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Aula 17

Receita Federal (Auditor Fiscal) Bizu


Estratégico - 2022 (Pós-Edital)

Autor:
Elizabeth Menezes de Pinho Alves,
Leonardo Mathias, Aline Calado
Fernandes, Diogo Matias das
Neves, Fernanda Harumi Amaral
19 de Janeiro de 2023
Jo, Guilherme Carvalho

20968953751 - João Lucas Bonfim Silva


Elizabeth Menezes de Pinho Alves, Leonardo Mathias, Aline Calado Fernandes, Diogo Matias das Neves, Fernanda Harumi Amar
Aula 17

BIZU ESTRATÉGICO DE LEGISLAÇÃO ADUANEIRA –


RECEITA FEDERAL

Olá, concurseiro! Tudo certo?

Neste material, traremos uma seleção de bizus da disciplina de Legislação Aduaneira para o
concurso de Auditor Fiscal - Receita Federal.

O objetivo é proporcionar uma revisão rápida e de alta qualidade aos alunos por meio de
tópicos que possuem as maiores chances de incidência em prova.

Vale lembrar que todos os bizus destinam-se àqueles que já estejam na fase final de revisão,
ou seja, que já estudaram bastante o conteúdo teórico da disciplina e, nos últimos dias, precisam
revisar por algum material bem curto e objetivo. Este bizu foi elaborado com base no curso de
Legislação Aduaneira do professor Felipe Luccas, Equipe Comércio Exterior e Legislação Aduaneira.

Aline Calado Leonardo Mathias

@ @alinecalado.f @J @profleomathias

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ANÁLISE ESTATÍSTICA

No conteúdo de Legislação Aduaneira – Receita Federal do nosso Bizu, abordaremos os pontos com
maior incidência de cobrança em provas. A banca examinadora é a FGV e segue abaixo análise
estatística dos conteúdos mais cobrados no âmbito da disciplina. Com base nessa análise, podemos
verificar quais são os temas mais cobrados pelas bancas e, com isso, focar nos principais pontos para
revisar e detonar na prova!

Assunto % de cobrança
3.2. Imposto de Exportação.
3.3 – Imposto sobre Produtos Industrializados vinculados à
Importação.
3.4. Contribuição para o PIS/PASEP–Importação e da COFINS- 36,67%
Importação.
3.5. – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico –
Combustíveis.

1. Jurisdição Aduaneira. 2. Controle Aduaneiro de Veículos. 16,67%

5. Controle Aduaneiro de Mercadorias. 7.1. – Crédito


16,67%
Tributário.
4. Regimes Aduaneiros Especiais e Aplicados em Áreas
16,67%
Especiais.

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MAPA DO BIZU
Segue abaixo tabela contendo a numeração dos Bizus referentes a cada tópico abordado e os
respectivos cadernos de questões selecionadas no nosso SQ:
Devido ao número reduzido de questões da banca FGV referentes à disciplina, os cadernos foram
montados utilizando também questões específicas de concursos realizados por bancas similares nos
últimos anos. Além disso, é recomendado que o aluno resolva as questões disponibilizadas na aula
do professor.
Como já mencionado, neste material abordaremos apenas os temas mais importantes do edital,
considerando tanto o percentual de incidência nas provas, quanto a extensão e complexidade do
assunto. Veja como está estruturado o seu Bizu.

Caderno de
Assunto Bizus
Questões
1. Jurisdição Aduaneira. 2. Controle Aduaneiro
1 http://questo.es/mduv8h
de Veículos.
3.2. Imposto de Exportação.
3.3 – Imposto sobre Produtos Industrializados
vinculados à Importação.
3.4. Contribuição para o PIS/PASEP–Importação 2 http://questo.es/9dgri0
e da COFINS-Importação.
3.5. – Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico – Combustíveis.
5. Controle Aduaneiro de Mercadorias. 7.1. –
3 http://questo.es/shd2i9
Crédito Tributário.
4. Regimes Aduaneiros Especiais e Aplicados em
4 http://questo.es/7fxnvz
Áreas Especiais.

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Apresentação

Antes de começarmos, gostaria de me apresentar. Meu nome é Aline Calado, tenho 30 anos e
sou natural de Pernambuco. Sou graduada em Ciências Contábeis pela UFPE e Pós-Graduanda em
Contabilidade Pública e Auditoria.

Atualmente, exerço o cargo de Auditora de Controle Externo (Agente da Fiscalização) no Tribunal


de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP).

Serei a responsável pelo seu Bizu Estratégico de Legislação Aduaneira e, com ele, pretendo
abordar os tópicos mais cobrados nessa disciplina, de maneira concisa e objetiva, por meio de uma
linguagem bem clara!

Espero que gostem!

Um grande abraço e bons estudos!

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1. Jurisdição Aduaneira / Controle Aduaneiro de Veículos.

O Comércio Exterior Brasileiro

No Brasil, as operações de comércio exterior estão submetidas a três espécies de controle, cada um
deles de competência de um órgão diferente. São eles: o controle administrativo, o controle
aduaneiro e o controle cambial.
Os órgãos responsáveis por exercer o controle administrativo, aduaneiro e cambial são,
respectivamente, a SECEX (Secretaria de Comércio Exterior), a RFB (Secretaria Especial da Receita
Federal do Brasil) e o BACEN (Banco Central).

Controle Administrative
Controls Aduaneiro Controle Cambial

Procedimentos Acompanhamento
realizados para do despacho Conhole das
cumprimento de aduaneiro e operagées
normas e verificazjio do cam biais
exigéncias Iegais quantum tributzirio.

Controle da
Controle prévio ao circulagéo de
Controle posterior
embarque da divisas entre os
mercadoria. paises.

Autorizgéo
governamental
Ca rater extrafiscal
para importar ou
exportar

O Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX)

SISCOMEX é o instrumento administrativo que integra as atividades de registro, acompanhamento e


controle das operações de comércio exterior, mediante fluxo único, computadorizado, de
informações.
Sistema Portal Único de Comércio Exterior – PUCOMEX: O grande propósito do PUCOMEX é
desburocratizar as operações de comércio exterior, reformulando os processos de importação,
exportação e trânsito aduaneiro. Busca-se que os exportadores e importadores tenham um ponto de
contato único com os órgãos governamentais que atuam no comércio exterior.

Secremria de Comércio
Exterior [SECEX]

Secretaria da Receita
Federal do Brazil IRFB)

Orgi
doSSCO
MEX
gesteosres

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O primeiro passo para que uma empresa possa operar no comércio exterior é proceder à sua
habilitação no SISCOMEX. Há 3 (três) modalidades de habilitação: expressa, limitada e ilimitada.

