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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

CATARINENSE
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

João Pedro Longhi

Instituto Federal Catarinense - IFC

DIAGRAMA CAUSA EFEITO

Luzerna
2021
1. Resumo

Em 13 de julho de 1915 nascia, em Tóquio – Japão, um dos grandes nomes do


controle de qualidade mundial, Kaoru Ishikawa, vencedor de uma Medalha Shewhart,
concedidas a trabalhos destaques em teoria, princípios e técnicas no campo do controle
de qualidade, se formou na Universidade de Tóquio em engenharia química, ajudou a
idealizar a Conferência Anual do Controle de qualidade e foi o criador do diagrama de
causa efeito, que será mostrada e exemplificada no trabalho a seguir
2. Introdução

Diagrama de causa efeito, diagrama de Ishikawa, diagrama espinha de peixe, entre


outros diversos nomes, é uma ferramenta visual com o intuito de auxiliar na procura de
causas para certos problemas organizacionais.
Criada em 1943 por Kaoru Ishikawa, formado engenheiro químico pela
Universidade de Tóquio, um dos grandes responsáveis pelas estratégias de controle de
qualidade japonesas, o diagrama espinha de peixe tinha o objetivo de ser uma ferramenta
eficiente e simples de utilizar, sendo de aplicação desde a base, o “chão de fábrica”, até o
topo hierárquico de uma empresa, os chefes por assim dizer, e tem seu princípio de
utilização com o uso feito por grupos por meio de brainstorm e a representação visual do
mesmo.
3. Como utilizar essa ferramenta

A utilização desta ferramenta é simples, como o nome diagrama espinha de peixe


sugere, primeiro devemos fazer uma representação gráfica como uma espinha de peixe,
sendo que precisamos da “cabeça”, onde ficará o problema em questão, e seis tópicos,
compondo a espinha, como a figura abaixo:

Os componentes da espinha são os 6Ms de Ishikawa, sendo eles método, sendo


esse a forma com que a atividade é executada, máquina, se referindo ao equipamento
utilizado na tarefa, medida, a métrica da operação em questão, meio ambiente, o local da
atividade, material, se referindo aos materiais utilizados, e mão de obra, referente ao
pessoal que realiza o trabalho. O diagrama fica como a seguir:

Tendo essa base podemos passar para o próximo passo, que é o brainstorm, agora
deve-se discutir e escrever como cada um dos 6Ms contribuem, negativamente, para o
problema a ser solucionado ou amenizado, escrevendo-os no corpo de cada “espinho” do
diagrama. Vale ressaltar que nem sempre todos os Ms estarão presentes no problema,
sendo que certas atividades não demandam de materiais ou de um meio ambiente.

4. Exemplificação

Exemplo 1: Em uma empresa de usinagem percebe-se que as peças fabricadas


começam a apresentar divergências significativas em comparação com as tolerâncias
estabelecidas no projeto, e infelizmente isso só é identificado após serem entregues ao
cliente. Após uma pesquisa mais aprofundada descobre-se que o dono da empresa pede
para que os funcionários usem a ferramenta até que sua ponta quebre, para então trocar
a aresta, o material do inserto não é adequado para o material da peça e a velocidade de
corte é maior que a recomendada, além disso as ferramentas de medição estão com
folgas excessivas e os funcionários não possuem muita experiência e são pouco
qualificados em termos de treinamento, vale salientar que o local de usinagem e medição
é consideravelmente mais frio que o local onde as peças serão utilizadas.

A situação acima poderá ocorrer, principalmente quando uma empresa está no


ramo a pouco tempo, pode-se perceber diversas falhas na operação e podemos dividi-las
nos 6Ms de Ishikawa, sabemos que o inserto é usado além de sua vida útil e em uma
velocidade de corte inadequada, oque caracteriza uma falha no método, o inserto está
incorreto para o uso no material usinado, caracterizando uma falha material, a diferença
de temperatura considerável entre o local de fabricação e da utilização pode afetar sua
dimensão, devido à dilatação e contração térmica, e, por fim, temos a inexperiência e falta
de treinamento dos operadores e projetistas, caracterizando uma falha da mão de obra.
Pode-se representar os problemas citados acima da forma abaixo conforme o método do
Diagrama Espinha de Peixe:

