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Análise de
dados
e Prevenção
Cartilha de Inquérito Administrativo sobre
Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) da
Diretoria de Portos e Costas (DPC)
- 106 -
SUMÁRIO
Prevenção 126
- 107 -
UNIDADE 3
ANÁLISE DE DADOS E
PREVENÇÃO
PALAVRAS-CHAVE
METAS
OBJETIVOS
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MÉTODOS
DE ANÁLISE
FERRAMENTAS E TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DADOS
1 2
DIAGRAMA DE EVENTOS E FATORES ANÁLISE DE BARREIRAS
CAUSAIS
É baseada na premissa de que um fluxo de
É o mais importante método de análise de energia está associado a todos os acidentes.
dados. Consiste em uma análise cuidadosa e Considera-se que os obstáculos são
completa dos acontecimentos após um desenvolvidos eintegrados em um processo do
acidente. Isto será a base para aidentificação sistema ou trabalham para proteger opessoal e
precisa das causas. o equipamento, a partir dos fluxos de energia
não desejada.
Dessa forma, realizamos a análise de uma
única particularidade como o ponto central de
um amplo processo que inclui todos os
eventos.
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3 4 5
ANÁLISE DE MUDANÇAS ANÁLISE DE CAUSA-RAIZ VERIFICAÇÃO DOS RESULTADOS
Mudança pode ser definida Considera-se que a causa Método de verificar os resultados
como algo que perturba o inicial de uma cadeia de obtidos aofazer cinco perguntas
equilíbrio de um sistema eventos leva ao resultado emsequência sobre osaconteci-
operacional como planejado. indesejado ou desejado. Se mentos: “Por quê?”.
corrigida, preveniria a repe-
Dessa forma, considera-se tição do acidente. Assim,
que a mudança é muitas encontrá-la é pré-requisito
vezes fonte de desvios na para o desenvolvimento e
operação do sistema. Sua implementação de medidas
análise exa- mina as corretivas e preventivas.
mudanças – planeja- das ou
não – que podem causar
resultadosindesejados.
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1 - DIAGRAMA DE EVENTOS E FATORES CAUSAIS
É o mais importante método de análise de dados. Constitui uma análise cuidadosa e completa
dos eventos após um acidente. É a base para a identificação precisa das causas.
A análise de uma única particularidade será sempre considerada como o ponto central de um
amplo processo que inclui todos os eventos.
Deve-se sempre levar em consideração que algumas vezes o método analítico não é
suficiente para determinar as causas do acidente. Assim, tente usar diferentes métodos de
análise. Isso poderá ajudar na comparação e validação dos eventos.
Primeiramente, você terá que identificar os eventos, que consideramos, neste método de
análise, todos os acontecimentos que precedem o acidente. Como critério para a descrição
de eventos, considere que:
• devem ser baseados em evidências válidas; e
• deverão variar entre o começo e o fim de uma sequência do acidente.
Os Acidentes Envolvem:
• Uma sequência de eventos (têm início e final).
• Os eventos são afetados pelas condições existentes no momento.
• Eventos econdições resultam em um dano não intencional: o acidente.
Os eventos não são hipóteses, opiniões, análises ou conjecturas. Caso não sejam
claramente identificados, serão considerados como hipóteses.
Comece a desenvolver a cronologia dos acontecimentos à medida em que os fatos forem
sendo observados e as provas colhidas
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Em relação ao Diagrama de Eventos e Fatores Causais, pode-se dizer que:
a. é uma apresentação gráfica da cronologia do acidente – apresentado nas páginas
seguintes;
b. são úteis na identificação das causas múltiplas e representam graficamente as condições
de desencadeamento dos eventos necessários e suficientes para que o acidente tenha
ocorrido;
c. é usado principalmente para a compilação e organização de evidências que mostram a
sequência de eventos;
d. é um processo contínuo realizado durante toda a investigação.
Exemplo 1
25 DEZ 09
09h50
Rajadas de Vento
com força 7
Faça as perguntas: como a condição foi originada? Porque o sistema permitiu a existência das
condições?
Todos os eventos são anotados em retângulos Todas as condições são anotadas em ovais.
Condições são acontecimentos passivos,
por exemplo, baixa visibilidade ou chuva. Elas não
são eventos, mas situações.
Todos os eventos são conectados entre Todas as condições são conectas entre
si por setas. si e/ou a eventos por setas cheias.
1 2 3
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Exemplo 2 • Acidente de Colisão Com o Molhe
Naviofundeia com Navio Amarra de BE diz Máquinaprinci Máquina falha. Ferro BB largado. Amarra de Navio colide com o
4 quartéis de começa a para vante. Navio pal devagar BB chega molhe.
amarra, ferrode BE, arrastar garrando máquinas adiante. ao fim.
a 400m do molhe. oferro. Principais prontas.
Proximidade do
molhe potencial- Vigias mantidos Procedimentos Procedimentos
Máquinas em Tripulação em
mente perigosa. conf or me or d ens parainiciar a na praça de má-
standby. standby.
Fundo de boa do Comandante. marcha. quinas fracos.
tensa.
IAFN • UNIDADE 3 • 9
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Exemplo 3•Navio Mercante Torrey Canyon
O óleo vazou do navio e espalhou-se ao longo do mar entre a Inglaterra e a França, matando a
maioria da vida marinha ao longo de toda a costa sul da Grã-Bretanha e as praias da
Normandia, França, afetando a região por muitos anos depois.
Como não estavam preparados para isso, todos os tipos de medidas de emergência foram
tentadas, muitas das quais pioraram a situação. Finalmente, os dispersantes químicos foram
pulverizados sobre a mancha de óleo, mas foram mais letais para a vida marinha do que o óleo
original.
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Detalhes Sobre o Torrey Canyon
Construção
Estados Unidos da América, em 1959.
Capacidade
Carga de 60.000 toneladas; mais tarde ampliada para o dobro da capacidade, no Japão.
Velocidade de cruzeiro
17 nós, com um único motor e hélice única. Levou cerca de 1 minuto para guinar 20 graus.
Percorreu 5 milhas antes de parar.
Piloto automático
3 modos: manual, automático, desligado (direção de algum outro ponto do navio). No piloto
automático, o curso pode ser alterado em mais ou menos 3 graus; há um sinal sonoro para
todos os graus de variação de rumos, em automático ou manual.
Proprietário
Subsidiária da Union Oil, registrada na Libéria.
Tripulação
Italiana.
Frete
Companhia British Petroleum.
IMA GEM Mari ners M useum
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Continuação do Exemplo 3 • Navio Mercante Torrey Canyon
Acidente
O navio deixou o Kuwait, 19 de fevereiro de 1967 com destino ao Oceano Atlântico. Em 14 março
de 1967, nas Ilhas Canárias, foi informado do destino Milford Haven até 18 março de 1967.
Devido ao tamanho do navio, eles tinham que pegar a maré alta às 23 horas, ou esperar por
mais 6 dias. Assim, necessitavam estar a caminho às 6 horas no dia 18 de março. Utilizou a
navegação por piloto automático com técnicas de navegação clássica. As Ilhas Scilly seria a
primeira terra avistada.
03h30 Comandante vai dormir e instrui para ser acordado às 6h00. Ilhas Scilly está fora do
alcance radar.
06h00 Comandante acordado. Ilhas Scilly ainda fora do alcance radar (alcance radar = 40’).
Comandante decide dormir mais.
08h00 Troca de serviço: Comandante, Oficial de Convés (1ª viagem) e um Timoneiro experiente.
Oficial de Convés designado para os serviços de navegação.
Navio em piloto automático - timoneiro como vigia na asa do passadiço.
08h15 Torrey Canyon cruzando as Ilhas Scilly, a 30 minutos para os recifes Seven Stones.
Comandante ordena mudança de rumo enquanto navega no piloto automático.
– Torrey Canyon aproado com as Ilhas Scilly, e está guinando para passar entre as
Ilhas Scilly eos recifes SevenStones.
O Oficial de Convés usa método de marcações e distâncias para determinar a posição na carta
(atalho). Navios de pesca no canal.
Comandante orienta o navio para a direita do canal, próximo ao recife Seven
Stones, para evitar asredes.
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Emergência Mudança de rumo para 340 graus no piloto automático desligado–
navegação em manual–, posição replotada.
O Comandante dirige-se ao camarim de cartas atrás do passadiço para
consultar a carta maisumavez.
O Timoneiro grita que não ouve os cliques do piloto automático. Comandante
não ouve o Timoneiro.
O Comandante percebe que também não ouve os cliques do piloto automático.
Comandante conclui que os fusíveis podem ter queimado, como já havido
acontecido, e abre a caixa de fusíveis para verificar.
Os fusíveis estão funcionando. Então as bombas de óleo que movem o leme
devem ter falhado,comojáhaviaacontecido.
O Comandante chama a praça de máquinas para mandar checar as bombas; por
engano, ele disca o número da cozinha.
O Capitão olha de relance a alavanca de controle do piloto automático e percebe
qual é o problema; move a alavanca para manual e muda o rumo.
Contudo, foi tarde demais. Torrey Canyon atinge as Rock Pollard nos recifes
Seven Stones com 17 nós de velocidade e rasga seis tanques.
Durante as semanas seguintes, todo o petróleo que escapou se espalha pelas praias do
litoral sul da Inglaterra e da costa francesa da Normandia, devastando a biologia
marinha da região. Não havia planos para combater a catástrofe.
Esta foi a primeira das grandes catástrofes envolvendo óleo, o que foi tentado era muito
tarde, muito pequeno em alcance ou tornou as coisas piores.
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Continuação do Exemplo 3 • Navio Mercante Torrey Canyon
Desconhecia
Percurso Marés-navio pre- Pesqueiros
desconhecido alertas da
cisa acelerar no canal
praticagem
Posição da
Falha naredução
Percurso alavanca do de velocidade
desconhecido piloto
automático
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Continuação do Exemplo 3 • Navio Mercante Torrey Canyon
Possíveis Causas
Projeto Do Navio
• Problemas de manobrabilidade | A resposta lenta do navio.
• Projeto do pilotoautomático|Opilotoautomático funcionoubemem si, masa
concepção e colocação da alavanca poderiam conduzir ao modo de controle errado
que está sendoselecionado. Foi o que aconteceu nestecaso.
Questões da Empresa
• Programação Operacional de navios
• Esperar até as Ilhas Canárias para informar ao Comandante o seu destino final não
deve ser, provavelmente, uma boa prática empresarial porque leva a pressão do tempo
sobre as pessoas responsáveis. A pressão do tempo sempre aumenta a probabilidade
de erros e más decisões.
• Equipagem do navio para programação de horários
• Se você esperar para dizer para o navio aonde ir, você deve garantir que todas as
cartas náuticas estejam a bordo antes de o navio sair do porto. A conexão entre o
agendamento do navio e a mobilizaçãoderecursos não parece terfuncionado bem
nesse caso.
• Responsabilidades de competência
• O Oficial de Convés cometeu um erro de navegação, o qual demorou em se tornar
evidente. A tripulação não se torna competente em sala de aula, mas ganha
experiência fazendo o trabalho real, com o risco de cometer erros.
Questões Operacionais
• Problemas de Prontidão
Talvez o Comandante tenha demorado para perceber o que estava acontecendo porque
não tinha dormido o suficiente na noite anterior. A fadiga aumenta a probabilidade de
erros.
• Pressão do tempo
Em muitas catástrofes, a pressão do tempo desempenha um importante papel. Isso
geralmente significa que a alternativa segura de uma decisão é descartada, porque ela
precisa de mais tempo. Devemos sempre tentar garantir que haja tempo suficiente para
um trabalho a ser feito corretamente.
• Oficial de Convés na navegação
É necessária alguma experiência, incluindo navegação em águas restritas. A presença do
Comandante no passadiço funcionava como uma checagem. Infelizmente, o erro levou
um tempo para ser encontrado.
• Atalhos no método de navegação
Atalhos são parte da natureza humana, e o que precisamos é de procedimentos eficientes
que não precisem de atalhos.
• Decisões desfavoráveis
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Continuação do Exemplo 3 • Navio Mercante Torrey Canyon
Nenhuma das decisões do Comandante, por si só, foi ruim (exceção a de atravessar o
canal com um navio não manobrável); foi a combinação de várias decisões desfavoráveis
que levaram ao desastre. Mesmo assim, se o navio tivesse sido mais manobrável, ele
poderia ter escapado.
Causa Determinante
Negligência na navegação.
2 - ANÁLISE DE BARREIRAS
Treina-
Cartas mento/
Navio
Náuticas Radar Boias Qualifi- Encalhe
cação
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3-ANÁLISE DE MUDANÇAS
Mudança pode ser definida como algo que perturba o equilíbrio de um sistema operacional
como planejado. Dessa forma, considera-se que a mudança é muitas vezes fonte de desvios na
operação do sistema. Sua análise examina as mudanças – planejadas ou não – que podem
causar resultados indesejados.
A mudança define motivos de desvios na operação do sistema, como:
• mudanças detempo;
• mudanças tecnológicas;
• mudanças de pessoal;
• mudanças organizacionais;
• mudanças operacionais.
Assim, é importante analisar as diferenças entre os desvios esperados ou planejados e a
sequência dos acontecimentos. Indague as seguintes questões:
• O quê?
• Quando?
• Onde?
• Quem?
• Como?
Institui seis etapas. Na última etapa, é fundamental combinar os resultados da análise de
mudanças com os resultados de outros métodos, para desenvolver uma compreensão ampla
e abrangente do acidente.
1 2
Identifique as diferenças
5
Examine os dados para verificar se cada diferença é mesmo
diferente e em cada uma das duas situações
6
Integre as informações no processo da investigação
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4 - ANÁLISE DE CAUSA-RAIZ
Considera-se que a causa inicial de uma cadeia de eventos leva ao resultado indesejado ou
desejado. Se corrigida, preveniria a repetição do acidente. Assim, encontrá-la é pré-requisito
para o desenvolvimento e implementação de medidas corretivas e preventivas.
Etapas
1. Defina o Problema
Uma definição clara do problema é muito importante para o levantamento das
particularidades de um acidente dentro do contexto das metas e objetivos. Todas as
perspectivas devem ser incorporadas.
2. Construa o Diagrama de Níveis
Técnica usada para identificar as causas-raiz do acidente e o nível de responsabilidade
de gestão associada às causas-raiz e aos fatores contribuintes.
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Exemplo
Evento/ Fatores causais Níveis Causa-raiz
Condição [possíveis fatores] [prováveis da falha]
A.Roupa protetora adequada não
disponível A.Gerência A.Falta de gerenciamento
B. Tripulante não usava a roupa B.Chefia B.Falta de treinamento
Frio adequada C.Gerência C. Faltade gerenciamento
Extremo C. Roupa protetora não era adequada
às condições de trabalho
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5 – VERIFICAÇÃO DOS RESULTADOS
Um bom método de verificar os resultados obtidos nos métodos anteriores é fazer cinco
perguntas sobre os acontecimentos em sequência: “por quê?”. Contudo, indagar mais
que cinco vezes é improdutivo. Por isso, responda de forma objetiva e precisa.
Exemplo
O navio encalhou.
Por quê?
Porque a propulsão falhou no canal de acesso ao porto.
Por quê?
Porque faltou combustível no tanque de serviço do motor diesel principal.
Por quê?
Porque falhou a bomba de transferência de combustível.
Por quê?
Porque a manutenção da bomba era deficiente.
Por quê?
Porque a gerência da Companhia é deficiente.
Causa Determinante
Negligência do responsável pela manutenção da bomba e negligência da gerência da Companhia.
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PREVENÇÃO
A prevenção de Acidentes e Fatos da Navegação é o conjunto de ações
empreendidas por todos os setores da comunidade aquaviária, que visa
preservar recursos humanos, materiais e financeiros por meio da eliminação ou
reduçãodos riscos inerentes à navegação.
1. Coleta de Dados
Consiste em identificar situações com potencial de causar acidentes ou fatos
da navegação, perdas de vida humana, lesões ou danos materiais.
Abrangem situações de risco e, principalmente, as causas determinantes
de acidentes ou fatos da navegação ocorridos na região, as causas das
consequentes fatalidades e seusfatores contribuintes.
2. Análise de Dados
Consiste em analisar os dados coletados, buscando determinar as origens
das condições identificadas na etapa de coleta de dados e os riscos
associados. Os dados colhidos devem ser analisados exclusivamente sob o
foco da prevenção de acidentes. O resultado das análises indica os riscos, os
segmentos da comunidade aquaviária e os tipos de embarcações envolvidas,
para os quais serão estabelecidas medidas preventivas.
3. Formulação de Medidas Preventivas
Consiste na formulação das ações ou procedimentos que possam neutralizar
ou reduzir os riscos identificados na análise. As medidas preventivas podem
ser de cunho:
Educativo
Tais como recomendações de segurança, campanhas de conscientização,
seminários, cursos, palestras, reuniões com integrantes da comunidade
aquaviária etc. São indicadas diante da constatação de que o desconhecimento
de normas, regulamentos e procedimentos em vigor ou das consequências
de sua inobservância teve influência no resultado negativo.
Normativo
Como a imposição de novos requisitos, procedimentos e especificações ou a
alteração dos existentes. Indicadas quando da constatação de que não há
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normas em vigor sobre o assunto ou as existentes não atenderam à expectativa,
necessitando reavaliação.
Restritivo
Como orientações para ações de inspeção naval e exigências em caráter
especial, dirigidas a determinado acontecimento, até que se sustem as
condicionantes que representem risco à segurança da navegação. Indicadas
quando a causa determinante do acidente ou fato da navegação, ou mesmo deuma
consequente fatalidade, foi fruto de violações conscientes a leis, normas,
regulamentos, procedimentos em vigor ou do não atendimento de requisitos e
especificações nelas previstas. Note que um acidente ou fato da navegação pode
indicar mais de uma das alternativas citadas e que as ações devem ser
exequíveis e estar sob o controle da CP, DL ou AG, ou seja, sob sua competência e
jurisdição.
4. Emprego de Medidas Preventivas
5. Controle da Eficácia
Consiste em verificar os resultados das medidas preventivas empregadas.
Caso se perceba a ineficácia de alguma delas, deve-se retornar à etapa de
formulação.
As Capitanias, Delegacias e Agências devem utilizar o ciclo da prevenção em
suas jurisdições, de forma a estimular e coordenar os esforços de toda
comunidade aquaviária na prevenção de acidentes e fatos da navegação.
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- 127 -
ANEXOS DA
NORTEC-09/DPC
_
Cartilha de Inquérito Administrativo sobre Acidentese Fatos da
Navegação (IAFN) da Diretoria de Portos e Costas(DPC)
SUMÁRIO
ANEXOS
Páginas
1-A - MODELO DE MENSAGEM DE INSTAURAÇÃO DO IAFN 1-A-1
1-B - PORTARIA PARA INSTAURAÇÃO DO IAFN E DESIGNAÇÃO DE 1-B-1
ENCARREGADO, PERITOS E ESCRIVÃO
PREFERENCIAL
P-
DE: CP/DL
PARA: COMDN
INFO: PRTCOS TRIBAR PROCTM
(1) - No caso de abalroamento com outra embarcação, repetir na mensagem a indicação das
características desta outra, acompanhando a formatação da primeira, no que for pertinente.
Todas as informações não disponíveis no momento da instauração devem ser informadas
como “A SER APURADO”.
(2) - Não preceder ao nome as abreviaturas de NM, NT, Rb ou outros, bem como somente
utilizar a informação de nacionalidade com o nome do País.
- 1-A-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-A
- 1-A-2 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-A
(4) - Propulsão:
Motor, Vela, Mista (vela e motor), Remo ou Sem Propulsão.
(5) - Atividades ou Serviços:
Passageiro e Carga;
Passageiro;
Carga;
Rebocador/empurrador;
Pesca;
Esporte e Recreio;
Outra atividade ou serviço; e
Sem atividade definida.
OBS: Se a embarcação não for inscrita, deve ser lançada como “sem atividade definida”.
Posteriormente, os Peritos verificarão a atividade ou serviço que está sendo empregada
esta embarcação.
(6) - Embarcações não inscritas devem ser preenchidas como "NÃO INSCRITA".
- 1-A-3 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-A
leme é movimentado, que ponha em risco a embarcação, as vidas e fazendas de bordo;
A008 - RUPTURA DE CABOS
Acidente devido à ruptura de cabos de amarração ou de reboque que ponha
em risco a embarcação, as vidas e fazendas de bordo;
A009 - AVARIA NA CARGA
É a deterioração da carga, provocada por ação física ou química, decorrente
de deficiência em seu manuseio, arrumação, condicionamento e operação;
A010 - AVARIA OU DETERIORAÇÃO DAS MERCADORIAS DAS CÂMARAS
É a avaria ou deterioração de carga frigorificada, provocada por deficiência
de refrigeração, manuseio, condicionamento ou peiação;
A011 - AVARIAS NO CASCO
É a deterioração por deformação excessiva ou ruptura de partes da estrutura
resistente do casco e seus reforços que ponha em risco a embarcação, as vidas e fazendas
de bordo;
A012 - COLISÃO
Choque mecânico da embarcação e/ou seus apêndices e acessórios, contra
qualquer objeto que não seja outra embarcação ou, ainda, contra pessoa (banhista,
mergulhador). Assim, haverá colisão se a embarcação se chocar com um corpo fixo ou
flutuante insusceptível de navegar ou manobrar, tal como: recife, cais, casco soçobrado,
boia, cabo submarino etc. Caso seja conhecido, no momento da instauração do IAFN, o
objeto contra o qual a embarcação colidiu, deve ser citado na mensagem (ex.: colisão com
pedra, colisão com tronco submerso, colisão com rede de transmissão elétrica; colisão com
pessoa, colisão com cais etc.);
A013 - EMBORCAMENTO
Emborcamento é a virada total da embarcação que se põe a flutuar com o
fundo fora da água, por perda de estabilidade inicial ou adernamento;
A014 - ENCALHE
Contato das obras vivas da embarcação com o fundo, provocando
resistências externas que dificultam ou impedem a movimentação da embarcação;
A015 - EXPLOSÃO
Combustão brusca provocando a deflagração de ondas de pressão de
grande intensidade;
A016 - INCÊNDIO
Destruição provocada pela ação do fogo por: combustão dos materiais de
bordo, ou sobre as águas, em decorrência de derramamento de combustível ou inflamável,
curto-circuito elétrico, guarda ou manuseio incorretos de material inflamável ou explosivo;
A017 - NAUFRÁGIO
Afundamento total ou parcial da embarcação por perda de flutuabilidade,
decorrente de embarque de água em seus espaços internos devido a adernamento,
emborcamento ou alagamento;
A018 - VARAÇÃO
Ato deliberado de fazer encalhar ou pôr em seco a embarcação, para evitar
que evento mais danoso sobrevenha;
A019 - QUEDA DE CARGA E/OU EQUIPAMENTO N’ÁGUA
Somente quando a queda não for motivada, a princípio, por qualquer dos
demais acidentes ou fatos listados.
A020 - ALIJAMENTO
É o ato deliberado de lançar n’água, no todo ou em parte, carga ou outros
bens existentes a bordo, com a finalidade de salvar a embarcação, parte da carga ou
outros bens;
A021 - ACIDENTE COM BALEEIRA
É qualquer tipo de acidente envolvendo baleeira, com ou sem vítima.
- 1-A-4 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-A
- 1-A-5 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-A
motivo apenas de inquérito policial por autoridade competente;
F013 - MÁ ESTIVAÇÃO DA CARGA
Má peação, colocação em local inadequado ou a má arrumação no porão,
no convés ou mesmo no interior do container, quer no granel, quer na carga geral, sem
observar, ainda, a adequabilidade da embalagem, pondo em risco a estabilidade do navio,
a integridade da própria carga e das pessoas de bordo.
