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CONTRATO DE PARCERIA PARA

CONSTRUÇÃO DE

COMPLEXO HABITACIONAL

PATRIOTA/TALATONA

LUANDA

PARTES

MARIA DA CONCEIÇÃO FALCÃO SOARES VARELA

vs

MONDLANE DO NASCIMENTO DA SILVA JOAQUIM

Luanda, 28 de Março de 2024

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Entre

OUTORGANTES:

PRIMEIRA;
MARIA DA CONCEIÇÃO FALCÃO SOARES VARELA, Estado Civil
Casada, portadora do B.I nº 000614539LA037, emitido pela Direcção Nacional
de Identificação Civil e Criminal em Luanda, aos 25 de Maio de 2015, residente
em Luanda, Bairro Maculusso, Rua Rei Katyavala, nº 63, C, ZO, Distrito Urbano
de Ingombota, com contacto telefónico nº 923701699, que nos termos e condições
do presente Contrato, intervêm e goza de Direitos e Obrigações, com poderes
bastantes para o acto, adiante designado PRIMEIRA OUTORGANTE.

SEGUNDA;
O Senhor, MONDLANE DO NASCIMENTO DA SILVA JOAQUIM residente
em Luanda, na Centralidade do Kilamba, Bloco X34 Apartº32, Arquiteto &
Urbanista de Profissão, com Cédula Profissional da Ordem Dos Arquitetos De
Angola, nº AO-0361, titular do Bilhete de Identidade nº 001593019LA035 emitido
pela Direção Nacional de Identificação Civil e Criminal, em Luanda, aos 10-07-
2019, que nos termos e condições do presente Contrato, intervem e goza de
Direitos e Obrigações, com poderes bastantes para o acto, conjuntamente, adiante
designado SEGUNDA OUTORGANTE.

CONSIDERANDOS;

1. Considerando que, a PRIMEIRA OUTORGANTE, é legítima Dona e


única superficiária de um imóvel (Prédio Rústico), descrito na Conservatória do
Registo Predial da Comarca de Luanda, na 2ª Secção, sob a ficha do Prédio nº 216

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– Belas, com área total de 1.200m2, com as seguintes informações, e
COORDENADAS:
2. NORTE = com a Rua Direita do Lar do Patriota; SUL = com terrenos de
Particulares; Com terrenos de Particulares e OESTE – com terreno concedido à
Dona Carolina Domingos José Faria.

a)- COORDENADAS:

Desanexado do Talhão nº 1817/14, Descrit. na Conserv. R. Predial sob nº 1873


Com a localização actualizada no Quifica, Distrito Urbano do Benfica,
actualmente Município de Talatona, com dimensões de 1.200m2 conforme cópias
de documentos em anexo.
b)-Declara a PRIMEIRA OUTORGANTE que a posição acima referida, advém
da ocupação efectiva e sem qualquer concorrência ou conflitos e dos documentos
que junta para fazer parte integrante do presente Contrato, como anexos (A,B,C,D
e E) nomeadamente:
a) Escritura de Cessão Do Direito de Superfície nº: O115/15 de Folhas 61 à
65, de 05/01/ 2015.
b) Croquis de Localização:
c) Certidão de Registo Predial Código nº 216-BE
d) Cópia do B.I do Representante do Proprietário do Terreno, nº
000614539LA037.
e) Documentação da SEGUNDA OUTORGANTE, incluindo todas as peças
do Projecto, objecto do presente Contrato, respectivamente.
f)- A PRIMEIRA OUTORGANTE declara ainda que os documentos que junta
acima são referentes ao terreno afecto ao presente Contrato e assume toda

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responsabilidade derivada da localização errada, ou dalgum vício ou irregularidade
nos mesmos.

