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As particularidades do

racismo estrutural na
formação sócio-histórica
brasileira:
reiterações contemporâneas

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL);


FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL (FSSO);
PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL;
DOCENTE: MILENA MEDEIROS.
DISCENTES 1
Alícia Verçosa;

2
Gabriely Passos;

3
Jamile Luíza;.

4
Stephany Rayane..
SUMÁRIO
1. TEMA
2. TÍTULO
3. JUSTIFICATIVA
4. OBJETIVOS
4.1 Geral
4.2 Específicos
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
6. METODOLOGIA
7. CRONOGRAMA
8. REFERÊNCIAS
TEMA
Racismo;

TÍTULO
As particularidades do racismo estrutural na
formação sócio-histórica brasileira: reiterações
contemporâneas.
JUSTIFICATIVA
Dados recentes da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua de 2018;

Experiências vividas na Ação Curricular de


Extensão (ACE);

Indagações sobre o racismo estrutural e


suas particularidades na sociedade
brasileira.
OBJETIVOS
GERAL ESPECÍFICOS
Compreender como se Compreender a reprodução sócio-
constituiu o racismo na histórica do racismo tendo como
formação sócio-histórica base a formação sócio-histórica
no mundo e mais específico brasileira;
no Brasil, de modo a Abordar a trajetória da naturalização
analisar suas expressões e de desigualdades raciais e
reiteração no contexto atual institucionalização do racismo
com o racismo estrutural estrutural;
em pleno século XXI. Discutir as atuais expressões
contemporâneas que reiteram o
racismo estrutural na sociedade
brasileira do século XXI.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS SOCIEDADES
O racismo não é algo específico da sociedade
contemporânea;

Diversas manifestações na sociedade em geral e


brasileira;

Influência dos processos de formação das


sociedades;

Comunidade primitiva, modo de produção asiático,


escravismo, feudalismo e capitalismo.
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS
SOCIEDADES
Comunidade Primitiva;
Divisão do trabalho natural e sexual;
Principal atividade: coleta de frutos e pesca;
Produzia para a subsistência;
Descoberta da semente;
Produção de excedente;
Disputas por esse excedente;
Surgimento da sociedade de classes;
Exploração do homem pelo homem;
Sociedades asiáticas e escravistas.
COMUNIDADE PRIMITIVA
X
SOCIEDADE DE CLASSES
Segundo Lessa e Tonet:

Nas sociedades primitivas, os indivíduos, por mais que divergissem, tinham


no fundo o mesmo interesse: garantir a sobrevivência de si e do bando ao
qual pertenciam. Como surgimento da exploração do homem pelo homem,
pela primeira vez as contradições sociais se tornam antagônicas, isto é,
impossíveis de serem conciliadas. A classe dominante tem que explorar o
trabalhador, este não deseja ser explorado (LESSA; TONET, 2004, p.30).

Mudanças nos critérios para escravidão.


RACISMO
X
RACISMO ESTRUTURAL
Racismo- Discriminação baseada em diferenças biológicas;

Racismo Estrutural - Naturalização dessa discriminação.


TEORIAS QUE FUNDAMENTARAM O
RACISMO
Base religiosa- Maldição de Cam;

Questões Pseudocientíficas- Frenologia e antropometria;

Determinismo biológico;

Determinismo geográfico.
Relatos

Única Descobrimento
cultura
América e
Processo Etnocentrismo África As grandes
Evolutivo navegações
Choque
Alcançar cultural
a
civilização

ESCRAVISMO RACIAL
Formação Sócio-histórica do Brasil

Jesuítas
Fator Climático
Ajuda no
Solo produtivo
proceso
Exploração evolutivo.
Brasil Brasil
apenas dos
recursos Subsistituiçã
naturais o do índio
para o
Povoamento
Negro.
Desagregação do regime escravocrata
DESAGREGAÇÃO DO REGIME
ESCRAVOCRATA NO BRASIL APÓS TRANSIÇÃO PARA O TRABALHO LIVRE
A ABOLIÇÃO Sem o devido preparo para esse novo tipo de
trabalho os libertos tinham as opções de
Os recém libertos foram abandonados a voltar a trabalhar para os senhores nas
própria sorte sem qualquer tipo de lavouras recebendo um mísero salário. ou
assistência. encorpar a grande massa de desocupados e
semi-ocupados.

TRABALHO INFORMAL
EXÉRCITO DE RESERVA
Aos negros que migraram para as
Com a economia em alta, houve a
cidades, só restaram os subempregos, a
possibilidade de transformar os libertos
economia informal e o artesanato. Com
que se encontravam sem trabalho no
isso, aumentou de modo significativo o
chamado exército de reserva, sendo
número de ambulantes, empregadas
reserva da reserva.
domésticas, quitandeiras sem qualquer
tipo de assistência e garantia.
RACISMO ESTRUTURAL

Silvio Almeirda - "O que é racismo estrutural?"