F014 - MAU APARELHAMENTO DA EMBARCAÇÃO
A falta ou a impropriedade de aparelhos, equipamentos, peças
sobressalentes, acessórios e materiais, quando em desacordo com o projeto aprovado, as
exigências da boa técnica marinheira e demais normas e padrões técnicos recomendados;
F015 - RECUSA INJUSTIFICADA DE SOCORRO A EMBARCAÇÃO EM PERIGO
Somente quando a recusa for o próprio fato a ser apurado como no caso de
recusa injustificada de socorro por embarcação de bandeira brasileira a embarcação
estrangeira fora da AJB. Caso contrário, havendo acidente ou fato a ser apurado, a
recusa injustificada será apurada no mesmo IAFN;
F016 - EXPOR A RISCO
Expor a risco a incolumidade/segurança da embarcação ou a vida;
F017 - QUEDA DE PESSOA A BORDO
Somente quando a queda não for motivada, a princípio, por qualquer dos
demais acidentes ou fatos listados;
F018 - QUEDA DE VEÍCULO NA ÁGUA
Somente quando a queda não for motivada, a princípio, por qualquer dos
demais acidentes ou fatos listados;
F019 - QUEDA DE PESSOA NA ÁGUA
Somente quando a queda não for motivada, a princípio, por qualquer dos
demais acidentes ou fatos listados;
F020 - AVARIA EM REDES SUBMARINAS
Somente quando houver indício de ter sido causada por embarcação;
F021 - MORTE DE PESSOA
Somente quando a morte não for motivada, a princípio, por qualquer dos
demais acidentes ou fatos listados, tais como queda na água, acidente com estivador,
acidente de mergulho etc. (ex. morte por parada cardíaca).
F022 - DESAPARECIMENTO DE PESSOA
Somente quando o desaparecimento não for motivado, a princípio, por
qualquer dos demais acidentes ou fatos listados.
F023 - ATO DE PIRATARIA / ASSALTO / FURTO / ROUBO
ATO DE PIRATARIA - Constituem pirataria quaisquer dos seguintes atos:
a) Todo ato ilícito de violência ou de detenção ou todo ato de depredação
cometidos para fins privados, pela tripulação ou pelos passageiros de um navio ou de
uma aeronave privados e dirigidos contra:
I - um navio ou uma aeronave, em alto mar, ou pessoas ou bens a bordo dos
mesmos;
II - um navio ou uma aeronave, pessoas ou bens em lugar não submetido
à jurisdição de algum Estado;
b) Todo ato de participação voluntária na utilização de um navio ou de uma
aeronave, quando aquele que o pratica tenha conhecimento de fatos que deem a esse
navio ou a essa aeronave o caráter de navio ou aeronave pirata; e
c) Toda ação que tenha por fim incitar ou ajudar intencionalmente a cometer
um dos atos enunciados nas alíneas a ou b.
ASSALTO - Ataque ou acometimento inopinado, ou traiçoeiro, contra pessoa,
ou penetração violenta em habitação ou propriedade alheia, ordinariamente à mão armada,
com o objetivo de um roubo.
FURTO - É a subtração ilícita de coisa móvel, sem violência contra a pessoa,
- 1-A-6 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-A
sem o consentimento do dono, para si ou para terceiro.
FURTO QUALIFICADO - É o efetuado com destruição ou rompimento do
obstáculo à subtração da coisa; com abuso de confiança ou mediante fraude, escalada
ou destreza; com emprego de chave falsa, mediante concurso de duas ou mais pessoas.
(Art. 155, § 4o do Código Penal).
ROUBO - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante
grave ameaça ou violência à pessoa ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência. Podemos resumir dizendo que roubo é o furto em que há
violência contra a pessoa.
O campo deve ser preenchido com a natureza do fato a ser apurado;
F024 - DERIVA DA EMBARCAÇÃO
Somente quando a deriva não for motivada, a princípio, por qualquer dos
demais acidentes ou fatos listados;
F025 - FUNDEAR EM LOCAL PROIBIDO QUE POSSA PROVOCAR DANOS
Somente quando representar risco para a embarcação, vidas ou fazendas de
bordo;
F026 - BARATARIA, REBELDIA OU MOTIM
É todo e qualquer ato, por sua natureza ilícita, praticado pelo Comandante,
no exercício de sua função, ou pela tripulação, ou por um e outra conjuntamente, do qual
aconteça dano grave ao navio ou a sua carga, em oposição à presumida vontade legal do
armador;
F027 - ABANDONO
É o ato ou efeito de abandonar a embarcação, pela impossibilidade das
pessoas se manterem a bordo em segurança, em virtude de perigo real ou iminente.
Somente deve ser enquadrado nesta natureza quando o abandono não for motivado, a
princípio, por qualquer dos demais acidentes ou fatos listados;
F028 - DESAPARECIMENTO DE EMBARCAÇÃO
Somente quando desaparecida em viagem, sendo assim considerada ao
encerramento das buscas.
F029 - PRESENÇA DE CLANDESTINO A BORDO
Deverá necessariamente ser instaurado IAFN quando detectada a presença
de clandestino a bordo. No curso do IAFN deverá ser apurado se houve exposição a risco,
da própria embarcação, das vidas e fazendas de bordo, capitulado no artigo 15, alínea e, da
Lei no 2.180/54 e se houve participação culposa da tripulação.
Quando ficar caracterizada a prática de ilícito penal envolvendo a presença
do clandestino a bordo, tipificado, por exemplo, como maus tratos (Art. 136 do Código
Penal) ou atentado contra a segurança de transporte marítimo (Art.261 do Código Penal), o
evento deverá ser caracterizado como fato da navegação capitulado na alínea f do Art. 15
da Lei no 2.180/1954.
F030 – ACIDENTE COM PESSOAS EM ESPAÇOS CONFINADOS
Espaço confinado, conforme definido na Resolução A.864(20) da
Organização Marítima Internacional (IMO), significa um espaço que possui uma das
seguintes características: possui meios limitados de entrada e saída; possui ventilação
inadequada; não foi projetado para ocupação humana continua; ou pode ter sido
contaminado por substância perigosa anteriormente. Os espaços confinados incluem
espaços de carga, duplos fundos, tanques de combustíveis, tanques de lastro, tanques de
esgoto, compartimentos de bombas, compartimentos de compressores, cofferdans,
espaços vazios, receptores de ar dos motores, fornos de caldeiras, cilindros de vapor das
caldeiras, espaços não ventilados para armazenamento de ferramentas e/ou suprimentos,
e espaços conectados adjacentes. Estes espaços conectados adjacentes são espaços não
ventilados que normalmente não são usados para carga, mas que podem partilhar as
mesmas características da atmosfera com o espaço de carga.
- 1-A-7 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-A
(12) - Latitude e Longitude e nome do Rio, Baía, Lagoa etc., com milhagem (ex: .............S-
..........W - Rio Solimões – 20 milhas náuticas a montante de Coari) ou, quando em Mar
Aberto, Latitude e Longitude com distância de Terra (ex: .............S-..........W – 12 milhas de
Cabo Frio - RJ). Em ambos os casos a informação da Latitude e Longitude é obrigatória.
EXEMPLO 1 - ABALROAMENTO
PREFERENCIAL
P-
DE: CFAREM
PARA: QRTDIS
INQUÉRITO Nº 03/2016
EXEMPLO 2 - COLISÃO
PREFERENCIAL
P-
DE: CPNAUS
PARA: NOVDIS
INFO: TRIBAR/PRTCOS/PROCTM
GRNC
BT
INQUÉRITO BIPT
- 1-A-9 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-B
MARINHA DO BRASIL
(NOME DA OM)
Gr. Indicador
- 1-B-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-C
TERMO DE AUTUAÇÃO
Assinatura do Escrivão
Nome
Posto/Grad.
- 1-C-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
- 1-D-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
A002 - ADERNAMENTO
É a inclinação para um dos bordos, assumida pela embarcação em
decorrência de distribuição de pesos ou perda de estabilidade inicial. O Encarregado do
Inquérito e os peritos devem verificar:
1) defeito de construção e/ou projeto;
2) má estivação da carga, particularmente carga no convés (peso alto);
3) deslizamento da carga para um dos bordos, por rompimento de peias,
má amarração ou a falta destas;
4) manobra errada de líquidos;
5) anteparas de tanques de combustíveis com rachadura ou furos,
acarretando alagamento de compartimentos contíguos e afetando a estabilidade. Verificar o
contido em A003;
6) superfície livre em tanques ou porões que, combinados com o estado
do mar, possa provocar o adernamento ou emborcamento da embarcação;
7) excesso de pessoas ou carga a bordo;
8) sistema de controle de válvulas dos tanques; e
9) dados do VOYAGE DATA RECORDER (VDR), se houver.
- 1-D-2 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
A004 - ALAGAMENTO
Verificar a orientação de A003, no que couber.
A005 - ARRIBADA
É o ato deliberado de fazer entrar a embarcação num porto ou lugar não
previsto para a prevista travessia, isto é, que não seja o porto ou local de escala
programada ou de destino. O Encarregado do Inquérito e os peritos devem verificar:
1) a necessidade que a impôs e as despesas decorrentes;
2) o maior número possível de dados técnicos e numéricos, quando se
tratar de embarcações estrangeiras de pesca ou de pesquisa, tais como: características da
embarcação; capacidade de aguada víveres e combustível; capacidade de produção de
água; consumo diário de água; de víveres e de combustível; número de pessoas a bordo;
quantidade de água; de combustível e de víveres existentes a bordo por ocasião do último
abastecimento e da arribada; bem como onde foi efetuado;
3) se a embarcação executava faina escoteira ou com outras da mesma
nacionalidade e armação;
4) se houve mau tempo não suportável pela embarcação;
5) se foi realizada para atender interesses particulares do Comandante
ou tripulação;
6) se houve treinamento inadequado da tripulação;
7) se houve falta de habilitação para desempenhar funções;
8) se houve acidente com a carga, navio ou suas máquinas, equipamentos
que impossibilitassem o prosseguimento da viagem;
9) se foram lançados no Diário de Navegação, a Ata de Deliberação e o
Protesto Marítimo;
10) se foram tomadas providências para colocar, de imediato, a
embarcação em condições de prosseguir viagem normal; e
11) se o acidente se enquadra naqueles dispensados de IAFN pela
NORMAM-09/DPC.
12) as arribadas a portos nacionais de embarcações de pesca
estrangeiras não autorizadas a operar em AJB, são consideradas não justificadas, tornando
obrigatória a instauração de IAFN, conforme previsto no artigo 0107 b) 1) da NORMAM-
09/DPC. Informações complementares também poderão ser observadas nas NORMAM-
07/DPC e NORMAM-08/DPC.
- 1-D-3 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
- 1-D-4 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
- 1-D-5 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
A012 - COLISÃO
Choque mecânico da embarcação e/ou seus apêndices e acessórios,
contra qualquer objeto que não seja outra embarcação ou, ainda, contra pessoa (banhista,
mergulhador). Assim, haverá colisão se a embarcação se chocar com um corpo fixo ou
flutuante insusceptível de navegar ou manobrar, tal como: recife, cais, casco soçobrado,
boia, cabo submarino etc. O Encarregado do Inquérito e os peritos devem verificar:
1) condições de visibilidade;
2) velocidade e direção do vento e da corrente;
3) maré e estado do mar na ocasião da manobra;
4) ouvir sempre o Comandante, pessoal de serviço na hora, bem como
Prático e Mestre dos rebocadores, caso empregados na manobra;
- 1-D-6 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
A013 - EMBORCAMENTO
Emborcamento é a virada total da embarcação que se põe a flutuar com o
fundo fora da água, por perda de estabilidade inicial ou adernamento. O Encarregado do
Inquérito e os Peritos devem verificar:
1) defeito de construção;
2) má estivação da carga, particularmente carga no convés (peso alto);
3) deslizamento da carga para um dos bordos, por rompimento de peias,
má amarração ou a falta destas;
4) manobra errada de líquidos;
5) anteparas de tanques de combustíveis com rachadura ou furos,
acarretando alagamento de compartimentos contíguos e afetando a estabilidade;
- 1-D-7 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
A014 - ENCALHE
Contato das chamadas obras vivas da embarcação com o fundo,
provocando resistências externas que dificultam ou impedem a movimentação da
embarcação. O Encarregado do Inquérito e os Peritos devem verificar:
1) condições em que ocorreu;
2) as profundidades da área do acidente;
3) posição exata da embarcação, por marcações e alinhamento de
pontos fixos, pelo GPS (receptor do sistema global de navegação por satélites) e radar;
4) calados a vante e a ré;
5) croqui, localizando o ponto de contato com o fundo;
6) natureza do fundo;
7) estado do mar, do tempo e da visibilidade, situação, direção e
velocidade da correnteza, ventos e condições de maré;
8) indicação do barômetro, termômetro e psicrômetro;
9) sondagem antes e após o encalhe; diagrama do ecobatímetro
(Ecograma);
10) indicações do odômetro;
11) diários dos cronômetros;
12) exame da navegação astronômica, estimada, costeira, eletrônica e de
praticagem;
13) rumos verdadeiros, rumos das agulhas giroscópica e magnética,
padrão e governo, diagrama do registrador de rumos, certificado de compensação das
agulhas padrão e de governo, livro de registro de azimute, incluindo, pelo menos, os das
vinte e quatro (24) horas anteriores ao evento;
14) Carta Náutica pela qual se fazia a navegação, mantido o traçado da
derrota original, sem alteração após o encalhe;
15) na aproximação de águas rasas, a inobservância da ultrapassagem
de determinada isóbata adequada ao calado da embarcação;
16) resultado das manobras para o desencalhe;
17) em caso de cerração, descrição das providências acerca de: redução
da marcha; velocidade; e rumo em que navegava, etc.;
18) sinais sonoros emitidos por estações terrestres, barcas faróis e outras
embarcações;
19) sinais de bandeiras, semafóricos, telegráficos, luminosos e detonantes;
20) se houve falha no aparelho de fundeio, nos equipamentos de
navegação e comunicação, nos dispositivos de sinalização sonora;
21) se houve falha no fornecimento pelo Encarregado da Navegação, de
instrumentos, cartas ou publicações náuticas;
22) se houve falha em obter a posição do navio e em determinar o rumo;
23) se houve impropriedade de vigilância ou cuidados;
24) se houve operação incorreta de máquinas, equipamentos de
navegação, comunicação e aparelhos de fundeio e de governo;
25) socorros prestados por outras embarcações, rebocadores e por
estação de salvamento da costa;
- 1-D-8 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
A015 - EXPLOSÃO
É a combustão brusca, provocando a deflagração de ondas de pressão de
grande intensidade. O Encarregado do Inquérito e os peritos devem verificar:
1) em equipamentos sob pressão, verificar se os indicadores e válvulas de
segurança funcionavam normalmente e de acordo com as instruções dos fabricantes e
sociedades classificadoras;
2) em equipamentos elétricos e eletrônicos, verificar o componente do
sistema que apresentou falha;
3) se houve falha na operação ou na manutenção;
4) em navios-tanque, verificar se o sistema de gás inerte funcionava
normalmente;
5) em navios transportadores de cargas perigosas, verificar se havia
segregação regulamentar de cargas incompatíveis;
6) se houve estivagem de carga perigosa em local impróprio;
7) se houve vazamento de combustível em tanques e equipamentos;
8) se houve vazamento de gás explosivo;
9) se houve defeito de isolamento nas instalações;
10) em navios graneleiros, se houve formação de gases provenientes de
carga;
11) se houve formação de gases em tanque de óleo vegetal;
12) se houve faina sem equipamentos de segurança em locais
fechados
sujeitos a acúmulo de gases;
- 1-D-9 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
A016 - INCÊNDIO
É a destruição provocada pela ação do fogo por combustão dos materiais
de bordo, ou sobre as águas, em decorrência de derramamento de combustível ou
inflamável, curto-circuito elétrico, guarda ou manuseio incorretos de material inflamável ou
explosivo;
Trata-se de um dos tipos de acidentes cuja causa é das mais difíceis de
ser identificada. O Encarregado do Inquérito e os peritos devem verificar:
1) local onde irrompeu o fogo ou se deu a explosão;
2) providências adotadas para a extinção do incêndio ou, em caso de
explosão, para minimizar o seu efeito;
3) instalações ou aparelhos preventivos ou de combate a incêndio
existentes a bordo, seu estado de conservação e operatividade;
4) adestramento da tripulação, conforme normas em vigor;
5) conduta da tripulação durante a emergência e se esta era
adequadamente treinada;
6) causa do incêndio ou explosão;
7) natureza do material que inflamou ou explodiu;
8) condições de estivagem do material e precauções apropriadas ao seu
Manuseio;
9) licença para o transporte de carga perigosa e carga no convés,
informando se a carga era passível de combustão espontânea, mencionando, neste caso, as
condições de tempo, por ocasião do embarque, e o controle de umidade. E se havia
segregação regulamentar de cargas incompatíveis, se houve estivagem incorreta;
10) quantidade de carga avariada, espécie e valor, se estava segurada,
indicando a seguradora e valor do seguro, juntar cópia da apólice de seguro;
11) estado da instalação elétrica, se algum componente apresentou falha;
12) se nos motores e máquinas, os indicadores de temperatura
funcionavam normalmente, verificando se algum componente apresentou defeito;
13) se houve operação incorreta da tripulação e inclusive dos
equipamentos de combate a incêndio;
14) se houve vazamento de combustível em tanques e equipamentos;
15) se houve vazamento de gás inflamável;
16) se houve defeito de isolamento nas instalações;
17) se houve falha de projeto ou construção na classificação de anteparas
e dispositivo de fechamento à prova de fogo;
18) se houve falha na operação do sistema de gás de cozinha;
19) se houve impropriedade no uso das garrafas de oxigênio e acetileno,
em faina de corte e solda;
- 1-D-10 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
A017 - NAUFRÁGIO
Afundamento total ou parcial da embarcação por falta de flutuabilidade,
decorrente de embarque de água em seus espaços internos: devido a adernamento,
emborcamento ou alagamento.
O naufrágio, normalmente é consequência de um outro acidente tal como
água aberta, colisão, emborcamento, etc. No levantamento de dados a respeito da
sequência dos acontecimentos, devem ser consultadas as orientações para os eventos que
precederam o naufrágio. É importante definir o evento inicial (a primeira ocorrência
indesejável da sequência de acontecimentos), para que seja apurada a causa do naufrágio.
Por exemplo, na colisão com objeto submerso com posterior água aberta, seguindo-se da
perda da embarcação, a causa do naufrágio será a causa da colisão. Nesse caso, devem
ser observadas também as orientações contidas em A012 e A003, a fim que seja realizada
correta apuração. O Encarregado do Inquérito e os peritos devem verificar:
1) condições em que ocorreu;
2) posição exata da embarcação por distâncias, marcações e alinhamentos
de pontos fixos, pelo radiogoniômetro, radar, ômega, quintante, sextante, alidade, ou
qualquer instrumento de posicionamento resultante em coordenadas;
3) profundidade, sondagens e tipo de fundo;
4) croqui da derrota, demonstrando a dinâmica do acidente;
5) estado do mar, do tempo e da visibilidade; situação, direção e velocidade
dos ventos, da correnteza e condições da maré;
6) indicações do barômetro, termômetro e psicrômetro;
7) diagrama do ecobatímetro (Ecograma);
8) registrador de rumos;
9) indicações do odômetro;
10) diários dos cronômetros;
11) se houve falha no equipamento de navegação ou comunicação;
12) se houve falha nas máquinas principais, auxiliares e do leme;
13) se houve falha no funcionamento do aparelho de fundeio;
14) exame da navegação astronômica, estimada, costeira, eletrônica e de
praticagem;
- 1-D-11 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
15) rumos verdadeiros, rumos das agulhas giroscópica e magnética,
padrão e governo;
16) Carta Náutica pela qual se fazia a navegação, mantido o
traçado da
derrota original, sem alteração após naufrágio;
17) se a tripulação era adequadamente treinada;
18) resultado útil das tentativas de resgate;
19) se houve falha no bombeamento das dalas;
20) funcionamento dos faróis e balizamento (croqui do posicionamento das
boias, caso o naufrágio seja em canal);
21) socorros prestados;
22) acidentes pessoais;
23) se a carga estava devidamente peada e se houve ruptura do material
de peiação e deslocamento da carga;
24) se houve estivagem imprópria ou carregamento impróprio e/ ou sobre-
carga;
25) nos casos de naufrágio provocado por emborcamento, em que haja
indício de falta de estabilidade por deficiência de projeto, construção, modificações
estruturais, condução ou situações técnicas mais complicadas, poderão ser
encaminhadas cópias de planos à Diretoria de Portos e Costas, que permitam a elaboração
de um parecer técnico e, se necessário, a recomendação de novas diligências;
26) se a embarcação naufragada estava segurada, em qual seguradora e o
valor do seguro, bem como cópia da respectiva apólice; e
27) preencher a FICHA REGISTRO DE NAUFRÁGIO.
A018 - VARAÇÃO
É o ato deliberado de fazer a embarcação encalhar ou pôr em seco a
embarcação, para evitar que evento mais danoso sobrevenha. O Encarregado do Inquérito
e os peritos devem verificar:
1) apurar o motivo que levou à varação e se havia a real necessidade
para realizá-la;
2) se houve avaria ou perda de carga em consequência da varação;
3) se a embarcação e a carga estavam seguradas, verificando;
principalmente, o nome da Seguradora, juntando aos autos cópia da respectiva apólice;
4) verificar se a embarcação é associada a P & I CLUB (Protection and
Indemnity Club), bem como se essa entidade dá cobertura para remoção de casco
soçobrado (WRECK REMOVAL); juntando aos autos o documento respectivo;
5) se houve treinamento inadequado da tripulação;
6) se houve falta de habilitação para desempenhar funções;
7) se a embarcação estava segurada, juntar cópia da Apólice de Seguros;
8) o contido em A014, no que couber; e
9) preencher a FICHA REGISTRO DE VARAÇÃO.
A020 - ALIJAMENTO
É o ato deliberado de lançar n’água, no todo ou em parte, carga ou outros
bens existentes a bordo com a finalidade de salvar a embarcação ou parte da carga ou de
outros bens. O Encarregado do Inquérito e os peritos devem verificar:
1) verificar a real necessidade do alijamento motivo que o determinou;
2) se foi alijada apenas a quantidade de carga ou bens necessárias(os);
3) se a carga alijada estava devidamente manifestada;
4) precisar o local de alijamento determinando possíveis perigos à
- 1-D-12 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
navegação;
5) verificar ser foram tomados todos os cuidados e precauções
necessárias, quando se tratar de alijamento de carga perigosas;
6) se a embarcação e a carga estavam seguradas;
7) se foi feito o Protesto Marítimo;
8) estado do mar e do tempo, situação, direção e velocidade da
correnteza, ventos e condições de maré; e
9) indicação do barômetro, termômetro e psicrômetro.
A021 – ACIDENTE COM BALEEIRA
Qualquer tipo de acidente envolvendo baleeira, com ou sem vítima. O
Encarregado do Inquérito e os peritos devem verificar:
1) Bandeira e nome da embarcação a qual pertencia a baleeira
acidentada;
2) Qual o fabricante, modelo, capacidade de pessoas a bordo,
autoridade que emitiu o certificado de homologação e número do certificado da baleeira;
3) Qual o fabricante, modelo, autoridade que emitiu o certificado de
homologação e número do certificado do equipamento de liberação e travamento da
baleeira instalada no navio/ plataforma descrito no Manual de Treinamento?
4) Condições ambientais locais no momento do acidente, com destaque
para estado do mar e ventos;
5) Estado de conservação da baleeira acidentada e de sua palamenta
(comparar com outras baleeiras semelhantes existentes a bordo);
6) Se a baleeira possuía instalado algum equipamento de prevenção
contra quedas (“fall preventer devices” – FPD) e, nesse caso, se eram seguidas as
orientações constantes no parágrafo 3 da Circular nº 1327 de 11 de Junho de 2009 da
Organização Marítima Internacional (OMI) que diz que nos casos de existirem, esses
equipamentos deverão estar apropriadamente instalados antes do início de qualquer
exercício, teste, inspeção ou manutenção quando pessoas estão a bordo da baleeira?
