberada de uma quantidade
equivalente de carboidrato ou proteína.
Álcool
Costumava-se acreditar que o álcool (etanol, no contexto da dieta) não tem
conteúdo calórico. De fato, o etanol (CH3CH2OH) é oxidado a CO2 e H2O
no corpo e libera aproximadamente 7 kcal/g, isto é, mais do que um
carboidrato, mas menos do que gordura.
Reservas de substratos energéticos do corpo:
Embora algumas pessoas possam tentar, é praticamente impossível comer
de maneira constante. Felizmente, o corpo humano carrega suprimentos de
substratos energéticos, os quais são leves em peso, grandes em quantidade
e prontamente convertidos em substâncias oxidáveis. A principal reserva de
substratos energéticos do corpo – familiar à maioria das pessoas – são as
gorduras, as quais se localizam no tecido adiposo. Embora seja distribuída
pelo corpo, ela tende a aumentar em quantidade na cintura e nas coxas e no
abdômen à medida que se avança para a meia-idade. Além das reservas de
gordura, o corpo também possui reservas importantes, embora muito
menores, de carboidratos na forma de glicogênio localizado principalmente
no fígado e nos músculos. O glicogênio consiste em resíduos de glicose
unidos para formar um polissacarídeo grande, ramificado. A proteína
corporal, particularmente a das grandes massas musculares, também serve,
em alguma extensão, como reserva de substratos energéticos quando
fazemos jejum.
Gordura
A principal reserva de substratos energéticos do corpo é o triacilglicerol
adiposo (triglicerídeo), um lipídeo mais comumente conhecido como
gordura. Um homem de 70 kg tem aproximadamente 15 kg armazenados
como triacilglicerol, o que corresponde a cerca de 85% de suas calorias
totais armazenadas. Duas características fazem do triacilglicerol adiposo
uma reserva de substratos energéticos muito efi ciente: o fato de que o
99
triacilglicerol contém mais calorias por grama do que carboidrato ou
proteína (9 kcal/g versus 4 kcal/g) e o fato de que tecidos adiposos não
contêm muita água. O tecido adiposo contém apenas cerca de 15% de água,
comparado com tecidos como o músculo, que contém cerca de 80%.
Assim, o homem de 70 kg com 15 kg de triacilglicerol armazenado tem
apenas cerca de 18 kg de tecido adiposo.
Glicogênio
As reservas de glicogênio no fígado, no músculo e em outras células são
relativamente pequenas em quantidade, no entanto são importantes. O
glicogênio hepático é utilizado para manter níveis de glicose sangüínea
entre as refeições. Assim, o tamanho dessa reserva de glicogênio varia
durante o dia; um homem de 70 kg pode ter 200 g ou mais de glicogênio
hepático após uma refeição, mas apenas 80 g após uma noite de jejum. O
glicogênio muscular fornece energia para a contração muscular durante o
exercício. Em repouso, o homem de 70 kg possui aproximadamente 150 g
de glicogênio muscular. Quase todas as células, incluindo neurônios,
mantêm um pequeno suprimento de emergência de glicose como
glicogênio.
Proteína
As proteínas têm muitos papéis importantes no corpo; diferentes da gordura
e do glicogênio, elas não são apenas uma reserva de substratos energéticos.
A proteína muscular é essencial para o movimento corporal. Outras
proteínas funcionam como enzimas (catalisadores de reações bioquímicas)
ou como componentes estruturais de células e tecidos. Apenas uma
quantidade limitada de proteína corporal pode ser degradada, – cerca de 6
kg em um homem de 70 kg – antes que as funções corporais sejam
comprometidas.
Gasto diário de energia:
Para ficar em equilíbrio de energia – não ganhar e não perder peso – deve
ser consumido uma quantidade de alimentos igual aos gastos diários de
energia. O gasto diário de energia (GDE) inclui a energia para manter o
metabolismo basal (taxa metabólica basal ou taxa de metabolismo em
repouso) e a atividade física mais a energia necessária para processar o
alimento que é ingerido (termogênese induzida por dieta).
Gasto diário de energia = TMR + atividade física + TID, em que TMR é a taxa
metabólica de repouso, e TID é a termogênese induzida pela dieta. Indiferentemente, a
TMB (taxa metabólica basal) pode ser utilizada nessa equação no lugar de TMR.
100
Termogênese Induzida pela Dieta
O GDE inclui um componente relacionado com a ingesta de alimento
conhecido como termogênese induzida pela dieta (TID) ou efeito térmico
dos alimentos (ETA). A TID era anteriormente chamada de ação dinâmica
específica (ADE). Após a ingestão de alimento, a taxa metabólica aumenta
devido à energia necessária para digerir, absorver, distribui e armazenar
nutrientes.
