Você está na página 1de 29

2ª SÉRIE

ALUNO
Processo de Envelhecimento
SAU 609

Feira de Santana
2023
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

Administração Superior:
Reitor: Prof. Evandro do Nascimento Silva
Vice-Reitora: Profª Amaly de Angelis Mussi

Departamento de Ciências Biológicas


Diretor – Prof. Luis Cláudio Costa e Silva

Departamento de Saúde:
Diretora: Profª Antônio César Oliveira

Colegiado do Curso de Medicina:


Coordenadora: Profª Clara Aleide Parada Sanabria
Vice-Coordenador: Profª Nilma Lazara de Almeida Cruz Santos
Coordenador da 2ª série: Prof. Edson Souza

Coordenadores das Comissões:


Avaliação: Prof.ª Erika Bião Lima de Oliveira Sampaio
Habilidades e Atitudes: Prof. Rinaldo Antunes Barros
PIESC: Prof.ª Ana Karen de Oliveira Souza
Planejamento Didático: Profª Mônica de Andrade Nascimento
Apoio Discente: Profa. Dalva Monteiro Andrade
GRUPO DE PLANEJAMENTO DO MÓDULO

Coordenador do Módulo:
Prof. Taciana Leonel Nunes Tiraboschi
Telefones : 36237055 ou 981072850

Grupo de Planejamento do Módulo:


Prof. Taciana Leonel Nunes Tiraboschi
Profa Vanessa Arata

Tutores:
Profª. Adenilda Martins (DSAU)
Prof. Edson Souza (DSAU)
Profª Karina Souza (DSAU)
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

ÁRVORE TEMÁTICA

MÓDULO TEMÁTICO

OBJETIVOS

ATUAÇÃO DO COORDENADOR DO MÓDULO

ATIVIDADES TUTORIAIS

DINÂMICA DOS 8 PASSOS

PARTICIPANTES

TUTOR

COORDENADOR (aluno)

SECRETÁRIO (aluno)

PRÁTICAS

CONFERÊNCIAS

CRONOGRAMA

PROBLEMAS

BIBLIOGRAFIA
A P R E S E N TA Ç Ã O
A opção de envelhecer
Wilson Jacob Filho
Professor Titular da Disciplina de Geriatria da Faculdade de Medicina da USP

Nunca tivemos, em nenhum outro período da história do homem, tanta chance


de envelhecer. Em nenhum tempo passado houve igual possibilidade de nos
tornarmos idosos. Paradoxalmente, porém, ainda é muito forte o sentimento de
rejeição por esta que constitui a fase mais longa do desenvolvimento humano.
Continua intensa a busca pela utópica "juventude eterna" ou pela ilusória "fonte
da juventude". Não é difícil, porém, compreender os caminhos que seduzem a
esta incansável procura. A frequente confusão entre os efeitos da senescência
(decorrentes do processo natural de envelhecimento) e os da senilidade
(consequentes ao acúmulo de doenças crônicas) favorecem o mal
entendimento do processo e alimentam o estereótipo do idoso obrigatoriamente
decrépito e limitado. Há que se entender que ambos fenômenos ocorrem
simultaneamente mas são distintos. O primeiro, comum a praticamente todos
os seres vivos, evolui de forma progressiva e raramente causa uma limitação
importante para as atividades do cotidiano. O segundo, determinado por fatores
genéticos e ambientais ou principalmente por hábitos e costumes,
desenvolve-se imperceptivelmente por anos e, em algum momento, emerge
para mostrar sua agressividade em causar danos e limitações. A frequente
confusão no entendimento destes processos fomenta o temor pelo envelhecer
a ponto de, erroneamente, um idoso saudável ser chamado de "jovem" e de um
adulto debilitado ser chamado de "velho". Ambos casos, ao meu ver, explicitam
nítido preconceito. Em qualquer idade podemos ter saúde ou apresentarmos
limitações decorrentes, em essência, das doenças inadequadamente tratadas.
O que deve ser prevenido, detectado e combatido, portanto, não é o
envelhecimento mas sim o conjunto das enfermidades que pode vir a
prejudicá-lo, atualmente denominado co-morbidades. Raramente alguém
costuma ser corretamente identificado como "vivendo a plenitude da sua
senescência" ou de "estar sofrendo das mazelas da sua senilidade".
Criássemos nós este hábito, muito contribuiríamos para o melhor entendimento
desta evolução e, certamente, reduziríamos de maneira substancial a ojeriza
popular pelo envelhecimento. Em consequência, incentivaríamos duas atitudes
de forte impacto social neste tema: -assumir a responsabilidade de que cada
uma das nossas ações em prol (ou em detrimento) da saúde atual será
determinante do nosso estado funcional no futuro. -reconhecer que a nossa
melhor opção será envelhecer, visto que só se priva desta experiência aqueles
que morrem precocemente.
Podemos, porém, escolher sermos ativos ou passivos nesta evolução.
Conhecimentos, já os temos. As formas de aplicá-los encontram-se cada vez
mais aprimoradas. Cabe-nos, pois, exercer a nossa capacidade de ser
partícipes eficientes na orientação desta trajetória. Como veremos, em
oportunidades próximas, foram as medidas simples, objetivas e práticas que
mostraram ser as mais eficazes. Quem aprender a dirigir bem seu veículo, não
só fará uma longa viagem, mas terá melhores condições para desfrutar da
paisagem.
Disponível no site: http//www.gerosaude.com.br
ÁRVORE TEMÁTICA
MÓDULO TEMÁTICO
Objetivos