3 A PRIMEIRA OUTORGANTE declara saber que a parceria e os investimentos


a serem feitos no terreno, são de caracter definitivo, irrevogáveis, irreversíveis e
se destinam a construção de moradias, equipamentos sociais e respectivas infra-
estruturas, para VENDA e que as vendas ou a celebração de pré Contratos de
vendas poderão decorrer com o início das obras, ficando reservado para a
PRIMEIRA OUTORGANTE a transferência do Direito de Superfície, à cada
comprador e uma vez concluído o pagamento por parte do PROMITENTE
COMPRADOR ou (CLIENTE);

4. A PRIMEIRA OUTORGANTE declara que o terreno está completamente


livre de pessoas e bens e que não existem quaisquer obstáculos jurídicos ou
administrativos a celebração da presente parceria;

5. A PRIMEIRA OUTORGANTE declara que assume toda responsabilidade


em manter o imóvel (TERRENO) sem qualquer ónus e devoluto de pessoas e
bens e a resolver todo e qualquer problema referente a conflitos de terras ou
outros suscetíveis de colocar em risco a parceria ou a sua rentabilidade;

6. A PRIMEIRA OUTORGANTE assume toda responsabilidade pela prática


dos actos tendentes a transmissão do Direito de Superfície das parcelas/lotes,
ou imóveis destinados à SEGUNDA OUTORGANTE, e ou ao
(PROMITENTENTE COMPRADOR), ou seja, conforme a indicação da
SEGUNDA OUTORGANTE e declara que os lotes ou espaços destinados as
áreas sociais serão de uso comum aos proprietários de cada lote ou imóvel, de
forma indivisível e na proporção de cada lote, pelo que declara perante à
SEGUNDA OUTORGANTE que prescinde de forma irreversível dos direitos
sobre as mesmas;

7. As Partes acordam conjugar esforços e proceder diligências junto das


instituições ou entidades competentes, relativamente ao processo do
loteamento e desanexação do terreno assim como o licenciamento da obra,
fazendo de todas as despesas decorrentes dos referidos actos, parte integrante
dos custos gerais do Projecto, objecto do presente Contrato, que
contabilisticamente serão diluídos e ou enquadrados, genericamente nos
custos das 03 (Residências) e 5 Lojinhas, a serem construidos de acordo com
o Projecto, embora e na prática tais despesas decorrerão sob expensas
exclusivas da SEGUNDA OUTORGANTE.
8. A PRIMEIRA OUTORGANTE declara que, sem prejuízo das suas
obrigações e das limitações previstas na Cláusula Sexta do presente Contrato,

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sempre que se julgar necessário entre as Partes, criará todas as condições para
que a SEGUNDA OUTORGANTE pratique por si todos os actos tendentes a
transmissão do Direito de Superfície, ao Loteamento e desanexação, em
relação aos Lotes cedidos pela PRIMEIRA OUTORGANTE, aos últimos
beneficiários (Promitentes Compradores), no âmbito do presente Contrato,
conferindo à (SEGUNDA OUTORGANTE) a competente Procuração para
os devidos efeitos;

9. A SEGUNDA OUTORGANTE, declara que funda a sua vontade de negociar


nas presentes declarações da PRIMEIRA OUTORGANTE;

10. A SEGUNDA OUTORGANTE não efectuou quaisquer due diligence;

11. A PRIMEIRA OUTORGANTE declara conhecer e concordar com a não


realização da due diligence e afirma que as suas declarações são legítimas e
verdadeiras e que garante a fiabilidade das mesmas, como igualmente assume
total responsabilidade por todos os danos que directa ou indiretamente houver,
sejam eles derivados de actos, omissões ou representações;

12. As Partes acordam celebrar o presente Contrato tendo como base os


considerandos fundados no princípio da boa-fé, estando as mesmas, (Partes),
obrigadas a cumprir com todas as suas normas, condições e cláusulas
estabelecidas e devidamente acordadas.