Jurisdição Aduaneira

Jurisdição aduaneira é o poder que detém a autoridade aduaneira para submeter à sua fiscalização
e controle todas as operações de comércio exterior, ainda que após a entrada dos bens no país. Em
outras palavras, a jurisdição aduaneira é a autoridade conferida à Receita Federal do Brasil (RFB) para
exercer a fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, o que reflete o comando constitucional
do art. 237 da CF/88.
A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro, que, por sua vez,
compreende todo o território nacional. Assim, não há nenhum local do território nacional que esteja
imune à fiscalização aduaneira.
• A zona primária compreende os locais por onde entram e saem as mercadorias, pessoas e
veículos do território nacional. Dessa forma, integram a zona primária as seguintes áreas
demarcadas pela autoridade aduaneira local:
● a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados;
● a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e
● a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados;
• A zona secundária, por sua vez, compreende o restante do território nacional, inclusive o espaço
aéreo e as águas territoriais.

a parto do territorio do um Estado nao inbagrante do


MERCOSUL na qual so permits a aplicagéo da Iogislagfio aduaneira
do MERCOSUL, nos tarmos do acordo intemacional qua assim o
estabeloga.

a parto do tsnitorio do um Estado-Parto do MERCOSUL na


qual so permits a aplicagéo da logislagio aduane-ira do um
torceiro Estado, nos termos do acordo intemacional qua assim o
estabaloga.

Administração Aduaneira

A administração aduaneira consiste nas atividades de fiscalização e controle sobre o comércio


exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais. Trata-se de atividade
constitucionalmente prevista, realizada em todo o território aduaneiro. Destaque-se que as
atividades de fiscalização de tributos incidentes sobre as operações de comércio exterior serão
supervisionadas e executadas por Auditor Fiscal da RFB.

Estão sujeitas à fiscalização tanto pessoas físicas quanto pessoas jurídicas, sejam contribuintes ou
não, mesmo quando se tratar de entidades imunes ou isentas.
A fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou eventual, nos portos,
aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados.

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Fiscalizagéio das
0-brigagoes
tributarias
""lI|

Cumprimento espontaneo
Pessoas Fisicas e
Juridicas
lmunes ou lsentas

lninterruptas

Supremacia da autoridade
aduaneira

A precedência da autoridade aduaneira, que também se aplica nas zonas de vigilância aduaneira,
implica:
a) a obrigação, por parte das demais autoridades, de prestar auxílio imediato, sempre que
requisitado pela autoridade aduaneira, disponibilizando pessoas, equipamentos ou instalações
necessários à ação fiscal; e
b) a competência da autoridade aduaneira, sem prejuízo das atribuições de outras autoridades, para
disciplinar a entrada, a permanência, a movimentação e a saída de pessoas, veículos, unidades de
carga e mercadorias em portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados.

As seguintes pessoas também são obrigadas, mediante intimação escrita, a prestar-lhe informações
com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:

Q i-
‘ 1|

LIGA!

!!!i!!i!!i!!i!!i!!i!!i!!i!!i!!i!!i!!i!!i!!i _l.
!- tabeliéies, escrivées e demais sewentuarios de oficio
bancos, as casas bancarias, as caixas economicas e demais instituigé-es
financeiras;
as empresas de Bdfl"li|"liSi]'Bl;§0 de bens
os corretores, os leiloeiros e os despachantes oficiais;
os inventariantes;
05 sindicos, os comissarios e os liquidatarios; e
quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razéo de se C
cargo, oficio, fungéo, ministério, afividade ou profisséo.
,._ -_. _. _,

Controle Aduaneiro de Veículos

• A entrada ou saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados somente poderão


ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado. Excepcionalmente, e desde que

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devidamente justificado, o titular da unidade aduaneira jurisdicionante poderá autorizar a


entrada ou saída de veículo por porto, aeroporto ou ponto de fronteira não-alfandegado.
• O controle será exercido desde o ingresso do veículo no território aduaneiro até a sua saída,
estendendo-se também às mercadorias e outros bens existentes a bordo, inclusive a bagagem de
viajantes.
• Sempre que um veículo entra ou sai do território aduaneiro, o transportador deve prestar
informações à Receita Federal do Brasil (RFB) sobre as cargas transportadas, assim como sobre
sua chegada ou saída para o exterior.
• A autoridade aduaneira poderá realizar buscas em qualquer veículo com o objetivo de prevenir
e reprimir a ocorrência de infrações à legislação aduaneira, inclusive antes da prestação das
informações referentes ao veículo.
• Não é autorizado ao condutor de veículo procedente do exterior ou a ele destinado:
o estacionar ou efetuar operações de carga ou descarga de mercadoria, inclusive
transbordo1, fora de local habilitado;
o trafegar no território aduaneiro em situação ilegal quanto às normas reguladoras do
transporte internacional correspondente à sua espécie;
o desviar da rota estabelecida pela autoridade aduaneira sem motivo justificado.
• O manifesto de carga, por sua vez, é um documento no qual estão consolidados vários
conhecimentos de carga. Cada trajeto corresponde a um manifesto de carga.
• A conferência final do manifesto de carga destina-se a constatar extravio ou acréscimo de volume
ou de mercadoria entrada no território aduaneiro, mediante confronto do manifesto com os
registros, informatizados ou não, de descarga ou armazenamento.

I Controle de cargas aéreas

' Controle de cargas em


portos

Questões Comentadas pelo Professor

1. (Questão Inédita) A RFB deve exercer o controle aduaneiro sobre as mercadorias de procedência
estrangeira no momento em que elas são introduzidas no território nacional.
Isso porque, após a nacionalização, as mercadorias de procedência estrangeira deixam de se sujeitar
ao controle aduaneiro.
Comentários:
A RFB desempenha suas atividades de controle aduaneiro, essencialmente, na circulação
transfronteiriça. No entanto, não há dúvidas de que o controle aduaneiro pode ser exercido,
também, a posteriori. Ou seja, as mercadorias não deixam de estar sujeitas ao controle aduaneiro
após a nacionalização.
Gabarito: errado.

2. (Questão Inédita) As empresas públicas e as sociedades de economia mista são habilitadas no


SISCOMEX na modalidade ilimitada.

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Comentários:
As empresas públicas e as sociedades de economia mista são habilitadas no SISCOMEX na
modalidade expressa.
Gabarito: errado.

3. (Questão Inédita) A habilitação no SISCOMEX na modalidade limitada pode ser concedida em duas
faixas: (I) operadores com capacidade financeira para realizar importações até o montante de US$
150.000,00 em seis meses consecutivos; e (II) operadores com capacidade financeira para realizar
importações em montante superior a US$ 150.000,00 em seis meses consecutivos.
Comentários:
A habilitação no SISCOMEX na modalidade limitada pode ser concedida em duas faixas: (I)
operadores com capacidade financeira para realizar importações cujo montante não ultrapasse US$
50.000,00 em seis meses consecutivos; e (II) operadores com capacidade financeira para realizar
importações cujo montante supere US$ 50.000,00 mas não ultrapasse US$ 150.000,00.
Operadores com capacidade financeira para realizar operações em montante superior a US$
150.000,00 em seis meses consecutivos, por outro lado, fazem jus, a princípio, à habilitação na
modalidade ilimitada.
Gabarito: errado.