7) Se durante a faina de lançamento/ içamento da baleeira havia pessoal
operando cabos de apoio conectados na proa e popa da mesma que atenuassem o seu
balanço provocado pela ação das condições de vento;
8) Se havia a bordo do navio/ plataforma, um manual para o treinamento
da tripulação conforme previsto no Capítulo III, Seção V, Regra 35, da Convenção
Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS), no idioma de
domínio da tripulação, incluindo o uso de baleeiras, com diagramas e fotos da operação
do equipamento de liberação e travamento da baleeira, para as fainas de arriamento e
içamento;
9) Se as instruções de operação do equipamento de liberação e
travamento das baleeiras estão descritas claramente passo-a-passo, particularmente sobre
o posicionamento da baleeira quando do seu recolhimento;
10) Se as inspeções e verificações do equipamento de liberação e
travamento das baleeiras de bordo são conduzidas por pessoal devidamente qualificado
para tal e na periodicidade descrita no Capítulo III, Seção I, Regra 20 da Convenção
SOLAS (inspeções semanais e mensais);
11) Se o armador estabeleceu procedimentos para assegurar que o navio/
plataforma é mantido (a) em conformidade com as disposições das normas e regras
relevantes e com quaisquer exigências adicionais que podem ser estabelecidos pelo
próprio armador, assegurando que: as inspeções sejam efetuadas em intervalos
apropriados; qualquer não-conformidade seja relatada, com sua possível causa (se
conhecida); ações corretivas apropriadas sejam tomadas; e que registros dessas
atividades sejam mantidos, conforme disposto no Código Internacional de Gerenciamento
de Segurança (Código ISM) Art. 10;
- 1-D-13 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
- 1-D-14 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
4) O programa de manutenção, caso haja, especifica como é feita a
inspeção, revisão e lubrificação dos vários componentes da escada de portaló?
5) Como é feita a manutenção da escada de portaló (atenção porque em
alguns casos observou-se que essa manutenção de escadas era limitada a retirada de
ferrugem e pintura)?
6) Existem a bordo informações técnicas que permitem a realização da
manutenção das escadas de portaló?
7) Qual foi a última vez em que o patim superior da escada de portaló foi
desmontado e revisado? existe uma rotina para essa faina?
8) O navio estava tripulado e equipado de acordo com as
regulamentações existentes para o seu tipo e para o comércio para o qual foi contratado?
9) O navio possui um sistema de gestão de segurança e procedimentos de
auditoria interna em conformidade com o ISM Code, onde são identificadas as não-
conformidades e registrados os procedimentos de ação corretiva iniciados e executados?
10) O navio possui um certificado de Gestão da Segurança? quem o emitiu?
qual a data?
11) Qual o peso máximo suportado pela escada de portaló de acordo com o
seu manual do fabricante?
12) Havia alguma rede de proteção contra quedas instalada abaixo da
escada de portaló?
13) A escada possuía corrimão ou outro meio de apoio para o pessoal
que ajudasse a manter o equilíbrio?
14) A Sociedade Classificadora do navio inspecionou a escada de portaló
acidentada? quando?
F001 - ALTERAÇÃO OU DESVIO DA ROTA
É o fato da navegação que se caracteriza quando é realizada a supressão
ou inclusão voluntária de porto na escala, que não constava no despacho da embarcação,
para atendimento de interesses comerciais ou particulares do Armador, do Comandante ou
da Tripulação, sem que tenha havido a ocorrência de caso fortuito ou força maior. Para
melhor distinção entre arribada e alteração da rota, tem-se que a primeira é, geralmente,
forçada por uma necessidade; e a segunda é um ato voluntário. O Encarregado do Inquérito
e os peritos devem verificar:
1) se houve alteração para atender interesses particulares do
Comandante ou tripulação; e
2) se houve o desvio para atender interesses comerciais do Armador e se
tal fato foi comunicado às autoridades competentes.
- 1-D-15 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
- 1-D-16 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
- 1-D-17 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
- 1-D-18 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
- tubulações;
- hélices; e
- explosões ou demolições nas proximidades.
5) Perfil do Mergulho:
- história dos mergulhos recentes;
- história do mergulho em questão;
- profundidade e duração;
- presença de acompanhante no mergulho (parceiro);
- velocidade de subida;
- paradas na subida e incidentes;
- ocorrências pré-mergulho;
- ingestão de alimentos, álcool ou medicamentos;
- uso de drogas;
- comportamento pré-mergulho; e
- ocorrências na recuperação-resgate, ressuscitação e tratamento ou
recompressão.
6) Equipamento de Mergulho:
- roupas e luvas;
- capacete;
- válvulas dos “lungs” (tanques de ar);
- cinto de lastro;
- os tanques de ar (“garrafas”);
- misturas de gases e fluxo;
- qualidade do gás;
- máscaras;
- colete flutuador;
- profundímetro; e
- “linha de vida” (liga o mergulhador à superfície).
7) Cronologia:
- estabelecer a ordem precisa dos eventos.
F011 - IMPROPRIEDADE DA EMBARCAÇÃO PARA O FIM EM QUE É
UTILIZADA
Utilização da embarcação em desacordo com sua destinação, área de
navegação ou atividade estabelecida em seu Título de Inscrição. O Encarregado do
Inquérito e os Peritos devem verificar:
1) se a embarcação está de acordo com os critérios de classificação
previstos na regulamentação da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (LESTA); e
2) se a embarcação possuir mais de um sistema de propulsão, verificar
qual o que era utilizado no momento da ocorrência.
- 1-D-19 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
Mercadorias Ilegais;
3) se as mercadorias existentes a bordo estavam devidamente manifestadas
e declaradas;
4) quais os tripulantes envolvidos, direta ou indiretamente; e
5) se o Comandante teve participação ou conhecimento do transporte de
mercadorias ilegais.
- 1-D-20 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
3) se havia consumo de bebidas alcoólicas ou outras drogas capazes de
alterar as condições psicológicas das pessoas;
4) se por ocasião de fainas realizadas no convés ou próximo da borda, as
pessoas faziam uso de coletes salva-vidas e outras precauções de segurança;
5) no caso de Prático, se as escadas utilizadas pelo mesmo estavam de
acordo com as regras da Convenção Internacional para Salvaguarda da Vida Humana no
Mar;
6) se havia a bordo equipamentos de salvamento adequados ao tipo de
navegação empreendida e em número suficiente para a lotação autorizada pela autoridade
competente;
7) se os equipamentos de salvatagem estavam dentro do prazo de validade
e eram homologados pela DPC;
8) se foram empreendidas tentativas de resgatar a pessoa; e
9) se foram cumpridas as Normas Regulamentadoras do Ministério do
Trabalho e do Emprego (NR-MTE), caso pertinentes.
- 1-D-21 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
grave ameaça ou violência à pessoa ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência. Podemos resumir dizendo que roubo é o furto em que há
violência contra a pessoa.
A prática de assalto, furto, homicídio doloso de autoria conhecida ou
desconhecida, exercida em portos e/ou águas territoriais de um Estado, constituem crimes
previstos no Código Penal e, como tal, passível de apuração em inquérito policial pela
autoridade competente conforme consta na Instrução Normativa n o 2 de 05/08/99,
do
Departamento de Polícia Federal que disciplina a Organização e Funcionamento das
Atividades dos Núcleos Especiais da Policia Marítima (NEPOM).
Ocorrido um desses eventos, bem como o da utilização de pequenas
embarcações em assaltos (e outros) a navios, tem-se a configuração do Fato da Navegação
preceituado, respectivamente, no Art. 15, alíneas e e f da Lei no 2180/54, cabendo a
instauração de IAFN, a fim de perquirir os depoentes quanto à participação dos tripulantes
de bordo ou, ainda, ações culposas por deficiência de vigilância.
F027 - ABANDONO
É o ato ou efeito de abandonar a embarcação, pela impossibilidade das
pessoas se manterem a bordo em segurança, em virtude de perigo real ou iminente. O
Encarregado do Inquérito e os peritos devem verificar:
1) coordenadas do ponto em que a embarcação foi abandonada;
2) avaria ou motivo que impôs o abandono;
3) se o abandono foi realizado com o material de salvatagem de bordo ou
através de outras embarcações;
4) medidas postas em prática para a tentativa do salvamento da embarcação
antes do abandono;
5) conduta do comandante da embarcação e sua tripulação;
6) local para onde for conduzida a tripulação;
7) se ficaram a bordo tripulantes suficientes para garantir a segurança da
navegação aquaviária;
8) se a embarcação permaneceu com as luzes regulamentares acesas; e
9) se havia procedimento previamente estabelecido.
- 1-D-22 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
4) condições ambientais; por meio de boletim; e
5) se as embarcações que trafegaram na área têm informações a respeito.
- 1-D-23 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
- 1-D-24 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
NORTEC-09/DPC
- 1-D-25 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
NORTEC-09/DPC
- 1-D-26 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-E
NORTEC-09/DPC
- 1-E-1 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-F
FICHA REGISTRO DE INCÊNDIO
LOCAL E DATA:
- 1-F-1 - NORTEC-09/DPC
REV 1
Mod 1
ANEXO 1-G
LOCAL E DATA:
- 1-G-1 - NORTEC-09/DPC
REV 1
Mod 1
ANEXO 1-G
OBS:
1) No item 4 do presente modelo, quando se tratar de comboio integrado, formado
por empurrador com balsas, considerar o comprimento, a AB e a TPB total do comboio;
2) No item 1, no caso de comboio de empurrador com balsas, preencher com nome do
empurrador e das balsas; e
3) Preencher uma para cada embarcação.
- 1-G-2 - NORTEC-09/DPC
REV 1
Mod 1
ANEXO 1-H
FICHA REGISTRO DE
(ENCALHE, NAUFRÁGIO, ÁGUA ABERTA, COLISÃO, VARAÇÃO)
- 1-H-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-H
15- Instalações de navegação: (equipamentos eletrônicos tais como radar, ecobatímetro
etc.); equipamentos manuais: alidade, estadímetro e o estado de conservação e de
funcionamento.
16- Equipamentos que influenciaram no acidente: (sistema do leme, telégrafo de
manobra, máquinas, etc.).
17- Ação objetiva exercida pela tripulação par a tentar evitar o acidente ( largou ferro, dar
máquinas atrás, emitir sinais para chamar a atenção etc.).
18- Prestação de ajuda à outra embarcação ou a membro de sua tripulação.
19- Tempo decorrido do primeiro contato até o instante do acidente (plotagem dos
contatos).
20- Estado das Agulhas (compensação)
Magnéticas - (ERRO)
Giroscópica - (ERRO)
21- Adestramento dos tripulantes
22- O acidente ocorreu em zona de praticagem?
a) Com Prático –
b) Sem Prático -
c) A Praticagem era obrigatória -
23- Situação das publicações utilizadas na navegação. (Estão em dia? E corretas? )
Cartas Náuticas
Listas de faróis
Roteiro
RIPEAM
Outras
Quadro de balizamento
Quadro das regras para evitar abalroamento no mar
Quadro de regra de socorro e navegação
24- Funcionamento do ecobatímetro
Tipo
Tem registro
Em que escala estava operando no momento do acidente?
25- Funcionamento do radar
Tipo
Estava operando no instante do acidente?
Escala
26- Carta náutica utilizada
Está correta?
Plotagem correta?
Marcação estão sendo plotadas?
27- Sistema de navegação utilizado (Mais de um, dizer quais)
28- Situação do ferro:
29 - OBSERVAÇÕES:
LOCAL E DATA:
- 1-H-2 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-I
NAVIO AVARIADO
Nome (º) (ou número).
Tipo (*) (passageiro, cargueiro, graneleiro, petroleiro, pesqueiro, etc. )
Comprimento entre perpendiculares (*) L =
Boca moldada (*) B =
Pontal Moldado (*) D =
Altura do Convés de Subdivisão =
Calado antes da avaria: meia-nau d = ( ou a avante e a ré)
Abalroado /Abalroador
LEGENDA:
AP - Perpendicular de Ré
FP - Perpendicular de Vante
L - Comprimento Entre Perpendiculares
D - Pontal Moldado
d - Calado antes da avaria (meia-nau)
X - Distância entre a Perpendicular de Ré e o centro da avaria
Z - Distância a partir da linha de Base até o ponto inferior da avaria
h - altura total da avaria
h1 - altura da avaria até o Convés das Anteparas (ou de Borda-Livre)
1 - comprimento da avaria
11 - comprimento da avaria até o Convés das Anteparas (ou de Borda-livre)
- 1-I-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-I
Bombordo ou Boreste?
Comprimento da avaria Largura da avaria
Área Altura da avaria
SEGUNDO NAVIO
(preencher no caso de abalroação entre dois navios)
Nome (º) (ou número)
Comprimento entre perpendiculares L =
Boca moldada B =
Pontal Moldado D=
Calado antes da avaria: meia-nau d = (ou a avante e a ré)
Abalroado / Abalroador
NOTAS
1. As Fichas Registros de Avaria devem ser preenchidas para embarcações de aço com
convés, empregadas em serviço oceânico, com comprimento igual ou superior a 25 metros.
2. O termo “NAVIO AVARIADO” se refere ao navio para o qual a presente ficha foi
preenchida.
3. É recomendável a apresentação de um croqui indicando a localização da avaria e das
anteparas transversais principais.
4. O Pontal D deve ser medido até o Convés das Anteparas para navios de passageiros e
até o Convés de Borda-Livre para as demais embarcações ( ou, se esses conveses não
estiverem especificados, até o mais elevado convés completo).
5. No caso de abalroação com outro navio, é recomendável a apresentação das fichas para
cada navio.
6. Todas as medidas devem ser fornecidas em metros.
7. Os dados marcados com um asterisco (*) são os mais importantes.
8. A apresentação dos dados assinalados com (º) é opcional.
DADOS ADICIONAIS
(a serem fornecidos, se disponíveis)
3. Ângulo de encontro.
Caso afirmativo, indicar o tempo decorrido até o naufrágio após a abalroação e a forma de
naufrágio.
- 1-I-2 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-I
9. Ocorreu qualquer circunstância especial que influenciou nos resultados da avaria (e.g.
portas estanques, escotilhões ou vigias abertas, ruptura de redes, etc.) ..............................
X3
X1 X2
LOCAL E DATA:
- 1-I-3 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-J
MARINHA DO BRASIL
(NOME DA OM)
Ciente, em ........../........../..........
- 1-J-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-K
MARINHA DO BRASIL
(NOME DA OM)
SETOR DA OM
- 1-K-1 NORTEC-09/DPC
- REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-L
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
Respeitosamente,
- 1-L-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-M
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
CERTIDÃO
TERMO DE COMPROMISSO
Aos dias do mês de do ano de, eu, (qualificação completa do indiciado), indiciado no
inquérito administrativo instaurado, tendo sido intimado pelo Capitão dos Portos a
realizar exame de alcoolemia necessário ao prosseguimento das investigações,
declaro que me recusei a cumpri-lo e estou ciente das consequências que meu ato
pode acarretar.
(Assinatura do Indiciado)
2º)
- 1-M-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-N
MARINHA DO BRASIL
(NOME DA OM)
Aos .................... dias do mês de .................. do ano de ........, nesta cidade ........
(ou o lugar onde for), presentes os Peritos................(qualificação completa), designados
pelo Sr. (Capitão dos Portos/Delegado) e prestados pelos aludidos Peritos o compromisso
legal de bem e fielmente desempenharem os deveres dos seus encargos, declarando com
verdade o que encontrarem e em sã consciência entenderem, encarregou-os aquela
autoridade de proceder a exame pericial ........................... (referir minuciosamente o fato
que constitui objeto da Perícia), havendo os Peritos procedido ao exame ordenado e as
diligências que julgaram necessárias, declarando o seguinte:
I) DADOS DA(S) EMBARCAÇÃO(ÕES):
(a) Características: tais como nome, bandeira, porto de inscrição, tipo, propulsão,
comprimento, atividade (caso não seja inscrita, identificar a atividade na qual vinha sendo
utilizada e se era apropriada para tal), proprietário, armador, sociedade classificadora,
número IMO, número de inscrição na CP/DL, Arqueação Bruta (caso não seja inscrita, a AB
deve ser calculada), área de navegação autorizada para a embarcação, fotos, de preferência
digitais, que devem ser anexadas ao Laudo;
(b) Documentos das embarcações: deve ser citada toda a documentação que
deveria portar e a que foi apurada, mencionando a validade; as cópias dos documentos
devem ser anexadas aos autos por termo de juntada, de acordo com o artigo 0115 desta
norma;
(c) Condição em que se encontrava cada embarcação: resultado da Vistoria
Especial para Emissão de Laudo Pericial, relacionando as discrepâncias observadas,
principalmente no tocante ao material de salvatagem e descrevendo o estado de cada
embarcação, avarias, perda parcial, perda total, etc. Para embarcações iguais ou superiores
a 25 metros, deve ser preenchida e anexada a Ficha Registro de Avarias;
II) DADOS PESSOAIS DOS ENTREVISTADOS:
(a) Qualificação de aquaviários, amadores, tripulantes, profissionais não
tripulantes, armadores, proprietários, agentes e engenheiros envolvidos direta ou
- 1-N-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-N
- 1-N-2 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-N
(b) danos materiais - descrição das avarias da (s) embarcação(ões), naufrágio
com perda parcial ou perda total, avarias da (s ) carga(s), da sinalização náutica, da
infraestrutura portuária ou quaisquer outras decorrentes do acidente ou fato da navegação
em questão;
(c) poluição - indicação do material poluente e a quantidade apurada por
sondagem de tanques ou estimada;
VI) ANÁLISE DOS DADOS OBTIDOS:
Argumentação concatenada sobre a investigação realizada, baseada em fatos
importantes já citados no item IV) SEQUÊNCIA DOS ACONTECIMENTOS,de forma a
facilitar o entendimento completo da ocorrência para responder nos itens seguintes o ROL
de Quesitos do Encarregado do Inquérito e concluir acerca dos fatores contribuintes e da
causa determinante;
VII) RESPOSTA AO ROL DE QUESITOS DO ENCARREGADO DO INQUÉRITO;
Citar cada pergunta e a sua resposta.
VIII) FATORES CONTRIBUINTES:
(Que concorreram para o evento inicial do acidente ou fato da navegação e os
que concorreram para as consequências, separados metodicamente, devendo ser
analisados a vista do citado no item VI) Análise dos dados obtidos)
- 1-N-3 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-N
IX) CAUSA DETERMINANTE:
(após a análise dos dados obtidos, da descrição das avarias e dos fatores
contribuintes, deverá ser apontada a causa determinante ou declarada, aduzindo as
razões, a impossibilidade do seu estabelecimento. A causa determinante é a causa do
evento inicial, primeira ocorrência indesejável na sequência de eventos que redundaram
no acidente ou fato da navegação e nas suas consequências. Assim, embora o naufrágio
seja classificado como acidente da navegação, o evento inicial pode ter sido uma
colisão, um abalroamento, um emborcamento, água aberta, alagamento por abertura de
válvula de fundo, etc. Também o abalroamento e a colisão podem ter sido fruto de uma
avaria de máquinas, por exemplo.
A causa determinante é uma das seguintes: dolo, imprudência, imperícia,
negligência, caso fortuito, força maior, fortuna do mar ou indeterminada; no caso de
imprudência, imperícia ou negligência, pode ser citada mais de uma destas três causas
determinantes; a definição de cada uma das causas determinantes consta na alínea c do
artigo 0119. A causa determinante deve estar relacionada com a argumentação efetuada
no item VI) Análise dos dados obtidos.
Os peritos não poderão concluir por uma ou várias possíveis ou prováveis
causas, não podendo, também, apontar alternativas para a causa determinante do evento,
pois a realização da perícia é exatamente para determinar a causa do acidente ou fato da
navegação. Não deverão, ainda, nomear responsáveis pelo evento, visto ser esta atribuição
do Encarregado do Inquérito, em seu relatório, após analisar o conjunto das provas
produzidas no IAFN; poderão apontar a sua função: comandante, proprietário, etc.)
Conclui-se, portanto, que a causa determinante foi ...............................................
X) INFRAÇÕES COMETIDAS:
Os Peritos, em seu relatório, deverão também apontar eventuais infrações às
normas decorrentes da LESTA, mesmo que não tenham nexo de causalidade com o
acidente ou fato da navegação, e o não cumprimento de leis, normas, regulamentos e
convenções, caso tenha ocorrido;
XI) OUTRAS INFORMAÇÕES JULGADAS PERTINENTES:
(Informar o agente consignatário da embarcação. Nos casos de dano ao meio
ambiente, fazer constar nome e endereço do Agente Consignatário da carga, extraído do
conhecimento de embarque ("Bill of Lading"), do representante no Brasil da embarcação
estrangeira e consignar a Agência do Banco do Brasil S.A., onde tenha sido feita a caução);
- 1-N-4 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-N
E, por nada mais terem a examinar e a declarar, deu-se por findo o exame, do
qual lavrei o presente LAUDO que, lido e achado conforme, vai assinado pelos peritos
acima mencionados e de tudo dou fé. Eu, ................................................. (posto ou
graduação, quadro, número e assinatura) servindo de Escrivão, o subscrevi.
OBS:
Os Peritos devem observar o contido no artigo 0111 e os procedimentos específicos para
cada Fato ou Acidente constantes do anexo 1-D, bem como a confecção de um croqui e
obtenção de fotografias do local do acidente a fim de instruir uma perícia criteriosa.
- 1-N-5 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-O
TERMO DE CONCLUSÃO
Assinatura do Escrivão
Nome
Posto/Grad.
- 1-O-1 NORTEC-09/DPC
- REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-P
OBS.:
Depois de o Encarregado do Inquérito lavrar este termo, o Escrivão fará imediatamente a
notificação ou requisição das testemunhas, de acordo com os anexos 1-S e 1-T.
- 1-P-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-Q
TERMO DE CERTIDÃO
Assinatura do Escrivão
Nome
Posto/Grad.
- 1-Q-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-R
TERMO DE JUNTADA
Assinatura do Escrivão
Nome
Posto/Grad.
NORTEC-09/DPC
- 1-R-1 -
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-S
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
TERMO DE NOTIFICAÇÃO
Ciente:
NORTEC-09/DPC
- 1-S-1 -
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-T
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
TERMO DE REQUISIÇÃO
OBS.: Feitas pelo Escrivão as notificações e requisições, de que extrairá cópias, lavrará o
seguinte termo, de acordo com o anexo 1-Q.
- 1-T-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-U
1) Nome CPF
2) Nome CPF
3) Nome CPF
Assinatura do Escrivão
Nome
Posto/Grad.
- 1-U-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-V
TERMO DE INQUIRIÇÃO/REINQUIRIÇÃO (PRIMEIRA OU... TESTEMUNHA)
Aos ...... dias do mês de ......... do ano de .......... nesta cidade .................. (ou o
lugar onde for), ................(nome completo e apelido, se tiver), .............. (nacionalidade),
filho de ....... (pai) e de ........... (mãe), com ......... anos de idade, ............... (casado, solteiro,
separado, divorciado, viúvo), ................. (profissão permanente, identidade, CPF, número
de inscrição (CPF ou CNPJ, no caso de pessoa jurídica) e local de inscrição, se for
aquaviário, categoria funcional, Capitania de inscrição e a função que estava exercendo na
ocasião do acidente ou fato), residente ........................................................ (logradouro
exato, com as indicações, para ser facilmente encontrado, inclusive o CEP e telefone, (caso
estrangeiro, qualificar a agente da embarcação, o armador e o intérprete), caso esteja
acompanhado de advogado constituído, qualificar o advogado com o nome e n° de inscrição
na OAB), depois de prestar o compromisso de dizer a verdade, passou a ser inquirido pelo
Sr. Encarregado do Inquérito, na seguinte forma: onde o depoente se encontrava no
momento do acidente ou fato, objeto do inquérito? Respondeu que
................................... (exatamente o que a testemunha responder). Que sabe a respeito?