É, o presente Contrato celebrado pelas Partes para se reger nos termos e cláusulas
seguintes e em tudo que for omisso, supletivamente pela legislação em vigor ou
normas aplicáveis:

Cláusula Primeira
(Enquadramento e Acordos Prévios)
1. O presente Contrato constitui a única manifestação de vontade válida entre as
Partes, relativamente ao seu objecto e fim.
2. Todos os entendimentos anteriores sobre o objecto deste Contrato, verbais ou
escritos, acordados entre as Partes, por si, ou por interpostos mandatários,
agentes ou de algum modo tidos como representantes, ficam por este meio
revogados e sem nenhum efeito.
Cláusula Segunda
(Objecto e Finalidade do Contrato)
1. O presente Contrato tem por objectivo estabelecer e regular a Parceria
Imobiliária entre as Partes, relativa a Construção de um CONDOMÍNIO
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FECHADO, cujo NOME, SERÁ DESIGNADO a POSTERIOR, na qual, a
PRIMEIRA OUTORGANTE é superficiária e possuidora exclusiva da parcela
de terreno, melhor identificada nos CONSIDERANDOs nº 1 e 2, nas alíneas (a;
b; c; d; e & f) sito no Distrito Urbano do Benfica, Município de Talatona que de
boa fé e por livre vontade, disponibiliza o referido TERRENO em definitivo e de
forma irreversível e irrevogável à PARCERIA IMOBILIÁRIA DE
CONSTRUÇÃO DE UM COMPLEXO HABITACIONAL denominado
CONDOMÍNIO VILLAGGIO por definir…
composto por 03 (Três) Residências todas de Tipologia T4, R/Chão e Primeiro
Andar, a serem implantadas, ou construidas em Lotes de 20X20m
correspondentes a uma área de 400m2, (Quatrocentos metros quadrados) e
outros Equipamentos Sociais, se no âmbito do Projecto arquitetónico do
Condomínio, as houver em anexo ao presente Contrato, que aqui se estabelece com
a SEGUNDA OUTORGANTE, que esta aceita, e assume a responsabilidade da
elaboração e implementação, do competente Projecto e consequentemente
construir as referidas Residências, conforme o Projecto aprovado pelas Partes,
assim como promover as vendas ao público em geral, das frações do Projecto nas
condições e termos acordados entre as Partes, no presente Contrato.

Cláusula 3ª
(Titularidade do Imóvel)
1. A PRIMEIRA OUTORGANTE, é legítima Dona e única superficiária de um
imóvel (Prédio Rústico), descrito na Conservatória do Registo Predial da Comarca
de Luanda, na 2ª Secção, sob a ficha do Prédio nº 216 – Belas, com área total de
1.200m2, com as seguintes informações, confrontações e COORDENADAS,
conforme consta no considerando número 1 e 2 (a; b; c; d; e; & f), do presente
Contrato, do qual disponibiliza a totalidade do terreno, ou seja, que são: 1.200m2
(Mil e Duzentos Metros Quadrados).

Cláusula Terceira
(Âmbito da Parceria) (Prazo Para Conclusão da Construção do Projecto)
1. O Condomínio será construído num prazo de 24 meses, a contar da data de
recepção das licenças, de loteamento, tapume e de Construção, sendo as
respectivas despesas incluídas ou reflectidas nas despesas gerais do Projecto.
1. Considera-se uma prorrogativa de 6 (Seis) meses, desde que se apresente por
escrito, motivos plausíveis e devidamente justificados com pelo menos 60
(sessenta) dias de antecedência.

Cláusula Quarta
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(Modelo/Tipologia & Preço das Fracções)

1-As Partes concordam que as fracções habitacionais por erguer são de Tipologia
T4, Rés/Chão, ou TÉRREAS e autónomas, de médio padrão, executadas até ao
acabamento, ou seja, (Chaves na mão), com tanque de água e fossa, a serem
implantadas num Lote com dimensões de 20X20m, ou seja, 400m2.

2- As Partes concordam que o PREÇO INICIAL DE VENDA DOS


(IMÓVEIS) RESIDÊNCIAS, é de AKZ: 300.000.000,00 (Trezentos Milhões
de Kwanzas) e Lojinhas 75.000.000,00 (Setenta e Cinco Milhões de Kwanzas)

3- Nenhuma das Partes de forma deliberada, deverá alterar o preço acordado


no número anterior, sem o consentimento da outra Parte, evitando assim, qualquer
prática de concorrência desleal.