Conhecer as características do processo de envelhecimento e suas


patologias: da célula à inserção do indivíduo na sociedade e na família .

1.Conhecer os mecanismos biológicos envolvidos no processo normal


de envelhecimento.
2.Reconhecer as transformações fisiológicas que ocorrem com o ser
humano relacionadas à idade.
3.Entender os processo de transição demográfica e epidemiológica e a
repercussão destes no modelo de assistência à saúde do idoso no Brasil.
4.Estudar as principais doenças crônico-degenerativas que acometem o
idoso, identificando os seus determinantes e suas consequências na
capacidade funcional e na qualidade de vida.
5.Conhecer as características da terapêutica farmacológica na
população geriátrica e reconhecer sua importância, devido ao potencial tóxico
e iatrogênico dos medicamentos nesta faixa etária.
6.Reconhecer as dificuldades do idoso frente às perdas funcionais e à
perspectiva da morte.
7.Reconhecer as disfunções e seqüelas, conseqüentes às doenças
degenerativas, e as possibilidades práticas de reabilitação.
8.Avaliar as condições sociais do idoso na nossa realidade,
reconhecendo suas limitações e os preconceitos de que é vítima.
9.Conhecer a realidade da prática de asilamento de idosos na nossa
sociedade.
10.Entender a importância das medidas preventivas, no intuito de evitar
incapacidade e dependência e promover o envelhecimento saudável.
FUNÇÕES DOCENTES E DISCENTES

A. COORDENADOR DE MÓDULO
O Coordenador é um docente que atua no Curso de Medicina. Ele é
responsável pelo bom andamento das atividades, supervisão dos trabalhos dos
tutores, viabilização das avaliações, intermediação dos trabalhos com as
Comissões de Avaliação e demais Comissões e resolução dos problemas que
surjam no cotidiano.
Funções:
● Planejar, construir e acompanhar as atividades do módulo.
● Manter bibliografia atualizada.
● Viabilizar a reposição de qualquer atividade que, eventualmente, não
ocorra.
● Realizar avaliação somativa e final e a avaliação geral do Módulo.
● Fazer devolutiva das avaliações, no prazo máximo de 15 dias.
● Avaliar os relatórios da Comissão de Avaliação sobre o Módulo.
● Fazer apresentação do Módulo, no inicio das atividades.
● Preencher a caderneta no prazo legal.
● Respeitar a semana padrão.