4. (Questão Inédita) O Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 6.759/09) é o diploma normativo mais


importante no âmbito da legislação aduaneira, na medida em que é por meio dele que as principais
normas jurídicas primárias do sistema são introduzidas no ordenamento jurídico.
Comentários:
O Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 6.759/09) é, de fato, um diploma normativo bastante
importante no âmbito da legislação aduaneira, na medida em que promove a consolidação de
normas esparsas em diversos textos legais. Trata-se, no entanto, de um diploma normativo infralegal,
ou seja, que não introduz normas primárias no ordenamento jurídico.
Gabarito: errado.

5. (Questão Inédita) O alfandegamento de portos, aeroportos e pontos de fronteira somente poderá


ser efetivado se, além de outros requisitos, o interessado assumir a condição de fiel depositário da
mercadoria sob sua guarda.
Comentários:
O art. 13 do R/A define os requisitos para que se proceda ao alfandegamento de portos, aeroportos
e pontos de fronteira. Um deles é que o interessado assuma a condição de fiel depositário da
mercadoria sob sua guarda.
Gabarito: certo.

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2. Imposto de Exportação / Imposto sobre Produtos


Industrializados vinculados à Importação / Contribuição para o
PIS/PASEP–Importação e da COFINS-Importação / Contribuição
de Intervenção no Domínio Econômico – Combustíveis.

Imposto de Exportação

Introdução
• O imposto de exportação tem finalidade eminentemente extrafiscal, servindo como mecanismo
de controle governamental sobre o comércio exterior.
• O imposto de exportação não obedece ao princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas.
• Nos termos do Regulamento Aduaneiro, a CAMEX é responsável por relacionar as mercadorias
sujeitas ao imposto de exportação. Isso nos permite afirmar que o imposto de exportação é
excepcional, pois somente os produtos relacionados pela CAMEX estarão a ele sujeitos.
• A competência da CAMEX para fixar as alíquotas do imposto de importação e do imposto de
exportação já foi, inclusive, reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal no RE 570.680/RS.
• O imposto de exportação é tributo da competência da União, cujo fato gerador é a saída da
mercadoria do território nacional.

Fato Gerador
• O fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido na data de registro da DI.
• O fato gerador do imposto de exportação considera-se ocorrido na data de registro da DU-E.

Base de cálculo, alíquota e pagamento


• O valor aduaneiro é utilizado como base de cálculo apenas para o imposto de importação.
Segundo o art. 214 do R/A, a base de cálculo do I.E é o preço normal que a mercadoria, ou sua
similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência
no mercado internacional, observadas as normas expedidas pela Câmara de Comércio Exterior.
Por ser esse um conceito muito subjetivo, a legislação prevê que o preço à vista do produto, FOB
ou posto na fronteira, é indicativo do preço normal.
• Se o preço da mercadoria for de difícil apuração ou for suscetível de oscilações bruscas no
mercado internacional, a CAMEX fixará critérios específicos ou estabelecerá pauta de valor
mínimo, para apuração da base de cálculo.
• O preço de venda das mercadorias exportadas não poderá ser inferior ao seu custo de aquisição
ou de produção, acrescido dos impostos e das contribuições incidentes e da margem de lucro de
15% (quinze por cento) sobre a soma dos custos, mais impostos e contribuições.

Sujeito Ativo e Passivo


• O sujeito ativo do imposto de exportação é a União.
• O contribuinte do imposto de exportação é o exportador, assim considerada qualquer pessoa que
promova a saída de mercadoria do território aduaneiro.

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Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

Introdução
• O imposto sobre produtos industrializados (IPI) tem natureza predominantemente extrafiscal,
embora, nos últimos anos, tenha ganhado relevância sua finalidade arrecadatória (fiscal).
• O IPI não obedece ao princípio da anterioridade tampouco ao princípio da legalidade no tocante
à alteração de alíquotas.
• O IPI obedece ao princípio da noventena (anterioridade nonagesimal).
• As alíquotas do I.I. e do I.E. são alteradas pela CAMEX. As alíquotas do IPI, todavia, são alteradas
por decreto do Presidente da República. Assim, apesar de incidir sobre as operações de comércio
exterior, as alíquotas do IPI não são alteradas pela CAMEX.

Fato Gerador
• O fato gerador do imposto sobre produtos industrializados, na importação, é o desembaraço
aduaneiro de produto de procedência estrangeira.
• O recolhimento tributário é feito no momento do registro da Declaração de Importação (DI), que
marca o início do despacho de importação.
• Fato gerador presumido. No momento do registro da Declaração de Importação (DI), o fato
gerador do IPI (desembaraço aduaneiro) ainda não ocorreu, mas, desde já, é efetuado o
recolhimento tributário. Presume-se, nessa situação, que o desembaraço aduaneiro (fato
gerador do IPI) irá ocorrer posteriormente.
• O campo de incidência do IPI abrange apenas os produtos industrializados, assim considerados
aqueles que resultem de operação definida como industrialização pelo Regulamento do IPI (RIPI),
mesmo que incompleta, parcial ou intermediária.
• É importante tomar cuidado com a forma diferenciada pela qual o Regulamento Aduaneiro trata
as situações de “não-tributação” do Imposto de Importação e as do Imposto sobre Produtos
Industrializados! As duas são situações de não tributação!
a) Para fins de incidência do imposto de importação, o art. 70 relaciona situações em que a
mercadoria é considerada não estrangeira.
b) O mesmo art. 70, no que diz respeito ao imposto sobre produtos industrializados (IPI),
relaciona situações de não ocorrência do fato gerador.

Incidência
• O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), na importação, incide sobre produtos
industrializados de procedência estrangeira.
• Situações de não-incidência do imposto sobre produtos industrializados:
I - mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar
ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida
para o exterior;
II - mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine a reposição
de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro,
defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desde que observada a
regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda;
III - mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de perdimento, exceto na hipótese
em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida;

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IV - mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da declaração de


importação, observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda;
V - embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz de empresa brasileira de
navegação para subsidiária integral no exterior, que retornem ao registro brasileiro, como
propriedade da mesma empresa nacional de origem;
VI - mercadoria estrangeira destruída, sob controle aduaneiro, sem ônus para a Fazenda
Nacional, antes de desembaraçada; e
VII - mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.
• A cobrança de IPI na importação de veículos por pessoa física não implica em bitributação.
• O princípio da não-cumulatividade, aplicável ao IPI, não pode servir como argumento para
afastar a incidência desse tributo na importação.
• O princípio da isonomia impõe a cobrança do IPI na importação de veículos por pessoa física.

