Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS – CAMPUS I

METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA


GLADYSON S. PEREIRA

NOME: Rayane Cristina da Silva

ATIVIDADE SOBRE FRANCISCO A.


DE VARNHAGEN

CONTINUAÇÃO PRIMEIRA PARTE:

1- Período em que o livro foi produzido: a dedicatória foi escrita durante o


Período Imperial, fato que pode ser analisado visto como o autor se dirigia a
Vossa Excelência, no caso, D. Pedro II.

2- CONCLUIDO.

3- De início, percebe-se que o autor deixa claro que a sua perspectiva acerca da
escravidão indígena é muito comum a hipóteses levantadas por historiadores
anteriores de que os escravizados africanos eram mais resistentes e por isso
essa escravidão era justificável. O autor ainda levanta a crítica sobre o regime
presente nos Estados Unidos do Norte, regime este que, segundo o próprio, era
uma república falida, visto que a cor da pele definia o ser ainda mais do que as
suas condições financeiras e sociais, levantando uma premissa de que no Brasil
existia uma tolerância, ou ainda, uma convivência pacífica entre pardos, negros
e brancos, como é possível analisar nas obras de Gilberto Freyre. Entretanto,
tomando conhecimentos acerca da discussão, pode-se perceber que está
convicção era ultrapassada, visto que o mesmo almejava uma sociedade em
que a pele se tornasse cada vez mais clara, podendo não ser feita a distinção
das raízes do Brasil.

SEGUNDA PARTE:

1- “Manifesto da sociedade brasileira contra a escravidão” identificando o


período em que foi produzido e por quem foi produzido:

Joaquim Nabuco, 1849 - 1910.

2- CONCLUIDO.

3- O autor traz a abolição como um marco importante e necessário para o Brasil,


porém é necessário averiguar suas motivações econômicas, sociais e pessoais.
Joaquim vem de uma família que traz legado abolicionista, que advém de seu
pai, tendo como desejo pessoal a instauração do regime republicano, dessa
forma, a abolição era uma forma de fomentar a mudança na estrutura do regime,
não significa que o mesmo estava preocupado com as questões morais ou
precárias do sistema escravocrata, tanto que o mesmo acredita numa
organização ainda baseada no trabalho escravo, então não desejava uma
reforma ou revolução nos valores sociais do indivíduo, apenas na estrutura que
o favorecia enquanto figura pessoal.

CONCLUSÃO ATIVIDADE:

1- Os dois documentos analisados – o livro História Geral e o Manifesto – foram


produzidos no mesmo período histórico?

Ambos os documentos foram produzidos com base em seu próprio período


vivenciado, tendo duas posições que se distanciam e se aproximam em diversos
pontos. Enquanto Francisco traz uma visão da “descoberta” e adentra mais
profundamente a qualidade de vida que experimentava no Brasil e trata acerca
da mão de obra escrava do índio. Enquanto Joaquim traz uma visão mais
entusiasmada de mudança, ainda que seja uma mudança em apenas
determinados segmentos da sociedade, expõe as suas ideias abolicionista e sua
revolta frente ao momento presente.

2- A visão da História do Brasil por trás desses dois documentos é a mesma?

Embora como dito, anteriormente, apesar de a escrita trazer diferenças em seu


contexto, ainda existem muitas aproximações entre um pensamento e o outro.
Um exemplo são as falas de Francisco e Joaquim:

“O que nós temos em vista porém, não é só a libertação do escravo, é a


libertação do paiz; é a evolução do trabalho livre que se ha de fazer sob a
responsabilidade da geração actual.” (Nabuco, 1880).

“(...) mas fazemos votos para que chegue um dia em que as cores de tal modo
se combinem que venham a desaparecer totalmente no nosso povo os
característicos da origem africana.” (Varnhagen, 1877).

3- Qual das duas versões da História foi reproduzida por décadas, atravessando
todo o século XX, nos livros de história e por quê?

Até os dias atuais, ainda se perpetua muito a visão de Varnhagen no que tange
a escravidão dos povos originários, principalmente a versão de sua incapacidade
e até mesmo “fraqueza” braçal. Por outro lado, em contrapartida, ainda flutua
sob o nosso cenário a ideia de uma abolição preocupada com os valores morais,
como surge Nabuco, criando uma falsa visão de compaixão e de coletividade
social no Brasil.
4- Por que uma das versões só a partir de 1990 foi lentamente recuperada e hoje
começa lentamente a disputar espaço a anterior?

Devido a avanços nas produção historiográfica do Brasil e os profundos estudos


levantados, pode-se averiguar que a versão da história produzida por Nabuco
se mantém mais presente e disputa mais espaços, visto que o Brasil ainda é
marcado por uma falsa face de coletividade, de união e um conceito distorcido
de pátria. Com os acontecimentos que ainda reverberam o cotidiano, tem-se
crido e aberto ainda mais espaço para uma história que vive à margem da
população, criando protagonistas e excluindo as demais camadas, assim como
aconteceu durante a mudança de regime vigente e a qual era almejada por
Nabuco.

Você também pode gostar