B. ATIVIDADES TUTORIAIS

Um dos princípios fundamentais do ABP é o trabalho em pequenos grupos. Por


isto, cada grupo tutorial será formado por um tutor e 8 a 10 alunos. A cada
problema será indicado, entre os alunos, em sistema de rodízio, um
coordenador das discussões e um secretário.
O tutor é um docente com treinamento especifico. Ele é o responsável pelo
desenvolvimento das atividades, avaliação formativa, criação de ambiente
favorável ao aprendizado e cumprimento rigoroso do horário das atividades, do
seu grupo.

● Dinâmica dos “8 passos” , dos grupos tutoriais:


1. Ler atentamente o problema e esclarecer os termos desconhecidos;
2. Identificar as questões (problemas) propostas pelo enunciado;
3. Oferecer explicações para estas questões com base no conhecimento
prévio que o grupo tenha sobre o assunto (formulação de hipóteses);
4. Resumir estas explicações (Coordenador);
5. Estabelecer objetivos de aprendizado que levem o aluno à
comprovação, ao aprofundamento e complementação das explicações;
6. Estudo individual respeitando os objetivos estabelecidos;
7. Rediscussão no tutorial dos avanços de conhecimento obtidos pelo
grupo;
8. Avaliação formativa (auto-avaliação, interpares e do tutor).
C. PARTICIPANTES
1. Tutor Funções:
● Cumprir rigorosamente o horário de início do tutorial, não permitindo o
acesso do aluno após o início da sessão;
● Participar, obrigatoriamente, da reunião pré- tutorial com todos os
tutores;
● Nunca permitir que os alunos saiam do tutorial sem os objetivos
planejados para serem estudados naquele problema;
● Avaliar o tutorial com precisão: participação, nível da informação,
desempenho do coordenador, secretário, membros e o conteúdo (o que
faltou, o que aprofundar). Realçar os pontos fortes dos alunos e
esclarecer sobre aqueles em que cada um deve melhorar, pontuar
questões éticas;
● Observar se a avaliação oral está compatível com a ficha de avaliação;
● Esclarecer individualmente, se preciso com cada aluno, o motivo da falta
em um tutorial ou da queda de rendimento;
● Cobrar as fontes de estudo do problema, estimular uso de internet, evitar
“pescas”;
● Estimular a participação, evitar “monopolização”, fazer com que todos se
manifestem e garantir que todos abordem todos os conteúdos;

● Não permitir, nem atender celular durante tutorial, ou sair antes do


intervalo;
● Orientar o grupo quando a discussão estiver repetitiva, sem avanços;
● Orientar através da formulação de questões, e não de explicações,
exceto em situações excepcionais. Nunca dar “aula teórica” ao grupo;
● Pontuar a importância do assunto abordado para a vida do aluno
(motivação), estimular o estudo e a busca da diversidade de fontes;
● Especificar, claramente, os objetivos para o auto-aprendizado (estudo
individual);
● Conhecer todos os objetivos e a estrutura do módulo temático e orientar
os alunos se houver alterações do planejamento;
● Ter sempre em mente que o PBL é centrado no aluno e não no
professor;
● Orientar na escolha do coordenador e secretário para garantir o rodízio;
● Estimular os estudantes a distinguir as questões principais das questões
secundárias do problema;
● Inspirar confiança e facilitar o relacionamento, criando ambiente afetivo.
● Não ensinar o aluno, mas sim, ajudar o aluno a aprender;
● Ativar e estimular o uso dos conhecimentos prévios dos alunos;
● Conhecer a estrutura da Universidade, os recursos disponíveis para
facilitar o aprendizado e orientar o aluno para o acesso a estes recursos;
● Estar alerta para problemas individuais dos alunos e disponível para
discuti-los ou encaminhamento quando interferirem no processo de
aprendizagem;
● Oferecer feed-back da experiência vivenciada nos grupos tutoriais para
as Comissões apropriadas, o Coordenador do Módulo e sugestões para
melhoria.
2. Coordenador Discente
Definição: discente do tutorial escolhido no início da atividade pelo grupo ou
pelo tutor quando nenhum discente manifestar interesse em exercer a função.
Funções:
● Orientar a discussão do problema, segundo a dinâmica dos 8 passos;
● Garantir a participação de todos, evitando a monopolização ou a
polarização das discussões entre poucos membros do grupo;
● Apoiar as atividades do secretário;
● Estimular a apresentação de hipóteses e o aprofundamento das discussões
pelos colegas e intervir quando a discussão não estiver avançando;
● Respeitar opiniões individuais e garantir que estas sejam discutidas pelo
grupo com seriedade, e que tenham representação nos objetivos de
aprendizagem, sempre que o grupo não conseguir refutá-las
adequadamente;
● Resumir as discussões quando pertinente;
● Exigir que os objetivos de aprendizagem sejam específicos, formulados pelo
grupo de forma objetiva e compreensiva para todos;
● Solicitar auxílio do tutor quando pertinente;
● Controlar para que o grupo discuta dentro do tempo estipulado para o
tutorial.
3. Secretário Discente
Definição: discente do tutorial escolhido no início da atividade pelo grupo ou
pelo tutor quando nenhum discente manifestar interesse em exercer a função.
Funções:
● O secretário deve anotar em quadro, de forma legível e compreensível,
todas as discussões e os eventos ocorridos no grupo tutorial;
● Deve ser fiel às discussões ocorridas, claro e conciso em suas anotações e,
para isso, se preciso, deve solicitar a ajuda do coordenador e do tutor;
● Deve respeitar as opiniões do grupo e evitar privilegiar suas próprias
opiniões ou as opiniões com as quais concorde;
● Deve anotar com rigor os objetivos de aprendizagem apontados pelo grupo;
● Deve anotar as discussões posteriores e classificá-las segundo os objetivos
de aprendizagem anteriormente apontados;
● Participar ativamente das discussões do grupo.
Atividades Teórico- Práticas