Respondeu que ................................. (referir, com a possível precisão, as palavras da
testemunha. Reproduzir sempre as perguntas e as respostas). E nada mais disse, nem lhe
foi perguntado, pelo que se deu por findo o presente depoimento que, lido e achado
conforme, assina (se a testemunha não souber assinar, assinará a rogo uma pessoa
estranha ao processo, cujo nome será mencionado com profissão e residência) com o
Encarregado do Inquérito ................. (se estiver presente qualquer parte mencionada na
assentada, ou intérprete, assinará o depoimento), comigo, ........ Escrivão, que o escrevi.
Testemunha - CPF
(EXEMPLO)
5 - Há quanto tempo que exerce dita função a bordo nesta ou noutra embarcação?
7 - A testemunha é habilitada para o(s) tipo(s) de função(ões) que exerce a bordo e desde
quando?
9 - Se o depoente não viu o Acidente, mas ouviu comentário sobre o mesmo, quais foram
esses comentários? Citar quem os comentou. (nome, alcunha ou apelido, se tiver).
10 - O que a testemunha acha que deveria ter sido feito para evitar o Acidente ou Fato da
Navegação?
16 - A testemunha sabe informar o que deveria ter sido feito e não se fez para evitar o
Acidente, ou Fato da Navegação?
- 1-W-1 NORTEC-09/DPC
- REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-X
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
Gr. Indicador
Nº
Local e Data
Do: CP/DL
Ao: Sr. Diretor do Centro de Hidrografia da Marinha
NOME
Posto
Capitão dos Portos/Delegado
Cópias:
- 1-X-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-Y
ROTINA
R-
DE (OM)
PARA CENHID
INFO
GRNC
BT
ACIDENTE DE NAVEGAÇÃO
Fim prosseguir instrução Inquérito Administrativo, SOL remeter Boletim Ambiental REF
(DATA-HORA) e (LOCAL). SOL INF se (NOME DO NAVIO) transmitiu a esse Centro como
auxílio previsão tempo REF (DATA E LOCAL) e quais foram BT
- 1-Y-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-Z
TERMO DE ACAREAÇÃO
Primeiro Acareado
Segundo Acareado
- 1-Z-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AA
Aos ............. dias do mês de ............... de 20 ........., nesta cidade (local) onde se
está realizando o inquérito e na sala ......... (citar) ...................., onde se encontra o
Encarregado do Inquérito (ou Capitão dos Portos ou Delegado, se for o caso) ..............
sobre (citar o acidente ou fato que motivou o inquérito), comigo ................... Escrivão,
estando presente o advogado (ou advogados) ................... da testemunha ......................
(ou quem estiver presente) ......................, o Sr. Encarregado do Inquérito declarou aberta
a audiência da acareação anteriormente marcada, entre as testemunhas já qualificadas
às folhas ...................., em face das divergências nos seus depoimentos. Apregoadas,
compareceram. Para constar, lavrei o presente termo, que vai assinado pelo Sr.
Encarregado do Inquérito. Eu, .........................., Escrivão, o escrevi. E eu,
........................................, Encarregado do Inquérito, o subscrevi.
NORTEC-09/DPC
- 1-AA-1 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AB
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
Gr. Indicador
Nº
Local e Data
- 1-AB-1 NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AC
- 1-AC- NORTEC-09/DPC
1 REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AD
MARINHA DO BRASIL
(NOME DA OM)
Local e Data
ASSINATURA,
NOME
1-AD-1 NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AE
MARINHA DO BRASIL
(NOME DA OM)
RELATÓRIO DE IAFN
- 1-AE-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AE
- 1-AE-2 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AE
salva-vidas, excesso de lotação etc.). Ressalte-se que o fator operacional pode estar
correlacionado com o fator humano, e vice-versa, assim como o fator material pode ter
concorrido para o acidente devido ao fator operacional, por meio de negligência na
manutenção, imperícia na operação, etc.);
II) extensão das avarias, dos acidentes pessoais, da poluição e legislação não atendida:
que, em consequência, houve...................(prejuízos ocorridos ou danos causados às
embarcações, à carga, passageiros ou a elementos outros, tais como: cais, boias, etc.,
conforme consta às fls. ..................................., poluição hídrica ........., apontando o não
cumprimento de leis, normas, regulamentos e convenções, caso tenha ocorrido......) e
eventuais infrações às normas decorrentes da LESTA, mesmo que não tenham nexo de
causalidade com o acidente ou fato da navegação......;
III) Causa determinante:
(após análise dos fatores contribuintes e da descrição das avarias, deverá ser
apontada a causa determinante ou indicadas as razões da impossibilidade do seu
estabelecimento:
A causa determinante é a causa do evento inicial, primeira ocorrência indesejável na
sequência de eventos que redundaram no acidente ou fato da navegação e nas suas
consequências. Assim, embora o naufrágio seja classificado como acidente da
navegação, o evento inicial pode ter sido uma colisão, um abalroamento, um
emborcamento, água aberta, alagamento por abertura de válvula de fundo, etc. Também
o abalroamento e a colisão podem ter sido fruto de uma avaria de máquinas, por exemplo.
O Encarregado do Inquérito não poderá concluir por uma ou várias possíveis ou
prováveis causas, não podendo, também, apontar alternativas para a causa determinante
do evento, pois a realização do inquérito é exatamente para determinar a causa do acidente
ou fato da navegação.
A causa determinante deve ser uma das seguintes: dolo, imprudência, imperícia,
negligência, caso fortuito, força maior, fortuna do mar ou indeterminada; no caso de
imprudência, imperícia ou negligência, pode ser citada mais de uma destas três causas
determinantes; a definição de cada uma das causas determinantes consta na alínea c do
artigo 0119. A causa determinante deve estar relacionada com a argumentação do item 6
Análise).
(a) Conclui-se, portanto, que a causa determinante do acidente (ou fato da
navegação) foi ............................................... (se houve dolo ou imprudência, imperícia,
negligência), e são os possíveis responsáveis diretos: (nome e
função)......................................................, ou não há possíveis responsáveis diretos
- 1-AE-3 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AE
porque que o fato se deu por motivo de ..............(força maior ou fortuna do mar ou
caso fortuito) ou é indeterminado.
(b) São possíveis responsáveis indiretos: (nome e função), por ..............................
(dolo ou imprudência, imperícia, negligência); e
- 1-AE-4 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AF
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
NOTIFICAÇÃO
Assinatura do notificado
CPF ou CNPJ
- 1-AF-1 NORTEC-09/DPC
- REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AG
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
CERTIDÃO
Assinatura do Escrivão
Nome
Posto/Grad.
- 1-AG-1 NORTEC-09/DPC
- REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AH
DESPACHO
- 1-AH-1 NORTEC-09/DPC
- REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AI
DESPACHO
1) ..............................................................................................;
2) ..............................................................................................;
3) ..............................................................................................;
4) ...........................................................................................; e
5) ...............................................................................................
OBS.: O despacho deste anexo deverá ser digitado e firmado pela autoridade que o
exarou.
- 1-AI-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AJ
DESPACHO
(quando for o caso)
OBS.: Caso tenha sido o Capitão dos Portos ou Delegado o Encarregado do Inquérito, o
despacho determinará, apenas, o encaminhamento ao TM.
- 1-AJ-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AK
DESPACHO
- 1-AK-1 NORTEC-09/DPC
- REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AL
ESPECIAL
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
Gr. Indicador
Nº Local e Data
Administrativo
Cópias:
ComDN c/anexo (cópia do Relatório e Laudo de Exame Pericial)
DPC c/anexo (cópia do Relatório, Laudo de Exame Pericial, Fichas Registro de
Acidente, se for o caso, Fichas Registro de Avaria, se for o caso, e
Questionário de Prevenção de Acidentes)
CP........... c/anexo
- 1-AL-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AM
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
INQUÉRITO ADMINISTRATIVO
No MENSAGEM:
ARQUEAÇÃO(ÕES) BRUTA(S):
BANDEIRA(S):
PORTO(S) DE INSCRIÇÃO:
ENCARREGADO DO INQUÉRITO:
- 1-AM-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AN
TRIBUNAL MARÍTIMO
GUIA DE JULGADO
Juiz-Presidente
- 1-AN-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AN
OBSERVAÇÃO
1. O item “b” desta Guia somente terá aplicação quando o infrator residir na Jurisdição
dessa Capitania.
“Art. 131 - A multa deverá ser paga dentro de dez (10) dias, depois da ciência da Guia
de Sentença, prazo esse que, no entanto poderá ser excepcionalmente dilatado.
Parágrafo Único - Caso a multa seja elevada para as posses do infrator, poderá ser
permitido que o pagamento se efetue em quotas mensais, até dentro de um ano, no
máximo”.
“Art. 133 - Não se executará a pena de multa quando ela incidir sobre os recursos
indispensáveis à manutenção do infrator e sua família”.
CERTIDÃO
Local e data.
- 1-AN-2 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AO
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
- 1-AO-1 NORTEC-09/DPC
- REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AP
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
Data : ..................
Assinatura do recebedor..............................................
Nome:.............................................................................
CPF ..........................
- 1-AP-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AQ
1- REFERÊNCIAS
a) Disposições do Decreto-lei nº 1.608, de 18 de setembro de 1939 (Código de
Processo Civil de 1939), mantidas em vigor pelo Art. 1.218 do Código de Processo Civil;
b) Código Comercial Brasileiro, Lei nº 556, de 25/06/1850; e c) Lei no 6.780, de
12 de maio de 1980.
2- EMBASAMENTO
Registra De Plácido e Silva em sua conhecida obra Vocábulo Jurídico, Vol. III,
Rio de Janeiro, Forense, 1987, p 486:489, o significado jurídico de vocábulo, onde retira-
se as acepções jurídicas da palavra "protesto":
- 1-AQ-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AQ
“Art. 504. No terceiro livro, que será denominado – Diário de Navegação – se assentarão,
diariamente, enquanto o navio se achar em algum porto, os trabalhos que tiverem
lugar a bordo, e os consertos ou reparos do navio. No mesmo livro se assentará também
toda a derrota da viagem, notando-se diariamente as observações que os capitães e os
pilotos são obrigados a fazer, todas as ocorrências interessantes à navegação,
acontecimentos extraordinários que possam ter lugar a bordo, e com especialidade os
temporais, e os danos ou avarias que o navio ou a carga possam sofrer, as deliberações
que se tomarem por acordo dos oficiais da embarcação, e os competentes protestos.”
(grifos nossos)
“Art. 726. O protesto ou processo testemunhável será escrito pelo piloto, datado e
assinado pelo capitão, pelos maiores da tripulação – imediato, chefe de máquina, médico,
pilotos, mestres e por igual número de passageiros, com a indicação dos respectivos
domicílios.
- 1-AQ-2 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AQ
Dispõe o Código Civil, no seu Art. 145, ser nulo o ato jurídico quando não revestir
a forma prescrita em lei, ou ainda quando for preterida alguma solenidade que a
lei considere essencial para a sua validade. A forma para os protestos marítimos é aquela
conferida pelo Art. 726 supra transcrito, pena de ser considerado nulo e,. por conseguinte,
inexistente. Ainda, para reputar-se ato jurídico perfeito, deverá o protesto observar, além
dos requisitos apresentados, a regra determinada no Art. 727, verbis:
“Art. 727. Dentro das vinte e quatro horas (24) horas úteis da entrada do navio no porto, o
capitão se apresentará ao juiz, fazendo-lhe entrega do protesto, ou processo
testemunhável, formado a bordo, e do diário de navegação.
O juiz não admitirá a ratificação, se a ata não constar do diário.”
- 1-AQ-3 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AQ
no Código Comercial e Código do Processo Civil Antigo (1939). O representante da
Autoridade Marítima não é a autoridade competente para ratificar dito protesto, e sim
a autoridade judiciária, na forma da lei. Quando muito poderá utilizar-se dos documentos
apresentados para instaurar um procedimento administrativo visando apurar o
cometimento de infrações. As infrações administrativas (ofensas à LESTA, RLESTA,
NORMAM) que eventualmente se configurem, serão punidas na forma prevista
nesses instrumentos (em se tratando de embarcações estrangeiras, somente caberá a
multa).
3- PROCEDIMENTO
Em todos os casos de "PROTESTOS MARÍTIMOS", o procedimento a ser
adotado deverá ser o de acolhê-los como documentos informativos, buscando
complementá-los com lançamentos no Diário de Navegação e, em parecendo conveniente
e oportuno, em face de indícios de irregularidades, instaurar procedimento administrativo
objetivando o amplo esclarecimento. Naturalmente o procedimento deverá observar o
devido processo legal, com o contraditório e a ampla defesa, nos termos das normas
administrativas pertinentes.
- 1-AQ-4 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AR
MARINHA DO BRASIL
(CP/DL/AG)
MAPA DE ACOMPANHAMENTO DE MEDIDAS PREVENTIVAS – ANO 20....
Nº IAFN Natureza do Acidente ou Medidas Preventivas Resultados
ou Risco/ Fato da navegação / Nome das Causa (Educativas/Normativas obtidos
embarcações Local Determinante
Data Risco à navegação / Restritivas)
Nº IAFN:
Data:
Nº IAFN:
Data:
Risco XXX XXX
Data:
Local e data
NOME
Posto Capitão dos Portos/ Delegado/Agente
ASSINADO DIGITALMENTE
ANEXO 1-AS
(OM)
I-CARACTERÍSTICAS DA EMBARCAÇÃO
1. Nome:
2. Bandeira:
3. Porto de Inscrição:
4. Nº de Inscrição:
5. N° IMO:
6. Tipo de Navio: (usar tabela do anexo 1-A)
( ) Balsa ( ) Barco (de construção artesanal) ( ) Barcaça ( ) Bote
( ) Cabrea ( ) Caíque ( ) Canoa ( ) Chata ( ) Cisterna
( ) Dique flutuante ( ) Draga ( ) Empurrador ( ) Empurrador com balsa
(comboio) ( ) Escuna ( ) Ferry boat ( ) Flutuante ( ) Hovercraft
( ) Jangada ( ) Motoaquática ( ) Lancha ( ) Lancha do prático
( ) Navio – Fábrica ( ) Navio de Pesquisa ( ) Navio Pesqueiro ( ) Navio –
Sonda ( ) Navio supridor de plataformas marítimas (supply) ( ) N M de Carga
geral ( ) NM de Carga refrigerada ( ) NM de gases liquefeitos
( ) NM graneleiro ( ) NM graneleiro (ore - oil) ( ) NM graneleiro auto-
descarregável ( ) NM petroleiro (oil tanker) ( ) NM porta-contentor (full container)
( ) NM químico ( ) NM de passageiro/carga geral ( ) NM de passageiro/roll-on roll-
off ( ) NM de passageiros ( ) NM roll-on - roll-off ( ) Plataforma
( ) Quebra-gelo ( ) Rebocador ( ) Saveiro ( ) Traineira ( ) Veleiro
( ) Outras embarcações (citar o tipo):
7. Propulsão:
( ) Motor ( ) Vela ( ) Mista (vela e motor) ( ) Remo ( ) Sem Propulsão
8. Atividade:
( ) Passageiro e Carga ( ) Passageiro ( ) Carga ( ) Rebocador/Empurrador
( ) Pesca ( ) Esporte e Recreio ( ) Outra ( ) Sem Atividade definida
9. Arqueação Bruta (AB):
10. Comprimento:
11. Sociedade Classificadora:
12. Proprietário Registrado:
13. Operador do Navio:
14. Nome anterior:
15. Bandeira anterior:
16. Sociedade Classificadora anterior:
17. Data do contrato de arrendamento (se houver):
18. Área de Navegação Autorizada:
( ) Mar Aberto-Longo Curso ( ) Mar Aberto-Cabotagem ( ) Mar
Apoio Marítimo ( ) Interior ( ) Apoio Portuário Aberto-
19. Porte Bruto (deadweight):
- 1-AS-1 -
NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AS
- 1-AS-2 -
NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AS
37-Eventos que se seguiram ao evento inicial (numerar na ordem cronológica dos
eventos)
( ) Abalroamento ( ) Encalhe ( ) Colisão ( ) Incêndio / explosão ( ) Avaria de
casco
( ) Avaria de Máquinas na qual necessitou de reboque ou assistência de
terra
( ) Avaria da Embarcação ou Equipamento ( ) Emborcamento ou
adernamento
( ) Acidente de Mergulho ( ) Acidente com Estivador ( ) Queda de pessoa a
bordo
( ) Queda de pessoa na água ( ) Acidente pessoa a bordo ( )
Morte de pessoa ( )
( ) Desaparecimento ( ) Outros: Quais?
38 - Consequências do Acidente para o navio envolvido:
( ) perda total ( ) incapaz de prosseguir ( ) capaz de prosseguir ( )sem
avarias
39 - Consequências do Acidente/Fato para pessoas envolvidas
tripulação - vítimas fatais: feridos: desaparecidos:
passageiros - vítimas fatais: feridos: desaparecidos:
outros- vítimas fatais: feridos: desaparecidos:
40 - Consequência ao meio ambiente (poluição):
Óleo de bordo
( ) Pesado ( ) Diesel ( ) Lubrificante
Quantidade: ton.
Óleo (Carga)
( ) Cru ( ) Refinado ( ) Outros
Quantidade: ton
Granel Químico
( ) Categoria A ( ) B ( )C ( )D
Quantidade: ton
Carga Perigosa embalada
Classe IMDG: Nome: N° UN: Quant. perdida:
41 - Causa do Evento Inicial:
( ) Causas Internas (relacionadas ao navio onde ocorreu o acidente) ( )Falha Humana
( ) do comandante/condutor ( )de tripulante ( )do prático ( )do mergulhador
( ) do estivador ( )do supervisor ( ) do passageiro ( )de profissional não tripulante
Tipo de falha humana
( ) decisão deliberada de agir (ou se omitir) contra normas, regras e procedimentos
( ) distração ( )esquecimento ( )erro de julgamento ou avaliação de risco (
) incorreta operação de controle/equipamento ( )erro de cálculo ou escolha
de rumo
( ) outras falhas humanas: ( ) falha material
( ) falha estrutural da embarcação ( )falha no aparelho de governo
( ) falha de máquinas auxiliares essenciais ( )falha de bomba de incêndio
( ) falha ou inadequação de equipamentos de comunicação ( )falha da
propulsão
( ) falha ou inadequação de material de salvatagem ( )falha de instalação elétrica
( ) falha de projeto da embarcação (exemplo: estabilidade insuficiente)
( ) movimentação de carga ( ) incêndio / explosão da carga
- 1-AS-3 -
NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AS
( ) má estivação da carga ( ) combustão espontânea da carga
( ) liquefação da carga ( ) outras falhas materiais: ( ) Causas
Externas (fora do navio)
( ) Falha de outro navio ou navios (exceto o rebocador) ( ) Condições ambientais
adversas
( ) Estado do Mar:
( ) Corrente: ( ) Infraestrutura da Navegação ( ) Vento: ( ) Visibilidade:
( ) Deficiência de auxílios à navegação ( ) Cartas ou publicações náuticas
inexatas
( ) Cartas ou publicações náuticas indisponíveis para o trecho
( ) Atos Ilícitos
( ) Operações do rebocador (quando do reboque da embarcação em análise)
( ) Defeito ou operação incorreta em equipamento ou instalação de terra
( ) Outras causas externas
( ) Causa Desconhecida
42 - Falhas que contribuíram para a causa do evento inicial:
( ) Relativas ao elemento humano
( ) Fadiga ( ) Stress ( ) Ingestão de Álcool ( ) Ingestão de
Medicamentos
( ) Excessiva carga de trabalho ( ) Comunicação deficiente ( ) Aborrecimento
( ) Falta de conhecimento profissional ( ) Falta de experiência
( ) Pânico / medo diante de situação adversa ( ) Desordem mental ou emocional
( ) Problema visual ( ) Problema de audição ( ) Doenças e ferimentos
( ) Outras. Quais?
( )Relativas ao suporte técnico e material
( ) Equipamento não disponível ( ) Aspectos ergonômicos deficientes
( ) Erro de projeto (outros que não ergônomicos) ( ) Manutenção e reparo
inadequados
( ) Outras. Quais?
( ) Relativas a procedimentos organizacionais
( ) Gestão da segurança deficiente ou inexistente ( ) Supervisão deficiente
( ) Procedimentos e instruções deficientes ou inexistentes ( ) Treinamento
deficiente
( ) Seleção inadequada de pessoal ( ) Planejamento deficiente
( ) Outras. Quais?
( )Relativa ao ambiente de trabalho
( ) Movimento do navio(balanço e caturro) ( ) Ruído excessivo ( ) Vibração
excessiva
( ) Tripulação de segurança reduzida ( ) Temperatura excessiva ( ) Umidade
excessiva
( ) Outras. Quais?
43 - Tipo de fatalidade /ferimento(quando aplicável):
( ) Afogamento ( ) Traumatismo ( ) Queimadura ( ) Choque elétrico
( ) Escalpelamento ( ) Fratura ( ) Escoriação ( ) Intoxicação
( ) Indeterminada ( ) Outro. Qual?.........................................................................
44 - Falhas que contribuíram para a fatalidade/desaparecimento/ferimento (quando
aplicável):
( ) falta de colete salva-vidas a bordo ( ) difícil acesso a colete salva-vidas
( ) falta de uso efetivo de colete salva-vidas em embarcações miúdas
- 1-AS-4 -
NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AS
( ) normativa
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
( ) restritiva
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
- 1-AS-5 -
NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AS
OBS.:
1) Responder somente os itens que se aplicarem à embarcação objeto de análise.
2) Deve ser preenchido um QPA para cada embarcação envolvida no
acidente/fato.
3) Devem ser anexadas fotos esclarecedoras, quando disponíveis.
- 1-AS-6 -
NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AS
APÊNDICE-1
da Cartilha
de IAFN da DPC
ORIENTAÇÕES PARA AUXILIAR OS
PERITOS DE IAFN NA INVESTIGAÇÃO
DE ACIDENTE OU FATO DA
NAVEGAÇÃO
APÊNDICE 1
ORIENTAÇÕES PARA AUXILIAR OS PERITOS DE IAFN NA INVESTIGAÇÃO DE
ACIDENTE OU FATO DA NAVEGAÇÃO
1 - INTRODUÇÃO
2 - DEFINIÇÕES
- Tabela de definições
1
Uma questão de segurança, com riscos para os quais as
Deficiência de defesas existentes destinadas a prevenir um evento de
Segurança (DS) acidente, e / ou as que se destinam a eliminar ou minimizar as
suas consequências, são consideradas inadequadas ou
inexistentes.
2.2 - O diagrama a seguir ilustra como uma sequência de eventos que levam a uma
ocorrência de acidente seria classificada usando os termos acima.
EA EA EC E EA E ECA
FC FC
FC
Acoplamento Falta de
Vibração falha manutenção
Deficiência de
segurança
FC
3.1 - Para conseguir uma investigação sistemática e eficaz os Peritos nomeados precisam
2
ter experiência em investigação de acidentes marítimos e serem entendidos em assuntos
relacionados com o acidente. As áreas de especialização precisam incluir técnicas de coleta
de provas periciais e documentais, técnicas de entrevista (provas testemunhais), técnicas
de análise e identificação de fatores humanos e organizacionais em acidentes e fatos da
navegação.
4 - A INVESTIGAÇÃO
4.1.1 - Acidentes e fatos da navegação podem ter muitos fatores contribuintes e existem as
questões de segurança subjacentes muitas vezes distantes do local de acidente. A
identificação adequada desses problemas exige investigação oportuna e metódica, indo
muito além da evidência imediata na busca de condições que podem causar futuras
ocorrências. A investigação de acidentes ou fatos da navegação, portanto, deve ser vista
como um meio de identificar não apenas os eventos do acidente, mas também as
deficiências de segurança na gestão geral de operação até a sua regulamentação,
implementação e inspeção de verificação. Por esta razão as investigações devem ser
amplas o suficiente para atender a esses imperiosos critérios.
