representar a relação entre o “efeito" e todas as possibilidades de “causa” que podem contribuir para esse efeito. Também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou Espinha de Peixe, foi desenvolvido por Kaoru Ishikawa, da Universidade de Tóquio, em 1943, onde foi utilizado para explicar para o grupo de engenheiros da Kawasaki Steel Works como vários fatores podem ser ordenados e relacionados. Porém, somente em 1962, J. M. Juran no QC Handbook "batizou" este diagrama como sendo Diagrama de Ishikawa.” • Ishikawa observou que embora nem todos os problemas pudessem ser resolvidos por essas ferramentas, ao menos 95% poderiam ser, e que qualquer trabalhador fabril poderia efetivamente utilizá-las. Embora algumas dessas ferramentas já fossem conhecidas havia algum tempo, Ishikawa as organizou especificamente para aperfeiçoar o Controle de Qualidade Industrial nos anos 60. Talvez o alcance maior dessas ferramentas tenha sido a instrução dos Círculos de Controle de Qualidade (CCQ). Seu sucesso surpreendeu a todos, especialmente quando foram exportados do Japão para o ocidente. Esse aspecto essencial do Gerenciamento da Qualidade foi responsável por muitos dos acréscimos na qualidade dos produtos japoneses, e posteriormente muitos dos produtos e serviços de classe mundial. • Este sistema permite estruturar hierarquicamente as causas de determinado problema ou oportunidade de melhoria, bem como seus efeitos sobre a qualidade dos produtos. Permite também estruturar qualquer sistema que necessite de resposta gráfica e sintética, por que melhora a visualização. • Os diagramas de causa e efeito são elaborados para ilustrar claramente as diversas causas ou fatores que afetam um problema, separando-as em grupos por tipo de causa. Para cada efeito, provavelmente haverá diversas categorias principais de causas, por exemplo, as causas principais da variação do processo são normalmente divididas nos 8M’s: Material, Máquina, Mão- de-obra, Método, Meio Ambiente, Management (gerenciamento), Matéria Prima e Medição. Razões para utilizarmos o Diagrama de Ishikawa
• Para identificar as informações a respeito das causas de
um problema • Para organizar e documentar as causas potenciais de um efeito ou de uma característica da qualidade • Para indicar o relacionamento de cada causa e subcausa as demais, e, ao efeito ou característica da qualidade • Reduzir a tendência de deixar de procurar a causa verdadeira, ou parar cedo demais, devido a complexidade do conjunto de informações Benefícios do Diagrama de Ishikawa
• Ajuda o aperfeiçoamento do processo
• Documenta de forma visual as causas potenciais, que podem ser revistas e atualizadas com facilidade posteriormente • Provê urna estrutura para o brainstorming • Ajuda no envolvimento de todos Importância da Utilização do Diagrama Ishikawa • Ao prepará-lo, as pessoas se tornam cientes de todos os fatores envolvidos, organizam as idéias e os fatos • Ele serve como orientação visual para discussão, não se perde informação • Permite buscar e registrar as causas organizada e ativamente. • Sua documentação serve como ponto de partida para ações posteriores, pois ajuda a identificar as causas que aparecem frequentemente • Orienta a coleta de dados para determinar as frequências relativas das diferentes causas e • Serve como medida do nível de conhecimento dos profissionais • Ajuda no treinamento de novos profissionais na função • Mão de obra: Todas as pessoas envolvidas no processo • Método: O método caracteriza a forma como o processo é executado. Quais são os procedimentos usados, regras e requisitos. • Máquina: Todos os equipamentos envolvidos no processo. Desde computadores a ferramentas. • Medida: Aqui você irá analisar as métricas utilizadas. Analisar todos os dados gerados a partir do processo procurando falhas na avaliação da qualidade. • Material: Avaliar todas as matérias-primas utilizadas. Incluindo peças e tudo necessário para produção do produto final. • Meio ambiente: O meio ambiente, nada mais é as condições do local de trabalho onde o processo é desenvolvido. Exemplo 1
No nosso primeiro exemplo vamos supor que sua equipe esteja
procurando os motivos para o atraso recorrente na produção de um produto. A equipe se reuniu e sugeriu 3 motivos para o atraso que antes não acontecia. Os atrasos sugeridos foram: • Máquina: Maquinário antigo precisando de constante manutenção: • Mão de obra: Atraso de colaboradores • Método: Mudança nos processos • O diagrama então ficou assim: O diagrama de Ishikawa na SST • O efeito que é o acidente, é registrado na cabeça do peixe e as causas, uma em cada espinha. • O uso do Diagrama de Ishikawa na análise e investigação de acidentes leva em conta que o acidente é o efeito indesejado e os fatores do diagrama leva em conta os seguintes itens, mão de obra, métodos, máquinas, meio ambiente, materiais medidas. • É possível também adaptar o Diagrama de Ishikawa para que ele contenha tópicos mais diretamente ligados à segurança no trabalho, o Instituto Nacional de Seguridad y Higiene en el Trabajo fez uma adaptação interessante no Diagrama de Ishikawa. Como elaborar o Diagrama? • 1º passo: Definir o problema, no nosso caso o acidente de trabalho, depois e levantar os fatos que levaram a ocorrência do acidente. • 2º passo: organizar preliminarmente os fatos contribuintes para o acidente que já tiver em mãos. • 3º passo: traçar uma linha horizontal indicando para a direita. • 4º passo: desenhar na ponta da linha o que seria a cabeça de um peixe. E colocar o tipo de acidente dentro dela. • 5° passo: desenhar o que seria as espinhas do peixe. • 6° passo: colocar as causas primárias na ponta de cada espinha. E nesse momento você precisará definir se trabalhará com 6 itens originais, se utilizar a o esquema adaptado para o acidente de trabalho, ou se você colocar a algum item a mais, ou ainda, se suprimirá a algum item conforme a realidade da sua empresa e a realidade do acidente ocorrido. • 7º passo: é o momento de colocar as causas secundárias (ou contribuintes) que contribuíram para ocorrência do acidente. • 8° passo: é hora de inserir no diagrama todas as contribuições das pessoas que investigaram o acidente, e das demais pessoas envolvidas na análise do acidente. Colocar as causas primárias e as secundárias. • 9° passo: depois de colocar todas as possíveis causas citadas pelo grupo na espinha de peixe, é importante validar (com o grupo) quais itens serão mantidos (porque são prováveis, fazem sentido) e quais serão excluídos da espinha (porque não são prováveis e não fazem sentido em relação ao acidente ocorrido). • 10° passo: se for o caso, você pode deixar o diagrama no local visível para que outras pessoas possam contribuições a seu tempo. E para isso você pode deixar canetas ou etiquetas auto-adesivas disponíveis. Assim as pessoas poderão registrar sua contribuição voluntária na espinha de peixe correspondente ao acidente.