Cláusula Quinta
(Condições de Entrega)
As obras de construção das fracções habitacionais (RESIDÊNCIAS), deverão ser
executadas até ao acabamento, e as entregas mediante um Termo, após realizada a
devida vistoria ao imóvel a ser entregue, com as seguintes condições:
estrutura/(fundações e pilares), alvenaria em bloco de cimento (incluindo reboco e
pintura de paredes, dentro e fora), cobertura em laje de betão (betonilha),
aplicação de chão cerâmico, ou seja mosaico, com pontos negativos de
esgotos/canalização, tubos eléctricos, pontos CCTV e de A/C, loiça sanitária, com
o muro do quintal a meia haste, com portão.

Cláusula Sexta
(Despesas dos Serviços)
1. No âmbito da execução do Projecto, é da responsabilidade da SEGUNDA
OUTORGANTE, na qualidade de gestor do mesmo, no dia, à dia, articular
métodos atinentes a soluções financeiras para pagamento das despesas
correntes e/ou custos associados à concepção e implementação do Projecto
(Condomínio), objecto do presente Contrato, com principal efeito, à estratégia
de vendas dos Imóveis que constituem o referido Projecto;
2. No âmbito e nos termos do presente Contrato, não se deverá imputar à
PRIMEIRA OUTORGANTE, quaisquer ónus e/ou encargos financeiros
resultantes da implementação do Projecto, salvo se, se tratar de bens e/ou
serviços não compreendidos no âmbito do presente Contrato ou ainda,
tratando-se daquele encargo cujo data da sua origem for anterior a vigência do
presente Contrato.

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3. As Partes não reiteram consentir e assumir qualquer despesa que
inesperadamente vier da parte da ENTIDADE COMPETENTE, em relação
ao Direito de Superficie, pelo que, não poderá ser paga em quais quer termos e
condições a negociar com aquela instituição, pelo que, se assim suceder, as
referidas despesas serão da inteira responsabilidade da PRIMEIRA
OUTORGANTE.

Cláusula Sétima

(Deveres da Segunda Outorgante)

1. Sem prejuízo dos deveres implícitos às outras cláusulas do presente Contrato e


para sua boa execução, a SEGUNDA OUTORGANTE deve desenvolver e
praticar todos os actos e/ou trabalhos do Projecto de construção do Condomínio
na estrita observância dos termos e condições definidos neste Contrato, assim
como anexar ao mesmo o Projecto completo do Condomínio, isto é com todas
as suas peças tecnicamente exigíveis, com toda documentação de seus técnicos
séniores especializados, (Arquitectos/Engenheiros).
2. Assumir a gestão do dia-a-dia referente à boa execução do Projecto objecto do
presente Contrato, com todos Direitos e obrigações, primando sempre pelo
princípio da salvaguarda dos interesses comuns, o que desde já piamente se
compromete cumprir.

Cláusula Oitava

(Deveres da Primeira Outorgante)

1. O PRIMEIRO OUTORGANTE deve, para além de disponibilizar toda


documentação legal em original referente à parcela de terreno, exigida para
efeitos de legalização e autorização do Projecto junto das entidades
administrativas competentes, bem como prestar as informações e
esclarecimentos relacionados ao estado da legalidade do terreno sempre que
solicitado.
2. Com vista a facilitar o tratamento da documentação junto dos serviços públicos
que intervêm no processo de legalização de Loteamento, Desanexação e do
licenciamento das obras objecto do presente Contrato, sempre que necessário,
a PRIMEIRA OUTORGANTE deverá outorgar poderes por via de uma
Procuração de administração e gestão e sem reservas, da referida parcela de
terreno por formas a habilitar à (SEGUNDA OUTORGANTE) a praticar
todos os actos suficientes e necessários a boa execução do objecto do presente
Contrato, respeitando sempre o princípio da reciprocidade de vantagens.