Cálculos do Gasto Diário de Energia
O gasto total diário de energia é usualmente calculado como a soma da
TMR (em kcal/dia) e da energia necessária para a quantidade de tempo
gasto em cada um dos diversos tipos de atividade física (ver Tabela 1.4).
Um valor aproximado para o gasto diário de energia pode ser determinado
a partir da TMR e da porcentagem apropriada da TMR necessária para a
atividade física.
Peso Corporal Saudável
Idealmente, devia haver um esforço para manter um peso consistente com
boa saúde. Pessoas com sobrepeso são com freqüência definidas como
estando 20% acima de seu peso ideal. Todavia, o que é peso ideal? O
índice de massa corporal (IMC), calculado como peso/altura2 (kg/m2), é
atualmente o método preferido para determinar se o peso da pessoa está em
uma faixa saudável.
Em geral, adultos com um valor de IMC inferior a 18,5 são considerados
com subpeso, aqueles com IMC entre 18,5 e 24,9 são considerados como
estando na faixa saudável de peso, entre 25 e 29,9 estão na faixa de
sobrepeso ou pré-obeso e acima de 30 na faixa de obeso.
Necessidades dietéticas:
Além de fornecer substratos energéticos e blocos de construção para a
biossíntese, a dieta também fornece nutrientes específicos que são
necessários para que as pessoas se mantenham saudáveis. Deve haver um
fornecimento regular de vitaminas e minerais e ácidos graxos essenciais e
aminoácidos essenciais. “Essenciais” significa que eles são essenciais na
dieta, o corpo não pode sintetizar esses compostos a partir de outras
moléculas e, portanto, eles devem ser obtidos da dieta. Nutrientes que o
corpo necessita da dieta apenas em certas condições são chamados
“condicionalmente essenciais.” A Recomendação Dietética Adequada
(Recommended Dietary Allowance, RDA) e a Ingesta Adequada (IA)
fornecem estimativas quantitativas das necessidades de nutrientes.
101
Ácidos Graxos Essenciais
Embora a maioria dos lipídeos necessários para a estrutura da célula, o
armazenamento de substratos energéticos ou a síntese de hormônios possa
ser sintetizada a partir de carboidratos e proteínas, é necessário um nível
mínimo de certos lipídeos da dieta para saúde ótima. Tais lipídeos,
conhecidos como ácidos graxos essenciais, são necessários na dieta, porque
ácidos graxos com esses arranjos particulares de ligações duplas não
podem ser sintetizados. Os ácidos graxos essenciais ácido α-linoléico e
ácido α-linolênico são fornecidos por óleos de plantas da dieta, e o ácido
eicosapentanóico (EPA) e o ácido docosa-hexanóico (DHA) são fornecidos
por óleos de peixes.
Proteína
A RDA para proteínas é aproximadamente 0,8 g de proteína de alta
qualidade por quilograma de peso corporal ideal, ou aproximadamente 60
g/dia para homens e 50 g/dia para mulheres. A proteína de “alta qualidade”
contém todos os aminoácidos essenciais em quantidades adequadas. As
proteínas de origem animal (leite, ovos e proteínas da (carne) são de alta
qualidade. As proteínas dos alimentos vegetais são geralmente de qualidade
menor, o que significa que elas possuem um ou mais aminoácidos
essenciais em baixa quantidade. Os vegetarianos podem obter quantidades
adequadas de aminoácidos essenciais se alimentando com misturas de
vegetais que complementam uns aos outros em termos de suas
composições de aminoácidos
XENOBIÓTICOS
103
Destino das gorduras. Os triacilgliceróis são os principais lipídeos da
dieta. Eles são digeridos a ácidos graxos e a 2-monoacilgliceróis, os quais
são sintetizados novamente em triacilgliceróis nas células epiteliais
intestinais, empacotados nos quilomícrons e secretados através da linfa
para o sangue. Os ácidos graxos dos triacilgliceróis do quilomícron são
armazenados, principalmente, como triacilgliceróis nas células adiposas.
Eles são subseqüentemente oxidados para produzir energia ou utilizados
em rotas biossintéticas, tais como a síntese de lipídeos de membrana.
DIGESTÃO E ABSORÇÃO
104
pelo sangue. Esse período, durante o qual ocorre a digestão e a absorção, é
chamado de estado alimentado
Carboidratos
Proteínas
As proteínas da dieta são clivadas a aminoácidos por proteases. A pepsina
age no estômago, e as enzimas proteolíticas produzidas pelo pâncreas
(tripsina, quimotripsina, elastase e as carboxipeptidases) agem no lúmen do
intestino delgado. As aminopeptidases e as di e tripeptidases associadas às
células epiteliais intestinais completam a conversão das proteínas da dieta
em aminoácidos que são absorvidos pelas células epiteliais intestinais e
liberados na veia porta hepática.