4.1.2 - A extensão de qualquer investigação pode ser dividida em cinco áreas:
Pessoal;
Meio Ambiente;
Equipamento;
Os processos e procedimentos; e
Organização e influências externas.
4.5.1 - Durante a investigação, os Peritos devem ter como objetivo reunir e gravar todas as
provas e dados que possam ser de interesse no âmbito da investigação. Evidências
físicas/documentais e entrevistas com testemunhas devem ser recolhidas não só no local do
acidente, mas também de todas as fontes necessárias para explicar completamente os
eventos do acidente e os seus fatores contribuintes (por exemplo: operação da embarcação
e gestão, controle e regulação pela empresa). Usar as sugestões de investigação constante
no anexo 1-D da NORTEC 09/DPC como guia inicial.
4.5.2 - A coleta de provas também precisa ser ampla o suficiente para cobrir os fatores
humanos, organizacionais e ambientais em relação ao acidente ou incidente. Se um
especialista em fator humano ou organizacional é necessário, é essencial incluir este
especialista o mais cedo possível na equipe de investigação.
4.5.3 - Para facilitar a coleta de provas abrangente muitas vezes é sábio:
Consultar listas genéricas mantendo-se flexível porque uma prova uma vez recolhida
apontará para novas áreas de pesquisa; e
Usar um sistema de registo das provas recolhidas (LOG provas). Isto é particularmente
valioso em investigações complexas.
4.5.4 - Recomenda-se que as etapas de averiguação do próprio processo de investigação
sejam mantidas separadas da análise global dos dados recolhidos, levando às conclusões.
Normalmente a procura de fatos inclui os domínios abrangidos nas seções 5.6 a 5.10
citadas a seguir, mas não é necessariamente limitada por eles.
4.6 - Inspeção do local de acidente
4.7.1 - Evidência física pode incluir outros dispositivos eletrônicos a bordo, como sistemas
eletrônicos de gráficos, unidades centrais de alarme de incêndio, bem como cartas náuticas,
as previsões meteorológicas obtidas a bordo e diários de bordo. Evidência física pode
também incluir amostras técnicas de resíduos de óleo, tinta ou fogo e peças de máquinas
quebradas ou outras peças avariadas.
4.7.2 - É essencial que a pessoa que recolha uma evidência eletrônica, documental ou
material seja hábil em aplicar as técnicas de coleta e armazenamento desse tipo de
evidência para evitar a contaminação, uma maior deterioração ou perda.
4.7.3 - Algumas informações de grande valor também podem ser obtidas a partir de fontes
externas, tais como CCTV (circuito de TV), sistemas de radar da costa e vigilância de rádio
e centros de coordenação de salvamento marítimo. Serviços de Tráfego Marítimo (ex: VTS)
e Programas de Rastreamento (ex: PREPS) podem ser capazes de fornecer informações
valiosas, incluindo gravações de tráfego de rádio e informações do AIS.
5 - PARTICULARIDADES
5.1 - Da viagem
1. Porto no qual a viagem começou e porto onde a viagem deveria terminar (e datas);
2. Detalhes da carga, paióis, água fresca, água de lastro e de consumo;
3. Último porto e data da partida;
4. Calados (AV, AR e meio-navio) e bandas;
5. Porto de destino no momento da ocorrência;
6. Qualquer incidente durante a viagem que possa ter influenciado materialmente o
acidente/incidente em investigação, ou qualquer ocorrência incomum que possa ou não
parecer relevante para o acidente/incidente; e
7. Planos e layout do navio, incluindo os espaços de carga, tanques de resíduos, tanques
de combustível, de lastro e de óleo lubrificante.
O modelo a seguir deve ser utilizado pelos Peritos de acidentes marítimos para a coleta das
atividades realizadas pelo pessoal diretamente envolvido com o Acidente ou Fato da
Navegação em questão. Para cada envolvido deverá ser preenchido um modelo
separadamente.
================================================================
Investigação: (abalroamento/naufrágio/…) da Embarcação______________________
a) Investigador (Posto/Graduação, Nome, OM):_____________________________
b) Dados do envolvido no Acidente ou Fato da navegação:
Nome:_______________________________________________________
Posto/Graduação:______________________________________________
Qualificações:_________________________________________________
Cursos/Treinamentos:___________________________________________
Endereço/Telefones/E-mail:______________________________________
Empresa contratante (nome, endereço, telefones, e-mail): ______________
______________________________________________________________
Data e Local de Embarque: ______________________________________
Tempo de viagem:______________________________________________
c) Tabela de atividades nas últimas 96 horas antes do acidente:
DX => Dia do acidente
X => Hora do acidente
A => Alimentação
S => Serviço
M => Manutenção
7
D => Descanso (Dormindo)
C => Carregamento
R => Recreação, incluindo tempo em terra
A => Ingestão de bebida alcoólica
d) Saúde:
e) Assuntos pessoais:
================================================================
7 - PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO DE FATORES HUMANOS
7.1 - O processo para investigação dos fatores humanos (que representam 60% a 80% das causas
determinantes de acidentes ou fatos da navegação) apresentado a seguir oferece um passo a passo
que pode ser aplicado a qualquer tipo de acidente ou fato da navegação, e consiste das seguintes
etapas:
Etapa 1 - coletar os dados relativos à ocorrência;
Etapa 2 - determinar a sequência de eventos;
Etapa 3 - identificar os atos inseguros ou decisões e condições inseguras e em seguida, para cada
ato ou decisão insegura:
Etapa 4 - identificar o tipo de erro ou violação;
Etapa 5 - identificar os fatores determinantes; e
Etapa 6 - identificar potenciais problemas de segurança e desenvolver ações de segurança.
7.2 - Uma abordagem sistemática para a Etapa 1 é fundamental para garantir que as informações
críticas não sejam esquecidas ou perdidas, e que uma análise detalhada possa ser feita. Essa
primeira etapa de investigação de fatores humanos é a coleta de informações relacionadas com o
trabalho relativas ao pessoal, tarefas, equipamentos e às condições ambientais envolvidas na
ocorrência. Uma abordagem sistemática para esta etapa é crucial para garantir que uma análise
detalhada seja possível e que as exigências logísticas de coletar, organizar e manter um banco de
dados relevantes relacionados com a ocorrência sejam cumpridas.
7.2.1 - A Etapa 2 envolve a organização dos dados coletados na Etapa 1 para desenvolver uma
sequência de eventos e circunstâncias.
7.2.2 - Na Etapa 3 as informações coletadas e organizadas são utilizadas para iniciar a identificação
dos fatores contribuintes para o acidente/incidente, os atos, decisões ou condições inseguras.
Depois de um ato, condição ou decisão insegura tenha sido identificada, a próxima etapa é
determinar a sua origem.
Um ato inseguro é definido como um erro ou violação que é cometido na presença de um perigo
potencial ou condição insegura. Decisões inseguras são aquelas em que não existem ações
resultantes aparentes, mas que tenham um impacto negativo sobre a segurança. Elas também
devem ser consideradas como atos inseguros. Uma condição insegura ou de perigo é um evento ou
circunstância que tem o potencial de provocar um acidente. Pode haver vários atos, decisões e/ou
condições inseguras que são potenciais candidatos a provocar um acidente.
Como observado anteriormente, diversos atos, condições e decisões inseguras podem ser
identificadas ao longo etapas 1 e 2 do processo. O último ato inseguro a precipitar a ocorrência
muitas vezes fornece um ponto de partida conveniente para a reconstrução da ocorrência. Este
último ato ou decisão difere dos outros na medida em que pode ser visto como a ação definitiva ou
decisão que levou à ocorrência, ou seja, o último ato ou decisão que tornou o acidente ou incidente
inevitável – a principal causa do evento inicial. Embora seja geralmente uma falha ativa, o último ato
inseguro ou decisão pode ser incorporado em uma condição de insegurança latente, como uma
decisão falha que levou a uma falha do sistema.
7.2.3 - A Etapa 4 é iniciada de forma a especificar o tipo de erro ou violação envolvido em cada ato
ou decisão insegura. Esta parte do processo é realizada com a colocação da simples pergunta "O
8
que está equivocado ou errado sobre a ação ou decisão que eventualmente se tornou insegura?". A
identificação do tipo de erro ou violação envolve duas sub etapas a saber:
7.2.3.1 - Ação intencional ou involuntária
Primeiro é necessário determinar se o erro ou a violação foi uma ação involuntária ou intencional.
"Será que a pessoa pretendia a ação?"
Se a resposta a essa pergunta é não, então é uma ação involuntária. Ações involuntárias são ações
que não saem como planejado; são os erros da execução; e
Se a resposta à pergunta é sim então a ação foi intencional. Ações intencionais são ações que são
realizadas como planejado, mas as ações são inadequadas; são erros de planejamento.
7.2.3.2 - Tipo de erro ou violação
A segunda sub etapa é a seleção do tipo de erro ou violação que melhor descreve a falha, tendo em
conta a decisão sobre a intencionalidade. Existem quatro categorias de erros potenciais/violação, a
saber: o engano, o lapso (descuido), o erro e a transgressão.
O engano é uma ação involuntária que a falha envolve atenção. O lapso é uma ação involuntária
que a falha envolve memória. O engano e o lapso são considerados erros na execução;
Um erro é uma ação intencional, mas não há decisão deliberada de agir contra uma regra ou plano.
É considerado um erro no planejamento;
Já uma transgressão é uma falta de planejamento, onde uma decisão deliberada de agir contra uma
regra ou plano foi feita. Transgressões de rotinas ocorrem todos os dias quando as pessoas
regularmente modificam ou não cumprem rigorosamente os procedimentos de trabalho, muitas
vezes por causa de serem mal formuladas ou mal definidas. Em contraste, uma transgressão
excepcional tende a ser uma violação única de uma prática de trabalho, tal como onde os
regulamentos de segurança são ignorados para se realizar uma tarefa. Mesmo assim, a intenção
não era cometer um ato maligno, mas apenas fazer o seu trabalho.
7.2.4 - Na Etapa 5 o foco está em descobrir os fatores fundamentais (ou subjacentes) do ato,
decisão ou condição insegura de um indivíduo ou grupo. Importante para o processo é a noção de
que para cada fator fundamental pode haver um ou mais atos, decisões ou condições inseguras
associadas. Para fazer isso, é importante determinar se havia quaisquer fatores do sistema de
trabalho que possam ter facilitado o surgimento da falha (e, portanto, do erro/transgressão e ato
inseguro). Eles têm sido denominados como fatores fundamentais ou subjacentes. O reexame de
cada etapa do processo pode mostrar onde é necessária uma investigação mais aprofundada.
7.2.5 - Finalmente a Etapa 6 exige a identificação de potenciais problemas de segurança e a
proposição de medidas preventivas com base nos fatores fundamentais identificados. A identificação
de potenciais problemas de segurança baseia-se extensivamente sobre quais fatores foram
identificados como os fatores subjacentes. Mais uma vez isto sublinha a importância da aplicação de
uma abordagem sistemática para as etapas 1 e 2 do processo, que estabelece as bases para a
análise de etapas subsequentes. Onde for apropriado, eventuais problemas de segurança podem
ser analisados mais adiante para identificar o risco associado ao sistema e desenvolver ações de
segurança.
9
8.2.1 - Perigos gerais
O manuseio e o trabalho entre os destroços em um local de acidentes é arriscado e requer o uso de
roupas de proteção, equipamento apropriado e uma boa compreensão dos riscos potenciais. Haverá
riscos não só associados a operações normais de navios, mas também a equipamentos que tenham
sido submetidos a condições para as quais não foram projetados.
10
Ao manusear fibra de vidro ou compósitos, os investigadores devem evitar o pó da fibra usando
óculos de proteção e uma máscara contra poeira. Tal como acontece com o amianto, os macacões
descartáveis podem ser necessários, e as roupas contaminadas devem ser lavadas separadamente.
Se a fibra de vidro ou materiais compósitos tiverem sido danificados pelo fogo, eles devem ser
borrifados com água antes do manuseio.
5. Materiais perigosos
A carga de uma embarcação pode ser combustível, tóxico, corrosivo ou radioativo. A empresa de
transporte ou o agente de frete devem ter informações sobre cargas perigosas, mas a precisão dos
detalhes sobre o conteúdo pode necessitar ser revisada com cautela. A prevenção da exposição é o
objetivo principal com materiais perigosos. Somente quando a exposição não puder ser evitada,
haverá necessidade de recorrer a equipamentos de proteção individual. Se um Perito obtiver
informações antecipadas sobre a carga do navio, poderá ser feita referência ao Código IMDG e seus
suplementos para aconselhamento sobre riscos específicos para a saúde dessa carga. Caso
contrário, os Peritos devem obter informações sobre os riscos e precauções necessários do mestre
do navio. Folhas de dados do produto, incluindo as Folhas de Dados de Segurança do Material,
quando aplicável, para todas as mercadorias fornecidas ao navio, devem estar disponíveis. Os
Peritos não devem se expor a riscos desconhecidos e devem procurar aconselhamento antes de
prosseguir.
2. Espere até que potenciais transferências de energia, como incêndios, explosões, vapores,
recipientes de materiais radioativos violados, etc. tenham sido eliminados.
Materiais perigosos podem ser emitidos de muitas maneiras por vários motivos. Pior ainda, é quase
impossível dizer precisamente quando eles reagirão e envolverão a zona de perigo com você.
A menos que você tenha uma razão convincente para ir a bordo do navio ou entrar no local do
acidente enquanto os sistemas de contenção de materiais perigosos estiverem sob estresse
mecânico ou térmico, espere que essas potenciais transferências de energia sejam eliminadas.
Métodos alternativos para aquisição de evidências podem ser utilizados. Por exemplo, fotografias
aéreas, entrevistas com testemunhas cujas tarefas exigem que eles entrem na área de destroços e o
subsequente exame de detritos físicos podem fornecer a evidência de que você precisa. Pondere o
valor dos dados que você precisa agora do local do acidente e os riscos à sua segurança.
Contêineres estressados sob pressão devem ser considerados como tendo potencial para ruptura
abrupta. O conteúdo deve ser considerado como tendo o potencial para uma explosão até que você
tenha evidências claras e convincentes do contrário dadas por especialistas.
11
emergência ou salvamento na área de destroços. Uma regra geral é ficar pelo menos a 600 metros
(2.000 pés) de distância de quaisquer incêndios com destroços onde materiais perigosos estejam
presentes.
4. Não se arrisque.
Se você tem alguma incerteza sobre o comportamento de materiais perigosos potencialmente
destrutivos em uma área de acidente, não arrisque entrar nos destroços. Há muito pouco a ganhar e
muito a perder se arriscar a sua própria segurança. Lembre-se de que seu papel é determinar o que
aconteceu e não fazer parte do que está acontecendo.
8.4.4 - A bordo de embarcação, muitas operações perigosas exigem autorização para o trabalho,
como forma de controlar as operações, e para assegurar que o pessoal autorizado esteja ciente dos
perigos, tenha tomado as precauções básicas de segurança e tenha a aprovação da pessoa
competente apropriada. As permissões para o trabalho geralmente são dadas por um curto período
de tempo específico, são renovadas diariamente, se necessário, e canceladas quando as operações
são concluídas. O Perito deve perguntar se há algum sistema de permissão para trabalhar (ou
permissão para entrar) no local, e deve sempre seguir as instruções, se elas existem.
8.4.2 - Antes de trabalhar em um equipamento próximo a ele e que pode ser iniciado o seu
funcionamento inesperadamente, certifique-se de que as pessoas responsáveis adequadas tenham
sido informadas, que o equipamento tenha sido isolado, que a confirmação tenha sido recebida e
que avisos tenham sido colocados em prática. A presença de uma pessoa responsável enquanto o
investigador está trabalhando nas proximidades de tal equipamento ajudará a evitar mal-entendidos.
12
8.7.2 - A existência de um risco biológico em uma determinada área pode ser estabelecida pelas
autoridades de saúde. Em casos urgentes, um médico de um centro de saúde pode ser solicitado a
estabelecer o fato. O equipamento de proteção a seguir deve ser usado ao entrar em uma zona de
risco biológico, completo e, se necessário, totalmente descartável:
Botas de proteção;
Luvas de látex, nitrilo ou borracha;
Luvas de trabalho em couro;
Óculos de proteção ou máscara facial;e
Proteção respiratória - ou uma máscara de papel ou uma máscara com filtro.
8.7.3 - Em um local de investigação de acidentes, um risco biológico pode ser causado não apenas
pelos corpos das vítimas, mas também por resíduos (como sangue) presos no navio.
Consequentemente, o equipamento de proteção deve ser usado mesmo se os corpos já tiverem sido
removidos. Deve ser substituído por novo após cada visita à zona contaminada. Todo o
equipamento de proteção usado deve ser retirado do avesso, selado em um saco plástico e coletado
para incineração, por ex. no incinerador do hospital local. As instalações de lavagem devem estar
disponíveis perto da zona contaminada. Fumar, comer e beber deve ser proibido na área
contaminada.
9 - OBTENÇÃO DE EVIDÊNCIAS
A evidência é qualquer coisa que ajude a estabelecer o que, quando, porquê, onde e como uma
vítima ou acidente ocorreu.
9.1 - Coletar dados é uma parte crítica da investigação. As informações detalhadas coletadas pela
equipe de investigação de segurança marinha são a base de toda a investigação, incluindo as
análises e conclusões. Estes, por sua vez, tornam-se a base para a identificação de medidas
preventivas para evitar recorrências. Consequentemente, é importante garantir que todas as
informações relevantes sejam coletadas e que as informações sejam precisas.
9.2 - A coleta e análise de informações é um processo iterativo interdependente que ocorre durante
as primeiras semanas do ciclo de investigação. À medida que a análise inicial é conduzida sobre as
evidências iniciais, as lacunas se tornarão aparentes, exigindo que a equipe colete evidências
adicionais. Geralmente, muitas iterações de coleta e análise de dados ocorrem antes que a equipe
possa ter certeza de que todas as evidências pertinentes foram coletadas e as análises finalizadas.
9.3 - As evidências podem ser divididas em quatro categorias principais, cada uma exigindo
13
diferentes abordagens:
Humano - testemunhos e observações dos Peritos;
Matéria física - relacionada ao acidente, por ex. equipamentos, peças, detritos, hardware etc;
Documentário - registros, relatórios, procedimentos etc;e
Eletrônico - cartas eletrônicas, gravações VTS, CCTV, etc.
9.5 - Quando a evidência é adquirida, é importante que ela possa ser contabilizada a partir do
momento em que ela é adquirida até o momento em que a investigação é concluída.
10 - ABORDAGEM GERAL
10.1 - O método para averiguação de fatos durante a realização de uma investigação de acidente
pode incluir, mas não se limita às seguintes atividades:
Entrevistar testemunhas;
Medição;
Fotografia;
Exame de documentação incluindo gráficos, planos e ordens permanentes;
Exame de provas materiais no local do acidente ou fato da navegação;
Acesso aos registros de computador, replay e acesso à memória do GPS, radar, cartas eletrônicas,
maquinário e outros registros de dados;
Download e análise de gravadores de dados de viagem;
Examinar gravadores de curso e outros dispositivos de gravação automática de dados;
Ouvir fitas e registros de comunicação;
Visualizar gravações de tráfego de embarcações (VTS);
Obtenção de certificados, por ex. registro, competência, maquinaria, classe, guarnição segura;
Visualizar registros de carga;
Verificar faturas e outros documentos relevantes;
Visualizar fotografias de satélite;
Obter previsões do tempo e relatórios meteorológicos reais;
Amostragem;
Referindo-se aos manuais dos fabricantes;
Relatórios anuais da empresa de leitura;
Obter dados efêmeros de Almanaques - marés reais em oposição ao previsto;
Estudar relatórios de mídia;
Examinar ordens permanentes, instrumentos estatutários, instruções;
Realização de estudos especializados (conforme necessário);
Verificar os assuntos organizacionais;
Identificar conflitos em evidências;
Identificar informações em falta;e
Examinar cestos de lixo e lixeiras.
10.2 - Durante os estágios iniciais de uma investigação de segurança, os Peritos devem procurar
coletar e registrar todos os fatos que possam ser de interesse para determinar 'quem', 'o que',
'quando', 'onde', 'como' e, mais importante, 'porquê' o acidente ocorreu. Os investigadores devem
estar cientes do perigo de chegar a conclusões muito cedo, deixando de ter uma mente aberta e de
considerar toda a gama de possibilidades.
10.3 - As informações devem ser verificadas, sempre que possível. As declarações feitas por
diferentes testemunhas podem entrar em conflito e evidências adicionais de apoio podem ser
14
necessárias para assegurar que todos os fatos relevantes sejam descobertos e a sequência de
eventos mais provável seja determinada.
11.2 - Evidências físicas menos óbvias, mas potencialmente importantes, incluem fluidos (líquidos e
gases). As embarcações usam uma grande quantidade de fluidos, incluindo produtos químicos,
combustíveis, controle hidráulico ou fluidos de acionamento e lubrificantes. A análise dessas
evidências pode revelar muito sobre a operacionalidade do equipamento e outros fatores
potencialmente relevantes. Pode ser que os especialistas sejam obrigados a realizar os testes
apropriados. Tome as precauções necessárias se houver risco biológico de estar presente.
11.3.2 - Fotografia
8.3.2.1 - Uma câmera digital de boa qualidade é uma ferramenta essencial para todos os
pesquisadores e um conhecimento profundo dos recursos e idiossincrasias do modelo específico
usado é importante. Baterias sobressalentes e cartões de memória devem sempre ser carregados.
As fotografias não apenas fornecem evidências, elas ajudam as pessoas a relembrar eventos, e sua
inclusão no relatório de investigação muitas vezes adiciona clareza ao texto. Eles também podem
ser usados para fins de apresentação.
11.3.2.2 - Fotografias do layout geral do navio são importantes, de preferência tomadas a uma
distância tal que o todo possa ser acomodado em um único quadro. A iluminação frontal ou lateral é
aconselhável e use apenas iluminação de fundo se não houver opção. Fotografias de áreas
danificadas são essenciais e este requisito significa que o investigador deve estar no local o mais
15
rápido possível após o evento, antes do trabalho de reparo. O dano deve ser fotografado de tantos
ângulos diferentes quanto possível. Imagens devem ter alguns meios de determinar a escala; muitas
vezes, um ponto de referência facilmente identificável fornecerá isso, mas, em outros casos, uma
regra de medição, moeda, caneta ou similar deve aparecer no quadro. Quando uma vítima ocorre
em vista de uma testemunha, deve-se tirar uma fotografia da linha de visão, preferencialmente em
condições de iluminação similares. Se uma vítima ocorreu à noite, o investigador deve se esforçar
para tirar fotografias da cena usando a lanterna e a luz natural. Uma fotografia de uma cena tirada
em níveis de pouca luz no exterior exigirá que a câmera seja configurada em uma configuração de
"pouca luz", "noturna" ou " exposição prolongada"; o uso de um tripé ou outro suporte sólido durante
o período de exposição será necessário. Obviamente, existem limitações para quais fotografias
podem ser tiradas com pouca luz.
11.3.2.5 - Se não for possível comparecer ao local da vítima antes que o local tenha que ser
perturbado em resposta à vítima, as fotografias dos envolvidos ou daqueles que atendem à vítima
devem ser solicitadas, quando possível. Uma vez no local, o investigador deve determinar o local e a
direção de onde as fotografias foram tiradas, e deve considerar tirar fotos idênticas se for útil para
fins de confirmação.
11.3.2.6 - Deve-se ter cuidado para garantir que as fotografias não representem erroneamente uma
cena e levem a falsas conclusões ou descobertas sobre um acidente. Os investigadores devem
tomar cuidado para evitar isso e, se julgar necessário, empregar serviços fotográficos profissionais,
que podem incluir policiais forenses se houver uma investigação judicial em andamento. Mesmo que
as fotografias sejam tiradas por um fotógrafo habilidoso, a equipe de investigação deve estar
preparada para direcionar o fotógrafo para capturar certas perspectivas importantes ou partes do
cenário do acidente. Informações sobre a cena/assunto, data, hora, direção e orientação das fotos
tiradas, devem ser documentadas.