Tendo o diagrama acima, pode-se criar soluções ou minimizar esses problemas por
meio de ações futuras. Vale lembrar que as causas acima foram retiradas da análise feita
encima do problema, caso houvesse múltiplas análises, oque sempre é bom, poder-se-ia
identificar muito mais causas consideráveis para o problema, talvez algo na parte das
máquinas.
Exemplo 2: Em uma faculdade existe o Prof. Y(nome dado para não correr risco de
direitos autorais da RAPOSA) que leciona a matéria de teorias marquististas pela
Faculdade Federal de Feijoada do Sul, do estado do Carnaval – Corruptolândia, onde na
época de pandemia resolveu que as aulas dele seriam em modo totalmente assíncrono,
somente postando materiais de leitura entediante, propondo exercícios facilmente
obteníveis na “interweb” com respostas e como forma de avaliação trabalhos no máximo
entediantes e fúteis e provas online de múltipla escolha com três tentativas sem nenhum
método anti “cola”(ato criminoso de obter respostas para questões de provas por métodos
não legais), após analisar os resultados da matéria em questão constatou-se que o
professor dormiu, em média, duas horas a mais durante essa fase complicada da
humanidade em comparação às épocas de aulas presenciais, os alunos acabaram não
aprendendo a matéria, pois o nível de interesse da matéria se manteve baixo, passaram
com média de notas acima de nove e, após um mês de fechamento da matéria, nem
sabem qual era o nome do professor.

A situação acima é hipotética e totalmente fictícia possuindo personagens criados


somente para o exemplo. O problema em questão será o não aprendizado dos alunos em
questão, pode ser identificados várias causas para esse problema, método assíncrono é
de difícil adaptação em pouco tempo para alunos que estudaram de forma presencial em
toda a sua vida acadêmica caracterizando um erro de método, ainda nessa categoria
podemos incluir o tipo de avaliação e a fiscalização, o material disponível para os alunos é
muito massante e de fácil obtenção de maneiras diferentes, caracterizando um erro
material, apesar dos erros do professor da matéria, os alunos também tem sua culpa, pois
não se interessaram e não seguiram as normas de conduta na disciplina, não se tem
muita informação sobre os mesmos porém pode-se caracterizar um erro pessoal,
incluindo nesse M também a falta de empenho e interesse do professor em ensinar os
docentes, vale salientar o ambiente em que os alunos estão na situação, que é em suas
casas, muitas vezes com outros membros da família e com várias distrações a mais
comparada com a instituição de ensino. O diagrama de Ishikawa ficaria conforme o a
seguir:

Com essas informações pode-se traçar um novo método de trabalho para os


próximos semestres da matéria, caso a situação que impede as aulas presenciais
perdure.
5. Conclusão

Não há dúvida alguma da eficácia da utilização do método explicado, salientando a


Medalha Shewhart entregue ao criador, principalmente, devido a esse método, podendo
explorar mais afundo os problemas operacionais e organizacional de uma atividade,
podendo compreender, praticamente, toda a área das atividades humanas, tanto em
empresas ou até mesmo pessoal, outra ressalva que vale citar é que o Diagrama de
Ishikawa não resolve problemas, ele é um método de identificar as principais causas para
o mesmo, para a resolução destes deve-se utilizar outras ferramentas existentes ou criar
um método próprio.
6. Referências

Kaoru Wikipédia,
Ishikawa. 2011. Disponível em:

<https://pt.wikipedia.org/wiki/Kaoru_Ishikawa
>. Acesso em: 27 de Abril de 2021.

ANDRADE, Luiza. Diagrama de Ishikawa: o que é e como fazer. Siteware, 2017.


Disponível em: <https://www.siteware.com.br/blog/metodologias/diagrama-de-ishikawa/>.
Acesso em: 27 de Abril de 2021.

SILVEIRA, Cristiano. Diagrama de Ishikawa, Causa e Efeito ou Espinha de Peixe.


Citisystems, 2012. Disponível em: <https://www.citisystems.com.br/diagrama-de-ishikawa/
>. Acesso em: 27 de Abril de 2021.

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