Gorduras
A digestão de gorduras é mais complexa do que a de carboidratos e
proteínas, porque elas não são muito solúveis em água. Os triacilgliceróis
da dieta são emulsificados no intestino pelos sais biliares, os quais são
sintetizados no fígado e armazenados na vesícula biliar. A lipase
pancreática converte os triacilgliceróis no lúmen do intestino em ácidos
graxos e em 2-monoacilgliceróis (glicerol com um ácido graxo esterificado
no carbono 2), os quais interagem com os sais biliares para formar
minúsculas microgotas chamadas micelas. Os ácidos graxos e os 2-
105
monoacilgliceróis são absorvidos dessas micelas pelas células epiteliais
intestinais, onde são sintetizados novamente em triacilgliceróis. Os
triacilgliceróis são empacotados com proteínas, fosfolipídeos, colesterol e
outros compostos em complexos lipoprotéicos, conhecidos como
quilomícrons, que são secretados na linfa e, por fi m, entram na corrente
sangüínea
As enzimas digestivas convertem açúcares complexos em unidades simples de açúcar para a
absorção. Açúcares são sacarídeos, e os prefixos “mono” (um), “di” (dois), “tri” (três), “oligo”
(pouco) e “poli” (muito) referem-se ao número de unidades de açúcar ligadas entre si.
Enzimas são proteínas que catalisam reações bioquímicas; em outras palavras, elas aumentam a
velocidade na qual as reações ocorrem. Seus nomes em geral terminam em “ase”.
Proteínas são aminoácidos unidos por meio de ligações peptídicas. Dipeptídeos têm dois
aminoácidos, tripeptídeos têm três aminoácidos, e assim por diante. Proteases digestivas são
enzimas que clivam as ligações peptídicas entre os aminoácidos
106
Como a glicose deixa o intestino via veia porta hepática, e o fígado é o
primeiro tecido que ela atravessa, ele extrai uma porção dessa glicose do
sangue. Um pouco da glicose que entra nos hepatócitos (células do fígado)
é oxidado em rotas de geração de trifosfato de adenosina (ATP) para
satisfazer as necessidades energéticas imediatas dessas células, e o restante
é convertido em glicogênio e triacilgliceróis ou utilizado para reações
biossintéticas. No fígado, a insulina promove a captação de glicose por
aumentar sua utilização como substrato energético e seu armazenamento
como glicogênio e triacilgliceróis. Quando a glicose está sendo oxidada a
CO2, ela primeiramente é oxidada a piruvato na rota da glicólise. O
piruvato é, então, oxidado a acetil-CoA. O grupo acetil entra no ciclo do
ácido tricarboxílico (TCA, do inglês tricarboxylic acid), onde é
completamente oxidado a CO 2. A energia das reações de oxidação é
utilizada para gerar ATP. Os estoques de glicogênio hepático alcançam um
valor máximo de aproximadamente 200 a 300 g após uma refeição rica em
carboidrato, enquanto os estoques de gordura do corpo são relativamente
ilimitados. Conforme o estoque de glicogênio começa a ser preenchido, o
fígado também começa a converter um pouco do excesso de glicose que ele
recebe em triacilgliceróis. Tanto a porção glicerol quanto a porção ácido
graxo dos triacilgliceróis podem ser sintetizadas a partir de glicose. Os
ácidos graxos também são obtidos pré-formados do sangue. Entretanto, o
fígado não armazena triacilgliceróis, mas os empacota juntamente com
proteínas, fosfolipídeos e colesterol em complexos lipoprotéicos,
conhecidos como lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL), que são
secretados na corrente sangüínea. Uma pequena quantidade dos ácidos
graxos da VLDL é captada pelos tecidos para suas necessidades energéticas
imediatas, mas a maioria é armazenada no tecido adiposo como
triacilgliceróis.
107
possuem a maior massa do corpo, o músculo e o tecido adiposo. Ela tem
efeitos muito pequenos sobre o transporte de glicose para outros tecidos.
3.MÚSCULO
108
para repor os estoques de glicogênio que são exauridos durante o exercício.
A glicose é transportada para as células musculares e convertida em
glicogênio por processos que são estimulados por insulina.