Alterações Oculares no Envelhecimento (Prof. Hermelino)


Alterações Radiológicas no Envelhecimento (Prof. Marcos Vinícius)
Caso Clinico Depressão no Idoso ( Prof. Rafael )
Envelhecimento Saudável (Profa Vanessa)
Histopatologia: Alterações Degenerativas Osteo- Articulares (Prof Marcos )
Histopatologia: Arterioesclerose (Prof Marcos)
Casos clínicos síndromes Geriátricas (Prof Vanessa)
Acidente Vascular Cerebral - Prof. Eduardo Cardoso

Conferências
1. Aspectos da Epidemiologia no Envelhecimento – Profª Taciana
2. Farmacologia no Idoso - Profª Taciana
3. Osteoartrite – Prof Ana Tereza
4. Alterações Cardiovasculares no Envelhecimento - Prof.Airandes
5. Alterações cognitivas no idoso (Prof. Taciana)

Avaliação:
19/04/2023 as 7:30 horas
CRONOGRAMA

10/03/2023 -- Tutorial P1
Março

DIA HORÁRIO GRUPOS ATIVIDADES

2.ª feira
13/03/2023

3.ª feira
Todos
14/03/2023
14:00h
Tutorial P2

7: 30h
Conferência: Osteoartrite Atenção!!!
Todos
(prof.ª Ana Tereza) 7:30 hs
4.ª feira
Abertura do Módulo +
15/03/2023
14:30h Todos Conferência Epidemiologia
do Envelhecimento
(prof.ª Taciana)

5.ª feira
16/03/2023

6.ª feira
Todos
17/03/2023
Tutorial: P3
14 horas
Semana 02

Março

DIA HORÁRIO GRUPOS ATIVIDADE LOCAL

2.ª feira
20/03/2023

Alterações oculares no
8:00 hs envelhecimento clihon
3.ª feira (Prof Hermelino)
Todos
21/03/2023
Tutorial P4
14:00h

7:30 HS Conferência Alterações


Cognitivas Envelhecimento
(prof.ª Taciana)
4.ª feira
Caso clínico
22/03/2023
14 horas Depressão Idoso
(Prof Rafael )

5.ª feira 08:00h On line


Todos
23/03/2023 14:00h

8 horas
6.ª feira
Todos Tutorial P5
24/03/2023 14:00h
Síndromes Geriátricas.
17:00h
Prof. Vanessa
Semana 03

