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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL


Aluna: Kethilly de Araújo Santos

Resenha do vídeo: “O liberalismo segundo seus críticos. ”

O vídeo “O liberalismo segundo os críticos”, aborda os principais protagonistas ao


longo da história do Liberalismo em que, são expostos a duas relações
completamente distintas entre o próprio liberalismo e sua relação com a escravidão.
Diante dessas duas crenças que seguiu compatibilizada surge tal questão: Como um
indivíduo que se definia como liberal e ao mesmo tempo defensor da escravidão?
Ser liberal em principio tinha o significado de Militar, seguindo o livro “Contra-
História do liberalismo” escrito pelo filosofo italiano Domenico Losurdo, menciona
John Caldwell Calhoun um político e filosofo da Carolina do Norte nos Estados
Unidos em que ele era conhecido por defender o escravismo, que em sua
concepção era um ato necessário para garantir os benefícios como: Liberdade e
autodeterminação. Não obstante, a escravidão era considerada harmonizável com o
liberalismo pois se entrelaçava com o projeto humanitário, em sua justificativa, ele
acreditava que os escravos viviam uma vida boa e digna, no entanto, a
instituição/sistema escravatura era o responsável por esse fato. Logo, John C. se
considerava liberal por querer garantir a liberdade de poucos escravizando outros
indivíduos que não tinha superintendência, ou seja, em seu juízo de “liberdade” não
era para todos.

O filosofo e considerado o “pai” do liberalismo John Locke, possui uma


passagem sombria quanto a escravidão. Dada a sua reputação de defensor da
propriedade privada e direitos da liberdade pessoal, Locke quadra como astucioso
pois negligenciava a escravidão, em contrapartida o seu envolvimento com a
instituição escravatura na compra de escravos era completamente proveitoso e
lucrativo para sua própria beneficência.

O liberalismo no seu contexto histórico tinha o fundamento muito forte na defesa


(violenta) da propriedade privada e da economia capitalista, ou seja, a causa estava
do lado dos proprietários dos meios de produção sendo homens brancos e
ocidentais. Nesse contexto, a bolha de defesa da liberdade do indivíduo contra o
autoritarismo, excluía completamente a classe trabalhadora, as mulheres e os povos
da periferia criado pelo próprio sistema capitalista.

Então podemos desmistificar a ideia implantada em que o conceito escrito do


liberalismo pelos teóricos de que é “uma doutrina que luta pela liberdade e pelos
direitos individuais, pela igualdade perante a lei, pela proteção da propriedade
privada e pelo livre comércio”, pode ser considerada em partes, pois não está sendo
descrito a tradição do liberalismo na sua história concreta, isto significa, que a causa
em si do liberalismo ela sucedeu como bárbaro, hediondo e desumano. A partir
dessa contradição, podemos concluir que o liberalismo defende bons valores mas
tem grandes dificuldades em realizar seus conceitos na prática.
Todavia a ideia de liberdade nadava em conjunto com o próprio sistema
capitalista de forma turbulenta, tendo como grande fator a classe social e seu
manifesto. Sua intenção era expropriar esses indivíduos subjugados para manter os
“direitos” e “privilégios” do Estado e outros burgueses como engrenagem para esse
modo de produção.
Portanto, a compreensão do liberalismo e sua conjuntura no período
contemporâneo é ilusória. A convicção alinhada do próprio termo não se coincide
com a próprio histórico do movimento, apesar de que, é transparecido de forma
irreal do que ela realmente é no objetivo de mostrar o lado bom e esconder o próprio
lado repulsivo da sua razão e alienar ainda mais a classe trabalhadora a prol de
fortalecer a classe dominadora.

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