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3. Noutros termos e em geral, a PRIMEIRA OUTORGANTE deve proceder a
desanexação do Direito de Superfície dos lotes correspondentes às fracções que
venham ser escolhidas por clientes e ou pertença da SEGUNDA
OUTORGANTE, nos termos e condições acordados no presente Contrato.

Cláusula Nona

(Da Contrapartida Entre as Partes)

1. Das 03 (Três Residências)/fracções habitacionais autónomas, a serem


edificadas na parcela de terreno cedida para parceria, a PRIMEIRA
OUTORGANTE ficará com 01 (Uma) Residência e 2 Lojinhas, em estado
acabadas, chave na amão, ou seja, nas condições descritas na (Cláusula
Quinta.5ª) do presente Contrato, e a SEGUNDA OUTORGANTE fica com
02 (Duas) Residências, e 3 (Três) Lojinhas dos imóveis projectados,
correspondente a um total de 03 (Três) Residências 05 Lojinhas
respectivamente.
2. As Partes concordam que, sempre que o comprador vier por intermédio de
terceiros, haverá o incremento e consequente pagamento obrigatório da
comissão, de acordo com os princípios aplicáveis no mercado imobiliário
angolano, cuja percentagem a atribuir, será aplicada da seguinte forma:

a)- Máximo de comissão a pagar, 3% (Três Por Cento), sobre o valor total da
venda;
b)-Não se aplica a remuneração de comissão por intermediação guiada pelos
integrantes ou Sócios/Parceiros do Projecto;

c)- Qualquer Entidade Intermediária interna ou externa que queira trazer


compradores, ou (Clientes), para aquisição de Imóveis, deverá antecipadamente
contactar a administração do Projecto, para efeitos de formalização dos devidos
procedimentos.

Cláusula Décima
(Da execução do Projecto)
O presente Contrato não tem carácter intuitu personae, ou seja, a SEGUNDA
OUTORGANTE executará de forma livre e independente podendo, sempre que
necessário para a melhor prossecução do Projecto, contratar e subcontratar
serviços nos termos e condições que entender com vista a prosseguir e atingir os
objectivos do presente Contrato.

Cláusula Décima Primeira


(Dever de Sigilo)
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As Partes estão obrigadas a guardar sigilo em relação às informações e/ou
documentos que venha a ter acesso, em consequência dos serviços prestados no
âmbito do presente Contrato, tanto na vigência como após a cessação do Contrato,
salvo se tais informações/documentos lhe forem solicitadas por motivos legais ou
em consequência de determinação judicial e sempre que tal divulgação não possa
ser legalmente recusada ou ainda, quando, expressamente, autorizada pela outra
Parte.

Cláusula Décima Segunda


(Rescisão do Contrato)
Qualquer uma das Partes pode, justificadamente, rescindir o presente Contrato
com fundamentos nas violações não dirimíveis das suas cláusulas, desde que
comunique por escrito à contra Parte com antecedência mínima de 60 dias. Porém,
tal ocorrência não exonera as obrigações da Parte inadimplente, em relação a Parte
lesada.
Cláusula Décima Terceira
(Força Maior)
1. O incumprimento ou o atraso no cumprimento de quaisquer das obrigações
contratuais por qualquer das Partes, não constituirá violação do presente
Contrato e ter-se-á por justificado se devida a facto (s) de força maior.
2. Para efeitos do presente Contrato, entende-se força maior qualquer evento fora
do contexto razoável da Parte que invoca ter por ele sido afectada, rebeliões ou
motins, catástrofes, incêndios, terramotos, cortes de comunicação e acidentes
inevitáveis.
3. Verificando-se algum caso de força maior de duração superior a 15 (quinze)
dias, a contar da data em que a Parte interessada dê conhecimento, por escrito
ou por telemóvel, à contra Parte, qualquer uma das Partes pode rescindir o
presente Contrato ou renegociá-lo, caso assim o entendam.