Março

DIA HORÁRIO GRUPOS ATIVIDADE LOCAL

2.ª feira
27/03/2023

3.ª feira
Todos
28/03/2023
Tutorial P6
14:00h

Conferência: Farmacologia
7:30 HS
(prof.ª Taciana)

Conferência Alterações
4.ª feira
Cardiovasculares no
29/03/2023
14 horas Envelhecimento
(Prof Airandes)

16 horas Casos Clínicos prevenção


(Prof. Vanessa)

5.ª feira

30/03/2023

8 horas
6.ª feira
Todos
31/03/2023
Tutorial P7
14:00h
Semana 04
Abril

DIA HORÁRIO GRUPOS ATIVIDADE LOCAL

2.ª feira
Todos
03/04/2023

3.ª feira
04/04/2023
14 hs
TUTORIAL P8

4.ª feira
05/04/2023

FERIADO
5.ª feira
06/04/2023 14:00h

6.ª feira 08:00h


07/04/2023
14:00h FERIADO
Semana 05

Abril

DIA HORÁRIO GRUPOS ATIVIDADE LOCAL

2.ª feira
Todos
10/04/2022

3.ª feira
Todos
11/04/2022 TUTORIAL P9
14 horas

Alterações Radiológicas no
8 horas
Envelhecimento
(prof Marcos Vinicius)
4 aulas
Todos
hoje
Histopatologia:
Arterioesclerose
10 horas
(Prof Marcos)
4.ª feira
12/04/2022

Histopatologia:
14 horas
Todos osteoarticulares
(prof. Marcos)

5.ª feira
13/04/2023

6.ª feira
14/04/2023 TUTORIAL P10
Semana 06
Abril

DIA HORÁRIO GRUPOS ATIVIDADE LOCAL

Conferência: Acidente
Vascular Cerebral
11 horas Todos
2.ª feira (prof Eduardo)
(após
17/04/2023
habilidades)

3.ª feira
Todos
18/04/2023
14 hs
DEVOLUTIVA P10

07:30 hs Avaliação

4.ª feira
19/04/2023

FERIADO
5.ª feira
20/04/2023 14:00h

6.ª feira 08:00h


21/04/2023
14:00h FERIADO
PROBLEMA 1

Mudanças

Sr. José tem 82 anos de idade e não tem doenças, gaba-se por não precisar
tomar remédios. No entanto, sente que a “idade chegou” e muitas coisas,
definitivamente, não são mais como antes: a pele, a audição, as articulações, a
memória... Recebeu a explicação sobre sua “reserva funcional diminuída”, mas
uma coisa o intriga: o que determina o envelhecimento humano? Por que é tão
heterogêneo?
PROBLEMA 2

Autonomia e Independência

A Sra. Tânia tem 77 anos de idade, sempre esteve acima do peso e sempre
sofreu com dores nos joelhos e certa limitação funcional. Todos os médicos
diziam que era uma doença degenerativa articular: passavam-lhe analgésicos,
recomendavam perda de peso e atividade física. Nunca fora abordada sobre o
risco de quedas e a gravidade dessa síndrome.
Há 2 meses caiu ao escorregar num tapete de sua casa, piorando muito a
situação! perdeu a independência com enormes repercussões na sua vida e
de sua família.
PROBLEMA 3

Falha no GPS

Sr João, 72 anos, era um administrador que, mesmo aposentado, continuou


trabalhando em uma pequena corretora. Há 8 meses foi dispensado e à sua
esposa foi dito que ele cometia muitos erros, principalmente com as contas da
empresa, o que vinha acarretando prejuízos. Ela ficou muito preocupada, já
que também notara seu marido repetindo coisas que tinham acabado de serem
ditas e por duas vezes foi pegar os netos na escola (coisa que sempre fazia) e
esqueceu o caminho. Do passado ele lembrava de tudo! Foi levado ao médico,
que fez várias perguntas, aplicou alguns testes como o “Mini Exame do Estado
Mental”e solicitou exames. Adiantou-lhe que o Sr João apresentava síndrome
demencial provavelmente secundária ao seu tipo mais comum.
PROBLEMA 4

Demência?