Base de cálculo e alíquotas


• A base de cálculo do IPI, na importação, é o valor aduaneiro acrescido do montante referente
ao imposto de importação e aos encargos cambiais.

Sujeitos ativo e passivo


• O sujeito ativo do IPI é a União.
• O contribuinte (sujeito passivo) do IPI vinculado à importação é o próprio importador.

Isenções
• O art. 245 do R/A trata das isenções, nas importações, do Imposto sobre Produtos
Industrializados. Exemplos:
a) Importações realizadas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal, pelos Territórios, pelos
Municípios e pelas respectivas autarquias.
b) Importações realizadas pelos partidos políticos e pelas instituições de educação ou de
assistência social.
c) Importações realizadas pelas missões diplomáticas e repartições consulares de caráter
permanente e pelos respectivos integrantes.
o) Bens importados pelas áreas de livre comércio.
p) Importações efetuadas para a Zona Franca de Manaus e para a Amazônia Ocidental.

Imunidades
• O Regulamento Aduaneiro relaciona apenas uma imunidade do IPI, prevista no art. 245-A. É o
caso da imunidade cultural, que proíbe os entes federativos de instituir impostos sobre livros,
jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.

Imunidades
• O art. 246 do R/A teve como objetivo estimular a produção nacional de equipamentos
autopropulsados como tratores, bulldozers , máquinas e aparelhos de uso agrícola
(colheitadeiras, semeadeiras), etc. Os componentes, chassis, acessórios, partes e peças desses
equipamentos são desembaraçados com suspensão do IPI, quando importados diretamente, por
encomenda ou por conta e ordem de estabelecimento industrial.
• O art. 247, por sua vez, visa conceder incentivos fiscais a alguns setores específicos, quais sejam:
i) setor exportador; ii) setor agropecuário; iii) fabricantes de máquinas e equipamentos

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autopropulsados (bens previstos no art.246); e iv) fabricantes de partes e peças para aeronaves
e aparelhos espaciais. As pessoas jurídicas preponderantemente exportadoras e as empresas
fabricantes dos equipamentos acima mencionados poderão importar insumos (matérias-primas,
produtos intermediários e materiais de embalagens) com suspensão do pagamento do IPI.

PIS-Importação e COFINS-Importação

Incidência
Tributos internos

PIS/PASEP e COFINS

N50 incidom sabre as operagées do


importagéo

COFlNS—lmportaq5o
PIS/PASEP_|mpOrm;a° e
F’ ‘
lncidem sobre a im orta E0

• Uma mercadoria nacional ou nacionalizada é exportada, mas retorna ao Brasil, não chegando a
se desnacionalizar. Logo, não incidirá o PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação, em
virtude de a mercadoria não ser estrangeira.
• Ficam reduzidas a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-
Importação nas operações de importação de: embarcações construídas no Brasil e transferidas
por matriz de empresa brasileira de navegação para subsidiária integral no exterior, que
retornem ao País como propriedade da mesma empresa nacional de origem, quando a
embarcação for registrada no Registro Especial Brasileiro;
• Não constitui fato gerador do imposto a entrada no território aduaneiro:
I - do pescado capturado fora das águas territoriais do País, por empresa localizada no seu
território, desde que satisfeitas as exigências que regulam a atividade pesqueira; e
II - de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária, ainda que
descumprido o regime.

Fato Gerador
• O fato gerador das contribuições para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação é a entrada
de bens estrangeiros no território aduaneiro. Não se aplica tal regra às malas / remessas postais
internacionais e à mercadoria importada a granel que, por sua natureza ou condições de
manuseio na descarga, esteja sujeita a quebra ou a decréscimo, desde que o extravio não seja
superior a um por cento.
• No caso de bens nacionalizados (submetidos a despacho para consumo), o fato gerador
considera-se ocorrido na data de registro da DI.
• No caso de importação de serviços, o fato gerador será o pagamento, o crédito, a entrega, o
emprego ou a remessa de valores a residentes ou domiciliados no exterior como contraprestação
por serviço prestado.

Base de cálculo, alíquotas e pagamento


• A base de cálculo do PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação não inclui o ICMS, tampouco
o valor dessas próprias contribuições. A base de cálculo do PIS/PASEP-Importação e da COFINS-
Importação é o valor aduaneiro.

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Sujeito Ativo e Passivo


• O sujeito ativo é a União; É contribuinte da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da
COFINS-Importação: O importador, o destinatário e o adquirente de mercadoria entrepostada.
• Para efeito do Imposto de Importação, o depositário e o transportador são responsáveis. No que
diz respeito ao PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação, os dois são responsáveis solidários.

Suspensão do Pagamento / Redução de Alíquotas (Programas Específicos e seu regramento)

Regime Especial de Tributação para a Plataforma de Exportação de Serviços de Tecnologia da


Informação (REPES):
Suspens5o de PIS/’PA.SEP—|mporI:a<;5o e
COFlNS—|mpor1:ag5o (tecnologia da
inforrnagéol

==2a8243==

Suspens-50 de IPI vinculado a importa<;5o,


C ,, . . . . I

Compromisao do
exportagio: 50% da
receita bmta de bens e
servigos

Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras (RECAP)


Suspenséo de PIS./PASEP-Importagfio e
COFINS-lmportagfio {ativo imobilizadoi

Compromisso de
exportagfio: 50% da
receita bruta de bens e
servigoo

Suspenséo de PIS/PASE P-Importagéo e


COFI NS—|r'r1portag§o {insumos)
PJ
prepondemntemente
exportadora
Suspenséo de IPI vinculado a
importagéo

Compromisio de
exportfio: 50% da
receita bruta de bens
e servigoc.

Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS)


PlSfPASEP-
lmportacao

COF|NS—|mpoI1Ja§§O
Ahquota zero de

||

(eventualmentel

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Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa (RETID): as empresas beneficiárias do RETID
irão usufruir de suspensão tributária na importação e aquisições no mercado interno dos bens de
defesa nacional. A suspensão tributária abrange os seguintes tributos: PIS/PASEP, COFINS,
PIS/PASEP-Importação, COFINS-Importação e IPI.
Q
W FIQUE
AT E NTO!
A Lei n° 12.598I2012 estabelece que as pessoas juridicas optantes pelo SIMPLES
_. _. ____._ ._,.
Nacional n50 poderio se habilitar ao REl'|D.