4. TECIDO ADIPOSO
109
proteínas séricas, bem como de suas próprias proteínas, e para a biossíntese
de compostos nitrogenados que necessitam de aminoácidos precursores,
tais como aminoácidos não essenciais, heme, hormônios,
neurotransmissores e bases púricas e pirimídicas (p. ex., adenina e citosina
no DNA). Ele também pode oxidar aminoácidos ou convertê-los em glicose
ou corpos cetônicos e desfazer-se do nitrogênio na forma de um composto
não-tóxico, a uréia. Muitos dos aminoácidos irão para a circulação
periférica, de onde podem ser utilizados pelos outros tecidos para a síntese
protéica e para várias rotas biossintéticas ou ser oxidados para energia. As
proteínas sofrem turnover (renovação); elas são constantemente
sintetizadas e degradadas. Os aminoácidos liberados pela degradação de
proteínas bem como os aminoácidos da dieta entram no mesmo pool
(conjunto) dos aminoácidos livres no sangue. Esse pool de aminoácidos
livres no sangue pode ser utilizado por todas as células para fornecer a
proporção adequada de aminoácidos para a síntese protéica ou para a
biossíntese de outros compostos. Geralmente, cada rota biossintética
individual, que utiliza um aminoácido precursor, é encontrada em poucos
tecidos no corpo.
Jejum:
O estado de jejum (fasting). O jejum começa cerca de 2 a 4 horas após uma
refeição, quando os níveis de glicose sangüínea retornam aos níveis basais,
e continua até que eles comecem a aumentar, após o início da próxima
refeição. Dentro de aproximadamente 1 hora após uma refeição, os níveis
de glicose sangüínea começam a cair. Conseqüentemente, os níveis de
insulina declinam, e os níveis de glucagon aumentam. Essas mudanças nos
níveis hormonais disparam a liberação de substratos energéticos a partir das
reservas do corpo. O glicogênio hepático é degradado pelo processo de
110
glicogenólise, o qual fornece glicose para o sangue. Os triacilgliceróis do
tecido adiposo são mobilizados pelo processo de lipólise, o qual libera
ácidos graxos e glicerol para o sangue. A utilização de ácidos graxos como
substrato energético aumenta com a duração do jejum; o ácido graxo é o
principal substrato energético oxidado durante o jejum noturno.
O ESTADO DE JEJUM
111
Os níveis de glicose sangüínea atingem um pico cerca de 1 hora após uma
refeição e, então, diminuem conforme os tecidos oxidam glicose ou a
convertem em formas de armazenamento de substratos energéticos. Não
mais do que 2 horas após uma refeição, os níveis retornam à faixa de jejum
(entre 80 e 100 mg/dL). Essa diminuição na glicose sangüínea faz com que
o pâncreas diminua sua secreção de insulina, o que provoca a queda do
nível sérico dessa. O fígado responde a esse sinal hormonal começando a
degradar suas reservas de glicogênio e a liberar glicose no sangue.
112
O lactato é um produto da glicólise nas células vermelhas do sangue e no
músculo em exercício, o glicerol é obtido a partir da lipólise dos
triacilgliceróis do tecido adiposo, e os aminoácidos são gerados pela
degradação de proteína. Como a massa muscular humana é bastante ampla,
a maioria dos aminoácidos é suprida pela degradação de proteínas
musculares. Esses compostos vão através do sangue para o fígado, onde são
convertidos em glicose pela gliconeogênese. Como o nitrogênio dos
aminoácidos pode formar amônia, a qual é tóxica para o corpo, o fígado
converte esse nitrogênio em uréia. Conforme o jejum progride, a
gliconeogênese torna-se cada vez mais importante como fonte de glicose
sangüínea. Após um dia ou mais de jejum, as reservas de glicogênio
hepático estão esgotadas, e a gliconeogênese é a única fonte de glicose
sangüínea
113
corpo durante o jejum. O fígado oxida apenas de forma parcial a maioria
dos seus ácidos graxos, convertendo-os em corpos cetônicos, os quais são
liberados no sangue. Assim, durante os estágios iniciais de jejum, os níveis
sangüíneos de ácidos graxos e corpos cetônicos começam a aumentar. O
músculo utiliza ácidos graxos, corpos cetônicos e, quando em exercício e
enquanto durar o suprimento, glicose a partir do glicogênio muscular.
Muitos outros tecidos utilizam tanto ácidos graxos quanto corpos cetônicos.
Entretanto, as células vermelhas do sangue, o cérebro e outros tecidos
neurais utilizam principalmente glicose.
Referencias Bibliográficas:
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12. ed. Rio
de Janeiro: Elsevier ... Corporais. 12. ed. Rio de Janeiro:
GEN/Guanabara Koogan, 2013
I did it. Acho que essa é a palavra com a qual terminaria este caso, porque
eu achava que eu não ia conseguir tem um bom desenvolvimento neste
caso. Porque eram muitos os processos que envolvia só este caso, então se
me fez muito difícil aprende-lo de uma forma boa sem deixar nada de lado.
Pero no fim da jornada eu acredito que o consegui. Agora só espero poder
ir bem na prova.
114