Dona Raquel, 75 anos, sempre morou na roça com seu marido, fazia de tudo e
ainda o ajudava na lavoura. Quando ele faleceu viu-se obrigada a vender a
roça, foi morar com uma filha na cidade, mas ficava muito só pois essa filha
trabalhava fora o dia todo. Seis meses depois, Dona Raquel começou a
emagrecer, andava sempre cansada, não se interessava mais pelo crochê que
tanto gostava de fazer e estava sempre calada. Passou também a ficar
esquecida e desatenta, preocupando a família, que decidiu levá-la ao médico.
Após toda a avaliação, foi identificado um quadro depressivo e explicado que,
no idoso, ele pode se confundir com demência leve e que o quadro clínico é
diferente em relação ao de um adulto jovem. Mas, com o tratamento e
algumas medidas não medicamentosas ela ficaria bem.
PROBLEMA 5

O que é “normal”

Pedro é estudante da Liga Acadêmica de Cardiologia e não sabia os critérios


da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) no Idoso. Motivado a estudar
pesquisou as alterações cardiovasculares que explicam essa “epidemia” e
entendeu melhor porque, quando estava no módulo de Processo de
Envelhecimento, a Hipertensão Sistólica Isolada é a mais frequente e a
hipotensão postural é um risco a ser sempre considerado..
PROBLEMA 6

“Remedinhos”

Sr. Leôncio, 86 anos, toma seus remédios regularmente, mas há cerca de 1


mês tem apresentado insônia e seu médico prescreveu um hipnoindutor, 1
comprimido à noite. Sr Leôncio conhece várias pessoas mais jovens que
tomam e se dão bem. Com ele também funcionou, mas em compensação o
deixa sonolento e indisposto noite e dia, desequilibrado para andar, chegando a
tomar uma queda na semana passada. Sua filha o levou a um geriatra e a
primeira providência foi trocar o medicamento por outro de meia-vida mais
curta, o que fez com que melhorasse. Aí percebeu que remédio é coisa séria
na velhice e os riscos são vários. Das explicações que recebeu do geriatra,
chamou-lhe a atenção ele dizer que existem regras que devem ser seguidas ao
se prescrever fármacos para um idoso; mas não entendeu bem foi o que
significa iatrogenia.
PROBLEMA 7

Alzheimer Agudo?

O Dr. Frederico ontem, tarde da noite, recebeu um telefonema, da esposa de


um paciente. Ela estava atordoada porque seu marido, de 84 anos, começou a
apresentar, naquele mesmo dia, mudança de comportamento com agitação,
agressividade e confusão mental. Contou que ele vinha bem, não tinha notado
nenhum sinal ou sintoma diferente, nunca tinha tido nada similar!
Seguindo a recomendação do médico, o paciente foi levado ao pronto socorro
e lá foi diagnosticada uma infecção. A família foi bem orientada , tratava-se de
um quadro muito comum em idosos e potencialmente grave. Uma infecção com
alterações psíquicas! Não era Demência!
PROBLEMA 8
Alternativas

O Sr. Augusto tem síndrome demencial de longa duração. Sua filha necessitou
largar o emprego para cuidar dele em casa: higiene, alimentação... ser
cuidador de um idoso era tarefa extenuante!
A incontinência urinária, que seu médico explicou as causas possíveis e a
possibilidade de tratamento, foi a parte mais difícil de lidar durante essa fase.
Quando essa filha tragicamente faleceu, o Sr. Augusto foi institucionalizado,
em uma Instituição de Longa Permanência (ILP). Um mês depois ele estava
mais parado, mais magro e evoluiu com Síndrome de Imobilidade e várias de
suas consequências .
PROBLEMA 9
Prevenir ou Remediar?

A geriatra Christiane tem o Envelhecimento Saudável como foco e sabe que a


promoção da saude é um desafio. Invariavelmente ela é questionada sobre a
importância da atividade física e a quantidade ideal para o idoso, sobre a
recomendação de bebidas alcóolicas, sobre se uso de vitaminas é ou não
benéfico, sobre a vacinação do idoso, entre tantos procedimentos de prevenção
primária. A dra Christiane também faz o possivel para evitar a sarcopenia e a
fragilidade em seus pacientes
PROBLEMA10

Socorro!