CIDE-Combustíveis

Introdução
• A CIDE-Combustíveis é uma contribuição de intervenção no domínio econômico, de competência
da União. Sua instituição está prevista no próprio texto constitucional, cujo art.177, § 4º, dispõe
que a lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades
de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e
álcool combustível deverá atender certos requisitos:
I- a alíquota da contribuição poderá ser: i) diferenciada por produto ou uso e; ii) reduzida e
restabelecida por ato do Poder Executivo, sem obedecer ao princípio da anterioridade.
II- os recursos da CIDE-Combustíveis serão destinados: i) ao pagamento de subsídios a preços
ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo; ii)
ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás;
iii) ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes.

Incidência e Fato Gerador


• A CIDE-Combustíveis incide sobre a importação e comercialização de petróleo e seus derivados,
gás natural e seus derivados e álcool etílico combustível.

Alíquotas, base de cálculo e pagamento


• A base de cálculo dessa contribuição será a unidade de medida estabelecida, correspondendo,
portanto, à quantidade comercializada do produto.

Sujeitos ativo e passivo


• O sujeito ativo do tributo é a União. O sujeito passivo, na importação, é contribuinte da CIDE-
Combustíveis o importador, pessoa física ou jurídica, dos combustíveis.

Taxa de Utilização do SISCOMEX


No momento em que é efetuado o registro de uma declaração de importação no sistema, passa a ser
devido o recolhimento da Taxa de Utilização do Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX.
Vale destacar que a taxa não incide sobre a utilização do sistema para registro de exportações.

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Questões Comentadas pelo Professor

1. (Prefeitura de São João da Ponte/MG - 2021) A respeito do princípio da anterioridade, em sede de


Direito Tributário, julgue o item a seguir.
O imposto de importação e o imposto de exportação são dois exemplos de tributos que podem ser
cobrados a partir da própria data de publicação da lei que os institui, o que os torna exceções tanto
ao princípio da anterioridade anual quanto ao da nonagesimal.
Comentários
O Imposto de Importação e o Imposto de Exportação excepcionam as anterioridades de exercício
financeiro e nonagesimal, conforme previsto pelo artigo 150, §1º, da Constituição da República.
Gabarito: certa

2. (Câmara de Marabá/PA - 2021) Segundo o Código Tributário Nacional, a natureza jurídica


específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação. No caso, o Imposto
sobre Produtos Industrializados tem como fato gerador, entre outras possibilidades, o seu
desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira.
Comentários
O desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira constitui fato gerador do IPI, nos
termos do artigo 238 do Regulamento Aduaneiro.
Gabarito: certa

3. (SEFAZ/CE - 2021) O recolhimento mensal ao Simples Nacional engloba o pagamento de diversos


tributos, incluindo-se a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e a Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (COFINS), ressalvado, no segundo caso, o tributo incidente na
importação de bens e serviços.
Comentários
Como vimos, os tributos sobre o comércio exterior (Imposto de Importação (II),
PIS/PASEPImportação, COFINS-Importação, IPI vinculado à importação e ICMS vinculado à
importação) incidem normalmente nas importações realizadas pelas empresas optantes pelo
SIMPLES Nacional.
Gabarito: certa

4. (IPE Saúde – 2022) As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não incidirão
sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços.
Comentários
Nos termos do artigo 149, §2º, inciso II, da Constituição da República, as contribuições sociais e de
intervenção no domínio econômico também incidem sobre a importação de produtos estrangeiros
ou serviços.
Gabarito: errada

5. (Questão Inédita) A vinculação do produto da arrecadação da Taxa SISCOMEX não pôde ser
estabelecida pela lei que instituiu o tributo por ser vedada pela Constituição da República.
Comentários
O produto da arrecadação da Taxa SISCOMEX fica vinculado ao FUNDAF, conforme artigo 3º, §4º, da
Lei nº 9.716/98. Lembrem-se que o artigo 167, inciso IV, da Constituição da República, veda a
vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa.
Gabarito: errada

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3. Controle Aduaneiro de Mercadorias / Crédito Tributário.

Controle Aduaneiro

>-

os principais documentoqséo a Declaraqéo de lrnportagéo (DI) e a


ContAduane
r0ero Declaragéo Unica de Exportagéo (DU-E);

Procedimentos Gerais de Importação

Despacho Aduaneiro de Importação


• Entende-se por despacho de importação o procedimento fiscal mediante o qual é verificada a
exatidão dos dados declarados pelo importador em relação à mercadoria importada, aos
documentos apresentados e à legislação específica.
• A mercadoria que ingressar no País, importada a título definitivo ou não, ficará sujeita ao
despacho aduaneiro de importação, salvo as exceções previstas nesta Instrução Normativa ou
em normas específicas.
• As mercadorias que ingressem no país, estejam ou não sujeitas ao pagamento do imposto de
importação, submetem-se ao despacho de importação.
• A entrada no País de mala diplomática, assim considerada a que contenha tão-somente
documentos diplomáticos e objetos destinados a uso oficial está dispensada de despacho de
importação.
• Pelo fato de a utilização da DUIMP ainda ser facultativa, a IN SRF 680/2006 faz referência, a todo
tempo, à Declaração de Importação (DI).
• O despacho aduaneiro de importação também pode ter como base uma DSI!
• Modalidades de Despacho Aduaneiro de Importação: Despacho para consumo / Despacho para
admissão / Despacho para internação.

Fases do Despacho Aduaneiro de Importação


1-Registro da DI: momento em que se considera ocorrido o fato gerador do Imposto de Importação.
2-Seleção para Conferência Aduaneira: Após o registro da DI, esta é submetida a uma análise fiscal
e, com base em critérios parametrizados no SISCOMEX, é direcionada para 1 (um) entre 4 (quatro)
canais de conferência disponíveis. Os canais para os quais a DI poderá ser direcionada são os
seguintes:
a) Canal Verde: a mercadoria é desembaraçada automaticamente, isto é, a mercadoria é
liberada sem qualquer exame documental ou físico. Ter a DI direcionada para o canal verde é
o que todo importador quer!
b) Canal Amarelo: a autoridade aduaneira realizará apenas o exame documental da
importação.

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c) Canal Vermelho: a autoridade aduaneira realizará, além do exame documental, a


verificação física da mercadoria.
d) Canal Cinza: a autoridade aduaneira promoverá a apuração de elementos indiciários de
fraude, além, é claro, de realizar o exame documental e a verificação física.
3-Conferência Aduaneira: identificar o importador, verificar a mercadoria e a correção das
informações relativas a sua natureza, classificação fiscal, quantificação e valor, e confirmar o
cumprimento de todas as obrigações, fiscais e outras, exigíveis em razão da importação.
Obs.: A conferência aduaneira é apenas uma etapa do despacho aduaneiro. Despacho aduaneiro de
importação é o procedimento fiscal mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados
pelo importador em relação à mercadoria importada, aos documentos apresentados e à legislação
específica. Trata-se de procedimento mediante o qual se processa o desembaraço aduaneiro de uma
mercadoria importada.
4-Desembaraço Aduaneiro: Ao final da conferência aduaneira, a importação poderá ser liberada.
Diz-se que a importação foi liberada quando a DI é desembaraçada. O desembaraço aduaneiro é,
portanto, o ato pelo qual é registrada a conclusão da conferência aduaneira e liberada a carga. Trata-
se do ato final do despacho aduaneiro de importação.