(2018)
Racismo como base das desigualdades e violências da
vida social;
O racismo como estrutura da sociedade não retira a
responsabilidade individual.
DESEMPREGO
O desemprego causa mais impacto na vida de
pessoas negras;

Pandemia da COVID-19 escancarou essa questão;

Relatório "Síntese de Indicadores Sociais: Uma análise


das condições de vida da população brasileira 2021" -
IBGE:
Serviços domésticos: 46,6% composto por pretos e pardos;
Redução de -10,5% das ocupações durante a pandemia.
Casos de racismo no Brasil

No 1º semestre de 2022 Foram registrados entre


foram registrados 265 casos 2019 e 2021 251 casos

Casos registrados pela Secretaria de Justiça e Cidadania do estado de São Paulo


Casos de racismo em locais publicos
Ano de 2020, em que um Outro homem negro, de
homem negro, 40 anos, foi 56 anos, de modo que o
espancado e morto por mesmo foi obrigado a
dois homens brancos em tirar parte da roupa em
um supermercado um supermercado. A
Carrefour em Porto Alegre, vítima foi abordada por
no Rio Grande do Sul, dois seguranças que
véspera do Dia da suspeitaram que o
Consciência Negra. cliente havia furtado
produtos da loja.
INDAGAÇÕES
Como se constituiu o racismo a partir da formação
sócio-histórica brasileira?

O que é racismo estrutural?

Por que ocorre a reiteração do racismo estrutural na


sociedade brasileira?
METODOLOGIA
Pesquisa bibliográfica a partir da utilização de artigos científicos, livros,
documentários e autores que fazem referência à temática, por exemplo: Silvio
Almeida, Leila González, Ellen Meiksins Wood, entre outros.

O método utilizado será o materialismo histórico dialético, o qual se refere à


análise da realidade a partir da materialidade histórica dos indivíduos, ou seja,
considerar todo o contexto histórico, social, econõmico, político, ideológico, entre
outros.

A revisão bibliográfica também será realizada utilizando uma coleta de dados


quantitativos, tendo como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua divulgada em 2018, e dados estatísticos do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, Atlas da violência, Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada, Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre outros.
CRONOGRAMA
Período: Ano/Mês
2022.2 2023.1
Atividades
Dez Jan. Fev. Mar Abr. Mai. Jun Jul. Ago
Nov. Set. Out.
. . . .
Levantamento Bibliográfico X X X X X X X X X X X
Discussão Teórica em função da determinação
X X
dos objetivos
Localização e identificação das fontes de
X X
obtenção dos dados ou documentos
Determinação de categorias a partir de dados
X
documentais
Análise e Interpretação X X X X X X X X
Entrega do primeiro capítulo X
Entrega do segundo capítulo X
Revisão da Redação X

Defesa do TCC X
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. 1a ed. São Paulo: Polen, 2018, p. 38-53.

CASOS de racismo no 1o semestre de 2022 já superaram os últimos dois anos no estado de


SP, diz secretaria de Justiça. G1 SP, 2022. Disponível em:
<https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2022/07/22/casos-de-racismo-no-1o-semestre-
de-2022-ja-superaram-os-ultimos-dois-anos-no-estado-de-sp-diz-secretaria-de-
justica.ghtml>. Acesso em: 21 out. 2022.

FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. 5a ed. São Paulo: Globo
S.A., 2008, p. 29-100.

HOMEM negro é espancado até a morte em supermercado do grupo Carrefour em Porto


Alegre. G1 RS, 2020. Disponível em: <https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do
sul/noticia/2020/11/20/homem-negro-e-espancado- ate-a-morte-em-supermercado-do-
grupo-carrefour-em-porto-alegre.ghtml>. Acesso em: 21 out. 2022..
REFERÊNCIAS
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Desigualdades sociais por cor ou
raça no Brasil. Disponível em: <https://educa.ibge.gov.br/jovens/materias-especiais/21039-
desigualdades-sociais-por-cor-ou-raca-no-brasil.html>. Acesso em: 19 out. 2022.

IIBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Síntese de Indicadores Sociais: Uma


Análise das Condições de Vida da População Brasileira 2021. Disponível em
<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101892.pdf>. Acesso em: 21 out. 2022.

ILAPLANTINE, François. Aprender antropologia. 1a ed. São Paulo: Brasiliense, 1988, p. 91-112.

LARA, R.; BARCELOS, J. G. Classe e racismo na formação social brasileira. Revista Linhas,
Florianópolis, v. 21, n. 46, p. 204 - 223, 2020. DOI: 10.5965/1984723821462020204. Disponível em:
<https://www.revistas.udesc.br/index.php/linhas/article/view/1984723821462020204>
Acesso em: 19 out. 2022.
REFERÊNCIAS
LESSA, Sérgio; TONET, Ivo. Introdução à filosofia de Marx. 7a ed. São Paulo: Expressão popular,
2004, p. 29-33.

MENDES, Evaldo; SANTANA, Luciana. Antropologia 1. 1a ed. Alagoas: Universidade Federal de


Alagoas, 2015, p. 10-40.

PEREIRA, Tulio Augusto de Paiva. A igreja católica e a escravidão negra no Brasil a partir do
século XVI. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 05, Maio de
2018. ISSN:2448-0959, Disponível: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/historia/igreja-
catolica. Acesso em: 19 out. 2022.

PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil contemporâneo. 6a ed. São Paulo: Brasiliense,1961. P.
12-26.
REFERÊNCIAS
‘VIM aqui pra comprar e me chamam de ladrão’; vídeo mostra homem negro sem roupa
em supermercado de Limeira. G1 Piracicaba e Região, 2021. Disponível em:
<https://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2021/08/09/video-mostra-homem-
tirand o-parte-da-roupa-em-supermercado-de-limeira-caso-foi-registrado-como-
constrangimento.ghtml>. Acesso em: 21 out. 2022.

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