O capítulo IV do livro “Psicologia Jurídica” escrito por José Osmir Fiorelli,décima primeira
edição,fala sobre a adolescência,o judiciário e a sociedade.O capítulo fala sobre a adolescência
mas em etapas,sendo elas a primeira a diferenciação do período da adolescência para as demais fases na vida humana tratada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente,a segunda seria como o adolescente cresce em meio a essas fases,a sua evolução como pessoa até adulto,e a terceira seria sobre os problemas que a fase da adolescência trás para a pessoa e como ela encara esses problemas juntamente com as pessoas que vivem ao seu redor,seus familiares e amigos.O texto se inicia falando sobre os fundamentos legais sobre a adolescência previstos em lei,como o artigo 227,de acordo com a constituição federal:” É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”Neste artigo fala sobre como é necessário existirem leis que ofereçam amparo para crianças e adolescentes conviverem em sociedade com respeito e segurança.O autor,além da Constituição cita também sobre a criação da chamada Convenção Internacional dos Direitos da Criança e do Adolescente,em 1989,que dizia que a criança e o adolescente deveria ter uma atenção e cuidado maior que pessoas adultas,ressaltando que para crescerem e se tornarem adultos “saudáveis” merecem viver em um ambiente confortável com a própria família.Em seguida,o autor fala sobre a criação e função do Conselho Tutelar,previsto no artigo 131 do ECA,que diz que o conselho deve interagir diretamente com a população,com os menores e protegê-los garantindo seus meios e direitos fundamentais.O autor também discorre sobre as medidas de proteção e as principais atribuições do Conselho Tutelar,que estão previstas nos artigos 136 e 101 do ECA.Ele também fala sobre as Medidas Socioeducativas previstas no ECA no artigo 112.Após isso,o autor inicia falando sobre a adolescência,segundo o artigo 2 do ECA,sobre quando a adolescência se inicia realmente,em seguida discorre sobre as mudanças no corpo da criança ao virar adolescente,não só físicas mas também psicológicas.Nesse mesmo sentido,ele fala sobre como ao crescer,o adolescente absorve os valores e costumes de casa,e como isso afeta sua vida futura,em que diz que a adolescência intercala sobre a responsabilidade e a subjetividade.A responsabilidade estaria começando aos 12 anos segundo o autor,chamando de “estágio operatório-formal”,já a subjetividade estaria também relacionada a responsabilidade e a maturidade,assim as duas se intercalam.O autor destaca que a maturidade depende de cada pessoa,ela não vem ao mesmo tempo muito menos no mesmo contexto para as pessoas,todos são diferentes entre si,não há como haver um padrão.Segundo Aberastury,a adolescência é uma das três fases da vida,a primeira sendo o próprio nascimento,a segunda é o fim do primeiro ano de vida e a terceira é a adolescência.A terceira fase seria a mais emblemática pois é sobre a busca por ser diferente,a liberdade sexual,as revoltas e também a busca por uma identidade própria.Entre a fase da adolescência,o autor destaca que o futuro do indivíduo depende do contexto em que ele foi criado,com certeza uma criança que nasceu e cresceu em um meio social,econômico e familiar agradável terá pouquíssimas chances,não são nulas,de ter uma vida sem problemas principalmente com o Estado.Já uma criança que cresce muitas vezes sem família,sem estrutura econômica e social,poderá ser mais tendente a cometer até mesmo um crime,pois ela não teve o discernimento de ter um adulto por perto para criá-la de forma correta e saudável.Segundo essa mesma linha de raciocínio,o autor fala sobre as Teorias de Cunho Social,em que nelas se discute o risco da criminalização das pessoas,motivada muitas vezes por preconceito e discriminação.Assim,o autor diz que :” Os adolescentes que sofreram maus-tratos familiares sofrem mais episódios de violência na escola, vivenciam mais agressões na comunidade e transgridem mais as normas sociais, fechando assim um círculo de violência, vivenciando menos apoio social, com menor autoestima e menor capacidade de resiliência.”.Logo após,o autor fala sobre as transformações da adolescência,através de análises de autores como Contini,Koller e Barros,e para demonstrar ele conta sobre e analisa um caso sobre a fragilidade emocional de um adolescente,de forma sistêmica,em que conta sobre a vida de um adolescente que possui irmão caçula e como isso afeta ou pode afetar a relação entre os filhos e os pais,pois como ele mesmo disse a adolescência é uma fase complicada e complexa e dependendo do contexto que esse indivíduo viver pode trazer problemas futuros pra ele,já se iniciando na própria adolescência,com a falta de socialização e a individualidade,que assim houve a falha na construção de identidade,segundo o próprio autor.Após a análise de um caso,o autor faz a análise da letra de uma música que fala sobre o contexto de uma criança que vive em um ambiente que propiciará a delinquência.Ele inicia falando que no começo da música o autor da música fala sobre o status socioeconômico,um homem que possui uma posição econômica boa e uma jovem que não possui essa vantagem,ambos com objetivo diferentes,mas que tem os caminhos cruzados através da relação de patrão e empregada,e que infelizmente quem se dá mal na história é a jovem que se vê ameaçada pelo próprio patrão,vítima de uma violência e ainda por cima,agora uma adolescente grávida,que buscava apenas um emprego para ir em busca de seus sonhos,que agora principalmente não tem apoio familiar,como todo adolescente deveria ter.Junto com essa letra de música,o autor fala sobre um problema recorrente na adolescência,a gravidez,como uma criança fruto de uma violência irá crescer com a mãe sem amparo econômico e familiar,assim infelizmente as chances de se tornar um adolescente “problemático”,segundo as análises do autor,são muito altas.No fim do capítulo,após a análise da música,o autor discorre sobre como os atos antissociais dos indivíduos pode levar a problemas futuros ao adolescente como rebeldia,mentiras,dificuldade de aprendizagem e individualidade extrema.Mas por outro lado,um indivíduo que cresce em um ambiente saudável e considerado normal,as consequências para o adolescente podem ser descontadas em outras coisas além da própria vida,como nos hobbies,nos jogos e em brincadeiras,o que deveria ser o normal para todos,diferente dos adolescentes que são considerados verdadeiras vítimas da sociedade,que em muitas das vezes os meios que buscam para descontar e fugir de seu próprio psicológico,é a sua própria vida.