Cláusula Décima Quarta


(Cláusula Penal)
1- As Partes comprometem-se em cumprir genérico e escrupulosamente
com todas as suas obrigações e em especial as previstas na Cláusula (7ª)
(Sétima) e (8ª) (Oitava), do presente Contrato, sendo a Parte
inadimplente responsabilizada a ressarcir todos os danos que houver
causado a outra Parte.
2- A Parte que injustificadamente resolver o presente Contrato fica obrigado
a indemnizar a contraparte nos termos gerais do Direito.

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Cláusula Décima Quinta
(Resolução de Litígios)
1. Quaisquer litígios que ocorram na vigência do presente Contrato são resolvidos
por acordo entre as Partes nos termos do princípio da boa colaboração e da boa-
fé.
2. Na falta de acordo para dirimir as questões resultantes do presente Contrato,
com renúncia ao foro judicial, as Partes escolhem o tribunal arbitral que
poderá funcionar no Centro de Resolução Extrajudicial de Litígios (CREL),
nos termos da Lei n.º 16/03, de 25 de Julho (Lei Sobre a Arbitragem
Voluntária Angolana).
3. O Tribunal Arbitral será constituído por 3 (três) Árbitros, cabendo as Partes
a indicação de um Árbitro cada, no prazo máximo de 10 dias, contados da data
notificação, e outro neutro, nomeado por consenso das Partes, na falta de
consenso indicado pelo Juiz Presidente da Comarca de Luanda.
4. Caso a contraparte notificada que não indique o Árbitro, nos termos do número
anterior, a falta será suprida pelo Juiz de Direito Presidente da Comarca de
Luanda a requerimento da Parte interessada.
5. Todos os encargos e/ou despesas decorrentes do processo arbitral serão
assumidos por conta e risco da Parte incumpridora nos termos do presente
Contrato.

Cláusula Décima Sexta


(Endereços)
Quaisquer contactos ou comunicações/notificações entre as Partes serão feitos para
as seguintes moradas constantes dos respectivos elementos de identificação, bem
como por E-mail e qualquer meio para se fazer chegar a informação à contraparte.

Cláusula Décima Sétima


(Entrada em vigor e Duração)

O presente Contrato entra em vigor na data da sua assinatura, sendo que, a


contagem para a conclusão das obras do Condomínio objecto do presente Contrato,
é aqui estipulado o prazo de 24 meses (Vinte e Quatro meses), que começa a contar
com a entrega das Licenças de LOTEAMENTO, TAPUME
e de CONSTRUÇÃO por parte da PRIMEIRA OUTORGANTE, à SEGUNDA
OUTORGANTE, o que não retira a possibilidade das Partes conjugarem esforços
para a obtenção rápida das referidas Licenças.

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Cláusula Décima Oitava

»»DISPOSIÇÕES FINAIS»»

1. Qualquer alteração ao presente Contrato, só será válida, se feita por escrito


e assinada por ambas as Partes. A alteração ao Contrato revestirá a forma de
“Adenda” e valerá como parte integrante do mesmo.

2. Todas as epígrafes utilizadas no presente Contrato são usadas apenas por


razões de conveniência e de maior facilidade de referência, não devendo ser
utilizadas para fins interpretativos ou para fixar o sentido das disposições que
titulam.
3. Se uma ou mais disposições do presente Contrato for julgada inaplicável,
inválida, as restantes disposições que não forem afectadas permanecerão em
pleno vigor e a produzir plenos efeitos.

1.Cientes do conteúdo nele vertido, por corresponder a vontade e os interesses das


Partes, pelo que, assinam o presente Contrato de Parceria Imobiliária, que contém
12 páginas, nos termos e condições, aqui expressamente exarados, foi elaborado
em (2) (Dois) exemplares originais e em língua portuguesa, com igual teor e valor
jurídico, para um só efeito, com a competente autenticação notarial, ficando cada
um dos Intervenientes, com (1) Um, respectivamente.

Luanda, ao dia 28 de Março de 2024.

A Primeira Outorgante A Segunda Outorgante


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MARIA C. F. SOARES VARELA MONDLANE DO N. DA S. JOAQUIM

X – JOSÉ CUNHA BONGO

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