Procedimentos Gerais de Exportação

Despacho Aduaneiro de Exportação


• O despacho aduaneiro de exportação é processado, atualmente, com base em Declaração Única
de Exportação (DU-E).
• Entende-se por despacho de exportação o procedimento fiscal mediante o qual é verificada a
exatidão dos dados declarados pelo exportador em relação à mercadoria, aos documentos
apresentados e à legislação específica, com vistas a seu desembaraço aduaneiro e a sua saída
para o exterior.
• São objeto de despacho de exportação as mercadorias nacionais ou nacionalizadas destinadas
ao exterior, seja a título definitivo ou não.
Verifica-da a enatidfio dos dados declarados pel-o
[)e_5pac|-,0, dc Exponaqgo exportador em relagfi-0 5 mercadoria, aos documentos
apresenta-dos E 5 legislagiio especifica, com vistas a seu
desemba rago aduan eiro e a sua saida para 0 exterior.

Fases do Despacho Aduaneiro de Exportação


1-Registro da Declaração Única de Exportação (DU-E): O despacho aduaneiro de exportação será
processado por meio de Declaração Única de Exportação (DU-E), registrada no Portal Único de
Comércio Exterior – PUCOMEX. A DU-E é um documento eletrônico que contém informações de
natureza aduaneira, administrativa, comercial, financeira, tributária, fiscal e logística, que
caracterizam a operação de exportação dos bens por ela amparados e definem o enquadramento
dessa operação.
2-Apresentação da Carga para Despacho: a partir da apresentação da carga para a despacho, não é
mais possível que o exportador, unilateralmente, retifique ou cancele a DU-E.
A Declaração Única de Exportação (DU-E) pode ser direcionada para três canais de conferência
diferentes:
a) Canal verde: desembaraço de exportação é automático, sem qualquer exame físico ou
documental.

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b) Canal laranja: será realizado o exame documental.


c) Canal vermelho: será realizado o exame documental e a verificação física da mercadoria.
3-Conferência aduaneira: identificar o exportador, verificar a mercadoria e a correção das
informações relativas à sua natureza, classificação fiscal, quantificação e preço, e confirmar o
cumprimento de todas as obrigações, fiscais e outras, exigíveis em razão da exportação. A
conferência aduaneira é apenas uma etapa do despacho aduaneiro de exportação.
4-Desembaraço e Averbação: ato pelo qual é registrada a conclusão da conferência aduaneira e
autorizado o embarque ou a transposição de fronteira da mercadoria. É quando o Auditor Fiscal RFB
libera a mercadoria para ser exportada.
O ato final do despacho aduaneiro de importação é o desembaraço aduaneiro. O ato final do
despacho aduaneiro de exportação, por outro lado, é a averbação. Assim, para ser considerada
exportada, não é suficiente que a mercadoria tenha sido desembaraçada. É necessário que seja
confirmado o embarque ou a transposição da fronteira, o que somente é feito com a averbação.
Na exportação, o desembaraço aduaneiro representa uma autorização para embarcar ou transpor a
fronteira. A confirmação do embarque ou da transposição da fronteira, por outro lado, ocorre apenas
com a averbação.

Questões Comentadas pelo Professor

1-(Questão Inédita/2022) O despacho de exportação tem por finalidade identificar o exportador,


verificar a mercadoria e a correção das informações relativas à sua natureza, classificação fiscal,
quantificação e preço, e confirmar o cumprimento de todas as obrigações, fiscais e outras, exigíveis
em razão da exportação.
Comentários: Esse é exatamente o conceito de conferência aduaneira positivado pelo art. 589, do
R/A. Gabarito: errada

2-(Questão Inédita/2022) A Declaração de Importação (DI) será instruída com a via original do
manifesto internacional de carga.
Comentários: Cuidado para não confundir! Não é o manifesto de carga, mas sim o conhecimento de
carga que deverá instruir a DI. Gabarito: errada

3-(Questão Inédita/2022) As mercadorias que não sejam importadas a título definitivo estão
dispensadas do despacho de importação. Entretanto, as mercadorias exportadas temporariamente
que retornem ao Brasil se submetem ao referido despacho.
Comentários: As mercadorias importadas a título temporário também se submetem ao despacho de
importação. Gabarito: errada

4-(Questão Inédita/2022) A verificação da mercadoria, no curso da conferência aduaneira na


exportação, será realizada por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, ou sob a sua supervisão,
por Analista-Tributário RFB.
Comentários: É o que prevê o art. 590, do R/A. Quem faz a verificação física é o Auditor-Fiscal. Ou,
então, o Analista Tributário, sob supervisão do Auditor-Fiscal. Gabarito: certa

5-(Questão Inédita/2022) A Declaração Única de Exportação (DU-E) será instruída com a nota fiscal;
a via original do conhecimento e do manifesto internacional de carga, nas exportações por via
terrestre, fluvial ou lacustre; e outros documentos exigidos na legislação específica.
Comentários: Esses são os documentos que instruem a DU-E, conforme estabelece o art. 588, do R/A.

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4. Regimes Aduaneiros Especiais e Aplicados em Áreas Especiais.

Entreposto Aduaneiro

O entreposto aduaneiro na importação é um regime aduaneiro especial muito utilizado como forma
de viabilizar importações em consignação.

undegndos do usu pGb|ico

Entreposto Industrial sob Controle Aduaneiro Informatizado (RECOF)

O regime de entreposto industrial sob controle aduaneiro informatizado (RECOF) é o que permite a
empresa importar, com ou sem cobertura cambial, e com suspensão do pagamento de tributos, sob
controle aduaneiro informatizado, mercadorias que, depois de submetidas à operação de
industrialização, sejam destinadas à exportação.

O Recof permite à empresa beneficiária importar ou adquirir no mercado interno, com suspensão do
pagamento de tributos, mercadorias a serem submetidas a operações de industrialização de
produtos destinados à exportação ou ao mercado interno.
O RECOF é administrado pela Receita Federal do Brasil.

Exportação Temporária

A exportação temporária é exatamente o oposto do regime de admissão temporária. Enquanto na


admissão temporária, os bens permanecem no país por um tempo e depois retornam ao exterior, na
exportação temporária, os bens permanecem no exterior durante um certo período e depois
regressam ao País.

Loja Franca

Loja franca é um regime aduaneiro especial que permite a estabelecimento instalado em zona
primária de porto ou de aeroporto alfandegado vender mercadoria nacional ou estrangeira a
passageiro em viagem internacional, contra pagamento em moeda nacional ou estrangeira.