11.3.2.7 - Ao tirar fotos de um objeto distante, como uma marca de navegação, sempre tente incluir
alguma forma de marca de referência, talvez um cenário de fundo, contra o qual o espectador possa
se orientar. É importante que as descrições de cenas, equipamentos, etc., sejam feitas em todos os
casos para futura referência.
11.3.3.1 - O vídeo pode ajudar um investigador a lembrar a localização e o layout de uma cena de
acidente. Também fornece uma ferramenta útil ao reconstruir a posição de pessoas ou
equipamentos antes, durante e depois do acidente. O objetivo da filmagem de vídeo é apresentar
um registro visual de uma cena de acidente de uma maneira tecnicamente útil. Um videotape
completo permite que a equipe minimize as viagens para a cena do acidente. Isso pode ser
importante se a cena for de difícil acesso ou se apresentar riscos significativos. Um elemento de
planejamento prévio é necessário para obter o melhor das filmagens em vídeo.
11.3.3.2 - Ao filmar, os Peritos devem considerar como será o resultado final, e estar ciente de que o
“roaming” aleatório, o movimento infinito e continuamente o zoom pode ser uma distração para o
espectador. Uma série de tomadas estáticas de grande angular da mesma cena, a partir de posições
16
diferentes, costuma ser melhor que a de “roaming” aleatório. Isso deve ser seguido por tomadas
estáticas de pontos de interesse. Quase certamente estes serão aproximações de graus variados.
11.3.3.3 - A saúde e a segurança também devem ser consideradas durante a gravação do vídeo,
pois o investigador estará preocupado com o conteúdo e o comentário do vídeo e provavelmente
ficará menos ciente dos riscos do local enquanto estiver se movimentando. Nestas situações, a
proximidade ou observação atenta de um colega ou pessoa responsável ajudará a garantir a
segurança do operador da câmera.
12.1 - Após o mapeamento inicial e o registro fotográfico, uma inspeção sistemática das evidências
físicas pode começar. A inspeção envolve:
Inspecionar os equipamentos envolvidos, veículos, estruturas, etc. para verificar se há alguma
indicação de que partes componentes estavam faltando ou fora do lugar antes do acidente;
Observar a ausência de qualquer parte das proteções, controles ou indicadores operacionais
(instrumentos, indicadores de posição, etc.) entre as partes danificadas ou remanescentes no local;
Identificar, o mais rapidamente possível, qualquer equipamento ou peças que devam ser limpos
antes de serem examinados ou testados e transferidos para um laboratório ou para os cuidados de
um especialista com experiência em metodologias de teste apropriadas;
Observar o roteamento ou movimentos de registros que podem ser posteriormente rastreados para
encontrar componentes ausentes; e
Preparar uma lista de verificação de componentes complexos de equipamentos para ajudar a
garantir uma pesquisa completa.
Essas observações devem ser registradas em notas e fotografias, para que os investigadores evitem
confiar em suas memórias. Um pequeno gravador de voz pode ser útil para registrar descrições
gerais de aparência e danos; no entanto, a falha potencial de um gravador, o apagamento
inadvertido e as limitações da descrição verbal sugerem que as descrições verbais gravadas devem
ser usadas em combinação com anotações, esboços e fotografias.
12.2.1 - Após a inspeção inicial da cena, os investigadores podem precisar remover itens de
evidências físicas. Para garantir a integridade da evidência para exame posterior, a extração das
partes deve ser controlada e metódica. O processo pode envolver simplesmente pegar componentes
ou peças de equipamentos danificados, remover parafusos e conexões, cortar estruturas
importantes ou até mesmo recuperar evidências sob pilhas de detritos. Antes que a evidência seja
removida da cena do acidente, ela deve ser fotografada e sua posição anotada em um esboço
apropriado da cena. Lembre-se, uma vez que foi movido, nunca poderá ser retornado exatamente à
mesma posição que ocupou antes de ser movido. Deve então ser cuidadosamente embalado e
claramente identificado.
12.2.3 - Itens que foram fraturados ou danificados devem ser cuidadosamente embalados para
preservar os detalhes da superfície. Peças delicadas devem ser acolchoadas e encaixotadas. Tanto
a parte quanto a parte externa do pacote devem ser rotuladas. Partes gordurosas ou sujas podem
ser embrulhadas em papel alumínio e colocadas em sacos de polietileno ou outros materiais não
absorventes para transporte. Se surgirem incertezas, os especialistas no assunto podem aconselhar
o investigador sobre métodos eficazes para preservar e embalar evidências e espécimes que devem
ser transportados para teste.
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12.2.4 - Ao se preparar para remover evidências físicas, estas diretrizes devem ser seguidas:
Normalmente, a extração não deve começar até que as testemunhas tenham sido entrevistadas, já
que a referência visual ao local do acidente pode estimular a memória de alguém;
A extração e remoção ou movimentação das peças não devem ser iniciadas até que os registros de
posição (medições para mapas e fotografias) tenham sido feitos;
Esteja ciente de que o local do acidente pode ter sido danificado o suficiente para torná-lo inseguro
para coletar as provas específicas necessárias;
As localizações das peças removidas podem ser marcadas com tinta spray laranja ou sinalizadores
de marcação com fios; os marcadores de marcação podem ser anotados para identificar a peça
removida e permitir a medição posterior;
Cuidado durante a extração e exame preliminar é necessário para evitar a remoção ou distorção de
marcas de impacto e superfícies de fratura; e
Deve haver acordo com outras partes interessadas antes da extração ocorrer.
12.3.1 - Amostras de tinta, livros para testes forenses, materiais, etc. devem ser colocados em sacos
plásticos limpos e estéreis. Onde a evidência for muito grande para tal bolsa, então meios
alternativos de segurar a amostra podem ter que ser feitos. Um grande recipiente de plástico pode
ser adequado; caso contrário, a amostra pode ter que ser retirada sem proteção por uma cobertura.
Se este for o caso, uma nota deve ser feita no caderno do Perito.
12.3.2 - Qualquer amostra de evidência que possa emitir hidrocarbonetos (amostras de óleo ou
amostras de material que possam conter alguma solução aceleradora de incêndio) deve ser
protegida em latas de amostra limpas com um topo seguro, pois os hidrocarbonetos podem respirar
através do plástico. Se necessário, os fornecedores de tintas podem fornecer tais latas.
12.3.3 - Quando amostras de evidências são enviadas para testes ou análises, é sensato ter uma
trilha documental para mostrar quem recebeu o quê e quando e quem removeu os selos e os
recipientes resselados.
13.1.1 - A evidência documental pode fornecer dados importantes e deve ser preservada e protegida
de forma tão metódica quanto a evidência física. Essas informações podem estar na forma de
diários de bordo, leituras de equipamentos, registros de gravadores, cartas (em papel ou
eletrônicas), documentos, certificados, documentos, números de versão de software de navegação,
fotografias, fitas de vídeo, organogramas no site ou em arquivos. outros locais.
13.1.2 - Alguns registros de trabalho/processo/sistema são retidos apenas para o dia de trabalho ou
a semana, portanto, sua identificação rápida é necessária para garantir que eles sejam protegidos.
Em alguns casos, documentos importantes podem estar em um idioma não familiar ao investigador;
em caso afirmativo, talvez seja melhor ter mais cópias de documentos para permitir a tradução em
um estágio posterior. Alguns tripulantes também podem ajudar a apontar os documentos que você
solicitou.
18
13.1.4 - Os documentos geralmente fornecem evidências vitais para identificar fatores causais e
contributivos em um acidente. A evidência pode ser útil para:
Examinar minuciosamente as políticas, normas e especificações que moldaram o ambiente em que
o acidente ocorreu;
Indicar as atitudes e ações das pessoas envolvidas no acidente;e
Revelar evidências que geralmente não são estabelecidas no testemunho verbal.
13.1.5 - Coletivamente, esta evidência fornece pistas importantes para possíveis razões subjacentes
para erros, avarias e falhas que levaram ao acidente. A análise de documentos pode envolver
documentos de verificação cruzada de diferentes fontes que contenham as mesmas informações ou
análises científicas. A análise pode incluir verificação cruzada do livro registro de navegação do
passadiço com os registros da praça de máquinas.
13.1.6 - Não se pode enfatizar o suficiente para que os registros contemporâneos, ou seja, aqueles
feitos no momento de um acidente, sejam de maior valor. Cópias gravadas de livros de registro, por
exemplo, o bandalho de máquinas, copiado a mão livre é de valor limitado. De maior valor é a
verificação cruzada dos registros do navio com fontes externas, como fitas VTS, fitas de controle do
porto ou livros de registro, registros do terminal de carga, registros policiais, registros alfandegários
ou até mesmo gravações de TV ou rádio.
13.1.7 - Os investigadores devem manter a mente aberta e pensar lateralmente perguntando: "Quem
mais pode ter informações semelhantes?" Isto pode permitir que as provas sejam verificadas.
13.2.2 - A documentação da embarcação deve ser inspecionada como uma questão de rotina. É
importante garantir que os procedimentos foram cumpridos. Todos os aspectos são importantes para
um Perito e incluem, mas não estão limitados a:
Treinamento;
Planos, instruções e listas de verificação para a segurança da embarcação e prevenção da poluição
;
Preparação para emergências;
Relato de incidentes não conformes;
Manutenção corretiva dos equipamentos;
Manutenção preventiva dos equipamentos;
Documentação da embarcação;
Equipamentos críticos;e
Registro de auditorias internas da empresa.
13.2.3 - Se houve um desvio, é importante identificar a não conformidade para determinar se a saída
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foi consistente com a tomada de decisão razoável. Dependendo da vítima, também pode ser
necessário verificar os relatórios do navio sobre incidentes não conformes e o recebimento da
administração de tais registros e ações subsequentes, que podem incluir um registro de ação
corretiva. Às vezes, os problemas que surgem em um acidente podem ter sido identificados em
auditorias anteriores; estabelecer por que a ação corretiva não conseguiu evitar o acidente pode ser
bastante revelador.
13.3 - Fotocópias
13.3.1 - Os Peritos devem ser sensíveis à possibilidade de que fotocópias de documentos não
representem verdadeiramente o documento original. As borrachas e / ou o uso de líquidos de
correção, que podem estar aparentes no documento original, podem não aparecer em uma fotocópia
do documento. Além disso, como no caso dos diários de bordo, páginas inteiras podem ser
removidas. Se o Perito não examinar o documento original, ele não terá certeza de que a fotocópia
fornecida é, de fato, uma cópia verdadeira e exata. Antes de serem aceitas fotocópias de
documentos, o Perito deve comparar a cópia com o original para assegurar que não houve
alterações no original.
13.3.2 - Com câmeras digitais, muitas vezes é fácil tirar uma fotografia das páginas relevantes do
documento, que pode mostrar melhor o original. As fotocopiadoras também podem ser de qualidade
variável, e levar os documentos para cópia pode apresentar seus próprios problemas.
14.3.1 - No mínimo, a última posição confirmada do dispositivo antes que a energia seja perdida, ou
foi desligada, será armazenada. Na maioria dos casos, isso será perdido quando o dispositivo for
ligado novamente, a menos que isso seja feito em um ambiente controlado. Portanto, se a última
posição for importante, é essencial que o dispositivo não seja ligado no campo por ninguém.
14.3.2 - O que mais está armazenado depende do dispositivo e do modo como foi configurado. No
pior dos casos, nada além da última posição ou de uma "trilha de caracol" que pode ser ampliada
com o cursor no dispositivo para estimar as posições estarão disponíveis. No melhor dos casos,
estarão disponíveis 24 horas ou mais de informações, incluindo posição, curso no fundo (COG),
velocidade no fundo (SOG), tempo e pontos da derrota em um formulário que pode ser baixado.
14.3.3 - Se o dispositivo estiver danificado fisicamente, é provável que um centro técnico apropriado
possa ler o chip de memória e, assim, o dispositivo deve ser devolvido a ele. Para evitar danos
elétricos, certifique-se de que as baterias sejam removidas antes do transporte e não tente ligá-lo.
20
14.3.4 - Onde os dados da trilha são armazenados, pode ser possível conectar os PCs a esses
dispositivos e, assim, baixar os dados armazenados neles diretamente. Pode então também ser
possível acessar os dados para análise.
15.1 - Cada vez mais, as informações digitais de fontes eletrônicas, tanto no navio quanto em terra,
são recuperáveis e podem oferecer evidências objetivas para a investigação de segurança. Os
Peritos devem levar equipamentos que gravarão/copiarão e poderão até mesmo reproduzir
informações, e estar familiarizados com sua operação. O equipamento necessário pode incluir, mas
não está limitado a:
um computador portátil;
memória flash USB;
cabos USB e ethernet;
Disco rígido portátil;
CD/DVD player/gravador; e
O equipamento que permite aos investigadores realizar capturas de tela também é útil.
15.2 - É importante que os investigadores estabeleçam o software que está sendo usado e o sistema
operacional e a versão do equipamento a partir do qual os dados eletrônicos estão sendo copiados.
A bordo, o equipamento que pode gravar ou conter informações digitais inclui:
Exibição Eletrônica de Cartas e Sistemas de Informação (ECDIS);
Sistemas de cartografia eletrônica;
dispositivos GPS;
transponders AIS;
Radares;
Sistemas de gerenciamento de motores;
Sistemas de proteção contra incêndios;
Sistemas de comunicação;
Câmeras de segurança;
Livros de registro eletrônico;e
Manutenção planejada e sistemas de gerenciamento de segurança.
15.4 - Quando for necessário examinar um dispositivo que contenha informações eletrônicas, o que
implica a troca, desmontagem ou algum outro exame, especialmente quando tal ação possa alterar
21
materialmente a condição ou o estado do dispositivo, deve-se considerar previamente a consulta aos
interessados especialista, se necessário.
15.5 - ECDIS
É um sistema de informações baseado em computador projetado para substituir as cartas náuticas
em papel em um navio. Sua principal função é exibir informações de gráficos digitais (de vários
formatos diferentes) e integrá-los aos dados de posição. Ele pode então ser usado da mesma forma
que uma carta náutica em papel, plotando um curso paranavegar ou atracar usando sistema, com o
benefício adicional de que a posição do navio é determinada automaticamente e sempre conhecida.
Além disso, um ECDIS também pode exibir dados de radar, ecobatímetro, AIS e outros instrumentos
a bordo. Os sistemas ECDIS aprovados com um sistema de backup adequado podem agora
também ser utilizados em vez de cartas náuticas em papel. Fabricantes eletrônicos típicos que
podem ser encontrados podem incluir TRANSAS em navios mercantes e OLEX em embarcações de
pesca.
15.8.2 - Dependendo da legislação do Estado em cuja jurisdição o acidente ocorreu, pode ser
possível obter registros de telefones celulares, possivelmente através das autoridades judiciais.
22
das hipóteses, o acesso à prova pode nem mesmo ser concedido pelas autoridades judiciais.
18 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS
Em algumas ocasiões, pode haver a necessidade de serviços especializados para serem usados no
decorrer de uma investigação. Isso pode incluir testes de equipamentos defeituosos, testes
metalúrgicos de componentes fraturados, buscas submarinas e até salvamento de naufrágios.
19 - TESTES DE ESPECIALISTA
19.1 - É benéfico ter contatos com órgãos públicos de teste ou empresas que possam fornecer
análise especializada de equipamentos ou componentes defeituosos. Especialistas podem incluir:
Locais de teste de materiais analisando materiais fraturados, composição do material, análise de
fadiga;
Teste de cabos e fios:
Previsão de carga para causar falha, resistência à perda, mecanismo de falha, composição do
23
material;
Fabricantes de equipamentos, por exemplo: equipamento de navegação, motores principais,
máquinas auxiliares, bombas, etc .;
Locais de testes independentes para testar produtos contra padrões, por ex: balsas salva-vidas,
coletes salva-vidas e testes de EPIRB;
Laboratórios forenses para exame microscópico e de oligoelementos, por ex: amostras de tintas de
abalroamento com embarcações não confirmadas e recuperação de documentos molhados;
Recuperação de dados eletrônicos, GPS e recuperação de discos rígidos de computadores;
Especialistas em fatores humanos para análises de gravação de voz, fadiga e análise de prejuízo do
operador;
Médicos, hospitais e laboratórios médicos para autópsias, identificação de drogas e álcool e
problemas médicos.
19.2 - Logo no início do cenário de um acidente, um investigador deve avaliar se especialistas são
necessários, pois pode haver medidas muito específicas a serem seguidas para permitir que as
evidências sejam preservadas para testes. Um telefonema rápido para um fabricante ou um orgão
de testes geralmente determina se vale a pena recuperar uma peça de prova ou pode ser de pouca
utilidade, economizando tempo na recuperação inútil de evidências. Ao coletar amostras de
materiais para testes, garanta que uma quantidade adequada seja recuperada para o teste. Mais
uma vez, o órgão de testes deve ser capaz de informar quanto material para teste precisa ser
entregue para permitir uma análise satisfatória.
19.3 - Quando os equipamentos defeituosos ou de teste falharem, todos os esforços devem ser
feitos para obter um especialista que não seja o fabricante do equipamento para garantir a
imparcialidade e a credibilidade de qualquer teste. No entanto, muitos equipamentos são altamente
técnicos e muitas vezes não há opção além de levar um equipamento para o fabricante. Neste caso,
o Perito deve avaliar o benefício de comparecer a qualquer teste ou exame para garantir a
imparcialidade.
20 - BUSCAS
20.1 - No caso de uma embarcação perdida sem deixar rastros, pode haver a necessidade de
realizar uma pesquisa para localizá-la se nenhum sobrevivente for encontrado ou se as informações
iniciais levantarem dúvidas sobre a embarcação.
21 - PESQUISA SUBAQUÁTICA
24
último caso, a logística e a equipe de pessoas envolvidas serão muito maiores e o custo será muito
maior.
21.1.4 - É importante ter expectativas realistas sobre o que um mergulhador será capaz de alcançar.
Derivar uma lista de prioridades do que procurar primeiro e depois tarefas adicionais, se o tempo
permitir, é uma boa maneira de maximizar a eficácia do mergulho. Também se deve ter em mente
que, dadas as condições de corrente, visibilidade e clima, um mergulho pode ter que ser abortado.
21.1.5 - Ocasionalmente, mergulhadores podem ter sido levados a uma cena para procurar e
recuperar qualquer pessoa desaparecida. Se este for o caso, o (s) mergulhador (es) deve (ão) ser
entrevistado (s) para determinar o que ele viu e o que ele mudou ou adulterou na recuperação de
qualquer corpo. Por exemplo, puxar o corpo de um pescador para fora da casa do leme de seu
barco de pesca pode desalojar controles como o acelerador do motor. O mergulhador também pode
ter que abrir portas ou janelas para obter acesso.
21.2.2- Em águas mais rasas e áreas onde a corrente submersa não é muito grande, um pequeno
ROV que pode ser encaixado em dois gabinetes pode ser uma ferramenta muito útil e barata.
Empreiteiros serão capazes de mobilizar rapidamente, chegar a uma cena e dentro de meio dia, ser
capaz de realizar uma pesquisa subaquática inicial. O ROV terá uma câmera e o Perito poderá
direcionar o motorista do ROV para o que ele deseja examinar. É importante garantir que a filmagem
da pesquisa seja gravado para permitir um exame de tempo lento em uma oportunidade posterior. A
outra vantagem do pequeno ROV é que ele pode penetrar dentro de um naufrágio, uma atividade
que não deve ser realizada por mergulhadores devido ao risco de aprisionamento. No entanto, em
alguns casos, pode ser vantajoso ter mergulhadores disponíveis para abrir portas e escotilhas e
limpar detritos para permitir que um ROV entre no local.
25
mais capazes e poderosos. A corrente subaquática pode ser um fator crítico, pois o arraste no
cordão umbilical do ROV até a superfície pode ser significativo. O benefício dos maiores ROVs é
que eles podem ter um braço manipulador, ou outras ferramentas, que podem ser úteis para acessar
um navio ou recuperar evidências ou amostras importantes. No entanto, quanto maior o ROV,
menos provável será o acesso dentro de um naufrágio. Uma solução para isso pode ser ter um mini-
ROV que implanta a partir de um ROV maior, mas claramente isso traz custos e complicações muito
maiores.
22 - OPERAÇÕES DE SALVAMENTO
22.1 - Em alguns casos, pode ser necessário salvar uma embarcação. Na maioria dos casos, a
operação de salvamento será realizada pelas seguradoras, pois elas podem ter a obrigação de
remover o naufrágio. Se um órgão de investigação de segurança marítima decidiu salvar um
naufrágio, precisará de financiamento adequado para o fazer, uma vez que o salvamento é
geralmente uma operação dispendiosa. Separar um pequeno barco de pesca ou barco de trabalho
pode ser menos dispendioso, mas mesmo assim o gasto potencial e a dificuldade de salvar um
navio não devem ser subestimados.
22.4 - Antes que qualquer atividade de salvamento ocorra, o Perito deve insistir em uma pesquisa
completa do naufrágio, como encontrado e, idealmente, gravado em vídeo. Isso não deve ser um
problema, pois os salvadores também precisam ter uma boa compreensão de como os destroços se
encontram e onde estão os elementos críticos, como portas estanques, tubos de ventilação e
qualquer dano. É muito importante que um bom registro do navio seja obtido para que, uma vez na
superfície, as ações dos salvadores possam ser diferenciadas dos danos causados durante o
acidente. Ter um Perito assistindo à operação de resgate é ideal, pois ele poderá acompanhar o que
os salvadores estão fazendo e pode perguntar aos mergulhadores o que eles encontraram, etc.
Esteja preparado para que o salvamento leve potencialmente uma quantidade significativa de tempo
como corrente. e o tempo pode atrasar o progresso.
22.5 - Uma vez que um destroço tenha sido recuperado para a superfície e depois de ser
determinado que é seguro embarcar, o investigador deve fazer todos os esforços para fotografar e
registrar as áreas críticas da embarcação, como controles do navio, posições de interruptores,
estado de guinchos, portas, etc. Isso é importante, pois outras operações podem contaminar ou
perturbar a evidência e fornecer pistas enganosas para o investigador. Uma vez que o salvador
tenha estabilizado o naufrágio e esteja pronto para entregá-lo, certifique-se que as instalações de
apoio estão prontas para garantir que o destroço permaneça flutuando e possa permanecer atracado
com segurança.
23 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
Todas as alusões feitas a acidente da navegação nestas orientações também se referem aos fatos
da navegação. Um acidente pode resultar em lesão grave, doença, dano ou impacto ambiental e,
por vezes, todos os quatro.
Estudos têm demonstrado que os acidentes podem ter muitos fatores contribuintes e que muitas
vezes existem causas distantes do local do acidente. A correta identificação das causas requer uma
investigação oportuna e metódica, que vai muito além das evidências imediatas.
26
navegação em sua área de jurisdição.
23.5.1 - O método de busca dos fatos (“Fact-finding”), enquanto conduzindo uma investigação inclui,
mas não está limitado, às seguintes atividades:
1. Inspecionar o local;
2. Coleta ou gravação de evidências físicas;
3. Entrevista de testemunhas, tendo em conta as diferenças culturais e de linguagem (locais e
externas);
4. Análise dos documentos, procedimentos e registros;
5. Realização de estudos especializados (quando necessário);
6. Identificação de conflitos nas evidências;
7. Identificação das informações que faltam; e
8. Registro dos fatores fundamentais e das possíveis causas.
23.5.2 - Seguindo-as à busca dos fatos, a investigação inclui a sua análise, conclusões, o
estabelecimento da causa determinante e recomendações de prevenção a serem propostas ao
Comandante da OM visando evitar que a ocorrência se repita (prevenção de acidente)
23.5.3.1 - O objetivo desta fase da investigação é recolher tantos fatos quanto possível, que possam
auxiliar na compreensão do acidente e os acontecimentos ao seu redor. O âmbito de qualquer
investigação pode ser dividido em cinco áreas:
- pessoas;
- ambiente;
- equipamentos;
27
- procedimentos; e
- organização da embarcação e da empresa.