A Sra. Socorro, 75 anos, está restrita ao leito há 2 anos, desde que


repentinamente apresentou hemiplegia a Direita, desvio da rima bucal para a
Esquerda e disartria. Atualmente ela tem outras graves sequelas.
Ela é hipertensa, diabética e dislipidêmica, nunca tratados anteriormente a
esse quadro. Em verdade, faltam muitas informações para D. Socorro.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

1. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Freitas, E.V.; Py, L.;


Neri, A. L.; Cançado, F. A. X.C.; Gorzoni, M.L.; Doll, J. 4ª.
Edição. Grupo Editorial Nacional (GEN), 2016.

2. Manual Prático de Geriatria. Freitas. E.V.; Mohallem, K.L.;


Gamarski, R.; Pereira, S.R.M. 2ª. Edição Grupo Editorial
Nacional (GEN), 2017.

3. Tratado de Medicina de Urgência no Idoso. Papaléo Neto,


M.; Brito, F. C.; Giacaglia, L. R.. Editora Atheneu, 2010.

4. Hazzard’s - Geriatric Medicine and Gerontology. Halter,


J.B.; Ouslander, J.G.; Tinetti, M.E.; High, K. P.; Asthana, S.
Seventh Edition. Mcgraw-Hill Companies, 2017.

5. Desafios do Diagnóstico Diferencial em Geriatria –


Moriguti, J.C.; Lima, N.K.C.; Ferrioli, E. Editora Atheneu,
2012.

6. Current Medical Diagnosis and Treatment: Geriatrics –


Williams, B et al. 2a edição. McGraw-Hill Medical, 2015.

7. Geriatria Clínica. KANE, R. L; OUSLANDER, J. G.;


ABRASS, I. B.. Porto Alegre: McGraw-Hill, 2005.

8. Cuidados Paliativos com Enfoque Geriátrico - A


Assistência Multidisciplinar. Moraes N.; Tommaso A.;
Nakaema K.; Souza P.; Pernambuco A. São Paulo: Editora
Atheneu, 2014.

9. Geriatria: guia prático. Di Tommaso, A.B.G, et al. 1 ed. -Rio


de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

10. Blocklehurst´s Textbook of Geriatric Medicine and


Gerontology. Kenneth, H.F;Young, R.J.B. 8 ed. – Elsevier,
2016.
11 JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica 9a.
ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1999

12. CECIL., R. F. Tratado de Medicina Interna. Rio de Janeiro


: Guanabara Koogan, c1993. VIORST, J.

13 BEAUVOIR, S. A. Velhice; tradução de Maria Helena


Franco Monteiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990.

14. KUBLER-ROSS, E. A Roda da Vida Rio de Janeiro,


Sextante, 1998 PErdas Necessárias Ed. Melhoramentos,
1998

AGE AND AGEING ISSN 0002-0729


ARCHIVES OF GERONTOLOGY AND GERIATRICS ISSN 0167-4943
BMC GERIATRICS (ONLINE) ISSN 1471-2318
COCHRANE DATABASE OF SYSTEMATIC REVIEWS (ONLINE) ISSN
1469-493X
GERIATRICS, GERONTOLOGY AND AGING ISSN 2447-2115
JOURNAL OF THE AMERICAN GERIATRICS SOCIETY ISSN 0002-8614
THE AMERICAN JOURNAL OF GERIATRIC PSYCHIATRY ISSN 1064-7481
THE JOURNALS OF GERONTOLOGY: SERIES A ISSN 1758-535X
Boletins Técnicos e publicações do Ministério da Saúde – Secretaria de
Vigilância em
Saúde disponíveis em -
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/publicacoes-svs

SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA (SBGG)


www.sbgg.com.br

SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA SP


(SBGG-SP) www.sbgg-sp.com.br

DIRETRIZES SOBRE HIPERTENSÃO ARTERIAL


https://diretrizes.cardiol.online/

Você também pode gostar