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Os estabelecimentos que operam o regime aduaneiro especial de loja franca estão situados em zona
primária de porto ou de aeroporto alfandegado. Zona primária é justamente por onde entram as
pessoas e bens oriundos do exterior, isto é, o “caminho natural” de passageiros em viagem
internacional.

O regime de tributagio comum sera aplicado:

A05 bans trazidos por viajante que nio se enquadrem dentro do conceito cle
bngegem;

A|:>tr'clo "
es ens azi s por V'lfljfll"ItE5 "
que excedem hmrtes "
quantrtntlvos '
re|ec|onndos
nu IN RFB n“ 1-U5'5‘J'2D1U e;

B-ens integrantes de bagagem desecompanhacla que nio cumpram os requisites


do art B“ do IN RFB n“ 1U59J"2D'|U_

Depósito Especial

Esse regime tem características bem peculiares, mas podemos afirmar que ele é dotado de maior
flexibilidade que o entreposto aduaneiro porque ele admite que as mercadorias fiquem armazenadas
em locais que não sejam alfandegados.

A aplicação do regime depende de prévia habilitação da pessoa jurídica interessada, pela Secretaria
da Receita Federal do Brasil (SRFB). Para ser habilitada, a pessoa jurídica precisa cumprir os seguintes
requisitos:

/ \ /' \/ Exercer uma das atividades "N


relacionadas no art_ 2° da IN
Dispor de sistema
SRF n“ 386/2004 ou, na
informatizado de contro|e de
qualidade do subsidi-:-iria ou
entrada, pennanéncia e saida
representa nte do fab ricante
do mercadorias, de registro e
estrangeiro, importer em
apuragéo de créditoo
consignagéo partes, pegas,
Regu|aridade ‘Fiscal tributarios devidos, extintoc.
componentes e materiais de
ou com exigibilidade
reposigéo ou manutengao
suspense, integrado aos
para maquinas,
sistemas corporativos da
equipamentos, aparelhoo e
empresa no Pais, com Iivre e
instrumentos, estra ngeiro-s,
permanente acesso da RFB;
nacionalizados ou n30,
empregados em tais
/J K J \ atividades.
\ J

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Depósito Afiançado

Outra hipótese de regime aduaneiro especial mais flexível do que o de entreposto aduaneiro, que
permite que mercadorias em consignação fiquem armazenadas em recintos não-alfandegados, é o
regime especial de depósito afiançado, que tem como beneficiários unicamente empresas que atuem
no transporte comercial internacional.

Depósito Alfandegado Certificado (DAC)

O regime de depósito alfandegado certificado é o que permite considerar exportada, para todos os
efeitos fiscais, creditícios e cambiais, a mercadoria nacional depositada em recinto alfandegado,
vendida a pessoa sediada no exterior, mediante contrato de entrega no território nacional e à ordem
do adquirente.
Esse regime aduaneiro especial foi criado com a finalidade de incentivar as exportações, permitindo-
lhes maiores facilidades logísticas.

Depósito Franco

O regime aduaneiro especial de depósito franco é o que permite, em recinto alfandegado, a


armazenagem de mercadoria estrangeira para atender ao fluxo comercial de países limítrofes com
terceiros países.
O regime de depósito franco será concedido somente quando autorizado em acordo ou convênio
internacional firmado pelo Brasil.

REPETRO

O REPETRO é um regime aduaneiro especial criado com o objetivo de incentivar a produção nacional
de bens destinados às atividades de pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e de gás natural, previstas
na Lei nº 9.478/97.

O REPETRO é um regime aduaneiro especial que somente poderá ser utilizado por pessoa jurídica
habilitada pela Receita Federal.

Regime Aduaneiro Especial de Importação de Petróleo Bruto e seus Derivados


(REPEX)

O regime aduaneiro especial de importação de petróleo bruto e seus derivados (REPEX) é o que
permite a importação desses produtos, com suspensão do pagamento dos impostos federais, da
contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação, para posterior exportação, no
mesmo estado em que foram importados.
O REPEX somente será concedido a empresa previamente habilitada pela Receita Federal do Brasil e
que possua autorização da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para
exercer as atividades de importação e de exportação dos produtos a serem admitidos no regime.
Destaque-se que a RFB especificará os produtos que podem ser admitidos no REPEX.

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O objetivo do REPEX é garantir o fluxo de estoques de petróleo bruto e derivados, uma vez que
permite que uma empresa habilitada realize uma importação desonerada de tributos e, em seguida,
proceda à venda no mercado interno, desde que realize posteriormente uma exportação
equivalente.
O prazo de vigência do REPEX é de 90 (noventa) dias, prorrogável uma única vez por igual período,
com termo inicial a data do desembaraço aduaneiro de admissão de mercadorias.

Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura


Portuária (REPORTO)

Um dos fatores essenciais para o sucesso de um país no comércio internacional diz respeito à
infraestrutura logística. Pensando nisso é que o governo instituiu o REPORTO (Regime Tributário para
Incentivo à modernização e à ampliação da Estrutura Portuária).

REPORTO é o regime tributário que permite, na importação de máquinas, equipamentos, peças de


reposição e outros bens, a suspensão do pagamento do I.I, do IPI, da contribuição para o PIS/PASEP-
Importação e da COFINS-Importação, quando importados diretamente pelos beneficiários do regime
e destinados ao seu ativo imobilizado para utilização exclusiva em portos na execução de serviços de
carga, descarga, movimentação de mercadorias e dragagem, e na execução de treinamento e
formação de trabalhadores em Centros de Treinamento Profissional.

RECOM

O regime aduaneiro especial de importação de insumos destinados à industrialização por encomenda


de produtos classificados nas posições 8701 a 8705 da Nomenclatura Comum do Mercosul - RECOM
é o que permite a importação, sem cobertura cambial, de chassis, carroçarias, peças, partes,
componentes e acessórios, com suspensão do pagamento do imposto sobre produtos
industrializados, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação.

O regime será aplicado exclusivamente a importações realizadas por conta e ordem de pessoa
jurídica encomendante domiciliada no exterior.

O Imposto de Importação incidirá somente sobre os insumos importados empregados na


industrialização dos veículos

Zona Franca de Manaus

A Zona Franca de Manaus é um regime aduaneiro aplicado em área especial, criado com o objetivo
de incentivar o desenvolvimento regional de uma área específica do País. Sua criação remonta ao
ano de 1967, quando foi editado o Decreto-Lei nº 288/67, que estabeleceu incentivos fiscais com
vistas a implantar na Amazônia um pólo industrial, comercial e agropecuário.