23.5.3.2 - Condições, ações ou omissões de cada uma dessas áreas devem ser identificadas, já que
poderiam ser fatores contribuintes para o acidente ou para uma lesão posterior, perdas ou danos.
23.5.5 - Listas de Verificação (Check Lists) para a investigação (anexo 1-D da NORTEC 09/DPC)
são muito úteis nas fases iniciais para manter toda a gama de possibilidades em mente, mas elas
geralmente não cobrem todos os aspectos possíveis de uma investigação. Quando Listas de
Verificação são utilizadas suas limitações devem ser claramente entendidas.
23.5.6 - Nos estágios iniciais de uma investigação normalmente o foco está sobre as condições e
atividades próximas ao acidente e apenas as causas primárias, também conhecidas como "falhas
ativas", são geralmente identificadas nesta fase. No entanto, condições ou circunstâncias
subjacentes a estas causas, conhecidas como "falhas latentes", também devem ser investigadas.
23.5.7 - Um fator a ser considerado durante uma investigação é uma mudança recente. Em muitos
casos, verificou-se que alguma mudança ocorreu antes de um acidente que, combinando com outros
fatores causais que já estão presentes, serviu para iniciar a ocorrência. Mudanças de pessoal,
organização, processos, procedimentos e equipamentos devem ser investigados, especialmente a
entrega do controle e instruções, bem como a comunicação de informações sobre a mudança para
aqueles que precisavam saber.
23.5.8 - O efeito de ciclos e pressões de trabalho pode ter um impacto sobre o desempenho de um
indivíduo antes de uma ocorrência. O impacto das pressões sociais e domésticas (o chamado erro
de execução) relacionadas ao comportamento de um indivíduo não deve ser menosprezado.
23.5.9 - A informação deve ser verificada sempre que possível. Declarações prestadas por
testemunhas diferentes podem entrar em conflito e mais provas podem ser necessárias. Para
garantir que todos os fatos serão descobertos, as perguntas "quem?”, “o quê?”, “quando?”, “onde?”,
“por quê?” e “como?" devem ser feitas.
23.5.10.3 - Uma boa investigação explora o grau de correlação entre os documentos e a realidade a
todos os níveis apropriados: geralmente isso vai exigir algumas habilidades especializadas.
28
23.5.11.1 – Como já mostrado, por vezes, pode ser necessário realizar testes especializados para
estabelecer como acidente ou incidente aconteceu. Isso pode incluir, por exemplo, estudos de
especialistas metalúrgicos de peças de máquinas quebradas, análise de resíduos de óleo ou tinta,
cálculo e reconstrução de uma característica de estabilidade do navio, os cálculos de amarração, a
análise especializada das condições meteorológicas e de mar no momento e lugar do acidente ou
incidente, bem como a utilização de simuladores para analisar e reconstruir uma sequência de
eventos.
23.5.11.2 - Onde a proposta de testes de evidências físicas é susceptível de alterar o seu estado, as
outras partes interessadas devem ser consultadas.
23.5.12.1 - Existem vários métodos diferentes de organização de provas para apoiar a reconstituição
e análise na investigação, cada um com suas próprias vantagens e desvantagens. Para garantir que
um acidente ou fato da navegação é minuciosamente examinado a partir de um ponto de vista da
segurança, é essencial que a investigação seja feita com uma perspectiva sistêmica. A perspectiva
sistêmica envolve ir além da determinação de "quem fez o quê?" e olhar para as condições que
influenciaram diferentes eventos relevantes, mesmo quando estas condições são encontradas
afastadas do local de acidente. A perspectiva sistêmica também coloca fatores humanos em
contexto e inclui as interações entre homem, máquina e a organização.
23.5.12.2 - Os métodos de análise utilizados vai ajudar o investigador a pensar de uma forma
estruturada, mas também terá um efeito sobre onde o Perito vai colocar o seu foco. Alguns métodos
se concentram em fatores humanos; Alguns apoiam a compreensão da sequência de eventos;
outros dão apoio a uma análise de segurança complexa ou de compreensão das falhas técnicas.
Métodos de análise devem, portanto, serem vistos como ferramentas em uma caixa de ferramentas.
Uma boa investigação vai escolher o melhor conjunto de ferramentas de análise para satisfazer as
características desse acidente ou fato particular. No entanto, o método ou a combinação de métodos
utilizados em cada inquérito deve atender a requisitos mínimos:
1. Reconstituição do acidente ou fato como uma sequência de eventos;
2. Identificação de eventos ligados ao acidente e fatores que contribuem a todos os níveis
adequados; e
3. Análise, fatores que contribuem a todos os níveis adequados, conclusões e estabelecimento da
causa determinante.
23.5.13.1 - O primeiro passo na análise é rever a informação factual para esclarecer o que é ou não
é relevante, para assegurar que a informação seja tão completa quanto possível ou viável. Esta
colocação da análise deve ter como objetivo determinar a forma como o acidente ou fato ocorreu. A
reconstituição é preferencialmente feita por meio de um método que permite uma descrição gráfica
da sequência de eventos (Análise de Dados). Isso é benéfico, uma vez que permite ao Perito discutir
e apresentar a ocorrência e, em particular:
1. Identificar as lacunas na informação;
2. Identificar quaisquer conflitos em provas;
3. Proporcionar a descrição gráfica de como os diferentes eventos estão relacionados (cronologia do
acidente); e
4. Identificar os fatores contribuintes e sua relação com diferentes eventos de acidentes.
23.5.14.1 - O propósito de uma análise de segurança é obter uma compreensão mais aprofundada
29
das questões de segurança subjacentes que podem causar ou contribuir para um acidente ou fato
da navegação. Alguns métodos de análise de investigação combinam reconstrução de acidentes e
análise de segurança em um só. Alguns métodos de análise de dados podem ser diretamente
ligados à reconstrução de eventos, ao passo que outros instrumentos de análise de segurança
podem ser derivados de diferentes modelos de causas de acidentes e são melhores utilizados como
métodos independentes. São ferramentas de análise de segurança eficientes:
Incentivo a diferentes perspectivas de causalidade do acidente;
Suporte de comunicação e questionamento mais profundo;
Permitir a identificação de questões de segurança e deficiências de segurança, incluindo aqueles
afastados do local de acidente; e
Melhorar o desenvolvimento de ações corretivas eficazes a todos os níveis adequados (proposição
de medidas de prevenção para que o acidente não se repita).
Em cada etapa do processo de análise, o investigador deve identificar lacunas em sua evidência e
compreensão do caso e buscar esclarecimento por meio de evidências e análises adicionais. O
processo de análise deve começar no início da investigação e continuar por todo o processo.
24.1 - Relatórios
24.1.1 - Para facilitar o fluxo de informações, o relatório final da investigação dos Peritos, que é o
LAUDO DE EXAME PERICIAL, deve ser bem estruturado e cobrir o que está listado no ANEXO 1-N,
da NORTEC 09/DPC. O Laudo deverá ter nas suas diferentes partes uma distinção clara entre os
fatos e a análise.
24.1.2 – A partir das informações contidas no Laudo de Exame Pericial, o Encarregado do IAFN fará
a inquirição das testemunhas e concluirá a sua investigação com o Relatório do Encarregado do
Inquérito. Este Relatório também deve ser bem estruturado e cobrir o que está listado no ANEXO 1-
AE, da NORTEC 09/DPC. O Relatório também deverá ter nas suas diferentes partes uma distinção
clara entre os fatos e a análise
24.1.3 - Sempre que se verifique durante uma investigação que há uma deficiência de segurança
que apresenta um sério risco potencial a vidas, a navios ou ao ambiente, devem ser tomadas
medidas para informar as pessoas responsáveis pela gestão do risco na OM (Comandante, etc). Isto
pode assumir a forma de uma recomendação provisória de prevenção. É importante não atrasar a
divulgação ao Comandante da OM de medidas de prevenção para enfrentar esses riscos de
segurança à navegação até a conclusão da investigação.
25.1 - As áreas de investigação já mostradas podem ser usadas para planejar e investigar os fatores
humanos e organizacionais durante uma investigação de acidente ou fato da navegação. Algumas
áreas de investigação ultrapassam ou mesmo incorporam múltiplas interações. Essa orientação não
30
significa ser exaustiva nem se pretende dar uma lista de verificação, onde cada ponto deve ser
investigado em todos os casos. Algumas áreas podem não ser relevantes na investigação de uma
ocorrência especial, enquanto outras áreas podem exigir uma investigação mais profunda. À medida
que novos fatores humanos e organizacionais ou questões surjam, novas áreas de pesquisa terão
de ser exploradas pelos investigadores.
25.2 - Entrevista hábil pode ajudar o investigador a eliminar as linhas irrelevantes de investigação e
se concentrar em áreas de maior importância potencial. A ordem e a maneira com que são
indagadas as questões vão depender de quem está sendo entrevistado e por sua vontade e
capacidade de lembrar e descrever o comportamento pessoal e impressões pessoais. Formação em
técnicas de entrevista cognitivas vai ajudar os investigadores na indução de informações precisas de
entrevistados e isto é altamente recomendado. Além disso, por motivo das interações humanas,
incluindo entrevistas, podem estar sujeitas a mal-entendidos; será normalmente necessário uma
verificação, uma verificação cruzada ou aumento das informações recebidas de uma pessoa através
de entrevistas com os outros sobre o mesmo assunto (s).
É comumente descrito como visto no diagrama. Destaca não apenas os elementos mas também a
relação entre o componente humano chave (Central Liveware) e os outros componentes. O
diagrama tenta destacar que as correspondências ou incompatibilidades das interfaces são tão
importantes quanto os próprios componentes e, portanto, são tão importantes para investigar quanto
os próprios elementos.
26.2 - Software - parte não física do sistema
Software é a parte não física do sistema, incluindo políticas organizacionais, procedimentos,
manuais, layout de lista de verificação, gráficos, mapas, recomendações, programas de computador
e o sistema de gerenciamento de segurança.
Considere os procedimentos, regras, regulamentos, documentos e programas de computador que
podem ter influenciado as ações do ser humano no centro da investigação.
26.4 - Ambiente
Ambiente inclui o clima interno e externo, temperatura, visibilidade, vibração, ruído e outros
fatores que constituem as condições em que as pessoas estão trabalhando. As amplas restrições
31
políticas e econômicas sob as quais o sistema marinho opera e a cultura de segurança do navio e da
organização podem ser incluídas neste elemento. As alterações do clima também faz parte desse
ambiente, na medida em que o clima afeta as comunicações, a tomada de decisões, o controle e a
coordenação.
Considere como os ambientes interno, externo, regulamentar ou de segurança podem ter afetado a
tomada de decisão da (s) pessoa (s) no centro da investigação.
Lembrete: o Perito deve usar o acrônimo SHEL como um lembrete constante durante toda a
investigação do fator humano para solicitar que todas as áreas de investigação sejam investigadas e
as evidências relevantes coletadas.
32
Carga de trabalho e/ou esforço necessário para a tarefa:
até que ponto era dentro da capacidade da tripulação no momento.
que estavam lá quaisquer tarefas que não foram feitas por causa da carga de trabalho.
esforço físico envolvido; empurrar, puxar, levantar, etc.
esforço mentais envolvidos; pensar, decidir, fazer cálculos, lembrar, ver, pesquisar, etc.
pressão de tempo existente; adequação do tempo alocado para a tarefa.
uso de perguntas com escalonamento pode ajudar aqui (por exemplo, "numa escala de 1 a 10, onde
1 é muito fraco e 10 é extremamente difícil, como (fisicamente) foi difícil esta tarefa ?...").
4 - Atividades antes da ocorrência
Ações e/ou atividades antes de entrar em serviço ou relatar as tarefas.
Papel do indivíduo na operação a ser efetuada pelo navio no momento da ocorrência.
Localização do indivíduo a bordo no momento da ocorrência.
O que foi observado sendo imediatamente antes da ocorrência; o que foi visto, ouvido, sentido,
cheirado e pensado.
7 - A saúde física
Os sintomas da doença experimentada nas 72 horas antes da ocorrência.
Medicamentos tomados (prescritos e não prescritos).
Descrição da última refeição consumida antes da ocorrência; o que e quando.
Descrição da existência e regularidade da rotina de exercícios.
Detalhes de quaisquer recentes exames médicos, doenças ou lesões.
Detalhes de qualquer medicação regular ou irregular, tanto prescritos e não prescritos.
Descrição da qualidade da visão (por exemplo, lentes corretivas).
Descrição da qualidade da audição (por exemplo, aparelhos auditivos).
Nome e contato do seu médico pessoal.
8 - A saúde mental
Período de tempo gasto longe da família ou entes queridos.
Emoções extremas em qualquer momento nos dias antes da ocorrência; por exemplo, sentimentos
de extrema tristeza, raiva, preocupação, medo (perguntas com uso de escala (1 a 10) para
determinar o nível).
Decisões pessoais importantes e/ou difíceis feitas recentemente; por exemplo, preocupações
financeiras ou familiares.
Desempenho recente no trabalho; preocupações de quaisquer outros tipos.
“Stress” e/ou situações difíceis, enquanto a bordo e como estes estavam a ser geridos.
33
Dificuldade de concentração.
Quaisquer problemas de saúde mental recentemente e/ou no passado.
Medicamentos tomados (prescritos e não prescritos).
9 - Relações de trabalho
As amizades e/ou apoio de outros membros da tripulação.
Os conflitos e/ou conflitos com outros membros da tripulação ou supervisores.
A confiança nos outros membros da tripulação.
As barreiras linguísticas que interferem no desempenho do trabalho.
Clareza de funções e responsabilidades com outros membros da tripulação.
10 - As condições de emprego
Os acordos contratuais.
As reclamações ou ação industrial e sistemas para a resolução destas reclamações.
As recentes alterações das condições de trabalho.
11 - Política de Segurança
Consciência da política de segurança da empresa.
Procedimentos do navio para lidar com questões de segurança; métodos de comunicação de
informações e para abordar questões de segurança.
O treinamento de segurança; tipo, natureza e frequência.
Exercícios de emergência; tipo, natureza e frequência.
Equipamento de proteção individual (EPI) fornecido.
Registros e/ou conhecimento de acidentes pessoais ou lesões antes da ocorrência.
12 - Níveis de pessoal
Suficiência de pessoal/equipagem níveis a bordo.
Alocação adequada de membros da tripulação a direitos.
Alterações aos níveis normais de pessoal/equipagem.
13 - Ordens permanentes
Ordens permanentes do Comandante; para todos ou parte dos membros da tripulação.
Como são as ordens comunicadas.
As ordens estão de acordo com as políticas da companhia?
34
2 - Agendamento de períodos de trabalho e de descanso
Horário de trabalho da empresa, a política de descanso e política de gestão de risco em fadiga.
A adesão a estas políticas.
Alterações recentes a estas políticas.
3 - Níveis de pessoal
Políticas e práticas para a determinação dos níveis de capacitação dos tripulantes a bordo do navio
da empresa.
A eficácia destas políticas e práticas.
4 - Cessão de direitos
Políticas da empresa para determinar práticas de serviço de quarto e outros deveres a bordo do
navio.
As práticas de serviço reais.
7 - Instalações recreativas
Políticas e práticas da empresa para a prestação de assistência social e serviços de lazer a bordo.
*********************************
35
ANEXO 1-AS
APÊNDICE-2
da Cartilha
de IAFN da DPC
LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA USO
NA PERÍCIA DE IAFN EM
EMBARCAÇÕES
APÊNDICE 2
1) Ter em mãos antes da perícia:
/ Cópia do ANEXO 1-A – Acidentes e Fatos da Navegação;
/ Cópia do ANEXO 1-D;
/ Cópia do modelo de Laudo de Exame Pericial (ANEXO 1-N);
/ Cópia da Ficha de incêndio (ANEXO1-F);
/ Cópia da Ficha de abalroamento (ANEXO 1-G);
/ Cópia da Ficha de naufrágio, encalhe, colisão, água aberta, varação, etc. (ANEXO1-H);
/ Cópia da Ficha de avarias (ANEXO 1-I);
/ Cópia das Listas de Verificação da NORMAM 01(embarcações empregadas em
navegação de mar aberto);
/ Cópia das Listas de Verificação da NORMAM 02( embarcaçõesempregadas em
navegação interior);
/ Cópia das Listas de Verificação da NORMAM 03 (embarcações de Esporte e Recreio);
/ Cópia da NORMAM 04 (Operação de Embarcações Estrangeiras em
Águas Jurisdicionais Brasileiras);
/ Cópia das Normas e Procedimentos para a Capitania dos Portos (NPCP) da área;
/ O Tribunal Marítimo poderá baixar Provimento em que fixe, para cada acidente ou fato da
navegação, a matéria a ser apurada pela CP ou DL que proceder ao inquérito. Levar cópia
deste documento.
1
2) Providências durante a perícia:
a) Orientações iniciais
Para a elaboração dos exames periciais necessários, o Comandante ou Armador
colocará à disposição da Autoridade Marítima, pelo prazo necessário à elucidação da
ocorrência, a embarcação, os equipamentos (inclusive o registrador de dados de viagem - Voyage
Data Recorder/VDR - com o software necessário à sua decodificação) ou demais objetos
solicitados.
PERÍCIA DIRETA
Exame técnico, pesquisa, investigação direta do objeto e do local do acidente ou fato
da navegação. Verificação, pelos Peritos nomeados, dos elementos ligados diretamente ao
evento, sendo, portanto, a análise técnica a concluir sobre a causa determinante do evento,
resultando no Laudo Pericial. A perícia direta só pode ser baseada no exame direto dos objetos
e do local do acidente ou fato da navegação, constando desta a análise técnica dos fatores
que contribuíram para a eclosão do evento. Tem como objetivo estabelecer a causa determinante
que levou a ocorrência do acidente ou do fato sob investigação.
PERÍCIA INDIRETA
Na impossibilidade de avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por meio dos
elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligências, quando, então, será
lavrado o Laudo Pericial Indireto.
Para este fim, deverão examinar os documentos, tais como: inscrição, certificados e
demais documentos da embarcação; habilitação formal do Comandante, Mestre e tripulação;
normas de navegação da região do evento expedidas pela Autoridade Marítima
(NORMAM, NPCP, Roteiro, Aviso aos Navegantes - com citação dos dispositivos infringidos
- e Cartas Náuticas). Deverão, ainda, considerar as demais normas expedidas pelas
pessoas jurídicas responsáveis pelos portos, hidrovias e corredores de transportes nas bacias
hidrográficas brasileiras, além dos usos e costumes da navegação na região do evento.
Deverão realizar o estudo e reconstituição da derrota efetuada pela embarcação, de
preferência sobre a Carta Náutica local e anexar fotografias, filmes, croquis, reconstituindo os
fatos que levaram à eclosão do evento.
2
PROVA TESTEMUNHAL SUPLETIVA
Quando não existirem dados que possibilitem a perícia direta ou indireta, erá admitido o
suprimento pela prova testemunhal. Nestes casos, o Laudo Pericial será substituído pela Prova
Testemunhal Supletiva, devendo constar nos autos as razões da substituição do laudo pericial
pela prova supletiva.
Prova Testemunhal Supletiva, portanto, é o laudo baseado na prova testemunhal, onde
as testemunhas afirmam que viram alguns aspectos ou vestígios do evento (exemplo:
embarcação que sumiu no mar: ouvir testemunhas que a viram partir, inclusive familiares dos
tripulantes; outras que com suas embarcações cruzaram com a desaparecida no mar, e outras,
ainda, que descrevam as más condições de tempo no rumo em que a investigada se dirigia),
com a conclusão dos peritos, através de análise criteriosa, sobre a materialidade do acidente
e ou fato da navegação que se pretende apurar. Estes depoimentos formarão a Prova
Testemunhal Supletiva, prevista no Art. 167 do código de processo penal (Art. 167: Não sendo
possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova
testemunhal poderá suprir-lhe a falta).
3
que tiver conhecimento do evento providenciar imediatamente para que não se altere o estado
das coisas até a chegada dos Peritos e a conclusão da Perícia. Se tiver havido modificação
no estado das coisas, os Peritos registrarão tais alterações e determinarão, no laudo pericial, as
consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.
Nos casos de incêndio, os Peritos verificarão a causa e o lugar em que houver
começado o perigo que dele tiver resultado para a vida, patrimônio alheio, navegação local,
além da extensão do dano e as demais circunstâncias que interessarem à elucidação do
evento. Nos IAFN instaurados para apurar eventos com destruição ou rompimento dos
obstáculos por meio de escalada (roubo ou furto de carga ou bens a bordo de embarcação) e
nos eventos em que houver danos à coisa, os Peritos, além de descreverem os vestígios,
devem indicar com que instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato
praticado. Se impossível a avaliação direta, os Peritos procederão à avaliação por meio dos
elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligências.
O êxito do julgamento do processo no Tribunal Marítimo depende, essencialmente, da
apuração da causa determinante do acidente ou fato da navegação.
Os Peritos devem seguir as orientações contidas no ANEXO 1-D.
Nos casos em que forem necessários exames periciais complementares para apuração de
fatores contribuintes ou causa determinante do evento, estes deverão ser solicitados aos
órgãos governamentais, de acordo com suas competências (INPM, INMETRO, IPT, IML,
Universidades Públicas, etc.) devendo, os peritos, guardar material suficiente para a
eventualidade de nova perícia - contraprova - (ex.: tinta retirada de embarcações, pedaços
de cabo etc.).
Todo condutor de embarcação, envolvido em acidente ou fato da navegação, sob
suspeita de estar alcoolizado, deverá ser encaminhado ao Instituto Médico Legal, se houver
na área do evento, a fim de ser submetido a teste de alcoolemia, conforme disposto no
ANEXO 1-L. Caso o envolvido se recuse a atender ao encaminhamento do Agente da
Autoridade Marítima para a realização do exame, esse deverá certificar a recusa nos autos
do procedimento, observado o modelo constante do ANEXO 1-M.
b) Lista de Verificação:
/ verificar se não foi alterado o estado e conservação das coisas, enquanto necessário;
4
/ identificar todos os instrumentos e os objetos que tiverem relação com o fato;
/ tirar cópias dos Diários de Navegação, o de Máquinas e respectivos “bandalhos”, e,
também, dos Certificados de Classe e dos demais Certificados previstos nas Convenções
Internacionais, se for o caso;
/ os Peritos providenciam a imediata realização de perícia direta;
/ obter cópia da documentação da embarcação, inclusive o Seguro Obrigatório de Danos
Pessoais Causados por Embarcações ou por sua Carga (DPEM, suspenso temporariamente),
se for o caso, com a autenticação bancária de pagamento legível, de acordo com sua área de
navegação e tipo de atividade;
/ Verificar a habilitação do Comandante e da tripulação, anexando cópia aos autos,
informando se está de acordo com a área de navegação e tipo de atividade autorizada à
embarcação;
/ determinar a coleta de todas as provas que servirem para o esclarecimento do evento
ou circunstâncias;
/ entrevistar e coletar o nome, endereço e telefone das testemunhas;
/ guarnecer os materiais necessários, tais como máquina fotográfica, preferencialmente digital,
as fichas de incêndio (ANEXO1-F), abalroamento (ANEXO 1-G), naufrágio, encalhe, colisão,
água aberta, varação, etc. (ANEXO 1-H), avarias (ANEXO 1-I), conforme o caso;
/ entrevistar e colher os dados pessoais das possíveis testemunhas, a serem inquiridas pelo
Encarregado do Inquérito, que se encontrem no local e que tenham presenciado ou participado
do acidente ou fato da navegação;
/ colher cópias dos documentos da embarcação;
5
/ colher cópias dos Livros de Bordo;
/ colher cópias das Vistorias e os Certificados emitidos pela Autoridade Marítima ou pelas
Sociedades Classificadoras, inclusive os Certificados de Classe dos equipamentos de bordo;
/ Caso não seja possível apresentar a conclusão do Laudo Pericial por meio de perícia direta,
utilizar os documentos citados para proceder à perícia indireta;
/ quando não forem encontrados os dados, isto é, a embarcação e ou seus documentos,
nem for possível examinar os vestígios do evento e o local do mesmo, que possibilitem a
realização da perícia direta ou da indireta, a lei admite o suprimento destas pela prova
testemunhal supletiva;
/ proceder a vistoria para emissão de Laudo de Exame Pericial, anotando as discrepâncias
apresentadas;
/ colher todas as provas que sejam pertinentes, tais como seguro DPEM, relatório do
Comandante de participação do acidente, caso ainda não tenha sido feito, etc.;
/ agir de acordo com o contido no artigo 0111 e ANEXO 1-D, de forma a emitir o Laudo de
Exame Pericial, e
/ preencher as fichas atinentes ao caso, apontar a causa determinante do acidente ou fato da
navegação e a causa da fatalidade, caso tenha ocorrido.
/ informações sobre calados AV, MN e AR, antes e depois do acidente, quando se tratar
de naufrágio, emborcamento, adernamento, encalhe, varação ou colisão com o
6
fundo;
/ certidão de óbito ou laudo necrológico em caso de falecimento por acidente a bordo,
devendo ser solicitadas as cópias do Relatório Conclusivo da Autoridade Policial e, se for o caso,
das manifestações do Ministério Público ou do Juízo competentes;
/ requisição pelo Encarregado do Inquérito, a pedido dos Peritos, a qualquer outra
autoridade de informações e documentos que não possam ser obtidos das autoridades navais;
/ juntadas de fichas devidamente preenchidas, conforme ANEXO 1-G e 1-H,
respectivamente, quando ocorrer abalroação, encalhe, naufrágio, água aberta, colisão,
varação e conforme ANEXO 1-I, em caso de avarias;
/ as características e dimensões das embarcações envolvidas, inclusive sistemas de
propulsão e governo, emprego autorizado, estado geral da embarcação, local e hora da
ocorrência;
/ condições meteorológicas reinantes, estas acompanhadas do Boletim de Informações
Ambientais expedido pelo Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) ou outro correspondente,
desde que expedido por órgão oficial;
/ sempre que possível e julgado necessário, juntada de fotos, croquis da derrota da
embarcação até o momento do acidente;
/ cópia da Carta Náutica realmente usada, fotocópias de páginas de manuais técnicos e fitas
de vídeo;
/ para verificar a possibilidade de ter sido o evento praticado de determinado modo, a
Autoridade competente, quando couber, for possível e/ou achar conveniente, procederá à
reprodução simulada dos fatos (reconstituição) aos Peritos, desde que esta não contrarie a
moralidade, a ordem pública e não traga evidente dano material ou pessoal aos envolvidos;
/ novas entrevistas de testemunhas quando uma declaração divergir das demais, ou se fizer
necessária para tomada de informações mais detalhadas sobre fato relevante, para apuração da
causa determinante do evento, objeto da perícia;
/ juntada da cópia de CIR, dos documentos pessoais dos envolvidos (inclusive comprovação
do endereço residencial, como contas de luz, gás ou telefone), cópia do Cartão de Tripulação
de Segurança (CTS) da embarcação;
/ mencionar se, na viagem em que se deu o acidente ou fato da navegação em estudo, o
número de tripulantes estava de acordo com o da tripulação aprovada, especialmente, nos
casos de embarcações com licença especial para operarem mar aberto;
/ cópia do Manifesto de Carga ou do Plano de Carregamento se graneleiro, com
esclarecimento sobre a forma pela qual a carga se achava estivada, se tiver havido
7
alijamento, se foi afetada ou se a mesma tiver contribuído para o fato ou acidente da
navegação;
/ cópia do Seguro Obrigatório (DPEM) à época do acidente ou fato da navegação;
/ cópia do Certificado de Segurança da Navegação contendo o resultado das últimas
vistorias a que foi submetida a embarcação, antes do acidente ou fato da navegação a ser
apurado;
/ cópia da Provisão de Registro;
/ cópia do Atestado de Inscrição Temporária (AIT) ;
/ cópia do Título de Inscrição da Embarcação (TIE), caso a embarcação não seja
registrada no Tribunal Marítimo e demais documentos que esclareçam os dados técnicos da
embarcação, bem como os da sua propriedade e armação, na ocasião do acidente;
/ das embarcações que não forem obrigadas a vistorias, juntar a cópia autenticada do Termo
de Responsabilidade;
/ exame pericial realizado imediatamente após o acidente ou fato da navegação, com juntada
do respectivo Laudo ao inquérito, conforme o ANEXO
1- O, assinado no mínimo por dois Peritos;
/ para a melhor execução do exame pericial, os Peritos poderão solicitar, quando
necessário, testes de material em laboratórios, e deverão tirar fotos das embarcações, do(s)
objeto(s) que possa(m) ter determinado ou contribuído para o evento, do local do acidente,
das avarias (inclusive equipamento e carga avariada), e efetuar esquemas ilustrativos (croquis);
/ nos casos possíveis, os objetos que interessem à prova acompanharão os autos do
Inquérito;
/ cópia do conteúdo do Diário de Navegação, do Diário de Máquinas e de seus respectivos
“bandalhos”, relativos ao período compreendendo, pelo menos, 24 horas anteriores ao evento,
salvo no caso de embarcação dispensada dos aludidos lançamentos, quando serão
reconstituídos os pormenores da navegação, rumos, manobras, sinais,etc.;
Estes documentos são instrumentos preciosos para se extrair informações essenciais, pois
nele se assentam, diariamente, as observações que o Comandante e os Oficiais são obrigados a
fazer de todas as ocorrências interessantes à navegação, acontecimentos extraordinários que
possam ter lugar abordo, as condições adversas de tempo e danos ou avarias que o navio ou
carga possam ter sofrido, trabalhos e reparos que foram realizados a bordo, e as deliberações
que se tomarem por acordo dos Oficiais e os competentes Protestos Marítimos, coma juntada
aos autos de cópias de inteiro teor dos lançamentos de termos, atas e protestos do Diário de
Navegação. Esses lançamentos darão ensejo à
8
investigação do evento, quando serão reconstituídos os pormenores da navegação, rumos,
manobras, sinais etc. Caso as cópias dos lançamentos nos Diários estejam ilegíveis,
requisitar o translado digitado mecanicamente e juntá-lo aos autos acompanhado do
documento;
/ ATENÇÃO: o êxito de um processo no Tribunal Marítimo depende, essencialmente, do
conhecimento da causa determinante do acidente ou fato da navegação tecnicamente analisado.
Tal conhecimento implica na elaboração de um Laudo de Exame Pericial e de um Relatório do
Encarregado do Inquérito revestidos de todos os requisitos técnicos que os formalizem como
peça instrutória básica;
/ em caso de acidente de trabalho ocorrido a bordo, deve ser requisitado junto ao
Ministério do Trabalho e Emprego o fornecimento de documentos alusivos à investigação
administrativa neste Órgão eventualmente instaurar.
/ o Tribunal Marítimo poderá baixar Provimento em que fixe, para cada acidente ou fato da
navegação, a matéria a ser apurada pela CP ou DL que proceder ao inquérito;
/ ATENÇÃO: quando qualquer acidente ou fato de navegação for precedido por outro, a perícia
deverá procurar a verdade também sobre o ocorrido anterior, visto que as informações poderão
ter importância na causa determinante ou no fator contribuinte do que se está apurando;
/ ATENÇÃO: o aperfeiçoamento dos requisitos técnicos das embarcações com vistas à
segurança da navegação, à preservação da vida humana de passageiros e tripulantes e à
prevenção da poluição hídrica dependem, entre outros aspectos, da correta identificação das
causas determinantes dos acidentes e fatos de navegação e seus fatores contribuintes;
/ ATENÇÃO: Medidas de caráter preventivo imediato para evitar novo acidente poderão ser
indicadas, mesmo antes de concluída a investigação. Essas medidas serão complementadas,
alteradas, ou até, canceladas se, no curso da investigação, houver indícios que sugiram a
adoção de novos procedimentos;
/ ATENÇÃO: é a partir do recebimento do Laudo de Exame Pericial que se inicia o
trabalho de investigação do Encarregado do Inquérito, inquirindo as testemunhas. O Relatório do
Encarregado do Inquérito tem, a princípio, noventa dias para ser concluído. Porém, o prazo
ficará condicionado à conclusão de novos trabalhos desenvolvidos pela equipe investigadora e
poderá ser prorrogado quantas vezes forem necessárias;
/ o exame da necessidade de investigação se inicia antes mesmo do envio da mensagem de
instauração de IAFN; e
/ durante a fase de instrução do IAFN serão colhidas pelo Encarregado do Inquérito,
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provas testemunhal, pericial (pelos Peritos) e documental (pelos Peritos) na busca da causa
determinante e dos possíveis responsáveis pelo evento.
/• margem, profundidade, construções, pontes, rede elétrica, bancos de areia, e tudo que for
considerado digno de nota;
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EXAMES PERICIAIS - Causa determinante.
/ Os peritos não poderão concluir por uma ou várias possíveis ou prováveis causas, não
podendo, também, apontar alternativas para a causa determinante do evento, pois a realização
da perícia é exatamente para determinar a causa do acidente ou fato da navegação. Não
deverão, ainda, apontar nominalmente os responsáveis pelo evento, visto ser esta atribuição
do Encarregado do Inquérito, em seu relatório, após analisar o conjunto das provas produzidas
no IAFN. Poderão apontar a sua função (comandante, imediato, proprietário, etc.);
/ A causa determinante deve ser uma das seguintes: dolo, imprudência, imperícia,
negligência, caso fortuito, força maior, fortuna do mar ou indeterminada. No caso de
imprudência, imperícia ou negligência, pode ser citada mais de uma destas três causas
determinantes; as definições estão citadas adiante.
/ exame laboratorial: tendo sido realizado exame laboratorial, anexá-lo ao Laudo de Exame
Pericial efetuando a respectiva menção de sua existência, bem como de sua conclusão;
/fadiga do material: concluir pela fadiga do material somente quando tiver certeza, visto que tal
fato está relacionado com as características físicas do material, a tensão de ruptura e o
número de ciclos máximos para vida finita. Esta fadiga pode ter sido causada por imperícia,
imprudência ou negligência do operador, por meio de desalinhamento de eixos rotativos,
frequentes impactos por operação descuidada, etc.;
/ Embarcação não inscrita - No caso de embarcação não inscrita nas CP/DL/AG, os Peritos
deverão providenciar, além dos exames ordinários, as medidas necessárias, visando determinar
suas características de arqueação e outros dados afins, bem como o tipo de serviço e/ou
atividade em que a embarcação melhor se aplique, em função do tipo de construção, material do
casco etc., ensejando com isso obter subsídios para um maior esclarecimento dos fatos;
/ Embarcações marítimas classificadas - Maior cuidado deve ser observado nas perícias de
embarcações classificadas onde deve ser verificado o cumprimento do contido no Código de
Gerenciamento de Segurança - ISM e sua relação com o acidente ou fato;
/ Nas embarcações dotadas de “Voyage Data Recorder” (VDR), caso necessário para a
elucidação do acidente, deve ser solicitado o registro de informações das horas anteriores ao
acidente e, se possível, reprodução das informações no monitor para que sejam
fotografadas;
/ Os peritos deverão registrar nomes e bandeiras anteriores do navio, caso existam; e
/ Laudo de exame pericial: Deve ser conclusivo, positivo ou negativo.
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INFORMAÇÕES PARA O LAUDO DE EXAME PERICIAL (ANEXO 1-N):
Dados de cada Embarcação -
/ Características, tais como nome, bandeira, porto de inscrição, tipo, propulsão, comprimento,
atividade (caso não seja inscrita, identificar a atividade na qual vinha sendo utilizada e se era
apropriada para tal), proprietário, armador, sociedade classificadora, número IMO, número de
inscrição na CP/ DL, Arqueação Bruta (caso não seja inscrita, a Arqueação Bruta deve ser
calculada), área de navegação autorizada para a embarcação, fotos, de preferência digitais, que
devem ser anexadas ao Laudo;
/ Documentos da embarcação, relacionando toda a documentação que deveria portar e a que
foi apurada, mencionando a validade;
/ Condição em que se encontrava a embarcação, resultado da Vistoria Especial para
Emissão de Laudo Pericial, relacionando as discrepâncias observadas, principalmente no tocante
ao material de salvatagem e descrevendo o estado da embarcação, avarias, perda parcial,
perda total, etc.; e
/ Para embarcações superiores a 24 metros, deve ser preenchida e anexada a Ficha
Registro de Avarias (ANEXO 1-I).
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vento e da corrente, o estado do mar, condições de visibilidade e outras julgadas pertinentes à
elucidação da ocorrência, mencionando a fonte de informação.
• Acidentes pessoais
/ Qualificação das vítimas com nome, idade e sexo, descrevendo lesões e causa mortis (de
acordo com a Certidão de Óbito ou Laudo de Necropsia, obrigatoriamente juntado aos autos) ou
desaparecimento do corpo.
• Danos materiais
/ Descrição das avarias da(s) embarcação (ões), naufrágio com perda parcial ou perda total,
avaria da carga, da sinalização náutica, da infraestrutura portuária ou quaisquer outras
decorrentes do acidente ou fato da navegação em questão.
•Poluição
/ Indicação do material poluente e a quantidade apurada por sondagem de tanques ou
estimada.
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Fatores Contribuintes
Causa determinante:
(após a análise dos dados obtidos, da descrição das avarias e dos fatores contribuintes, deverá
ser apontada a causa determinante ou declarada, aduzindo as razões, a impossibilidade do
seu estabelecimento. A causa determinante é a causa do evento inicial, primeira ocorrência
indesejável na sequência de eventos que redundaram no acidente ou fato da navegação e nas
suas consequências. Assim, embora o naufrágio seja classificado como acidente da navegação,
o evento inicial pode ter sido uma colisão, um abalroamento, um emborcamento, água aberta,
alagamento por abertura de
válvula de fundo, etc. Também o abalroamento e a colisão podem ter sido fruto de uma avaria
de máquinas, por exemplo.
/ A causa determinante é uma das seguintes: dolo, imprudência, imperícia, negligência, caso
fortuito, força maior, fortuna do mar ou indeterminada; no caso de imprudência, imperícia ou
negligência, pode ser citada mais de uma destas três causas determinantes; a definição de cada
uma das causas determinantes é:
- dolo - vontade deliberada e consciente, ou livre determinação da pessoa,
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na prática do fato ou ato causador do dano. O dolo é a forma mais grave que tipifica uma
conduta ilícita, uma vez que havia a intenção da pessoa em produzir o fato ou resultado
danoso.
- culpa - não há vontade deliberada e consciente na prática do fato ou ato
causador do dano. As modalidades de culpa são as seguintes e pode ser necessário
apontar mais de uma:
(a) imprudência - o mesmo que imprevidência e consiste na inobservância de
medidas de precaução e segurança, de consequências previsíveis, que se faziam
necessárias no momento, para evitar o acidente ou fato da navegação. Exemplo: o
comandante decidiu efetuar a atracação da embarcação com mau tempo e colidiu com o cais;
(b) imperícia - falta de habilitação, experiência ou aptidão necessárias,
reveladas pela pessoa no exercício de sua função. É o erro. Também se caracteriza por erro a
ação de todo aquele que é habilitado para um serviço e que não o faz com habilidade;
Exemplos: comandante não habilitado; comandante habilitado deixou de cumprir corretamente o
RIPEAM e provocou o abalroamento; e
(c) negligência - omissão de diligência ou cuidado; falta ou demora, ou,
ainda, inoportunidade na aplicação de meios e ações mais aptas ou adequadas, que a
técnica, prudência ou bom senso aconselham. Exemplos: o comandante deixou de providenciar
a manutenção preventiva necessária do motor de propulsão antes da saída da embarcação;
falta de atenção na condução ou na navegação daembarcação;
- força maior, caso fortuito ou fortuna do mar:
Caso o Perito conclua que o Acidente ou Fato da Navegação se deu por força
maior, caso fortuito ou fortuna do mar, ele deverá ter em mente os seguintes conceitos:
(a) força maior - acontecimento inopinado, previsto ou previsível, não
podendo ser evitado pela vontade ou pela ação do homem, se caracteriza precipuamente pela
irresistibilidade, não se levando em conta, quanto ao acontecimento que se registra, se era
previsto ou não; exemplo: efetuar o encalhe proposital (varação) para evitar o naufrágio da
embarcação que sofre um alagamento.
(b) caso fortuito - acontecimento possível, mas estranho à ação e a vontade
humana, de efeito imprevisível, inevitável e irresistível. São assim todos os acidentes que
ocorrem, sem que a vontade do homem os possa impedir ou sem que tenha ele participado de
qualquer maneira para a sua efetivação; exemplo: morte natural de pessoa; e
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(c) fortuna do mar - fenômeno natural de caráter excepcional,
inevitável e irresistível, geralmente ligado a bruscas alterações meteorológicas.
- causa indeterminada
Na hipótese de não restar apurada a causa determinante do evento,
deverá o Perito fundamentar tal conclusão.
/A causa determinante deve estar relacionada com a argumentação efetuada no item
Análise dos dados obtidos;
/ Os Peritos não poderão concluir por uma ou várias possíveis ou prováveis causas, não
podendo, também, apontar alternativas para a causa determinante do evento, pois a realização
da perícia é exatamente para determinar a causa do acidente ou fato da navegação;
/ Não deverão, ainda, nomear possíveis responsáveis pelo evento, visto ser esta atribuição do
Encarregado do Inquérito, em seu relatório, após analisar o conjunto das provas produzidas
no IAFN. Poderão apontar a sua função: comandante, proprietário, etc.; e
/ Conclui-se, portanto, que a causa determinante foi.............................
Infrações Cometidas:
/ Os Peritos, em seu relatório, deverão também apontar eventuais infrações às normas
decorrentes da LESTA, mesmo que não tenham nexo de causalidade com o acidente ou fato da
navegação, e o não cumprimento de leis, normas, regulamentos e convenções, caso tenha
ocorrido.
ENTREVISTA de TESTEMUNHA:
Pessoas envolvidas na operação da embarcação:
/• Testemunhas oculares;
/• Qualquer pessoa que possa acrescentar entendimento aos eventos que ocorreram;
/• Qualquer pessoa que possa prover ou corroborar evidências;
/ Conduta:
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• Contam a verdade como viram (a maioria);
• Podem enfeitar a verdade ou mentir; e
• Interpretam as suas ações da melhor maneira possível.
/Atitudes típicas
/ Tipos
• Imparcial: nada a ganhar ou a perder;
•Tendenciosa: tem interesse nos resultados;
• Hostil: sente-se ameaçada e é hostil ao entrevistador e à autoridade em geral;
• Falsa: diz o que acredita que o entrevistador quer ouvir;
• Nervosa: falta de confiança ou culpa;
• Relutante: sente-se intimidada ou ameaçada pelas consequências;
• Perito: pode se estender além dos pontos de interesse; e
• Negativa: não ouviu, não viu, não se lembra de nada.
Seleção na cena de ação: podem fornecer uma visão geral da ocorrência;
/ • Testemunhas presentes no local e hora da ocorrência, pertencentes à tripulação;
/ • Testemunhas presentes no local e hora da ocorrência, não pertencentes à tripulação, tais
como pessoal de atracação ou amarração, práticos, agentes ou contratados;
/ • Testemunhas presentes no momento da ocorrência, mas não no local da ocorrência (ex:
pessoal que assistia à manobra no convés inferior); e
/ • Pessoal não envolvido com a ocorrência, mas com a pós-ocorrência (controle de da- nos,
rebocadores, busca e salvamento, outras embarcações).
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/• Representantes das Sociedades Classificadoras;
/• Membros da comissão de segurança, incluindo representantes da tripulação; e
/ • Projetistas, construtores, fabricantes e reparadores.
ORIENTAÇÕES:
/ Realizar logo que possível;
• Realizar de forma individual, de preferência, a fim de evitar influências mútuas;
• Efetuar a busca de responsabilidades no IAFN;
• Evitar a busca de responsabilidades na ISAIM;
• Aceitar apenas os fatos provados; e
• Evitar fazer juízos de valor nessa fase da investigação.
OBJETIVOS
/ • Estabelecer ou confirmar o que aconteceu;
/ • Entender a relação entre as testemunhas e o acidente;
/ • Identificar os elementos e fatores deste acidente; e
/ • Prevenir a ocorrência de acidentes similares.
ATENÇÃO:
/• Na entrevista individual as pessoas devem ser convidadas a discorrer passo a passo os
acontecimentos em torno da ocorrência, descrevendo as suas próprias ações e as ações dos outros;
/• O uso de gravador é de grande auxílio;
/ • A memória das pessoas, bem como a sua disponibilidade para apoiara investigação, pode ser
afetada pela maneira como elas são questionadas;
/ • O entrevistador precisa extrair a informação da memória das testemunhas;
/ • Com base na disponibilidade das testemunhas, o tempo dos membros da equipe, bem como a
natureza e a complexidade do acidente, o investigador principal e os membros da equipe devem
determinar em que ordem e técnicas de entrevista serão empregadas;
/ • Grande parte da investigação ocorre na entrevista;
/ • Entrevistadores devem estar bem preparados e com objetivos claros para cada entrevista;
/ • As entrevistas devem ser realizadas depois que a equipe decidir; e
/• Considerar os lugares mais adequados para a realização das entrevistas (a segurança e a
privacidade são primordiais!);
/ • Conceber uma estratégia de preparação que seja flexível;
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/ • As lembranças declinam rapidamente nas primeiras 24 horas após um acidente ou evento
traumático;
/ • As testemunhas devem ser localizadas e entrevistadas logo que possível e com elevada
prioridade; e
/ • Novas evidências físicas e documentais, durante a investigação, permitem novos
questionamentos.
TÉCNICAS DE ENTREVISTA:
Perguntas e respostas
/ • Preparar um questionário verbal;
/• Não é adequado levar um questionário escrito porque favorece preconceber ideias; Manejo da
conversação
/ • Solicitar à testemunha expor o acontecimento;
/ • O investigador divide o que foi relatado em partes e solicita que volte a expor cada uma,
sendo essa seguida de novas perguntas;
/ • Ao completar cada parte, deve ser feito um resumo para permitir a testemunha efetuar
acréscimos ou correções, se necessário;
/ • É missão do investigador encadear os assuntos de forma lógica; e
/ • Ao finalizar, deve ser feito um resumo global para facilitar o aparecimento de mais
informações ou correções.
No término, o entrevistador:
/ • Deverá prolongar a continuação funcional da entrevista encorajando a testemunha para
contatá-lo, no caso desta se recordar de informação não referida durante a sessão.
Conduta do Entrevistador
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ANEXO 1-AS
APÊNDICE-3
da Cartilha
de IAFN da DPC
RECOMENDAÇÕES DO TRIBUNAL
MARÍTIMO
APÊNDICE 3
RECOMENDAÇÕES DO TRIBUNAL MARÍTIMO
1- "PARTICIPO QUE ESTE TRIBUNAL TEM CONSTATADO QUE
ALGUMAS CAPITANIAS/DELEGACIAS TEM DESCUMPRIDO O
CONSTANTE NAS ALÍNEAS CHARLIE/DELTA DO ART 0116 DA NORTEC-
09/DPC (REV 1), RESPECTIVAMENTE:
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Esta publicação é parte integrante do material didático da Cartilha de
Inquéritos Administrativos sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN)
da Diretoria de Portos e Costas (DPC), da Marinha do Brasil.
O material foi desenvolvido em agosto de 2014 e revisado em julho
de 2019, na cidade do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.