Zona Franca de Manaus é uma área de livre comércio de importação e de exportação e de incentivos
fiscais especiais, estabelecida com a finalidade de criar no interior da Amazônia um centro industrial,
comercial e agropecuário, dotado de condições econômicas que permitam seu desenvolvimento, em

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face dos fatores locais e da grande distância a que se encontram os centros consumidores de seus
produtos.

eficlo fiscal

produtos de pe dos e preparngoes

Zona de Processamento de Exportações (ZPE)

A Lei nº 11.508/2007 autorizou o Poder Executivo a criar Zonas de Processamento de Exportações


(ZPEs) com a finalidade de desenvolver a cultura exportadora, de fortalecer o balanço de pagamentos
e de promover a difusão tecnológica, a redução de desequilíbrios regionais e o desenvolvimento
econômico e social do País.
As ZPEs consistem em áreas de livre comércio com o exterior, destinadas à instalação de empresas
direcionadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior, a prestação de serviços
vinculados à industrialização das mercadorias a serem exportadas ou a prestação de serviços a serem
comercializados ou destinados exclusivamente para o exterior, consideradas zonas primárias para
efeito de controle aduaneiro.

Áreas de Livre Comércio

As áreas de livre comércio de importação e exportação são regimes aduaneiros aplicados em áreas
especiais que funcionam em certos lugares da Região Norte do País. Trata-se de regiões que
funcionam sob regime fiscal especial, estabelecido como a finalidade de promover o
desenvolvimento de áreas fronteiriças específicas e de incrementar as relações bilaterais com os
países vizinhos, segundo a política de integração latino-americana.

As áreas de livre comércio são administradas pela SUFRAMA (Superintendência da Zona Franca de
Manaus) e envolvem os perímetros urbanos dos seguintes municípios: Tabatinga (AM), Guajará-
Mirim (RO), Boa Vista e Bonfim (RR), Macapá e Santana (AP) e Brasiléia, com extensão para o
município de Epitaciolândia, e Cruzeiro do Sul (AC).

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Amazônia Ocidental

A Amazônia Ocidental também pode ser considerada um regime aduaneiro aplicado em área
especial, sendo constituída pelos Estados do Amazonas, do Acre, de Rondônia e de Roraima.

Questões Comentadas pelo Professor

9. (Questão Inédita/2022) Levando-se em consideração as disposições constantes do Decreto no


6759/2009 sobre o entreposto aduaneiro, analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as
assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a
sequência correta:
( ) O regime especial de entreposto aduaneiro na importação é o que permite a armazenagem de
mercadoria estrangeira em recinto alfandegado de uso público, com suspensão do pagamento dos
impostos federais, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação incidentes
na importação.
( ) No regime de entreposto aduaneiro, não há constituição de Termo de Responsabilidade e
prestação de garantia para os tributos suspensos.
( ) O regime de entreposto aduaneiro permite a permanência de mercadoria estrangeira em feira,
congresso, mostra ou evento semelhante, realizado em recinto de uso privativo, previamente
alfandegado para esse fim.
( ) O entreposto aduaneiro de importação é o que permite o armazenamento de mercadoria
estrangeira em recinto alfandegado de uso público, com suspensão dos tributos incidentes na
importação.
a) VVVV
b) VFVF
c) FVVV
d) VVFV
e) FVVF
Comentários
A primeira assertiva está correta. No entreposto aduaneiro, os tributos incidentes sobre a importação
ficam suspensos durante o prazo de permanência das mercadorias no recinto alfandegado.
A segunda assertiva está correta. Em virtude de as mercadorias admitidas em entreposto aduaneiro
já estarem sob controle da RFB, o Termo de Responsabilidade é dispensado.
A terceira assertiva está correta. O regime aduaneiro especial de entreposto aduaneiro também pode
ser operado em locais onde se realizem feiras, congressos, mostras ou outro evento semelhante.
Todavia, é necessário que esses locais sejam previamente alfandegados pela autoridade aduaneira.
A quarta assertiva está correta. As mercadorias submetidas ao regime de entreposto aduaneiro
permanecem armazenadas em recinto alfandegado com suspensão dos tributos incidentes.
Gabarito: letra A

4. (Questão Inédita/2022) Nas lojas francas são vendidas apenas mercadorias estrangeiras.
Comentários
De acordo com o artigo 476, caput, do R/A, o regime aduaneiro especial de loja franca é o que
permite a estabelecimento instalado em zona primária de porto ou de aeroporto alfandegado vender

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mercadoria nacional ou estrangeira a passageiro em viagem internacional, contra pagamento em


moeda nacional ou estrangeira.
No mesmo sentido o artigo 15-A, do DL 1455/76, que trata das lojas francas de fronteira terrestre,
segundo o qual poderá ser autorizada a instalação de lojas francas para a venda de mercadoria
nacional ou estrangeira contra pagamento em moeda nacional ou estrangeira.
Gabarito: errada

1. (Questão Inédita/2022) Assinale a alternativa correta sobre os regimes aduaneiros especiais:


a) Somente serão admitidas no regime de depósito especial mercadorias importadas sem cobertura
cambial.
b) O prazo de permanência da mercadoria no regime de depósito especial é de até cinco anos
contados da data do registro da declaração para admissão no regime.
c) A autorização para que empresa estrangeira opere no regime de depósito especial está
condicionada a previsão em ato internacional firmado pelo Brasil, ou a que seja comprovada a
existência de reciprocidade de tratamento.
d) O regime de depósito alfandegado certificado poderá ser extinto pela reimportação.
e) O regime aduaneiro especial de depósito franco é o que permite, em recinto alfandegado, a
armazenagem de mercadoria nacional ou nacionalizada para atender ao fluxo comercial de países
limítrofes com terceiros países.
Comentários
Letra A: correta. De fato, só podem ser admitidas em depósito especial as mercadorias importadas
sem cobertura cambial.
Letra B: errada. O prazo de permanência em depósito especial é de até 5 anos contados da data do
desembaraço aduaneiro.
Letra C: errada. O depósito afiançado operado por empresa estrangeira é que depende de tratado
internacional ou de promessa de reciprocidade.
Letra D: errada. A reimportação é o retorno de exportação temporária e não consiste em hipótese
de extinção do DAC.
Letra E: errada. O depósito franco permite a armazenagem de mercadoria estrangeira.
Gabarito: letra A

(Questão Inédita/2022) O depósito especial permite a armazenagem de mercadorias importadas


com ou sem cobertura cambial, com suspensão tributária pelo prazo de até 5 anos, contados a partir
da data do desembaraço para admissão no regime.
Comentários
De fato, o prazo de permanência das mercadorias no regime de depósito especial é de 5 anos,
contados a partir do desembaraço para admissão. No entanto, somente são admitidas em depósito
especial mercadorias importadas sem cobertura cambial.
Gabarito: errada

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Então é isso pessoal, vamos ficando por aqui.

Esperamos que tenha gostado do nosso Bizu!

Bons estudos!

Aline Calado Leonardo Mathias


@alinecalado.f @profleomathias

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